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Curso Superior em Gestão Ambiental 
Projeto Integrado Multidisciplinar VII 
 
 
 
JOÃO PAULO FERREIRA SILVESTRE NERY NEPOMUCENO 
 
 
 
 
 
Padaria Pão da Vida: um olhar sobre a sustentabilidade ambiental e utilização de 
recursos naturais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xique-Xique 
2019 
UNIP – Universidade Paulista 
Gestão Ambiental 
 
 
 
 
 
JOÃO PAULO FERREIRA SILVESTRE NERY NEPOMUCENO 
 
 
 
 
 
Padaria Pão da Vida: um olhar sobre a sustentabilidade ambiental e utilização de 
recursos naturais 
 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar VII apresentado à 
Universidade Paulista como requisito parcial para a 
obtenção do título de Gestor Ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xique-Xique 
2019 
RESUMO 
 
O presente projeto apresenta a padaria Pão da Vida, localizada no Centro da cidade de Xique-
Xique/Bahia. Conta atualmente com 8 funcionários, sendo que o estabelecimento produz pães, 
bolos e biscoitos. A empresa atua na cidade a cerca de cinco anos. O presente projeto tem o 
objetivo de evidenciar através da pesquisa realizada na empresa citada, por meio de entrevistas, 
pesquisa de campo e observação quais são os principais poluentes gerados pelas atividades 
realizadas pela Padaria Pão da Vida, como também as possíveis medidas mitigatórias. Para tudo 
isso são utilizados muitos conceitos das disciplinas ministradas ao longo do bimestre, sendo 
estas: Monitoramento e controle da poluição ambiental, Gestão dos Recursos Energéticos, 
Desenvolvimento Sustentável e Direito e Legislação Ambiental. Dentro destes temas foram 
avaliadas questões como disposição adequada dos resíduos e organização geral da empresa. A 
poluição mais evidente na empresa estudada foi a atmosférica, proveniente da queima de lenha 
dos fornos, mais popularmente conhecida como queima de biomassa. Essa queima emite 
principalmente material particulado e os gases do efeito estufa. O primeiro já é considerado 
pela Agência de Poluição Ambiental como poluente, já os gases do efeito estufa, o CO2 e mais 
cinco gases, estão em processo de inclusão. A Padaria Pão da Vida não faz a análise dos 
poluentes emitidos, esta utiliza um filtro na chaminé que libera a fumaça, entretanto possui um 
projeto de substituição do forno a lenha por um forno a gás, o que diminuirá os problemas 
decorrentes da liberação da fumaça, diminuindo também os problemas ambientais e 
solucionando o problema da poluição atmosférica. A empresa em questão utiliza 
principalmente energia elétrica, água e madeira para a produção de seus produtos. Esta utiliza 
somente o carvão de combustível fóssil, para auxiliar na queima da madeira. Já ficou bem 
evidente a importância do licenciamento ambiental para que a empresa torne-se mais 
sustentável obedecendo as condicionantes da mesma, consiga coletar de forma adequada seus 
resíduos e contribua para a preservação do meio ambiente, como também para o 
desenvolvimento econômico. Com base em tudo isso foram explicados esses conceitos e foi 
perguntado ao dono da Padaria Pão da Vida quais medidas eram adotadas pela empresa para 
que esta fosse cada vez mais sustentável. O empresário afirmou que doa resíduos secos gerados 
para uma cooperativa de materiais recicláveis, que passa semanalmente em seu comércio, esta 
reutiliza materiais como papelão, plástico e vidro para a confecção de objetos que são vendidos 
na própria cidade.Com relação ao óleo que é produzido pela padaria, este é vendido para 
pessoas que o reutilizam para a produção de sabão. Dessa maneira, vários impactos ambientais 
são evitados, além de surgir a possibilidade da geração de renda através da comercialização de 
sabão artesanal. O próximo passo que o empresário pretende adotar nesse sentido é a 
substituição do forno a lenha por um forno a gás, o que diminuirá inclusive a emissão de 
poluentes que tanto prejudica a população. 
 
 
Palavras-chave: Responsabilidade ambiental. Recursos naturais. Matriz energética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5 
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................. 7 
2.1 Monitoramento e controle da poluição ambiental ................................................................... 7 
2.2 Gestão dos Recursos Energéticos ............................................................................................ 8 
2.3 Direito e Legislação Ambiental ............................................................................................. 10 
2.4 Desenvolvimento Sustentável ............................................................................................... 12 
3. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 15 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente projeto apresenta a padaria Pão da Vida, localizada no Centro da cidade de 
Xique-Xique/Bahia. Conta atualmente com 8 funcionários, sendo que o estabelecimento produz 
pães, bolos e biscoitos. A empresa atua na cidade a cerca de cinco anos. 
O processo de preparo do pão resumidamente inclui as seguintes etapas: separação da 
matéria prima e sua quantidade necessária estabelecida através da pesagem, em seguida essa 
matéria prima é colocada na Mexedeira/Batedeira, aonde vai se unificando até formar uma 
massa homogênea. Após sair da Mexedeira, a massa é colocada na máquina chamada Cilindro, 
tendo a função de homogeneizar a massa por completa. Em seguida, a massa é colocada na 
máquina Divisora, para o caso do pão francês ou senão a massa é colocada na mesa para o caso 
dos demais pães. Após esse processo, a massa vai para a Modeladora, onde realiza-se o formato 
do pão de acordo com a convenção pré-estabelecida. Saindo da Modeladora, o pão é colocado 
em armários para que o processo de fermentação seja realizado e finalizado. Em seguida, 
decorrido o tempo necessário para a fermentação, o pão é colocado no forno onde será assado 
atingindo o padrão de qualidade necessário e posteriormente encaminhado para o balcão de 
vendas. 
A padaria em questão, assim como a maioria das padarias, encontra-se em meio urbano, 
e consequentemente perto da população, por isso é importante ressaltar os problemas 
ambientais provocados por essas empresas, que na maioria dos casos trabalham ainda com 
fornos a lenha para fabricação de seus produtos, com isso a liberação de fumaça é preocupante 
pois seus efeitos a saúde humana, que é afetada diretamente por essas partículas podem 
ocasionar em dores de cabeça, agravamento em problemas respiratórios, circulatórios e 
cardiovasculares e ainda irritações nos olhos, nariz e garganta (QUEIROZ, 2009). 
Os fornos são utilizados para assar todos os tipos de produtos de panificação e 
confeitaria (no mercado existem vários tipos de fornos, e eles vão variar de acordo com a 
capacidade e com o sistema de operação – se estático ou contínuo). Existem vários tipos de 
fornos, na padaria estudada é utilizado o forno a lenha (em alvenaria), que possui as seguintes 
características: não é mais fabricado por ocupar muito espaço dentro das padarias. Além de ser 
difícil de controlar a temperatura, é necessário ter uma área para estoque de lenha. E ainda são 
antiecológicos, pois, na maioria das vezes, as padarias não utilizam lenha de reflorestamento. 
Além dos poluentes atmosféricos as empresas de panificação geram grande quantidade 
de cargas de resíduos orgânicos, e alguns resíduos que segundo a Norma Brasileira de 
Classificação de Resíduos Sólidos, a NBR 10.004 são considerados classe I – Perigosos, como 
lâmpadas queimadas, óleos e lubrificantes. É possível encontrar também efluentes com alta 
carga de DBO. 
O setor, apesar do bom momento, precisa se preparar para novos desafios e investir em 
qualidade,buscando eficiência e sustentabilidade nas etapas de produção dos produtos. As 
empresas, ao se adequarem às exigências de mercado e à legislação vigente por meio 
do licenciamento ambiental, adquirem uma espécie de passaporte para ingressar em um cenário 
repleto de oportunidades e ganho de competitividade. É que cumprir as normas estabelecidas 
por lei e órgãos ambientais é sinalização relevante para os consumidores de que a empresa está 
apta a fornecer produtos saudáveis, produzidos de acordo com os princípios de controle dos 
impactos ambientais. 
O presente projeto tem o objetivo de evidenciar através da pesquisa realizada na empresa 
citada, por meio de entrevistas, pesquisa de campo e observação quais são os principais 
poluentes gerados pelas atividades realizadas pela Padaria Pão da Vida, como também as 
possíveis medidas mitigatórias. Para tudo isso são utilizados muitos conceitos das disciplinas 
ministradas ao longo do bimestre, sendo estas: Monitoramento e controle da poluição 
ambiental, Gestão dos Recursos Energéticos, Desenvolvimento Sustentável e Direito e 
Legislação Ambiental. Dentro destes temas foram avaliadas questões como disposição 
adequada dos resíduos e organização geral da empresa. 
Dessa maneira a pesquisa buscar entrelaçar todos os conhecimentos teóricos que foram 
obtidos ao longo do curso e aplicá-los de forma prática no funcionamento da empresa, tentando 
desta maneira fazer a harmonização e otimização de qualquer empresa, sendo que serve para 
qualquer segmento. 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Monitoramento e controle da poluição ambiental 
A poluição ambiental é produzida pelo homem e está diretamente relacionada com os 
processos de industrialização. Atualmente o monitoramento ambiental de atividades 
econômicas se tornou uma necessidade e um dever jurídico, com vistas a manutenção da 
qualidade ambiental, diante da geração de poluentes e impactos ambientais, às presentes e 
futuras gerações. 
A poluição mais evidente na empresa estudada foi a atmosférica, proveniente da queima 
de lenha dos fornos, mais popularmente conhecida como queima de biomassa. Essa queima 
emite principalmente material particulado e os gases do efeito estufa. O primeiro já é 
considerado pela Agência de Poluição Ambiental como poluente, já os gases do efeito estufa, 
o CO2 e mais cinco gases, estão em processo de inclusão. 
A Padaria Pão da Vida não faz a análise dos poluentes emitidos, esta utiliza um filtro na 
chaminé que libera a fumaça, entretanto possui um projeto de substituição do forno a lenha por 
um forno a gás, o que diminuirá os problemas decorrentes da liberação da fumaça, diminuindo 
também os problemas ambientais e solucionando o problema da poluição atmosférica. 
Cerca de 80% da combustão de biomassa ocorre nos trópicos. Ela é a maior fonte de 
produção de gases tóxicos, material particulado e gases do efeito estufa no planeta, influencia 
a química e a física atmosférica, produz espécies químicas que mudam significativamente o pH 
da água da chuva e afeta o balanço térmico da atmosfera pela interferência na quantidade de 
radiação solar refletida para o espaço (CRUTZEN; ANDREAE, 1990). 
Dentre esses elementos, o material particulado decorrente da combustão de biomassa, 
seja em ambientes internos, seja em ambientes abertos, é o poluente que apresenta maior 
toxicidade e que tem sido mais estudado. Ele é constituído em seu maior percentual (94%) por 
partículas finas e ultrafinas, ou seja, partículas que atingem as porções mais profundas do 
sistema respiratório e são responsáveis pelo desencadeamento do processo inflamatório. 
Os efeitos da poluição atmosférica são numerosos e diversos, estendendo-se dos 
toxicológicos aos econômicos. Materiais, animais, vegetais e pessoas podem ser 
indiscriminadamente molestados pelos efeitos de poluentes, quer direta, quer indiretamente. 
Nos materiais, os poluentes corroem e escurecem metais, partem borrachas, sujam roupas, 
danificam mármores, descolorem vários tipos de materiais, enfraquecem algodão, lã e fibra de 
seda e destroem o nylon. Os poluentes também causam efeitos no tempo atmosférico, como a 
redução da visibilidade, a descoloração da atmosfera, a dispersão da luz solar quando há grande 
quantidade de particulados no ar, e o aumento da formação de neblina e precipitação. 
Entre crianças e mulheres em idade reprodutiva, a exposição a poluentes ambientais é 
um importante fator para hospitalização, absenteísmo escolar, baixo peso ao nascer, 
malformação congênita e morte intra-uterina. Asma é a doença crônica mais comum entre 
crianças, podendo ser agravada, dentre outros fatores, por vários poluentes encontrados em 
ambientes internos e externos. Outros efeitos da poluição atmosférica em crianças incluem: 
retardo mental, déficit de atenção, hiperatividade e câncer. Em adultos, especialmente entre 
idosos, acréscimos nos níveis de poluentes atmosféricos têm sido associados a incrementos na 
morbimortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares, como doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC), desencadeamento de crise asmática, diminuição da função 
pulmonar e infarto agudo do miocárdio (MEDEIROS; GOUVEIA, 2005). 
Nesse contexto de novas modalidades de panificadoras e novas exigências por parte dos 
consumidores, realizar estudos focados nas percepções ambientais por parte dos gestores das 
organizações torna-se um desafio, pois os resultados mensuram o quanto de empenho existe 
por parte das empresas em mudar a perspectiva ambiental. 
 
2.2 Gestão dos Recursos Energéticos 
Os recursos energéticos são as formas básicas para a obtenção de energia, dentre estas 
podem ser classificadas em energia renovável e energia não renovável. A energia renovável é 
aquela que pode ser reposta na natureza, já a energia não renovável não repõe-se pelo ambiente. 
Dentro destas formas de obtenção de energia o Desenvolvimento sustentável estabelece que 
tudo o que for consumido tende a ser reposto, propondo assim um processo integral que 
comporta as dimensões culturais, éticas, políticas tal como as sociais, não abrangendo apenas 
as dimensões econômicas 
A matriz energética do Brasil é muito diferente da mundial. Por aqui, apesar do consumo 
de energia de fontes não renováveis ser maior do que o de renováveis, usamos mais fontes 
renováveis que no resto do mundo. Somando lenha e carvão vegetal, hidráulica, derivados de 
cana e outras renováveis, nossas renováveis totalizam 42,9%, quase metade da nossa matriz 
energética. 
Essa característica da nossa matriz é muito importante. As fontes não renováveis de 
energia são as maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa (GEE). Como 
consumimos mais energia das fontes renováveis que em outros países, dividindo a emissão de 
gases de efeito estufa pelo número total de habitantes no Brasil, veremos que nosso país emite 
menos GEE por habitante que a maioria dos outros países. Você pode aprender mais sobre esse 
assunto em Energia e Aquecimento Global. 
No Brasil, as fontes energéticas renováveis como as hidroelétricas e a cana-de-açúcar 
são as de maiores representatividade devido ao contexto histórico de políticas adotadas ao longo 
dos anos. Entretanto novas tecnologias têm se expandido rapidamente como é o caso das 
eólicas, que experimentou um crescimento vertiginoso nos últimos anos, saltando de uma 
representatividade de 0,9% (2012) para 6,8% (2017) no setor elétrico brasileiro (MME, 2017). 
Para tudo isso a inserção de fontes de energias de menor impacto ambiental por si só 
não garante sustentabilidade para o sistema de energia, é necessário o correto aproveitamento e 
uso dessas fontes, o que está relacionado com a aplicação de instrumentos de eficiência 
energética que resultem em conservação de energia (NARULA et al., 2015). 
O modelo energético brasileiro apresenta um forte potencial de expansão, o que resulta 
em uma série de oportunidades de investimento delongo prazo. A estimativa do Ministério de 
Minas e Energia para o período 2017-2020 indica aportes públicos e privados da ordem de R$ 
352 bilhões para a ampliação do parque energético nacional. 
A região Nordeste vem se destacando cada vez mais nesse cenário nacional, 
principalmente com relação a geração de energia eólica e solar. Com relação à energia eólica, 
esta região produz cerca de 89% do total gerado no país, com geração média diária de 8.650 
MW. Em uma década, a Bahia assumiu o protagonismo, tanto em número de usinas quanto na 
capacidade de geração de energia. Líder nacional no número de parques, com 160 em operação, 
e na comercialização de projetos, a geração de energia eólica na Bahia cresceu 49,9% no 
primeiro semestre de 2019, quando comparado ao mesmo período do ano passado. A produção, 
entre janeiro e junho deste ano, foi de 7.262 Gigawatt/hora (GW/h), enquanto no mesmo 
período de 2018 foi de 4.844,2 GW/h. Além de registrar a maior taxa de crescimento, graças 
aos novos parques em funcionamento, os números fizeram o estado liderar nacionalmente na 
produção energética. 
Já com relação a energia solar, o Nordeste sedia 73,1% dos projetos centralizados e 
20,2% da geração distribuída. Nessa região, destacam-se a Bahia, que detém cerca de um terço 
da geração centralizada do Brasil, e o Ceará, com 6,4% da geração distribuída do País. O 
Nordeste será a região mais contemplada nos investimentos previstos, em função de sua elevada 
competitividade nessa atividade. 
Dessa maneira a cidade de Xique-Xique se destaca na geração de energia eólica e solar, 
principalmente por conta da constância de radiação solar e ventos ao longo de todo o ano. Com 
tudo isso a empresa estudada não aderiu a possibilidade de instalação de placas fotovoltaicas, 
http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/energia-e-aquecimento-global
principalmente por conta de seu alto custo. Com relação a energia eólica, há a produção desta 
na cidade, entretanto não é utilizada diretamente na cidade, já que quando esta é gerada é 
transmitida e integrada ao sistema nacional de energia, sendo desta maneira utilizada de forma 
indireta pela população da cidade. 
A empresa em questão utiliza principalmente energia elétrica, água e madeira para a 
produção de seus produtos. Esta utiliza somente o carvão de combustível fóssil, para auxiliar 
na queima da madeira. 
 
2.3 Direito e Legislação Ambiental 
A Resolução CONAMA nº 237 de 1997 define Licenciamento Ambiental como um 
procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, 
instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos 
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer 
forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e 
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 
A obrigação do licenciamento está expressa na Lei Federal nº 6938 de 1981 que prevê: 
“a construção, instalação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de 
recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de 
causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental”. 
O processo de Licenciamento Ambiental é constituído por três tipos de licenças. Cada 
uma se refere a uma etapa específica, sendo elas: Licença Prévia (LP); Licença de Instalação 
(LI) e Licença de Operação (LO). O prazo de validade de cada licença ambiental varia de acordo 
com a atividade, tipologia e situação em que se encontra a área de instalação. 
A licença ambiental é um documento com prazo de validade definido, na qual o órgão 
ambiental competente determina todas as medidas, regras e condições que devem ser seguidas 
pela empresa, que possibilitam o controle ambiental. Os principais aspectos que são avaliados 
são: capacidade de geração de poluentes, produção de resíduos sólidos, emissão de poluentes 
atmosféricos, geração de ruídos e possibilidade de riscos de explosões e incêndios. Ao emitir e 
receber em mãos a licença o empresário se encarrega de todos os compromissos necessários 
para manter a qualidade ambiental do local em que o empreendimento vai se instalar (FIRJAN, 
2004). 
A competência de realizar o licenciamento pode ser conferida a três esferas diferentes 
de poder, a depender do tamanho e características do empreendimento. Na esfera federal quem 
é responsável pelo licenciamento é o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis – IBAMA, englobando atividades desenvolvidas em mais de um Estado, 
em terras indígenas, ou ainda quando os impactos cruzarem as fronteiras do Brasil. Na esfera 
estadual o responsável é o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA, 
licenciando empreendimentos localizados em mais de um município do estado da Bahia, ou 
ainda em áreas de floresta e unidades de conservação (CAERN, 2013). 
Como forma de institucionalizar a integração das Políticas Estruturantes de Meio 
Ambiente e de Recursos Hídricos e a modernização e qualificação do processo de gestão 
ambiental na Bahia, foi sancionada no mês de dezembro de 2011 a Lei nº 12.377/2011 alterando 
a 10.431/2006, trazendo novas modalidades de licenciamento: a Licença de Regulamentação 
(LR), concedida para regularizar atividades ou empreendimentos em instalação ou 
funcionamento, mediante recuperação ambiental e a Licença Ambiental por Adesão e 
Compromisso (LAC) concedida eletronicamente para empreendimentos de pequeno e médio 
portes. 
Além destas, as licenças podem ser de diferentes tipos, a depender da fase, impacto e 
tipologia do projeto: Prévia (LP), Implantação (LI), Prévia de Operação (LPO), Operação (LO), 
Alteração (LA), Unificada (LU), Regularização (LR), Ambiental por Adesão e Compromisso 
(LAC), além das Autorizações Ambientais. 
Já na esfera municipal as atividades são licenciadas pela Secretaria de Meio Ambiente 
e Desenvolvimento Sustentável, nesse caso são empreendimentos ou atividades que causem 
impactos locais, onde se encaixa a Padaria Pão da Vida. O primeiro passo para realizar o 
licenciamento ambiental foi fazer a solicitação do requerimento padrão para preenchimento no 
setor de panificação na Secretaria de Meio Ambiente, então foram preenchidos os formulários 
solicitados. Após a entrega da documentação a Secretaria fez a análise destes, logo em seguida 
fez a vistoria para analisar o atendimento das condicionantes, depois foi emitido o parecer 
técnico pela equipe técnica responsável e por fim foi emitida a licença. 
As empresas, ao se adequarem às exigências de mercado e à legislação vigente por meio 
do licenciamento ambiental, adquirem uma espécie de passaporte para ingressar em um cenário 
repleto de oportunidades e ganho de competitividade. É que cumprir as normas estabelecidas 
por lei e órgãos ambientais é sinalização relevante para os consumidores de que a empresa está 
apta a fornecer produtos saudáveis, produzidos de acordo com os princípios de controle dos 
impactos ambientais. 
 
2.4 Desenvolvimento Sustentável 
O conceito de desenvolvimento sustentável nasce na década de 80, do século XX, no 
âmbito da Organização das Nações Unidas (United Nations General Assembly, 1987) e se 
propala em diversos países do mundo, em resposta a uma série de questões ambientais e sociais 
que ganham corpo no decorrer dos anos 70, daquele mesmo século, que apontam a necessidade 
de uma mudança nos paradigmas de desenvolvimento econômico vigentes, sempre 
privilegiando o desenvolvimento econômico, sem considerar a necessidade dos avanços sociais 
e as questões ambientais. 
O relatório “Nosso Futuro Comum” (United Nations General Assembly, op cit) 
apresentou, pela primeira vez, a definição de Desenvolvimento Sustentável, como sendo: o 
desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras 
gerações de atender suaspróprias necessidades. 
Logo após a definição deste conceito, o texto do relatório estabelece que o processo de 
mudança e a construção do desenvolvimento sustentável só poderão ser alcançados através da 
educação, desenvolvimento institucional e reforço das leis. Neste sentido, observa-se uma série 
de ações governamentais em todo o mundo, que corroboram para a implementação deste 
processo de transformação. Dentre estas ações, destacamos a elaboração das Agendas 21 e a 
incorporação dos princípios nela previstos nos programas políticos em diversos países, bem 
como projetos de cooperação internacional e transferência de tecnologia. 
De uma maneira geral, podemos dizer que os grandes desafios estabelecidos pela ideia 
do desenvolvimento sustentável são: Garantir a disponibilidade dos recursos naturais para as 
gerações futuras; Garantir padrões de consumo dentro dos limites ecologicamente aceitáveis e 
possíveis de serem alcançados, ou almejados, por todos os seres humanos; Não ultrapassar os 
limites da biosfera para assimilar os diversos tipos de resíduos gerados através dos processos 
produtivos das sociedades modernas; Reduzir a pobreza no mundo, equilibrando a distribuição 
global da renda e melhorando a qualidade de vida mundial (IBGE, 2008). 
Uma das grandes conquistas da popularização do conceito de desenvolvimento 
sustentável é o reconhecimento das inter-relações entre a economia, o meio ambiente e as 
questões sociais, já que a grande maioria dos economistas clássicos sempre considerou que o 
meio ambiente afeta apenas ocasionalmente o funcionamento do sistema econômico, uma vez 
que a economia seria um sistema fechado sem inter-relações significativas com o meio externo, 
deixando de lado as questões sociais e ambientais. Outra abordagem da economia que tem 
muito a corroborar com a ideia do desenvolvimento sustentável é a escola da economia da 
sobrevivência que, além de enfatizar a necessidade de preservação das oportunidades para as 
gerações futuras, assenta-se em uma base analítica que se apoia na segunda lei da 
termodinâmica – a lei da entropia, focalizando as inter-relações entre o sistema econômico e 
seu meio externo. 
No Brasil, o Decreto Federal de 26 de fevereiro de 1997 criou a Comissão para as 
Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS), que ficaram responsáveis pela 
proposição das estratégias governamentais de desenvolvimento sustentável, além de coordenar, 
elaborar e acompanhar a implementação da Agenda 21 nacional. Esta comissão é presidida pelo 
representante do Ministério do Meio Ambiente. 
No Estado da Bahia, com o intuito de consolidar um estilo de desenvolvimento 
sustentável nas políticas públicas e aumentar a capacidade governativa em sentido amplo, a 
Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional - CAR elaborou os Programas de 
Desenvolvimento Regional Sustentável - PDRS (CAFFÉ, 2002), considerando as regiões 
econômicas de planejamento do Estado como espaço de referência e como foco da organização 
social. Entretanto, com as mudanças políticas ocorridas na Bahia em 2007, com a derrota do 
grupo político que administrava o Estado por mais de 30 anos, os Programas de 
Desenvolvimento Regional Sustentável foram abandonados, apesar do diagnóstico social, 
econômico e ambiental e da mobilização social que promoveram nas regiões onde foram 
realizados. 
Já ficou bem evidente a importância do licenciamento ambiental para que a empresa 
torne-se mais sustentável obedecendo as condicionantes da mesma, consiga coletar de forma 
adequada seus resíduos e contribua para a preservação do meio ambiente, como também para 
o desenvolvimento econômico. Com base em tudo isso foram explicados esses conceitos e foi 
perguntado ao dono da Padaria Pão da Vida quais medidas eram adotadas pela empresa para 
que esta fosse cada vez mais sustentável. O empresário afirmou que doa resíduos secos gerados 
para uma cooperativa de materiais recicláveis, que passa semanalmente em seu comércio, esta 
reutiliza materiais como papelão, plástico e vidro para a confecção de objetos que são vendidos 
na própria cidade. 
Com relação ao óleo que é produzido pela padaria, este é vendido para pessoas que o 
reutilizam para a produção de sabão. Dessa maneira, vários impactos ambientais são evitados, 
além de surgir a possibilidade da geração de renda através da comercialização de sabão 
artesanal. 
O próximo passo que o empresário pretende adotar nesse sentido é a substituição do 
forno a lenha por um forno a gás, o que diminuirá inclusive a emissão de poluentes que tanto 
prejudica a população. 
CONCLUSÃO 
 
 Este estudo mostrou que gerenciar uma panificadora é uma atividade um tanto quanto 
complexa, pois envolve ao mesmo tempo indústria e varejo, ou seja, toda panificadora compra 
matéria-prima, transforma, embala e entrega ao consumidor final. Mais complexo é gerenciar 
de forma a atender os conceitos da gestão ambiental. 
Avaliando a atual conjuntura do Brasil, as hidrelétricas ainda persistem sendo a fonte 
de geração de energia mais lucrativa, visto que a despeito de seu custo de investimento ser 
maior, e sua vida útil é a mais longa, fazendo com que o lucro seja maior e por mais tempo. 
Dessa maneira a necessidade de desenvolver políticas energéticas mais sustentáveis tem se 
mostrado cada vez mais urgente em função da relação que a prestação de serviços de energia 
de forma justa, segura e confiável têm com o desenvolvimento sustentável, uma vez que o 
acesso aos serviços de energia pode se constituir como um fator limitador ou impulsionador 
desse tipo de desenvolvimento. 
O processo de Licenciamento Ambiental é composto de várias etapas e exigências, além 
de ser uma obrigação legal, esse processo pode ser simplificado, quando o panificador busca 
nesse contexto trabalhar com o órgão ambiental, desde o início da instalação de sua atividade 
de forma transparente, buscando soluções para o desenvolvimento de sua atividade, respeitando 
o meio ambiente. 
Foi possível visualizar que o empresário apesar das dificuldades vem se esforçando para 
atender as condicionantes da legislação vigente e vem também buscando novas alternativas, 
mais sustentáveis, para a destinação final dos resíduos ali produzidos. 
 
 
3. REFERÊNCIAS 
 
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dezembro de 1997. Brasília, DF, 1997. Disponível em: www.mma. gov.br 
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