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NFPSS TRF3 - PARTE 03 - PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO

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 SUMÁRIO 
Direito Processual Civil ................................................................ 3 
Direito Previdenciário ............................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 NFPSS – PARTE 3 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL1 
 
1. DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS E SUA APLICAÇÃO. OS PRINCÍPIOS INFORMADORES DO PROCESSO 
CIVIL. 
 
De forma inovadora, a nova legislação trouxe, nos seus primeiros artigos, um rol de normas 
fundamentais do processo civil, em consonância com o que prevê a Constituição Federal. Sem dúvidas, 
podemos afirmar que o neoconstitucionalismo orientou a edição do NCPC: é a constitucionalização do 
processo. 
 
 
 
Devido Processo Legal 
 Representa um conjunto de garantias que foram maturadas ao longo da 
história, com o objetivo de defender as pessoas da tirania. Refere-se não só ao 
processo jurisdicional, como também ao processo administrativo, legislativo e 
privado. 
 
Contraditório 
 Dimensão formal: garante às partes o direito de participar do processo e de 
atuar nele. Direito de ser informado sobre a existência do processo. 
 Dimensão substancial: Garante o direito de poder influenciar a decisão. 
 
 
Duração razoável do 
processo 
 A própria garantia do devido processo legal impõe uma série de providências 
que devem ser tomadas que fazem com que o processo demore (demora 
inerente ao processo), como a oitiva do réu, recursos e produção de provas. O 
nome do princípio não é celeridade, que dá a ideia de rapidez, velocidade. Na 
verdade, o processo tem que demorar o tempo necessário para se ter um 
processo justo (deve ser examinado caso a caso). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Publicidade 
 Tem uma dupla dimensão: 
 Publicidade interna: dirigida aos sujeitos do processo. 
 Publicidade externa: dirigida a terceiros. 
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. 
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença 
somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério 
Público. 
(...) 
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de 
justiça os processos: 
I - em que o exija o interesse público ou social; 
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união 
estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; 
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, 
desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante 
 
 
1 Por Thaís Oliveira 
3 
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 o juízo. 
 
 
 
Igualdade Processual 
 Deriva do princípio da igualdade de forma geral, mas possui aplicação em 
âmbito processual. Pode ser extraído do art. 7º: 
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de 
direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à 
aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo 
contraditório. 
 
 
Eficiência 
 Impõe que o juiz conduza o processo de forma eficiente. Está relacionado à 
gestão do processo. Para ser eficiente, deve ter o menor gasto possível e o 
melhor resultado possível. Essa é a nova visão: juiz como gestor do processo 
(gerenciamento processual). 
 
Efetividade 
 Processo efetivo é um processo que realiza o direito material reconhecido pela 
decisão. Está relacionado, portanto, a resultado. 
 
 
Adequação 
 Adequação objetiva: É a adequação do processo ao seu objeto, àquilo que está 
sendo discutido em juízo. 
 Adequação subjetiva: O processo tem que ser adequado aos sujeitos que vão 
se valer dele 
 Adequação teleológica: O processo deve ser adequado aos seus fins. 
 
 
 
 
Boa-fé processual 
 O princípio da boa-fé se dirige a todos os sujeitos do processo, inclusive ao 
juiz. O NCPC previu o princípio da boa-fé expressamente em seu art. 5º: 
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de 
acordo com a boa-fé. 
- O princípio da boa-fé processual impede o abuso de direitos processuais; 
- Possui função hermenêutica; 
- O exercício abusivo de um direito processual é considerado ilícito. 
- Proíbe comportamentos contraditórios. 
 
 
Promoção da Solução 
Consensual dos 
Conflitos 
 O NCPC, em diversos momentos, estimula a autocomposição, concretizando o 
princípio previsto. O primeiro artigo a tratar do feito é o 3o: 
Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. 
[...] 
§ 3oA conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos 
deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do 
Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. 
Primazia da Decisão 
de Mérito 
 
 
 
Vedação às decisões 
surpresas 
 Para o NCPC, o que importa é a apreciação do mérito pelo magistrado; ou seja, 
a decisão de mérito é prioritária em relação à decisão que não é de mérito. 
 Consoante o artigo 10 do Código de Processo Civil “o juiz não pode decidir, em 
grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se 
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de 
matéria sobre a qual deva decidir de ofício”. Esse princípio é aplicável em 
grau recursal (art. 933). 
#ATENÇÃO: O art. 9º prevê exceções: 
 
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 Art. 9º. “Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja 
previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I - à tutela provisória de urgência; 
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; 
III - à decisão prevista no art. 701”. 
 
 
 
 
 
Autonomia da 
Vontade no Processo 
 O NCPC é totalmente estruturado, do início ao fim, ao respeito do 
autorregramento da vontade no processo. Isto porque uma de suas premissas 
é a de que o processo, para ser considerado devido, não pode ser um 
ambiente hostil para o exercício da liberdade. 
 A possibilidade de negócios jurídicos processuais representa aplicação do 
princípio, assim como a possibilidade de se prestigiar a arbitragem. 
#IMPORTANTE: Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam 
autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no 
procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os 
seus ônus, poderes, faculdadese deveres processuais, antes ou durante o processo. 
 
Cooperação 
 Com o advento do NCPC, passou a contar com previsão expressa: 
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, 
em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
 
 
 
 
Decisão Informada 
 O princípio da decisão informada está previsto no art. 166, "caput", do NCPC e 
aplica-se à conciliação e à mediação.
 Segundo Daniel Amorim Neves, o referido princípio "cria o dever ao 
conciliador e ao mediador de manter o jurisdicionado plenamente informado 
quanto aos seus direitos e ao contexto fático no qual está inserido". Assim, é 
uma forma de permitir que as partes celebrem acordos tendo plena ciência do 
ato que estão praticando.
 
#JÁCAIU: 
(2016, Juiz Federal, TRF - 4ª Região) “O Código é marcado pelos princípios do contraditório permanente e 
obrigatório, da cooperação, do máximo aproveitamento dos atos processuais, da primazia do julgamento de 
mérito e da excepcionalidade dos recursos intermediários, entre outros”. CERTO. 
 
(2016, Juiz Federal, TRF - 4ª Região) “O Código busca a segurança jurídica e a isonomia, reforçando o sistema 
de precedentes (stare decisis) e estabelecendo como regra, no plano vertical, a observância dos precedentes 
e da jurisprudência e, no plano horizontal, a estabilidade, a integridade e a coerência da jurisprudência”. 
CERTO. 
 
2. DA JURISDIÇÃO. AÇÃO (CONCEITO, NATUREZA JURÍDICA, CLASSIFICAÇÃO). LIMITES DA JURISDIÇÃO 
NACIONAL E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL. DA ORGANIZAÇÃO DO JUDICIÁRIO. EQUIVALENTES 
JURISDICIONAIS. ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO. 
 
→ PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO: 
 
 
 
 
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Princípio da Inércia: 
Trata-se da ideia básica do princípio dispositivo. 
Art. 2º, CPC/15: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as 
exceções previstas em lei”. 
#ATENÇÃO: Em algumas situações o Juiz pode agir de ofício, como em procedimentos especiais, jurisdição 
voluntária, cumprimento de sentença etc. 
#ATENÇÃO: Não há mais a possibilidade de abertura de inventário de ofício. 
#SELIGA É possível que o Juiz determine a produção, de ofício, de provas (art. 370 do CPC). 
Art. 370, CPC: “Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao 
julgamento do mérito”. 
Princípio da Investidura: 
Quem exerce a função jurisdicional? Aquele regularmente investido no cargo. 
Quem é regularmente investido no cargo? Aquele aprovado em concurso público de provas e títulos (Art. 
93, I, CRFB/88), bem como os ingressos pelo quinto constitucional (art. 94, CRFB/88) e os nomeados para 
Ministros dos Tribunais Superiores. 
 
Princípio da Territorialidade: 
Também é chamado pela doutrina de princípio da aderência ao território. 
Todo Juiz tem jurisdição em todo o território nacional e no exterior, desde que respeitados os costumes 
locais e acordos internacionais. 
A divisão do exercício da função jurisdicional (medida da jurisdição) se traduz na atribuição de competência 
(órgãos jurisdicionais especializados). 
#ATENÇÃO: Pode haver mitigação em relação ao princípio da territorialidade? SIM. 
Na verdade, o próprio legislador estipulou duas exceções (mitigações) ao princípio da territorialidade, a 
saber: (i) imóvel (art. 60 do CPC); (ii) Oficial de Justiça (Art. 255 do CPC). 
Art. 60 do CPC: “Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, 
a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel”. 
OBS: No CPC/15 o que torna prevento o Juízo é o registro ou a distribuição da petição inicial. 
Art. 59 do CPC: “O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo”. 
Art. 255 do CPC: “Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região 
metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, notificações, 
penhoras e quaisquer outros atos executivos”. 
#ATENÇÃO: O art. 255 do CPC/15, se comparado ao antigo art. 230 do CPC/73, inovou ao possibilitar que o 
Oficial de Justiça fizesse não apenas citações e intimações, mas, também, notificações, penhoras e 
quaisquer outros atos executivos. 
 
Princípio da Indelegabilidade: 
O exercício da função jurisdicional é indelegável. Apenas os órgãos jurisdicionais que a Constituição Federal 
estabelece e autoriza é que podem praticar os atos jurisdicionais. 
Assim, veda-se a delegação de atos decisórios. 
#ATENÇÃO: Contudo, é possível pedido de cooperação (inquirição de testemunhas através de carta 
precatória, carta de ordem etc.), no que tange aos atos instrutórios, à luz do princípio da cooperação (art. 
6º, CPC). Nesse caso, não há delegação do exercício da jurisdição. 
OBS: As delegações no âmbito do Judiciário não abrangem os atos decisórios; delegam-se apenas atos 
instrutórios, diretivos ou executórios. 
OBS: A CF/88, no art. 93, XI e XIV, autoriza a delegação de competência do Tribunal Pleno para um Órgão 
Especial e para serventuário poder praticar atos de administração e mero expediente sem caráter decisório, 
 
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respectivamente. 
Art. 93 da CF/88: “Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da 
Magistratura, observados os seguintes princípios: 
XI: nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com 
o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e 
jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade 
outra metade por eleição do tribunal pleno; 
XIV: os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente 
sem caráter decisório”. 
Art. 203, § 4º, do CPC: “Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem 
de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário”. 
Princípio da Inevitabilidade: 
As partes devem se sujeitar ao que for decidido pelo órgão jurisdicional. 
É inevitável a sujeição das partes ao resultado que emanar do Estado-Juiz. 
Ideia de imperatividade da jurisdição (vinculação obrigatória). 
Princípio da Inafastabilidade/Indeclinabilidade: 
Art. 5º, XXXV, da CF: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. 
Há exceções, como no caso da Justiça Desportiva, em que se exige o esgotamento das vias administrativas, e 
do habeas data, cuja inicial deverá ser instruída com a prova da recusa por parte da autoridade 
administrativa. 
Art. 217, § 1º, da CF/88: “O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições 
desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, reguladas em lei”. 
Súmula 2 do STJ: “Não cabe habeas data (CF, art. 5º, LXXII, a) se não houve recusa de informações por parte 
da autoridade administrativa”. 
Art. 8º, Parágrafo único, Lei nº 9.507/97: “A petição inicial deverá ser instruída com prova: 
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão; 
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou 
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze 
dias sem decisão”. 
Princípio do Juiz Natural/Promotor Natural: 
Há dois dispositivos na CF/88 relativos ao princípio do Juiz Natural. 
No Brasil, não haverá Juízo ou Tribunal de exceção. 
Art. 5º, XXXVII, da CF/88: “não haverá juízo ou tribunal de exceção”. 
Os jurisdicionados têm o direito de serem julgados por tribunais previamente existentes. 
Art. 5º, LIII, da CF/88: “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. 
Relaciona-se tambémao princípio da investidura – a função jurisdicional é atribuída às autoridades 
devidamente investidas no cargo. 
 
→ JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: 
 
São características gerais da jurisdição voluntária: 
 
 
 
 
 
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Trata-se de atividade estatal de integração (da vontade do interessado) e de fiscalização, pois os efeitos 
jurídicos almejados somente poderão ser obtidos após a atuação do Estado-Juiz, que o faz quando, de plano, 
fiscaliza os requisitos legais (é por isso que se diz que não haveria voluntariedade, mas, sim, obrigatoriedade). 
Trata-se de atividade estatal inquisitória, já que o Juiz poderá dar início de ofício a determinadas demandas, 
afastando-se o rigorismo do princípio da inércia, bem como poderá produzir provas mesmo contra a vontade 
das partes. 
Trata-se de atividade estatal baseada na equidade, já que não se observa a legalidade estrita. O Juiz pode usar 
de discricionariedade, decidindo de acordo com critérios de conveniência e oportunidade, ainda que 
contrariamente à lei. 
Art. 723, § único, do CPC: “O juiz não é obrigado a observar o critério de legalidade estrita, podendo 
adotar em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna”. 
Em suma, a jurisdição voluntária como administração pública de interesses privados (natureza 
administrativa) é a ideia que prevalece na doutrina brasileira, conforme concepção de José Frederico 
Marques. 
 
→ ARBITRAGEM: 
 
A arbitragem é uma técnica de solução de conflitos em que as partes buscam em uma terceira pessoa, 
imparcial, a solução de seus litígios. 
 
Características da Arbitragem: 
A) Escolha da norma de direito material a ser aplicada; 
B) Escolha do árbitro; 
C) Desnecessidade de homologação judicial; 
D) Título executivo judicial (art. 515, VII, do CPC); 
E) Possibilidade de reconhecimento e execução de sentenças arbitrais prolatadas no exterior. 
 
Para a maioria doutrinária, possui natureza jurídica de equivalente jurisdicional (Humberto Theodoro 
Jr., Vicente Greco Filho, Luiz Guilherme Marinoni e Cassio Scarpinella Bueno). 
 
Parcela da doutrina, contudo, entende que não se trata de equivalente jurisdicional, mas sim de 
jurisdição propriamente dita, sendo exercida por particulares com autorização do Estado (Fredie Didier Jr., 
Carlos Alberto Carmona e Joel Dias Figueira Jr.). 
 
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: O STJ já reconheceu a natureza jurisdicional da arbitragem (CC 
111.230/DF). 
 
É possível a existência de conflito de competência entre juízo estatal e câmara arbitral. Isso porque a 
atividade desenvolvida no âmbito da arbitragem tem natureza jurisdicional. 
STJ. 2ª Seção. CC 111230-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 8/5/2013 (Info 522). 
 
Vale ressaltar, no entanto, que não cabe ao STJ julgar conflito de competência envolvendo dois 
tribunais arbitrais, sendo isso atribuição da justiça de 1ª instância: 
 
 (...) Em se tratando da interpretação de cláusula de compromisso arbitral constante de contrato de compra e 
 venda, o conflito de competência supostamente ocorrido entre câmaras de arbitragem deve ser dirimido no 
 
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Possibilidade Jurídica do Pedido: 
Embora Liebman a tratasse como condição da ação e o CPC/73 assim o previsse, o CPC/15 é 
silente sobre sua incidência, pelo que se passa a entender que a possibilidade jurídica do pedido é questão 
meritória. 
O pedido juridicamente possível é aquele que não tenha vedação no ordenamento jurídico. Ou 
seja, existindo vedação legal, o pedido será juridicamente impossível. 
OBS: O embasamento argumentativo para que a possibilidade jurídica do pedido seja mérito, e não 
mais condição da ação, está no art. 332 do CPC/15 (antigo art. 285-A do CPC/73). 
Assim, por exemplo, sempre que o autor levar ao Judiciário um pedido que contraria enunciado de Súmula 
do STF, tratar-se-ia de hipótese de impossibilidade jurídica do pedido e, portanto, de improcedência liminar 
(análise de mérito). 
Em suma: enquadrando-se nas hipóteses de improcedência liminar, previstas no art. 332 do CPC, estamos 
diante de um pedido juridicamente impossível. 
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Juízo de primeiro grau, por envolver incidente que não se insere na competência do Superior Tribunal de 
Justiça, conforme os pressupostos e alcance do art. 105, I, alínea "d", da Constituição Federal. (...) 
(STJ. 2ª Seção. CC 113260/SP, Rel. p/ Acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 08/09/2010) 
 
#DEOLHONOENUNCIADO: 
Enunciado 164, FPPC: A sentença arbitral contra a Fazenda Pública não está sujeita à remessa necessária. 
 
→ TEORIA DA ASSERÇÃO: 
 
O STJ tem adotado a teoria da asserção. Para os seus adeptos, há a seguinte concepção: se numa 
cognição sumária (superficial) for possível identificar a ausência de alguma(s) das condições da ação, o feito 
deveria ser extinto sem resolução do mérito. 
 
Todavia, se dentro de uma cognição mais aprofundada (exauriente), for constatada a ausência de 
alguma(s) das condições da ação, poderia se dizer que se trata de mérito propriamente dito, de modo que o 
processo seria extinto com resolução do mérito. 
 
O que individualiza a teoria da asserção é o momento da cognição: se for superficial, a extinção do 
processo é sem resolução do mérito; se for aprofundada, a decisão é com resolução do mérito. 
 
Mas qual o conceito de ação? 
 
Direito de ação é o direito fundamental (situação jurídica) composto por um conjunto de situações 
jurídicas, que garantem ao seu titular o poder de acessar os Tribunais e exigir deles uma tutela jurisdiciona 
adequada, tempestiva e efetiva. 
 
Por sua vez, a ação/DEMANDA é um ato jurídico. Trata-se do exercício do direito de ação, podendo 
ser chamada também de ação exercida. 
 
→ CONDIÇÕES DA AÇÃO: 
 
 
 
 
 
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Interesse de Agir: 
O interesse de agir está intimamente ligado à utilidade da prestação jurisdicional que se pretende 
obter com a movimentação do Judiciário. 
A utilidade de se buscar o Judiciário resulta no binômio que caracteriza o interesse de agir, que é a 
necessidade e a adequação. 
O interesse de agir, portanto, deve ser demonstrado a partir do instante em que se tem necessidade 
de se buscar o Judiciário e, também, a partir do instante em que tal busca se dê por meio da utilização dos 
instrumentos processuais adequados. Com isso, pretende-se conseguir uma melhoria na situação fática do 
autor. 
Art. 19 do CPC: “O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
I. da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; 
II. da autenticidade ou da falsidade de documento”. 
Legitimidade Ad Causam: 
A legitimidade é a pertinência subjetiva da ação. Parte legítima é aquela que se encontra em 
posição processual coincidente com a situação legitimadora. 
O Direito pátrio também chancela a legitimidade extraordinária (anômala) /substituição processual. 
A legitimidade extraordinária/substituição processual ocorre quando não houver correspondência 
total entre a situação legitimante e as situações jurídicas submetidas à apreciação do Magistrado. 
Art. 18 do CPC: “Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado 
pelo ordenamento jurídico”. 
§ único: “Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial”. 
#ATENÇÃO: Entende-se majoritariamente que a expressão substituição processual não se confunde 
com sucessão processual. 
A substituição processual ocorre na legitimação anômala (extraordinária). 
Exemplo: ao ajuizar uma ação civil pública, o MP atua, em nome próprio, defendendo direito alheio. 
Já a sucessão processual caracteriza-se pela substituição dos sujeitos que compõem os polos da demanda e 
sempre acontece quando um sujeito que componha uma das partesdo polo seja retirado para 
que um terceiro tome o seu lugar. 
Exemplo: falecimento de uma das partes do processo. 
 
→ ELEMENTOS DA AÇÃO: 
 
Partes: 
Deve haver pertinência subjetiva. 
Pedido: 
Quando se busca o Judiciário, requer-se uma resposta imediata do Estado, de modo que o pedido 
imediato se caracteriza fundamentalmente pela prestação da tutela jurisdicional, ao passo que o pedido 
mediato consiste no bem jurídico inserido no comando da tutela jurisdicional. 
No âmbito do CPC/15, o pedido precisa ser certo e determinado. A novel redação corrige um 
equívoco do CPC/73. 
A certeza deve se referir tanto ao pedido imediato (aspecto processual) quanto ao mediato (aspecto 
material). O autor deve indicar de forma precisa e clara qual a espécie de tutela jurisdicional pretendida 
(pedido imediato). 
#ATENÇÃO: O Direito brasileiro não admite pedido incerto; é necessário que se indique, de forma específica 
e clara, qual a espécie de tutela jurisdicional pretendida e também o gênero do bem da vida pleiteado. 
A determinação, por sua vez, refere-se apenas ao pedido mediato, ou seja, ao bem jurídico 
 
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tutelado. Determinação é pertinente à liquidez do pedido (quantidade, qualidade). 
#ATENÇÃO: O próprio CPC, contudo, permite o pedido genérico, conforme art. 324, § 1º, que leciona: 
Art. 324, §1º, CPC: “É lícito, porém, formular pedido genérico: 
I. nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; [universalidade de 
bens, exemplo: herança] 
II. quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; 
III. quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser 
praticado pelo réu”. 
OBS: o art. 324, § 1º, do CPC também se aplica à reconvenção. 
#SELIGA: O CPC/15 também prevê o princípio da adstrição (congruência). 
Art. 492 do CPC: “É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como 
condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado”. 
OBS: Os pedidos implícitos não ofendem o princípio da adstrição (art. 492 do CPC/15). 
Causa de Pedir: 
A causa de pedir é um dos elementos da petição inicial e corresponde aos fatos e fundamentos 
jurídicos do pedido. 
Há duas teorias que tentam explicar a ratio da causa de pedir, oriundas do Direito alemão. 
- Teoria da Individuação (individualização): 
A teoria da individuação leciona que a causa de pedir é composta tão somente pela relação jurídica 
afirmada pelo autor. 
- Teoria da Substanciação: 
A teoria da substanciação entende que a causa de pedir, independentemente da natureza da ação, 
não é formada pela relação jurídica, mas, sim, pelos fatos jurídicos narrados pelo autor. 
#ATENÇÃO: O Direito brasileiro acolhe a teoria da substanciação, importando apenas os fatos 
jurídicos narrados pelo demandante. 
Todavia, a previsão legal (art. 319, III, do CPC/15) é no sentido de que a causa de pedir é composta 
pelos fatos e fundamentos jurídicos do pedido (o que de certa forma é contraditório). 
 
→ LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL: 
 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: 
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica 
estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. 
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: 
I - de alimentos, quando: 
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou 
obtenção de benefícios econômicos; 
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. 
 
JURISDIÇÃO DA AUTORIDADE BRASILEIRA COM EXCLUSÃO DE QUALQUER OUTRA (art. 23): 
 
 Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
 
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I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à 
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha 
domicílio fora do território nacional; 
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no 
Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 
 
ELEIÇÃO DE FORO: #DEOLHONOVADE 
 
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando 
houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na 
contestação. 
§1º. Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste 
Capítulo. 
 
#JÁCAIU: 
(2017/CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF 5º REGIÃO) De acordo com as regras do Código de Processo Civil (CPC) que 
tratam da cooperação jurídica internacional, o denominado auxílio direto passivo: d) pode ser utilizado para 
qualquer medida judicial ou extrajudicial, desde que não vedada pela lei brasileira e não sujeita a juízo de 
delibação no Brasil. 
Gabarito: D 
 
3. DA COMPETÊNCIA (DISPOSIÇÕES GERAIS, MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA E DA INCOMPETÊNCIA). DA 
COOPERAÇÃO NACIONAL. DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 
 
- O NCPC mantém a regra da perpetuatio jurisdictionis, mas previu um novo critério de prevenção. 
Nos termos do art. 59, o registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. No NCPC não 
interessa mais despacho, nem citação válida, critérios antes previstos no CPC/73. 
 
- Competência ação possessória imobiliária: 
Art. 47. (...)§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem 
competência absoluta”. 
 
- Competência para ações de alimentos, casamento e união estável: 
“Art. 53. É competente o foro: 
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união 
estável: a) de domicílio do guardião de filho incapaz; 
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; 
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; (...)”. 
 
- Possibilidade de reunião de processos semelhantes para julgamento conjunto mesmo que não haja 
conexão: Art. 55. (...) § 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de 
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre 
eles”. 
 
#APOSTACICLOS: Competência Material Delegada: 
 
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O escopo dessa regra é facilitar a vida do jurisdicionado, aumentando o acesso à Justiça. Em razão 
disso, a legislação brasileira, em alguns casos, transfere a competência das Justiças Federal e do Trabalho para 
a Justiça Estadual. Isto se dá através do fenômeno da competência material delegada. 
 
A transferência de competência para a Justiça Estadual ocorre quando NÃO houver, no local de 
domicílio do autor, Justiça Federal ou Justiça do Trabalho. 
 
No âmbito da justiça federal, há duas hipóteses de transferência de competência à Justiça Estadual, 
quais sejam: 
 
(i) benefício previdenciário: quando não houver no local do domicílio do autor VaraFederal. Esta 
hipótese não depende de lei, pois decorre do próprio texto constitucional; 
 
Art. 109, § 3º, da CF: “Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou 
beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a 
comarca não seja sede da vara do juízo federal e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras 
causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual”. 
§ 4º: “Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribuna l Regional Federal na 
área de jurisdição do juiz de primeiro grau”. 
 
(ii) não havendo Vara Federal no local do domicílio do autor, poderá a lei autorizar que a Justiça 
Estadual julgue processos de competência da Justiça Federal. 
 
#ATENÇÃO: Até 2014, havia a hipótese do art. 15 da Lei 5.010/66, que estabelecia que execução fiscal 
de tributo federal, quando não houvesse Vara Federal no domicílio do executado, seria ajuizada na Justiça 
Estadual. Todavia, o art. 114 da Lei 13.042/14 revogou o art. 15 da Lei 5.010/66. Portanto, não há mais 
hipótese de execução fiscal federal na Justiça Estadual, salvo as ajuizadas antes da revogação do dispositivo. 
 
#SELIGA: O art. 381, § 4º, do CPC estabelece uma nova hipótese de delegação de competência da 
Justiça Federal para a Justiça Estadual. Trata-se da hipótese da produção antecipada da prova. 
 
Art. 381, § 4º, do CPC: “O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em 
face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara 
federal”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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#NÃOCONFUNDA: 
 
CONEXÃO CONTINENCIA 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações 
quando lhes for comum o pedido ou a causa de 
pedir. 
§1º Os processos de ações conexas serão reunidos 
para decisão conjunta, salvo se um deles já houver 
sido sentenciado. 
§2º Aplica-se o disposto no caput: 
I - à execução de título extrajudicial e à ação de 
conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; 
II - às execuções fundadas no mesmo título 
executivo. 
§3º Serão reunidos para julgamento conjunto os 
processos que possam gerar risco de prolação de 
decisões conflitantes ou contraditórias caso 
decididos separadamente, mesmo sem conexão 
entre eles. 
 
 
 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais 
ações quando houver identidade quanto às partes e à 
causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais 
amplo, abrange o das demais. 
Art. 57. Quando houver continência e a ação 
continente tiver sido proposta anteriormente, no 
processo relativo à ação contida será proferida 
sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as 
ações serão necessariamente reunidas. 
 
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO VALOR E DO TERRITÓRIO (#DEOLHONOVADE): 
 
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será 
proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 
§1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a 
determinado negócio jurídico. 
§2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. 
§3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, 
que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. 
§4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de 
preclusão. 
 
INCOMPETÊNCIA: 
 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. 
§1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada 
de ofício. 
§2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência. 
§3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente. 
§4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo 
incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. 
 
PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA: 
 
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de 
contestação. 
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar. 
 
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#JÁCAIU: 
(2017/CESPE/Juiz Federal/TRF 54ª região) Com base na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), 
julgue os seguintes itens, no que concerne à tutela provisória, à competência e ao cumprimento de sentença. 
II. A justiça federal possui competência para julgar demanda proposta por estudante acerca de 
credenciamento de instituição privada de ensino superior junto ao Ministério da Educação, com vistas à 
expedição de diploma de ensino a distância ao autor. (CERTO) 
 
#DEOLHONASÚMULA: 
Súmula 570, do STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento de demanda em que se discute a 
ausência de ou o obstáculo ao credenciamento de instituição particular de ensino superior no Ministério da 
Educação como condição de expedição de diploma de ensino a distância aos estudantes. 
 
4. DOS SUJEITOS DO PROCESSO. DAS PARTES E DOS SEUS PROCURADORES. DO LITISCONSÓRCIO. DA 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS. DO JUIZ E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA. DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DA 
ADVOCACIA PÚBLICA E DA DEFENSORIA PÚBLICA. 
 
→ INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: 
 
O CPC/15 previu expressamente a figura do amicus curiae, bem como disciplinou o incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica! #FOCANATABELA 
 
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA 
PERSONALIDADE JURÍDICA 
AMICUS CURIAE 
Art. 133. O incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica será instaurado a pedido da 
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber 
intervir no processo. 
§1º O pedido de desconsideração da personalidade 
jurídica observará os pressupostos previstos em lei. 
§2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de 
desconsideração inversa da personalidade jurídica. 
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível 
em todas as fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento de sentença e na execução fundada 
em título executivo extrajudicial. 
§1º A instauração do incidente será imediatamente 
comunicada ao distribuidor para as anotações 
devidas. 
§2º Dispensa-se a instauração do incidente se a 
desconsideração da personalidade jurídica for 
requerida na petição inicial, hipótese em que será 
citado o sócio ou a pessoa jurídica. 
§3º A instauração do incidente suspenderá o 
processo, salvo na hipótese do § 2o. 
§4º O requerimento deve demonstrar o 
preenchimento dos pressupostos legais específicos 
para desconsideração da personalidade jurídica. 
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa 
 
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a 
relevância da matéria, a especificidade do tema 
objeto da demanda ou a repercussão social da 
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de 
ofício ou a requerimento das partes ou de quem 
pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a 
participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou 
entidade especializada, com representatividade 
adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua 
intimação. 
 
§1º A intervenção de que trata o caput não implica 
alteração de competência nem autoriza a 
interposição de recursos, ressalvadas a oposição de 
embargos de declaração e a hipótese do § 3o. 
 
§2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que 
solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes 
do amicus curiae. 
 
§3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que 
julgar o incidente de resolução de demandas 
repetitivas. 
 
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jurídica será citado para manifestar-se e requerer as 
provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. 
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o 
incidente será resolvido por decisão interlocutória. 
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo 
relator, cabe agravo interno. 
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a 
alienação ou a oneração de bens, havida em fraude 
de execução, será ineficaz em relação ao 
requerente. 
 
 
#ATENÇÃO: A denunciação da lide deixou de ser obrigatória em qualquer hipótese. Previu, ainda, o NCPC a 
vedação de denunciações sucessivas. Atualmente a legislação prevê uma única denunciação sucessiva: 
 
Art. 125, CPC/15, § 1º. O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for 
indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. 
§2º. Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor 
imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo 
promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. 
 
Art. 128, CPC/15. Feita a denunciação pelo réu: 
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento 
da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. 
 
→ IMPEDIMENTO x SUSPEIÇÃO: 
 
IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO 
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe 
vedado exercer suas funções no processo: 
I - em que interveio como mandatário da parte, 
oficiou como perito, funcionou como membro do 
Ministério Público ou prestou depoimento como 
testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, 
tendo proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor 
público, advogado ou membro do Ministério 
Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu 
cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de 
administração de pessoa jurídica parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou 
empregador de qualquer das partes; 
Art. 145. Há suspeição do juiz: 
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes 
ou de seus advogados; 
II - que receber presentes de pessoas que tiverem 
interesse na causa antes ou depois de iniciado o 
processo, que aconselhar alguma das partes acerca 
do objeto da causa ou que subministrar meios para 
atender às despesas do litígio; 
III - quando qualquer das partes for sua credora ou 
devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de 
parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, 
inclusive; 
IV - interessado no julgamento do processo em favor 
de qualquer das partes. 
§1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo 
de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas 
razões. 
§2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando: 
I - houver sido provocada por quem a alega; 
II - a parte que a alega houver praticado ato que 
signifique manifesta aceitação do arguido. 
 
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VII - em que figure como parte instituição de ensino Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 
com a qual tenha relação de emprego ou conhecimento do fato, a parte alegará o 
decorrente de contrato de prestação de impedimento ou a suspeição, em petição específica 
serviços;#NOVIDADE dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório fundamento da recusa, podendo instruí-la com 
de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou documentos em que se fundar a alegação e com rol 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou de testemunhas. #VAICAIR 
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que §1º Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao 
patrocinado por advogado de outro escritório; receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a 
#VAICAIR! remessa dos autos a seu substituto legal, caso 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu contrário, determinará a autuação em apartado da 
advogado. petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará 
§ 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se suas razões, acompanhadas de documentos e de rol 
verifica quando o defensor público, o advogado ou o de testemunhas, se houver, ordenando a remessa 
membro do Ministério Público já integrava o do incidente ao tribunal. 
processo antes do início da atividade judicante do §2º Distribuído o incidente, o relator deverá 
juiz. declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente 
§ 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim for recebido: 
de caracterizar impedimento do juiz. I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a 
§ 3º O impedimento previsto no inciso III também se correr; 
verifica no caso de mandato conferido a membro de II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá 
escritório de advocacia que tenha em seus quadros suspenso até o julgamento do incidente. 
advogado que individualmente ostente a condição §3º Enquanto não for declarado o efeito em que é 
nele prevista, mesmo que não intervenha recebido o incidente ou quando este for recebido 
diretamente no processo. com efeito suspensivo, a tutela de urgência será 
requerida ao substituto legal. 
§4º Verificando que a alegação de impedimento ou 
de suspeição é improcedente, o tribunal rejeitá-la-á. 
§5º. Acolhida a alegação, tratando-se de 
impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal 
condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao 
seu substituto legal, podendo o juiz recorrer da 
decisão. 
§6º Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o 
tribunal fixará o momento a partir do qual o juiz não 
poderia ter atuado. 
§7º O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, 
se praticados quando já presente o motivo de 
impedimento ou de suspeição. 
Art. 147. Quando 2 (dois) ou mais juízes forem 
parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro 
que conhecer do processo impede que o outro nele 
atue, caso em que o segundo se escusará, 
remetendo os autos ao seu substituto legal. 
 
5. DOS ATOS PROCESSUAIS. DA FORMA, DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS. DA 
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS. DAS NULIDADES. DA DISTRIBUIÇÃO E DO REGISTRO. 
 
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→ TEMPO E LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS: 
 
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a 
diligência ou causar grave dano. 
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no 
período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste 
artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal. 
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser 
protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização 
judiciária local. 
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) 
horas do último dia do prazo. 
Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins 
de atendimento do prazo. 
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se: 
I - os atos previstos no art. 212, § 2º; 
II - a tutela de urgência.#VAICAIR: 
 
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência 
delas: 
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser 
prejudicados pelo adiamento; 
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador; 
III - os processos que a lei determinar. 
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em 
que não haja expediente forense. 
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. 
§1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato. 
§2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após 
decorridas 48 (quarenta e oito) horas. 
§3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de 
ato processual a cargo da parte. 
§4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. 
 
→ COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: 
 
1. CARTAS: 
 
O NCPC prevê a existência de 4 cartas: 
 
Art. 237. Será expedida carta: 
I - de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2o do art. 236; 
Art. 236, § 2º O tribunal poderá expedir carta para juízo a ele vinculado, se o ato houver de se realizar fora 
dos limites territoriais do local de sua sede. 
 II - rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica internacional, 
 
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relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro; 
III - precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na área de 
sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por órgão 
jurisdicional de competência territorial diversa; 
IV - arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de sua 
competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo arbitral, 
inclusive os que importem efetivação de tutela provisória. 
Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior houver de 
ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo estadual da 
respectiva comarca. 
 
2. CITAÇÕES: 
 
Efeitos da citação: 
 
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna 
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 
10 de janeiro de 2002 (Código Civil). 
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo 
incompetente, retroagirá à data de propositura da ação. 
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, 
sob pena de não se aplicar o disposto no § 1o. 
§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. 
§ 4o O efeito retroativo a que se refere o § 1o aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos 
previstos em lei. 
 
Em regra, a citação será feita pelo correio. Mas há exceções: 
 
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto: 
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o; 
II - quando o citando for incapaz; 
III - quando o citando for pessoa de direito público; 
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; 
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma. 
 
Citação de pessoas físicas em condomínios edilícios ou loteamentos com controle de acesso: 
 
Art. 248. (...) 
§ 4º Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado 
a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar 
o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está 
ausente. 
 
Citação por hora certa (art. 252): agora BASTAM DUAS DILIGÊNCIAS + SUSPEITA DE OCULTAÇÃO. 
 
 Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou 
 residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em 
 
 
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sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que 
designar. 
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a 
intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de 
correspondência. 
 
Citação por edital: 
 
Art. 256. A citação por edital será feita: 
I - quando desconhecido ou incerto o citando; 
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando; 
III - nos casos expressos em lei. 
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta 
rogatória. 
§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada 
também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão. 
§ 3o O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, 
inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos 
públicos ou de concessionárias de serviços públicos. 
 
3. INTIMAÇÕES: 
 
Intimação por meio eletrônico (regra): sempre que possível, as intimações serão realizadas por meio 
eletrônico. 
 
Ordem preferencial de intimação no NCPC: 
1. Meio eletrônico (art. 270); 
2. Pelo órgão oficial – diários de justiça (art. 272) e 
3. Pessoal (art. 273). 
 
Art. 269. (...) 
§1º É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, 
juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. 
§2º O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença. 
 
→ NULIDADES: 
 
Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, 
todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes. 
 
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências 
necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. 
§1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte. 
§2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a 
pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. 
 
Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser 
aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais. 
 
 
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Incidental 
Cautelar 
Antecedente 
Urgência 
Tutela Provisória Incidental 
Evidência Antecipada 
Antecedente 
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Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de 
qualquer parte. 
 
6. DA TUTELA PROVISÓRIA. TUTELAS DE URGÊNCIA E DA EVIDÊNCIA. 
 
 
No CPC/15, a primeira grande mudança é a unificação do trato das tutelas provisórias (antecipada, 
cautelar e de evidência) na parte geral do Código. 
 
#ATENÇÃO: O CPC/15 acabou com a autonomia ritual do processo cautelar. Isto é, não há mais um 
processo autônomo cautelar. Todas as medidas cautelares necessárias são abarcadasno poder geral de 
cautela do Juiz. 
 
→ TUTELA DE URGÊNCIA: 
 
O CPC/15, embora reconhecendo as diferenças, consolida tutelas cautelares (conservativas) e 
antecipadas (satisfativas) sob a insígnia das tutelas de urgência (periculum in mora). 
 
Art. 300 do CPC: “A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito [fumus boni iuris] e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo 
[periculum in mora]”. 
 
Logo, para a concessão de ambas, os requisitos passam a ser os mesmos = PROBABILIDADE DO 
DIREITO + PERIGO DE DANO ou O RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO. 
 
No âmbito da tutela provisória de urgência, o sistema trabalha com o modelo da cognição sumária 
(probabilidade do direito ou fumus boni iuris - aparência). 
 
Tutela antecipada antecedente: o Juiz, ao apreciar o requerimento, pode deferi-lo (§1º) ou indeferi-lo (§6º). 
 
(i) sendo deferida a tutela antecipada antecedente, o autor terá o prazo de 15 dias para promover o 
aditamento da petição inicial, nos mesmos autos e sem novas custas. 
 
(ii) por outro, se for indeferida a tutela antecipada antecedente, o Juiz determinará a emenda da 
petição inicial em até 05 dias, para transformar o requerimento de tutela provisória em pedido principal. 
 
Art. 304 do CPC: “A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 [de forma antecedente], torna-se 
estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso”. 
 
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Estabilidade da tutela antecipada antecedente: A estabilização da tutela de urgência antecipada ocorre 
quando não for interposto recurso contra a decisão que a concedeu, e que implica a extinção do processo sem 
formação de coisa julgada. Porém, o direito de rever, reformar ou invalidar essa decisão somente poderá ser 
exercido no prazo limite de 2 (dois) anos contados da ciência da decisão que extinguiu o processo , e não a 
qualquer tempo (art. 304, CPC/15). 
 
#CUIDADO: ENUNCIADO 43, CJF: Não ocorre a estabilização da tutela antecipada requerida em 
caráter antecedente, quando deferida em ação rescisória. 
 
Não há possibilidade de estabilização da tutela cautelar. Isso porque não há correspondência entre o 
que se pede inicialmente e ao final (tem caráter conservativo). Ex: a parte requer, cautelarmente, a separação 
de corpos com a finalidade conservativa para que, após, seja pedido o divórcio. Nesta hipótese, não há 
correspondência entre o pedido inicial (separação de corpos) e o final (divórcio). Na verdade, a parte autora só 
ficará satisfeita com a procedência do pleito final, qual seja, o divórcio. 
 
Há formação de coisa julgada na decisão que concede a tutela antecipada antecedente 
estabilizada? Segundo o CPC/15, não! 
 
Art. 304, § 6º, do CPC: “A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos 
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada 
por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo”. 
 
→ TUTELA DE EVIDÊNCIA: 
 
O CPC/15 disciplina, de modo específico e usando expressamente essa nomenclatura, a tutela de 
evidência, ampliando seu cabimento para além das hipóteses previstas nos procedimentos especiais e na 
legislação extravagante. 
 
A tutela de evidência é satisfativa e provisional, embora não seja de urgência, já que fundada na alta 
probabilidade do direito do autor e na baixa probabilidade de o réu apresentar defesa idônea. 
 
#DICA: A tutela de evidência é uma tutela antecipada, sem urgência (periculum in mora). 
 
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: 
O art. 1º da Lei nº 9.494/97 determina, entre outras vedações, que não será cabível tutela antecipada contra o 
Poder Público visando obter a reclassificação ou equiparação de servidores públicos ou a concessão de 
aumento ou extensão de vantagens pecuniárias. O STF declarou que esse dispositivo é constitucional (ADC 4). 
Vale ressaltar, no entanto, que a decisão proferida na referida ADC 4 não impede toda e qualquer antecipação 
de tutela contra a Fazenda Pública. Somente está proibida a concessão de tutela antecipada nas hipóteses 
listadas no art. 1º da Lei nº 9.494/97, que deve ser interpretado restritivamente. No presente julgado, o STF 
afirmou que seria possível a concessão de tutela antecipada tratando sobre férias de servidores públicos, 
considerando que isso não envolve a reclassificação ou equiparação de servidores públicos nem a concessão 
de aumento ou extensão de vantagens. STF. Plenário. Rcl 4311/DF, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado 
em 6/11/2014 (Info 766). 
 
7. DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO. 
 
 
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Art. 313. Suspende-se o processo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I - pela morte ou pela perda da capacidade 
processual de qualquer das partes, de seu 
representante legal ou de seu procurador; 
§ 2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar 
conhecimento da morte, o juiz determinará a 
suspensão do processo e observará o seguinte: 
I - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para 
que promova a citação do respectivo espólio, de 
quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, 
no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no 
máximo 6 (seis) meses; 
II - falecido o autor e sendo transmissível o direito 
em litígio, determinará a intimação de seu espólio, 
de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos 
herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar 
mais adequados, para que manifestem interesse na 
sucessão processual e promovam a respectiva 
habilitação no prazo designado, sob pena de extinção 
do processo sem resolução de mérito. 
 
§ 3º No caso de morte do procurador de qualquer 
das partes, ainda que iniciada a audiência de 
instrução e julgamento, o juiz determinará que a 
parte constitua novo mandatário, no prazo de 15 
(quinze) dias, ao final do qual extinguirá o processo 
sem resolução de mérito, se o autor não nomear 
novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do 
processo à revelia do réu, se falecido o procurador 
deste. 
II - pela convenção das partes; PRAZO MÁXIMO: 6 MESES 
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição; 
IV- pela admissão de incidente de resolução de 
demandas repetitivas; 
 
V - quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa ou da 
declaração de existência ou de inexistência de 
relação jurídica que constitua o objeto principal de 
outro processo pendente; 
b) tiver de ser proferida somente após a verificação 
de determinado fato ou a produção de certa prova, 
requisitada a outro juízo; 
 
 
 
PRAZO MÁXIMO: 1 (UM) ANO. 
VI - por motivo de força maior; 
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente 
de acidentes e fatos da navegação de competência 
do Tribunal Marítimo; 
 
VIII - nos demais casos que este Código regula. 
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, 
quando a advogada responsável pelo processo 
constituir a única patrona da causa; 
§ 6º No caso do inciso IX, o período de suspensão 
será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do 
parto ou da concessão da adoção, mediante 
apresentação de certidão de nascimento ou 
 
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 documento similar que comprove a realização do 
parto, ou de termo judicial que tenha concedido a 
adoção, desde que haja notificação ao cliente. 
 
 
 
X - quando o advogado responsável pelo processo 
constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. 
§ 7º No caso do inciso X, o período de suspensão 
será de 8 (oito) dias, contado a partir da data do 
parto ou da concessão da adoção, mediante 
apresentação de certidão de nascimento ou 
documento similar que comprove a realização do 
parto, ou de termo judicial que tenha concedidoa 
adoção, desde que haja notificação ao cliente. 
Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, 
determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de 
impedimento e de suspeição. 
Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato delituoso, o juiz pode 
determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal. 
§ 1º Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do ato de 
suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar incidentemente a questão prévia. 
§ 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) ano, ao final do qual 
aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1o. 
 
8. DO PROCESSO DE CONHECIMENTO. DO PROCEDIMENTO COMUM. DISPOSIÇÕES GERAIS. PETIÇÃO INICIAL. 
DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO. DA 
CONTESTAÇÃO E DA RECONVENÇÃO. DA REVELIA E DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO. 
DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. DAS PROVAS. DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA. 
 
→ Com relação à petição inicial, o CPC/15 deixou de listar como requisito o requerimento de citação do réu. 
Ainda, deve constar a opção do autor pela realização ou não da audiência de conciliação/mediação; e prazo 
de 15 dias para emendar a inicial. 
 
#NÃOCONFUNDA: O autor poderá aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir? Pessoal, fiquem atentos ao 
seguinte artigo: 
 
Art. 329. O autor poderá: 
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do 
réu; 
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, 
assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) 
dias, facultado o requerimento de prova suplementar. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. 
 
→ IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO: 
 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará 
liminarmente improcedente o pedido que contrariar: 
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; 
 
 
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III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência; 
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
§1º. O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência 
de decadência ou de prescrição. 
§2º. Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 
241. 
§3º. Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
§4º. Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não 
houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) 
dias. 
 
→ No procedimento comum, passa a existir como regra uma audiência de conciliação antes da apresentação 
da defesa (que será oferecida 15 dias após frustrada a tentativa de conciliação). Essa audiência pode ser 
dispensada entre as partes de comum acordo ou quando não admitir composição (arts 334 e 335). 
 
→ CONCENTRAÇÃO DE ATOS NA CONTESTAÇÃO: passaram a ser preliminares da contestação: a exceção de 
incompetência relativa (art. 337, II); impugnação ao valor da causa (art. 337, III); Impugnação ao benefício da 
justiça gratuita (art. 337, XIII); Reconvenção (art. 343); Denunciação da lide passiva (art. 126); chamamento ao 
processo (art. 131); demais preliminares (art. 337); impugnação específica (art. 341), etc. 
(#MEMORIZAQUEPASSA). 
 
→ PROVAS: Tradicionalmente, a distribuição do ônus da prova no processo era feita de modo estático. Em 
verdade, essa ainda é a regra do NCPC, conforme se observa dos incisos I e II do artigo 373 do NCPC. Contudo, 
o §1º traz os seguintes requisitos para a distribuição dinâmica: 
 
- Previsão legal (como ocorre com CDC, por exemplo); 
- Impossibilidade ou a excessiva dificuldade de cumprir o seu ônus (prova diabólica); 
- Maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário (aptidão da prova); 
- Decisão fundamentada e oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
 
#CUIDADO: a inversão deve se dar em um momento em que se garanta a possibilidade de a parte a quem se 
atribuir o ônus dele se desincumbir. Ademais, não se admite simplesmente a mera transferência de prova 
diabólica. A inversão só faz sentido se a outra parte tiver melhores condições de obter o meio de prova. 
 
#IMPORTANTE: A distribuição diversa do ônus probatório também pode ocorrer por convenção das partes 
(art. 373, §3º, CPC), sendo importante destacar que esse negócio processual pode ocorrer antes ou durante o 
processo. (§4º). 
 
→ SENTENÇA: 
 
SENTENÇA TERMINATIVA SENTENÇA DEFINITIVA 
Sentença terminativa é aquela que extingue o feito 
sem o julgamento do mérito (art. 485 do CPC). 
Sentença definitiva extingue o feito com resolução 
do mérito (art. 487 do CPC). 
Art. 485 do CPC: “O juiz não resolverá o mérito 
quando: 
I. indeferir a petição inicial; 
II. o processo ficar parado durante mais de 1 (um) 
Art. 487 do CPC: “Haverá resolução de mérito 
quando o juiz: 
I. acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou 
na reconvenção; 
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ano por negligência das partes; 
III. por não promover os atos e as diligências que lhe 
incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias; 
IV. verificar a ausência de pressupostos de 
constituição e de desenvolvimento válido e regular 
do processo; 
V. reconhecer a existência de perempção, de 
litispendência ou de coisa julgada; VI. verificar a 
ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII. acolher a alegação de existência de convenção 
de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer 
sua competência; 
VIII. homologar a desistência da ação; 
IX. em caso de morte da parte, a ação for 
considerada intransmissível por disposição legal; 
X. nos demais casos prescritos neste Código” 
II. decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a 
ocorrência de decadência ou prescrição; 
III. homologar: 
a) o reconhecimento da procedência do pedido 
formulado na ação ou na reconvenção; 
b) a transação; 
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na 
reconvenção”. 
Parágrafo único: “Ressalvada a hipótese do § 1º do 
art. 332, a prescrição e a decadência não serão 
reconhecidas sem que antes seja dada às partes 
oportunidade de manifestar-se”. 
#ATENÇÃO: Ocorrendo três vezes a hipótese do art. 
485, III, do CPC (abandonar a causa por mais de 30 
dias), depois de o autor ser intimado pessoalmente 
para suprir a falta e não o fazer, tem-se a 
PEREMPÇÃO. Ressalta-se que o prazo para o 
suprimento da falta (§1º, art. 485) é de 05 dias, e 
não mais de 48h, como no CPC/73. 
 
#ATENÇÃO: O CPC/15 não mais menciona 
“condições da ação”, além de excluir a possibilidade 
jurídica do pedido, que, segunda doutrina 
majoritária, será analisada como questão de mérito. 
 
#ATENÇÃO: A convenção de arbitragem deve ser 
alegada pelo réu na contestação, sob pena de se 
presumir a escolha pela via judicial (art. 337, §6º). 
 
#ATENÇÃO: O Juiz conhecerá de ofício, em qualquer 
tempo e grau de jurisdição e enquanto não ocorrer o 
trânsito em julgado, a ausência de pressupostos de 
constituição e desenvolvimento válido e regular do 
processo (pressupostos processuais), perempção, 
litispendência e coisa julgada (pressupostosprocessuais negativos), ausência de legitimidade e 
interesse processual (condições de ação) e quando 
houver morte da parte e a ação for considerada 
intransmissível por disposição legal (art. 485, §3º). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#ATENÇÃO: Ressalvada a hipótese de 
reconhecimento da prescrição e da decadência 
liminarmente, o juiz não poderá reconhecê-las sem 
antes dar às partes oportunidade de se manifestar. 
 
→ COISA JULGADA: 
 
Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de 
mérito não mais sujeita a recurso. 
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Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal 
expressamente decidida. 
 
O CPC/2015 prevê a possibilidade de coisa julgada sobre questões principais – neste ponto não há 
inovação – mas também prevê a coisa julgada de prejudiciais incidentais – a grande novidade – sem 
necessidade de instaurar uma ação declaratória incidental para tanto. Vejamos: 
 
§ 1o O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no 
processo, se: 
I - dessa resolução depender o julgamento do mérito; 
II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia; 
III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal. 
 
9. DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. CUMPRIMENTO PROVISÓRIO. CUMPRIMENTO DEFINITIVO DE 
SENTENÇA (OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA, OBRIGAÇÃO DE FAZER, NÃO FAZER E DE ENTREGAR 
COISA). CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E A FAZENDA PÚBLICA. IMPUGNAÇÃO. A INEXIGIBILIDADE DAS 
SENTENÇAS JUDICIAIS. 
 
MODALIDADE CPC OLDSTYLE NOVO CPC 
IMPUGNAÇÃO AO 
CUMPRIMENTO DE 
SENTENÇA 
 
NECESSIDADE DE GARANTIR O 
JUÍZO 
DESNECESSIDADE DE GARANTIR O 
JUÍZO 
*Execução é suspensa com a garantia 
(desde que haja fumus + periculum) 
 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
COMUM 
DESNECESSIDADE DE GARANTIR O 
JUÍZO 
*Execução é suspensa com a 
garantia (desde que haja fumus + 
periculum) 
DESNECESSIDADE DE GARANTIR O 
JUÍZO 
*Execução é suspensa com a garantia 
(desde que haja fumus + periculum) 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
EM EXECUÇÃO FISCAL 
NECESSIDADE DE GARANTIR O 
JUÍZO 
NECESSIDADE DE GARANTIR O JUÍZO 
*Execução é suspensa com a garantia 
(desde que haja fumus + periculum) 
 
→ Cumprimento de sentença e a fazenda pública: 
 
CPC 1973 CPC/15 
 
 
Tanto no caso de título executivo judicial como 
extrajudicial o procedimento era o mesmo e 
estava previsto no art. 730. 
O novo CPC previu dois procedimentos diferentes: 
1) Se o título executivo for JUDICIAL: o 
procedimento é chamado de cumprimento de 
sentença, sendo regido pelos arts. 534 e 535. 
2) Se o título executivo for EXTRAJUDICIAL: o 
procedimento é chamado de execução contra a 
Fazenda Pública (art. 910). 
Não havia o nome cumprimento de sentença 
contra a Fazenda Pública (isso era chamado de 
execução contra a Fazenda Pública). 
Passou a existir um procedimento próprio chamado 
de cumprimento de sentença contra a Fazenda 
Pública. 
A nomenclatura execução contra a Fazenda Pública 
 
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 ficou destinada para a execução fundada em título 
extrajudicial. 
A defesa apresentada pela Fazenda Pública era 
chamada de embargos (art. 730) tanto em caso de 
título judicial como extrajudicial. 
No cumprimento de sentença, a defesa da Fazenda é 
chamada de impugnação. 
Na execução contra a Fazenda Pública, esta se 
defende por meio de embargos. 
O prazo dos embargos era de 30 dias. 
Tanto o prazo da impugnação como dos embargos 
continua sendo de 30 dias. 
 
#JÁCAIU: 
(2016/TRF 4º REGIÃO/JUIZ FEDERAL): “A sentença condenatória para pagamento de quantia certa contra a 
Fazenda Pública será executada no mesmo processo, em fase de cumprimento de sentença, a exemplo do 
que ocorre contra os devedores privados, sendo o meio de defesa a impugnação; já a execução de título 
extrajudicial dar-se-á por meio de processo específico de execução, cuja defesa deverá ser promovida via 
embargos do devedor”. CERTO 
 
10. DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. AÇÃO DE EXIGIR CONTAS. 
AÇÕES POSSESSÓRIAS. AÇÃO DE DIVISÃO E DA DEMARCAÇÃO DE TERRAS PARTICULARES. AÇÃO 
DISCRIMINATÓRIA. EMBARGOS DE TERCEIRO. AÇÕES DE DIREITO DE FAMÍLIA DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA 
FEDERAL. OPOSIÇÃO. HABILITAÇÃO. AÇÃO MONITÓRIA. HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL. 
RESTAURAÇÃO DE AUTOS. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA. NOTIFICAÇÃO E 
INTERPELAÇÃO. ALIENAÇÃO JUDICIAL. 
 
→ AÇÃO MONITÓRIA: 
 
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem 
eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: 
I - o pagamento de quantia em dinheiro; 
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; 
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. (...) 
§6º É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública. 
§7º Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o procedimento comum. 
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de 
entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 
(quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor 
atribuído à causa. 
§1º O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo. 
§2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer 
formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, 
observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial. 
§3º É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do § 2o. 
§4º Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702, aplicar-se-á o 
disposto no art. 496, observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial. 
§5º Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916. 
Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios autos, no 
prazo previsto no art. 701, embargos à ação monitória. 
§1º Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento 
comum. 
 
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11. DO PROCESSO DE EXECUÇÃO. DA EXECUÇÃO EM GERAL. DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO. DA 
EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA. DA EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER. DA 
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA. DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. DOS EMBARGOS À 
EXECUÇÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
 
Fica expressamente proibida a aplicação do parcelamento da dívida no cumprimento de sentença, 
ou seja, só é possível o parcelamento nas execuções de título extrajudicial (art. 916, §7º). 
 
Art. 833. São impenhoráveis: 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; 
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os 
de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de 
vida; 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as 
pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e 
destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de 
profissional liberal, ressalvado

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