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ATO JURÍDICO, FATO JURÍDICO, ATO-FATO JURÍDICO e INTERPRETAÇÃO.

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ATO JURÍDICO, FATO JURÍDICO E ATO-FATO JURÍDICO
O que se entende por FATO JURÍDICO?
Antes de definir o que é fato jurídico devemos compreender a distinção entre o mundo dos fatos e o mundo jurídico.
O MUNDO DOS FATOS compreende toda a realidade fática conhecida, contudo, muitos destes fatos são indiferentes para o Direito (como por exemplo: fazer 17 anos, a chuva em si, dirigir um carro).
AGORA, no momento em que o DIREITO seleciona certos fatos do mundo dos fatos sobre os quais incidem normas jurídicas, aí sim, surgem os fatos jurídicos.
DESSA MANEIRA, podemos conceituar como fatos jurídicos todos aqueles que trazem um reflexo ou consequência para o mundo jurídico.
ATO JURÍDICO, FATO JURÍDICO E ATO-FATO JURÍDICO
Fato jurídico lato sensu (sentido amplo). 
Definição: Todos os fatos jurídicos, independentemente de qual seja o seu elemento central (fato da natureza ou conduta humana). Fato jurídico lato sensu é o GÊNERO. Dele derivam suas espécies:
Fato jurídico stricto sensu (sentido estrito)
Ato-fato jurídico
Ato jurídico lato sensu (que se subdivide em ato jurídico em sentido estrito e negócio jurídico).
ATO JURÍDICO, FATO JURÍDICO E ATO-FATO JURÍDICO
Fato jurídico stricto sensu (sentido estrito)
São os fatos da natureza. (Pode ser até que uma pessoa queira que tal fato da natureza ocorra, mas para o Direito isso é uma questão indiferente).
Podemos citar como exemplos: o nascimento, a morte, etc.
Nestes casos, o direito tratará apenas das consequências decorrentes do fato.
ATO JURÍDICO, FATO JURÍDICO E ATO-FATO JURÍDICO
Ato-fato jurídico
Definição: é um ato humano que é tratado como fato jurídico em sentido estrito, pois, aqui, a vontade humana é irrelevante para o direito. Essa vontade é DESPREZADA.
CONTUDO, não se confunde com o fato jurídico em sentido estrito, pois um é acontecimento da natureza e o outro deriva de ato humano.
Os atos-fatos jurídicos se subdividem em materiais (descoberta tesouro, abandono da posse, caça, pesca), indenizativos (hipóteses de responsabilidade objetiva, exercício regular do direito e estado de necessidade) e caducificantes (prescrição e decadência).
ATO JURÍDICO, FATO JURÍDICO E ATO-FATO JURÍDICO
Ato jurídico lato sensu (sentido amplo). 
Definição: Atos humanos (negociais ou não-negociais) cuja vontade é valorada pelo direito. Os atos jurídicos podem ser: LÍCITOS ou ILÍCITOS. Nosso objeto de estudo são os atos lícitos. Deles derivam suas espécies:
 ato jurídico em sentido estrito e negócio jurídico).
ATO JURÍDICO, FATO JURÍDICO E ATO-FATO JURÍDICO
Ato jurídico stricto sensu (sentido estrito). 
Definição: Ato humano cuja vontade se limita a realização do ato em si, eis que os efeitos do ato que vai ser praticado já estão totalmente pré-estabelecidos pelo Direito.
EX.: reconhecimento da filiação
ATO JURÍDICO, FATO JURÍDICO E ATO-FATO JURÍDICO
Negócios jurídicos
Definição: São os atos jurídicos em que há espaço para o exercício da autonomia da vontade. 
No negócio jurídico busca-se os seguintes efeitos jurídicos:
Adquirir direitos (ex: comprar uma casa, locar um carro, etc);
Extinguir direitos (ex: vender uma casa, doar um terreno, etc);
Modificar direitos (ex: testamento, prorrogar contrato de experiência para prazo indeterminado);
Conservar direitos (ex: fiador, multa por descumprimento contrato, notificação para desocupação imóvel).
HERMENÊUTICA – INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
HERMENÊUTICA X INTERPRETAÇÃO 
Hermenêutica vem do GREGO hermeneia, que é traduzido como “interpretação”, ou seja, tornar algo compreensível ou conduzir algo à compreensão. MITO DE HERMES.
Interpretação, por sua vez, vem do latim, interpres, que designava a pessoa capaz de descobrir ou prever acontecimentos futuros pelo exame das entranhas de sua vítima.
Se analisarmos, veremos o porque de considerar essas expressões sinônimas, pois podem ser conceituadas como sendo a busca pela compreensão ou pela explicação de algo que ficou obscuro. Contudo, nos dias de hoje, a hermenêutica é analisada em um nova perspectiva, como sendo um CONJUNTO DE TEORIAS VOLTADAS PARA A INTERPRETAÇÃO DE ALGO.
HERMENÊUTICA É A ARTE DA INTEPRETAÇÃO AINDA QUE DE FORMA INCONSCIENTE.
HERMENÊUTICA JURÍDICA – INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
A HERMENÊUTICA JURÍDICA, portanto, está inserida dentro do estudo da técnica jurídica, sendo ela considerada como o estudo da interpretação das normas jurídicas, ou seja, quando estudamos hermenêutica consideramos a forma como as normas jurídicas devem ser interpretadas.
E como a interpretação JURÍDICA é colocada em prática? 
O nosso objeto de estudo sendo a lei, a mensagem que deve ser interpretada. Quando fazemos uma primeira leitura verificamos que cabem inúmeras interpretação. 
Daí porque é importante saber o sentido da lei e o alcance da lei.
Os métodos interpretativos vão trabalhar com essas ferramentas. Aquela lei pode ter seu alcance aumentado? Qual o real sentido daquele artigo? Daí vem a atividade do jurista do aplicador do Direito verificar qual o alcance e o sentido da lei. 
POR ISSO VAMOS AGORA ESTUDAR OS MÉTDOS INTERPRETATIVOS.
HERMENÊUTICA JURÍDICA – INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
MÉTODOS INTERPRETATIVOS
QUANTO À FONTE:
AUTÊNTICA
DOUTRINÁRIA
JUDICIAL
HERMENÊUTICA JURÍDICA – INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
MÉTODOS INTERPRETATIVOS
QUANTO AOS MEIOS:
Gramatical (literal)
Racional (lógica)
Sistemática
Histórica
Teleológica (final)
HERMENÊUTICA JURÍDICA – INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
MÉTODOS INTERPRETATIVOS
QUANTO AO RESULTADO:
Declarativa
Extensiva
Restritiva
HERMENÊUTICA JURÍDICA– INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
INTERPRETAÇÃO AUTÊNTICA
Parte-se do pressuposto que ninguém conhece melhor a lei que quem a criou, ou seja, o Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores).
A crítica que fica aqui é ...
Eles tem conhecimento técnico para criar uma lei (é um conhecedor da CIÊNCIA JURÍDICA)? Eles já aplicaram a lei num determinado caso concreto?
Se você pegar um projeto de lei, você poderá ver que existe a justificativa. Lá você verá a interpretação autêntica, ou seja, os motivos que levaram o legislador a criar tal projeto de lei.
HERMENÊUTICA JURÍDICA – INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA
Não estamos falando de quem criou a lei, mas quem estuda a lei é o cientista do direito, o autor dos livros que você acompanha em sua graduação. Ele pode não elaborar, mas como estudioso, detem conhecimento técnico, jurídico e específico para saber qual real sentido e alcance de uma lei.
Essa interpretação é encontrada em livros, teses, artigos, etc.
HERMENÊUTICA – INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
INTERPRETAÇÃO JUDICIAL 
A interpretação judicial não é aquela que cria a lei, nem aquela que estuda a lei. Aqui é o aplicador da Lei, o responsável por fazer a transição entre a lei e o caso concreto (Juiz, Desembargador, Ministro).
A interpretação é feita nas sentenças, nas decisões, nos acórdãos. É a mais prática das interpretações. Ninguém conhece melhor a lei do que aquele que a aplica.
Tem caráter obrigatório (quando você aciona o Judiciário, seu direito deve ser decidido), pois, resulta em efeitos práticos.
HERMENÊUTICA JURÍDICA – INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
QUANTO AOS MEIOS A INTERPRETAÇÃO PODE SER:
 Interpretação literal ou gramatical: exame do significado e alcance de cada uma das palavras da norma jurídica; ela se baseia na análise das palavras da lei, para determinar o seu verdadeiro sentido;
Interpretação lógica ou racional: serve-se da reconstrução da mens legislatoris (intenção do legislador) para saber a razão da lei (ratio legis);
Interpretação sistemática ou orgânica: analisa as leis de acordo com o Direito na sua totalidade (sistema jurídico), confrontando-as com outras normas, com princípios e com valores prestigiados pelo Estado;
Interpretação histórica: procura reconstruir e revelar o estado de espírito dos autores da lei, os motivos que os levaram a fazê-la, a análise cuidadosa do projeto, com a sua exposição de motivos, mensagens do órgão executivo, atas e informações, debates, etc. A interpretação histórica verifica a relação da lei como momento da sua edição (occasio legis – ocasião da lei);
Interpretação teleológica (ou finalidade): procura saber o fim social da lei, ou seja, a finalidade que o legislador teve em vista na elaboração da lei. É a mais incentivada no Direito Brasileiro, conforme o artigo 5º da Lei de Introdução LINDB:"na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum“. Télos em grego significa fim ou finalidade.
HERMENÊUTICA JURÍDICA– INTERPRETAÇÃO DO DIREITO
INTERPRETAÇÃO QUANTO AO RESULTADO:
Declarativa ou especificadora:"aquela em que o intérprete se limita a ‘declarar’ o sentido da norma jurídica interpretada, sem amplia-la nem restringi-la. (...). A declarativa, que pode ser chamada também de especificadora, seria o resultado normal e rotineiro do trabalho do intérprete na fixação do sentido e alcance da norma jurídica". 
Interpretação restritiva: quando o intérprete restringe o sentido da norma ou limita sua incidência, concluindo que o legislador escreveu mais do que realmente pretendia dizer.
Por exemplo, a lei diz “descendente”, quando na realidade queria dizer “filho”.
Interpretação extensiva: quando o intérprete conclui que o alcance da norma é mais amplo do que indicam os seus termos. Nesse caso, diz‑se que o legislador escreveu menos do que queria dizer, e o intérprete, alargando o campo de incidência da norma, aplicá-la-á a determinadas situações não previstas expressamente em sua letra, mas que nela se encontram, virtualmente, incluídas. É o resultado do trabalho criador do interprete. É a revelação de algo implícito.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL – 
NOTA INTRODUTÓRIA 
No Estado Constitucional, a interpretação da lei a partir da Constituição é fundamental para a construção e aplicação do Direito. 
A todo o momento, o texto constante nas leis aprovadas pelo Poder Legislativo está sendo considerado a partir da Constituição e as normas jurídicas vão sendo reconstruídas pelo Poder Judiciário.
Exatamente por isso, é importante termos alguma noção de interpretação constitucional.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL – 
INTERPRETAÇÃO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO
A “interpretação de acordo” com a Constituição está dentro da interpretação literal. 
Ela ocorre quando o texto, em sua literalidade, tem mais de um significado possível, e estes dois significados são compatíveis com a Constituição. Nesse caso, escolhe-se o significado que dê maior efetividade à Constituição.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL – 
INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO
Embora tenha um nome parecido com a modalidade de interpretação anterior, a “interpretação conforme à Constituição” ocorre quando apenas uma das possibilidades de interpretação da lei é compatível com a Constituição.
Reforça-se que a lei tem mais de uma interpretação possível, mas somente uma delas (e não necessariamente se trate de uma interpretação literal) é compatível com a Constituição. Todas as demais possibilidades de interpretação conduziriam a uma situação de inconstitucionalidade. Apenas uma interpretação é constitucional.
Nesse caso, a interpretação conforme à Constituição indica qual a única possibilidade de interpretação da lei que não contraria o texto constitucional.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL – 
DECLARAÇÃO DE NULIDADE PARCIAL SEM REDUÇÃO DO TEXTO
Na declaração de nulidade parcial o que se faz é dizer qual tipo de interpretação não é compatível com a Constituição, permitindo-se ao intérprete posterior escolher dentre as interpretações ainda possíveis.
Exemplo de declaração de nulidade parcial sem redução de texto está na consideração de uma lei que crie um tributo sem explicitar qual é a data de início de sua cobrança. Nessa hipótese, deve-se afastar a interpretação que permita a cobrança do imposto antes do período chamado de “anterioridade nonagesimal” previsto na Constituição (artigo 150, III, c).

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