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Demonstração do Resultado do Exercício na Contabilidade

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Demonstrações financeiras: 
Demonstração do Resultado 
do Exercício
Demonstração do Resultado do Exercício
A contabilidade gera informações mediante a utilização de demonstra-
ções contábeis e dessa forma, a demonstração que apresenta o fluxo de in-
formações econômicas, ou seja, do confronto das receitas com as despesas é 
a Demonstração do Resultado do Exercício.
O texto legal, disposto na Lei 6.404/76, traz o seguinte trecho sobre a 
Demonstração do Resultado do Exercício:
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os 
impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e 
o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas 
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada 
pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, 
mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência 
ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada 
pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§1.º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização 
em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas 
receitas e rendimentos. (Lei 6.404/76) 
151Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A, 
mais informações www.iesde.com.br
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Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
Basicamente a DRE apresenta as alterações que sofre o Patrimônio Líquido 
pelas receitas e pelas despesas, uma vez que as receitas aumentam o valor 
do patrimônio e as despesas diminuem, entretanto o fluxo dessas contas 
não aparece no Balanço Patrimonial, pois são contas de resultado.
Bens
Direitos
Obrigações
Patrimônio
Capital
Resultado (Positivo ou negativo) – DRE
Pode-se afirmar que a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
apresenta ordenadamente receitas e despesas, representando, assim, o re-
sultado econômico das empresas, considerando em sua forma mais comum 
um período de 12 meses. 
É preciso lembrar que a DRE segue dois princípios da Contabilidade: em 
um primeiro momento o princípio da realização da receita, que trabalha com 
as receitas originadas, mesmo que não recebidas e também com o confronto 
das despesas e das receitas, que afirma que qualquer receita deverá ter uma 
despesa (ou ainda custo) em contrapartida.
As bases para elaboração da DRE são, normalmente, anuais, porém para 
fins gerenciais é preciso escolher qualquer base, seja ela semanal, mensal ou, 
ainda, trimestral, de acordo com exigências tributárias.
Inicialmente é preciso lembrar que todas as DREs partem do mesmo ponto, 
que é a receita bruta, somente muda o objeto de exploração da empresa e 
consequentemente o tipo de receita, podendo ser com vendas, com serviços 
ou com a produção de bens. Depois existem as deduções de vendas, en-
trando aí os abatimentos e também os impostos, entre eles os mais comuns 
representados pelo PIS, Cofins, ICMS, IPI, Imposto sobre Importação e outros, 
dependendo da atividade da empresa.
Posteriormente são apresentadas as linhas da receita líquida, o custo das 
mercadorias (ou serviços prestados) e o lucro bruto. Apresenta também as 
despesas, que são gastos empregados de forma não direta na obtenção dos 
custos, sendo elas representadas por despesas com vendas, financeiras (de-
duzidas das receitas financeiras), despesas gerais, administrativas, além de 
outras que fazem parte da operação da empresa.
Além disso, a DRE irá apresentar quaisquer outros tipos de despesas que 
não façam parte das operações como, por exemplo, doações. Outra linha 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A, 
mais informações www.iesde.com.br
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Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
apresentada é a do resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição 
Social, bem como a provisão desses dois impostos. As participações com de-
bêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, bem como 
contribuições para instituições ou fundos de empregados serão apresenta-
dos após essa provisão dos impostos. Por fim, será apresentando o resultado 
do exercício, na forma de lucro ou prejuízo, e, no caso das sociedades anôni-
mas, o valor por ação. 
A seguir a estrutura básica da DRE com os principais subgrupos 
demonstrados.
MODELO DA DRE
Receita Operacional Bruta (Vendas e Serviços)
(-) Deduções da Receita Bruta
Devoluções 
Descontos/Abatimentos
Impostos
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custos das Mercadorias e Serviços Vendidos
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas com vendas
(+/-) Receitas / Despesas Financeiras 
(-) Despesas Administrativas
( - ) Outras Despesas Operacionais
(=) Lucro ou Prejuízo Operacional 
(-/+) OUTRAS DESPESAS/RECEITAS
Outras Despesas
Outras Receitas
(=) Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro 
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro 
(=) Lucro Líquido Antes das Participações
(-) Participações de Administradores, Empregados, Debêntures e Partes Beneficiárias 
(=) Resultado Líquido do Exercício
Nessa DRE foram consideradas receitas e os respectivos grupos redutores 
para vendas de produtos, mercadorias e prestação de serviços, porém cada 
DRE deverá ser adaptada à realidade da empresa em que será implantada.
A DRE termina na apuração do lucro ou prejuízo, sendo que no caso de 
resultado positivo, e havendo distribuição de lucros, esse valor vai apare-
cer em outra demonstração, chamada Demonstração de Lucros e Prejuízos 
Acumulados. 
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Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
A DRE anteriormente apresentada é considerada completa, conforme é 
exigido por lei, e possui todos os grupos de forma detalhada com destaque 
para os impostos. Entretanto para pequenos comércios e empresas de pe-
queno porte poderá ser usada uma DRE simplificada, conforme o exemplo 
apresentado a seguir:
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita operacional Bruta
(-) Deduções
(=) Receita operacional líquida
(-) Custos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas
(=) Lucro Operacional
(-) IRPJ/CSLL
(=) Lucro Líquido
A Receita Bruta é o total que uma determinada entidade vende em um 
período, nesse valor estão os impostos sobre vendas, bem como as devolu-
ções (vendas canceladas) e os abatimentos (cancelamentos) que ocorrem no 
período. Os impostos sobre vendas mais comuns são:
Imposto Alíquota
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados De 0% até 400% no caso de cigarros.
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercado-
rias e Serviços (ICMS)
Variando de 18 a 25% (alíquotas interna), além 
de alíquotas que variam de 7 a 12% para tran-
sações externas.
ISS – Imposto Sobre Serviços de qualquer na-
tureza Variando de 0% a 10%.
PIS – Programa de Integração Social Incidindo sobre o faturamento – 0,65 ou 1,65%.
Cofins – Contribuição para a Seguridade Social Incidindo sobre o faturamento 3 ou 7,65%.
Os impostos irão depender do tipo da empresa, do produto comercializa-
do ou produzido e, além disso, do Estado em que ela se encontra. Se deter-
minada empresa possui uma receita bruta de R$100.000 e um ICMS de 18%, 
a parte inicial da DRE ficará da seguinte forma:
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Bruta 100.000
(-) Deduções
 ICMS (18.000)
Receita Líquida82.000
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155
Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
Nesse exemplo a receita líquida se configurou pela Receita Bruta menos 
as deduções, nesse caso, representadas pelos impostos. Também devem ser 
reconhecidas as possíveis devoluções, que são vendas canceladas por algum 
motivo (qualidade, preço, avarias), essas devoluções podem ser parciais ou 
totais. E também deverão ser considerados os abatimentos que são descon-
tos já dados na nota fiscal (também conhecidos como desconto incondicio-
nal). Suponha que a mesma empresa que apresentou a DRE anterior teve 
10% do valor das mercadorias devolvidas e 10% de desconto.
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Bruta 100.000
(-) Deduções
 Devoluções (10.000)
 Descontos (10.000)
Receita Líquida 80.000
Agora o próximo passo é apurar o Lucro Bruto, que basicamente é a di-
ferença entre a venda de Mercadorias e o Custo para as vendas desta, ou 
seja, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV). Deve-se lembrar que em uma 
prestadora de serviços o raciocínio é o mesmo, porém o CMV é trocado pelo 
Custo dos Serviços Prestados (CSP). Além do CMV e do CSP, também existe 
a figura do CPV, que em empresas industriais é utilizada para o Custo do 
Produto Vendido.
Nessa etapa, para a apuração do Lucro Bruto, só serão utilizados os 
gastos, como Custo da Mercadoria Vendida ou do Serviço Prestado, e o que 
sobra servirá para o pagamento das despesas de vendas, administrativas e 
financeiras, além da remuneração do governo (impostos) e dos sócios (lucro 
líquido).
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Bruta
(-) Deduções
(=) Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias vendidas
(=) Lucro Bruto
Na DRE é possível entender como funciona a diferença de custo para des-
pesa, sendo que os custos são aqueles gastos relativos à produção de bens e 
serviços e estão diretamente ligados à atividade operacional da empresa.
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156
Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
As despesas por sua vez são aqueles gastos incorridos na obtenção das 
receitas e não possuem associação com a produção.
Na próxima etapa deverá ser apurado o Lucro Operacional, ou seja, a dife-
rença entre o Lucro Bruto e as Atividades Operacionais da Empresa.
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Bruta
(-) Deduções
(=) Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias vendidas
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas operacionais
(=) Lucro Operacional
As despesas operacionais são utilizadas para a venda de produtos, admi-
nistração da empresa e financiamento das operações, quer dizer, tudo que 
é utilizado para a manutenção da atividade da empresa. Os três grupos são 
delineados a seguir:
Despesas com Vendas – abrange despesas diversas como: �
Salário da área de vendas; �
Comissões sobre vendas; �
Publicidade e propaganda; �
Provisão para devedores duvidosos (que são parcelas destinadas às �
perdas com vendas a prazo, que não serão recebidas);
Marketing �
Fretes e carretos; �
Materiais de embalagens, entre outros. �
Despesas Administrativas – despesas geralmente gastas no escritório �
que são utilizadas para a manutenção do negócio. Aqui podem ser ci-
tadas:
As despesas com salários e encargos do pessoal que trabalha na �
área administrativa;
Aluguéis; �
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157
Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
Materiais de escritório; �
Seguro; �
Depreciação; �
Assinaturas de jornais, revistas e outros gastos. �
Despesas financeiras: �
Juros pagos ou incorridos, �
Comissões bancárias; �
 Descontos, entre outros. �
O importante é notar que nessa categoria as receitas devem ser compen-
sadas com as despesas, ou seja, o valor colocado nessa categoria deverá ser 
o valor líquido do confronto dos dois grupos. Se por um acaso o valor de 
Receitas Financeiras for maior que a Despesa Financeira, o valor será deduzi-
do de outras Despesas Operacionais. A seguir, o quadro demonstra o funcio-
namento desse grupo de contas:
Despesa financeira maior que receita 
financeira
Despesa financeira menor 
que receita financeira
Despesas financeiras 100.000 Despesas financeiras 80.000
Receitas Financeiras (80.000) Receitas Financeiras (100.000)
Desp./Rec. Financeiras 20.000 Desp./Rec. Financeiras (20.000)
Despesas operacionais Despesas operacionais
Vendas 100.000 Vendas 100.000
Administrativas 80.000 Administrativas 80.000
Financeiras 20.000 Financeiras (20.000)
200.000 160.000
A próxima etapa na DRE é a apuração do lucro Antes do Imposto de Renda 
(IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Demonstração do Resultado do Exercício
(=) Lucro Operacional
(-) Outras despesas
(+) Outras receitas
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
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Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
No grupo de outras receitas e despesas estão os valores que não fazem 
parte da atividade operacional da empresa, podem estar aí prejuízo ou lucro 
na venda de imobilizado da empresa, venda com lucro ou prejuízo de ações, 
entre outros.
Na próxima etapa deverá ser calculado o lucro depois do Imposto de 
Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido: 
Demonstração do Resultado do Exercício
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido
(=) Lucro depois do Imposto de Renda e Contribuição Social
No Brasil existem diferentes formas de tributação nas empresas de acordo 
com vários critérios previstos em Lei. Os tipos mais comuns de lucro são:
Lucro Real – lucro calculado e que tem seus princípios baseados na �
legislação do Imposto de Renda;
Lucro Presumido – calcula o valor do imposto de acordo com percen- �
tuais fixados pela legislação sobre a receita total da entidade;
Simples Nacional – especial para microempresas e empresas de pe- �
queno porte.
No caso do Lucro Real, a alíquota do imposto de renda é de 15% e a do 
adicional é de 10%, esse valor adicional é calculado no limite que exceder a 
base de tributação, que é de R$240.000 anuais, ou R$20.000 mensais. 
O importante é destacar que a base de tributação do lucro Real não é 
apenas o lucro apurado pela contabilidade e sim o lucro ajustado, conhecido 
também como lucro Real que, segundo disposições em lei, possui algumas 
particularidades com relação às adições e exclusões, ou seja, considera ou 
exclui alguns valores de sua base de cálculo. Agora será calculado o lucro 
líquido:
Demonstração do Resultado do Exercício
(=) Lucro depois do Imposto de Renda e Contribuição Social
(-) Doações e contribuições
(-) Participações
(=) Lucro Líquido
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159
Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
Pode-se dizer que o lucro líquido é o que se tem à disposição dos sócios 
ou acionistas. Nesse ponto as doações e contribuições são aquelas destina-
das ao quadro de funcionários, bem como para previdência ou cooperativa 
dos funcionários. As participações são aquelas destinadas aos debenturistas, 
empregados e administradores e partes beneficiárias. 
As participações dos debenturistas são representadas por títulos de cré-
dito que são emitidos por Sociedades Anônimas. Elas funcionam como ga-
rantias pelo Ativo da empresa e asseguram o resgate preferencial sobre os 
demais títulos da empresa.
Já as partes beneficiárias são títulos negociáveis e que não possuem valor 
nominal, esse tipo de crédito pode ser negociado pela empresa que o emite 
ou ainda cedido gratuitamente a clientes ou empregados.
Depois da elaboração da DRE é necessáriaa elaboração da Demonstração 
de Lucros e Prejuízos Acumulados, que é posteriormente apresentada.
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados
A DRE pede que haja um conhecimento adicional, que é Demonstração 
de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DPLA), isso porque ela representa como 
os Lucros ou Prejuízos Acumulados estão sendo distribuídos e absorvidos na 
empresa.
Com o advento da Lei 11.638/2007 deve-se prestar atenção ao fato de 
que não existe mais Lucro Acumulado, e sim Lucro do Exercício, e esse valor 
deverá ser destinado na forma de reservas ou ainda deverá absorver possí-
veis prejuízos acumulados.
A DLPA ainda funciona como uma ligação entre a DRE e o Balanço 
Patrimonial, uma vez que demonstra como os valores que formam o patri-
mônio líquido, e que são relativos aos resultados, estão sendo distribuídos. 
Segue um modelo sugerido de DLPA:
Modelo da DLPA
R$
Saldo em 31-12-X0 (ou Saldo Inicial em 1Q-1-X1) --------------
(+/-) Ajustes de exercícios anteriores --------------
Mudanças de Critérios Contábeis --------------
Retificação de Erros de Exercícios Anteriores --------------
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160
Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
Saldo Ajustado --------------
(-) incorporações de Lucros aos Capital Social (--------------)
(+) Reversões de Reservas --------------
(+/-) Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício em (19X1) --------------
Saldo Disponível --------------
Proposta da Administração p/ destinação do Lucro 
Reserva Legal (--------------)
Reserva Estatutária (--------------)
Reserva para Contingência (--------------)
Reserva Orçamentária (para expansão) (--------------)
Reserva de Lucros a Realizar (--------------)
Dividendos (--------------)
Saldo em 31-12-X1 --------------
É preciso lembrar que a DLPA apesar de ser exigida conforme a legislação 
societária poderá ser dispensada de elaboração no caso de empresas que 
elaboram e apresentam a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados 
(DMPL).
Ampliando seus conhecimentos
Por que a DRE termina no lucro líquido e não no 
lucro operacional? 
(CORREIA; SALES; SILVA, 2011)
O lucro operacional é o resultado obtido pela entidade, antes da distribui-
ção da remuneração do capital de terceiros (despesas financeiras) e capital 
próprio. Se estivermos interessados no resultado da entidade, o lucro opera-
cional é a parte mais importante da demonstração do resultado do exercício. 
Entretanto, as pessoas não olham o lucro operacional e sim o lucro líquido. 
Qual seria a explicação para isso?
Duas respostas que se complementam. Em primeiro lugar é importante 
relembrar que quando o método das partidas dobradas foi divulgado por Pa-
ciolli a principal finalidade era apurar o resultado do empreendimento. Como 
na época o financiamento por terceiros não era tão relevante, isso significava 
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161
Demonstrações financeiras: Demonstração do Resultado do Exercício
determinar o resultado do proprietário. Devemos lembrar que o contador era 
um empregado do dono do negócio e seu trabalho era considerado um se-
gredo. Assim, por tradição, a apuração do lucro líquido tem sido mais relevan-
te que o lucro operacional por séculos. Mudar isso leva muito tempo.
Em segundo lugar o lucro operacional é mais controverso que o lucro lí-
quido. Devemos incluir ou não as receitas financeiras? E os resultados de ativi-
dades não recorrentes? Tanto é assim que modernamente tem se enfatizado 
mais a dicotomia resultado recorrente versus não recorrente. No Brasil espe-
cificamente tivemos uma “contribuição” da Lei 6404, que considerava como 
parte do lucro operacional as despesas financeiras. Isso tornou difícil conside-
rar o lucro operacional uma medida confiável. Além disso, convencer as pes-
soas que o lucro operacional não deveria incluir as despesas financeiras é mais 
difícil ainda.
Atividades de aplicação
1. Como pode ser delineada a Demonstração do Resultado do Exercício?
2. Além do princípio da competência, que dois outros princípios estão en-
volvidos na elaboração da DRE?
3. Quais os grupos constantes da DRE que são apresentados depois do Im-
posto de Renda e da Contribuição Social?
4. Quando a DRE é finalizada, o valor do lucro ou prejuízo terá sua destina-
ção demonstrada onde?
5. Qual a diferença entre custo e despesa que pode ser evidenciada na 
DRE?
Referências 
CORREIA, Pedro; SALES, Isabel; SILVA, Cesar Augusto Tibúrcio. Por que a DRE 
Termina no Lucro Líquido e Não no Lucro Operacional? 2011. Disponível em: 
<http://contabilidadefinanceira.blogspot.com.br/2011/01/por-que-dre-termina-
no-lucro-liquido-e.html>. Acesso em: 18 fev. 2012. 
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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