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Caso João e Karen-informações gerais

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PARA LEITURA ANTES DA AULA DE 30/10/18
	João e Karen
	
João e Karen são amigos desde a escola primária e cresceram no mesmo bairro, onde ainda vivem seus pais. Quando cresceram, João entrou para ramo de varejo e Karen tornou-se uma dentista. 
Em 2012, João teve a oportunidade de deixar seu cargo em uma grande loja de varejo para abrir uma sociedade com Marcos. Eles planejavam abrir uma loja especializada em materiais de construção. Os contatos de Marcos com construtoras e empreiteiras e a experiência de negócio de João certamente fariam desse empreendimento um sucesso. João queria 50% de participação no negócio. Como não tinha capital suficiente para comprar esses 50%, ele foi ter com Karen e pediu-lhe para adiantar o restante que precisava. Karen ficou satisfeita em ajudar seu amigo e concordou em emprestar à João R$100.000,00. Karen comprou uma nota promissória em uma papelaria, João assinou-a, colocou o dinheiro no negócio e se tornou o sócio de Marcos.
O empréstimo deveria ser quitado em um período de cinco anos. João deveria pagar $1,000 por mês e o saldo final seria quitado de uma só vez no final deste prazo. Tudo correu razoavelmente bem no primeiro ano. No segundo ano, Karen parou de descontar os cheques quando os recebia. Ela guardava os cheques por dois ou três meses e depois os depositava de uma só vez. Por causa disso, algumas vezes o cheque era retornado por falta de fundos. Também às vezes Karen perdia um cheque e pedia a João para fazer outro. Um dos cheques perdidos por Karen e substituídos por João foi eventualmente encontrado e descontado. Após o ocorrido, João acreditava estar um mês em adiantado com seus pagamentos, uma vez que havia feito dois pagamentos em um único mês. 
No segundo mês do terceiro ano do empréstimo, Karen foi demitida da empresa de odontologia onde trabalhava. Foi algo que aconteceu muito repentinamente e Karen não estava financeiramente preparada para isso. Ela então decidiu abrir seu próprio consultório e evitar trabalhar para mais alguém. Karen entrou em contato com João para que ele tentasse levantar um empréstimo com seu banco para poder quitar sua dívida com ela. João tentou, mas a resposta foi a de que ele precisaria quitar algumas de suas outras dívidas com o banco antes de poder pedir um novo empréstimo. João ligou para Karen para lhe deixar a par do que o banco havia dito. 
De acordo com João, ele havia dito a Karen que se não tivesse que lhe pagar todos os meses ele poderia quitar suas outras dívidas em oito meses e então pedir um empréstimo e quitar toda a quantia que lhe devia. Karen supostamente lhe disse então para que interrompesse os pagamentos, quitasse suas outras dívidas, e ao final de oito meses pagasse a ela todo o empréstimo. Karen diz que não se lembra ter tido esta conversa com ele.
Depois de cinco meses sem fazer os pagamentos mensais, João recebeu uma carta de cobrança de uma advogada. A carta dizia que se João não pagasse o valor em atraso nos próximos 10 dias, uma ação judicial seria movida contra ele. Além disso, de acordo com João,a quantia da carta estava errada. Não estava sendo considerado o cheque supostamente perdido e depois achado e descontado. Ligou então para a advogada de cobrança, dizendo que Karen havia descontado o cheque substitutivo e mais tarde encontrado e descontado o cheque original. A advogada disse que iria confirmar se a quantia citada na carta estava correta e aconselhou Joãoa não se preocupar. Ele deveria pagar apenas o que acreditava ser a quantia correta para deixar os pagamentos em dia e ela retornaria assim que possível.
Uma semana depois de João efetuar os pagamentos das quantias em atraso ao escritório de cobrança da advogada, João recebeu uma notificação judicial. Aparentemente, a advogada com a qual João falou não trabalhava mais no escritório de advocacia, e o advogado que havia assumido o caso não tinha a mínima ideia de que a advogada anterior havia conversado com João. Como João não havia feito o pagamento da quantia devida, uma ação foi iniciada e João foi chamado para uma mediação.
A única prova por escrito é a nota promissória. Todas as outras evidências vêm de alegações de conversas e/ou acordos verbais. A nota promissória não possui aval.

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