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ANATOMIA DO APARELHO LOCOMOTOR - RESUMO

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6 
 
INTRODUÇÃO 
 
Neste trabalho será abordado sobre anatomia humana e os sistemas esqueléticos, 
articular e muscular. A anatomia humana utiliza o corpo como material de estudo, e a 
dissecção é uma forma de ampliar esses conhecimentos, é possível visualizar melhor as 
estruturas do organismo e estuda-las por regiões ou por sistemas. Considerando que o corpo 
pode se manter que diversas posições, para padronizar as observações anatômicas é adotada 
uma posição padrão, denominada posição anatômica, a partir dessa posição é possível dividir 
o corpo através de linhas imaginárias, delimitando o corpo em planos verticais, horizontais e 
laterais, chamados de planos de delimitação e em plano sagital mediano, frontal e transversal 
que são denominados de planos de secção, estes são utilizados como base para descrever a 
localização de estruturas ou a direção dos movimentos permitidos pelo sistema locomotor. 
Um adulto tem aproximadamente 206 ossos e a junção destes forma o sistema esquelético, 
porém o esqueleto não se resume apenas a reunião de ossos, são elementos numerosos e 
resistentes que possuem diversas funções como proteção, sustentação, armazenamento, entre 
outros. Os ossos são compostos de substâncias orgânicas e inorgânicas e possuem 
vascularização e inervação e são classificados quanto a sua forma. Os ossos para conseguirem 
formar o esqueleto axial e apendicular precisam-se conectar uns aos outros através das 
articulações. 
O sistema articular são estruturas que fazem a união de dois ou mais os ossos e 
permitem a mobilidade, algumas articulações permitem grande mobilidade, outras são mais 
rígidas, levando em consideração o tipo de tecido. O sistema articular faz parte do aparelho 
locomotor, assim como os músculos. 
Os músculos são a parte ativa do sistema locomotor, ou seja, fazem a movimentação 
do corpo com o auxílio do sistema esquelético e articular, também possibilita a estabilização 
do corpo e podem auxiliar na circulação dos fluidos, no armazenamento de glicose e 
aquecimento do corpo. Há três tipos de músculos, o musculo estriado cardíaco, musculo liso 
e o musculo estriado esquelético. 
O sistema esquelético, junto ao articular e muscular são os assuntos tratados neste 
trabalho, acrescidos dos desenhos anatômicos das estruturas desses sistemas para melhor 
entendimento do sistema locomotor. 
 
7 
 
1. ANATOMIA - CONCEITOS BASICOS 
Anatomia refere-se ao estudo das estruturas de um organismo e as relações entre essas 
estruturas. 
Segundo Spence (1991, p. 3) “O termo anatomia é derivado de palavras gregas que 
significam “através de” e “cortar”. Como sua origem indica, a anatomia está largamente 
baseada na dissecção do corpo”. 
Na anatomia humana a dissecção é uma forma de estudar corpo através de cortes para 
melhor visualizar as estruturas do organismo ou por suas divisões de sistemas, sendo assim, é 
possível estudar estruturas de uma região simultaneamente como, por exemplo cabeça, 
pescoço, chamada de anatomia regional ou estudar por sistemas de órgãos, como, por 
exemplo sistema respiratório, chamado de anatomia sistêmica. 
Muitas vezes a estrutura está relacionada a sua função, por isso a anatomia está 
diretamente ligada a fisiologia. A Fisiologia por sua vez explica como o corpo e suas partes 
trabalham, sendo assim, a identificação da localização, dos nomes e características de uma 
estrutura é estudado em paralelo com sua função, para tornar o estudo da anatomia mais 
significativo. 
 
1.1 Variação anatômica 
Uma vez que anatomia humana utiliza o corpo como material de estudo, é possível 
observar de forma rápida em um agrupamento de pessoas as diferenças morfológicas entre 
elas, essas diferenças são denominadas de variações anatômicas, que podem ser observadas 
externamente ou internamente, sem que isso traga prejuízo funcional ao indivíduo, pode ser 
diferenças como idade, sexo, raça, biótipo e evolução, exemplificando considere duas 
pessoas, uma com olhos azuis e outra com olhos pretos, ambas enxergam normalmente, ou 
seja, essa diferença na cor dos olhos comparando ambas é uma variação anatômica e a função 
(enxergar) não é prejudicada. 
 
1.2 Conceitos de normal, anomalia e monstruosidade 
As descrições anatômicas obedecem um padrão que não considera variações 
anatômicas, esse padrão, considerado o normal, corresponde aquilo que ocorre mais vezes, ao 
que é mais frequente estatisticamente. 
Nas variações anatômicas não há prejuízo da função, porém nos casos em que as 
variações morfológicas acarretam prejuízo funcional e são compatíveis com a vida, 
8 
 
denomina-se anomalia, por exemplo, o indivíduo pode nascer com um dedo a menos na mão 
direita, com isso terá um prejuízo em executar atividades com essa mão, mas conseguirá viver 
com essa anomalia. Caso uma variação morfológica seja tão severa, ao ponto de deformar de 
forma profunda o corpo do indivíduo, em geral incompatível com a vida, é denominado 
monstruosidade, por exemplo, gêmeos siameses (Duas pessoas nascem conectadas 
fisicamente um ao outro). 
 
2. POSIÇÃO ANATÔMICA 
Segundo Dangelo e Fattini (2011, p. 22) “Para evitar o uso de termos diferentes nas 
deserções anatômicas, considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma 
posição padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica) ”. 
Para estudo da anatomia as estruturas são consideradas em uma posição padronizada, 
na qual o indivíduo está em pé, com a face voltada para frente, o olhar dirigido ao horizonte, 
membros superiores estendidos, próximo ao tronco e com as palmas voltadas para frente, 
membros inferiores unidos, com as pontas dos pés para frente, representado na Figura 1: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Posição Anatômica (Dangelo e Fattini, 2011, p.22) 
 
 
9 
 
3. PLANOS DE DELIMITAÇÕES E SECÇÃO DO CORPO HUMANO 
É comum no estudo da anatomia humana delimitar através de linhas imaginárias o 
corpo humano, essas linhas separam o corpo na posição anatômica em planos, nomeados de 
planos de delimitações (Figura 2) e secção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Plano de delimitação (Dangelo e Fattini, 2011, p.22) 
 
Os planos de delimitação dividem o corpo das seguintes maneiras: 
a) Dois planos verticais – plano ventral ou anterior, que corresponde a parte fontral do tronco 
e plano dorsal ou posterior, que corresponde a parte posterior do tronco. 
b) Dois planos horizontais - plano cranial ou superior, que corresponde a parte superior do 
corpo (cabeça) e plano podálico ou inferior, corresponde a planta dos pés. 
c) Dois planos laterais - direito e esquerdo 
 
É possível traças planos de secção (Figuras 3 – 5), que dividem o corpo das seguintes 
maneiras: 
a) Plano sagital mediano, que divide o corpo em metade direita e esquerda, corresponde a um 
“corte” na linha medial do corpo (Figura 3) 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Plano mediano, que divide o corpo em metades. (Dangelo e Fattini, 2011, p.23) 
 
b) Plano frontal, que divide o corpo em partes anterior e posterior, corresponde a um “corte” 
na linha lateral do corpo (Figura 4) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4– Plano de secção frontal (Dangelo e Fattini, 2011, p.24) 
 
b) Plano transversal, que divide o corpo em partes superior e inferior, corresponde a um 
“corte” na região média do corpo (Figura 5) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Plano de secção transversal (Dangelo e Fattini, 2011, p.24) 
11 
 
Os planos anatômicos imaginários são utilizados como base para descrever a 
localização de estruturas ou a direção dos movimentos permitidos pelos sistemas esquelético, 
articular e muscular. 
 
4. SISTEMA ESQUELÉTICO 
Um humano adulto possui cerca de 206 ossos, e a junção destes forma o sistema 
esquelético, porém o esqueleto não se resume apenas a reunião de ossos, são elementos 
numerosos e resistentes que possuem diversas funções como proteção,sustentação, 
armazenamento, etc. 
O sistema esquelético, junto ao articular e muscular, formam o aparelho locomotor 
possibilitando o movimento do corpo. 
 
4.1 Constituição dos ossos, vascularização e enervação 
Os ossos são constituídos por substancias orgânicas (35%), sendo a maior parte 
colágeno, por substancias inorgânicas (65%) onde o fosfato e o cálcio aparecem em maior 
quantidade e por células que permitem a regeneração dos ossos quando necessário. 
Internamente pode-se observar que o osso é formado por dois tipos de substância, uma 
compacta e outra esponjosa. Esses dois tipos de ossos são formados pelos mesmos elementos, 
o que os difere é a forma como se apresentam fisicamente. 
A substância óssea compacta é mais rígida e resistente, pois as lamínulas de tecido 
ósseo ficam bem próximas umas das outras, evitando que haja espaço livre, por isso essa 
substância é encontrada na camada externa do osso. 
Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas permitem a formação de trabéculas 
ósseas, são lacunas entre as lamínulas que são preenchidas pela medula óssea vermelha. Essa 
substância também tem função de dissipar o impacto recebido no osso. 
Os ossos ainda possuem dois tipos de revestimentos, o periósteo, que reveste o osso 
externamente e o endósteo que é encontrado na parte mais interna do osso e reveste a o canal 
medular presente nos ossos longos. 
A medula óssea vermelha é responsável pelo processo de hematopoiese na produção 
de células sanguíneas. Já a medula óssea amarela tem a função de armazenar triglicerídeos, 
que são as principais gorduras do organismo e são utilizadas como reserva energética. 
12 
 
Devido a sua função hematopoética os ossos são altamente vascularizados para que 
sejam nutridos. As artérias penetram o osso através do periósteo e distribuem-se pela medula. 
Os nervos acompanham as artérias. 
 
4.2 Ossificação e crescimento 
Um humano adulto possui 206 ossos, porém esse número pode variar devido a fatores 
etários e também fatores individuais. 
Conforme a idade avança o número de ossos passa a diminuir, pois o recém-nascido 
possui muitos ossos que se unem durante o desenvolvimento passando a ser um único osso, 
como é o caso do osso do quadril, que no feto são trem partes separadas, o ísquio, púbis e ílio. 
Em indivíduos idosos a tendência é que alguns ossos se fundam principalmente no crânio. 
Existem dois tipos de ossificação, a ossificação intermenbranosa, trata-se da 
ossificação das ‘moleiras’ ou fontículos, como ocorre nos ossos parietais, frontal, nasal, etc. O 
outro tipo é a ossificação endocondral, que consiste na substituição de cartilagem por ossos, a 
maioria dos ossos do corpo é formado dessa forma. 
 
4.3 Classificações dos ossos 
Os ossos podem ser classificados de acordo com a forma: 
• Ossos planos: possuem comprimento e largura maior que a espessura. 
• Ossos longos: o comprimento é maior que a largura e espessura e é dividido em epífise 
(extremidades), diáfise (corpo) e metáfise (localizado entre a epífise e diáfise, é a zona 
de crescimento do osso). 
• Ossos curtos: possui as três dimensões equivalentes. 
• Ossos irregulares: formas e dimensões variadas, um exemplo são as vertebras. 
• Ossos pneumáticos: apresentam cavidades que contem ar, como o maxilar. 
 
4.4 Divisão do esqueleto 
O esqueleto pode ser divido em axial e apendicular, o esqueleto axial corresponde aos 
ossos do eixo do corpo, composto por três partes: a cabeça, a caixa torácica e a coluna 
13 
 
vertebral, caracterizado por sustentar o corpo. Já o esqueleto apendicular corresponde aos 
membros superiores e inferiores e seus respectivos cíngulos (ossos que conectam a esqueleto 
apendicular ao axial). 
Os ossos para conseguirem formar o esqueleto e cumprir com o objetivo de proteger, 
sustentar e movimentar, precisam se conectar uns aos outros através das articulações. 
 
5. SISTEMA ARTICULAR 
Para que haja a união entre os ossos é necessário a presença das articulações, elas 
permitem também a mobilidade e por isso o sistema articular faz parte do aparelho locomotor. 
Algumas articulações permitem grande mobilidade, outras são mais rígidas, levando em 
consideração o tipo de tecido as articulações podem ser divididas em três tipos, as articulações 
sinoviais, fibrosas e cartilagíneas. 
As articulações fibrosas são formadas por um tecido fibroso rígido que não permite 
movimentos, a grande maioria delas são encontradas no crânio. Existem dois tipos de 
articulações fibrosas, as sindesmoses formam ligamentos interósseos ou membranas 
interósseas, como por exemplo a sindesmose tibiofibular, e as suturas que são encontradas nos 
ossos do crânio. 
As articulações cartilagíneas são formadas por tecido cartilaginoso e permitem pouco 
movimento. Elas podem ser formadas por fibrocartilagem e por cartilagem hialina. Esse tipo 
de articulação pode ser dividido em sincondrose e sínfise, um exemplo de sincondrose é a 
lamina epifisal que permite o crescimento do osso, já as sínfises são articulações resistentes 
formadas por fibrocartilagem e que permitem leve movimentação, exemplos desse tipo são os 
discos intervertebrais e a sínfise púbica. 
Por fim, as articulações sinoviais possuem como maior característica a presença de 
cavidade articular que contem liquido sinovial e permitem movimentos de grande amplitude. 
Essas articulações possuem elementos essenciais: a capsula articular que possui uma 
membra externa, chamada membrana fibrosa, e uma interna chamada de membrana sinovial; 
dentro da capsula encontramos o líquido sinovial e a cartilagem articular que protege as 
extremidades dos ossos evitando o atrito direto e observamos a presença de ligamentos 
articulares, também possui elementos acessórios, não obrigatórios, que são: os ligamentos 
intracapsulares, como os ligamentos cruzados anterior e posterior; ligamentos extracapsulares, 
como o ligamento colateral tibial; meniscos e discos. 
 
14 
 
5.1 Classificação das articulações 
As articulações sinoviais podem ser classificadas de diversas formas: 
Classificação quando a morfologia: 
• planas, que permitem o deslizamento entre as superfícies; 
• trocoides, permitem os movimentos de supinação e pronação; 
• gínglimo, permitem a flexão e extensão; 
• condilar/elipsoide, permitem os movimentos de flexão, extensão, abdução e pronação; 
• selar, permite as ações de extensão, flexão, abdução, adução e rotação 
• esferóide, possibilitam movimentos nos três eixos. 
 
Classificação quanto ao grau e eixo: 
• não axial, articulações que deslizam umas sobre as outras; 
• uniaxial, permitem movimentos em um eixo, que é o caso das articulações trocoide e 
gínglimo; 
• biaxial, faz movimentos em dois eixos, como visto nas articulações condilar e selar; 
• triaxial, são as articulações esferoides, que fazem movimentos em três eixos. 
• 
6. SISTEMA MUSCULAR 
Os músculos são a parte ativa do sistema locomotor, ou seja, fazem a movimentação 
do corpo com o auxílio do sistema esquelético e articular, também possibilita a estabilização 
do corpo e podem auxiliar na circulação dos fluidos, no armazenamento de glicose e 
aquecimento do corpo. 
Os músculos são formados por células especializadas principalmente na contração e 
relaxamento, essas células possuem um formato alongado e por isso são chamadas de fibras. 
Essas fibras são revestidas pelo envoltório muscular, que são tecidos conjuntivos fibrosos e 
dividem-se em: epimísio, reveste o musculo externamente; o perimísio, que reveste grupos de 
fibras musculares; e o endomísio, que envolve as fibras musculares individualmente. 
Existem três tipos de músculos, o musculo estriado cardíaco, musculo liso (encontrado 
nos órgãos) que agem de forma involuntária e o musculo estriado esquelético, que está preso 
ao esqueleto e pode agir de forma voluntaria e involuntária. 
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O musculo estriado é chamado dessa forma, pois contem zonas claras e escuras,denominadas banda I (ou actina) e banda A (ou miosina). No meio da banda I está a linha Z e 
a região entre uma linha e outra é chamada de sarcômero. 
 
6.1 Músculo estriado esquelético 
O musculo estriado esquelético é dividido em duas partes, o ventre que é a parte 
vermelha e ativa do musculo, e o tendão ou aponeurose são brancos e estão nas extremidades 
dos músculos. 
O ventre muscular pode mudar de pessoa para pessoa dependendo das fibras que o 
compõe, o tipo 1 (também chamado de vermelhas, lentas ou oxidadas) possui grande 
quantidade de mitocôndrias e por isso não se cansam rápido quando o musculo é exposto ao 
esforço, já o tipo 2 (também conhecido como brancas, rápidas e glicoléticas) possuem menor 
quantidade de mitocôndrias e se cansam muito mais rápido, é o tipo presente na musculatura 
de atletas de explosão. 
Os tendões e aponeuroses se diferem pela forma, aqueles com o formato alongado e 
fino são os tendões, enquanto que as aponeuroses são laminares, ambos ligam os músculos a 
outras estruturas do corpo. 
O sistema muscular também apresenta outros componentes como a fáscia muscular, 
lamina de tecido que envolve todos os músculos que permite o deslizamento e funcionam 
como uma bainha de contenção. Alguns músculos se acomodam em bainhas fibrosas dos 
tendões, formam canais que guiam a direção que os tendões devem se manter. Existem 
também as bolsas sinoviais que facilitam o deslizamento dos tendões, estão localizadas no 
calcanhar, quadril e ombro. 
 
6.2 Classificação dos músculos 
Os músculos podem ser classificados de diversas formas: 
Quanto à forma: 
• longo; 
• curto; 
• largo; 
• leque. 
16 
 
Quanto à origem (ponto fixo e menos móvel, considerado onde o musculo ‘começa): 
• bíceps, possui duas cabeças; 
• tríceps, possui três cabeças ; 
• quadríceps, possui quatro cabeças na origem. 
Quanto à inserção (ponto mais móvel, considerado onde o musculo ‘termina’): 
• policaudado, possui mais de uma terminação. 
Quanto ao número de ventres: 
• digastrico, musculo que apresenta dois ventres; 
• poligastrico, apresenta mais de três ventres. 
Quanto a ação: 
• flexor; 
• extensor; 
• adutor; 
• abdutor. 
E quanto a função: 
• agonista, é o musculo principal de determinada ação; 
• antagonista, musculo oposto ao principal; 
• sinergista, aquele que impede movimentos indesejados durante a ação. 
 
6.3 Contração muscular 
Essa contração só acontece se o nervo liberar a acetilcolina, neurotransmissor 
responsável pela contração muscular, isso ocorre na placa motora ou junção neuromuscular, 
região de terminações nervosas. 
A acetilcolina inicia o comando de contração fazendo com que a actina, que é mais 
leve, deslize sobre a miosina, mais pesada, fazendo com que as linhas Z se aproximem, 
diminuindo o espaço do sarcômero. No relaxamento, a actina e miosina voltam aos seus 
lugares originais. 
 
17 
 
CONCLUSÃO 
 
O esqueleto a princípio pode parecer algo sem vida, mas pelo contrário, os ossos são 
dinâmicos, composto por células que precisam de nutrientes e oxigênio, por isso, os ossos 
possuem vascularização e inervação, e tem diversas funções no corpo, dentre elas está a 
função de proteção dos órgãos internos, sustentação de órgãos e músculos, armazenamento da 
medula óssea e de íons necessários para o equilíbrio no organismo. 
Para a formação do esqueleto os ossos precisam estar conectados por estruturas 
chamadas de articulações, que permitem a junção de dois ou mais ossos e também a 
mobilidade de várias partes do corpo, por isso faz parte do aparelho locomotor. 
Os músculos também fazem parte do aparelho locomotor, na qual são formados por 
células especializados principalmente na contração e relaxamento. Os músculos que se fixam 
ao esqueleto são chamados de músculos estriados esqueléticos, fazem a movimentação do 
corpo com o auxílio do sistema esquelético e articular, também possibilita a estabilização do 
corpo e podem auxiliar na circulação dos fluidos, no armazenamento de glicose e 
aquecimento do corpo. 
A contração do musculo estriado esquelético faz com que o esqueleto faça a 
movimentação do corpo, como uma espécie de alavanca e a amplitude desse movimento é 
permitida pelas articulações. 
No mais, é possível concluir que a anatomia é de extrema importância para o 
entendimento das estruturas do corpo humano e conseguintemente para o tratamento dessas 
estruturas, pois só é possível tratar algo que se conhece, portanto, o estudo da anatomia 
humana faz-se essencial para formação de fisioterapeutas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
SPENCE, A. Anatomia Humana Básica, 2ªEdição, São Paulo, Manole, 1991. 
 
DANGELO, J.G & FATTINI, C.A. Anatomia Humana, 2ªEdição, São Paulo, Atheneu, 2011. 
 
DANGELO, J.G & FATTINI, C.A. Anatomia Humana – Sistêmica e Segmentar, 3ªEdição, 
São Paulo, Atheneu, 2011. 
 
TORTORA, G. J. & DERRICKSON, B. Corpo Humano - Fundamentos de Anatomia e 
Fisiologia - 10ª Edição, São Paulo, Artmed, 2016. 
 
SABOTA, J. Atlas de anatomia humana - 22ª Edição, Rio de Janeiro, Guanabara 
Koogan, 2006. 
 
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana - 4ª Edição, Rio de Janeiro, Elsevier, 2015. 
 
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana - 7ª Edição, Rio de Janeiro, Elsevier, 2019.

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