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A LOGÍSTICA REVERSA DA INDUSTRIA PNEUMÁTICA BRASILEIRA, FRENTE A LEI DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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A LOGÍSTICA REVERSA DA INDUSTRIA PNEUMÁTICA BRASILEIRA, FRENTE A LEI DE RESÍDUOS SÓLIDOS.
rangel cabral da paixão
Faculdade de Tecnologia e Ciências
Resumo
Existe atualmente uma tendência mundial no mercado de se utilizar cada vez mais materiais recicláveis. A Logística Reversa de Pós-consumo de Pneus junto com as diversas atividades de reciclagem de produtos passaram a ter maior importância nas empresas, motivadas por aspectos socioambientais. A Logística Reversa de Pneus por meio de sistemas operacionais de fluxos reversos, permite o retorno dos materiais ao ciclo produtivo, com isso agrega valor econômico, ecológico e legal. O presente artigo tem como objetivo discutir o ciclo da Logística Reversa de Pós-consumo de Pneus, fazer uma crítica sobre a atual situação das práticas de coletas adotadas no país, bem como sugerir saídas para uma melhor reutilização desse material, frente à Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A metodologia empregada no artigo foi embasada em consultas às fontes bibliográficas e de referencial teórico como: artigos, livros, teses, dissertações e websites.
PALAVRAS CHAVE. Logística Reversa, Pneus pós-consumo, PNRS.
1. INTRODUÇÃO
O setor de logística reversa é considerado ainda embrionário no Brasil, porém vem crescendo potencialmente nos últimos anos. Diversos motivos impulsionam a relevância deste tema, tais como a redução do ciclo de vida dos produtos, o avanço da tecnologia da informação, o aumento do comércio eletrônico e a conscientização da necessidade de um desenvolvimento sustentável, principalmente relacionada à escassez de recursos e à poluição ambiental.
A quantidade de produtos em circulação cresce, acompanhando a própria economia, e muitos são novos e ainda sujeitos a falhas. Há também uma tendência à redução do ciclo de vida dos bens produzidos, além de legislações cada vez mais duras no que tange à qualidade que os mesmos têm de apresentar, para que não sejam passíveis de devolução". Para ele, essas são as principais razões para o grande crescimento do setor de logística reversa no Brasil. (LEITE, 2009)
O ciclo dos produtos na cadeia comercial não termina quando, após serem usados pelos consumidores, são descartados. Há muito se fala em reciclagem e reaproveitamento dos materiais utilizados. Esta questão se tornou foco no meio empresarial, e vários fatores cada vez mais as destacam, estimulando a responsabilidade da empresa sobre o fim da vida de seu produto. (LACERDA, 2002)
Mesmo com a tendência de crescimento das preocupações ambientais, falta ao Brasil incentivo às práticas de reciclagem. Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada revela que o país perde R$ 8 bilhões por ano por deixar de reciclar todos os resíduos, possíveis de reciclagem, que são encaminhados para aterros e lixões nas cidades brasileiras.
A perspectiva é que esses índices e números melhorem a cada ano, pois a visão de sustentabilidade e reutilização de materiais recicláveis está cada vez mais presente nas nossas vidas, o que aumenta a consciência da população e das empresas, criando novas oportunidades de negócios.
2. LOGÍSTICA REVERSA
Pode-se definir a logística reversa como “o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e informações relacionadas do ponto de consumo ao ponto de origem, com o propósito de recuperação de valor ou disposição adequada” (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1998 p.17). Assim, este fluxo reverso pode ser classificado em dois tipos: bens pós-venda e de resíduos pós-consumo, ambos com o mesmo objetivo – recuperação de valor, seja econômico, de prestação de serviços, ecológico, legal, logístico ou de imagem corporativa (LEITE, 2009)
Os resíduos pós-consumo podem ter origem industrial ou doméstica, sendo que o primeiro caso já se encontra em estágio mais desenvolvido de gestão. Isto se deve à existência de regulamentações relacionadas desde 1975, como o decreto de lei N° 1.413, que dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente provocada por atividades industriais. Por outro lado, a logística reversa de resíduos pós-consumo doméstico, ainda não é tão madura e tem legislação recente. (DECRETO-LEI Nº 1.413, 1975)
3. LEGISLAÇÃO
Assinada em agosto de 2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS a lei nº 12.305, dispõe sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, bem como, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis na correta destinação de resíduos que se descartados de forma errônea poderão gerar danos ambientais e a saúde da população. (LEI Nº 12.305, 2010)
Em seu artigo 33º inciso III, a PNRS estabelece aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de pilhas, agrotóxicos, lâmpadas fluorescentes, óleos lubrificantes, produtos eletroeletrônicos e seus componentes e pneus. a obrigatoriedade em estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos. (LEI Nº 12.305, 2010)
Assim, a lei, atribui que estes sejam responsáveis pelo correto recolhimento ou o retorno dos resíduos e partes inservíveis dos seus produtos, para a correta destinação ambiental. (LEI Nº 12.305, 2010)
Por fim, a PNRS em seu artigo oitavo, estabelece a inclusão de incentivo a criação e ao desenvolvimento de cooperativas de catadores para a viabilização da cadeia reversa, como forma de acelerar e garantir a coleta dos materiais. (LEI Nº 12.305, 2010). 
4. CENÁRIO ATUAL
O Brasil teve um avanço grande em relação à destinação de pneus inservíveis desde a criação da Resolução do Conama nº 258 – revogada e substituída pela Resolução nº 416/09 – e da Reciclanip no ano de 1999. Apesar do sistema de coleta e destinação final dos pneus ser bem eficientes, ainda é necessário um foco maior na educação e sensibilização dos brasileiros, pois estes também são parte integrante do ciclo de consumo dos pneus. Inicialmente, as cooperativas de catadores, que deveriam ser o estopim para um início de uma cadeia reversa de reciclagem não apresentam uma estrutura adequada para executar as atividades de coleta de altos volumes, bem como não recebem o incentivo necessário das iniciativas privadas e públicas para melhorarem suas cadeias, e assim poderem desenvolver um melhor trabalho de coleta. 
Além disso, todo este esforço das cooperativas é minimizado pela figura dos chamados intermediários, ou atravessadores que que compram os resíduos das cooperativas, consolidam volumes e vendem para as indústrias, alcançando melhores condições de negociação no preço de venda dos resíduos. Essa prática reduz os ganhos das cooperativas e inibi novos investimentos para o setor.
Essa realidade afeta todos os ramos de reaproveitamento de resíduos, dentre eles o setor de pneumáticos, que além de já possuir uma grande cadeia produtiva para manter a atual estrutura de transporte primariamente rodoviária, está sendo atenuada pelo grande incentivo a aquisição de novos veículos automotores por parte não só das montadoras como do governo através de incentivos fiscais para aquisição destes bens.
5. DESCARTE DE PNEUMÁTICOS
No Brasil, em 2016 foram produzidos 67.870 milhões de unidades, com uma redução de 1,2% na comparação com 2015. Desta produção 15,60 milhões ou 23% foram destinados à exportação, acredita-se que 100% da produção deve ser descartada no período de um ano. (SITE ANIP, 2019).
No Brasil, 100 milhões de pneus velhos estão espalhados em aterros, terrenos baldios, rios e lagos, e podem demorar 600 anos até virar pó segundo estimativa da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). (SITE ANIP, 2019)
O descarte sem planejamento dos pneus inservíveis causa grandes transtornos para a saúde e para a qualidade da vida humana. Os pneus abandonados não são só um problema ambiental, mas também de saúde pública, pois acumulamágua das chuvas, formando ambientes propícios à proliferação de doenças como a dengue e febre amarela. 
A reciclagem dos pneus chamados inservíveis, ou sem condições de rodagem ou de reforma, é um desafio para o Brasil. O principal problema é a coleta, principalmente devido a estrutura atual das cooperativas, são poucas as empresas e cooperativas que fazem a reciclagem de pneumáticos frente a dimensão e a falta de políticas de recolhimento em todo o território tornando-se assim uma barreira para o desenvolvimento de uma logística de recolhimento desse material no cenário nacional
Com base nisso, o Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente publicou em 26 de agosto de 1999 a Resolução Nº 258 que dispõe sobre a coleta e a destinação adequadas dos pneus inservíveis. (Resolução CONAMA nº 258, 1999). Segundo a Anip, desde a publicação da resolução, em 1999 até 2018, foram 4,5 milhões de toneladas de pneus destinados de forma correta. Esses números equivalem a 898 milhões de pneus de automóveis e bicicletas, sendo investido no programa cerca de R$ 992 milhões (SITE ANIP, 2019).
Em 2017, o IBAMA divulgou o Relatório de Pneumáticos - Resolução Conama 416/09, em que atesta que a indústria nacional de pneus cumpriu mais de 101,78% da meta de coleta e destinação de pneus. Os importadores de pneus, por outro lado, cumpriram 68%, volume inferior ao estipulado pelo órgão ambiental. A entidade tem superado essa meta nos últimos seis anos em que foi publicado o Relatório.
6. BOAS PRÁTICAS
A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) desenvolve um programa com a finalidade de unir a indústria, os consumidores, os revendedores, os reformadores, o poder público e terceiro setor em um programa nacional de coleta e destinação, através de formalização de parceria com os municípios. A ANIP oferece apoio técnico, através do Programa de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, para a instalação dos pontos de coleta de coleta através de suporte econômico para o sistema de transporte dos pneus acumulados que são encaminhados às empresas de trituração e de destinação final. (SITE ANIP, 2019)
O Programa de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis teve início em 1999, através de uma parceria com o setor público e privado que possibilitaram a criação, de pontos de coleta. Os pontos de coleta são os locais de recepção dos pneus inservíveis, possibilitando a destinação ambientalmente correta desses objetos. Segundo dados de 2018 a ANIP conta com 1.053 pontos de coleta em todo o Brasil. (SITE ANIP, 2019)
Em se tratando de pneus inservíveis, já foram investidos um total de US$ 125 milhões no Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis. Segundo a Reciclanip, empresa sem fins lucrativos que representa as maiores produtoras de pneumáticos do mundo no Brasil, o investimento no setor para 2017 havia superado R$ 73 milhões, (SITE RECICLANIP, 2019). Totalizando um investimento maior que R$ 992 milhões no programa gerido pela Reciclanip. (SITE IBGE, 2019).
Outra boa prática que vem sendo difundida no país, nos últimos anos é a técnica de micro asfaltamento para pavimentação de estradas. A técnica utiliza na sua composição, o pó de borracha de pneus usados. O micro asfaltamento aumenta em 60% a aderência do piso reduzindo as derrapagens em dias de chuva e ajuda a abreviar as distâncias de frenagem, evitando acidentes. Além disso, sua vida útil é 40% superior a vida útil do asfalto comum. Além destas vantagens, a borracha do pó de pneu, misturada ao piche aumenta a elasticidade do asfalto, o que dificulta o trincamento e consequentemente a sua vida útil.
O ponto negativo sobre a utilização do “asfalto de borracha” é o encarecimento dos custos, já que a utilização do asfalto ecológico é 20% mais caro do que o método convencional. O investimento inicial é mais oneroso, porém o retorno sobre o tempo de vida útil do pavimento representa um atrativo. O que falta no Brasil é incentivo para a utilização desse composto, mas essa situação está sendo alterada, mesmo que ainda seja de forma lenta, (SITE RECICLANIP, 2019).
7. ANÁLISE CRÍTICA
No Brasil existe um grande passivo de pneus inservíveis espalhados em locais inadequados, a coleta deste material ainda não é eficiente, pois a maioria das cooperativas e empresas do setor não tem capacidade para recolher e possibilitar a reciclar na mesma proporção que as fábricas produzem novos pneus. 
Enquanto os princípios da Lei de Resíduos Sólidos não forem aplicados de forma eficaz, com real interesse do poder público em incentivar as cooperativas e exigir o investimento necessário dos produtores no provento e desenvolvimento de cooperativas, o cenário será sempre aquém das necessidades. Principalmente se na contramão deste desenvolvimento, o Estado continua a incentivar e promover numa escala muito maior a venda e fabricação de novos veículos que utilizam desse material para sua operação, frente ao desenvolvimento do processo de logística reversa. 
Por isso, a implantação de processos padronizados de logística reversa, sob supervisão de entidades gestoras e do poder público, pode viabilizar a organização destas cooperativas, de forma a consolidar volumes de resíduos para a venda às recicladoras sem a necessidade de intermediários, o que aumentaria o valor da receita gerada na venda dos resíduos e consequentemente o desenvolvimento das cooperativas. Essa consolidação de volumes pode ocorrer em pontos de transbordo e armazenagem, com a possibilidade de participação de operadores logísticos nessa etapa.
8. CONSIDERAÇÕES
A corresponsabilidade no fluxo de produção aos retornos de produtos inservíveis devem facilitar à coleta, com redução nos custos logísticos e destinação dos pneus usados no Brasil. Devendo ser implementado um controle do fluxo de pneus usados.
Um grande desafio para a reciclagem de pneus é a mudança do conceito de resíduo para matéria-prima secundária, ou combustível alternativo para indústria de cimento, entre outras, tornando a cadeia da reciclagem de pneus um negócio autossustentável.
Além disso, mesmo com a legislação impondo maior responsabilidades a todos os envolvidos desde à produção até a aquisição de pneus, a mesma não representa obrigatoriedade em sua aplicação, pois, falta fiscalização por parte dos órgãos. Sendo assim, necessário maior investimento por parte do governo nas fiscalizações, buscando melhorias nos índices da logística reversa dos pneus inservíveis, o que traria melhoria no cenário da saúde pública, uma vez que o produto supracitado é um forte criadouro de mosquitos transmissores da dengue.
9. BIBLIOGRAFIA
ROGERS, Dale S.; Tibben-Lembke, Ronald S. Going Backwards: Reverse Logistics Practice; IL: Reverse Logistics Exectuve Council, 1998.
LEITE, R. L. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. 2ª Edição. Pearson Prentice Hal. São Paulo, 2009
LACERDA, Leonardo. (2002) – Logística reversa: uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. Rio de Janeiro, COPPEAD/UFRJ.
RECICLANIP. – Disponível em: http://www.reciclanip.com.br/?cont=formas_de_destinacao_ciclodopneu Acesso em: Setembro de 2019.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) lei no 12.305 de 02 de Agosto de 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007010/2010/lei/l12305.htm Acesso em: Setembro de 2019.
ANIP - Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. Produção da Indústria Brasileira de Pneus em 2016 – Disponível em http://www.anip.com.br/ Acesso em: Setembro de 2019.
ANIP – Associação nacional da Indústria de Pneumáticos. Os pneumáticos no Brasil – Disponível em http://www.anip.com.br Acesso em: Setembro de 2019.
MMA – Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA No 416 de 30 de Setembro de 2009. Disponível em http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=616 Acesso em: Setembro de 2019.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Disponível em http://www.ibge.gov.br Acesso em: Setembro de 2019.

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