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APOSTILA DE RECUPERAÇÃO E REABILITAÇÃO EM ENFERMAGEM CLÍNICA I - II = ENFERMAGEM (1)

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ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA ............................................................................................. 8 1. SISTEMA CARDIOVASCULAR .................................................................................................. 8 
1.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA ................................................................................................ 8 
I.C.C. – INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA ....................................................................... 9 
1- O QUE É: ............................................................................................................................ 9 2 – QUAIS SÃO AS CAUSAS: ..................................................................................................... 10 3 – QUANDO SUSPEITAR: ........................................................................................................ 10 4 – COMO CONFIRMAR: .......................................................................................................... 11 5 – FORMAS DE TRATAMENTO: .............................................................................................. 11 6 – ASSISTÊNCIAS DE ENFERMAGEM: ..................................................................................... 12 7 – TERMOS TÉCNICOS RELACIONADOS: ................................................................................ 12 H.A.S. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ................................................................................. 13 1 – O QUE É: ............................................................................................................................ 13 2 – QUAIS SÃO SUAS CAUSAS: ................................................................................................ 13 3 – QUANDO SUSPEITAR: ........................................................................................................ 14 4 – COMO CONFIRMAR: .......................................................................................................... 14 CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM ADULTOS E A RECOMENDAÇÃO DE SEGUIMENTO 15 O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS DE UMA MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL: ........................... 16 VALORES MÉDIOS DE PRESSÃO ARTERIAL .................................................................................. 17 5-TRATAMENTO ...................................................................................................................... 17 6- URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS .................................................................... 17 7-CUIDADOS DE ENFERMAGEM .............................................................................................. 18 8- TERMOS TÉCNICOS RELACIONADOS: .................................................................................. 18 ANGINA ....................................................................................................................................... 18 1-OQUE É? ............................................................................................................................... 18 2-OQUE CAUSA? ...................................................................................................................... 19 3-QUANDO SUSPEITAR? .......................................................................................................... 19 4-TIPOS DE ANGINA: ............................................................................................................... 19 5-COMO CONFIRMAR? ............................................................................................................ 20 6-TRATAMENTO ...................................................................................................................... 20 7-ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM........................................................................................... 21 8- TERMOS TÉCNICOS: ............................................................................................................ 21 IAM – INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO .................................................................................... 22 1 – O QUE É? ........................................................................................................................... 22 2 – O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 22 3 – QUANDO SUSPEITAR? ....................................................................................................... 23 4 - COMO CONFIRMAR? .......................................................................................................... 24 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 24 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ........................................................................................... 25 7 – TERMOS TÉCNICOS ................................................................................................................ 26 PCR – PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA ....................................................................................... 26 1 – O QUE É ............................................................................................................................. 26 2 – O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 27 3 – MODALIDADES .................................................................................................................. 27 4 – QUANDO SUSPEITAR ......................................................................................................... 29 5 – COMO CONFIRMAR ........................................................................................................... 29 6 – TRATAMENTO .................................................................................................................... 29 IMPORTANTE LEMBRAR .............................................................................................................. 30 7 – ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM ........................................................................................ 30 8 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 30 CAPITULO II ................................................................................................................................. 31 SISTEMA RESPIRATÓRIO .............................................................................................................. 31 ANATOMIA E FISIOLOGIA ........................................................................................................ 31 PNM – PNEUMONIA .................................................................................................................... 34 1 – O QUE É? ........................................................................................................................... 34 2 – O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 34 3 – QUANDO SUSPEITAR? ....................................................................................................... 35 4 – COMO CONFIRMAR? ......................................................................................................... 36 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 36 6 – CLASSIFICAÇÃO DA PNEUMONIA: ..................................................................................... 37 7 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 38 8 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 38 DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ................................................................39 1 – O QUE É ............................................................................................................................. 39 2- O QUE CAUSA ...................................................................................................................... 40 3 – QUANDO SUSPEITAR ......................................................................................................... 41 Bronquite crônica: ............................................................................................................... 41 
Enfisema .............................................................................................................................. 42 
4 – COMO CONFIRMAR ........................................................................................................... 42 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 43 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 45 7 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 46 ASMA ........................................................................................................................................... 46 1 – O QUE É ............................................................................................................................. 46 2 – O QUE CAUSA .................................................................................................................... 48 
Asma e exercício ...................................................................................................................... 49 
– CLASSIFICAÇÕES QUANTO A INTESIDADE ............................................................................ 50 4 – QUANDO SUSPEITAR? ....................................................................................................... 51 5 – COMO CONFIRMAR ........................................................................................................... 53 6 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 53 USO DE MEDICAMENTOS ............................................................................................................ 54 MANEJO DA ASMA ...................................................................................................................... 55 
Medindo o Pico do Fluxo Expiratório ...................................................................................... 55 
7 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 57 8 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 57 SINUSITE ...................................................................................................................................... 57 2 – O QUE CAUSA .................................................................................................................... 58 3 – QUANDO SUSPEITAR ......................................................................................................... 58 4 – COMO CONFIRMAR ........................................................................................................... 59 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 59 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 59 7 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 60 RINITE: ......................................................................................................................................... 60 1 – O QUE É ............................................................................................................................. 60 2 – O QUE CAUSA .................................................................................................................... 60 3 – QUANDO SUSPEITAR ......................................................................................................... 60 4 – QUANDO CONFIRMAR ....................................................................................................... 61 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 61 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 61 7 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 62 GRIPE A – H1N1 ........................................................................................................................... 62 1 – O QUE É? ........................................................................................................................... 62
 	 
 	 
 	 
 	 
 	 
2 
 
 	 
 	 
 	 
 	 
 	 
2 
 
2 	O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 62 3 	QUANDO SUSPEITAR? ....................................................................................................... 63 4 	COMO CONFIRMAR? ......................................................................................................... 63 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 64 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 64 7 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 65 SISTEMA DIGESTÓRIO ................................................................................................................. 65 ANATOMIA E FISIOLOGIA: ....................................................................................................... 65 GASTRITE ..................................................................................................................................... 66 1 – O QUE É? ........................................................................................................................... 66 2 – O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 66 3 – QUANDO SUSPEITAR? ....................................................................................................... 67 4 – COMO CONFIRMAR? ......................................................................................................... 68 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 68 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 69 7 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 69 ÚLCERA PÉPTICA .......................................................................................................................... 70 1 – O QUE É? ........................................................................................................................... 70 2 – O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 70 3 – COMO SUSPEITAR? ............................................................................................................ 71 4 – COMO CONFIRMAR? .........................................................................................................72 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 72 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 73 CIRROSE HEPÁTICA ...................................................................................................................... 73 1 – O QUE É? ........................................................................................................................... 73 2 – O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 74 3 – QUANDO SUSPEITAR? ....................................................................................................... 74 4 – COMO CONFIRMAR? ......................................................................................................... 76 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 77 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 77 7 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 78 SISTEMA RENAL ........................................................................................................................... 78 ANATOMIA E FISIOLOGIA ........................................................................................................ 78 
O Rim e a Excreção .............................................................................................................. 78 Ureteres ............................................................................................................................... 81 Bexiga .................................................................................................................................. 81 Uretra .................................................................................................................................. 82 A formação da urina ............................................................................................................ 82 
I.T.U. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO........................................................................................ 83 1 – O QUE É? ........................................................................................................................... 83 2 – O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 83 3 – QUANDO SUSPEITAR? ....................................................................................................... 84 4 – COMO CONFIRMAR? ......................................................................................................... 85 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 85 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 86 7 – TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 86 INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA – IRA ........................................................................................... 87 1 – O QUE É? ........................................................................................................................... 87 2 – O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 87 3 – QUANDO SUSPEITAR? ....................................................................................................... 88 4 – COMO CONFIRMAR? ......................................................................................................... 88
5 	TRATAMENTO: ................................................................................................................... 89 6 	ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 89 7 	TERMOS TÉCNICOS: ........................................................................................................... 89 INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA – IRC ........................................................................................ 90 1 – O QUE É? ........................................................................................................................... 90 2 – O QUE CAUSA? .................................................................................................................. 90 - QUANDO SUSPEITAR? ........................................................................................................... 91 3 – COMO CONFIRMAR? ......................................................................................................... 91 4 – TRATAMENTO: ................................................................................................................... 92 DIÁLISE ........................................................................................................................................ 94 RAZÕES PARA A DIÁLISE .............................................................................................................. 94 PROBLEMAS ................................................................................................................................ 95 DIÁLISE PERITONEAL ................................................................................................................... 99 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ..................................................................................... 103 7 – TERMOS TÉCNICOS: ......................................................................................................... 103 SISTEMA ENDÓCRINO ............................................................................................................... 103 ANATOMIA E FISIOLOGIA ...................................................................................................... 103 PÂNCREAS ................................................................................................................................. 105 DIABETES MELITUS .................................................................................................................... 105 1 – O QUE É? ......................................................................................................................... 105 2 – O QUE CAUSA? ................................................................................................................ 106 3 – QUANDO SUSPEITAR? ..................................................................................................... 107 4 – COMO CONFIRMAR? ....................................................................................................... 108 5 – TRATAMENTO: ................................................................................................................. 109 6 – ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM: ....................................................................................... 110 7 – TERMOS TÉCNICOS: ......................................................................................................... 110 SISTEMA NEURÓLOGICO OU NERVOSO .................................................................................... 111 
1.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA: ............................................................................................... 111 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO ............................................................................................... 115 MEDULA ................................................................................................................................ 115 IMPORTÂNCIA: ..........................................................................................................................116 
Nervos Cranianos: (12 pares) ................................................................................................ 116 
O CEREBELO ............................................................................................................................... 117 O TRONCO ENCEFÁLICO ............................................................................................................ 117 BULBO ....................................................................................................................................... 118 “A PONTE OU PROTUBERÂNCIA ................................................................................................ 119 CEFALÉIA .................................................................................................................................... 120 1 - O QUE É ENXAQUECA (DOR DE CABEÇA)? ....................................................................... 120 2 – O QUE CAUSA? ................................................................................................................ 120 ALIMENTOS E ENXAQUECA (DOR DE CABEÇA) ......................................................................... 121 AVALIAÇÃO DA ENXAQUECA (DOR DE CABEÇA) ....................................................................... 121 3 - TRATAMENTOS : ............................................................................................................... 122 
1)Para enxaqueca, dor de cabeça com causa na COLUNA ou HEMODINÂMICA: ............. 122 
2) Para enxaqueca, dor de cabeça de causa bioquímica e alimentar (como citado acima é 
de causa idiopática): .......................................................................................................... 122 
DICAS SOBRE ENXAQUECA E DOR DE CABEÇA (CEFALÉIA) ....................................................... 123 
1) A pimenta vermelha (Capsicum annum) para enxaqueca (dor de cabeça): ..................... 123 2) Hortelã (Mentha piperita) na enxaqueca (dor de cabeça): .............................................. 124 3) Gengibre (Zingiber officinale) para enxaqueca (dor de cabeça): ...................................... 124 Algumas das causas da cefaléia: ........................................................................................... 124 CONVULSÕES ............................................................................................................................. 125 1 	O QUE É? ......................................................................................................................... 125
2 	O QUE CAUSA? ................................................................................................................ 126 3 	QUANDO SUSPEITAR? ..................................................................................................... 127
Os Sintomas das Crises Convulsivas Variam de Acordo Com a Localização ...................... 127
Espasmos Infantis e Convulsões Febris ................................................................................. 128 Epilepsia ................................................................................................................................ 128 Sintomas ................................................................................................................................ 129 Diagnóstico ............................................................................................................................ 131 Tratamento............................................................................................................................ 132 Medicamentos Utilizados no Tratamento das Crises Convulsivas ........................................ 133 Atividade Cerebral Durante Uma Crise Convulsiva ............................................................... 135 AVE, Acidente vascular encefálico ........................................................................................ 136 O que é AVE? ......................................................................................................................... 136 AVC hemorrágico .................................................................................................................. 139 Ataque isquêmico transitório ................................................................................................ 141 -Tratamento .......................................................................................................................... 142 
TCE- TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO ......................................................................................... 142 
Manifestações Clínicas .......................................................................................................... 142 Diagnóstico ............................................................................................................................ 143 Tratamento............................................................................................................................ 143 Intervenções de Enfermagem ............................................................................................... 143 
 
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ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA 
1. SISTEMA CARDIOVASCULAR 
1.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA 
Sua principal função é o fornecimento constante de oxigênio e nutrientes e é composto por coração, veias e artérias. 
Coração – proporciona impulso ao fluxo sanguíneo 
Artérias – vasos sanguíneos de alta pressão que conduzem o sangue do coração para os tecidos são tubos cilindróides, elásticos, não possuem válvulas, conduzem o sangue oxigenado. Geralmente são profundas e possuem pequeno, médio e grande calibre. 
Veias – vasos sanguíneos que conduzem sangue dos tecidos para o coração. São tubos cilindróides, menos elásticos do que as artérias e transportam sangue rico em CO2. 
Algumas das funções do sangue: transporte de oxigênio e gás carbônico, distribuição de nutrientes absorvidos, manutenção da temperatura corpórea dentro dos limites. 
 
 
 
 
Circulação sanguínea - Em seu percurso pelo organismo, o sangue é impulsionado pelo coração, através das artérias, a todas as células do corpo, oxigenando os tecidos e recolhendo o gás carbônico. E é através das veias que este sangue, rico em gás carbônico e detritos, retorna ao coração, de onde é bombeado aos pulmões, que será novamente oxigenado pela respiração. 
 
 
Esquema da circulação sangüínea: 1-Coração; 2-Circulação cerebral; 3-Circulação pulmonar; 4-Circulação hepática; 5-Circulação gástrica; 6-Baço; 7-Circulação renal; 8Circulação intestinal; 9-Circulação nos membros inferiores 
I.C.C. – INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA 
1- O QUE É: 
É a incapacidade cardíaca de bombear sangue suficiente para suprir as necessidades de oxigênio e nutrientes dos tecidos e órgãos ou de fazê-lo utilizando pressões ou volumes anormalmente aumentados. 
A doença pode se instalar de forma aguda e súbita e o problema é que boa partes das pessoas com essa patologia não reconhecem que estão doentes e não procura o médico, portanto é necessário o diagnóstico precoce, para evitar a progressão da doença para estágios mais graves 
A incidência da insuficiência cardíaca na população aumenta muito com a idade de 1 para 1000 pacientes/ano antes dos 45 anos e 30 para 1000 depois dos 85 anos. 
2 – QUAIS SÃO AS CAUSAS: 
· IAM 
· Isquemia intermitente ou persistente 
· Choque 
· Hipertensão arterial crônica 
· Valvulopatia obstrutiva 
· Valvulopatia regurgitante 
· Distúrbio genético 
· Agentes tóxicos ou medicamentosos 
· Idiopatia 
· Taquicardia crônica 
· Gestação 
· Doença de chagas 
3 – QUANDO SUSPEITAR: 
O diagnóstico clínico geralmente é fácil, quando estão presentes os sinais e sintomas clássicos como dispnéia, taquicardia, intolerância a esforços, batimento de jugular, ingurgitamentos venosos, edema pulmonar e periférico e terceira bulha.Mas em alguns casos os sinais não são tão evidentes. 
A apresentação mais freqüente é a dispnéia e intolerância progressiva aos esforços que antes eram bem tolerados. A dispnéia que é a alteração mais importante é devida principalmente pela congestão e edema pulmonar. É freqüentemente precipitada por exercícios. Do ponto de vista prático consideram-se grandes esforços, subir morro, subir escadas, correr ou andar muito rápido, praticar esportes, carregar peso e trabalho com atividade física. São considerados médios esforços atividades usuais domésticas, fazer faxina, lavar roupas, cuidar de crianças, etc. e os mínimos esforços são cuidados pessoais básicos como tomar banho, trocar roupa, ir ao banheiro, alimentar-se, etc. 
Além de desconforto respiratório, esforço aumentado para respirar, tiragens, sensação incomoda, desagradável e angustiante falta de ar, uso da musculatura acessória, taquipnéia, ortopnéia, a congestão pulmonar pode ser manifestada por alterações no sono, tosse noturna, apnéia durante o sono. 
O edema freqüentemente tem um componente gravitacional, ou seja, será nos membros inferiores quando o paciente deambula e sacral quando o paciente é acamado. Um quadro de anasarca é comum em casos mais graves com também extremidades frias e cianóticas. 
A queixa de fadiga e irritabilidade é freqüente, podendo haver alteração da memória e da atenção. O paciente agudamente descompensado geralmente está inquieto, dispnéico, pálido e sudorético. 
4 – COMO CONFIRMAR: 
 O diagnóstico e a classificação da gravidade da doença são basicamente clínicos. A base do diagnóstico depende da presença de uma causa ou um fator agravante. 
· Ecocardiografia: é o exame isolado mais útil, pois permite determinar o local da lesão. 
· Raios-X de tórax: a cardiomegalia (coração maior que 0,50) ocorre em quase todos os casos e é um forte indicador da doença. 
· Hemograma: algumas doenças que causam a insuficiência produzem alterações no hemograma. 
· Eletrocardiograma: não apresenta alterações típicas da doença, mas identifica arritmias. 
· Teste de esforço: não é indicado, mas em alguns casos pode ser feito em esteiras ou bicicletas ergométricas. 
· Exames de acompanhamento e de controle: exames que periódicos fazem com que evitem maiores complicações. 
5 – FORMAS DE TRATAMENTO: 
	 	Algumas medidas profiláticas são universais, tais como: 
· Promover controle rigoroso das doenças associadas, sobre tudo hipertensão 
· Discutir com pacientes obesos sobre o peso ideal e sobrepesos também. 
· Parar de fumar 
· Tentar definir a causa básica e afastar o agente causador 
· Tratamento farmacológico (beta bloqueador, diurético, digitálico) 
· Repouso nas fases agudas 
· Restrição de sódio 
· Restrição hídrica 
· Oxigenoterapia quando necessário 
· UTI para casos mais graves 
 
6 – ASSISTÊNCIAS DE ENFERMAGEM: 
· Orientar a manter repouso físico e emocional 
· Posição semi-fowler par evitar a congestão 
· Avaliar constantemente sinais vitais, sinais de inconsciência e ausculta cardíaca 
· Observar aspecto da pele (fria/palidez) 
· Administrar terapêutica prescrita e avaliar eficácia da mesma 
· Observar sinais de dispnéia, insuficiência respiratória 
· Administrar O2 conforme prescrição 
· Monitorizar função respiratória ( FR, profundidade, facilidade) 
· Mudanças de decúbito 
· Proporcionar refeições fracionadas e em poucas quantidades 
· Controle hídrico 
7 – TERMOS TÉCNICOS RELACIONADOS: 
· IAM 
· Taquicardia 
· Dispnéia 
· Edema 
· Tiragens 
· Taquipnéia 
· Ortopnéia 
· Apnéia 
· Deambular 
· Cianose 
· Isquemia 
 
 
H.A.S. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
1 – O QUE É: 
A hipertensão arterial é uma doença definida pela persistência de níveis de pressão arterial acima de 135 mmHg de pressão sistólica e 85 mmHg de pressão diastólica. A hipertensão eleva em quatro vezes o risco de acidente vascular encefálico e de seis vezes a insuficiência cardíaca. 
É quase sempre assintomática, mas se deixar evoluir naturalmente, a doença desencadeia alterações em órgãos vitais, sobretudo o coração, cérebro, rins, olhos e vasos. 
2 – QUAIS SÃO SUAS CAUSAS: 
· Alimentação (sal/gorduras) 
· Obesidade / sobrepeso 
· Tabagismo 
· Alcoolismo, drogas 
· Idade avançada 
· Raça negra 
· Pobreza 
· IAM 
· ICC 
· AVE 
· Diabetes 
3 – QUANDO SUSPEITAR: 
Geralmente silenciosa, a maioria dos casos é identificado por medida de rotina, o que reforça a importância de avaliar a pressão arterial em todas as pessoas. Os sintomas normalmente associados com a hipertensão como cefaléia, hepistaxe, zumbidos, alterações visuais e palpitações. 
A presença das características que predispõe ou aumentam o risco de hipertensão (idade acima de 55 anos, histórico familiar, obesidade, sintura acima de 98 nos homens e 85 nas mulheres, etnia negra, indivíduos sedentários e estressados) reforçam ainda mais a necessidade de controles e medidas para detectar a doença precocemente. 
4 – COMO CONFIRMAR: 
O diagnóstico da hipertensão arterial é basicamente estabelecido pelo encontro dos níveis tensionais permanentemente elevados acima dos limites de normalidade, quando a pressão arterial é determinada por métodos e condições apropriadas. Portanto, a medida da pressão arterial é o elemento chave para o estabelecimento do diagnóstico da hipertensão arterial. 
Há três formas de aferir a pressão arterial: 
	 	Medida indireta da pressão arterial 
A medida da pressão arterial, pela sua importância, deve ser estimulada e realizada, em toda a avaliação de saúde, por médicos de todas as especialidades e demais profissionais da área da saúde. 
 O esfigmomanômetro é o aparelho ideal para essas medidas, entretanto ele deve ser periodicamente testado e calibrado. O paciente deve ficar sentado, em ambiente calmo com temperatura agradável e não deve estar com a bexiga cheia, nem ter praticado exercícios, nem ter ingerido bebidas alcoólicas ou café, ou ter fumado até 30 minutos antes das medidas. O paciente não deve falar durante o procedimento. Após o registro das medidas, o paciente deve ser informado sobre os valores de pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento. 
Em cada consulta, deverão ser realizadas no mínimo duas medidas, com intervalos de 1 a 2 minutos. As medições na primeira avaliação devem ser obtidas em ambos os membros superiores. As posições recomendadas na rotina para a medida de pressão arterial são sentadas e/ou deitada. De acordo com a situação clínica, recomenda-se que as medidas devam ser repetidas em pelo menos duas ou mais visitas. Nos indivíduos idosos, a pressão arterial também deve ser medida em pé (posição ortostática). 
	 	Medida ambulatorial da pressão arterial (MAPA) 
O MAPA é um método automático de medida indireta da pressão arterial durante 24 horas, enquanto o paciente realiza suas atividades rotineiras, inclusive durante o sono. 
É importante ressaltar que ainda não existe evidência de que esse método deva ser empregado na avaliação rotineira do paciente hipertenso, não substituindo, portanto, a avaliação clínica do paciente e a medida da pressão arterial de consultório. 
· Medida domiciliar e auto medida da pressão arterial. 
Os aparelhos eletrônicos devidamente validados e calibrados são os mais indicados para a medida da pressão arterial domiciliar. Os aparelhos de medida de pressão arterial no dedo não são recomendados. 
Esses procedimentos são úteis para: 
· Identificar a hipertensão do avental branco ( de consultório isolada); 
· Avaliar a eficácia da terapêutica anti-hipertensiva; 
· Reduzir custos. 
Apesar de ainda não existir consenso quanto aos valores de normalidade para a medida da pressão arterial domiciliar, considera-se valores normais até 135/85mmHg. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM ADULTOS E A RECOMENDAÇÃO DE SEGUIMENTO 
	PRESSÃO SISTÓLICA 
	PRESSÃO DIASTÓLICA 
	CLASSIFICAÇÃO 
	SEGUIMENTO 
	< 130 
	< 85 
	Normal 
	Reavaliar em 01 ano 
	130 a 139 
	85 a 89 
	Normal - limítrofe 
	Reavaliar em 06 meses 
	140 a 159 
	90 a 99 
	Hipertensão leve 
	Confirmar 	em 	02
meses 
	160 a 179 
	100 a 109 
	Hipertensãomoderada 
	Confirmar em 01 mês 
	> ou = 180 
	> ou = 110 
	Hipertensão grave 
	Imediato 
	> ou = 140 
	> 90 
	Hipertensão 
sistólica 
	Confirmar 	em 	02
meses 
 
O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS DE UMA MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL: 
Significam uma medida de pressão calibrada em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número, ou o de maior valor, é chamado de sistólico, e corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração. O segundo número, ou o de menor valor é chamado de diastólico, e corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado após uma contração. Não existe uma combinação precisa de medidas para se dizer qual é a pressão normal, mas em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal. Contudo, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica, e 90 mmHg para a diastólica, podem ser aceitas como normais. O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial. O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro, vulgarmente chamado de manguito, e para auscultar os batimentos, usase o estetoscópio. A técnica de verificação da pressão arterial não será fornecida aqui. 
Aconselhamos que você não tome como base as medidas decorrentes de verificações feitas por pessoas leigas. É melhor procurar sempre um serviço médico credenciado no qual você confie. 
 
 
 
VALORES MÉDIOS DE PRESSÃO ARTERIAL 
	IDADE EM ANOS 
	PRESSÃO ARTERIAL EM MMHG 
	4 
	85/60 
	6 
	95/62 
	10 
	100/65 
	12 
	108/67 
	16 
	118/75 
	Adulto 
	120/80 
	Idoso 
	140-160/90-100 
 
5-TRATAMENTO 
É um tratamento de convivência, isto é, diário e para sempre dependendo do grau. 
●Dieta saudável 
●Reduzir o sal = dieta hipossódica 
●Parar de fumar 
●Atividade física 
●Parar de beber 
●Farmacologia = tiazídicos, diuréticos de alça, ß-bloqueadores,bloqueadores de canal de cálcio, inibidores da ECA. 
6- URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS 
A diferença entre urgência e emergência está no objetivo terapêutico, pois na emergência hipertensiva o objetivo é baixar os níveis pressóricos em 25% em alguns minutos (Max 1 e 2 horas) enquanto na urgência a pressão pode ser reduzida lentamente, ao longo de 8 a 12 horas. 
7-CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
●Explicar bem ao cliente a importância da mudança no hábito de vida 
●Explicar a forma correta de usar os remédios 
●Verificar a PA pelo menos 2 x dia ou sempre que observar sinais evidentes de alta pressórica 
●Incentivar o auto-cuidado ao cliente. 
8- TERMOS TÉCNICOS RELACIONADOS: 
●Hipertensão 
●Hipotensão 
●Normotenso 
ANGINA 
1-OQUE É? 
Angina é dor ou desconforto no peito quando os músculos cardíacos não recebem sangue suficiente. Angina pode ser sentida como uma pressão ou aperto no peito. A dor também pode ocorrer nos ombros, braços, pescoço, mandíbula ou costas. Angina também pode ser sentida como uma indigestão. Angina é um sintoma de doença na artéria coronária, o tipo mais comum de doença cardíaca. A doença na artéria coronária acontece quando as placas acumulam-se nas artérias coronárias. Esse acúmulo de placas é chamado arteriosclerose. À medida que as placas se acumulam, as artérias coronárias ficam estreitas e duras. O fluxo sanguíneo para o coração é diminuído, reduzindo o suprimento de oxigênio para o músculo cardíaco. Nem toda dor ou desconforto é angina, porém sempre deve sempre ser checada por um médico. 
 
As artérias coronárias são artérias situadas na superfície do coração para alimentar o músculo cardíaco (miocárdio) 
2-OQUE CAUSA? 
Uso do tabaco, colesterol elevado, pressão alta, diabetes, obesidade, sedentarismo e do stress. 
À medida que a idade avança o risco vai sendo maior. Os homens são mais atingidos por esta doença que as mulheres. Os fatores hereditários são também importantes. 
3-QUANDO SUSPEITAR? 
Existência de dor precordial no centro do peito ou sub-esternal, irradiação para ombro e braço esquerdo, pode aparecer dor no queixo, mandíbula e pescoço, dor no epigástrio e/ou na região interescapular central, sentida como uma pressão, aperto, angústia, com duração de trinta minutos geralmente. Pode estar relacionada com exercício físico, ataque de raiva ou uma refeição pesada 
4-TIPOS DE ANGINA: 
· Angina estável. Esse é o tipo mais comum de angina. Ele ocorre quando o coração está trabalhando mais forte do que o usual. Na angina estável há um padrão regular, o qual depois de alguns episódios a pessoa pode reconhecer e prever quando ocorrerá. A dor da angina estável geralmente vai embora alguns minutos depois da pessoa repousar ou tomar medicamento. Angina estável aumenta a probabilidade de ataque cardíaco futuro. 
· Angina instável. Essa é uma condição muito perigosa que requer tratamento de emergência. É um sinal de que ataque cardíaco pode ocorrer logo. Diferente da angina estável, a instável não segue um padrão. Ela pode ocorrer sem esforço físico e não é aliviada com repouso ou medicamento. 
· Angina variante (Prinzmetal). Esse é um tipo raro de angina que geralmente ocorre quando a pessoa está repousando. A dor pode ser forte e geralmente ocorre entre a meia-noite e cedo de manhã. Angina variante é aliviada com medicamentos. 
5-COMO CONFIRMAR? 
●Eletrocardiograma 
●O melhor método para diagnosticar a doença coronária é a angiografia coronária. Esta técnica envolve a utilização de um tubo (cateter) inserido no corpo por uma artéria e através do qual é injectado um produto de contraste radiológico. Com uma câmara de raio X é feito um filme onde fica registado o fluxo sanguíneo e a exacta localização e a gravidade das obstruções nas artérias coronárias. Este procedimento é o cateterismo cardíaco e efectua-se num Laboratório de Hemodinâmica. 
●ECG de esforço 
●Raio- x do tórax 
●Exame clínico 
6-TRATAMENTO 
O tratamento da doença coronária divide-se em três tipos: 
Médico - utilização de medicação. Todo o doente coronário é medicado, podendo ser utilizados como único tratamento, mas também como complemento para as outras técnicas seguidamente apresentadas. Uso de ß-bloqueadores, nitratos,ácido acetil salicílico. 
Na hora da dor: nitroglicerina sublingual. 
· Angioplastia Coronária - intervenção - consiste na dilatação das estenoses (pequenos apertos nas artérias que impedem a normal circulação sanguínea), e colocação de uma malha metálica (stent) para manter a artéria aberta e restabelecer a normal circulação. 
· Cirurgia de Revascularização Coronária - método que visa utilizar artérias ou veias da própria pessoa e com elas fazer uma ponte (bypass) que leva o sangue às zonas situadas para além dos apertos do coração e assim restabelecer a normal circulação. 
7-ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
●Informar e educar sobre natureza da doença 
A primeira coisa que uma pessoa com angina deve fazer é realizar algumas alterações de estilo de vida, como: 
· Caso angina venha com esforço físico, diminuir o esforço ou fazer paradas de descanso. 
· Caso angina venha depois de refeição pesada, evitar refeições grandes que façam sentir-se cheio. 
· Caso angina apareça com o estresse, evitar situações estressantes ou perturbadoras e aprender técnicas para administrar o estresse que não pode ser evitado. 
· Caso seja fumante, parar de fumar. 
· Praticar exercícios físicos sob orientação médica. 
· Emagrecer caso esteja acima do peso. 
8- TERMOS TÉCNICOS: 
Dor epigástrica 
Dor precordial 
Dor subesternal 
Sedentarismo 
IAM – INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
1 – O QUE É? 
Um infarto do miocárdio, conhecido popularmente como ataque cardíaco, ocorre quando as artérias que suprem de sangue a parede do coração – as artérias coronárias – se entopem de repente, em geral por um pequeno trombo (coágulo sanguíneo). Estes coágulos sanguíneos normalmente se formam dentro das artérias coronárias já estreitadas pela arteriosclerose, um problema no qual placas de gordura ficam aderidas ao longo das paredes internas dos vasos sanguíneos. A partir do momento em que a região suprida por aquela artéria coronária deixa de receber sangue, as respectivas células(fibras musculares) entram em sofrimento e começam a morrer. Esta situação interfere com a capacidade do coração em bombear o sangue para os tecidos, em maior ou menor grau, de acordo com o tamanho e localização do infarto; ou ainda, compromete áreas que controlam as batidas do coração, causando arritmias (às vezes, fatais). Quase 25 por cento dos infartos levam à morte súbita, com a perda da vítima em questão de segundos ou minutos, sem que dê tempo de se obter socorro. 
 
Artérias coronárias e seus ramos (em vermelho). 
1. Artéria Coronária Direita 
2. Artéria Coronária Esquerda 
 
2 – O QUE CAUSA? 
 
· História familiar de doença coronariana, 
· Fumo, 
· Obesidade, 
· Pressão alta (hipertensão), 
· Diabetes Mellitus, 
· Sedentarismo (Inatividade física), 
· Níveis elevados de colesterol total no sangue (hipercolesterolemia, às vezes de caráter familiar), 
· Níveis baixos do HDL colesterol (colesterol “bom”). 
 
Embora a maioria dos ataques do coração seja causado pela arteriosclerose, há casos mais raros nos quais os ataques do coração resultam de outras doenças. Elas incluem: 
 
· Problemas congênitos (de nascença) das artérias coronárias, 
· Excesso de coagulação do sangue (hipercoagulabilidade), 
· Doenças Clínicas como a Artrite Reumatóide ou o Lúpus Eritematoso 
Sistêmico, 
· Abuso de drogas como a cocaína, 
· Espasmos das artérias coronárias, 
· Êmbolos – pequenos coágulos sanguíneos que se desprendem de outros locais - e migram em direção a uma artéria coronária. 
 
3 – QUANDO SUSPEITAR? 
 
· Dor no peito - É o sintoma mais comum de um infarto do coração. A dor é descrita como pontada, aperto, peso, facada ou queimação. 
· Irradiação da dor (esparrama) para os braços (principalmente o esquerdo), para o abdome, pescoço, queixo ou pescoço. 
· Sudorese fria, 
· Falta de ar, 
· Fraqueza ou perda do equilíbrio súbito, 
· Náuseas e vômitos, 
· Desmaios, 
· Taquicardia e palpitações,  Confusão mental, Agitação. 
4 - COMO CONFIRMAR? 
O cardiologista irá colher uma história rápida com o paciente ou seus familiares, incluindo o tempo de aparecimento da dor e os outros sintomas. O familiar pode ajudar com informações sobre nomes e dosagens de medicamentos atualmente em uso e outras doenças que o paciente tenha. 
 
O médico irá suspeitar de um ataque do coração baseando-se nos sintomas, na história clínica e nos fatores de risco para a doença coronariana. Para confirmar o diagnóstico ele fará: 
 
· Eletrocardiograma (o ECG): mostra o ritmo e freqüência do coração, incluindo as alterações típicas do infarto, 
· Exame físico detalhado, com atenção especial para seu coração e pressão sanguínea,  Exames de sangue com dosagem das enzimas cardíacas, que são liberadas no sangue quando o músculo do coração é lesado (CPK, CKmb, DHL, TGO e Troponina), 
· Ecocardiograma: mostra as condições do músculo e das válvulas do coração. 
 
5 – TRATAMENTO: 
 
O tratamento de um ataque de coração é feito numa unidade coronariana (UTI especializada em problemas do coração) e depende das condições do paciente - se o paciente está bem ou se tem risco imediato de morte. 
 
Primeiras medidas: Iniciados logo após a admissão na unidade coronariana. 
 
· Aspirina: Usada para ajudar a prevenir a formação de coágulos sanguíneos, 
· Oxigênio: Através de um cateter nasal ou máscara, 
· Medicamentos para a dor (Ex. derivados da morfina), 
· Beta-bloqueadores: Usados para reduzir a demanda de oxigênio pelo coração, 
· Nitratos (nitroglicerina): Usados para aumentar fluxo de sangue para o coração, 
· Inibidores da ECA (enzima de conversão da angiotensina): Estes medicamentos ajudam o coração a trabalhar de forma mais eficaz, principalmente abaixando a pressão sanguínea. Incluem o Captopril, o Enalapril, o Ramipril, o Perindopril, o Fosinopril, e o Lisinopril. 
· Inibidores dos receptores IIb/IIIa: São medicamentos que bloqueiam a ligadura entre as plaquetas pelo fibrinogênio, reduzindo a coagulação. Estes remédios incluem o Abciximab (ReoPro®) e o Tirofiban (Aggrastat®). 
 
Cateterismo Cardíaco: Tão logo se estabeleça o diagnóstico de infarto do miocárdio, o paciente é considerado candidato ao tratamento para reperfusão da coronária acometida. A reperfusão é melhor feita mecanicamente. O paciente é encaminhado ao setor de Hemodinâmica para fazer um cateterismo cardíaco. Um cateter é enfiado por um vaso sanguíneo grande em direção ao coração. Um contraste é injetado para localizar o bloqueio na artéria coronária. É aí que será feito o diagnóstico preciso da lesão e sua localização. 
 
Angioplastia Coronariana Percutânea: Depois de determinada a localização da lesão, uma angioplastia será feita na tentativa de desbloquear a artéria coronária. Nela, um cateter diferente, que tem um pequeno balão vazio na ponta, é enfiado através do bloqueio, e então o balão é insuflado para esmagar o coágulo e a placa. A maioria dos cateteres com balão também têm uma malha de arame, chamada “stent” na ponta. Depois que o balão é insuflado, o stent permanece em seu lugar para manter a artéria aberta. 
 Trombólise: A reperfusão também pode ser feita com remédios que dissolvem o coágulo, chamados agentes trombolíticos. Estes incluem o Ativador do Plasminogênio Tecidual (tPA®) e a Estreptoquinase. Estes medicamentos são freqüentemente usados quando não é possível fazer uma angioplastia imediata. 
 
6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: 
 
· Reduzir ansiedade do paciente e familiar 
· Explicar sobre a doença 
· Manter repouso absoluto do paciente no leito 
· Orientar o paciente a se auto avaliar 
· Proporcionar higiene e conforto 
· Auxiliar nas alimentações diárias. 
· Monitorizar SSVV a cada 20 minutos e ir diminuindo conforme evolução do paciente 
· MONAB 
 
7 – TERMOS TÉCNICOS 
 
· Taquicardia 
· Arteriosclerose 
· ECG 
· Sudorese  	Êmbolos 
 
 
PCR – PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA 
 
1 – O QUE É 
A parada cardiorespiratória é a interrupção da circulação sanguínea, decorrente da suspensão súbita e inesperada dos batimentos cardíacos. Depois de uma parada cardiorrespiratória a pessoa perde a consciência em cerca de 10 a 15 segundos devido a parada de circulação sanguínea cerebral. 
Se uma pessoa permanecer de 4 a 6 minutos sem oxigênio, as células cerebrais morrem rapidamente. A parada cardiorespiratória pode acontecer na presença de três ritmos cardíacos diferentes: Fibrilação Ventricular (caracterizada por um ritmo cardíaco rápido, irregular e ineficaz); Assistolia (ausência de ritmo cardíaco, interrupção da atividade elétrica do músculo cardíaco); Atividade Elétrica sem pulso (presença de atividade elétrica no músculo cardíaco, não há circulação sanguínea e os batimentos cardíacos são ineficazes. 
 
2 – O QUE CAUSA? 
· Cardiopatias 
· H.A.S. 
· D.M. 
· Anóxia 
· Antecedentes familiares de morte súbita 
· Pneumotórax hipertensivo 
· Choque 
· Obstrução de vias aéreas 
· Broncoespasmos 
· Reações anafiláticas 
· Acidentes automobilísticos  	Politraumas 
 
3 – MODALIDADES 
 
Assistolia - É a cessação de qualquer atividade elétrica ou mecânica dos ventrículos. No eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela ausência de qualquer atividade elétrica ventricular observada em, pelo menos, duas derivações (fig. 1). 
 
Fig. 1 - Assistolia ventricular; no início do traçado registrou-se um complexo QRS e onda T, seguido de linha isoelétrica. 
Fibrilação ventricular - É a contração incoordenada do miocárdio em conseqüência da atividade caótica de diferentes grupos de fibras miocárdicas, resultando na ineficiência total do coração em manter um rendimento de volume sangüíneo adequado. No ECG, ocorre a ausência de complexos ventriculares individualizados que são substituídos por ondas irregulares em ziguezague, com amplitude e duração variáveis (fig. 2). 
 
Fig. 2 - Fibrilação ventricular. A) ondas amplas e rápidas - fibrilação ventricular tipo "grosseiro"; B) ondas pequenas e lentas - fibrilação tipo "fino". 
Taquicardia ventricular sem pulso - É a sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares que podem levar à acentuadadeterioração hemodinâmica, chegando mesmo a ausência de pulso arterial palpável, quando, então, é considerada uma modalidade de parada cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da FV. O ECG caracteriza-se pela repetição de complexos QRS alargados não precedidos de ondas P e, se estas estiverem presentes, não guardam relação com os complexos ventriculares. Podem ocorrer capturas isoladas de alguns complexos QRS. Em geral os ciclos ventriculares têm sucessão a intervalos irregulares (fig. 3). 
Fig. 3 - Taquicardia ventricular. 
Atividade elétrica sem pulso - É caracterizada pela ausência de pulso detectável na presença de algum tipo de atividade elétrica, com exclusão de taquicardia ou FV. A atividade elétrica sem pulso incorpora a dissociação eletromecânica (DEM) e um grupo heterogêneo de ritmos que inclui: pseudo DEM, ritmo idioventricular, ritmo de escape ventricular, ritmo idioventricular pós desfibrilação e ritmos bradiassistólicos. Ao ECG, caracteriza-se pela presença de complexos QRS largos e bizarros que não produzem resposta de contração miocárdica eficiente e detectável (fig. 4). 
 
Fig. 4 - Dissociação eletromecânica ou ritmo agônico. Complexos QRS largos e bizarros. Ritmo idioventricular, sem contração mecânica ventricular correspondente 
4 – QUANDO SUSPEITAR 
· Incapacidade ou ausência respiratória; 
· midríase (dilatação das pupilas); 
· perda de consciência; 
· falta de pulso; 
· cianose (as extremidades dos dedos e dos lábios tornam-se roxas); - ausência de batimentos cardíacos. 
5 – COMO CONFIRMAR 
O diagnóstico da parada cardiorespiratória pode ser obtido através de ausência de movimentos respiratórios, inconsciência, cor arroxeada dos lábios e unhas, dilatação das pupilas, ausência de pulso e de respostas a estímulos dolorosos. Um eletro também pode auxiliar no diagnóstico. 
6 – TRATAMENTO 
 RCP 
O atendimento Rápido é fundamental para o sucesso terapêutico. 
A - B - C da VIDA 
A- Abertura de Vias aéreas 
B- B- Boa Respiração ( ver, ouvir e sentir) 
C- C- circulação 
Desfibrilador 
30 massagens para 2 respirações 
Drogas mais utilizada em PCR 
Adrenalina – Fundamental para o tratamento de PCR, independente do traçado do ECG. A dose utilizada é de 1mg a cada 5 minutos. 
Atropina- Medicamento parassimpático clássico, a dose é de 1mg a cada 5 minutos 
Lidocaína(Xilocaína) sem vaso constritor usado em Arritmias Ventriculares.A dose utilizada normalmente é de 10ml em bolus 
IMPORTANTE LEMBRAR 
Tempo é vida o cérebro humano suporta no Maximo de 3 a 5 minutos sem oxigênio. 
 Somente 03 Drogas comprovadamente podem ser feitas no TOT (Adrenalina, 
atropina e Xilocaína injetável) 
 Podemos usar a via intra-óssea para administração de drogas. 
Toda a Equipe de Saúde deve ser treinada em manobras de RCP. 
 
7 – ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM 
· Isolar a cama ou a maca do paciente com biombos. 
· Providenciar material, medicamentos e aparelhos necessários á ressuscitação cardio pulmonar; 
· Puncionar e fixar uma veia para administração e soluções e drogas prescritas; 
· Colaborar na dissecação de veia ou passagem de intracarth; 
· Fazer anotações no prontuário, tais como: hora da parada, atendimento prestado, resultado e óbito; 
· O auxiliar de enfermagem deve auxiliar ao médico em todos os procedimentos necessários. 
8 – TERMOS TÉCNICOS: 
· Assistolia 
· Anóxia 
· Pneumotórax 
· Broncoespasmos 
· Midríase 
· Cianose 
CAPITULO II 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
ANATOMIA E FISIOLOGIA 
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. 
 
Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. 
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe. 
Laringe: 	é 	um 	tubo sustentado por peças de 	cartilagem articuladas, situado na parte 	superior 	do pescoço, 	em continuação à faringe. 
O 	pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma 	das 	peças cartilaginosas 	da laringe. 
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de 	“lingüeta” 	de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos 	alimentamos, 	a laringe 	sobe 	e 	sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre 	nas 	vias respiratórias. 
O epitélio que reveste a laringe 	apresenta pregas, as cordas vocais, capazes 	de 	produzir sons 	durante 	a passagem de ar. 
 
 
 
 
 
 
 
Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento mucociliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. Pulmões
:
 
 
 
 
Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvida por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. 
 
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares. 
6 
 
6 
 
6 
 
	Diafragma: 	A 	base 	de 	cada 
 
pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que 	 separa o tórax do abdomen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos 	intercostais, 	os movimentos 	respiratórios. Localizado 	logo 	acima 	do estômago, 	o 	nervo 	frênico controla 	os 	movimentos 	do 	 diafragma 	(ver 	controle 	da respiração) . 
 
PNM – PNEUMONIA 
 
1 – O QUE É? 
 
Imagem: SÉRIE ATLAS VISUAL. 
O corpo Humano. Ed. Ática, 1997. 
A pneumonia é a inflamação dos pulmões, mas especificamente dos alvéolos, local onde ocorrem às trocas gasosas, devido à infecção causada por bactérias, vírus, fungos e outros agentes infecciosos ou por substâncias químicas. 
Na pneumonia os alvéolos se enchem de pus, muco e outros líquidos, o que impede o seu funcionamento adequado. O oxigênio pode não alcançar o sangue, e se existe oxigênio insuficiente no sangue, as células do corpo não funcionam adequadamente. Por esse motivo, e pelo risco da infecção se espalhar pelo corpo, a pneumonia pode ser fatal. 
2 – O QUE CAUSA? 
A pneumonia bacteriana é a mais freqüente, ocorrendo em aproximadamente 50% dos casos. A causa mais comum de pneumonia bacteriana em adultos é uma bactéria chamada Pneumococo. As bactérias estão presentes na cavidade oral de algumas pessoas normais. Quando as defesas do organismo enfraquecem, elas podem ser aspiradas para os pulmões e causar a pneumonia. 
As pneumonias virais podem ser causadas por muitos tipos diferentes de vírus, incluindo o vírus da gripe. Ocorrem mais comumente no outono e no inverno. As pneumonias virais podem ser complicadas por pneumonias bacterianas. As crianças com doença cardíacas ou pulmonares crônicas podem ter pneumonias graves pelovírus da gripe. 
Outros microorganismos causadores da pneumonia são o Mycoplasma (segunda causa mais freqüente de pneumonia), Chlamydia (relativamente freqüente), e Legionella (incomum, mas causa muitos casos de pneumonia grave). Esses agentes, assim como os vírus, podem ser contagiosos, acometendo várias pessoas que convivem em um mesmo ambiente. 
Pessoas com uma diminuição do sistema de defesa do organismo, como os portadores de HIV e pacientes com câncer em tratamento com quimioterapia, podem ter pneumonia por agentes infecciosos incomuns. O Pneumocystis carinii é um fungo que comumente causa pneumonia em pessoas com AIDS. 
3 – QUANDO SUSPEITAR? 
Em muitos casos a pneumonia ocorre depois de um resfriado ou gripe. Os sintomas podem se iniciar lentamente ou serem súbitos. 
Os principais sintomas são: 
· Febre e suor intenso 
· Calafrios e tremores ,Falta de apetite 
· Dor no peito que piora com a respiração, em crianças maiores 
· Tosse com catarro esverdeado, marrom, ou com raias de sangue. 
· Respiração ofegante, gemência e prostração 
· Aceleração do pulso 
Em casos graves, os lábios e cianose em extremidades, falta de oxigênio no sangue e pode haver confusão mental. Em crianças muito pequenas ou já com outras doenças de base, a pneumonia pode ocorre sem a presença dos sinais clássicos, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico. 
4 – COMO CONFIRMAR? 
O diagnóstico da pneumonia é baseado na história clínica e avaliação do exame físico do paciente. Durante a consulta, o médico faz uma ausculta do tórax/pulmões do doente com um estetoscópio, a fim de observar possíveis sons como roncos, chiados e outros ruídos que possam indicar a presença de pneumonia. 
Para auxiliar no diagnóstico, o médico geralmente pede uma radiografia de tórax (ou raios-X de tórax) para confirmar a presença da pneumonia, bem como sua localização e extensão. 
Pode ser necessária ainda a realização de exames de sangue para verificar aspectos relacionados à gravidade da infecção ou para melhor identificação do agente causador da pneumonia em questão. 
Vários outros exames podem ser necessários ainda a depender da gravidade da pneumonia bem como da existência prévia de outras doenças ou fatores de risco do indivíduo. 
5 – TRATAMENTO: 
O tratamento da pneumonia depende do tipo de microorganismo (germe) causador da inflamação e infecção dos pulmões, da gravidade dos sintomas, da presença de outras doenças associadas, local de contaminação (comunidade ou hospital) e grau de comprometimento dos pulmões. 
É importante lembrar que quanto mais rápido se fizer o diagnóstico e iniciar o tratamento, melhores serão as chances de cura. Além disso, o paciente deve seguir as orientações médicas e completar todo o tempo de tratamento previsto para o uso das medicações (antibióticos). Desse modo, evita-se uma recidiva da pneumonia ou uma resistência aos antibióticos utilizados. 
As pneumonias mais freqüentes são as bacterianas. Nestes casos é necessário o uso de antibióticos para combater a infecção. Após o início do tratamento, espera-se uma melhora dos sintomas dentro de 48 a 72 horas. Caso essa melhora não ocorra, ou haja piora dos sintomas, o paciente deverá retornar ao médico para reavaliação. 
Para as pneumonias virais, geralmente não existe tratamento específico. Em alguns casos são utilizados remédios antivirais. Mas na maioria das vezes, as recomendações de tratamento são relacionadas ao repouso, dieta adequada e a ingesta de líquidos para melhor recuperação. 
Para as pneumonias causadas por fungos, é necessário o uso de remédios antifúngicos. Já para as pneumonias causadas por parasitas ou outros tipos de microorganismos (germes), é necessário o uso de alguns tipos de antibióticos ou outras medicações. 
Em todos os casos, o paciente sempre deve seguir as recomendações e orientações médicas. Muitas vezes há a necessidade de retorno ambulatorial ou hospitalar para realização de exames (radiografia ou raios-X de tórax) de controle, mesmo que o paciente esteja se sentindo bem. 
Quem irá decidir se o tratamento poderá ser feito em casa ou se será feito dentro do hospital (com paciente internado) sempre será o médico. Em casos mais graves pode ser necessária uma internação em unidade de terapia intensiva (UTI). 
6 – CLASSIFICAÇÃO DA PNEUMONIA: 
· Pneumonia adquirida na comunidade: é a pneumonia adquirida no ambiente de convívio social, seja em casa, no trabalho, academias de ginástica, creches, escolas ou outros locais comunitários. 
· Pneumonia hospitalar: trata-se de uma pneumonia adquirida diante de uma internação hospitalar. Muitas vezes é uma doença mais grave do que a pneumonia adquirida na comunidade, já que os germes hospitalares são mais perigosos e resistentes aos antibióticos. Além disso, o paciente internado pode ter alguma doença que provoca queda da imunidade (ou defesa do organismo), facilitando a infecção e inflamação pulmonar por diversos motivos. 
· Pneumonia aspirativa: esse tipo de pneumonia ocorre quando algum material estranho é inalado ou aspirado para dentro dos pulmões. Ocorre mais freqüentemente quando alimentos presentes no estômago são aspirados para o pulmão após os vômitos. 
Esse tipo de pneumonia é mais observado em pacientes com lesão cerebral ou alcoólatras.  Pneumonia causada por microorganismos (germes) oportunistas: é uma pneumonia que afeta pessoas com baixa imunidade (ou baixa defesa do organismo). Germes que seriam inofensivos para pessoas saudáveis, tornam-se perigosos para indivíduos com baixa imunidade, como é o caso de pessoas portadoras da AIDS ou portadores de órgãos transplantados. 
· Pneumonia causada por germes emergentes: são germes muito virulentos, encontrados em grandes epidemias, que podem causas pneumonia até mesmo em pessoas muito saudáveis. Um exemplo é a pneumonia causada pelo vírus da gripe aviária na Ásia. 
 
7 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: 
· Estar alerta para alterações no estado clínico; 
· Verificar sinais vitais 
· Administração de medicamentos sendo rigoroso quanto a dose, horário; 
· Controle hídrico e eletrolítico 
· Pingar soro fisiológico nas narinas SOS; 
· Proporcionar um ambiente tranqüilo e organizado; - Transferir para isolamento se fizer necessário. 
 
8 – TERMOS TÉCNICOS: 
· Cianose de extremidades 
· Germes emergentes 
· Germes oportunistas 
· Inflamação 
· Infecção 
 
 
 
DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
 
1 – O QUE É 
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória previsível e tratável que se caracteriza pela dificuldade ao fluxo de ar em direção aos pulmões (vias aéreas), que não é totalmente reversível. A obstrução ao fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo cigarro. 
 
O processo inflamatório crônico pode produzir alterações dos brônquios (bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite obstrutiva) e da estrutura pulmonar – parênquima (enfisema pulmonar). 
 
As duas das formas mais comuns de DPOC são a Bronquite Crônica e o Enfisema Pulmonar que apesar dessas doenças estarem habitualmente presentes no mesmo paciente, podendo predominar os sintomas de uma ou outra, dificilmente encontradas na sua forma “pura”. 
 
Na bronquite crônica a passagem do ar (brônquios) está inflamada, com aumento da produção de muco pelas glândulas, causando tosse, catarro e mal estar ao longo de anos. 
 
No enfisema pulmonar, os alvéolos pulmonares são paulatinamente destruídos pelo cigarro e sua cicatriz leva a uma perda da elasticidade pulmonar dificultando a respiração. Aos poucos vão se formando grandes espaços aéreos decorrentes da destruição da árvore brônquica e alvéolos, reduzindo a capacidade de troca de ar normal (a troca de oxigênio por gás carbônico). Como resultado, a respiração torna-se cansada e ineficiente, levando a uma de falta de ar persistente (dispnéia). 
 
A prevalência da DPOC, segundo a ALAT – Associação Latino-Americana de Tórax, é de 6 a 15,8% da população com idade igual ou superiora 40 anos. Em 2004 foi a 5ª. maior causa de internação no sistema público de saúde no Brasil (196.698 internações) e com gasto aproximado de 72 milhões de reais. A taxa de mortalidade subiu de 7.88 em cada 100.000 habitantes na década de 80 para 19,04 em cada 100.000 habitantes na década de 90 (340% de aumento). Oscila entre a 4ª. e 7ª. causa de morte no Brasil. 
 
 
 
 
2 O QUE CAUSA 
O tabagismo é o fator de risco predominante da DPOC, representando 80%-90% do risco de se desenvolver a doença, mas apenas 15% de todos os fumadores desenvolvem DPOC suficientemente grave a ponto de causar sintomas. 
Em termos populacionais, a subida das taxas de tabagismo aumentou drasticamente os níveis de doença e de mortalidade associados à DPOC. 
Contudo, o tabagismo não é o único fator de risco. As populações expostas a poluição em recintos fechados, resultante do uso de fornos e de fogões a lenha e a carvão, correm um risco muito superior. A exposição profissional a uma variedade de poeiras 
atmosféricas também aumenta o risco de DPOC, o mesmo acontecendo com a poluição atmosférica. 
A hereditariedade constitui, igualmente, de um fator de risco de DPOC. Atualmente, a única doença genética claramente identificada que pode causar DPOC é a deficiência em alfa1-antitripsina (AAT). A AAT é uma enzima que, normalmente, impede a perda das fibras elásticas dos pulmões. As pessoas que sofrem de deficiência de AAT desenvolvem, geralmente, obstrução do fluxo de ar por volta dos 40 anos de idade. 
Embora a maioria dos estudos tenha registado uma maior prevalência de DPOC nos homens, acredita-se, atualmente, que com uma quantidade equivalente de consumo de tabaco, as mulheres correm, pelo menos, o mesmo risco de desenvolverem DPOC. 
Não existem dados suficientes para se quantificar quaisquer diferenças raciais quanto à susceptibilidade à DPOC, embora tenham sido observadas diferenças na sua freqüência entre regiões e grupos étnicos diferentes. 
3 – QUANDO SUSPEITAR 
Pessoas com DPOC têm geralmente sintomas de bronquite crônica e de enfisema pulmonar. 
 
Bronquite crônica: 
 
· Tosse com catarro matutina (é o sintoma mais encontrado): pode preceder a 
falta de ar ou aparecer simultaneamente. 
· Persistência e progressão da tosse ao longo do dia e não somente no inverno, 
mas ao longo do ano, com crescente produção de muco. 
· Falta de ar, 
· Cianose (uma cor azulada na pele - devida à falta de oxigênio) o 	Taquipnéia (respiração rápida), 
· Insuficiência cardíaca por sobrecarga do coração tentando vencer a resistência pulmonar causando dor torácica, inchaço (edema) nos tornozelos, pernas e às vezes do abdome (ascite). 
 
Enfisema 
 
· Falta de ar precoce relacionada aos pequenos esforços, 
· Progressão da falta de ar aos mínimos esforços, 
· Respiração rápida e curta (taquipnéia), 
· Tosse, 
· Dor torácica, 
· Aumento do diâmetro do tórax (torna-se distendido como um barril), 
· Cansaço constante,  Dificuldade para dormir e 
· Perda de peso. 
 
4 – COMO CONFIRMAR 
 
 O médico começará a investigação do problema por uma história bem detalhada, avaliando os fatores de risco e os sintomas atuais, seguidos do exame físico. 
Para confirmar o diagnóstico, o médico poderá solicitar uma Espirometria que medirá a severidade da obstrução da via aérea e o grau de insuflação pulmonar através da insuflação (sopro) em uma máquina. 
Além disso, fará exames de sangue que dá a contagem dos diferentes tipos de células do sangue (Hemograma completo) ou a quantidade de oxigênio e gás carbônico no sangue (Gasometria arterial). 
Uma avaliação radiológica do tórax ajudará a descartar uma pneumonia, um derrame pleural ou um tumor de pulmão, bem como mostrar o tamanho do coração. Se você tiver enfisema, Radiografias do tórax podem definir áreas onde o tecido pulmonar foi destruído. 
Uma pequena quantidade de muco é coletada e encaminhada para análise para detectar se há infecção respiratória (análise do escarro). 
Pode haver necessidade de um teste ergométrico com avaliação do consumo máximo de oxigênio. Neste exame o médico determina um nível de exercício seguro, com ou sem a necessidade de oxigênio extra enquanto o paciente caminha em uma esteira. 
O exame para detectar a deficiência de alpha1-antitripsina deve ser solicitado nas seguintes situações: 
 
· Enfisema pulmonar em pacientes abaixo dos 45 anos de idade, 
· Enfisema sem fator de risco conhecido, 
· Enfisema predominante em região da base do pulmão, 
· Doença hepática inexplicada, 
· Vasculite por anticorpo C-ANCA, 
· História familiar de enfisema, doença hepática, paniculite ou bronquiectasia. 
 
Através de uma avaliação psicológica pode-se determinar o quanto o paciente é motivado a dedicar-se ao programa de reabilitação pulmonar e o quanto a doença o incomoda, tornando-se um bloqueio às suas atividades e interferindo na qualidade de vida. Vários desses pacientes são depressivos. 
 
5 – TRATAMENTO: 
 
O tratamento da DPOC visa aliviar os sintomas e controlar as crises tendo em vista que a DPOC é irreversível e tende a ser progressiva. 
Embora parar de fumar seja muito efetivo durante as fases mais precoces da DPOC, também pode reduzir a velocidade de perda da função pulmonar nas fases mais avançadas. 
 
O tratamento da DPOC pode incluir: 
 
· Estratégias Durante os Exercícios e as Atividades Diárias: 
 
· Controlar a respiração (expirar durante a parte mais forte da atividade e usar a respiração labial e diafragmática), 
· Eliminar atividades desnecessárias (usar um roupão atoalhado após o banho ao invés de enxugar-se, deixar a louça secar após a lavagem, usar sapatos sem cordões, etc.), 
· Solicitar auxílio quando necessário (o grau de dependência pode ser máximo nas fases mais tardias), 
· Organizar o tempo (incluir períodos de repouso entre as atividades diárias; intercalar atividades fáceis e difíceis, etc.), 
· Andar devagar (a pressa só aumenta o desconforto respiratório), 
· Mudanças no local de trabalho (evitar a exposição à poeira, às substâncias químicas irritantes e à poluição do ar), 
· Evitar o contato com pessoas que fumam e com toxinas no ar (desodorantes, spray para cabelo, inseticidas, etc) em casa. 
 
- Medicamentos – Incluem os broncodilatadores (medicamentos que abrem as vias aéreas), administrados sob a forma de spray inalatórios ou em forma de comprimidos; antibióticos para tratar infecções respiratórias agudas (como a pneumonia bacteriana), e corticosteróides para reduzir a inflamação da via aérea. 
 
-Exercícios regulares para melhorar a força e aumentar a sensação de bem-estar, até mesmo se não melhorar diretamente a função pulmonar. 
 
-Fisioterapia respiratória é indicada nos pacientes com muita secreção (muco). A inalação deve ser feita uma ou mais vezes ao dia por 15 a 20 minutos, precedida de tapotagem (aplicação de tapas no tórax do paciente para fazer vibrar a secreção das vias aéreas periféricas e deslocá-la para as grandes vias aéreas). 
 
-Boa Nutrição – A dieta pode ajudar a manter a força e melhorar a resistência contra as infecções. A água pode ajudar a manter o muco menos espesso e facilitar sua eliminação. 
 
-Oxigenoterapia - Se o paciente não estiver conseguindo oxigenar o sangue efetivamente a Oxigenoterapia pode aumentar a sobrevida, reduzir o número de hospitalizações, aumentar a tolerância aos exercícios, ajudar a aliviar a insuficiência cardíaca, melhorar a função mental e o humor. 
 
-Transplantes pulmonares ou transplantes de coração-pulmão - Transplantes são considerados em casos selecionados de DPOC severa. 
 
 
6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: 
•Avaliar o grau de dispnéia e hipóxia; 
•Administrar os broncodilatadores; 
•Administrar os aerossóis; 
•Estimular a tosse; 
•Aumentar a oferta hídrica ao paciente; 
•Monitorizar e instalar a Oxigenoterapia; 
•Drenagem postural 
•Prevenir infecções; 
•Observar os aspectos das secreções; 
•Estimular a vacinação contra influenza e S. pneumoniae. 
•Treinar a respiração diafragmática; 
•Promover repouso boa alimentação; 
•Estimular as técnicas de conservação

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