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AUDITORIA E CONTROLES INTERNOS

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Auditoria e controles internos
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V
1.
1
2/218
Auditoria e controles internos
Autoria: Frederico Otávio Sirotheau Cavalcante
Como citar este documento: CAVALCANTE, Frederico O. S. Auditoria e controles internos. Valinhos: 
2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Importância e conceito de controle interno 05
Assista a suas aulas 23
Unidade 2: Princípios de controle interno contábil 31
Assista a suas aulas 49
Unidade 3: Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos? 57
Assista a suas aulas 80
Unidade 4: Detecção e prevenção de fraudes 89
Assista a suas aulas 104
2/201
3/2183
Unidade 5: Controles: contas a pagar, tributos e estoques 112
Assista a suas aulas 136
Unidade 6: Papéis de trabalho: conceitos e definições 146
Assista a suas aulas 162
Unidade 7: Planejamento de auditoria 170
Assista a suas aulas 183
Unidade 8: Metodologias de emprego da auditoria 191
Assista a suas aulas 211
Sumário
Auditoria e controles internos
Autoria: Frederico Otávio Sirotheau Cavalcante
Como citar este documento: CAVALCANTE, Frederico O. S. Auditoria e controles internos. Valinhos: 
2017.
4/218
Apresentação da Disciplina
A complexidade da atividade empresarial 
exige que os gestores tenham segurança 
nas informações para a tomada de decisão 
e para que as ações planejadas e aprovadas 
sejam executadas adequadamente.
O novo contexto econômico e tecnológico, 
a busca por melhoria contínua, o cumpri-
mento dos objetivos e o comprometimento 
da alta administração, exige dos gestores, 
que têm uma visão multidisciplinar, a inicia-
tiva de uma correta implantação, execução 
e monitoramento das atividades empre-
sariais, que permita dispor de informações 
seguras e fidedignas, assegurando a toma-
da de decisão com redução de riscos, alo-
cação adequada de recursos, preservação 
do patrimônio com garantia de confiança e 
transparência nas transações. Nesse cená-
rio, surge a auditoria e o controle interno, 
que são ferramentas capazes de assegurar 
que as boas práticas contábeis e adminis-
trativas estão sendo executadas pela em-
presa.
Esta disciplina tem o objetivo demonstrar 
como a auditoria e o controle interno po-
dem contribuir para a otimização do resul-
tado global das empresas, apresentando e 
discutindo os conceitos pertinentes aos te-
mas.
5/218
Unidade 1
Importância e conceito de controle interno
Objetivos
1. Explicitar a importância do controle interno.
2. Discutir e aplicar os principais conceitos, normas e procedimentos do processo de controle 
interno.
3. Apresentar aspectos de controles internos para atendimento ao fisco.
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno6/218
Introdução
Com o aumento das atividades empresa-
riais, fez-se necessária a implantação de 
novas ferramentas gerenciais que permi-
tissem aos sócios verificar se os gestores da 
empresa estavam maximizando a riqueza 
da empresa ou, em outras palavras, se es-
tavam gerindo satisfatoriamente os negó-
cios e recursos que lhes foram confiados. 
Neste contexto, destaca-se a importância 
do controle interno que tem como um dos 
objetivos acompanhar as rotinas da empre-
sa, se estão seguindo o que foi planejado e 
mostrando eventuais desvios e fraudes que 
eventualmente surgirão. 
1. Importância do Controle In-
terno
Os controles internos adequados garan-
tem as empresas qualidade e exatidão das 
informações, o que assegura aos gestores 
embasamentos seguros dentro do proces-
so de decisão. Eles também permitem mini-
mizar riscos legais, como operações fiscais, 
relações com clientes (consumidores), civil 
entre outros.
Outro ponto em que os controles internos 
contribuem é com melhoria de processos 
produtivos, analisando possíveis gargalos 
e restrições, garantindo redução de custos, 
que interferem diretamente no resultado 
(lucro) das empresas. E entre todos os pon-
tos positivos dos controles internos, eles 
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno7/218
ainda ajudam a detectar possíveis fraudes ou erros.
As empresas que possuem controle interno adequado podem ter, com exatidão, as informações 
necessárias para uma melhor gestão, amparando os administradores no aperfeiçoamento das 
operações em busca da conquista de objetivos, aprimorando a eficiência dos processos produ-
tivos com redução de custos e melhoria na qualidade dos produtos e serviços, além de detectar 
possíveis falhas, erros ou fraudes (ATTIE, 2007) 
Link
Recomenda-se a leitura do artigo indicado neste link para demonstrar a relevância do controle in-
terno nas demonstrações contábeis, sendo proporcionado o entendimento dos usuários e a agili-
dade nos processos. BORDIN, P.; SARAIVA, C. J. O controle interno como ferramenta fundamental 
para a fidedignidade das informações contábeis. 2005. 
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno8/218
“Em uma organização, o controle interno representa os procedimentos ou rotinas afim de res-
guardar os ativos, gerar dados contábeis confiáveis e auxiliar na condução ordenada dos negó-
cios da empresa, representando os controles contábeis e administrativos de modo explícito e 
prático” (CREPALDI, 2004, p. 249).
Para saber mais
As diretrizes básicas sobre controle interno de qualidade para auditores independentes são apresen-
tadas pelo IBRACON NPA nº 10, sendo identificados os objetivos, itens relacionados ao planejamento 
e organização das revisões, entre outros. 
Pondera-se que os controles internos apresentam sustentação na área administrativa, conforme 
menciona Crepaldi (2009, p. 359):
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno9/218
O controle interno gira em torno dos aspectos administrativos, que in-
fluenciam diretamente sobre os aspectos contábeis, assim é preciso consi-
derá-los conjuntamente para determinar um aspecto de controle interno 
adequado.
Pode-se analisar e entender controle inter-
no do ponto de vista administrativo e con-
tábil. No administrativo, o controle interno 
tem o papel de assegurar que o manual de 
procedimentos existe e está sendo cumpri-
do e executado. Já do ponto de vista contá-
bil, assegura que todas as informações con-
tábeis financeiras estão sendo registradas 
na contabilidade.
O controle interno está profundamente en-
volvido na busca da eficácia organizacional. 
O bom controle interno deve buscar sempre 
a eficiência, eficácia e economicidade.
Também temos que considerar o tamanho 
das companhias e as necessidades exigi-
das para a implementação dos controles 
internos. Grandes companhias, que muitas 
vezes são listadas em bolsa de valores, de-
vem possuir sofisticados controles internos, 
garantindo um respaldo entre a ligação das 
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno10/218
informações que circulam entre adminis-
trativo x financeiro x contabilidade de custo 
x contabilidade financeira x sistemas orça-
mentários, culminando em maior seguran-
ça no processo decisório. Como resultado, 
as companhias garantem governança cor-
porativa que, para aos olhos dos investi-
dores, reflete em segurança, confiança e, 
sobretudo, transparência nas informações 
financeiras.
Todo este controle gera um custo a fim de 
operacionalizar a criação, implementar e 
monitorar os controles internos. Sendo as-
sim, quando pensamos em empresas de 
médio e pequeno porte, nas quais seus re-
cursos muitas vezes não são abundantes, 
a criação de controles internos deverá ser 
adequada ao seu nível de exigência, basea-
do sempre na capacidade operacional. Criar 
controles internos apenas para tê-los, sem 
que traga nenhum benefício relevante para 
a operação das pequenas companhias, po-
derá dificultar o processo operacional, que 
afetará na eficiência de entrega de seus 
objetivosdo negócio, podendo, assim, des-
gastar o relacionamento com seus clientes 
e, consequentemente, a geração de receita.
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno11/218
2. Controles Internos 
2.1. Conceitos de Controles
Segundo Almeida (1996, p. 50), “o contro-
le interno representa em uma organização 
o conjunto de procedimentos, métodos ou 
rotinas com os objetivos de proteger os ati-
vos, produzir dados contábeis confiáveis e 
ajudar a administração na conclusão orde-
nada dos negócios da empresa”.
O Instituto de Auditores Internos do Brasil, 
Audibra (1992, p. 48), registra que:
[...] controles internos devem ser 
entendidos como qualquer ação 
tomada pela administração (assim 
compreendida tanto a Alta Admi-
nistração como os níveis geren-
ciais apropriados) para aumentar a 
probabilidade de que os objetivos 
e metas estabelecidas sejam atin-
gidos. A Alta Administração e a ge-
rência planejam, organizam, diri-
gem e controlam o desempenho de 
maneira a possibilitar uma razoável 
certeza de realização.
Controle interno não é, somente, um com-
plexo sistema de rotinas e procedimentos 
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno12/218
burocráticos que necessitam ser integral-
mente implementados em conformidade 
com os livros e normas para que funcionem 
satisfatoriamente. O administrador deter-
minará a capacidade de implantar sistemas 
de controle que possuem qualidades favo-
ráveis para a empresa de acordo com suas 
particularidades.
Para saber mais
O controle interno e a auditoria, ramos da conta-
bilidade, surgiram da necessidade das empresas 
controlarem seus ativos, passivos, despesas e re-
ceitas. Através do controle interno começou-se a 
ter controle do que de fato ganhava-se e gasta-
va-se.
Segundo Chiavenato (1993, p. 262), exis-
tem três significados para a palavra contro-
le, que são:
a. Controle como função restritiva 
e coercitiva: serve para coibir ou 
limitar certos tipos de desvios in-
desejáveis ou de comportamento 
não aceitos. É também chamado 
de controle social, pois inibe o 
individualismo e a liberdade das 
pessoas, neste sentido apresenta 
um caráter negativo e limitativo;
b. Controle como sistema automá-
tico de regulação: tem como ob-
jetivo manter um grau de fluxo 
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno13/218
ou funcionamento de um siste-
ma. Dentro deste mecanismo de 
controle se detectam possíveis 
desvios ou irregularidades e pro-
porcionam automaticamente a 
regulação necessária para voltar 
à normalidade;
c. Controle como função adminis-
trativa: é o controle como parte 
do processo administrativo, as-
sim como o planejamento, orga-
nização e a direção fazem parte.
controle pode ser visualizado como um sis-
tema que forneça feedback e não simples-
mente como uma questão de estabeleci-
mento de padrões, mensuração de desem-
penho e correção de desvios.
Como exemplo de controle interno em uma 
empresa comercial, sugere-se a segregação 
de funções, ou seja, um funcionário faz o 
pedido de compra e outro autoriza, aprova 
e confere. Dessa forma, evita-se fraudes e 
desfalques, melhorando os índices de resul-
tado da empresa. 
O controle está relacionado diretamente 
com funções do processo administrativo 
pertinentes ao planejamento, organização 
e direção. Propicia a mensuração e a avalia-
ção dos resultados da ação empresarial. O 
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno14/218
2.2. Controles Internos para 
Atender ao Fisco
Com o desenvolvimento das tecnologias 
de informações, o fisco nacional, estadu-
al e municipal passou a criar projetos para 
integrar as informações fiscais, contábeis, 
Link
Síntese dos estudos relacionados ao controle in-
terno numa década de publicação de artigos. 
SOUZA, E. X. F. et al. Controle interno: um estudo 
bibliométrico (2004-2010) comparativo da pro-
dução científica no Brasil através de publicações 
da Associação Nacional de Pós-graduação e Pes-
quisa em Administração. 
Para saber mais
O marco histórico relacionado aos controles in-
ternos refere-se ao surgimento da lei americana: 
Sarbanes&OxleyAct. DANTA, W. R. H. Importân-
cia dos Controles internos nas empresas an-
tes e depois do advento da Sarbanes-OxleyAct. 
2006. 
“Controles Internos abarcam os controles 
administrativos e contábeis, os quais po-
dem ser implementados pela administração 
de uma organização com o intuito de salva-
guardar seus ativos, produzir dados contá-
beis confiáveis e assessorar na condução 
coordenada dos negócios” (ALMEIDA, 2003, 
p. 63). 
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno15/218
financeira e de departamento pessoal das 
companhias. O projeto do Sistema Público 
de Escrituração DIGITAL (SPED) abarca uma 
série de recursos tecnológicos, na qual a 
companhia como contribuinte dos tributos 
passa a enviar mensalmente e em alguns 
casos anualmente informações de todas as 
operações. As companhias emitem notas 
fiscais de forma eletrônica, enviam as apu-
rações dos impostos diretos devidos men-
salmente, enviam os impostos indiretos, in-
formações sobre a folha de pagamento dos 
colaboradores e também o balanço patri-
monial a cada exercício social.
Para muitos o fisco instituiu o SPED, po-
rém as informações já eram enviadas em 
outras obrigações acessórias, que mesmo 
centralizadas e mais completas no SPED, 
ainda não deixaram de serem obrigatórias. 
Sendo assim, as companhias possuem um 
custo a mais para atender a estas novas re-
gras, obrigando também a criação de novos 
controles internos, que possam controlar a 
geração das informações de forma asserti-
va, para rastrear todas as informações ne-
cessárias a serem enviadas ao fisco. A Fi-
gura 1 apresenta aspectos do SPED, que é 
o “instrumento que unifica as atividades de 
recepção, validação, armazenamento e au-
tenticação de livros e documentos que in-
tegram a escrituração contábil e fiscal dos 
empresários e das pessoas jurídicas” (POR-
TALDECONTALIBIDADE, s.d., s.p.).
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno16/218
Figura 1 | Controles internos: o SPED
Fonte: adaptado de: SPEDPR (s.d).
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno17/218
Para saber mais
A Receita Federal do Brasil disponibiliza um site exclusivo para tratar todos os projetos SPED, em que po-
deremos encontrar links que ajudam a esclarecer as principais necessidades dos SPED, manual de consulta 
de usurários e desenvolvedores de sistema, guia de pergunta e resposta e até mesmo baixar os programas 
de validação dos arquivos para transmissão. 
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno18/218
Glossário
Fraudes: erro intencional, má fé para se obter vantagens pessoais. Crime ou ato ilegal.
Métodos: caminho ou comportamento a ser seguido. Programação estruturada.
Feedback: resposta que alguém recebe de outrem referente a um pedido ou acontecimento. 
Avalia o resultado de alguma transmissão.
Questão
reflexão
?
para
19/218
As empresas são típicos exemplos de sistemas, uma vez 
que são formadas por um conjunto de departamentos e 
estes por setores que interagem entre si e com o meio 
onde atuam (exterior). Existem riscos internos (ex.: cola-
boradores, capacidade produtiva, maquinários) e exter-
nos (ex.: fornecedores, clientes, concorrentes, governo) 
que podem afetar o objetivo desse sistema. Reflita sobre 
a forma com que o controle interno pode minimizar es-
tes riscos.
20/218
Considerações Finais
Diante do exposto, verifica-se que os objetivos de uma empresa só serão ple-
namente alcançados se possuir um ótimo controle interno. O controle interno 
ajuda a evitar fraudes, erros e ineficiência. Para que ele sejaexequível, mister se 
faz contar com a colaboração dos funcionários em todas as etapas dos proces-
sos.
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno21/218
Referências
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
______. Auditoria: um curso completo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
ATTIE, William. Auditoria interna. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2007.
AUDIBRA. Instituto dos Auditores Internos do Brasil. Normas brasileiras para o exercício da au-
ditoria interna. 2. ed. São Paulo: Audibra, 1992.
BORDIN, P.; SARAIVA, C. J. O controle interno como ferramenta fundamental para a fidedigni-
dade das informações contábeis. 2005. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/index.php/
contabilidade/article/view/200/3725>. Acesso em: 17 fev. 2017.
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 
1993.
COAD. Entenda o que são os controles internos. Disponível em: <http://coad.jusbrasil.com.br/
noticias/2131059/entenda-o-que-sao-os-controles-internos>. Acesso em: 17 fev. 2017.
CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
______. Auditoria contábil: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Unidade 1 • Importância e conceito de controle interno22/218
DANTA, W. R. H. Importância dos Controles internos nas empresas antes e depois do adven-
to da Sarbanes-OxleyAct. 2006. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/hand-
le/10183/11496/000615887.pdf?sequence=1>. Acesso em: 17 fev. 2017.
OLIVEIRA, L. M.; PEREZ JUNIOR, J. H.; SILVA, C. A. S. Controladoria estratégica. 4. ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
PORTALDECONTABILIDADE. s.d. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/noti-
cias/sped.htm>. Acesso em: 17 maio 2017.
SOUZA, E. X. F. et al. Controle interno: um estudo bibliométrico (2004-2010) comparativo da 
produção científica no Brasil através de publicações da Associação Nacional de Pós-gradua-
ção e Pesquisa em Administração. Disponível em: <http://www.aedb.br/seget/arquivos/arti-
gos11/48414829.pdf>. Acesso em: 17 fev. 2017. 
SPEDPR. Disponível em: <http://sped.rfb.gov.br/>. Acesso em: 17 maio 2017.
PORTAL IBRACON s.d. Disponível em <http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detPubli-
cacao.php?cod=123>. Acesso em: 23 jun. 2017.
Referências
23/218
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Importância e Conceito de Con-
trole Interno. Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
9df30ec4995956c9f57b243cee979f09>.
Aula 1 - Tema: Importância e Conceito de Con-
trole Interno. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
28d5a4566242c7f761797464c806f2f8>.
24/201
1. O controle interno está diretamente ligado à avaliação de resultados quan-
to à eficiência e à eficácia da gestão. Eficiência está para redução de custos, 
assim como eficácia está para resultados. Baseado nas duas frases, assinale 
a alternativa correta.
a) As duas afirmações são incorretas.
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
d) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
Questão 1
25/201
2. Controles internos mal elaborados, com falhas ou vícios, não são de 
responsabilidade do auditor. Os responsáveis pelos controles internos são 
os gestores da empresa. Baseado nas duas frases, assinale a alternativa 
correta.
a) As duas afirmações são incorretas.
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
d) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
Questão 2
26/201
3. Levando-se em conta que os controles internos podem ser entendidos 
e analisados do ponto de vista administrativo e contábil, assinale a alter-
nativa que reflete um controle interno contábil.
a) Controle operacional.
b) Rotinas de RH.
c) Análise da lucratividade.
d) Conciliação bancária.
e) Análise de tempos e movimentos.
Questão 3
27/201
4. Dos controles apresentados, levando-se em conta que podem ser detecti-
vos (projetados para detectar erros) ou preventivos (projetados com a finali-
dade de evitar a ocorrência de erros), identifique os de natureza preventiva.
I- Segregação de funções.
II- Limites e alçadas. 
III- Autorizações. 
IV- Conciliações.
V- Revisões de desempenho.
São exemplos de controles preventivos APENAS os apresentados em:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) III, IV e V.
d) I, II, III e V.
e) ) I, II, IV e V.
Questão 4
28/201
5. Assinale a alternativa que representa limitações do controle interno.
a) Alto volume de transações e distância entre filiais.
b) Conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa e grande volume de transações.
c) Distância entre filiais e clima organizacional.
d) Negligência dos funcionários, conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa e 
falta de instrução a respeito das normas internas.
e) Distância entre filiais e conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa.
Questão 5
29/201
Gabarito
1. Resposta: D.
A questão só requer o conhecimento da de-
finição de eficiência (atingimento do resul-
tado com melhor custo-benefício) e efetivi-
dade (atingir o resultado).
2. Resposta: D.
A função básica da auditoria interna, de as-
segurar o sistema de controle interno eficaz, 
não desobriga os executivos das responsa-
bilidades de verificação e controle nos seus 
respectivos setores.
3. Resposta: D.
Os controles contábeis compreendem o 
plano de organização e todos os métodos 
e procedimentos diretamente relacionados 
com a salvaguarda do patrimônio e a fide-
dignidade dos registros contábeis. Que são: 
1) Sistema de autorização e aprovação; 2) 
Separação das funções de escrituração ela-
boração dos relatórios contábeis dos fatos 
ligados às operações ou custódia dos valo-
res; 3) Controles físicos.
4. Resposta: A.
A conciliação e revisão de desempenho não 
são preventivos e sim corretivos.
30/201
5. Resposta: D.
Segundo Marcelo Cavalcanti Almeida 
(1996), as principais limitações do controle 
interno são:  negligência dos funcionários; 
conluio de funcionários na apropriação de 
bens da empresa e falta de instrução a res-
peito das normas internas.
Gabarito
31/218
Unidade 2
Princípios de controle interno contábil
Objetivos
1. Apresentar os princípios de controle interno contábil.
2. Aplicar os princípios de controle interno contábil.
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil32/218
Introdução
Princípios são normas ou padronização de 
técnicas que fundamentam uma seção de 
conhecimento. Seguir os princípios esta-
belecidos por uma determinada matéria 
significa redução de risco de erros e, neste 
caso, redução de falhas do controle interno 
da empresa. Importante destacar que ainda 
assim podem ocorrer falhas.
Concomitante com os princípios, deve-se 
implementar bons sistemas de informação 
que auxiliarão nas rotinas da empresa, emi-
tindo relatórios com fidedignidade.
Para saber mais
Crepaldi (2007) cita algumas medidas a serem 
observadas na avaliação do controle interno, sen-
do necessário considerar os procedimentos para 
prevenir ou detectar erros e irregularidades e de-
terminar se os métodos estão sendo seguidos sa-
tisfatoriamente.
Para saber mais
Como preceito constitucional, o controle interno 
aparece pela primeira vez na Constituição Federal 
de 1967:“Art. 71 - A fiscalização financeira e or-
çamentária da União será exercida pelo Congres-
so Nacional através de controle externo, e dos 
sistemas de controle interno do Poder Executivo, 
instituídos por lei” (BRASIL, 1967).
Várias são as regras e os princípios que de-
vem ser seguidos pela empresa, objetivan-
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil33/218
do a preservação de seu patrimônio e a 
maximização do lucro. No item a seguir, se-
rão apresentados os princípios de controle 
interno, segundo o Conselho Regional de 
Contabilidade de São Paulo.
Link
Existem algumas regras para preservar o patri-
mônio das entidades. É claro que a obediência a 
elas não exclui a possibilidade de ocorrência de 
irregularidades, afinal, um controle ótimo é ide-
alismo. Acesse o link indicado que explicita esses 
conceitos. TIBURCIO, C. P. Princípios do controle 
interno. 2012. 
1. Princípios De Controle Inter-
no Contábil
Segundo o Conselho Regional de Contabi-
lidade São Paulo (1994, p. 61), os princípios 
do controle interno são: 
a. a autoridade deve ser determina-
da, de acordo com a orientação 
da administração. Caso não haja 
esta delegação de autoridade, o 
controle será ineficiente; 
A autoridade deve ser determinada para 
assegurar que todos os procedimentos de 
controle sejam executados.
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil34/218
Link
O controle interno difere-se do administrativo em 
variados aspectos. Faça a leitura do artigo indica-
do para verificá-los. BORDIN, P.; SARAIVA, C. J. O 
controle interno como ferramenta fundamen-
tal para a fidedignidade das informações con-
tábeis. 2005. 
Exemplos de funções que devem ser segre-
gadas:
• Quem aprova a compra deve ser dife-
rente da pessoa que paga;
• O responsável pela contabilidade deve 
ser diferente da pessoa que tem a cus-
tódia dos bens.
b. a contabilização e as operações pro-
priamente ditas devem ser segrega-
das. Um colaborador ou um depar-
tamento não deve ocupar uma posi-
ção em que tenha ao mesmo tempo 
o controle das transações e de seus 
registros contábeis. Mesmo em am-
bientes altamente informatizados, 
onde a introdução dos dados no 
sistema de informação é feita pelo 
departamento que efetua as transa-
ções, o controle do registro contá-
bil é de responsabilidade do depar-
tamento contábil, que deve deter o 
controle final da contabilização des-
ta transação (CRCSP, 1994, p. 61); 
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil35/218
Todas as transações devem estar especifi-
cadas em manuais.
c. todas as transações da empresa de-
vem ser realizadas mediante autori-
zação prévia. “A autoridade máxima 
em uma organização pertence aos 
acionistas ou controladores e é de-
legada à administração. Esta estabe-
lece as condições nas quais devem 
ser executadas as transações espe-
cíficas” (CRCSP, 1994, p. 61); 
d. é preciso utilizar provas indepen-
dentes para comprovar que as ope-
rações e a contabilidade estão regis-
tradas de forma exata e adequadas. 
As transações registradas na con-
tabilidade devem coincidir com as 
existentes nos demais sistemas ope-
racionais da empresa e devem estar 
documentadas (CRCSP, 1994, p. 61);
Para confirmar as transações, os auditores 
valem-se da circularização.
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil36/218
Segmentando-se o ciclo de uma transação, 
evita-se que surjam os vícios laborativos, 
intencionais ou não.e. nenhum colaborador da organiza-
ção deve ter, sob controle, a res-
ponsabilidade de todo o ciclo de 
uma transação comercial. As ope-
rações devem ser planejadas de 
forma que mais de uma pessoa ou 
departamento participe de cada 
transação. Desta forma, o trabalho 
de um torna-se a prova do outro. 
A segregação de funções contribui 
para a eficiência das operações e 
detecta mais rapidamente erros 
ou fraudes (CRCSP, 1994, p. 61); 
f. a rotação de colaboradores na execu-
ção dos trabalhos é fundamental, já 
que esta atitude minimiza as opor-
tunidades de ocorrência de frau-
des, estimula inovações e aumenta 
a qualificação técnica e profissional 
dos colaboradores. Além do mais, a 
adoção deste princípio, reduz signi-
ficativamente a dependência pelos 
“especialistas” e resulta em novas 
ideias sobre sistemas, métodos e 
processos (CRCSP, 1994, p. 61); 
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil37/218
A JobRotation atualmente é uma prática bastante utilizada por grandes empresas.
Conceder férias, além de ser um direito trabalhista, permite que outros funcionários verifiquem e 
vivenciem a rotina daquele departamento, identificando seus pontos fortes e fracos.
g. é de fundamental importância que todos os colaboradores da empresa saiam 
de férias. O descanso colabora para a “reposição de energias” e é um direito 
trabalhista. O acumulo de férias ou seu abono pode estar criando, dentro da 
empresa, os chamados “especialistas” e constituindo passivos trabalhistas 
potenciais, isto porque, ao desligarem-se da empresa, poderão acioná-la ju-
dicialmente, reivindicando as férias não gozadas. Possuir funcionários que 
não gozem férias significa, também, manter encobertas fraudes e erros que 
porventura existam (CRCSP, 1994, p. 61); 
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil38/218
Todo processo deve ser explicado a todos os envolvidos nele.
h. é importante que a instituição organize e distribua a seus colaboradores um 
manual de controle interno, onde conste as instruções operacionais, nor-
mas e procedimentos adotados pela empresa. Esta adoção colabora para a 
coibição de erros de execução e também garante a qualidade dos processos 
(CRCSP, 1994, p. 61); 
i. todos os colaboradores, em especial os envolvidos com as atividades de con-
trole, devem ser cuidadosamente selecionados e treinados. É saudável a 
vida pregressa e as referências apresentadas pelos candidatos ao emprego. 
O treinamento familiariza os colaboradores com as novas tarefas e os situa 
dentro do contexto e normas da empresa. As compreender o que dele se 
espera, o funcionário contribui para o aumento da eficiência operacional e 
a redução de custos; 
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil39/218
j. os responsáveis pela custódia de numerários e outros ativos da empresa de-
vem ter seguro-fidelidade, permitindo proteger os ativos em caso de pos-
síveis fraudes, contribuindo também como inibidor de ações danosas con-
tra seu patrimônio. Os colaboradores devem estar cientes de que a compa-
nhia seguradora só indenizará a empresa dos prejuízos, quando registrar-se 
ocorrências dessa natureza às autoridades policiais e os responsáveis forem 
devidamente conhecidos (CRCSP, 1994, p. 61); 
Situações de desfalques temporários, em que o funcionário se apodera do dinheiro recebido de 
clientes, provenientes de vendas a prazo, antes do registro contábil do recebimento, não são 
cobertos pelo seguro.
k. é recomendável a utilização de meios eletrônicos para o registro automáti-
co das transações. O avanço tecnológico e o barateamento dos recursos de 
informática permitem o desenvolvimento de sistemas que aumentam con-
sideravelmente a eficiência do controle, possibilitando realizar e registrar 
simultaneamente as transações; 
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil40/218
Com o advento do Sped, todas as informa-
ções são confrontadas praticamente em 
tempo real.
A empresa deverá analisar a aplicabilidade 
dos princípios apresentados, de acordo com 
sua cultura organizacional.
O sistema de controle interno é considera-
do bom quando proporciona que uma tran-
sação realizada na empresa seja registradatempestivamente e de forma correta, não 
permitindo que a transação não seja regis-
trada ou que seja registrada de forma inde-
vida.
2. O Controle Interno e a Audito-
ria Independente
A função da auditoria independente é ex-
pressar uma opinião acerca das demonstra-
ções contábeis. Para que o auditor indepen-
dente exerça bem sua função, deve obter 
razoável segurança de que as demonstra-
ções contábeis estão livres de erros, fraudes 
ou vícios. 
Nesse contexto surge a função do controle 
interno, sendo de fundamental importân-
cia para a auditoria independente. A função 
do controle interno para a auditoria inde-
pendente é proporcionar segurança de que 
erros, fraudes ou vícios possam ser desco-
bertos com razoável tempestividade. A con-
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil41/218
fiança nos controles internos determinará 
a extensão e a profundidade dos testes de 
auditoria. Quanto melhor for avaliado pelo 
auditor o controle interno, menor será a ex-
tensão dos testes de auditoria, intensifican-
do os testes nas áreas com maiores fraque-
zas.
3. O Controle Interno e a Audito-
ria Interna
A função da auditoria interna é assessorar 
a alta administração, fornecendo informa-
ções, como índices, análise e recomenda-
ções. Deve avaliar a eficácia e a adequação 
do sistema de controle interno, verifican-
do se os objetivos da empresa estão sendo 
cumpridos como planejados.
Enquanto a auditoria independente se pre-
ocupa com o controle interno quanto à con-
fiabilidade das transações registradas e o 
impacto no parecer de auditoria, o auditor 
interno avalia o controle interno sob a ótica 
do que ele representa para a empresa.
4. Aplicabilidade dos Princípios 
de Controle Interno Contábil
Apresentar-se-á a seguir, algumas situa-
ções que farão com que os controles inter-
nos tenham eficiência e eficácia.
• Conhecimento por parte dos colabo-
radores acerca do controle interno: 
em uma organização, como já estu-
dado, os controles internos são todos 
os procedimentos, descritos em ma-
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil42/218
nuais, que objetivam que as empresas 
alcancem suas metas estabelecidas. 
Dessa forma, é de extrema importân-
cia que os colaboradores conheçam 
os controles internos adotados pela 
empresa.
• Delegações de funções: com o cres-
cimento e expansão da empresa, fica 
inviabilizada a gestão dos diversos 
departamentos da empresa por um 
único gestor. Daí a importância da de-
legação de funções, que juntamente 
com um bom sistema de controle in-
terno, trará ao gestor segurança nas 
tomadas de decisões.
• Análise de fornecedores: o controle 
Interno junto a fornecedores é benéfi-
co, por exemplo, na redução de custos, 
permitindo que sejam feitas cotações 
indicando o fornecedor com menor 
preço e com a qualidade desejada.
• Estocagem: o controle interno deve 
apontar a quantidade a ser comprada, 
buscando sempre a redução no pra-
zo médio de rotatividade do estoque. 
Quantidade de estoque desnecessá-
ria impacta problemas no fluxo de cai-
xa da empresa, além de poder causar, 
dependendo do ramo da empresa, pe-
recividade e obsoletismo no estoque.
• Projeções de venda: as previsões de 
venda são de suma importância em 
uma empresa, pois ajudarão a em-
presa a saber quais produtos são mais 
procurados e adquiridos e em quais 
períodos do ano isso ocorre. É de ex-
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil43/218
trema importância a integração do 
departamento de venda com todos 
os demais departamentos da empre-
sa, uma vez que as vendas garantem a 
continuidade da empresa.
• Conferência, aprovação e autoriza-
ção de mercadorias no ato da entre-
ga: a empresa deve ter, em suas roti-
nas, sistemas que confiram se as mer-
cadorias entregues condizem com o 
que foi comprado, se estão dentro do 
prazo de validade, embaladas e sem 
avaria. Todos os produtos/mercado-
rias recebidas devem ser imediata-
mente cadastrados.
• Relatórios gerenciais: para o proces-
so de tomadas de decisão, a empre-
sa necessita de relatórios financeiros, 
contábeis, fiscais com periodicidade a 
ser definida pela empresa.
• Organograma: é necessário que a 
empresa defina a função de cada pes-
soa em sua estrutura, as relações de 
autoridade e autonomia e o responsá-
vel pela custódia de bens e direitos. Tal 
segregação é de extrema importância 
para evitar fraudes e desfalques, uma 
vez que a pessoa que detém a guar-
da não pode ser a mesma responsável 
pelos registros das transações.
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil44/218
Glossário
Circularização: a circularização, ou confirmação externa, é uma prova de auditoria obtida como 
resposta direta que o revisor/auditor recolhe de uma terceira entidade, sob forma de papel, ele-
trônica ou por qualquer outro meio.
Sped: Sistema Público de Escrituração Digital faz parte do Programa de Aceleração do Cresci-
mento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um avanço na informatiza-
ção da relação entre o fisco e os contribuintes.
JobRotation: neste processo, o colaborador passa por diversas áreas da empresa, a fim de co-
nhecer todos os processos, atividades e especificidades de cada área.
Questão
reflexão
?
para
45/218
São vários os princípios de controle interno contábil que 
irão auxiliar as empresas a funcionarem adequadamen-
te. Como deve ocorrer a implementação desses princí-
pios em uma organização?
46/218
Considerações Finais
Neste tópico foram abordados alguns dos princípios de controle interno 
contábil. É importante ressaltar que de nada vale possuir um controle 
interno de procedimentos e processos sem manter colaboradores com-
prometidos e integrados com as finalidades da empresa. A parte essen-
cial para controles efetivamente corretos está em sua implementação 
com excelência, evitando surpresas no instante em que as informações 
são transmitidas para a contabilidade. Na contabilidade é possível ve-
rificar se os controles internos adotados estão retratando com legiti-
midade as mutações patrimoniais, assim como a verificação de erros e 
fraudes ocorridos em algum instante do processo.
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil47/218
Referências 
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 5. ed., São Paulo: Atlas, 1996.
______. Auditoria: um curso completo. 6. ed., São Paulo: Atlas, 2003.
AUDIBRA. Instituto dos Auditores Internos do Brasil. Normas brasileiras para o exercício da au-
ditoria interna. 2. ed. São Paulo: Audibra, 1992.
BORDIN, P.; SARAIVA, C. J. O controle interno como ferramenta fundamental para a fidedigni-
dade das informações contábeis. 2005. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/index.php/
contabilidade/article/view/200/3725>. Acesso em: 17 fev. 2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1967. 1967. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao67.htm>. Acesso em: 26 jun. 2017.
______. Controladoria Geral da União. Instrução Normativa n. 01 do SFCI de 06 de julho de 
2001. Disponível em: <http://www.cgu.gov.br/sobre/legislacao/arquivos/instrucoes-normativas/
in-01-06042001.pdf>. Acesso em: 23 jun. 2017.
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 4. ed., São Paulo: Makron Books, 
1993.
Unidade 2 • Princípios de controle interno contábil48/218
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
______. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 3. ed., São Paulo: Atlas, 2004.
CRCSP. Conselho Regional de Contabilidade do Estado De São Paulo. Curso de contabilidade 
aplicada. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
OLIVEIRA, L. M.; PEREZ JUNIOR H.; SILVA, C. A. S. Controladoria estratégica. 4. ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
TIBURCIO, C. P. Princípios docontrole interno. 2012. Disponível em: <http://www.contabilidade-
-financeira.com/2012/03/principios-do-controle-interno.html>. Acesso em: 17 fev. 2017.
Referências
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50/201
1. Dentre as alternativas, qual não representa um princípio do controle inter-
no?
a) Segregação de funções.
b) Unicidade no ciclo de uma transação.
c) Rodízio de pessoal.
d) Seleção adequada de pessoal.
e) Elaboração de manuais operacionais, nos quais devem estar detalhadas as instruções rela-
tivas de como devem ser executadas as funções referentes à atividade a ser desempenhada 
na administração.
Questão 1
51/201
2. Os sistemas de controles internos apresentam indicadores que podem 
aferir a eficiência, a eficácia e a economicidade da gestão. A economicidade 
significa a operacionalidade ao mínimo custo possível, a administração cor-
reta dos bens, boa distribuição do tempo, economia de trabalho, tempo e 
dinheiro, redução dos gastos num orçamento etc. Com relação ao exposto, 
assinale a alternativa correta.
Questão 2
a) As duas afirmações são incorretas.
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
d) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
52/201
3. É sabido que os controles internos devem ser implementados pela gestão 
da empresa. Ao auditor independente cabe avaliar a qualidade dos controles 
internos, mas não a relação entre seus custos e os respectivos benefícios. 
Com relação ao exposto, assinale a alternativa correta.
Questão 3
a) As duas afirmações são incorretas.
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
d) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
53/201
4. Dependendo da qualidade do controle interno, o auditor externo deve 
executar procedimentos mínimos de auditoria. Assinale a alternativa que 
apresenta uma limitação do controle interno.
Questão 4
a) O maior grau de delegação de autoridade adotado pela administração.
b) O maior nível de competição entre os funcionários.
c) A existência de controles cruzados na organização.
d) A falta de instrução suficiente aos funcionários quanto às normas internas.
e) O rodízio mais frequente entre os funcionários.
54/201
5. Um dos princípios do controle interno é a segregação de funções. Este 
princípio preceitua que a mesma pessoa ou entidade não pode ser simulta-
neamente responsável pelos ativos e pelos registros contábeis. Com relação 
ao exposto, assinale a alternativa correta.
Questão 5
a) As duas afirmações são incorretas.
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
d) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
55/201
Gabarito
1. Resposta: B.
Unicidade no ciclo de uma transação preco-
niza que apenas uma pessoa deva realizar 
todas as fases de uma transação, para fa-
cilitar o subsequente trabalho de auditoria. 
Isso fere os princípios do controle interno.
2. Resposta: D.
As duas afirmativas refletem conceitos téc-
nicos corretos.
3. Resposta: E.
Um dos princípios de controle interno ad-
ministrativo elencados pela IN 01:
“2.2.2 - Princípios de controle interno 
administrativo.
Os princípios de controle interno admi-
nistrativo constituem-se no conjunto de 
regras, diretrizes e sistemas que visam ao 
atingimento de objetivos específicos, tais 
como: I. relação custo/benefício - consis-
te na avaliação do custo de um controle 
em relação aos benefícios que ele possa 
proporcionar;”
4. Resposta: D.
A falta de instrução suficiente aos funcioná-
rios servidores quanto às normas internas é 
uma limitação do controle interno.
56/201
5. Resposta: D.
Deve haver segregação de funções, pois se 
a mesma pessoa é responsável por ativos e 
registros contábeis, teremos a possibilidade 
de desfalques permanentes, no qual o fun-
cionário conseguirá furtar algo e realizar o 
ajuste contábil para que ninguém perceba.
Gabarito
57/218
Unidade 3
Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?
Objetivos
1. Apresentar as finalidades da auditoria interna.
2. Aplicar os objetivos da auditoria interna.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?58/218
Introdução
A complexidade da estrutura da empre-
sa relaciona-se diretamente com sua ex-
posição a riscos, erros e desperdícios. Fa-
z-se mister que as entidades invistam em 
desenvolvimento tecnológico, aprimorem 
seus controles, reduzam custos, de forma 
que seus produtos se tornem mais compe-
titivos. Nesse sentido, a auditoria interna 
auxilia a alta gestão das empresas, evitando 
desperdícios, salvaguardando o patrimônio 
empresarial, portanto, apresenta-se como 
uma excelente ferramenta de controle ad-
ministrativo.
Também temos a questão da compliance 
tributária, na qual as auditorias internas e 
externas trabalham para reduzir os riscos 
para as companhias. O Brasil possui uma 
elevada carga tributária, bem como uma 
complexa forma de informação das apura-
ções dos tributos e das suas operações. Os 
riscos tributários intrínsecos nas operações 
das companhias podem ser danosos ao cai-
xa e até mesmo reduzir o lucro de atividades 
com o recebimento de multas e penaliza-
ções por erros ou por simples falta de con-
trole das operações. Portanto, os controles 
internos criados para controlar as opera-
ções que envolvem questões tributárias 
devem fazer parte dos procedimentos das 
auditorias internas e externas. Muitos au-
tores que tratam de controles internos indi-
cam que todas as operações das empresas 
(compra, venda, trocas de mercadorias, de-
voluções de vendas, importações e expor-
tações de produtos etc.), principalmente as 
novas, devem passar pela avaliação das au-
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?59/218
ditorias, criando um fluxo de liberação das 
operações antes que elas se iniciem.
1. Auditoria Interna: Para Quê?
Segundo Franco (1996, p. 19), “desde o seu 
aparecimento, a contabilidade tornou-se 
um conjunto ordenado de conhecimentos, 
com objetivos e finalidades definidas, tem 
sido considerada como uma arte, como 
técnica ou como ciência de acordo com a 
orientação seguida”.
A contabilidade, fazendo parte das ciências 
sociais, tem como objeto de estudo o patri-
mônio e como finalidade fornecer informa-
ções para tomada de decisões para qual-
quer empresa, independentemente do seu 
porte.
Attie (1992) menciona que a contabilidade 
é a ciência que estuda, informa, retrata e 
demonstra aos seus usuários, investidores, 
clientes, proprietários, financiadoras etc., a 
situação patrimonial da empresa. 
A auditoria é um ramo, uma especializa-
ção da contabilidade, que surge em decor-
rência do crescimento das empresas e que 
tem como objetivo verificar se os registros 
contábeis estão de acordo com as Normas 
Contábeis e reflete a posição financeiro-e-
conômica da entidade de acordo com os 
controles internos.
A auditoria pode ser classificadaem: audi-
toria externa e auditoria interna, cujas ca-
racterísticas podem ser visualizadas na Ta-
bela 1.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?60/218
Tabela 1 | Comparativo entre auditoria interna e auditoria externa
Informação Auditoria Interna Auditoria Externa
Quem realiza a auditoria? Funcionário da empresa. Contratação de um profissional in-
dependente. 
Qual é o objetivo? Atender às necessidades da admi-
nistração.
Atender às necessidades de tercei-
ros no que diz respeito à fidedigni-
dade das informações financeiras.
Qual a finalidade da revisão das 
operações e do controle?
Desenvolver aperfeiçoamento e 
induzir ao cumprimento de políti-
cas e normas, sem estar restrito a 
assuntos financeiros.
Determinar, principalmente, a ex-
tensão do exame e a fidedignidade 
das demonstrações financeiras.
Como é a subdivisão do trabalho? Em relação às áreas operacionais e 
linhas de responsabilidade admi-
nistrativa.
Em relação às contas do balanço 
patrimonial e da demonstração do 
resultado.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?61/218
Posicionamento do auditor? O auditor diretamente se preocu-
pa com a detecção e prevenção de 
fraude.
O auditor incidentalmente se pre-
ocupa com a detecção e preven-
ção de fraudes, a não ser que haja 
possibilidade de substancialmente 
afetar as demonstrações financei-
ras.
Características do auditor? Deve ser independente em relação 
às pessoas cujo trabalho ele exa-
mina. Porém, subordinado às ne-
cessidades e desejos da alta admi-
nistração.
Deve ser independente em relação 
à administração, de fato e de atitu-
de mental.
Frequência das atividades? A revisão das atividades da empre-
sa é contínua.
O exame das informações compro-
batórias das demonstrações finan-
ceiras é periódico, geralmente, se-
mestral ou anual.
Fonte: Adaptado de: Portal de auditoria (s.d.).
De acordo com as informações mencionadas na Tabela 1, o auditor externo não apresenta vín-
culos empregatícios com a empresa, por outro lado, o auditor interno possui, não deve estar 
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?62/218
Para saber mais
A primeira empresa de auditoria que se instalou 
no Brasil foi a Mc-Auliffe Davis Vell&Co, no ano de 
1909. Uma breve revisão relacionada ao histórico 
da auditoria pode ser encontrada no artigo “Evo-
lução histórica da auditoria no Brasil e no mundo 
e as tendências em âmbito nacional”. 
O auditor interno tem o dever de fiscalizar 
os processos e as rotinas organizacionais, 
sendo responsável pela análise dos proce-
dimentos por meio de estudos e testes, ve-
rificação se o sistema analisado é o que está 
sendo seguido na prática, avaliação de er-
ros e possibilidades para determinar quais 
são mais adequados e produtivos às áreas 
analisadas.
Auditoria Interna cumpre um papel funda-
mental nas organizações, ela é considerada 
um controle gerencial que funciona atra-
vés de medições e avaliações da eficiência 
e eficácia de outros controles; auxilia o ad-
ministrador com dados e informações tec-
nicamente elaborados relativos às ativida-
des para acompanhamentos e supervisões 
mediante o exame da adequação dos con-
subordinado às pessoas cujos trabalhos 
examina, deve ser independente e propor-
cionar conhecimentos apenas aos gestores 
que o destinaram ao trabalho.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?63/218
troles, integridade e confiabilidade das in-
formações e registros; estabelece sistemas 
para assegurar a observância das políticas, 
metas, planos, procedimentos, leis, normas 
e regulamentos, economicidade do desem-
penho e da utilização dos recursos, compa-
tibilidade das operações e programas com 
os objetivos, planos e meios de execução 
estabelecidos. 
O auditor interno deve ter acesso a todas 
as áreas e quanto mais informações úteis e 
oportunas o auditor interno fornecer, maior 
credibilidade será dada ao seu papel fun-
cional dentro da organização. 
A finalidade da auditoria interna resume-se 
a auxiliar os membros da organização no 
desempenho de suas atividades, proporcio-
nando-lhes análises, avaliações, recomen-
dações, assessoria e informação relativas às 
atividades revisadas. 
O auditor interno tem o objetivo e a respon-
sabilidade de tornar possível a harmonia de 
todas as ações praticadas pela organização, 
fazendo com que as consequências dessa 
harmonia sejam levadas ao conhecimen-
to a todos os setores da empresa e a todos 
os interessados nos seus serviços. Uma ca-
racterística importante deste profissional é 
a necessidade de senso ético e moral, pois 
manuseia informações altamente confi-
denciais e necessita contato direto com 
seus superiores, facilitando o fluxo das in-
formações.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?64/218
2. Auditoria Interna: Quais seus 
Objetivos?
O trabalho da auditoria interna é perma-
nente na organização. Tem como objetivo 
garantir a “saúde” da empresa. Não adianta 
a empresa implantar um excelente sistema 
de controle interno, sem que seja verificado 
periodicamente se está sendo cumprido o 
que foi determinado, ou quais ajustes de-
vem ser feitos para que se adapte às novas 
circunstâncias.
Em linhas gerais, a auditoria interna dentro 
de uma empresa é constituída por um de-
partamento interno, que estabelece os con-
troles internos e também visa assegurar que 
eles estão sendo aplicados de forma corre-
ta.
O ponto de verificação é feito por testes, 
que de certa forma são os mesmos aplica-
dos pela auditoria externa, porém atuan-
te de uma forma mais aprofundada. Estas 
análises feitas garantem que os controles 
internos estão sendo aplicados de forma 
adequada, porém cabe à auditoria interna 
detectar possíveis “gaps” ou até adaptar os 
controles às novas exigências legais ou em 
decorrência da operação da empresa, por 
exemplo, vendas para um novo cliente ou 
compra de mercadorias de novos fornece-
dores.
A importância da auditoria interna pode ser 
verificada a partir da aplicabilidade junto 
aos estoques da empresa. Segundo o CPC 
16 (R1) – Estoques (correlacionado ao IAS 2 
– Inventories), os estoques são ativos:
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?65/218
• Mantidos para venda no curso normal 
dos negócios e das operações.
• Em processo de produção para venda.
• Na forma de materiais ou suprimen-
tos, a serem consumidos ou transfor-
mados no processo de produção ou 
na prestação de serviços.
De acordo com Almeida (2012, p. 5), os prin-
cipais objetivos da auditoria de estoques 
são os seguintes:
• Verificar se as quantidades de bens 
declarados realmente existem;
• Verificar se os bens foram custeados 
e avaliados de acordo com as Normas 
Contábeis e a consistência dos proce-
dimentos em relação ao exercício an-
terior.
Cabe destacar que o controle dos estoques 
deve ser feito pelo método Média Ponde-
rada ou PEPS (primeiro que entra, primeiro 
que sai), também conhecido como FIFO (do 
inglês First In, First Out), que são os únicos 
métodos de controle permanente de esto-
que aceitos pelo fisco. Existe um terceiro 
Link
O CPC 16 – Estoque está no site do Comitê de Pro-
nunciamentos Contábeis. 2009. 
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?66/218
método de controle que seria o UEPS (último que entra, primeiro que sai), também conhecido 
como LIFO (do inglês Last In, Last Out). Para demonstrar de forma prática o controle permanente 
de estoque de um produto de determinado mês, suponhamos a movimentação a seguir:
1. Saldo inicial 20 unidades a $ 20,00.
2. Compra de 10 unidades a $ 30,00 cada.
3. Venda de 10 unidades.
4. Venda de 15 unidades.
5. Comprade 20 unidades a $ 35,00 cada.
6. Venda de 5 unidades.
Também, para este exemplo, vamos supor que os produtos vendidos geraram uma receita de $ 
1.325,00. Nas figuras a seguir, verifique como ficariam o lucro, considerando apenas a receita e o 
custo (CMV) para cada método.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?67/218
Figura 2 | Controle permanente de estoque: (PEPS)
Fonte: elaborada pelo autor.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?68/218
Figura 3 | Controle permanente de estoque: (UEPS)
Fonte: elaborada pelo autor.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?69/218
Figura 4 | Movimentação de Estoques - Médio
Fonte: elaborada pelo autor.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?70/218
Figura 5 | Comparação entre os métodos.
Fonte: elaborada pelo autor.
Ainda de acordo com o CPC 16 – Estoque (2017), a mensuração do estoque deve ser pelo custo 
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Entenda-se por valor realizável líquido o preço 
de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua con-
clusão e dos gastos estimados necessários para concretizar a venda.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?71/218
Para saber mais
Em relação aos estoques, os créditos referentes aos tributos recuperáveis não compõem o custo de aqui-
sição, conforme tratado no item 13.6 da NBC TG 1000, aprovada pela Resolução CFC nº1.255/09, e no 
item 11 da NBC TG 16, aprovada pela Resolução CFC nº 1.170/09. 
Link
As normas brasileiras de contabilidade relativas às pequenas e médias empresas, na contextualização, 
demonstração de fluxos de caixa, notas explicativas às demonstrações, provisões, passivos e ativos con-
tingentes, dentre outros estão dispostas na NBC TG 1000. 
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?72/218
Quanto à metodologia de estudo de contro-
le interno, em que o auditor busca a execu-
ção da auditoria dentro do tempo esperado, 
segurança nas informações e alcance dos 
objetivos a que se propôs, deve considerar 
o seguinte:
• Documentação do controle Inter-
no: o controle interno e seu funcio-
namento devem ser documentados 
em papéis de trabalho, registrando, 
entre outros, as operações de forma 
sequencial, os documentos emitidos 
e a forma de arquivamento e contro-
le e os cargos e pessoas responsáveis 
pelos departamentos.
• Conhecimento: o conhecimento do 
controle interno é a fase em que o au-
ditor irá familiarizar-se com os diver-
sos aspectos empresariais, entre eles, 
o administrativo e o contábil. Esta fa-
miliarização preliminar é de extrema 
importância para a avaliação e con-
fiança no controle interno e deverá 
ser feita mediante entrevistas com 
responsáveis de setores, leitura de 
manuais, organogramas, fluxogramas 
etc.
• Registro: segundo Attie (2011, p. 
292), são três os métodos de registros 
dos procedimentos de controle inter-
no:
1. Método descritivo: busca des-
crever o sistema estudado, por 
exemplo, dados pré-existentes, 
procedimentos, registros, arqui-
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?73/218
vos e função dos colaboradores. 
Esse método é recomendado em 
trabalhos de pequena escala.
2. Método de fluxogramas: os pro-
cedimentos e rotinas do contro-
le interno são representados por 
meio de fluxograma de forma 
lógica e ordenada, identificando 
facilmente deficiências de con-
trole interno, como duplicidade 
de trabalhos ou trabalhos des-
necessários.
3. Método de questionários: os 
auditores utilizam-se de per-
guntas referentes ao controle 
interno, permitindo que o audi-
tor faça uma avaliação dos sis-
temas de controle interno. Os 
questionários devem ser elabo-
rados de acordo com os diversos 
departamentos empresariais 
e suas respostas podem ser do 
tipo abertas ou fechadas. Devi-
do seu baixo custo, é bastante 
utilizado pelos auditores inclu-
sive para avaliar o controle in-
terno de pequenas empresas. 
Nesta fase de registro e conhecimento dos 
sistemas de controle interno, cabe ao audi-
tor, dependendo das circunstâncias, identi-
ficar qual ou quais métodos serão utilizados.
• Revisão: para que o auditor se certifi-
que de que os controles internos são 
eficientes e confiáveis, deve selecio-
nar uma pequena amostra de tran-
sações e seguir os caminhos previs-
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?74/218
tos nos fluxogramas, identificando se 
são de fato os executados. Caso sejam 
identificadas inconsistências, o audi-
tor deve analisar quais procedimentos 
de auditoria deverão ser aplicados.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?75/218
Glossário
Auditoria interna: serviço ou departamento interno de uma entidade incumbido pela direção 
de efetuar verificações e avaliar os sistemas e procedimentos da entidade com vista a minimizar 
as probabilidades de fraudes, erros ou práticas ineficazes. A auditoria interna deve ser indepen-
dente no seio da organização e reportar diretamente à direção.
Âmbito da auditoria (escopo da auditoria): tendo sido definido o campo da auditoria, o âm-
bito da auditoria tem por finalidade determinar a amplitude e a exaustão dos processos de au-
ditoria preconizados, o que inclui uma limitação racional dos trabalhos a executar, de modo a 
tornar aceitável para o auditor o risco de serem errôneas as suas conclusões de auditoria. 
Auditor: profissional idôneo, dotado de capacidades e conhecimentos técnicos específicos, que 
realiza o seu trabalho com observância de princípios, métodos e técnicas geralmente aceitos. 
Questão
reflexão
?
para
76/218
De acordo com as finalidades e objetivos da auditoria 
interna apresentados anteriormente, confronte audito-
ria interna com auditoria externa em uma determinada 
empresa de seu interesse, destacando as funções e di-
ferenças.
77/218
Considerações Finais
Neste módulo, foram levantadas informações acerca da auditoria, diferen-
ciando-a entre interna e externa, tal que a primeira apresenta as seguintes 
características:
• Auxilia o administrador com dados/informações e permite avaliar o proces-
so de gestão.
• Meio de identificação dos processos internos e políticas conforme critérios 
estabelecidos.
• A inexistência de controles adequados expõe a vulnerabilidades, falhas e 
desperdícios, sendo, portanto, necessário realizar um acompanhamento 
sistemático.
• Compreende o setor de estoque, que apresenta como composição bens para 
fabricação ou venda, com o intuito de gerar lucro para uma determinada 
empresa.
Unidade 3 • Auditoria Interna: para quê? Quais seus objetivos?78/218
Referências 
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 8. ed., São Paulo: Atlas, 2012.
______. Auditoria: um curso completo. 6. ed., São Paulo: Atlas, 2003.
ATTIE, W. Auditoria Interna. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1987. 
______. Auditoria Interna. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1992.
AUDIBRA. Instituto dos Auditores Internos do Brasil. Normas brasileiras para o exercício da au-
ditoria interna. 2. ed. São Paulo: Audibra, 1992.
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 
1993.
CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
FRANCO, H. Contabilidade geral. 23. ed. São Paulo: Atlas, 1996
OLIVEIRA, L. M.; PEREZ JUNIOR H.; SILVA, C. A. S. Controladoria estratégica. 4. ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
PORTALDEAUDITORIA. Diferenças básicas entre a auditoria interna e a auditoria externa. Dis-
ponível em: <http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/auditoriainterna_diferencasbasica-
sentreauditoria.htm>. Acesso em: 20 fev. 2017.
Unidade 3 • Auditoria Interna: paraquê? Quais seus objetivos?79/218
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Do-
cumentos-Emitidos/Pronunciamentos>. Acesso em: 23 jun. 2017.
Referências
80/218
Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Auditoria Interna: para que e 
Quais seus Objetivos? Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
51f5a4a3a9359e90d2d4083c3f036a40>.
Aula 3 - Tema: Auditoria Interna: para que e 
Quais seus Objetivos? Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
cb6faac6cd56e22423690bfac4f70224>.
81/201
1. Sobre a auditoria interna, assinale a alternativa correta.
a) Tem maior autonomia em relação à auditoria externa.
b) Elabora os controles internos.
c) Está subordinada à auditoria externa.
d) Emite parecer, que será publicado com as demonstrações contábeis.
e) Efetua a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.
Questão 1
82/201
2. Entre as alternativas, identifique qual NÃO corresponde a uma atividade 
da auditoria interna.
a) O monitoramento do controle interno.
b) O exame das informações contábeis e operacionais.
c) A aprovação do relatório de auditoria externa.
d) A avaliação do processo de governança.
e) A gestão de risco.
Questão 2
83/201
3. Considerando a auditoria interna, analise os itens a seguir:
I- É uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, que se destina a revisar as 
operações como um serviço prestado à administração.
II- É executada por um profissional ligado à empresa, ou por uma seção própria para tal fim, 
sempre em linha de independência da direção da empresa.
III- O auditor é uma pessoa de confiança dos dirigentes que não se vincula à empresa por 
contrato trabalhista, pois desenvolve trabalho temporário e sua intervenção é ajustada em 
contrato de serviço.
IV- Constitui um controle gerencial que funciona por meio de análise e avaliação da eficiência 
de outros controles.
Está correto o que se afirma em:
Questão 3
a) I, II e III.
b) II.
c) II e III.
d) I.
e) I e IV.
84/201
4. Na auditoria interna, referente aos procedimentos e informações contá-
beis, todas as informações ali registradas devem ser adequadas. Informação 
adequada é aquela confiável. Baseado nessas orações, assinale a alternativa 
correta.
a) As duas afirmações são incorretas.
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
d) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
Questão 4
85/201
5. Assinale a assertiva correta em relação ao profissional de auditoria interna.
a) Não precisa acompanhar as normas brasileiras de contabilidade.
b) A amplitude do seu trabalho e sua responsabilidade estão limitadas à sua área de atuação.
c) Trabalha de forma isolada, não interagindo com os demais setores da empresa.
d) Deve manter o sigilo profissional, não colaborando com o auditor externo.
e) Trabalha totalmente independente, respeitando as normas e políticas de sigilo interno.
Questão 5
86/201
Gabarito
1. Resposta: E.
Com relação à alternativa A, o trabalho da 
auditoria interna tem menor independên-
cia que o de auditoria externa. A alternativa 
B está incorreta, pois os auditores internos 
examinam e contribuem para a eficácia do 
sistema de controle interno através de suas 
avaliações e recomendações, mas não pos-
suem responsabilidade primária pelo pla-
nejamento, implantação e manutenção do 
processo. Igualmente, a letra C não está 
correta, pois o trabalho da auditoria interna 
deve estar subordinado à alta administração 
da empresa, para assegurar a sua indepen-
dência das demais áreas da empresa. Com 
relação à D, a auditoria interna não emite 
parecer sobre as demonstrações contábeis, 
pois é papel da auditoria externa.
2. Resposta: C. 
Auditoria interna não aprova o Relatório 
do auditor independente (da auditoria ex-
terna), pois a contratação de uma firma de 
auditoria para emitir uma opinião sobre as 
demonstrações contábeis se dá justamente 
pela necessidade de independência, o que 
não ocorreria caso essa opinião tivesse que 
ser “aprovada” pela auditoria interna. Res-
salta-se que o item A3 da NBC TA 610 esta-
belece que as funções de auditoria interna 
podem incluir os itens: - Monitoramento do 
controle interno; - Exame das informações 
contábeis e operacionais; - Revisão das ati-
vidades operacionais; - Revisão da confor-
midade com leis e regulamentos; - Gestão 
87/201
de Risco; - Avaliação do processo de gover-
nança.
3. Resposta: E.
O auditor interno é um empregado da em-
presa, e dentro de uma organização ele não 
deve estar subordinado aqueles cujo traba-
lho examina. Além disso, não deve desen-
volver atividades que ele possa vir um dia 
a examinar, para que não interfira na sua 
independência. Os auditores internos são 
colaboradores da organização. Eles de fato 
se posicionam entre o pessoal do departa-
mento de contabilidade e de administração 
para certificar a esta que aquele está fun-
cionado como deveria, e que seus relatórios 
são corretos. São empregados da empresa, 
e dentro de uma organização ele não deve 
estar subordinado aqueles cujo trabalho 
examina.
4. Resposta: D.
Em conformidade com Resolução CFC Nº 
986/03 e NBC TI 01 – Da Auditoria Interna.
5. Resposta: B.
De acordo com a NBC P3, sendo que a alter-
nativa A está incorreta, pois o profissional 
da auditoria interna deve manter o seu ní-
vel de competência profissional. Igualmen-
te, a alternativa C está errada, pois o auditor 
interno pode realizar trabalhos de forma 
compartilhada com profissionais de outras 
áreas, situação em que a equipe fará a divi-
são de tarefas segundo a habilitação técni-
ca e legal dos seus participantes. A alterna-
Gabarito
88/201
tiva D está incorreta, pois o auditor interno, 
quando previamente estabelecido com 
a administração de entidade em que atua, 
e, no âmbito de planejamento conjunto de 
trabalho a realizar, deve apresentar os seus 
papéis de trabalho ao auditor independente 
e entregar-lhe cópias, quando este enten-
der necessário.
Gabarito
89/218
Unidade 4
Detecção e prevenção de fraudes
Objetivos
1. Apresentar conceitos de detecção e prevenção de fraudes.
2. Discutir e aplicar os aspectos envolvidos na detecção e prevenção de fraudes.
Unidade 4 • Detecção e prevenção de fraudes90/218
Introdução
O principal objetivo da auditoria é verifi-
car se as demonstrações contábeis estão 
de acordo com as normas societárias e se 
os controles internos estão sendo efetivos. 
Dentro do escopo da contabilidade, ela tem 
uma visão privilegiada para observar e de-
tectar fraudes que mereçam ser investiga-
das. Uma vez detectadas fraudes ou erros, o 
auditor deve aprofundar suas averiguações 
para depois emitir seu relatório e, se for o 
caso, sugerir correções e ações que as pre-
vinam.
O auditor possui função social relevante, 
uma vez que por meio do seu trabalho for-
talece a confiança das relações entre as em-
presas e a sociedade em geral.
A auditoria começou a ter notoriedade após 
a crise econômica de 1929, em que foi veri-
ficado que os balanços das companhias não 
possuíam um rigor de apuração, tampouco 
transparência na divulgação das informa-
ções financeiras, ocasionando um conside-
rável prejuízo a nível mundial. Alguns auto-
Para saber mais
Um caso importante e difundido referente à audi-
toria procedeu-se com a Master Blenders, desta-
cando a prática de “antecipação de venda”. LEAL, 
A. L. Auditoria revela fraude de R$ 200 milhões 
nocafé Pilão. 2012. 
Unidade 4 • Detecção e prevenção de fraudes91/218
res apontam este episódio como o primeiro 
problema em escala globalizada, pois uma 
crise gerada na bolsa de Nova Iorque afetou 
vários países. 
Após o final da II Guerra Mundial, muitas 
empresas, principalmente as estaduniden-
ses, expandiram seus negócios, abrindo 
subsidiárias em vários países, fortalecendo 
o trabalho das empresas de auditorias ex-
ternas, que passaram a checar os balanços 
das filiais das companhias multinacionais.
Outro ponto de impacto foram os escân-
dalos de grandes empresas, como é o caso 
da ENRON, cuja falência acarretou severos 
prejuízos a milhares de empresas e pessoas 
que possuíam ações do grupo. Assim, verifi-
cou-se que as regras para empresas de au-
ditorias deveriam passar por uma transfor-
mação, tornando-as mais rígidas e criando 
mecanismos para que ações do tipo da EN-
RON fossem evitadas.
Link
Existem vários vídeos, documentários e entrevis-
tas sobre o caso ENRON. Recomendamos assistir 
ao documentário “Os mais espertos da sala”. 
1. Detecção E Prevenção De 
Fraudes
A NBC T 11 – Normas de Auditoria Indepen-
dente das Demonstrações Contábeis (2017) 
Unidade 4 • Detecção e prevenção de fraudes92/218
– define fraude e erro:
Fraude: o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de docu-
mentos, registros e demonstrações contábeis; 
Erro: o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos 
na elaboração de registros e demonstrações contábeis.
Link
As responsabilidades do auditor nas fraudes e erros nos trabalhos de auditoria estão dispostas no site 
“portaldecontabilidade”, confira o link sugerido para verificar os aspectos da NBC T 11 – Fraude e Erro. 
Na fraude, tem-se a intenção de prejudicar 
interesses alheios, omitindo, por exemplo, 
receitas e despesas e alterando resultados 
contábeis (lucro ou prejuízo).
Os erros, por sua vez, surgem em decorrên-
cia, por exemplo, de desatenção, erros arit-
méticos (ao invés de digitar 150.000, erro-
neamente digitou-se 510.000), entre ou-
tros.
Unidade 4 • Detecção e prevenção de fraudes93/218
De acordo com o ilustre mestre Lopes de Sá (1998, p. 52): 
Os erros por fraudes ou intencionais podem ser cometidos para: subtrair mercado-
rias, matérias-primas, produtos e resíduos; subtrair dinheiro; subtrair títulos; iludir 
o fisco, evitando o pagamento de impostos; dissimular atos sujeitos a penalidades; 
encobrir faltas de terceiros; alterar resultados para usufruir maiores percentagens 
em lucros; simular ocorrências; iludir a opinião de acionistas e autoridades mone-
tárias etc.” (SÁ, 1998, p. 52).
2. Detecção e Prevenção de Frau-
des X Ativo Imobilizado
Como procedimento normal de auditoria, 
todas as contas relacionadas com o Ativo 
Imobilizado devem ser consideradas por 
ocasião de sua auditoria.
Para saber mais
Sendo esta a primeira auditoria, o trabalho preci-
sará abarcar o imobilizado na plenitude e verifi-
cação do controle interno paralelamente ao con-
tábil. Posteriormente, pode-se realizar por amos-
tragem.
Unidade 4 • Detecção e prevenção de fraudes94/218
Os Ativos Imobilizados são bens de per-
manência longa, não destinados à venda e 
utilizados na manutenção das atividades 
da empresa. Seu custo deve ser analisado 
considerando todos os gastos da empresa, 
até que esteja disponível para uso, quando 
então inicia-se a depreciação. Importante 
salientar que de acordo com a nova legis-
lação societária, deve-se também ativar a 
estimativa para desmontagem do bem.
Uma vez ativado o bem, a empresa precisa 
definir o seu valor residual, que de acordo 
com a NBC T 19.5 (2017), é o montante lí-
quido que a entidade espera, com razoável 
segurança, obter por um ativo no final de 
sua vida útil, deduzidos os custos esperados 
para sua venda.
Definido o custo e seu valor residual, a em-
presa precisa definir a vida útil do ativo que, 
ainda de acordo com a NBC T 19.5, o perío-
do de utilização e volume de produção re-
presentam:
a. o período durante o qual se espera 
que o ativo seja usado pela entidade; 
ou
b. quantidade de produção que se espe-
ra obter com o uso do ativo pela enti-
Para saber mais
Quando a empresa perde um bem do seu Ativo 
Imobilizado em efeito de sinistro, o valor corres-
pondente será considerado como ganho ou perda 
de capital, de acordo com a apuração do valor lí-
quido contábil do bem, seja negativo ou positivo.
Unidade 4 • Detecção e prevenção de fraudes95/218
dade.
Além dos itens apresentados, a empresa 
deve manter um ótimo controle interno dos 
seguintes itens:
• Despesa de depreciação.
• Despesa de manutenção e reparos.
• Valor da venda de bens do ativo imo-
bilizado.
• Valor depreciável.
• Valor contábil de bens do ativo imo-
bilizado baixado, entre outros.
Como exemplo de fraude envolvendo imo-
bilizado, podemos citar o seguinte caso: 
um funcionário é responsável pela custódia 
dos bens e pela elaboração de lançamentos 
contábeis. Ele rouba um imobilizado e baixa 
o bem correspondente para despesa (débi-
to na conta de despesas diversas e crédito 
na conta do imobilizado).
Link
Definições, objetivo, alcance, reconhecimento e 
mensuração relacionados ao Ativo Imobilizado 
podem ser vistos no CPC 27. Busque informações 
para maior aprofundamento no assunto.
Unidade 4 • Detecção e prevenção de fraudes96/218
3. Resultado da Avaliação do 
Controle Interno
Para Attie (2011, p. 297), os sistemas de 
controle interno podem ter as seguintes 
avaliações:
• Sistema de controle interno ade-
quado: o controle interno receberá 
esta avaliação se o auditor julgar que 
ele contém todos os aspectos funda-
mentais, procedimentos e práticas 
compatíveis, de forma a possibilitar 
alcançar os objetivos a que se propõe. 
Nesta situação, cabe ao auditor fazer 
os testes confirmatórios de que, na 
prática, os procedimentos instituídos 
encontram-se efetivados.
• Sistema de controle interno adequa-
do, porém, aprimorável: neste tipo de 
avaliação, o sistema de controle inter-
no, regra geral, enquadra-se na ava-
liação descrita, com destaque de que 
poderia ser aprimorado em alguma 
situação. Para exemplificar, um siste-
ma de controle interno é adequado, 
porém, algumas informações são in-
seridas de forma manual, o que pode-
ria, em algum momento, conter erros. 
Para eliminar esses eventuais erros, o 
ideal seria que todas as informações 
fossem inseridas de forma eletrônica.
• Sistema de controle interno ade-
quado com fraquezas: neste tipo de 
avaliação, o auditor, durante sua ava-
liação do sistema de controle inter-
Unidade 4 • Detecção e prevenção de fraudes97/218
no, identificou alguma inconsistência 
que afeta o fluxograma das atividades 
como um todo. Uma vez identificada 
tal fraqueza, o auditor deverá acom-
panhá-la mais de perto para identifi-
car a extensão do seu efeito sobre de-
terminada operação, dentro daquele 
controle interno estudado. Exemplifi-
cando: determinada empresa possui 
créditos a receber, porém, eventual-
mente deixa de efetuar a aprovação 
de crédito anterior a venda. Este tipo 
de fraqueza, pode fazer com que a 
empresa não receba ou tenha dificul-
dade no recebimento de suas vendas. 
Nesse caso, o auditor deverá fazer 
uma análise com maior profundidade 
dos créditos a receber, visando ajus-
tar a contas “ajuste para crédito de li-
quidação duvidosa” na contabilidade, 
comunicando tal situação à adminis-
tração e recomendando uma solução 
para sanar tal problema, aprimorando 
os controles internos existentes.
• Sistema de controle interno inade-
quado: neste tipo de avaliação, o au-
ditor considera que o sistema de con-
trole externo está vulnerável a ano-
malias, fraudes e atos dolosos contra

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