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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO - projeto completo

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FACULDADE INTERNACIONAL SIGNORELLI - FISIG
Leticia Ferreira da Silva Santos
EFICIÊNCIA E QUALIDADE: BENEFÍCIOS DAS METODOLOGIAS ÁGEIS NO DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE SOFTWARE
Rio de Janeiro
2019
 
FACULDADE INTERNACIONAL SIGNORELLI - FISIG
Eficiência e qualidade: Benefícios das Metodologias Ágeis no desenvolvimento de projeto de software
Monografia apresentada à Faculdade Internacional Sigonorelli como requisito parcial para a conclusão do curso de pós-graduação Lato sensu em Gestão de TI.
Por Leticia Ferreira da Silva Santos
Orientadora Acadêmica Vera Lúcia Afonso
Rio de Janeiro
2019
FACULDADE INTERNACIONAL SIGNORELLI - FISIG 
Leticia Ferreira da Silva Santos
EFICIÊNCIA E QUALIDADADE: BENEFÍCIOS DAS METODOLOGIAS ÁGEIS NO DESENVOLVIVENTO DE PROJETO DE SOFTWARE
Monografia apresentada à Faculdade Internacional Signorelli, como requisito do Curso de Pós-Graduação em Gestão em Projetos de TI
APROVADA em _______ de __________________ de __________.
Prof._____________________________
Prof._____________________________
___________________________________________________ 
Orientadora 
Rio de Janeiro
2019
 
Dedico este trabalho a Deus por ter me dado saúde e forças para chegar até aqui. A minha orientadora pelo seu suporte, orientações e incentivo. 
Ao meu esposo pelo amor, incentivo e apoio incondicional. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigada.
 RESUMO
Este trabalho visa demonstrar os principais benefícios quanto a escolha das metodologias ágeis no desenvolvimento de projetos de softwares. Em um mundo altamente competitivo, onde as organizações visam rapidez, melhor resposta a mudanças e riscos gerenciáveis o uso desta metodologia é fundamental, pois ela trata o relacionamento com o cliente como uma de suas principais prioridades, visando entregar para ele uma solução que apresente mais resultados. A diferença entre os métodos ágeis e as metodologias tradicionais será demonstrada tendo por exemplo o modelo em cascata (ainda encontrado em diversas organizações), suas funcionalidades e os principais problemas enfrentados por aqueles que ainda optam por usá-lo, justificando assim o porquê do mesmo estar sendo descontinuado. E será apresentado o framework SCRUM que é atualmente o método ágil mais utilizado no Brasil, pois emprega uma abordagem iterativa e incremental para aperfeiçoar a previsibilidade e o controle de riscos, suportando o desenvolvimento e manutenção de projetos/produtos complexos. 
PALAVRAS-CHAVE: Gerenciamento. Metodologia Ágil. SCRUM. 
RESUMO (abstract)
This paper aims to demonstrate the main benefits regarding the choice of agile methodologies in the development of software projects. In a highly competitive world, where organizations aim for speed, better response to changes and manageable risks, the use of this methodology is fundamental, since it treats the relationship with the client as one of its main priorities, aiming at delivering to it a solution that presents more results. The difference between agile methods and traditional methodologies will be demonstrated, for example, the cascade model (still found in several organizations), its functionalities and the main problems faced by those who still choose to use it, thus justifying the reason why being discontinued. And the SCRUM framework will be presented, which is currently the most used agile method in Brazil, since it employs an iterative and incremental approach to improve predictability and risk control, supporting the development and maintenance of complex projects / products.
PALAVRAS-CHAVE: Management. Agile Methodology. SCRUM.
LISTA DE QUADROS
	Quadro 1
	Comparação entre os modelos tradicionais e ágeis ...............................
	15
	Quadro 2
	Antes e depois a implantação do SCRUM ............................................
	33 
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 
	07
	JUSTIFICATIVA...................................................................................................................
	11
	OBJETIVOS ........................................................................................................................
	12
	 Objetivo geral ....................................................................................................................
	12
	 Objetivos específicos .........................................................................................................
	12
	METODOLOGIA .................................................................................................................
	12
	CAPITULO 1 - METODOLOGIAS TRADICIONAIS E O MANIFESTO ÁGIL.............
	13
	 Modelo em cascata ............................................................................................................
	13
	 Metodologias ágeis ............................................................................................................
	14
	 Vantagens e benefícios do manifesto ágil nos projetos de Software .................................
	16
	Transformam tecnologias em ferramentas de trabalho .............................................
	17
	Melhoram a gestão e contribuem para oportunidades de negócio ............................
	17
	Redução de custos e aumento de entregas ................................................................
	18
	Valorização dos indivíduos e das interações .............................................................
	19
	Entrega do software em funcionamento ................................................................... 
	19
	Colaboração com o cliente ........................................................................................
	19
	Melhor respostas as mudanças ..................................................................................
	20
	 Os 12 princípios das metodologias ágeis ...........................................................................
	20
	 Metodologias de gerenciamento ........................................................................................
	21
	CAPITULO 2 - MÉTODOS ÁGEIS NO DESENVOLVIMENTO .....................................
	23
	 Métodos ágeis.....................................................................................................................
	23
	 Como saber que o método é ágil .......................................................................................
	23
	 Implantação de métodos ágeis nas empresas .....................................................................
	24
	 Passo a passo da implementação do método ágil ..............................................................
	25
	 Tipos de metodologias ágeis ..............................................................................................
	28
	 SCRUM ............................................................................................................................
	29
	 Artefatos do SCRUM ............................................................................................
	31
	 Porque optar pelo SCRUM .....................................................................................
	32
	CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................. 
	34
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 
	35
	
7
12
INTRODUÇÃO
	Atualmente, vivemos em um cenário profissional bastante voraz e competitivo. Por causa disso, é extremamente necessário que as empresas estejam sempre atualizadas de modo que possam entregar projetos eficazes e de forma rápida. E devido as crescentes pressões do mercado por inovação,produtividade, prazos cada vez mais curtos, flexibilidade e melhoria no desempenho e qualidade dos projetos de desenvolvimento de software, houve o surgimento dos métodos ágeis. O manifesto ágil surgiu dado à necessidade de melhorarmos a forma como estamos desenvolvendo software e nosso foco principal é satisfazer o cliente. E que de fato, os colaboradores da área de TI estão errando e errando muito. Apenas 32% dos projetos entregues são considerados sucesso. 24% são puro fracasso (cancelados, ou engavetados nunca colocados em produção ou utilizados pelo cliente), 44% são desafiados (sofreram atrasos, estouram os prazos, não atendem as necessidades, estão cheios de defeitos). E o resultado consegue ser ainda pior, pois para os projetos considerados sucesso, apenas 20% da funcionalidade do software é realmente útil. É claro que a falha na execução de um projeto deve ser investigada e a causa pode ser dada decorrente de diversos motivos, mas de maneira geral esses erros ocorrem porque muitas vezes ao iniciar um projeto de forma não adequadas. Algumas suposições:
	● Os requisitos são 100% conhecidos no início do projeto e foram levantados e minuciosamente detalhados; 
	● O desenvolvedor sabe como construir e
	● Nada irá mudar ao longo do caminho.
	Porém existem 3 coisas com as quais temos que conviver atualmente, onde os software que produzimos estão ficando cada vez mais complexos: O cliente descobre o que ele realmente quer, ou seja, é puro desperdício (tempo e esforço) detalhar minuciosamente os requisitos no início do projeto e escrevê-los sobre pedra. Muitas vezes os requisitos mudam, não necessariamente porque o cliente quer, mas porque a necessidade exige, porque o mercado exige. “Um processo rígido ou resistente a mudanças produz produtos medíocres. Os clientes podem até receber o que eles solicitaram primeiramente, mas é esse o produto que eles realmente querem logo quando eles o recebem?
	Coletando todos os requisitos no início e escrevendo-os sobre pedra, o produto é condenado a ser tão bom quanto a idéia inicial, ao invés de ser o melhor uma vez que as pessoas aprendem ou descobrem como fazer melhor” (Jeff Sutherland). Os desenvolvedores descobrem como construir idéias, novas tecnologias e opções surgem no decorrer do projeto. Desta forma uma nova idéia não deveria ser mau vista pela equipe/gestor.
	Muitas coisas mudam ao longo do caminho. Com isto, podemos ver que a ferramenta ágil é uma nova forma de gestão e desenvolvimento de Software que usa uma abordagem de planejamento e execução iterativa e incremental voltado para processo empíricos (complexos, caóticos ou com muita incerteza, tem mudança ao longo do processo, não são repetitivos e são imprevisíveis) que divide o problema em produtos menores e que visa entregar software funcionando regularmente, visa maior colaboração do time de desenvolvimento com experts de negócios, comunicação face-to-face, redução de riscos associados as incertezas dos projetos, abraçar e responder as mudanças de forma mais rápida e natural e é principalmente a satisfação do final dos clientes por meio da adoção de práticas de gestão e de engenharia de software com foco nos valores e princípios do agile.
Agilidade em TI é: “a habilidade de criar e responder a mudanças, buscando a obtenção de lucro em um ambiente de negócio turbulento, ou ainda a
capacidade de balancear a flexibilidade e a estabilidade. Enfatiza que a ausência de estrutura ou estabilidade pode levar ao caos, mas que a estrutura em demasia gera rigidez.” (HIGHSMITH, 2004)
	Objetivo principal das metodologias ágeis é entregar o produto que o cliente realmente deseja e que será útil e com qualidade.
	O manifesto ágil foi criado sob uma nova forma de entendimento e execução de projetos que lidam diariamente com imprecisão e/ou imprevisibilidade, características inerentes ao processo de desenvolvimento de software e tecnologia. Com isso passamos a valorizar:
	● Indivíduos e interações entre eles mais que processos e ferramentas;
	● Softwares em funcionamento mais que documentação abrangente;
	● Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos e
	● Responder a mudanças mais seguir um plano.
	Existem alguns aspectos importantes das Metodologias Ágeis, como Softwares rápidos e executáveis, Integrações entre pessoas, Resposta rápida para imprevistos e mudanças e Colaboração do cliente.
	Todo esse dinamismo dos métodos ágeis tem provocado um grande impacto na forma de se conduzir um projeto de software fortemente sensível a mudanças. Uma grande diversidade de métodos ágeis tem sido utilizada. Como exemplos mais conhecidos tem-se o XP (eXtreme Programming), o Scrum, a família Crystal, o FDD (Feature Driven Development), o ASD (Adaptative Software Development), o DSDM (Dynamic System Development Method) e o Lean Software Development. Esses métodos seguem princípios semelhantes, mas o que os diferencia são as suas práticas e a forma de condução do processo de desenvolvimento. O XP é o método mais conhecido, ele propõe um conjunto de valores, princípios e práticas em um cenário no qual os requisitos são vagos e mudam constantemente. 
	Nesse contexto o objetivo do método é a excelência no desenvolvimento de software, visando baixo custo, poucos defeitos, alta produtividade e alto retorno de investimento. Outro método que vem se destacando é o Scrum, que é o mais utilizado na indústria de software atualmente, sendo mais focado em aspectos de gerenciamento de projeto. Para satisfazer o cliente por meio da entrega rápida e contínua de software de qualidade são utilizadas diversas práticas que serão detalhadas no ao longo deste trabalho. Como exemplo pode-se citar a presença do cliente para ajudar na correção e refinamento de requisitos, a programação em pares utilizada para melhorar a qualidade do desenvolvimento e promover a diminuição de defeitos, e a refatoração que otimiza o código já existente. A agilidade descrita anteriormente traz consigo uma forte preocupação com a melhoria constante do processo e do produto durante todo o ciclo de desenvolvimento do software, no qual o progresso do projeto é avaliado diariamente. 
 (
7
)	Em projetos que utilizam métodos ágeis, a atividade de teste de software vem sendo considerada uma atividade primordial, com o objetivo de evitar que a qualidade do produto e a condução do projeto não sejam afetados por processos menos formais de documentação e projeto em relação aos métodos tradicionais.
	A importância da atividade de teste em métodos ágeis pode ser constatada no método XP, que considera a atividade tão importante quanto a atividade de programação. No XP todo pedaço de código tem um conjunto de testes de unidade automatizados, que deve ser integrado ao repositório de código-fonte. Os resultados dos testes servem como uma forma de
feedback instantâneo, no qual o desenvolvedor pode detectar em pouco tempo se o método desenvolvido ainda precisa ser modificado ou refatorado. O código é considerado completo apenas se passar por todos os testes de unidade. Além disso, no fim de cada iteração, todos os testes de aceitação que foram criados durante a fase de planejamento serão executados por
usuários e clientes. Esses testes incluem os testes de iterações prévias e aqueles da última iteração, para determinar se as novas funcionalidades são aceitáveis e prevenir que novas mudanças causem efeitos colaterais em funcionalidades que estavam funcionando até o momento. 
Decore o mantra do Manifesto Ágil, até que ele esteja
tatuado de tal forma em sua mente que você passe a vive-lo
de forma integral. (Cesar Brod, 2013, p.29)
	
	A agilidade pode ser aplicada a qualquer processo de software. Segundo Pressman (2011), o autor enfatiza algumas práticas essenciais para que isso seja possível:
	● Permitir à equipe de projeto adaptar tarefas e aperfeiçoá-las;
	● Conduzir um planejamento para que se entenda a fluidez de uma abordagem de desenvolvimento ágil;
	● Eliminar tudo, menos os produtos mais essenciais e mantê-los simples 
	● Enfatizar uma estratégiade entrega incremental que forneça o software funcionando ao cliente o mais rápido possível para o tipo de produto e ambiente operacional desejados. 
	Determinados tipos de projeto, como por exemplo projetos de desenvolvimento de software mostravam-se ineficazes quando gerenciados pelo modelo tradicional. Projetos de Software normalmente requerem muitas mudanças, o solicitante ou cliente pode não saber tudo o que precisa no início e descobre novos requerimentos conforme o projeto avança. 
Justificativa
	Segundo dados do Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI) atualmente, 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo é investido na execução dos mais distintos tipos de projetos, ou seja 12 trilhões de dólares de toda a riqueza mundial são gastos com o esforço de melhorar, criar ou construir algo, por meio da gestão de projetos.
	Gerenciar um projeto envolve uma série de aspectos utilizados para planejar, executar e acompanhar um projeto. O gerenciamento serve para que o projeto seja concluído com sucesso. Esse resultado é alcançado quando o projeto é finalizado e atende aos requisitos estabelecidos na etapa de planejamento do projeto. Isso quer dizer que, quando concluído, o resultado deve ser satisfatório em relação ao prazo e aos custos estabelecidos. 	O gerenciamento de projetos é uma atividade muito importante que exige a aplicação de conhecimentos provenientes de diferentes áreas. Felizmente, para contornar esse desafio e atingir os objetivos propostos, é possível contar com o auxílio das metodologias de gestão de projetos, que tornam esse processo mais prático, organizado e eficiente. 
	Há dois tipos de metodologias: as tradicionais e as ágeis. As metodologias ágeis surgiram a partir da necessidade de suprir as carências das tradicionais, que são consideradas ultrapassadas devido ao fato de serem extremamente rígidas e não atenderem por completo às necessidades dos clientes, além de prolongarem a entrega das propostas.
	Assim, ganham cada vez mais relevância o estudo e a aplicação das metodologias ágeis uma vez que impactam diretamente nas organizações e como elas trabalham.
.
Objetivos
Objetivo geral
	Demonstrar que em projetos de desenvolvimento de software o uso das metodologias ágeis agilizam e simplificam processos existentes no ambiente organizacional de trabalho.
Objetivos específicos
· Compreender a importância do uso das metodologias no desenvolvimento de softwares.
· Conhecer o porquê das metodologias tradicionais estarem em desuso.
· Apresentar as metodologias ágeis, suas principais características e os benefícios obtidos pelas organizações ao implementá-la.
· Demonstrar o uso do SCRUM e as principais mudanças obtidas pelas organizações que o usam como o framework. 
Metodologia
	O objeto de estudo deste trabalho são as metodologias ágeis e como elas proporcionam um grande avanço em eficiência e qualidade nas empresas na área de TI. Para isto, foi aplicado o método descritivo, onde foi aplicado um questionário junto a equipe de desenvolvimento de uma empresa para analisar a realidade da mesma e os principais desafios enfrentados pela mesma utilizando os métodos tradicionais e o quanto a utilização de métodos ágeis trariam flexibilidade e melhoria na qualidade e desempenho dos seus projetos. Para fundamentar a pesquisa foi utilizada a pesquisa biográfica, baseando-me em livros e artigos sobre o tema proposto.
1º Capitulo
Metodologias Tradicionais e o Manifesto Ágil
	Modelo em cascata
	A maioria dos projetos em cascata é derivada do ciclo conhecido como PDCA (Plan, Do, Check, Act) de Edward Deming. O ciclo PDCA, que consiste em Planejar, Executar, Verificar e Ajustar. Geralmente são baseados num planejamento muito pesado e antecipado com muita documentação sobre os requerimentos. Em projetos tradicionais, toda mudança deve passar por um comitê e ser avaliada antes de aprovada, uma vez aceita processos de planejamento devem ser refeitos. As atividades seguem um fluxo de um nível alto para um nível baixo, e é necessário que uma fase ou grupo de processos termine antes que outro possa ser iniciado.
	Este modelo tradicional foi proposto por Royce em 1970 e ate meados da década de 1980 foi o único modelo que obtinha aceitação geral. Derivado de modelos de atividade de engenharia, se comparado ao modelo ágil, este é rígido e menos administrativo. Embora não seja mais adequado, ele continua sendo muito utilizado nos dias de hoje, devido ser orientado a documentação.
	 O modelo em cascata possui as seguintes etapas de desenvolvimento:
· Análise e definição dos requisitos - os requisitos do produto são estabelecidos. Esta etapa contém também a documentação e o estudo da facilidade e da viabilidade do projeto, com o objetivo de determinar o processo de início de desenvolvimento do projeto do sistema;
· Projeto do sistema - Aqui são representados os requisitos de uma forma que permita a codificação do produto (é uma prévia etapa de codificação). Da mesma maneira que a análise dos requisitos, o projeto é documentado e transforma-se em uma parte do software;
· Implementação - Nesta etapa em que são criados os programas. Um teste unitário dos módulos é sugerido nesta etapa; nesse caso, as unidades de código produzidas são testadas individualmente antes de passar a etapa de integração e teste global;
· Teste do sistema - Com a codificação concluída, inicia-se a fase de testes do sistema. Esta fase verifica se foram solucionados erros de “comportamento” do software e assegura que as entradas definidas produzam resultados reais que coincidam com os requisitos especificados e 
· Manutenção - Essa etapa consiste na correção de erros que não foram previamente detectados, em melhorias funcionais e de preferência e outros tipos de suporte. Melhorias e correções podem ser consideradas como parte do desenvolvimento. 
	As etapas descritas acima são as principais, porém ainda existem as sub-etapas dentro de cada etapa, as quais diferem muito de um projeto para outro. Com certeza, todas essas variações do modelo tradicional possuem o mesmo conceito básico: a idéia de que uma etapa fornece saída que serão usadas como entradas para a etapa seguinte. Outras atividades que também são levadas em consideração em cada uma das etapas de desenvolvimento do software: a documentação, a verificação e a administração das etapas serem documentos. A verificação, por sua vez, é necessária para que uma etapa forneça os dados para a etapa seguinte. Já a administração, efetua a gestão e o controle da etapa. 
	Dentre os problemas que surgem quando se aplica este modelo, podemos citar que os projetos raramente seguem o fluxo sequencial que é por ele proposto. Como uma fase é conluída e finalizada para que outra se inicie, percebemos que a interação que é sempre necessária e está presente em todo o projeto torna-se um problema na aplicação do modelo tradicional, uma vez que é difícil para o cliente especificar os requisitos explicitamente, o que acarreta a incerteza natural do início de qualquer projeto; além do que o cliente deve ser paciente, pois uma versão funcional nãoestará disponível até o final do desenvolvimento. E qualquer erro ou mal entendido, se não for detectado até que o software seja revisado, pode ser desastroso, pois só será visto na fase de implantação, necessitando-se refazer todo o projeto.
Metodologias ágeis
	Diferentes tipos de projetos necessitam de diferentes métodos de gerenciamento. A abordagem ágil é muito utilizada em projetos orientados a valor, ou seja, os que geralmente são realizados por profissionais do conhecimento e possuem elevado grau de incerteza, por grande indefinição do escopo e elevado número de mudanças. A maior parte dos conceitos e princípios ágeis surgiram com foco em projetos de desenvolvimento de software e atualmente são utilizados em diversos tipos de projetos que possuem grandes incertezas, como campanhas publicitárias, novos produtos, planejamento de orçamento e muitas outras áreas. 	O modelo ágil veio para corrigiras deficiências no modelo tradicional para projetos com esta natureza, portanto projetos ágeis não são nada resistentes à mudança, pelo contrário, eles esperam por mudanças e as abraçam, quando aparecem. Ele iniciou e se firmou principalmente com projetos de desenvolvimento de software, que possuem equipe com alto nível intelectual, portanto também adota princípios que tornam as equipes de projetos mais autônomas e independentes no seu autogerenciamento e na tomada de decisões.
	O modelo tradicional favorece antecipação, enquanto que o modelo ágil favorece adaptação. Abaixo podemos ver as principais diferenças entre os Modelos Tradicional e Ágil.
Quadro 1 - Comparação entre os modelos tradicionais e ágeis
	Modelo Tradicional
	Modelos Ágeis
	Mudanças
	Resistente a mudanças depois que o planejamento inicial foi concluído.
	Aberto a mudanças em qualquer fase do projeto, mesmo perto do final.
	Equipe
	Equipe do projeto com média ou pouca autonomia, reporta ao Gerente de projetos ou Gerentes Funcionais.
	Equipe autônoma e independente. Possui poder para tomada de decisões.
	Planejamento
	Planejamento pesado e detalhado no inicio do projeto (metade dos processos do PMBOK são processos de planejamento).
	Planejamento ocorre em ciclos bem pequenos, um pouco no início do projeto e o mínimo necessário antes do início de cada iteração.
	Documentação
	Documentação extensiva de cada processo de todas as áreas de conhecimento. Aprovações formais, assinaturas e minutas de todas as interações entre as partes interessadas.
	Documentação mínima requerida para que o projeto possa ser executado na próxima iteração. Documentação que não agregar valor diretamente ao produto final é descartada.
	Escopo
	Amplamente discutido, documentado e aprovado na fase de planejamento. Após a fase de planejamento não um escopo bem definido, não espera, sofre alterações.
	Escopo geral e sumarizado é aprovado no início do projeto. Detalhes, requerimentos e funcionalidades são solicitadas conforme o projeto avança e o cliente possui melhor entendimento do produto.
	Execução
	Execução deve seguir à risca o planejamento inicial, qualquer mudança deve passar por avaliação, aprovação e re-planejamento.
	Execução é feita em iterações (semanais, mensais, etc), toda mudança é bem vinda e programada para a próxima iteração.
	Modelo Tradicional
	Modelos Ágeis
	Cliente
	Maior envolvimento do cliente nas fases iniciais, principalmente na aprovação do escopo e também nas fases de aceitação, vistoria ou testes.
	O envolvimento do cliente acontece a todo e qualquer momento com o representante do cliente (dono do produto) no mesmo local físico da equipe.
	Comunicação
	Sempre formal através de e-mails, minutas de reunião e relatórios freqüentes e detalhados a todas as partes interessadas.
	Comunicação informal, preferencialmente verbal, aberta e direta com todos os membros da equipe e cliente. Todas as informações do projeto são visíveis no local físico onde a equipe se encontra.
	Prioridades
	Prioridades são definidas e acordadas no início do projeto na fase de planejamento, com grandes dificuldades de mudanças posteriores
	Prioridades podem ser redefinidas a qualquer momento pelo cliente (dono do produto) e incorporadas já na seguinte iteração
	Foco
	Foco em seguir os processos corretos de um gerenciamento de projetos bem controlado, planejado, executado, organizado e documentado.
	Foco no produto final e na satisfação do cliente.
	Lições aprendidas e correções
	Lições aprendidas são documentadas e correções de desvios são geralmente feitas no final de cada fase, no final do projeto ou no momento das auditorias de qualidade.
	Lições aprendidas são documentadas e discutidas no final de cada iteração, correções de desvios de produtividade e qualidade são feitas para serem implementadas já na próxima iteração.
	Perfil do gerente de projetos
	Perfil de controlador. Garante que os processos de gerenciamento de projetos sejam seguidos, controla o status do projeto a todo momento para garantir que o projeto esteja dentro do orçamento, cronograma, escopo e outras linhas de base iniciais.
	Perfil de facilitador. No geral, deve garantir que a equipe esta livre e desimpedida para executar seus trabalho e garantir que a equipe esta seguindo os princípios do manifesto ágil.
Fonte: universoprojeto.wordpress.com
Vantagens e benefícios do Manifesto Ágil nos projetos de Software
	Utilizemos um dos problemas que nosso país enfrenta como exemplo para modelos tradicionais: a burocracia. Em métodos tradicionais, como o modelo cascata, muitos processos nele inseridos são desnecessários para alguns tipos de projetos de software, tornando-os ineficientes em termos de tempo e custos. Os problemas com prazo de entrega do produto final e cancelamentos foram comprovados em dados estatísticos, que, percentualmente, apontam que os projetos bem sucedidos não passaram de 32%.
	Enquanto os modelos tradicionais procuram evitar problemas, os modelos ágeis encaram os problemas como algo natural e inevitável, sugerindo que os profissionais envolvidos busquem soluções. Em outras palavras, os problemas são sanados evitando que a manutenção e o ciclo de vida do software sejam comprometidos.
Nos processos ágeis o cliente faz parte do desenvolvimento onde existe outra vantagem que auxilia para que o produto final seja entregue exatamente como deseja, respeitando os prazos estipulados. De forma geral, o cliente participa diretamente do desenvolvimento dos processos. Na prática, isso reduz a necessidade de realizar treinamentos e, principalmente, a de realizar modificações aparentemente simples, mas que para o programador demandam muito tempo e trabalho. As metodologias ágeis trouxeram uma série de benefícios para quem trabalha com o desenvolvimento em TI. Permitindo a entrega de produtos em prazos mais curtos e possibilitam um trabalho de criação com mais flexibilidade. 
	O desempenho e a qualidade de novas soluções são aperfeiçoados, e podem ser adaptadas em busca de um gerenciamento de TI mais eficiente. Assim, o resultado poderá ser alcançado rapidamente, com mais segurança e qualidade. 
· Transformam tecnologias em ferramentas de trabalho
	A gestão de projetos de TI deve ser feita com planejamento e bons métodos de trabalho. Para empresas que buscam o sucesso da sua estratégia de negócios, a tecnologia deve atuar como um dos caminhos que permitem alcançar esse objetivo. Com um método baseado em ciclos de vida, é possível implementar novas rotinas de trabalho que possibilitem um ganho contínuo de conhecimento e eficiência nas operações corporativas.
	Muitas vezes, o gerenciamento de TI envolve empreendimentos complexos, inseridos em meios com estrutura operacional dinâmica e com ROI (Return of Investment), ou Retorno sobre o investimento, difícil de ser mensurado. Além disso, é comum que o gerenciamento seja implantado em companhias que não possuem a tecnologia como o sua parte central do
negócio. Com essa situação deve-se integrá-la na rotina empresarial para auxiliar a empresa a alcançar seus objetivos. 
· Melhoram a gestão e contribuem para oportunidades de negócio
	As metodologias ágeis permitem que o time responsável pelo gerenciamento de TI consiga responder às mudanças mais facilmente. A entrega de um produto será feita com mais agilidade e os lucros poderão ser obtidos mesmo em ambientes turbulentos. Além disso, a sua
flexibilidade e estabilidade contribuirão para a solidez de um novo projeto. O trabalho de um time de TI não é feito por conta própria. Para que ele alcance o sucesso almejado, é indispensável compreender a função da tecnologia na busca por melhorias internas no ambiente corporativo. Diante disso, investimentos na área devem ser incentivados, uma vez que eles permitem ganhos em qualidade de vida, prestação de serviços e redução de custos no
longo prazo. 
· Redução de custos e aumento de entregas
	Os métodos ágeis são metodologias de desenvolvimento de software e surgiram como forma de reduzir o custo das mudanças e aumentar as entregas funcionaisdo produto. Por isso, estes métodos são reconhecidos como iterativos e incrementais, pois seu ciclo de vida envolve iterações e entregas funcionais ao fim de cada iteração. Em modelos clássicos, como o ciclo de vida em cascata, pregam que os requisitos devem ser desenvolvidos e documentados antes do início da implementação. Em contrapartida, este tipo de metodologia desfavorece e aumenta o custo das mudanças, bem como diminui a comunicação entre os stakeholders.
	Considerado um dos pontos negativos dos métodos ágeis, a falta de documentação gerada pelo incentivo a comunicação tête-à-tête dificulta a gestão de grandes projetos. De fato, métodos ágeis tem se mostrado mais eficientes em projetos com equipes pequenas, de até 20 membros. Espera-se que os membros da equipe estejam em um mesmo espaço físico.
Os responsáveis pelo manifesto enxergam suas idéias e forma de pensar e fazer software como a melhor maneira de se abraçar a nova economia, da era do e-business, do ecommerce e da internet. Valorizar o cliente ao invés de valorizar processos e burocracia. Na
verdade, os membros da Agile Alliance criticam diretamente os burocratas que se envolvem em processos desnecessários e preocupam-se mais em preencher requisitos documentais do que entregar produtos que satisfaçam as necessidades de seus solicitantes.Os pilares do manifesto são a valorização de indivíduos e sua interação mais do que processos e ferramentas. Valorizam mais software funcional do que documentação abrangente. Nesta mesma linha, a colaboração com o cliente do que a negociação de contratos e, por fim,
responder melhor e mais rápido a mudanças do que seguir um plano rígido. 
· Valorização dos indivíduos e das interações
	Deve-se sempre privilegiar indivíduos e interações a processos e ferramentas. É válido ressaltar que projetos são realizados por pessoas, e não por ferramentas, assim como os problemas são resolvidos por pessoas, e não processos. Focando primariamente no desenvolvimento dos indivíduos envolvidos no projeto e enfatizando as interações produtivas e eficazes, melhoramos as chances de sucesso do projeto. Isso não é dizer que processos e ferramentas não podem ajudar na conclusão com êxito de um projeto. Processos e ferramentas bem desenhados e adequados são ativos de grande importância.
· Entrega do software em funcionamento
	É vital entregar o software mais a documentação abrangente. Projetos de software são iniciados com os objetivos de criação de valor para a empresa por meio de um produto de software de alta qualidade, mas muitas vezes há entregas em partes intermediárias (incrementos), raramente a documentação é completamente atualizada e reflete a realidade do software, porém é essencial se documentar o que precisa ser documentado em um software, pois o software sem documentação é certamente problemático e dificulta o suporte e a manutenção. Porém uma documentação completa sem software não agrega nada a nenhuma organização.
· Colaboração com o cliente
	A necessidade de ser flexível e eficiente, ao invés de rígido e não cooperativo, é semelhante à diferença entre "estar certo" e fazer a coisa certa". Poderíamos construir o produto exatamente como originalmente especificado, mas se o cliente mudar de idéia ou de prioridade, devemos ser flexíveis e trabalhar para a nova meta. As mudanças e ajustes deverão ser refletidos em aditivos contratuais ou ajustes, e não deve ser um impeditivo para a continuidade do desenvolvimento e entrega do software. Atualmente existem diversas novas formas de contratos para acolher projetos com características ágeis, como pagamento de preço fixo por interação (ou sprint), pagamento por pontos, histórias, ou outras que permitem a flexibilidade necessária para projetos orientados a valor.
· Melhor respostas as mudanças
	Em projetos com grande número de incertezas, é quase certo que os planos iniciais serão alterados. Em vez de investir esforços na tentativa de trazer o projeto de volta aos planos originais, deve-se gastar esforço e energia em responder às inevitáveis mudanças no projeto. Observando que este valor não está sugerindo abandonar o planejamento e apenas reagir às mudanças. Ainda é preciso planejar, mas sendo importante reconhecer que os planos iniciais foram criados quando se conhecia menos o Projeto (no início), e com o desenvolvimento do trabalho, é preciso atualizar o plano. Muitos dos métodos ágeis focam em macroplanos superficiais (criação de histórias, product release, casos de uso etc.), e um planejamento mais específico para iterações (ou sprints).
Os 12 princípios das Metodologias Ágeis
· Maior prioridade é satisfazer o cliente, através da entrega adiantada e contínua de software de valor - o principal objetivo das equipes ágeis não é entregar um produto final, segundo determinados requisitos, mas entregar valor para o cliente. Ou seja, entregar uma solução que traga os melhores resultados;
· Aceitar mudanças de requisitos, mesmo no fim do desenvolvimento - Processos ágeis se adéquam a mudanças, para que o cliente possa tirar vantagens competitivas, aceitando alterações de requisitos mesmo no fim do desenvolvimento;
· Entregar software funcionando com freqüência, na escala de semanas até meses, com preferência aos períodos mais curtos - o projeto precisa ser flexível e ter como prioridade a satisfação do cliente. Na prática, ele deverá ser entregue por partes. Cada etapa estará sujeita a validação e, por consequência, o produto final terá maior valor para o cliente;
· Pessoas relacionadas a negócios e desenvolvedores devem trabalhar em conjunto e diariamente, durante todo o curso do projeto - essa colaboração é o que permite personalizar a solução e validá-la a cada sprint concluída;
· Construir projetos ao redor de indivíduos motivados. Dando a eles o ambiente e suporte necessário, e confiar que farão seu trabalho - é fundamental que a equipe do projeto esteja motivada a desempenhar seu papel e tenha um ambiente adequado para desenvolver suas atividades;
· O Método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para, e por dentro de um time de desenvolvimento, é através de uma conversa cara a cara - é preciso ter em mente que o manifesto não quis excluir todas as formas de comunicação, mas sim otimizá-las;
· Software funcional é a medida primária de progresso - a evolução de um projeto desenvolvido a partir de métodos ágeis é estimado pela entrega de um software funcional e não pela conclusão de atividades;
· Processos ágeis promovem um ambiente sustentável - os patrocinadores, desenvolvedores e usuários, devem ser capazes de manter indefinidamente, passos constantes. Deve-se construir o ambiente ideal para o desenvolvimento de projetos, com planejamento por iterações e envolvimento de todos os afetados pelo trabalho;
· Contínua atenção à excelência técnica e bom design, aumenta a agilidade - a revisão constante dos requisitos técnicos como também do design permitem a entrega de uma solução realmente alinhada aos objetivos de negócio do cliente, dispensando grandes mudanças no momento da entrega final;
· Simplicidade - consiste na arte de maximizar a quantidade de trabalho que não precisou ser feito.
· As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem de times auto organizáveis e 
· Em intervalos regulares, o time reflete em como ficar mais efetivo, então, se ajustam e aperfeiçoam seu comportamento de acordo - esse princípio consiste na revisão do trabalho realizada, onde a própria equipe avalia sua performance e descobre formas mais interessantes de trabalhar e agilizar todo o processo.
Metodologias de gerenciamento
	Além dos princípios e dos valores sugeridos por meio do Manifesto Ágil, existem diversas metodologias de gerenciamento e de desenvolvimento de software que expandiram desde o lançamento do mesmo. As mais conhecidas e de maior aceitação no Brasil hoje são Scrum e Extreme Programming porém temos também o Feature Driven Development (FDD),
Dynamic Systems Development Method(DSDM), Crystal, Lean, KanBan, entre outros.
Porém todos possuemcaracterísticas muito valiosas para o gerenciamento de projetos orientados a valor. Embora existam diferenças entre as metodologias, principalmente quanto sua natureza (algumas são mais voltadas para a engenharia de software enquanto outras são mais direcionadas para o gerenciamento de projetos, como é o caso de Extreme Programming e Scrum, respectivamente), todas propõem mudanças elementares na forma de se produzir software. O Manifesto Ágil surgiu como esteio para um novo paradigma na forma de se trabalhar. Não ignorando os métodos tradicionais, mas sim, agregando a estes, novos valores.
	Os métodos ágeis são definitivamente um ponto de mudança na chamada, pelos próprios proponentes, nova economia. Em 2005, The Agile Leadership Network (ALN) criou a Declaração de Interdependência para Gerenciamento de Projetos Ágeis. Para alcançar esses resultados, os seguintes procedimentos foram adotados:
· Aumento do retorno sobre o investimento, fazendo fluxo contínuo de valor o
nosso foco;
· Entrega dos resultados confiáveis por envolver os clientes em interações
freqüentes e compartilharmos a propriedade;
· Espera da incerteza e gerenciamento através de iterações, antecipações, e
adaptações.
· Liberdade de criatividade e inovação, reconhecimento de que os indivíduos são
a melhor fonte de valor, e criação um ambiente onde eles podem fazer a
diferença.
· Melhoramento o desempenho através de prestação de contas do grupo para
resultados e responsabilidade compartilhada para a eficácia do time.
· Melhorias da eficácia e confiabilidade por meio de estratégias específicas,
processos e práticas
	A partir do momento que uma organização decide adotar a metodologia ágil, ela precisa ter consciência da grande mudança cultural que isto irá implicar. É importante saber que implementar uma metodologia com sucesso, não será de um momento para outro, e deve ser algo aplicado em todos os níveis da organização. O objetivo principal é trazer os benefícios ágeis para a gestão de projetos e, até mesmo, para a administração da própria empresa, pois o mercado altamente volátil de hoje exige respostas rápidas
	
2º Capitulo
Métodos Ágeis no desenvolvimento
Métodos ágeis
	
	O foco principal dos métodos ágeis de desenvolvimento de software, segundo seus proponentes, é a simplicidade e a velocidade. A equipe de desenvolvimento ágil concentra-se na entrega rápida de funcionalidades realmente necessárias, coletando feedback e reagindo às mudanças tecnológicas e no negócio. Além disso, o feedback do cliente permite o aumento de sua satisfação, já que ele passa a ter uma melhor visão do andamento do projeto e do sistema em desenvolvimento.
	As características de métodos ágeis, bem como os valores e princípios que guiam o desenvolvimento nesses métodos. Também são apresentadas as práticas de desenvolvimento e condução de projetos, que são atividades que garantem a agilidade e principalmente a qualidade no processo de desenvolvimento e no produto resultante. Neste sentido, são discutidas a origem e a descrição geral sobre os valores e princípios comuns a todos os métodos ágeis. Os principais métodos ágeis são descritos e detalhados principalmente sob o ponto de vista do fluxo de atividades e práticas conduzidas durante o desenvolvimento de software. 
Como saber que o método é ágil
	A principal diferença das metodologias ágeis é a adaptabilidade, ao contrário de métodos tradicionais. Isso significa que, durante o processo de desenvolvimento, podem haver alterações no projeto e que estas alterações serão adaptadas de alguma forma, ao invés de serem postergadas para o fim do projeto.
	Quando são utilizados métodos tradicionais, é necessário um grande planejamento prévio, que é custoso e muitas vezes acaba perdendo o sentido, já que alterações são algo necessário durante o processo de desenvolvimento. Nas metodologias clássicas não existe espaço para adaptações ao longo do caminho, o que muda completamente na metodologia ágil.
	Outra vantagem das metodologias ágeis é o fato de elas trabalharem com o conceito de feedback constante. Isto permite que a qualidade do software aumente a cada ciclo, já que estão sempre havendo testes e comunicações com os stakeholders do projeto (partes envolvidas: clientes, colaboradores, gestores).
	Além disto, as metodologias ágeis ainda proporcionam rápidas entregas para o cliente final, diferente da metodologia tradicional onde o software só era entregue após estar 100% pronto. Com as metodologias ágeis a todo momento, pequenas entregas são realizadas, isso para manter o caráter da adaptabilidade. Em outras palavras, com isso o cliente consiga testar a aplicação, enxergar pontos positivos, pontos a melhorar. Enfim, adaptações ao projeto inicial.
Implantação de Métodos Ágeis nas empresas
	A implantação de Métodos Ágeis em ambientes corporativos tem como objetivo agilizar e simplificar processos existentes no ambiente organizacional de trabalho. É válido ressaltar que as metodologias tradicionais estão focadas em seguir o plano inicial, construir uma documentação detalhada, dar mais valor à ferramentas e aos processos, bem como à negociação de contratos. Por outro lado, os métodos ágeis buscam a adaptação rápida a mudanças, colaboração com o cliente, além de dar mais valor a indivíduos e interações, bem como ao progresso do produto ou serviço sendo desenvolvido. Diante desse cenário conflituoso, os métodos ágeis enfrentam diversas barreiras para penetrar em ambientes culturalmente tradicionalistas. Talvez seja esse o maior desafio, a mudança cultural.
	Em outras palavras, é preciso conhecer bem o ambiente que deverá sofrer mudanças e saber claramente quais são os objetivos dessa transformação cultural. A mudança exige desaprender valores, premissas e comportamentos antigos antes que se possa aprender os
novos. Os elementos mais importantes dessa mudança cultural são: apoio executivo e treinamento.
	É um grande problema enfrentado pelos métodos ágeis durante sua implantação. É difícil obter o apoio das altas instâncias da organização, porém é fundamental. Os executivos devem liderar a transformação pela mudança de seus próprios comportamentos e assim inspirar os demais colaboradores. O gerenciamento de equipes, também é visto como outra
imensa barreira. É o trabalho mais árduo e complexo de se realizar nesse processo. É de conhecimento geral que as pessoas representam uma grande fonte de problemas. Diante desse cenário, deve figurar o papel do líder agregador e conciliador que motiva e inspira seus liderados a formar equipes homogêneas e com um objetivo comum bem definido. (...)“Grandes líderes mudam de estilo para levantar a autoestima de suas equipes. Se as
pessoas acreditam nelas mesmas, é impressionante o que elas conseguem realizar.”(...) (Sam Walton).
	Interagir com outros departamentos da organização é outra tarefa complicada. Por isso, a mudança cultural da organização apoiada pela alta cúpula é fundamental. Criar uma linguagem e atitudes comuns que sejam compreendidas por todos facilita as interações entre indivíduos de naturezas diferentes. Isso ajuda a criar um clima de harmonia e cooperação em
prol de um objetivo comum traçado no planejamento estratégico da empresa.
Outro ponto fundamental é a interação com clientes, pois são eles quem mantêm a empresa viva. “Não é a empresa que define o mercado. É o cliente.” (Peter Drucker).
	Os clientes devem participar ativamente do processo de construção de produtos, serviços ou resultados, fornecendo feedback constante. Assim como no relacionamento com os funcionários internos, a relação deve ser de cooperação no sentido de produzir os resultados desejados. Evitar conflitos e buscar soluções conjuntas são pontos relevantes dessa relação. É válido ressaltar que esses são os principais (não únicos) problemas enfrentados
pelos métodos ágeis durante sua implantação. Sendo assim, cabe àqueles que pretendem aplicar esses métodos em seu ambiente de trabalho estar preparados para as diversas situações conflituosas que irão surgir durante esse processo transitórioe ser persistente e determinado. “Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.” (Roberto Shinyashik).
	A implementação da metodologia ágil ainda é “temida” por muitas organizações devido às inúmeras dúvidas relacionadas ao tema. No entanto, com o mercado pedindo respostas cada vez mais rápidas, a entrega do software precisa viabilizar a liberação de produtos funcionando cada vez mais rápido. De acordo com o livro escrito por Jeff Sutherland, “Scrum – a Arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo”, ele apresenta vários pontos fundamentais para implementar a metodologia ágil em uma organização. Na obra, ele aborda o método Scrum, que é um dos mais conhecidos atualmente, mas este também serve para outras metodologias ágeis.
Passo a passo da implementação do método ágil
1. Seleção de um Product Owner – Este é o responsável pela visão geral do que será desenvolvido e entregue no projeto. Ele que avaliará quais são os riscos e benefícios no desenvolvimento, e também o que motiva a equipe. Basicamente, o Product Owner é aquele que dirá o que precisa e o que não precisa ser feito no produto dentro da metodologia ágil.
2. Escolha da equipe – Sendo um passo fundamental para o software ser bem sucedido, é preciso avaliar com cuidado as necessidades daquele projeto. Ao fazê-lo, a organização deverá escolher as pessoas mais adequadas, cada um com sua habilidade, e neste ponto é necessário um bom Product Owner para definir o que será preciso. No livro de Sutherland, ele recomenda que, mesmo cada membro tendo uma função específica, é importante que todos tenham conhecimento sobre todos os pontos do projeto ágil. A equipe deve ser composta de até 9 membros, e eles atuarão com autogerenciamento.
3. Definição de um gestor – Assim como uma orquestra precisa de um maestro, uma equipe ágil precisa de alguém para gerenciá-la. Basicamente, o gestor vai orientar a equipe quanto as estruturas do processo, e ajudará a eliminar os desafios que atrapalham e ajudam no progresso. Este é o papel do Scrum Master.
4. Criar e priorizar um Product Backlog – O Backlog é uma lista de tudo que é necessário para realizar o projeto. Ou seja, a lista deve incluir o desenvolvimento do produto e é fundamental que este backlog seja bem estruturado. Com isso, é possível ganhar em produtividade e saber o que é mais importante a ser feito.
5. Elaborar estimativas do Product Backlog – A equipe do projeto precisa ter a competência para elaborar as estimativas de cada um dos itens da lista do backlog. A equipe precisa colocar o esforço necessário em cada um dos itens. Assim é possível determinar a produtividade e a velocidade na qual o projeto será desenvolvido. Não se deve estimar os itens em horas, mas sim em uma classificação relacionada ao tamanho.
6. Planejamento da Sprint – Após organização inicial do projeto, a equipe, o Scrum Master e o Product Owner se unem para planejar a Sprint, o ciclo que tem uma duração específica. Em geral, uma Sprint é definida entre duas a quatro semanas, e para cada uma é definido um backlog, que é o que deve ser feito dentro do tempo determinado da Sprint. A equipe olhará para as tarefas prioritárias no backlog e estimará o tempo necessário para realizar dentro da Sprint. Isso é conhecido como a velocidade da equipe e o Scrum Master deverá aumentar o número de pontos a cada Sprint.
7. Torne o trabalho visível – Utilizando a metodologia Kanban, ou Scrumban (que une o Scrum com o Kanban), é possível deixar “visível” todo o trabalho a ser feito. Ele é importante para deixar toda a equipe ciente do progresso, diminuindo a ansiedade da equipe e deixando o andamento do projeto transparente a todos.
8. Revisão diária – Dita por Sutherland como “Daily Scrum”, ele preconiza que todos os dias a equipe deve se reunir por um período de até quinze minutos para responder a três perguntas: o que foi feito ontem, o que será feito hoje, e se existe algum impedimento para a equipe concluir a Sprint. A reunião é necessária para toda a equipe saber em que ponto está a Sprint.
9. Demonstração do produto – É o momento em que a equipe apresenta o que conseguiu realizar durante a Sprint. A idéia é mostrar um produto que pode ser entregue ao cliente, mesmo que ele não esteja completo.
10. Retrospectiva da Sprint – Aqui é determinado o comportamento da sprint pelo o que aconteceu durante uma iteração, sendo fundamental para apresentar um feedback. Esse feedback ajuda no aprimoramento do processo e tem um efeito positivo na qualidade das entregas e no ambiente de trabalho.
	O desenvolvimento ágil é importante para reduzir os períodos de entrega. Ao dividir grandes atividades em diversas parcelas, ajuda-se a realizar entregas constantes e mais eficientes ao cliente. Desse modo, o próprio cliente fica mais integrado com todo o processo e identifica a melhoria do projeto antes de sua conclusão. Ou seja, o valor do produto aumenta e as chances do software ser mais bem sucedido são maiores.
· Aumento da velocidade de entrega de projetos - Um dos principais focos das metodologias ágeis é o aumento da capacidade de entregar produtos rapidamente. As rotinas são modificadas para que a resolução de demandas seja feita com mais automação e integração, o que contribui para ganhos significativos de produtividade.
· Redução de erros - Ao aumentar a integração e automatizar rotinas, os erros se tornam menos freqüentes. De um lado, os times poderão se comunicar mais e eliminar falhas causadas por problemas na troca de informações. Por outro, as soluções de TI executarão alguns processos automaticamente.
· Maior integração entre os times - A integração entre equipes afetará a rotina do negócio profundamente. Dúvidas e problemas serão solucionados rapidamente e, ao mesmo tempo, o planejamento de novas rotinas será executado em prazos menores.
· Mais flexibilidade operacional - Um dos pontos chaves de uma metodologia ágil é o ganho de capacidade de responder a demandas de clientes. Isso inclui os pedidos de alterações em projetos e, ao abandonar as maneiras tradicionais de gerir rotinas, as metodologias ágeis contribuem para que o negócio consiga ter um ambiente de trabalho com muito mais flexibilidade.
· Aplicação dos métodos ágeis além do setor de TI - A implementação de uma metodologia ágil envolve uma mudança completa na cultura do negócio. A área afetada trabalhará por meio de uma nova cultura com mais agilidade, integração e flexibilidade. À princípio, o primeiro passo é modificar as rotinas para seguir quatro valores, que são: utilização de ferramentas adequadas aos processos de trabalho; maior interação entre times e pessoas; colaboração constante com o cliente e capacidade de responder a mudanças sem que isso gere atrasos.
	Os métodos de gestão devem ser considerados como ferramentas valiosas para a empresa. É importante que o negócio saiba avaliar como cada metodologia será aplicada dentro do ambiente de trabalho e os seus possíveis impactos.
	Os times atuarão lado a lado para verificar a melhor forma de solucionar problemas e atender às demandas externas. Junto a isso, é necessário flexibilizar rotinas e otimizar o uso de ferramentas de tal forma que todos possam manter a rotina de trabalho com alto nível de produtividade mesmo quando mudanças ocorrerem. Assim, as metodologias ágeis serão uma forma de gerar mais competitividade e segurança para o negócio.
Tipos de metodologias ágeis
	1. Feature Driven Development: Normalmente abreviado como FDD, este tipo de metodologia ágil foi concebido entre 1997 e 1999 por Jeff De Luca, em Singapura. E se traduz literalmente como “Desenvolvimento guiado por funcionalidade”. As tarefas são decompostas em pequenas funcionalidades, pulverizando o trabalho. É composto de 5 princípios básicos:
· Desenvolver um Modelo Abrangente
· Construir uma Lista de Funcionalidades
· Planejar por Funcionalidade
· Detalhar por Funcionalidade
· Construir por Funcionalidade
	As vantagens desta forma de gestão ágil se originam principalmente do fato de cada featureser muito uma unidade mínima do projeto total. Isso faz com que cada tarefa, descrição, teste e alteração seja sempre minimalista, dando agilidade ao processo e gastando menos tempo e recursos humanos.
	2. eXtreme Programming: Também conhecida como XP, esta gestão ágil foi criada em 1997 para focar mais em práticas de engenharia. Por isso, é mais comum na área de desenvolvimento de software. Ela visa a otimizar a qualidade e resposta às solicitações dos clientes. Seus princípios incluem:
· Simplicidade: Remover funções consideradas desnecessárias
· Feedback: Contato frequente com cliente, testando o produto e recebendo sugestões
· Mudanças: Adaptações constantes no produto até atingir a etapa final.
	O método XP é ideal para situações onde o cliente não sabe com clareza o que deseja. 	Através do suporte constante de especialistas, consegue-se maior agilidade nas alterações do produto.
	3. Scrum: criado por Jeff Sutherland nos anos 80 como um processo de desenvolvimento interativo e incremental, este é um dos métodos mais populares de implementação do agile. Baseia-se na realização de “sprints” periódicos de resolução de pendências e em reuniões fixas. Normalmente os sprints têm 2 ou 4 semanas, e as reuniões são diárias (“daily”).
	Ele traz como característica principal o componente humano do processo de desenvolvimento. Entre suas vantagens, está a possibilidade de trabalhar com menor participação do cliente. Além disso, o Scrum mantém a equipe motivada e o resultado mais refinado por priorizar qualidade em vez de um prazo reduzido.
SCRUM
	Scrum é um método ágil empírico, iterativo com entregas incrementais.
Empírico porque apoia-se no empirismo que afirma que o conhecimento vem da
experiência e de tomada de decisões baseadas no que é conhecido. O Scrum
emprega uma abordagem iterativa e incremental para aperfeiçoar a
previsibilidade e o controle de riscos.
	Scrum é baseado em um artigo de 1986 escrito por Hirotaka Takeuchi e Ikujiro
Nonaka para a Harvard Business Review, o "The Game Development New
Product".
	Como o Scrum é baseado no empirismo, os seus pilares baseiam-se em:
· Transparência: Todo o processo deve estar visível a todos os envolvidos. Essa transparência deve ser refletida no ambiente, nas pessoas e nos processos.
· Inspeção: O processo em si deve ser inspecionado regularmente na busca por anomalias e/ou oportunidades de melhorias.
· Adaptação: Caso a inspeção detecte algum processo que precise ser ajustado ou melhorado, as adaptações deverão ser feitas o mais rápido possível. O quanto antes as
mudanças forem feitas, o novo processo proposto é testado e validado.
	No Scrum temos oportunidades constantes de verificar os 3 pilares
(Transparência, Inspeção e Adaptação), e essas oportunidades estão nos eventos
da Reunião de Planejamento, Scrum Diário, Reunião de Revisão do Sprint e
Reunião de Retrospectiva do Sprint.
	Scrum é um framework (incompleto) para suportar o desenvolvimento e
manutenção de projetos/produtos complexos. É incompleto, pois, na verdade,
ele simplesmente fornece uma estrutura para entrega, mas não diz como fazer
práticas específicas, deixando isso para a equipe determinar.
	A estrutura do Scrum é heurística; ela é baseada no aprendizado contínuo e na adaptação aos fatores variáveis. O Scrum reconhece que a equipe não sabe tudo no início de um projeto e que evoluirá de acordo com a experiência. Ele é estruturado para ajudar as equipes a se adaptarem naturalmente às mudanças e aos requisitos do usuário, com repriorização integrada no processo e ciclos curtos de liberação para que sua equipe aprenda e melhore constantemente.
	O projeto começa com uma visão clara oferecida pelo negócio, e um conjunto de
características do produto em ordem de importância. Esses recursos fazem parte
da carteira de produtos, que é mantida pelo cliente ou representante do cliente
referido como o Product Owner. Uma caixa de tempo comumente referida como
uma iteração ou Sprint é a quantidade de tempo que a equipe tem para concluir
as características selecionadas.
	Sprints têm geralmente de uma a quatro semanas de duração, e essa duração é
mantida durante toda a vida do projeto. O Product Owner (negociando com o
time) seleciona itens do Product Backlog que acredita que pode ser concluída no
Sprint, e cria um Sprint backlog composto pelos recursos e tarefas, como parte
da reunião de planejamento (planning meeting) do Sprint.
Artefatos do SCRUM
	
	O SCRUM possui três artefatos, um artefato é algo que produzimos, como uma ferramenta para resolver problemas. No Scrum, os três artefatos são um backlog do produto, um backlog do sprint e um incremento com a sua definição de "concluído". Eles são as três constantes em uma equipe do Scrum que continuam sendo revisitadas. O backlog do produto é a principal lista do trabalho que precisa ser feito e é mantida pelo proprietário do produto ou gerente de produtos. É uma lista dinâmica de recursos, requisitos, aprimoramentos e correções que atua como a entrada para o backlog do sprint. O backlog do produto é constantemente revisto, repriorizado e mantido pelo proprietário do produto porque, conforme o conhecimento é aprimorado ou o mercado muda, os itens podem não ser mais relevantes ou os problemas podem ser resolvidos de outras formas.
· O backlog do sprint é a lista de itens, histórias de usuários ou correções de bugs selecionada pela equipes de desenvolvimento para a implementação no ciclo atual de sprint. Antes de cada sprint, durante a reunião de planejamento de sprint, a equipe escolhe quais itens funcionarão para o sprint a partir do backlog do produto. Um backlog do sprint pode ser flexível e se desenvolver durante um sprint. No entanto, a meta fundamental do sprint, ou seja, o que a equipe deseja alcançar com o sprint atual, não pode ser comprometida.
· Incremento (ou meta de sprint) é o produto final utilizável, proveniente de um sprint. Normalmente é apresentado o "incremento" durante a demonstração de final de sprint, na qual a equipe exibe o que foi concluído no sprint. A palavra "incremento" costuma ser citada como a definição de "Concluído" dada pela equipe, como um marco, a meta de sprint. Por exemplo, algumas equipes optam por lançar algo para seus clientes no final de cada sprint. Dessa forma, para elas, a definição de "Concluído" pode ser "lançado". No entanto, essa definição pode não ser plausível para outros tipos de equipes. Supondo que seja feito um produto baseado em servidor que só pode ser lançado para seus clientes a cada trimestre, ainda pode optar por trabalhar em sprints de duas semanas, mas sua definição de "concluído" pode ser o acabamento de uma versão maior que pretende lançar junto. Todavia, quanto mais se demorar para lançar o software, maior o risco de ele errar o alvo.
Porque optar pelo SCRUM
	O Scrum em si é simples. As regras, os artefatos, os eventos e as funções são fáceis de entender. Na verdade, a abordagem semiprescritiva do Scrum ajuda a remover as ambigüidades no processo de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, fornece espaço suficiente para as empresas introduzirem suas próprias preferências.	
	A organização de tarefas complexas em histórias de usuários gerenciáveis o torna ideal para projetos difíceis. Além disso, a demarcação clara de funções e eventos planejados garantem a transparência e o domínio coletivo durante todo o ciclo de desenvolvimento. Os lançamentos rápidos mantêm a equipe motivada e os usuários satisfeitos, pois eles podem ver o progresso em um curto espaço de tempo. 
	No entanto, pode levar tempo para dominar o Scrum, principalmente se a equipe de desenvolvimento estiver acostumada com o modelo de cascata. Os conceitos de iterações menores, reuniões de Scrum diário e análises de podem ser uma mudança cultural desafiadora para uma nova equipe. No entanto, os benefícios a longo prazo superam muito a curva de aprendizado inicial. O sucesso do Scrum em desenvolver produtos de hardware e software complexos em diversos setores e verticais o transforma em uma estrutura atraente para ser implantadoem uma organização.
	Os benefícios a serem citados sobre a escolha do SCRUM são vários, uma vez que a cada Sprint, são revistos todos os processos utilizados, as falhas e os acertos, o que garante maior qualidade ao produto final. Caso seja necessário, é possível formar uma nova Sprint para melhorar um recurso ou funcionalidade. Podemos citar também o planejamento que acontece em fases, ou seja, não precisa ter todo o projeto formalizado no primeiro instante. A equipe planeja Sprint por Sprint, garantindo maior adesão aos objetivos do projeto e alinhamento com as necessidades do mercado. Além de maior agilidade, pois o Scrum é capaz de ganhar de 30 a 40% de tempo no desenvolvimento de projetos, ou seja, suas soluções prontas para uso em tempo recorde. E temos também a redução de custos, visto que com o planejamento iterativo e incremental, os recursos são usados com muito mais sabedoria, evitando desperdícios.
	Abaixo temos uma tabela onde são mostradas as principais mudanças em uma organização após a implantação no framework SCRUM. 
Quadro 2: Antes e depois a implantação do SCRUM
	Item
	Antes
	Depois
	Gerência do Projeto
	Cada time tinha um gerente. Ele tinha como responsabilidade o controle do projeto, o contato com o cliente e assumia seus riscos.
	O time se autogerencia. Todos os membros do time assumem os riscos do projeto e têm comprometimento com seu sucesso.
	Contato com o cliente
	Somente o gerente do projeto interagia com o cliente.
	Criou-se a figura do dono do produto, o qual tem grande interação com o cliente e conhece suas regras de negócio.
	Velocidade
	Não havia medição formal da velocidade do projeto. O único controle eram os prazos.
	A velocidade do projeto é medida e um gráfico de controle visual de toda a equipe é atualizado diariamente.
	Planejamento do projeto
	O projeto era inteiramente planejado em seu inicio em detalhes.
	O projeto é rapidamente planejado em seu inicio e são realizados replanejamento em cada Sprint.
	Funcionalidades
	As funcionalidades eram implementadas em uma ordem especifica.
	Os itens de maior prioridade são implementados antes, de modo que o retorno do investimento ocorra mais rapidamente e funcionalidades opcionais são implementadas se o tempo permitir.
	Lições aprendidas
	Não havia método formal para documentar as lições aprendidas.
	O time realiza reuniões de revisão para documentar as lições aprendidas.
	Riscos
	A gestão de riscos não era uma tarefa formal e ficava sempre a cargo do gerente do projeto.
	Existe o Backlog de impedimentos, que é uma ferramenta para o time conhecer e cobrar a mitigação de riscos.
	Entregas
	São definidas no início do projeto. Geralmente é feita apenas uma entrega, já com o produto final.
	As entregas são diversas durante todo o projeto, sempre com um produto com melhorias incrementais em relação ao anterior.
Considerações Finais
	Historicamente engenheiros de software só poderiam passar para a fase de projeto e implementação após passar por uma fase exaustiva e de licitação e especificação de requisitos. Pesquisadores desenvolveram então métodos, técnicas e ferramentas para apoiarem uma evolução mais flexível de processo e produto, focando na qualidade do produto, no custo e na eficiência do projeto. Nesse contexto, foram introduzidos modelos de processo evolucionário, como o modelo incremental e o modelo baseado em prototipação.
	Mais recentemente, a idéia desses modelos foi incorporada em métodos ágeis. A agilidade, para uma organização de desenvolvimento de software, é a habilidade de adotar e reagir rapidamente e apropriadamente a mudanças no seu ambiente e por exigências impostas pelos clientes. Portanto, a agilidade não trata apenas do tamanho ou da velocidade das mudanças, mas é, principalmente, um meio de atingir a flexibilidade no projeto de software.
	Portanto, vimos que nas pesquisas para conclusão deste artigo científico, que a metodologia ágil, visa melhorar a produtividade. Que o foco dela é na comunicação contínua com o cliente, na entrega constante e na equipe de desenvolvimento. Nota-se que muda um pouco o conceito tradicional, em que primeiro planejamos todo o produto, com uma análise
completa, requisitos funcionais e não funcionais de todo o produto, para depois iniciar o desenvolvimento, o que pode acarretar problemas, pois um requisito mal entendido só será notado quando o produto for entregue meses depois. Na metodologia ágil, planeja-se apenas o que será feito naquele incremento, com detalhes, de forma que possamos desenvolver e entregar ao cliente. Caso o requisito tenha sido mal interpretado, pode ser rapidamente
corrigido, pois o tempo do incremento é curso e a correção é rápida, diferente de quando o produto foi entregue completo, e que aparece muitos erros de requisitos, muitas coisas a serem corrigidas e melhoradas, levando tempo da equipe e a desmotivação. E as equipes ágeis são equipes pequenas, pois é mais fácil manter a equipe motivada, integrada e com boa comunicação.
	Contudo precisamos ter em mente que não existe uma solução mágica. Precisamos portanto reconhecer se Scrum é o método mais adequado para o projeto e para a organização, entendendo as situações onde ele melhor se aplica e tem os maiores benefícios ou seja, em projetos de inovação, com alto grau de mudanças, escopo não muito bem definidos ou que precisam de resultados no curto prazo. Logo o gerente de projeto tem que estar atento ao que é melhor para a empresa sob o ponto de vista de geração de valor – sendo “valor” aquilo que mais lhe trará benefício conforme sua natureza.
Referências
 
PRESSMAN, Roger S. Engenharia de Software: uma abordagem profissional. 7. Ed. São Paulo: Mc Graw Hill, Bookman, 2011.
 
Sommerville, Ian. Engenharia de Software, Person, São Paulo, 2010. BROD, Cesar. SCRUM Guia prático para projetos ágeis. Primeira Edição. Editora Novatec Ltda. 2013.
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<https://www.opservices.com.br/beneficios-das-metodologias-ageis/>, acesso em 10/03/2019 até 03/04/2019.
 
Os benefícios dos métodos ágeis para o departamento de TI. Disponível em:
<https://www.euax.com.br/2016/10/os-beneficios-dos-metodos-ageis-para-o-departamento-de-i/>,  acesso em 10/03/2019 até 03/04/2019.
 
Metodologia ágil e sua relevância para a gestão de TI da empresa. Disponível em: <https://blog.telium.com.br/metodologia-agil-e-sua-relevancia-para-a-gestao-de-ti-da-empresa/>, acesso em 10/03/2019 até 03/04/2019.
 
Quais as principais dificuldades de métodos ágeis e como resolvê-las? Disponível em:
<https://www.projectbuilder.com.br/blog/quais-as-principais-dificuldades-de-metodos-ageis-e-como-resolve-las/>, acesso em 10/03/2019 até 03/04/2019.
 
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Comparação entre Metodologias Ágeis e Tradicionais para o Desenvolvimento de Software. Disponível em: <www.dcc.ufla.br>, acesso em 10/03/2019 até 03/04/2019.
 
Como é a implantação de métodos ágeis na sua empresa? Disponível em: <https://www.infoq.com/br/news/2010/02/metodologia_agil_empresa>, acesso em 10/03/2019 até 03/04/2019.
 
Benefícios das Metodologias Ágeis. Disponível em:< https://gdsolutions.com.br/gestao-de-ti/quais-os-beneficios-das-metodologias-ageis-para-o-gerenciamento-de-ti/>, acesso em 10/07/2018 até 30/10/2018.
 
O mundo depende de software. Disponível em: <https://www.ibm.com/developerworks/
community/blogs/rationalbrasil/entry/mas_o_que_s_c3_a3o_essas_tais_de_metodologias__c3_a1geis?lang=en>, acesso em 10/07/2018 até 30/10/2018. 
 
Métodos Ágeis – Reduzir custos e aumentar entregas. Disponível em: <https://sitecampus.com.br/metodologias-ageis/>,  acesso em 10/07/2018 até 30/10/2018. 
 
http://introduceti.com.br/blog/descubra-o-que-sao-os-metodos-ageis-e-sua-aplicacao-alem-da-ti/https://www.grupomult.com.br/passos-para-implementar-o-agil/
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