Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AN02FREV001/REV 3.0 1 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 3.0 2 CURSO DE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 3.0 3 SUMÁRIO 1 HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO 2 MEDIDAS DE HIGIENE E CONFORTO 3 IDENTIFICANDO OS ÍNDICES DE SAÚDE 4 QUEIXAS MAIS FREQUENTES 5 ACIDENTES DE TRABALHO OCORRIDOS 6 DOENÇAS PROFISSIONAIS DIAGNOSTICADAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AN02FREV001/REV 3.0 4 MÓDULO I 1 HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO Do ponto de vista da Administração de Recursos Humanos, a saúde e a segurança dos empregados constituem uma das principais bases para a preservação da força de trabalho adequada. De modo genérico, Higiene e Segurança do Trabalho compõem duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos empregados. Segundo o conceito emitido pela Organização Mundial de Saúde, a saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social e que não consiste somente na ausência de doença ou de enfermidade. A higiene do trabalho refere-se ao conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. Segurança e higiene do trabalho são atividades interligadas que repercutem diretamente sobre a continuidade da produção e sobre a moral dos FONTE: Portal Educação Ltda. AN02FREV001/REV 3.0 5 empregados. Segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de práticas preventivas. A atividade de Higiene do Trabalho no contexto da gestão de RH inclui uma série de normas e procedimentos, visando essencialmente, à proteção da saúde física e mental do empregado, procurando resguardá-lo dos riscos de saúde relacionados com o exercício de suas funções e com o ambiente físico onde o trabalho é executado. Hoje a Higiene do Trabalho é vista como uma ciência do reconhecimento, avaliação e controle dos riscos à saúde, na empresa, visando à prevenção de doenças ocupacionais. A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em seu Capítulo V, Seção I, preceitua: Artigo 157 - Cabe às empresas: I – Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II – Instruir empregados, através de ordens de serviço, quanto às preocupações a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV – Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Sendo uma atividade que visa o bem-estar do empregado e, fatalmente, resultando em economia ao empregador, além de uma obrigatoriedade, a Higiene do Trabalho tem outras finalidades. De acordo com o citado por CARVALHO (1998, p. 296) destacam-se: a eliminação das causas das doenças profissionais; redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho com pessoas doentes ou portadores de FONTE: Portal Educação Ltda. AN02FREV001/REV 3.0 6 defeitos físicos; prevenção do agravamento de doenças e lesões e manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho; sendo que os objetivos podem ser perfeitamente atingidos por intermédio da educação dos operários, chefes, gerentes, indicando os perigos e ensinando como evitá-los, mantendo constante estado de alerta contra os riscos existentes na fábrica e pelos estudos e observações dos novos processos ou materiais a serem utilizados. Entre as finalidades da higiene do trabalho, destacam-se: a) Eliminação das causas das doenças; b) Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos; c) Prevenção do agravamento de doenças e de lesões; e, d) Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho. A higiene do trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. (CHIAVENATO, 1995, p. 425). O processo de higiene do trabalho envolve, paralelamente, a análise e o controle das condições de trabalho da organização, as quais influenciam, obrigatoriamente, o comportamento humano. Na gestão de Recursos Humanos, a segurança do trabalho é identificada como sendo um conjunto de medidas técnicas, educativas, médicas e psicológicas empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas de práticas preventivas. A segurança do trabalho, como instrumento de prevenção de acidentes na empresa, deve ser considerada, ao mesmo tempo, como um dos fatores decisivos do aumento da produção. Levando-se em conta que tais acidentes exercem uma condição FONTE: Portal Educação Ltda. AN02FREV001/REV 3.0 7 extremamente negativa no processo produtivo, ocasionando perdas totais ou parciais da capacidade humana de trabalho e de equipamentos, ferramentas etc., fazem-se a relação direta da importância e do alcance da segurança no trabalho. Pode-se afirmar que o acidente é um acontecimento não planejado e não controlado, em que a ação ou reação de um objeto, substância, radiação ou indivíduo, resulta num acidente pessoal ou na sua probabilidade. Como se torna impraticável identificar e registrar o comportamento que poderia ter provocado o acidente ou lesão, os acidentes são encarados como ocorrências em que se manifestam lesões físicas, as quais, de regra, constituem acidentes pessoais. Sob o ponto de vista puramente preventivo, pode-se identificar a causa do acidente como sendo todo fator que, se não for removido a tempo, conduzirá inevitavelmente ao acidente propriamente dito. Embora os acidentes não sejam inevitáveis e não se manifestem por acaso, eles são provocados e, por isso mesmo, podem e devem ser prevenidos por meio da eliminação de suas causas. Há dois tipos de fatores na manifestação das causas de acidentes: Fatores Pessoais – Dependendo do próprio indivíduo, os fatores pessoais podem ser classificados da seguinte maneira: Características Pessoais – Personalidade, Inteligência, Motivação etc. Tendências predispostas do comportamento – Atitudes e hábitos indesejáveis, falta de habilidade etc. Tipos de comportamentos – Desatenção, esquecimento etc. Fatores Materiais ou Situacionais – Os fatores materiais decorrem das condições dos locais de trabalho: Características gerais da situação – Presença de agentes potencialmente causadores de acidentes, como equipamentos e objetos móveis. Características predispostas da situação – Probabilidade de circunstâncias provocadoras de acidentes, como falha no equipamento. AN02FREV001/REV3.0 8 O acidente não é provocado por uma determinada causa isolada, mas sim, por atos e condições inseguras que encadeiam o processo e provocam o acidente. Em termos de prevenção de acidentes, as condições inseguras e os atos inseguros são igualmente importantes na gênese dos acidentes, devendo-se dar, em consequência, igual importância à remoção dos dois tipos de causas. 2 MEDIDAS DE HIGIENE E CONFORTO Consideram-se medidas de higiene e conforto como sendo medidas extremamente indispensáveis em uma organização, principalmente quando há ambientes insalubres. Dessa forma, torna-se importante que sejam observadas permanentemente, e não apenas nos momentos onde se realizarão os levantamentos de riscos. Define-se como condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, conforme a NR- 24: a) Higiene Pessoal A boa higiene pessoal proporciona prevenção de doenças do trabalho e evitam a transmissão de doenças contagiosas. Nesse sentido, os trabalhadores que estiverem expostos a agentes agressivos devem receber informações detalhadas sobre as medidas de higiene pessoal. b) Banheiros e Lavatórios Devem ser separados para homens e mulheres, ser higienizados, limpos e desprovidos de odores desagradáveis. Deve ter um chuveiro para cada 10 funcionários que se ocupam de atividades consideradas insalubres. Os pisos devem FONTE: Portal Educação Ltda. AN02FREV001/REV 3.0 9 ser impermeáveis e deve ter disponível uma torneira para cada grupo de 20 trabalhadores. c) Vestiários e Armários Devem estar em bom estado de conservação, organizados individualmente e por sexo. d) Bebedouros Devem ser instalados em pontos estratégicos, de fácil acesso para os funcionários, principalmente onde existam fontes de calor. O uso de recipientes coletivos deve ser proibido e o suprimento de água potável em frasco deve estar em quantidade superior a ¼ de litro por homem/horas de trabalho. e) Alimentos Os funcionários devem ser proibidos de levarem comida para o setor de trabalho, evitando contaminação. f) Cozinha Deve ter um lavatório com água corrente, sabão e toalhas, para uso do pessoal do serviço de alimentação. g) Lixo O tratamento dado ao lixo da cozinha deve estar de acordo com as normas locais do serviço de saúde pública. h) Áreas de Lazer Considera-se que o trabalho, o lazer e o sono sejam etapas sequenciais nas atividades humanas. O período dedicado ao lazer adquire um papel relaxante, buscando aliviar as tensões do trabalho e facilitar o sono. AN02FREV001/REV 3.0 10 3 IDENTIFICANDO OS ÍNDICES DE SAÚDE Por meio do mapeamento de riscos é possível que os profissionais da CIPA estejam mais atentos às alterações no desenvolvimetno do trabalho. Assim, torna-se relevante a efetivação de uma reavaliação periódica das medidas preventivas adotadas, para que não percam a eficiência com o tempo. O monitoramento contínuo dos cipeiros é uma medida considerada de proteção, fundamental para a saúde dos funcionários (CAMPOS, 2002). É preciso que os profissionais da CIPA avaliem com os funcionários se a empresa está realizando os exames médicos previstos no PCMSO. Após a constatação, é necessário identificar: As queixas mais frequentes. Os acidentes de trabalho ocorridos. As doenças profissionais diagnosticadas. Os casos de absenteísmo. Todos os itens apresentados acima são considerados indicadores de saúde. FONTE: Portal Educação Ltda. AN02FREV001/REV 3.0 11 4 QUEIXAS MAIS FREQUENTES No momento do questionamento é preciso que o profissional da CIPA busque as principais queixas em relação à saúde, tendo em vista que nessa etapa o que interessa é saber se existem sinais clínicos que evidenciem um risco de evoluir para uma enfermidade. Deve-se acompanhar constantemente os setores que apresentarem agentes agressivos à saúde dos trabalhadores, principalmente se houverem queixas frequentes dos trabalhadores sobre o mesmo sintoma. Nesse caso, será necessário acelerar a implementação das medidas preventivas. Como queixas mais frequentes são reconhecidas: • Dor de cabeça constante; • Perda de peso; • Gripes contantes; • Tosse incessante; • Fisgadas; • Formigamento; • Insônia; • Dificuldade para respirar; • Dores lombares. FIGURA: DORES DE CABEÇA FONTE: Portal Educação Ltda. AN02FREV001/REV 3.0 12 5 ACIDENTES DE TRABALHO OCORRIDOS É preciso fazer um levantamento onde constem, no mínimo, os acidentes ocorridos nos últimos doze meses no setor analisado, visando estabelecer nexo com a presença de agentes agressivos no local. Após ser estabelecido o nexo causal “Dano X Agente”, a graduação do risco aumenta, o que requer uma ação preventiva da CIPA, visando o não retorno da repetição do fato (CAMPOS, 2002). É possível realimentar o plano de trabalho da CIPA por meio das informações mais detalhadas, que indiquem a natureza da lesão e a parte do corpo atingida. FIGURA: ACIDENTES DE TRABALHO FONTE: Portal Educação Ltda. AN02FREV001/REV 3.0 13 6 DOENÇAS PROFISSIONAIS DIAGNOSTICADAS Referem-se à existência de um levantamento passivo ocupacional da organização. Para isso, basta procurar nas Comunicações de Acidentes de Trabalho – CAT, as situações de doenças profissionais já diagnosticadas. Caso tenha sido constatada a existência de doenças, é importante verificar se a empresa adotou medidas preventivas e se essas medidas foram eficazes. Absenteísmo A ausência do empregado ao trabalho raramente é levada em consideração quando ocorre por questões de saúde. A falta do funcionário pode ter diversas razões, mas o que interessa no Mapeamento de Riscos é a falta ao serviço por problemas gerados por agentes ambientais. Assim, é relevante que os cipeiros considerem o motivo da ausência do trabalhador, relacionando os fatos, analisando-os com atenção e criando estratégias de ação. O PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) irá ser aperfeiçoado com essas ações. Os dados para investigar as questões devem ser obtidos no Departamento de Administração de Pessoal da organização em questão. FIGURA: ACIDENTES DE TRABALHO FONTE: Disponível em: <http://www.blogbrasil.com.br/wp-content/uploads/2008/12/acidente-de-trabalho.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2010. AN02FREV001/REV 3.0 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, M. S. M. V. Gestão organizacional estratégica a questão dos recursos humanos e do desenvolvimento gerencial. Rev. Adm. Públ. v. 29, n. 1, p. 70-77, jan./mar. 1998. CARDEÇA, Benedito. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes: uma Abordagem Holística. São Paulo: Atlas, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1995. DAVIS, K. & W. N. T. J. Comportamento no trabalho: Uma Abordagem Psicológica. São Paulo: Pioneira, 1998. GONÇALVES, Edwar. Manual de segurança do trabalho. São Paulo: Letras, 2000. MICHEL, Oswaldo. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. São Paulo: Letras, 2000. OLIVEIRA, João. Segurança e saúde no trabalho: uma questão mal compreendida. v. 17 n. 2 Abr./Jun.. São Paulo Perspec, 2003. SALEM, Luciano; SALEM, Diná. Acidentes do trabalho. Campinas: Millennium, 2001. FIM DO CURSO!
Compartilhar