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Livro Eletrônico Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 Marcus Campiteli, Time Campiteli 04891387130 - Deborah Evaristo 1 46 Obras Portuárias ................................................................................................................ 2 1 に Introdução ................................................................................................................... 2 2 に Classificação e Tipos Principais de Portos ..................................................................... 6 3 に Componentes Essenciais das Estruturas Acostáveis .................................................... 13 4 に Arranjo Geral das Obras Portuárias に Obras de Proteção ............................................ 14 5 に Molhes e Diques de Defesa Contra a Ação das Ondas ................................................ 18 6 に Molhes de Enrocamento ou Blocos Artificiais ............................................................. 19 7 に Equipamentos Portuários ........................................................................................... 19 7.1 ʹ Equipamentos de Carga Geral ................................................................................................ 20 7.2 ʹ Equipamentos de Graneis Sólidos .......................................................................................... 20 7.3 ʹ Equipamentos de Graneis Líquidos ........................................................................................ 21 8 に Dragagem ................................................................................................................... 21 9 に Questões Comentadas ............................................................................................... 24 10 に Questões Apresentadas nesta Aula .......................................................................... 41 11 に Gabarito ................................................................................................................... 45 12 に Referências Bibliográficas ......................................................................................... 46 Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 2 46 OBRAS PORTUÁRIAS Olá pessoal, apresentamos para vocês o assunto Obras Portuárias. Esta aula baseia-se no Roteiro de Auditoria de Obras Portuárias do TCU. Bons estudos! 1 に INTRODUÇÃO Pode-se definir o porto como um lugar abrigado, no litoral ou à margem de um rio, lago ou lagoa, dotado de instalações adequadas para apoiar a navegação e realizar as operações de carga, descarga e guarda de mercadorias, embarque e desembarque de passageiros, constituindo um elo de ligação entre transportes aquaviários e terrestres. Um porto é um nó intermodal do sistema de transporte, cumprindo a sua função de interligar os diversos meios de transporte que o acessam ao transporte aquaviário, seja marítimo, fluvial ou lacustre, dando condições em termos de transbordo, manipulação e depósito de mercadorias e embarque/desembarque de passageiros. O sítio ideal para a locação de um porto é aquele onde se encontra uma enseada abrigada, com acesso amplo e com profundidade de água suficiente para a aproximação das embarcações previstas, sem obras adicionais de abrigo, dragagens ou derrocagem. A escolha muitas vezes é determinada por imposições relacionadas com as condições do lado terra, como a existência de infraestrutura viária, rodoviária e ferroviária, infraestrutura industrial e de produção, podendo oferecer melhores ou piores condições de implantação. O local escolhido pode oferecer boas condições de abrigo e proteção à ação do mar ou exigir obras especiais de defesa. Caso não se disponha de condições ideais, impõem-se obras adicionais de abrigo, tais como esporões, molhes e quebra-mares, além de serviços de dragagem que, muitas vezes, representam investimentos comparáveis aos investimentos correspondentes às estruturas de acostagem. Em não se encontrando condições adequadas para implantação das obras na região costeira, ヮラSWマラゲàヴWIラヴヴWヴà<ゲàIエ;マ;S;ゲàキミゲデ;ノ;NロWゲàさラaaゲエラヴWざがàミ;ゲàケ┌;キゲàミ;┗キラゲàラヮWヴ;マàヮヴ;デキI;マWミデWàIラマà seus próprios recursos, fundeados distantes da costa, mediante apoio de sistemas auxiliares de bóias de fixação, tubulações e barcaças. É o caso de certos terminais petroleiros em mar aberto. Glossário: - Ancoradouro: Local onde a embarcação lança âncora. Também chamado fundeadouro. - Área de Influência do Porto Organizado (Hinterlândia): É a região servida por meios ou vias de transporte terrestres, fluviais ou lacustres para onde se destinam os fluxos de cargas decorrentes Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 3 46 das operações de descarga de navios e embarcações, no sentido da importação, ou de onde se originam os fluxos de carga para o carregamento de navios e embarcações, destinados ao comércio exterior, exportações, ou a portos nacionais, quando se utiliza da navegação de cabotagem. - Área Molhada do Porto Organizado: Constituída do espaço aquaviário dentro da área do porto organizado, onde são realizadas as manobras de acesso e atracação das embarcações às instalações portuárias. - Área Terrestre do Porto Organizado: É constituída da parcela da área total do porto organizado menos a área aquaviária. - Áreas Não Operacionais: São as áreas localizadas dentro do porto organizado consideradas como não destinadas às operações portuárias, à circulação de veículos e pessoas, à armazenagem de carga; tidas como de reserva para futuras expansões da atividade portuária ou consideradas não produtivas de serviços portuários, como exemplo, de ocupação urbana permanente. - Área do Porto Organizado: A compreendida pelas instalações portuárias, quais sejam, ancoradouros, docas, cais, pontes e piers de atracação e acostagem, terrenos, armazéns, edificações e vias de circulação interna, bem como pela infraestrutura de proteção e acesso aquaviário ao porto tais como guias-correntes, quebra-mares, eclusas, canais, bacias de evolução e áreas de fundeio que devam ser mantidas pela Administração do Porto. - Armazém Alfandegado: Armazém próprio para receber a carga estrangeira. - Bacia de Evolução: Área fronteiriça às instalações de acostagem, reservada para as evoluções necessárias às operações de atracação e desatracação dos navios no porto. - Berço: Ponto de atracação das embarcações no cais. - Cábrea: Tipo de pau-de-carga com grande capacidade de carga. Denomina também os guindastes flutuantes. - Cais: Plataforma em parte da margem do porto de mar em que atracam os navios e se faz o embarque ou desembarque de pessoas e mercadorias. Constitui-se de um ou mais berços de atracação. - Calado: Profundidade em que cada navio está submerso na água. Tecnicamente é a distância da ノ>マキミ;àSげ=ェ┌;à;デYà;àケ┌キノエ;àSラàミ;┗キo. - Canal de Acesso: Canal que liga o alto-mar com as instalações portuárias, podendo ser natural ou artificial. É o que permite o tráfego das embarcações desde a barra (local que demarca a entrada do porto e a partir de onde se torna necessária uma adequada condição de sinalização) até as instalações de acostagem e vice-versa. - Carga Granel: Também denominada de graneis, é aquela que não é acondicionada em qualquer tipo de embalagem. Os graneis são cargas que necessitam ser individualizadas, subdividindo-se em graneis sólidos e graneis líquidos. São graneis sólidos: os minérios de ferro, manganês, bauxita, carvão, sal, trigo, soja, fertilizantes,etc. São graneis líquidos: o petróleo e seus subprodutos, óleos vegetais, etc. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 4 46 - Contêiner: Equipamento de metal no formato de uma grande caixa, que serve para o transporte de diversos materiais. São reutilizáveis e possuem quatro tamanhos principais de 30, 25, 20 e 10 toneladas. - Dique: Compartimento escavado junto a portos, à beira do mar, próprio para receber embarcações que necessitam de limpeza ou reparação. - Dragagem: Serviço de escavação nos canais de acesso e áreas de atracação dos portos para manutenção ou aumento da profundidade. - Duto: Tubulação que tem por finalidade conduzir vários tipos de graneis sólidos, líquidos ou gasosos: mineroduto - quando transporta minérios; oleoduto に quando transporta óleo; gasoduto - quando transporta gás. - Eclusas: estruturas com a finalidade de regular e permitir a transposição entre cotas diferentes de linha dげ=ェ┌;がàfluvial ou marítima. - Estaleiro: Lugar onde se constroem, fazem manutenção e reparos de navios. - Instalações de Acostagem: Estruturas portuárias, fixas ou flutuantes, destinadas a receber embarcações, dotadas de cais ou píeres, defensas (fixas ou removíveis), cabeços, dolfins, rampas e escadas de nível, quando couber. - Instalação Portuária: A destinada ao uso público, as quais podem ser contínuas ou localizadas em pontos diferentes do mesmo porto, mas devem estar sempre sujeitas à mesma administração portuária, compreendendo: a) os ancoradouros, as docas, eclusas, canais, ou os trechos de rios, em que as embarcações sejam autorizadas a fundear, ou a efetuar operações de carregamento ou descarga; b) as vias de acesso aos ancoradouros, às docas, aos cais, ou às pontes de acostagem, desde que tenham sido construídas ou melhoradas, ou que devam ser mantidas pelas administrações dos portos; c) bacias de evolução, áreas de fundeio, cais, pontes e piers de atracação e acostagem, guia- correntes, ou quebra-mares, construídos para a atracação de embarcações ou para a tranquilidade e profundidade das águas, nos portos, ou nas respectivas vias de acesso; d) os terrenos, os armazéns e outros edifícios, as vias de circulação interna, bem como todo o aparelhamento de que os portos disponham, para atender às necessidades do respectivo tráfego e à reparação e conservação das próprias instalações portuárias, que tenham sido adquiridos, criados, construídos, ou estabelecidos, com autorização do Governo Federal. - Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte: A destinada às operações portuárias de movimentação de passageiros, de mercadorias ou ambas, na navegação interior. - Píer: Estrutura portuária onde atracam as embarcações de passageiros em turismo e são efetuados embarques e desembarques de passageiros, tripulantes e bagagens, ligada à terra por ponte de acesso. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 5 46 - Quebra-mares: Construção que recebe e rechaça o ímpeto das ondas ou das correntes, defendendo as embarcações que se recolhem num porto, baía ou outro ponto da costa. O quebra- mar se diferencia do molhe por não possuir ligação com a terra, enquanto que este sempre parte de um ponto em terra. - Terminal Portuário: Instalações portuárias localizadas no final de uma linha de navegação regular. - Utilidades Portuárias: Estruturas e sistemas instalados em terra com a finalidade de servir à operação de embarcação de passageiros em turismo atracada em terminal portuário de uso privativo de turismo, para movimentação de passageiros, tais como sistemas de comunicação; sistemas de fornecimento de água potável, energia elétrica, ar comprimido e combate a incêndio, e instalações para recolhimento de resíduos líquidos e sólidos; Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 6 46 Fonte: <www.cdmec.com.br> 2 に CLASSIFICAÇÃO E TIPOS PRINCIPAIS DE PORTOS Uma possível classificação para as obras acostáveis e terminais portuários é apresentada a seguir. Quanto a localização: marítimas, fluviais ou lacustres. Quanto as condições de abrigo: protegidas (naturais-baías/enseadas ou artificiais-obras de defesa); ou em mar aberto. Quanto ao tipo de carga: Carga geral; Granéis sólidos (terminais mineraleiros, de cereais, de fertilizantes); Granéis líquidos (terminais de petroleiros); Contêineres. Os terminais de contêineres são aqueles providos de instalações especializadas para manusear cargas conteinerizadas, isto é, colocadas em containers de dimensões apropriadas, de modo a facilitar a sua armazenagem e transferência, além do transporte e distribuição. Nラゲ デWヴマキミ;キゲ さヴラノノ- on, roll-ラaaざ ラ ;IWゲゲラ S;ゲ I;ヴェ;ゲ ;ラゲ ミ;┗キラゲ Y SキヴWデ;が ;デヴ;┗Yゲ SW ヴ;マヮ;ゲ SW ノキェ;N?ラ Iラマ ラ I;キゲ. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 7 46 Fonte: < www.beckettrankine.com> Os equipamentos também podem influir no tipo das estruturas portuárias, como podemos ver nos terminais em carregadores deslizantes e os terminais em carregadores setoriais, nas instalações para carga de minerais, em especial de ferro. Nos primeiros, os carregadores deslizam ao longo da frente acostável, impondo a necessidade de um cais ou plataforma contínuos. No segundo caso, a carga do mineral é feita por lanças que pivotam em torno de pontos de articulação e se apoiam em estruturas setoriais, resultando um tipo de obra em elementos estruturais discretos. De acordo com o tipo estrutural ou a natureza da estrutura, podemos também estabelecer uma caracterização interessante das obras acostáveis. Assim, poderemos ter obras em estruturas contínuas ou obras em estruturas discretas. As primeiras geram normalmente as chamadas soluções em cais de paramento aberto ou fechado. Os cais de paramento fechado possuem uma cortina frontal que assegura a contenção do terrapleno de retaguarda. Nos cais de paramento aberto, esta cortina não existe ou está na retaguarda do cais. A zona abaixo da plataforma é taludada suavemente a partir do extremo interno da seção estrutural, até atingir a linha de dragagem. Nas soluções em estrutura discreta, estas estão subdivididas em elementos isolados, realizando funções específicas de acostagem, suporte de equipamentos e amarração dos navios ou embarcações. Para a melhor caracterização de alguns tipos citados de obras e seus elementos, passaremos a apresentar algumas soluções esquemáticas e a comentá-las brevemente. Na figura a seguir, em planta, é apresentada uma solução em cais corrido, com um lado acostável, em opções de paramento fechado e de paramento aberto. Fonte: TCU (2002) A figura seguinte, com o corte A-A da figura acima, apresenta, temos a solução em paramento fechado, na qual o terrapleno de retaguarda é contido por uma cortina. Este tipo de obra é デ;マHYマàSWミラマキミ;SラàさI;キゲàIラマàヮノ;デ;aラヴマ;àSWà;ノケ┗キラざがàヮラキゲà;àヮノ;デ;aラヴマ;àヮヴラデWェWà;àIラヴデキミ;àIラミデヴ;à os empuxos. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 8 46Fonte: TCU (2002) E na figura a seguir, também podendo representar o corte A-A da figura anterior em planta, observa-se a solução equivalente em paramento aberto, na qual o terreno se apresenta em talude, sob a plataforma. Fonte: TCU (2002) Na próxima figura apresenta-se uma solução em ヮノ;デ;aラヴマ; Iラミデケミ┌; デキヮラ さaキミェWヴざが Iラマ Sラキゲ lados acostáveis. A estrutura, nestes casos, é, geralmente, vazada e consta de uma plataforma apoiada em estacas ou tubulões. Podem existir, além disso, cais auxiliares para pequenas embarcações de apoio, tais como, rebocadores e lanchas. Na figura estas instalações estão indicadas por um cais corrido, em cortina ancorada, normal ao cais principal. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 9 46 Fonte: TCU (2002) A solução com dois cais acostáveis apresenta, evidentemente, maior rendimento operacional em relação à solução com apenas um lado acostável. A sua adoção depende de uma série de circunstâncias adicionais, tais como, condições topográficas e batimétricas do fundo da bacia, desempenho dos equipamentos etc. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 10 46 As soluções em cais contínuo são mais adaptáveis a tipos de equipamentos de carga e descarga de navios do tipo deslizante, isto é, que se desloca ao longo da frente acostável. Uma variante estrutural de solução para os cais do tipo contínuo que, muitas vezes, pode apresentar consideráveis vantagens econômicas, é constituída pelo cais de cortina ancorada, com fundações independentes para suportar o equipamento deslizante, conforme a figura a seguir. Fonte: TCU (2002) Apresentamos, a seguir, dois tipos de soluções esquemáticas de estruturas acostáveis em elementos discretos. Na figura a seguir temos uma representação esquemática típica de um terminal para granéis líquidos, em particular para navios petroleiros. O esquema também pode ser usado para operar certos tipos de graneis sólidos. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 11 46 Fonte: TCU (2002) A obra estrutural consta de diversos elementos e plataformas isoladas, cada qual desempenhando uma função específica. Assim, temos em (1) a plataforma de carga ou descarga, que suporta os respectivos equipamentos e é ligada ao retroporto por uma ponte de acesso (4). Esta conduz as tubulações e permite, em geral, também o tráfego de veículos. A plataforma de carga ou descarga apresenta-se recuada em relação à linha de acostamento e é protegida contra o possível choque dos navios, por dolfins elásticos (6). Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 12 46 As plataformas (2) de acostamento permitem a atracação dos navios e estão equipadas com defensas elásticas de grande capacidade de absorção de choques (7). A amarração dos navios e sua fixação para fins de operação é feita por meio dos dolfins de amarração (3). Para efeitos de manutenção, são previstas as passarelas (5) que ligam a plataforma de carga e descarga às plataformas de acostamento. As soluções em elementos estruturais discretos, sempre que possível, são naturalmente indicadas, uma vez que reduzem consideravelmente o vulto das obras em relação às soluções em estruturas contínuas. A sua adoção, no entanto, depende do tipo de equipamento e da possibilidade de separar nitidamente as funções dos vários elementos estruturais. Apresentamos na figura seguinte uma outra solução, com terminal constante de elementos discretos. Trata-se de uma solução em carregador setorial, adotada para terminais de minérios. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 13 46 Fonte: TCU (2002) Nestes terminais, os carregadores (5) deslocam-se sobre estruturas setoriais (3), lançando minério nos porões dos navios. As plataformas do tipo (4) servem para a transferência do fluxo de minério levado por um sistema de esteiras transportadores, para as lanças dos carregadores (5). O terminal é completado pelos dolfins de amarração (1) e os dolfins de atracação (2). Como vemos, a distribuição dos elementos estruturais, nestes terminais, depende essencialmente dos equipamentos mecânicos de carregamento dos navios. Os poucos exemplos citados dão uma idéia da variedade de tipos de obras acostáveis que podem ser concebidas para o atendimento de diversas funções. Podemos, evidentemente, imaginar outros tipos ou classificações de obras, tais como, por exemplo: cais fixo (até agora tratados) e cais flutuantes. Estes últimos tornam-se necessários em presença de grandes variações de nível de água na bacia de acostagem. 3 に COMPONENTES ESSENCIAIS DAS ESTRUTURAS ACOSTÁVEIS Do exame geral de alguns tipos de obras acostáveis no item anterior, podemos concluir que, em toda obra desse tipo, existem basicamente alguns elementos estruturais essenciais, destinados a realizar funções básicas. Os componentes básicos essenciais constituem as estruturas de suporte dos equipamentos, as estruturas de acostamento, os elementos de fixação dos navios e os órgãos de proteção contra os choques. Em certos terminais, as funções desempenhadas pelos componentes acima citados poderão estar totalmente separadas e, em outros, poderão estar integradas num só ou em diversos elementos. Por exemplo, na solução esquemática da figura anterior, para um terminal de petroleiros, cada elemento estrutural possui uma função específica. Assim, a plataforma (1) suporta os equipamentos, as plataformas (2) servem para o acostamento dos navios e os dolfins (3) para a amarração dos mesmos. As defensas (7) e os dolfins elásticos (6) realizam as funções de proteção contra os choques. Nas soluções em estrutura contínua mostradas nas duas primeiras figuras do capítulo anterior, as funções de suporte dos equipamentos de amarração dos navios e de proteção contra choques estão todas integradas na plataforma principal. Seria possível retirar a função de absorção dos impactos dos navios da plataforma, projetando, por exemplo, dolfins elásticos de estacas flexíveis, separados da mesma. Poder-se-ia também, caso desejado, prever a amarração dos navios em estruturas especiais separadas da plataforma, com o que se chegaria a uma solução em estruturas de função totalmente diferenciada. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 14 46 A escolha dentre as inúmeras possibilidades que se oferecem ao projetista dependerá, naturalmente, das condições peculiares de cada situação e dos riscos que ele concorde em assumir, ao serem integradas algumas funções distintas em elementos estruturais únicos. As soluções com estruturas de atracação e de amarração diferenciadas garantem, em geral, maior segurança às obras, uma vez que danos que podem ocorrer por acidentes ficam circunscritosa determinados elementos da obra. Pode-se evidentemente ter outros elementos desempenhando funções complementares às das estruturas principais tais como, funções de apoio na operação dos navios, funções de proteção contra as ações do mar etc. As obras portuárias e acostáveis envolvem alguns aspectos estruturais que as distinguem das demais. Em especial, deve ser enfatizado os elevados valores das cargas horizontais que lhes são aplicadas, devido aos impactos de navios ou tração nas amarras de fixação, além de grandes esforços concentrados devido aos equipamentos e guindastes. Deve-se contar ainda com consideráveis efeitos de empuxos de terras, que têm importância comparável à dos demais carregamentos. Nas obras marítimas, pode ser ainda necessário levar em conta a ação das ondas e correntes marítimas. Em razão dessas peculiaridades, de modo geral, as obras portuárias não se revestem do caráter de esbeltez de outras obras, como, por exemplo, das pontes. Os elevados valores de certos esforços a que são submetidas contraindicam a adoção de estruturas esbeltas. Para resistir aos impactos de grandes navios, a melhor solução constitui-se ainda nas estruturas maciças, em especial os dolfins. Um elemento de primordial importância nas estruturas marítimas ou portuárias é constituído por suas fundações profundas, em estacas ou tubulões. Grande número de estruturas portuárias, mormente as estruturas de cais, dolfins de amarração, plataformas de carga, descarga e operações, etc, são apoiadas em estaqueamentos constantes de estacas verticais e inclinadas. 4 に ARRANJO GERAL DAS OBRAS PORTUÁRIAS に OBRAS DE PROTEÇÃO As obras acostáveis, apresentadas nos itens anteriores, constituem a componente mais importante das obras portuárias. A localização mais interessante das obras será, naturalmente, numa baía, sem necessidade de obras de proteção. Quando isto não é possível, como ocorre em terminais em mar aberto, deve-se prever obras especiais de proteção, tais como molhes de enrocamento ou diques refletores das ondas. Em caso de fortes correntes marítimas ou de maré, podem ser necessários diques ou molhes de proteção contra as correntes. As possibilidades de arranjos gerais das obras acostáveis e de proteção são extremamente variadas e dependem de muitos fatores, tais como a morfologia das costas, o plano de ondas e ventos, etc. Na figura a seguir tem-se um complexo portuário implantado numa linha de costa sensivelmente retilínea e protegida contra a ação das ondas por uma linha de molhes, formando um segmento trapezoidal. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 15 46 Fonte: TCU (2002) Na figura seguinte, tem-se uma solução típica p;ヴ;à┌マàデWヴマキミ;ノàデキヮラàさラaa-ゲエラヴWざがàIラミゲデ;ミSラàSWà┌マà berço de atracação, protegido por um molhe em L e ligado à zona de retroporto por uma longa ponte de acesso. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 16 46 Fonte: TCU (2002) A próxima figura マラゲデヴ;à ┌マ;à ゲラノ┌N?ラà Sキデ;à さWゲデ┌;ヴキミ;ざà ラ┌à WミIヴ;┗;S;à ミラà ノキデラヴ;ノくà Eゲデ;à ゲラノ┌N?ラà Yà muitas vezes adotada em zonas de estuários, em que os trabalhos de dragagem são complementares a um delta ou bacia fluvial existente. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 17 46 Fonte: TCU (2002) Os molhes ou diques de proteção contra a ação das ondas são de dois tipos: molhes que provocam a ruptura das ondas; e diques refletores das ondas. Os molhes provocam a ruptura das ondas e são construídos de enrocamentos taludados de pedras naturais ou elementos artificiais de concreto, tais como tetrápodes ou outros. Os diques refletores de ondas são constituídos, em geral, por construções maciças de concreto simples ou armado (caixões), com fundações sobre enrocamentos. Os molhes de proteção contra a ação das correntes também são constituídos por espigões de elementos rochosos naturais ou artificiais. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 18 46 5 に MOLHES E DIQUES DE DEFESA CONTRA A AÇÃO DAS ONDAS Conforme já mencionamos, os diques de proteção contra as ondas são do tipo que provoca sua ruptura ou do tipo refletor. A figura seguinte apresenta cortes transversais típicos deste tipo de obras. No primeiro caso da figura, temos a seção transversal de um molhe típico de enrocamento. Os taludes do enrocamento podem variar na ordem de 1:1,5 a 1:3 (cotg = 1,5 a 3,0), de acordo com o tipo de material empregado. Existe naturalmente o interesse de manter o talude o mais acentuado possível, dentro das características do material empregado, de modo a obter a máxima economia. A cota de topo do molhe deve ser fixada de modo a evitar a passagem das ondas sobre a crista, seja pela altura da onda ou pela sua ascensão ao longo do talude (wave runup). Estes parâmetros de projeto podem ser obtidos através dos elementos de Hidrodinâmica Marítima. No segundo caso da figura, temos a seção típica de um dique refletor de ondas. Estes diques são, em geral, projetados de modo a criar um anteparo vertical, capaz de refletir as ondas progressivas ミWノWゲàキミIキSWミデWゲがàェWヴ;ミSラàラミS;ゲàWゲデ;Iキラミ=ヴキ;ゲàラ┌àさIノ;ヮラデキざがàケ┌WàYàキェ┌;ノà;ラàSラHヴラàS;à;ノデ┌ヴ;àS;àラミS;à progressiva incidente. Ambos os tipos de molhes ou diques tem, em geral, uma pista ou via de trânsito em seu coroamento. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 19 46 6 に MOLHES DE ENROCAMENTO OU BLOCOS ARTIFICIAIS Estes molhes, cuja seção típica é indicada na figura a seguir, provocam a ruptura da onda, quando esta ascende pelo talude de incidência. O fenômeno é semelhante ao da ruptura da onda num fundo de profundidade decrescente. Todavia, o fenômeno é mais complexo, em consequência da rugosidade do talude do enrocamento, o que faz com que parte da energia da onda seja dissipada por atrito ou turbulência. Pode haver uma reflexão parcial da onda, em especial no caso de taludes muito íngremes, e, às vezes, só um estudo em modelo pode dar informações corretas. 7 に EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS Os equipamentos portuários constituem outro tópico relevante seja pela sua importância na dinâmica/operação do porto (tempos de carga/descarga, taxas de ocupação/capacidade, qualidade, custos, etc), seja pela singularidade desses equipamentos ou ainda pela representatividade de seu custo no custo total das obras portuárias. Os tipos, funções e características dos equipamentos portuários e de movimentação de cargas são variados e de evolução rápida, e por isso precisam ser selecionados através de estudo criterioso, por especialistas conhecedores das disponibilidades de mercado, de desempenho e eficiência operacional, constituindo assim uma ampla e complexa especialidade. Além dos equipamentos de carga e descarga dos navios, empregam-se também equipamentos de pátio, cuja finalidade é o manuseio das cargas ou o transporte dessas até os equipamentos móveis do cais ou zona acostável. De uma maneira resumida, podemos classificaros equipamentos envolvidos na movimentação de cargas: - De carga geral - De granéis sólidos - De granéis líquidos Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 20 46 - De contêiner 7.1 に EQUIPAMENTOS DE CARGA GERAL a) Percurso aéreo da carga (navio に faixa de cais): Equipamentos de bordo: - Pau de carga ou guincho (em desuso devido aos guindastes de bordo dos navios de maior capacidade de carga) - Guindaste de bordo (instalados sobre o convés de navios cargueiros e graneleiros sólidos に até 50 t) - Ponte automática (deslocam-se no convés principal para estivagem/desestivagem de 20 contêineres に até 40 t) Equipamentos de faixa de cais: - Guindastes elétricos de pórtico ou semipórtico (sobre trilhos, mais apropriados para movimentação de carga geral de baixo peso unitário に até 6,5 t) - Auto guindastes móveis (sobre pneus, e, portanto, de deslocamento livre に até 100 t) - Portainers (pórticos para movimentação de contêineres, sobre trilhos, mesmo papel que as pontes に até 40 t) - Cabreas (embarcação contendo guindaste de grande capacidade sobre o seu convés に 500 t (movimentação de carga nos portos) e 3000 t (obras marítimas) b) Percurso terrestre da carga (faixa de cais に instalação de estocagem de 1ª linha): - Empilhadeiras convencionais (sobre pneus, de garfo central, transporte de carga a pequena distância に até 7 t) - Empilhadeiras especiais (de garfo lateral, garfo frontal circular, etc.) - Top load (empilhadeiras para movimentação de contêineres, sobre pneus に até 40 t) 7.2 に EQUIPAMENTOS DE GRANEIS SÓLIDOS De um modo geral, os graneis sólidos são movimentados através de instalações especializadas (automatizadas ou mecanizadas), ou seja, sem o auxílio de mão de obra braçal, mas apenas de operadores especializados na operação dos equipamentos. - Torres de sucção pneumática (descarga) に sobre trilhos, utilizados na descarga de cereais, capacidade de até 500 t/h. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 21 46 - Sugadores móveis (descarga) に pequeno porte, sobre pneus, capacidade em torno de 60 t/h. - Sugadores flutuantes (descarga) - atuam a contrabordo de navios fundeados ao largo ou nas bacias portuárias. - Descarregador de navios ou inloader (descarga) に pórtico, de grande porte, sobre trilhos, recuperam o granel sólido no porão do navio, iça-o e o despeja em uma moega na própria estrutura, e daí até sistema de correias transportadoras. Utilizados para minério de ferro, carvão, fertilizantes, etc. Capacidade até 2.000 t/h. - Carregador de navios ou shiploader (embarque) に pórtico, de grande porte, sobre trilhos, embarca e estiva o granel, oriundo das instalações portuárias, no porão do navio. Capacidade até 32.000 t/h, no caso de minério de ferro. - Guindastes elétricos convencionais に equipamentos motores, não pertencentes às instalações especializadas. Capacidade entre 1.5 a 50 t/porão/h. 7.3 に EQUIPAMENTOS DE GRANEIS LÍQUIDOS A exemplo dos granéis sólidos, os granéis líquidos, de um modo geral, também são movimentados através de instalações especializadas. - Braços de carga に equipamentos que conectam os mangotes procedentes dos tanques dos navios graneleiros líquidos ao sistema de tubulações ou pipelines que conduz o granel líquido até a instalação onde será estocado. Capacidade até 1.000 t/h. - Sistema de mangote に difere do anterior apenas pela ligação entre o navio e as tubulações. Capacidade até 500 t/h. - Sistema de carga/descarga de caminhão tanque diretamente para o navio に com auxílio de mangotes e bombas do caminhão. Capacidade até 50 t/h. 8 に DRAGAGEM Em quase todos os portos do mundo verifica-se a necessidade de se proceder a operações de diversos tipos destinadas a assegurar que a navegação se realize em boas condições de segurança, qualquer que seja o estado de tempo e de maré. Em alguns portos despendem-se elevadas verbas nessas operações. Para tal situação tem contribuído o aumento progressivo do calado dos navios e a construção de obras de abrigo, estas por reduzirem a agitação das águas e, consequentemente, favorecerem o assoreamento. As operações e processos utilizados na manutenção e melhoria de condições de acesso aos portos podem ser classificadas em: correntes de varrer; dragagem; derrocamento; operações de salvamento e de remoção de destroços de navios e de obras. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 22 46 As correntes de varrer constituíram durante muitos anos o único processo a que se recorria nos portos estabelecidos em mares, com marés, para assegurar as profundidades necessárias à navegação. Para conseguir as correntes de varrer utilizavam-se braços mortos de rios ou construíam-se reservatórios. Na enchente permitia-se a entrada da água até se atingir a cota da preamar, fechavam-se em seguida as comportas, as quais só voltavam a abrir na baixamar. As correntes assim conseguidas eram em geral suficientes para assegurar a manutenção dos canais pouco profundos exigidos, antigamente, pela navegação. Para assegurar nas entradas dos portos as profundidades demandadas pelos grandes navios utilizados hoje em dia seria necessário movimentar enormes volumes de água. Tais volumes implicariam a construção de reservatórios e de comportas enormes. O perigo de descalçamento dos muros-cais provocados pelas correntes e a necessidade de se interromper a navegação durante sua passagem são outros inconvenientes graves que também têm levado ao abandono das correntes de varrer. Tal abandono deve-se, ainda, ao progresso verificado no equipamento de execução de dragagens, progresso este que permitiu elevar consideravelmente, ao longo do tempo, o rendimento dos equipamentos e baixar os custos de dragagem. Porém, o método das correntes de varrer ainda é bastante usado quando as condições naturais locais dispensam a construção de reservatórios. Designa-se genericamente por dragagem a remoção de materiais de fundos submersos mediante o emprego de equipamento flutuante (na grande maioria dos casos). A evolução dos equipamentos permitiu o alargamento do campo de aplicação das dragas. Hoje se realizam operações de dragagem não apenas como o objetivo de aprofundar ou conservar os acessos aos portos e as condições de flutuação no seu interior, mas também com outros objetivos, tais como: execução de fundações de obras marítimas; obtenção de materiais para aterro, em geral associada como o aprofundamento de zonas navegáveis; construção de barragens de terra; criação de novas praias ou alargamento das existentes; obtenção de materiais de construção, notadamente areia, cascalho e argila; extração de minerais submersos. As dragas podem proceder à remoção dos materiais submersos provocando o seu arrastamento por forte corrente de água ou por meios mecânicos. No primeiro caso as dragas são chamadas de sucção e, no segundo, são designadas pelo tipo da colher ou do balde utilizado. As dragas de sucção, graças a potentes bombas centrífugas de que são munidas, aspiram materiais submersos misturados com água. As dragas de sucção classificam-se em dragas de sucção marítimas e dragas de sucção estacionárias. As primeiras, sempre providas de meios de propulsão e de porão para dragados, são verdadeiros navios capazes de trabalhar em lugares expostos. As segundas, normalmente desprovidas de meiosde propulsão e de porão, destinam-se a serem utilizadas em lugares abrigados, no enchimento de batelões ou na propulsão dos produtos dragados através de tubulações (neste último caso também são chamadas de sucção e recalque). Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 23 46 A dragagem de areia com dragas de sucção efetua-ゲWàェWヴ;ノマWミデWàIラマà;àSヴ;ェ;àさ;ミIラヴ;S;ざがàWàヮラヴà meio da abertura de poços regularmente espaçados. A agitação das águas acaba sempre por nivelar os fundos assim dragados, conseguindo-se ótimos rendimentos. A dragagem de lodos com dragas de sucção efetua-se com ;àSヴ;ェ;àさWマàマ;ヴIエ;ざがà;HヴキミSラàゲ┌ノIラゲà segundo alinhamentos retos e paralelos. Para a dragagem em marcha utilizam-se cabeças especiais, as quais permitem a acumulação dentro delas de material a dragar. A capacidade do porão deste tipo de draga deve ser adequada às condições locais. Com o objetivo de melhorar o rendimento e de permitir a utilização de dragas de sucção estacionária em terrenos que não se desagreguem facilmente, recorre-se ao emprego de cabeças WゲヮWIキ;キゲàミラゲàデ┌HラゲàSWà;ゲヮキヴ;N?ラくàEゲデ;ゲàI;HWN;ゲがàSWゲキェミ;S;ゲàSWàさSWゲ;ェヴWェ;Sラヴ;ゲざがàゲ?ラàマ┌ミキS;ゲàSWà jatos de água sob pressão, ou de lâminas rotativas. Os desagregadores, quando muito pesados, limitam a mobilidade das dragas e impedem-nas de trabalhar em águas agitadas. No entanto, permitem ampliar consideravelmente o rendimento e o campo de aplicação deste tipo de draga. Só convém transportar os dragados em porões próprios ou em batelões quando eles sedimentam rapidamente. Enviando os produtos dragados por tubulações para lugares onde possam decantar, evitam-se os inconvenientes resultantes da sedimentação lenta. As dragas que utilizam meios mecânicos podem dispor de numerosos baldes, em rosário, ou apenas um único balde ou colher. Se a draga tiver um único balde, este será manobrado suspenso por cabos, cabos esses que permitirão levantá-lo e baixá-lo, e, também, comandarão a sua abertura e fechamento. Se a draga dispuser de uma colher ligada a um braço, esta será manobrada da mesma forma que as colheres das escavadoras terrestres. Algumas dragas encontram-se equipadas de modo a utilizar mais do que um processo de dragagem, o que lhes permite adaptarem-se a variadas condições de trabalho. O elemento principal das dragas de balde é uma série de baldes dispostos como os alcatruzes de uma nora. Elas permitem não só a dragagem de lodos e areias, mas também a de argilas, mesmo quando compactas, e até a dragagem de grandes seixos e rocha quebrada. As dragas de baldes devem ser apenas utilizadas em águas calmas, pois de outra forma a lança que suporta os baldes pode ser danificada. Oゲà H;ノSWゲà デキヮラà PヴキWゲデマ;ミがà デ;マHYマà ゲ?ラà SWゲキェミ;Sラゲà Wマà キミェノZゲà ヮラヴà さェヴ;Hゲざà Wà ヮラヴà さIノ;マゲエWノノゲざがà podem ser de variadíssimos tipos. São constituídos por duas ou mais mandíbulas trabalhando suspensas por cabos que servem também para comandar a sua abertura e fechamento. O próprio peso do balde provoca seu enterramento, quando aberto, no material a dragar. Só convém utilizar este tipo de equipamento em dragagens de reduzido volume, por virtude de ser baixo o seu rendimento. A principal vantagem das colheres tipo Priestman reside na sua grande adaptabilidade às mais diversas condições de trabalho. Como o balde não tem qualquer ligação rígida com a embarcação da qual é suspenso, não são de recear avarias no caso de agitação das águas, tal como sucede nos tipos anteriormente descritos. As chamadas dragas de colher são verdadeiras escavadores de colher, em tudo iguais às terrestres, mas montadas sobre batelões. Empregam-se em particular na remoção de fundos muito duros, Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 24 46 onde não seja possível a utilização de dragas de baldes ou onde estas deem pouco rendimento. Só podem ser utilizadas em lugares de águas muito calmas. Muitas dessas dragas são munidas de duas estacas aos lados da colher e que se podem fazer descer. Tais estacas destinam-se a permitir que a draga avance rodando ora em torno de uma, ora de outra estaca. Em geral, junto à popa a draga é também munida de uma terceira estaca mais esbelta. O derrocamento é o quebramento de rochas submersas, o que pode ser feito de diversas formas: a) colocação de cargas explosivas diretamente sobre a rocha. Este processo presta-se ao quebramento de rochas salientes, mas não ao aprofundamento de um fundo rochoso; b) utilização de quebradores de rocha ou corta-rochas, de funcionamento muito semelhante ao de bate-estacas, e cujos pilões podem pesar de 5 a 30 toneladas. Prestam-se ao quebramento de rocha de dureza média, em particular quando estratificada horizontalmente; c) colocação de explosivos dentro de furos abertos com martelos manobrados por mergulhadores ou de bordo de pontões especiais. É o processo mais utilizado. Os pontões são munidos de pernas sobre as quais se podem elevar, deixando, dessa forma, de acompanhar os movimentos da água. Por vezes, a furação também se faz de dentro de câmaras de ar comprimido. As operações de salvamento e remoção de destroços de navios sucedem quando se verificam naufrágios em lugares onde a presença de casco de um navio constitui um grave estorvo para a navegação. Em tais casos começa-se por escolher entre desmantelar o casco ou tentar pô-lo de novo a flutuar. Para por de novo a flutuar um navio naufragado inicia-se por retirar-lhe a carga, tampar os rombos e, em seguida, esgotar a água do seu interior. Para o salvamento de navios de pequeno- deslocamento utilizam-se flutuadores, de forma geralmente cilíndrica, os quais, pelo enchimento parcial com água, se fazem descer para junto do casco do navio. Por cabos ou correntes ligam-se os flutuadores ao casco. Esgotando-se a água de dentro dos flutuadores, por meio de ar comprimido, estes trazem consigo para a superfície o casco do navio naufragado. Para destruir cascos que se tenha desistido de pôr a flutuar, começa-se, em geral, por os cortar em traços suscetíveis de serem suspensos por cábreas. Os trabalhos de salvamento e de desmantelação são também, por vezes, realizados ao abrigo de ensecadeiras construídas especialmente para este fim. 9 に QUESTÕES COMENTADAS (Perito PF/2012 に Cespe) Com referência a obras portuárias, julgue os itens subsecutivos. 1. 118 に Além da dragagem, o derrocamento é um serviço de ampliação de canais de acesso. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 25 46 Comentários: Conforme vimos na parte teórica desta aula, as operações e processos utilizados na manutenção e melhoria de condições de acesso aos portos podem ser classificadas em: correntes de varrer; dragagem; derrocamento; operações de salvamento e de remoção de destroços de navios e de obras. O derrocamento é o quebramento de rochas submersas. Gabarito: Correta 2. 119 に Cabreas e portainers são equipamentos de operação utilizados em portos. Comentários: Conforme vimos na aula, esses são tipos de equipamentos de faixa de cais. Gabarito: Correta 3. 120 に A batimetria tem a função de medir a influência das ondas na resistência estrutural das obras de acostamento. Comentários: A Batimetria consiste na medição da profundidade dos oceanos, lagos e rios, expressa cartograficamente por curvas batimétricas que unem pontos com a mesma profundidade com equidistânciasverticais, à semelhança das curvas de nível topográfico. Gabarito: Errada (TCE-PE/2017 に Cespe) No que se refere a obras portuárias, julgue os itens que se seguem. 4. 92 に Vários fatores ambientais agregam-se na definição da largura de um canal de acesso que deve considerar ainda uma margem de segurança que garanta uma folga entre a embarcação-tipo e as margens do canal, além de uma distância de passagem. Se o canal for de mão dupla, a largura deve considerar também duas vezes a distância de passagem para reduzir a um nível controlável a interação hidrodinâmica embarcação-embarcação. Comentários: De acordo com Lima (2012), na figura abaixo está apresentado o esquema básico dos elementos de um canal de acesso portuário dimensionado para uma embarcação-tipo, consistindo do canal propriamente dito e da faixa balizada sinalizada. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 26 46 Fonte: Lima (2012) Os canais de acesso portuários podem ser subdivididos em externos, expostos à ação da agitação ondulatória e internos, abrigados das ondas. A parcela da largura de um canal de acesso referente à manobrabilidade inerente da embarcação está apresentada na figura a seguir. Fonte: Lima (2012) Ainda de acordo com o mesmo autor, vários fatores ambientais agregam-se na definição da largura de um canal de acesso, como por exemplo, o efeito de um forte vento cruzado na manobra. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 27 46 Em canais de mão dupla, deve-se considerar uma largura adicional entre as faixas de manobra, que leva em conta a redução da interação hidrodinâmica navio-navio. Outra margem de segurança a considerar na largura de um canal de acesso são as folgas com as margens. Na figura abaixo estão apresentados, de um modo geral, os elementos da largura de um canal de acesso de mão dupla, sendo que estes podem ser discretizados em 13 fatores que compõem a largura requerida, apontados a seguir: - Manobrabilidade (wM); - velocidade do navio; - ventos transversais prevalescentes; - correntes transversais prevalescentes; - correntes longitudinais prevalescentes; - altura significativa (hs) e comprimento de onda (l); - auxílios à navegação; - superfície de fundo; - profundidade da via navegável; - nível de periculosidade da carga; - intensidade de tráfego; - largura adicional devido à folga com a margem (wB); - largura de passagem para canais de mão dupla (wP). Fonte: Lima (2012) Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 28 46 E prossegue informando que nas operações de giro e atracação é recomendável a assistência de rebocadores, cujo número varia de acordo com o porte bruto da embarcação. Dependendo das dificuldades de navegação ao longo do canal de acesso, pode ser necessária a presença de rebocador(es) acompanhando o navio, principalmente nas curvas. Portanto, não há necessidade de se considerar duas vezes a distância de passagem para reduzir a um nível controlável a interação hidrodinâmica embarcação-embarcação, bastando uma largura adicional entre as faixas de manobra. Gabarito: Errada 5. 93 に Os quebra-mares não são indicados para locais com grande declividade do terreno, pois, além de exigirem obras antieconômicas, os espigões criam turbulências capazes de produzir erosões que os arruinarão, se não for mantido um esquema de manutenção adequado. Comentários: De acordo com Lima (2012), a construção de uma obra portuária contempla os seguintes aspectos estruturais: - cais に estrutura junto ao berço de atracação, para desembarque e descarga; tipos construtivos de cais: de gravidade, em cortinas de estacas prancha e de paramento aberto; - píer に parte destacada do cais, para atracação; existe quando a profundidade junto ao cais é muito rasa e a dragagem não é recomendada; - canal de acesso に local por onde as embarcações trafegam para acessar ao porto (chegada/saída); - bacia de evolução に área de manobra dos navios para posicioná-los em direção ao berço (chegada/saída) que une trechos do canal de acesso, e esse ao berço de atracação; - berços de atracação に áreas do cais em que as embarcações são acostadas com segurança (defensas e dispositivos de amarração) para desembarque e descarga (equipamentos de descarregamento); - bacias de espera/fundeio に áreas seguras, no meio aquático, para espera e ancoragem, enquanto as embarcações aguardam autorização ou condições adequadas para atracação junto ao porto; - área de segregação に áreas para armazenamento adequado de cargas especiais e perigosas; - quebra-mar - Wゲデヴ┌デ┌ヴ; SW ヮヴラデWN?ラ ヮ;ヴ; マキデキェ;ヴ WaWキデラゲ S;ゲ ラミS;ゲ ふWゲデヴ┌デ┌ヴ; さ;HWヴデ;ざぶき geralmente realizada por enrocamento ou blocos de concreto com geometria específica; - molhe に estrutura de proteção para mitigar efeitos S;ゲ ラミS;ゲ ふWゲデヴ┌デ┌ヴ; さゲWマキ-;HWヴデ;ざぶき ; ┎ミキI; diferença para os quebra-マ;ヴWゲ Y ケ┌W ラゲ マラノエWゲ ゲ?ラ さWミヴ;キ┣;Sラゲざ ふIラミWIデ;Sラゲぶ ミラ IラミデキミWミデWき - tetrápodos; quadrípodos; dolos; tribares に estruturas de concreto, com geometria específica, artificialmente produzidos para substituir o enrocamento; têm menor peso por volume e são mais eficientes do que o enrocamento, para fins de amortecimento de ondas e correntes; é opção Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 29 46 normalmente mais cara do que enrocamento (mas pode haver compensação se o custo de transporte do enrocamento for muito alto ou se houver impedimentos pelos órgãos ambientais); - espigões に estruturas enraizadas no continente, para atenuar efeitos de correntes; não evitam WヴラゲロWゲ デヴ;ミゲ┗Wヴゲ;キゲ SW ヴWデラヴミラ ふさヴキヮ I┌ヴヴWミデゲざぶ W ミ?ラ ゲ?ラ キミSキI;Sラゲ ヮ;ヴ; ノラcais de fraco transporte de sedimentos ou direções variáveis de transporte; - defensas elásticas e pneumáticas に obras esbeltas exigem defensas que absorvam maiores impactos; obras maciças exigem defensas menos flexíveis; - dolfins に servem para amarração, atracação, guia; - cabeços e ganchos de engate rápido に servem para amarração, evitando movimentos da embarcação no plano horizontal: deslocamento, arfagem e cabeceio; indicados para terminais que operam com carregamentos especiais, tais como combustíveis ou que estejam sujeitos a fortes ações do mar ou ventos (NBR nº 9782/87) Conforme as definições acima, verificamos que os quebra-mares não são conectados no continente, logo, não podem ser caracterizados como espigões, que são estruturas enraizadas no continente. Gabarito: Errada 6. 94 に Para otimizar economicamente a produtividade de um berço e minimizar seu custo, deve-se levar em conta a capacidade de carga do navio e os custos decorrentes do fato de o navio estar parado. Comentários: Conforme vimos na questão anterior, os berços de atracação são áreas do cais em que as embarcações são acostadas com segurança (defensas e dispositivos de amarração) para desembarque e descarga (equipamentos de descarregamento). A economicidade da produtividade reflete-se em maior carga movimentada por unidade de tempo, logo, o planejamento das dimensões e da configuração do Berço devem levar em conta a capacidade de carga dos navios previstosno horizonte de tempo do projeto de forma a minimizar o tempo total da operação de carga/descarga e de embarque/desembarque. Aproveitamos o tema de Berços para complementar a nossa aula com conceitos e informações da NBR 13209 に Planejamento Portuário に Obras de Acostagem: O Berço é uma unidade dimensional da obra de acostagem, com características técnicas específicas, variáveis de acordo com a natureza da mercadoria a carregar e/ou descarregar ou com a função de embarque e/ou desembarque de pessoas, veículos rodoviários e ferroviários, bem como com respectiva embarcação de projeto. áàマWゲマ;àミラヴマ;àSWaキミWàOHヴ;àSWàáIラゲデ;ェWマàIラマラàWゲデヴ┌デ┌ヴ;àIラミゲデヴ┌ケS;àミラàマ;ヴがàWマàI┌ヴゲラゲàSげ=ェ┌;à ou lagos, destinada à amarração e/ou atracação de embarcações para fins de operação de carga Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 30 46 e/ou descarga de mercadorias ou embarque e/ou desembarque de pessoas, veículos rodoviários e ferroviários. Ainda de acordo com a referida norma, para a fixação preliminar do comprimento do berço é recomendado o valor equivalente a 1,2 vez o valor do comprimento total da embarcação de projeto, no horizonte do respectivo projeto, e medido ao longo da linha de acostagem do respectivo berço. O valor definitivo do comprimento do berço, para cada etapa de desenvolvimento da obra de acostagem, deve ser fixado de acordo com a função e finalidade do berço, das características das embarcações da frota, das condições de atracação e amarração, das condições e tecnologia da operação de carga e/ou descarga de mercadorias e dos correspondentes custos e benefícios de cada etapa de expansão do porto. Os berços singulares ou berços das extremidades dos cais podem ter comprimentos menores do que o comprimento total da embarcação de projeto, desde que sejam definidos em seu prolongamento dispositivos de amarração, independentes e adequados, e não prejudiquem a atracação de embarcações em berço de outra obra de acostagem. De acordo com as condições ambientais locais e das condições e tecnologias operacionais aplicáveis à função e finalidade do berço, são recomendadas folgas adicionais a serem determinadas em função do movimento das embarcações, por efeito destas condições. Para os efeitos de fixação da profundidade junto ao berço, no horizonte do projeto, referida ao zero hidrográfico do porto, são recomendadas as seguintes folgas em relação ao calado da embarcação de projeto, quando totalmente carregada, de acordo com a estrutura do fundo: a) lodoso: até 0,3 m; b) arenoso: de 0,3 a 0,5 m; c) rochoso: mínima de 1,0 m. Em locais com condições ambientais desfavoráveis, devem ser adotadas folgas adicionais, que levem em consideração os movimentos da embarcação. A profundidade efetiva, para as diferentes etapas de desenvolvimento do porto deve ser definida, considerando a função e finalidade do berço, as características das embarcações da frota, as condições ambientais e de assoreamento, e sua respectiva economicidade. Para a fixação preliminar da cota de coroamento do cais são recomendados os parâmetros ou indicações seguintes: a) para berço situado em mar ou estuário com maré に mínima de 1,5 m acima da média das marés de sizígia; b) para berço situ;SラàWマàWゲデ┌=ヴキラàゲWマàマ;ヴYがàWマàI┌ヴゲラゲàSげ=ェ┌;àラ┌àノ;ェラゲàに mínimo de 0,50 m acima Sラà ミケ┗Wノà Sげ=ェ┌;à ;Sラデ;Sラà Iラマラà ノキマキデWà ゲ┌ヮWヴキラヴà <à a┌ミN?ラà Wà aキミ;ノキS;SWà S;à ラHヴ;à SWà ;Iラゲデ;ェWマがà consideradas as condições locais de topografia, correntes, ondas e amplitude de variação do nível Sげ=ェ┌;く Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 31 46 Gabarito: Correta 7. 95 に Tanto nos portos naturais quanto nos artificiais, as áreas de retroporto são áreas terrestres próprias para a movimentação de cargas e passageiros. Os sistemas de movimentação de cargas e as instalações de armazenagem devem ser projetados com a maior flexibilidade possível, ressalvadas as situações de terminais nitidamente especializados. Comentários: De acordo com Fanti (2007), a área do retroporto está ligada à movimentação e armazenamento de cargas, passageiros e também pode servir de local para as instalações da administração portuária. De acordo com o mesmo autor, em função da utilização, os portos podem ser de carga geral ou especializados. Os portos de carga geral movimentam volumes de qualquer tipo, mas em pequenas quantidades, como por exemplo: sacarias, barris, caixas, bobinas etc, enquanto que os especializados movimentos determinados tipos de cargas, em quantidades maiores como: granéis sólidos ou líquidos, contêineres, pesqueiros, militares (base naval) etc. Portanto, verifica-se que os portos especializados exigem equipamentos e sistemas especiais e de maior porte, o que vai de encontro à flexibilidade obtida em portos de carga geral. Gabarito: Correta (CGE-PI/2015 に Cespe) As obras portuárias devem ser entendidas como de natureza multidisciplinar, pois exigem conhecimentos de navegação, geotécnica, estruturas, planejamento, operação, manutenção, entre outros. Assim, cabe aos profissionais habilitados encontrar as soluções que sejam técnica e economicamente viáveis. No que tange a esse assunto, julgue os itens subsecutivos. 8. 157 に As defensas elásticas operam na base da deformação do sistema, absorvendo a energia elástica; do as defensas de gravidade usam a energia choque para fazer subir o baricentro de determinado peso, sendo possível deduzir do diagrama força-deslocamento das defensas o diagrama da energia absorvida. Comentários: De acordo com a NBR 11240, as defensa são elementos indispensáveis para a proteção das obras de acostagem, bem como das embarcações, objetivando a absorção de energia de impacto na atracação, proporcionando a estas proteção enquanto estiverem atracadas. Quanto ao material usado na sua confecção, as defensas podem ser de: madeira, metálicas, cordoalha e elastômeros. Na medida em que se valem das propriedades de mais de um desses materiais, são consideradas como mistas. Quanto à colocação na estrutura de acostagem, podem ser corridas, isoladas ou agrupadas. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 32 46 Quanto à fixação, podem ser fixas ou deslizantes. Quanto ao modo de aplicação das cargas, podem ser axiais ou transversais. Quanto ao modo de absorção de energia de atracação, podem ser por: a) conversão em energia potencial por elevação de massa; b) conversão em energia potencial por imersão; c) conversão em energia potencial por deformação elástica; d) dissipação sob forma de energia térmica por efeitos hidrodinâmicos; e) dissipação por deformação plástica. Quanto ao comportamento, podem ser de alta ou baixa flexibilidade. De acordo com Ribeiro (2011), as defensas elásticas operam na base da deformação do sistema, com absorção de energia elástica. O princípio das defensas de gravidade consiste em usar a energia do choque para fazer subir o baricentro de um determinado peso, existindo ainda outros tipos que tiram proveito de fenômenos diversos, tais como compressão de ar. Gabarito: Correta 9. 158 に Ao contrário dos portos artificiais, os portos naturais dispensam as estruturas especiais de proteção do tipo quebramar ou molhes. Comentários: De acordo com Ribeiro (2011): Os portos podem ser classificados como portos naturais, semi-naturais, artificiais, portosde refúgio, militares ou comerciais. Os portos naturais são estruturas, que pela sua configuração natural, criam proteção de tempestades e ondas a uma dada área, não necessitando de estruturas especiais de proteção do tipo quebramar ou molhes. Os portos semi-naturais são os portos localizados numa enseada ou protegidos por promontórios em ambos os lados, sendo apenas necessário garantir uma proteção artificial na sua entrada. Os portos artificiais surgem por motivos de interesse econômico, mesmo faltando inicialmente as condições mínimas de abrigo e acesso. São portos protegidos dos efeitos das ondas por quebramares destacados, molhes ou como resultado de dragagens para permitir o acesso, caracterizando-se assim por uma forte intervenção humana na sua concepção. Os portos de refúgio são utilizados para abrigar navios numa tempestade podendo servir como porto comercial. No essencial, devem permitir boas condições de amarração ou ancoragem, em segurança e de fácil acesso a partir do mar durante qualquer estado climatérico e de correntes marítimas. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 33 46 Um porto militar ou base naval tem como objetivo acomodar navios patrulha, porta-aviões ou fragatas e servir de depósito de armamento e de bens necessários à prestação de serviços militares. E os portos comerciais são portos dotados de equipamentos necessários à carga e descarga dos navios, garantindo ainda o seu abastecimento de bens essenciais e combustível, sendo servidos por uma vasta rede de infraestruturas viárias e apoio administrativo. Possuem autoridades aduaneiras e de fiscalização e são dotados, muitas vezes, de docas secas para reparação de navios. Gabarito: Correta 10. 159 に O cabo de amarração de navios do tipo transversal é próprio para resistir somente às forças longitudinais, por outro lado o cabo lançante é usado para resistir às forças das correntes marítimas, com navios sensivelmente perpendiculares à direção das correntes. Comentários: De acordo com Ribeiro (2011): Os esforços de acostagem são determinados pela ação do impacto dos navios e embarcações na altura da atracação, enquanto os esforços de amarração são majoritariamente causados pela ação dos ventos e correntes sobre os navios atracados. Podem ocorrer outros efeitos importantes, tais como os efeitos de oscilações dos navios sob a ação das ondas ou efeitos ressonantes em bacias portuárias fechadas. Os métodos utilizados na amarração dos navios têm por finalidade eliminar ou balizar os seus movimentos. Existem assim três tipos principais de cabos de amarração de navios: a) Cabos lançantes, com a finalidade principal de resistir às forças das correntes, com os navios sensivelmente alinhados com a direção das mesmas; b) Cabos transversais, destinados principalmente a resistirem às forças transversais do vento; e Iぶà さ“ヮヴキミェノキミWゲざがà ケ┌Wà デZマà ;à aキミ;ノキS;SWà IラマヮノWマWミデ;ヴà SWà ;Hゲラヴ┗Wヴがà デ;ミデラà ;ゲà aラrças longitudinais, como as forças transversais. Portanto, verifica-se que o enunciado trocou a direção das forças a serem resistidas por cada tipo de cabo. Gabarito: Errada 11. 160 に Nos quebramares de talude, o manto resistente é a faixa interna do talude anterior, sobre a qual se dá o embate direto da agitação das ondas; esse manto se constitui de blocos colocados em duas camadas, que atingem necessariamente o pé do talude. Comentários: Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 34 46 De acordo com Ribeiro (2011), os Quebramares de Talude são caracterizados geometricamente por um perfil tipo transversal trapezoidal, sendo grande parte da energia das ondas dissipada no talude através de uma emulsão ar-água e a outra parte refletida para o largo. O manto resistente é a faixa externa do talude anterior, sobre a qual se dá o embate direto da agitação sendo constituído por blocos (naturais ou artificiais), em geral colocados em duas camadas ou fiadas, não atingindo necessariamente o pé do talude. Tem como principal função a dissipação de energia, protegendo também as camadas subjacentes da erosão provocada pela agitação. Fonte: Ribeiro (2011) Gabarito: Errada (TCU/2011 に Cespe) Com referência a dragagem, atividade comumente realizada na implantação e(ou) manutenção de portos marítimos, julgue os itens consecutivos. 12. 186 に Uma draga de sucção e recalque com desagregador possui capacidade elevada de transporte de sedimentos. Esses sedimentos são armazenados em cisternas para posterior despejo. De acordo com Ribeiro (2011): Podemos dividir as dragas em dois tipos: ;ぶàDヴ;ェ;ゲàSWà;N?ラàマWI>ミキI;ぎàDヴ;ェ;ゲàSWàH;ノSWàヴケェキSラàふさSキヮヮWヴざぶきàDヴ;ェ;ゲàSWàH;ノSWà;ヴデキI┌ノ;Sラà ふさェヴ;Hざがà さIノ;マゲエWノノざぶきà Dヴ;ェ;à SWà ;ノI;デヴ┌┣Wゲà ふさH┌IニWデà SヴWSェWざぶきà Dヴ;ェ;ゲà Iラマà ヮ=à aヴラミデ;ノà ラ┌à ヴWデヴラWゲI;┗;Sラヴ;àふさH;IニエラWざぶきàDヴ;ェ;ゲàデキヮラàさSヴ;ェノキミWざくà Hぶà Dヴ;ェ;ゲà SWà ゲ┌IN?ラぎà Dヴ;ェ;ゲà エキSヴ=┌ノキI;ゲà ふDヴ;ェ;à Wゲデ;Iキラミ=ヴキ;à SWà IラヴデWà Wà ゲ┌IN?ラà ふさI┌デデWヴざぶきà Dヴ;ェ;à SWà ゲ┌IN?ラà Wマà ;ミS;マWミデラà ふさデヴ;キノWヴざぶきà Dヴ;ェ;à SWà ゲ┌IN?ラà Iラマà SWゲI;ヴェ;à ノ;デWヴ;ノきà Dヴ;ェ;ゲà SWà sucção especiais); Dragas pneumáticas; Dragas submersas. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 35 46 Fonte: Ribeiro (2011) De acordo com Goes Filho (2004), Os equipamentos hidráulicos têm as bombas de dragagem como ferramenta principal, tanto para remover o material escavado に através da mistura água + material sólido に como para bombeá-lo através de tubulações flutuantes a distâncias compatíveis com a potência das bombas (no caso das dragas de sucção e recalque), ou bombeá-lo para as cisternas situadas na própria draga (no caso das dragas autotransportadoras). As dragas de sucção e recalque com desagregador mecânico são equipadas com um desagregador mecânico, ou cortador, montado na extremidade do tubo de sucção, que por rotação, corta com suas lâminas o material do fundo, que é aspirado pela bomba de dragagem. Portanto, as dragas que bombeiam o material dragado para a cisterna são as autotransportadoras. Gabarito: Errada 13. 187 に O objetivo da gestão de curto prazo de uma dragagem consiste na escavação e remoção de material para a implantação de gabarito que atenda à navegação especificada do porto. Comentários: De acordo com Alfredini & Arasaki (2009), o objetivo da gestão de curto prazo de uma dragagem consiste na escavação de material de acordo com um determinado gabarito de navegação especificado. E o objetivo da gestão de longo prazo de uma dragagem diz respeito à localização do despejo dos dragados (bota-fora) de modo a compatibilizar os aspectos técnico-econômicos; economicamente evitar o retorno dos materiais dragados; e ambientais. Gabarito: Correta (TCU/2011 に Cespe) Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 36 46 As defensas são elementos indispensáveis para proteção das obras de acostagem e proteção das embarcações. Objetivam absorver a energia de impacto na atracação das embarcações e protegê-las enquanto estiverem atracadas. Com relação ao emprego de defensas, julgue os próximos itens. 14. 192 に Para o projeto de defensas é necessário, entre outros, o conhecimento da variação da marée da agressividade das águas. Comentários: De acordo com a NBR 11240 に Utilização de Defensas Portuárias, o conhecimento das condições locais como variação da maré, incidência das ondas, ocorrência de ventos e eventuais rajadas, correntes de demais fatores meteorológicos, bem como as condições ambientais e de agressividade das águas, são de suma importância para um bom projeto de defensas. Gabarito: Correta 15. 193 に A energia de atracação pode ser absorvida por conversão em energia potencial por elevação de massa ou pode ser dissipada por deformação plástica. Comentários: De acordo com a NBR 11240, quanto ao modo de absorção de energia de atracação, as defensas podem ser classificadas por: a) conversão em energia potencial por elevação de massa; b) conversão em energia potencial por imersão; c) conversão em energia potencial por deformação elástica; d) dissipação sob forma de energia térmica por efeitos hidrodinâmicos; e) dissipação por deformação plástica. Gabarito: Correta (TCU/2011 に Cespe) Tendo em vista que as estruturas dos cais devem suportar as cargas permanentes, as sobrecargas verticais, as cargas de amarração e de atracação, as cargas móveis, os empuxos e as cargas decorrentes de fatores ambientais, julgue os itens subsequentes acerca dos tipos de obras portuárias e suas características de suporte aos referidos esforços. 16. 194 に Em terminal especializado na operação de contêineres, o equipamento conhecido por portêiner pode se locomover sobre trilhos ou sobre pneus, permitindo, nesse caso, seu deslocamento por toda a retroárea. Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 37 46 Comentários: Conforme vimos na parte teórica desta aula, Portainers são pórticos para movimentação de contêineres, sobre trilhos, mesmo papel que as pontes に até 40 t. Gabarito: Errada 17. 195 に As obras de acostagem com cais de paramento aberto caracterizam-se por transferir as cargas verticais a estacas verticais e os esforços horizontais a estacas inclinadas ou tirantes e terraplenos. Comentários: Conforme vimos na parte teórica desta aula, de acordo com o tipo estrutural ou a natureza da estrutura, podemos estabelecer uma caracterização das obras acostáveis em estruturas contínuas ou em estruturas discretas. As primeiras geram normalmente as chamadas soluções em cais de paramento aberto ou fechado. Os cais de paramento fechado possuem uma cortina frontal que assegura a contenção do terrapleno de retaguarda. Nos cais de paramento aberto, esta cortina não existe ou está na retaguarda do cais. A zona abaixo da plataforma é taludada suavemente a partir do extremo interno da seção estrutural, até atingir a linha de dragagem. Na figura a seguir, observa-se solução em paramento aberto, na qual o terreno se apresenta em talude, sob a plataforma. Fonte: TCU (2002) Na figura é possível verificar as estacas verticais e inclinadas de suporte do cais. Gabarito: Correta (TCU/2011 に Cespe) Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo 38 46 CラミゲキSWヴ;ミSラàケ┌Wがàミラゲàヮラヴデラゲがà;àヮヴラa┌ミSキS;SWがàラ┌àノ>マキミ;àSげ=ェ┌;がàSW┗WàゲWヴàIラマヮ;デケ┗WノàIラマà;à embarcação-tipo prevista para o canal de acesso, nas bacias portuárias e no cais de acostagem, julgue os seguintes itens. 18. 196 に O comprimento e a velocidade da embarcação-tipo influenciam seu movimento oscilatório. Nesse sentido, faz-se necessário incluir, na determinação da profundidade do canal de acesso, altura proporcional à onda de projeto. Comentários: De acordo com Alfredini & Arasaki (2009), os efeitos que uma onda causa numa dada embarcação no que tange ao seu movimento vertical dependem de muitos fatores, como o comprimento e a velocidade da embarcação, e os parâmetros característicos da onda (altura, período e direção). O maior efeito das ondas sobre a embarcação ocorre quando o seu comprimento é muito menor do que o comprimento da onda, situação em que se pode considerar um acréscimo de profundidade de metade da altura da onda, quando a embarcação encontra-se no cavado da onda. Possivelmente a questão foi considerada errada por dizer que é necessário incluir, na determinação da profundidade do canal de acesso, altura proporcional à onda de projeto. Contudo, a referida fonte determina ser metade da altura da onda. Gabarito: Errada 19. 197 に A situação mais desfavorável devido à maré, relacionada à profundidade de canais de acesso portuários, corresponde à menor preamar afetada pelas condições meteorológicas locais. A preamar corresponde à maior altura que atingem as águas em uma oscilação e a baixa-mar é o oposto. Portanto, a situação mais desfavorável da profundidade de canais corresponde à menor baixa-mar. Gabarito: Errada (TCE-RN/2015 - Cespe) Com relação a obras e atividades portuárias, julgue os itens subsequentes. 20. 81 に As obras de acostagem são dimensionadas em função de fatores como a movimentação de cargas e passageiros, os tipos de equipamentos para movimentação, os impactos de atracação de embarcações, as ações de ventos, de ondas, de correntes e os empuxos de terra e hidrostáticos. Quanto ao arranjo estrutural, os cais podem ser de paramento fechado ou aberto. Comentários: Marcus Campiteli, Time Campiteli Aula 16 - Obras Portuárias Obras Rodoviárias p/ DNIT (Analista de Infraestrutura - Área Engenharia Civil) Com videoaulas - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 1158789 04891387130 - Deborah Evaristo ==11ae85== 39 46 Conforme vimos na parte teórica desta aula, de acordo com o tipo estrutural ou a natureza da estrutura, podemos estabelecer uma caracterização das obras acostáveis em estruturas contínuas ou em estruturas discretas. As primeiras geram normalmente as chamadas soluções em cais de paramento aberto ou fechado. Nas soluções em estrutura discreta, estas estão subdivididas em elementos isolados, realizando funções específicas de acostagem, suporte de equipamentos e amarração dos navios ou embarcações. Gabarito: Correta 21. 82 に Em função dos tipos de navio que devem atender, os cais podem ser contínuos ou descontínuos; os cais descontínuos são destinados à atracação de navios de carga geral. Comentários: Conforme vimos na questão anterior, nas soluções em estrutura discreta, estas estão subdivididas em elementos isolados, realizando funções específicas de acostagem, suporte de equipamentos e amarração dos navios ou embarcações. Gabarito: Errada (TCU/2009 - Cespe) Os portos podem ser classificados em termos das suas características primordiais de abrigo, acessibilidade, localização e utilização. Quanto à classificação dos portos, julgue o item subsequente. 22. 197 に Portos ou terminais portuários que movimentem predominantemente determinado tipo de cargas, podendo ser de exportação ou internação de cargas, são considerados portos especializados. Comentários: De acordo com Fanti (2007), em função da utilização, os portos podem ser de carga geral ou especializados. Os portos de carga geral movimentam volumes de qualquer tipo, mas em pequenas quantidades, como por exemplo: sacarias, barris, caixas, bobinas etc, enquanto que os especializados movimentam determinados tipos de cargas, em quantidades maiores como: granéis sólidos ou líquidos, contêineres, pesqueiros, militares (base naval) etc. Gabarito: Correta (TCU/2009 - Cespe) Uma questão da maior relevância em obras portuárias é a definição das características (profundidade e largura, entre outras) dos canais de acesso portuários. Em relação aos Marcus
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