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Logística Reversa de Pneus Inservíveis na cidade de João Pessoa - PB Renata Kelly Estevão dos Santos1 Carlos Cicero de Barros e Silva² 1 Faculdade Internacional da Paraíba. João Pessoa, PB, Brasil. E-mail: r.estevaoo@gmail.com ² Professor. Faculdade Internacional da Paraíba. João Pessoa, PB, Brasil. E-mail: carlos.silva@fpb.edu.br RESUMO O crescente consumo de pneus novos evidenciou uma melhoria das condições econômicas. O descarte de pneus inservíveis também acompanhou esse ritmo de crescimento. A falta de gestão por partes das empresas e gestores públicos revelaram um problema ambiental no tocante à estocagem de pneus inservíveis. A reciclagem, recapagem e reutilização para outros fins, diminuem o volume de pneus inservíveis, porém não resolve todo problema do descarte. A pesquisa buscou analisar como as empresas do setor descartavam os pneus inservíveis, visto que é muito grande o volume desses pneus, mesmo levando em conta as leis ambientais vigentes para destinação correta. Foi aplicado um questionário com, diversas perguntas relacionadas à logística reversa, descarte, entre outros, com a finalidade de verificar a importância do conhecimento das empresas perante o assunto abordado. È de suma importância à reutilização, reciclagem e reaproveitamento dos pneus inservíveis, com isso a parceria das empresas de revenda, fabrica, borracharias e as demais que comercializam pneus, com os gestores públicos é importante para ambos os lados, evitando que eles sejam depositados em lugares que possam trazer riscos de doenças e contaminação a população e ao meio ambiente desse modo evitando que ocorra a degradação dos pneus inservíveis no meio ambiente. Palavras-chave: Meio ambiente, economia, sustentabilidade, reciclagem, descarte. 1. INTRODUÇÃO O aumento do consumo de bens, produtos e serviços, verificado nos últimos anos, tem elevado espantosamente a quantidade de resíduos gerados e descartados pela população. Segundo dados da ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, em 2012, cerca de 40% dos resíduos sólidos urbanos, produzido pela população brasileira deixaram de ser coletados e, por consequência, têm destino inadequado. A gestão inadequada dos resíduos provoca inúmeros danos ambientais que comprometem seriamente não somente a qualidade de vida das pessoas, mas também geram grandes damos ambiental. (ABRELPE ,2012) Um dos produtos que chama a atenção devido à quantidade que é descartada é o pneu automotivo. O aumento da produção mundial de veículos automotores elevou também o número de pneus consumidos, não somente aqueles utilizados pela indústria automotiva em veículos novos, mas também aqueles produzidos para repor os pneus que foram utilizados em veículos usados e que já se encontram desgastados. No Brasil, a produção e o consumo de pneus seguem o progresso e evolução do mercado global. Ocupando a sétima posição no ranking dos maiores produtores de pneus do mundo, segundo a ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, (2014), o Brasil produz, todos os anos, cerca de 60 milhões de pneus de todos os tipos, para atender as diversas demandas. Em 2013, um novo recorde foi registrado pela indústria de pneumáticos no Brasil, foram produzidos aproximadamente 69 milhões de 2 unidades nas diversas fábricas instaladas no país. Apesar dos avanços da indústria nacional registrado nos últimos anos e do crescimento das empresas do setor, o grande volume de pneus produzidos todos os dias conseguem ser armazenados nas empresas que revendem esse produto. Entretanto, no momento em que é realizada a troca, ou seja, quando os consumidores adquirem pneus novos para os seus veículos é que começam a aparecer às dificuldades de coleta e de armazenamento desse produto e representam na atualidade um grave problema ambiental que merece a atenção das autoridades públicas e de todos os agentes envolvidos deste setor. (ANIP, 2014) Num primeiro momento, percebem-se facilmente as dificuldades de gestão enfrentadas pelas empresas que não conseguem encontrar uma solução viável para o descarte de pneus usados e com isso acarretam em reter vultosos volumes de pneus inservíveis. Entretanto, os representantes do setor tem conhecimento de suas ações e dos danos que podem causar ao meio ambiente. (ANIP, 2014). Também de acordo com a ANIP, (2016), pneus inservíveis são aqueles que não podem mais rodar em veículos automotivos. A ausência de dados sobre o destino de pneus inservíveis no Brasil não permite determinar com exatidão o passivo ambiental gerado. No entanto, uma estimativa baseada na frota de veículos em circulação, indica que são geradas mais de 44 milhões de carcaças de pneus anualmente e que atualmente existem mais de 100 milhões de pneus abandonados em todo o país (Revista Gestão e Planejamento, 2010). A logística reversa de pós-consumo, por sua vez, tratada por Barbieri e Dias (2002) como logística reversa sustentável, é uma ferramenta importante para programar programas de produção e consumo sustentável ou seja, sua preocupação é a recuperação de materiais pós-consumo, sendo, portanto, um instrumento de gestão ambiental. Conforme Leite (2003) denominou a logística reversa de pós-consumo como sendo a área que equaciona e operacionaliza o fluxo físico e as informações relativas aos bens descartados pela sociedade que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo por meio de canais de distribuição reversos, também de acordo com Leite (2011), a logística reversa tem como foco de atuação o equacionamento do retorno de produtos, dando um destino adequado a eles, de forma a recapturar valor econômico. Esse procedimento é realizado de forma a obedecer à determinação legal, na prestação de serviço aos clientes, na cadeia de suprimentos e aos clientes finais através de assistência técnica. Com o passar dos anos, aumentou consideravelmente a população mundial, com isso grandes crescimentos da economia, fazendo com que as famílias tivessem mais acesso a compras de bens, produtos e serviços, incluindo a compra de veículos novos e usados, sendo este último, um dos setores que mais cresceu no mercado. (ANIP, 2014) O consumo de pneus novos teve um salto considerável, em parte, devido às melhoras das condições econômicas, oriundas do plano real, que de certa forma possibilitou que as trocas de pneus usados ocorressem de forma mais acelerada, uma das razões que podemos apontar foi que o preço do pneu ficou mais acessível à população. Esse consumo crescente, mais adiante revelou um problema, o que fazer com o grande estoque de pneus inservíveis, que se encontrava em lojas e revendas de pneus, fora aqueles que foram descartados no meio ambiente de maneira inadequada provocando diversos prejuízos. De acordo com a Revista PNEUS&CIA (2014), os pneus descartados de forma incorreta resultam geração de passivos ambientais importantes, que geram reflexos diretos nos gastos com a saúde pública e outros oriundos de poluição ambiental. Alguns estudos apontam que o tempo de decomposição de um pneu é de aproximadamente 600 anos. Já o MMA – Ministério do Meio Ambiente informou que o tempo de decomposição de um pneu é indeterminado, no qual seu acumulo apresenta um grande risco de contaminação em vários aspectos ambientais, dentre estes destacamos a dengue, (Ministério do Meio Ambiente, 2010). Ainda de acordo com Revista PNEUS&CIA (2014), no ano de 2013 o Brasil registrou um dos maiores caso de surto de dengue da história do país, com cerca de mais 3 de dois milhões de casos notificados, segundo dados do MS – Ministério da Saúde, no qual sua forma fácil de armazenamento de água parada é um grande atrativo de proliferação do mosquito Aedes aegypty, que deposita seus ovos em água limpa e parada e que todo ano causam diversas vitimas. Uma parte desses pneus usados pode ser reaproveitadapela própria indústria de pneus, como é o caso dos pneus remoldados ou recapados, contribuindo assim com uma pequena redução no volume de pneus descartados. Segundo dados da ABR – Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (2013), o Brasil é o 2° maior mercado mundial de pneus reformados. Com padrões de qualidade aprovados pelo Inmetro, é uma atividade que proporciona economia de recursos naturais empregando apenas 25% do material utilizado na produção de um pneu novo. Vale ressaltar aqui que os pneus que passam por um processo de remoldagem são escolhidos dentro de um padrão que garantam a uniformidade, a durabilidade e a garantia no qual podem ser em veículos automotores, desta forma, a legislação é bem específica. De acordo com o INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia (2015), a portaria de número 544, passou a regulamentar a produção deste tipo de pneu. A lei entrou em vigor a partir de outubro de 2017, estabelecendo parâmetros mínimos para que os pneus recauchutados, recapados ou remodelados fossem liberados para uso nas vias públicas. Essa mesma portaria proibiu que os pneus de motocicletas tivessem o mesmo tratamento. Lagarinhos e Tenório (2008), explicam que existem várias formas de tecnologias utilizadas para a reutilização, reciclagem e valoração energéticas para pneus inservíveis, no Brasil, tais como: recapagem, recauchuta remoldagem. E assim torna-se viável à utilização de pneus inutilizados reciclados para produção de outros produtos como, por exemplo, asfaltos, adesivos, solados de sapatos ou isolamento elétrico (SALVADOR, 2014). A responsabilidade de compartilhar a viabilidade da logística reversa dos pneus inservíveis é dos fabricantes, distribuidoras, lojistas, renovadoras e o consumidor de acordo com Resolução do Conama Nº 416/2009. Os fabricantes juntamente com as revenda, consumidor, e todos agregados que utilizam pneus para comercialização devem se unir fazendo sociedades e concordância de responsabilidade ambiental, econômica e social tendo em vista que os rejeitos gerados precisam ter um cuidado especializado e criterioso, no qual altera diretamente a vida e qualidade ambiental e a saúde humana e animal, já para os fabricantes de pneus os rejeitos gerados dentro da própria linha de produção devem ser monitorados, nas renovadoras de pneus os cuidados são bem elevados principalmente os referentes à geração do pó de pneu na raspagem, que faz parte do processo, todos esses cuidados são de grande relevância para todos. A importância deste estudo está analisar em como as empresas que trabalham com a comercialização de pneus e como descartam os mesmo pós-vida. Diante de uma grande realidade visível e de uma problemática de gestão, e com necessidade de encontrar soluções estratégicas eficazes para tratar um resíduo de maneira que preserve o meio ambiente, a saúde, respeitando as leis atuantes, é que se busca reduzir os impactos gerados por um produto e seu pós- consumo, onde são descartados em locais impróprios prejudicando diversos segmentos, sejam eles ambientais, sociais, econômicos e, além disso, diversos problemas na saúde. A logística reversa, hoje, procura reduzir, cada vez mais seus gastos, criando um aumento em seu potencial econômico mais seguro e responsável (Leite,2010). Dentro de uma visão de logística reversa ou logística verde, destacando-se por uma economia em pneus pós-consumo, indicando o aumento da economia com reaproveitamentos de todo os seus compostos após seu pós- consumo, è importante ressaltar a definição de logística empresarial, segundo Ballou, (2010), podemos dizer que a logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final. O objetivo deste estudo é analisar a forma de descarte e armazenamento de pneus automotivos inservíveis, desde o momento da 4 troca por novos; identificar os componentes da cadeia logística, incluindo a logística reversa; compreender as politicas publica de controle de resíduos pneumáticos e explicar os principais prejuízos ou danos ambientais inseridos dentro dessa cadeia de produção descarte, tendo em vista reduzirem a poluição do meio ambiente e os desperdícios de insumos. 2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 2.1 Caracterização da Pesquisa A presente pesquisa acadêmica busca analisar as situações do canal da logística reversa de pneu automotivo como alternativa para criação de valores econômicos, sociais e ambientais, cujo inicio será uma pesquisa bibliográfica, exploratória, descritiva e quantitativa, realizada em algumas empresas revendedoras de pneus da cidade de João Pessoa – PB. Será também uma pesquisa exploratória e de acordo com Vergara (2000), a pesquisa exploratória é utilizada em áreas de pouca informação acumulada e sistematizada. Mattar (1996) relata ainda que cabe realizar uma pesquisa exploratória quando se faz necessário que o pesquisador tenha um maior conhecimento quanto ao tema ou problema pesquisado. A logística reversa em seu sentido mais amplo está relacionada com a reutilização de produtos e seus rejeitos a partir da fabricação, como alternativa para a criação de valor, no retorno dos pneus á fábrica ou centros de triagem para aproveitar seus rejeitos, onde as revendas e os consumidores terão um ponto de apoio para destinação final dos pneus usados, avariados ou vencidos. Num segundo momento, este trabalho acadêmico busca esclarecer, ou até mesmo mostrar todo o processo de descarte e reaproveitamento dos pneus após seu consumo. Para isso, foi aplicado um questionário de pesquisa em empresas previamente selecionadas. Os dados obtidos foram tratados e analisados e os seus resultados foram incorporados à pesquisa. 2.2 Delimitação da Área de Estudo A área de estudo compreende basicamente a Avenida Ministro José Américo de Almeida, mais conhecida como Avenida beira rio, no bairro da Torre. A referida avenida conta com o maior numero de empresa que trabalham com venda de pneus. Cada empresa possui tamanhos medianos devido as grandes construções antigas, alguns prédios foram reformados para melhoria em sua estrutura física, em todas as lojas a localização é privilegiada com vista para a avenida que é de fácil localização para os consumidores. Cada empresa possui e oferece diversos serviços, a venda e troca de pneus novos, estimasse que cada empresa vende em media 200 pneus por mês, já o numero de pneus deixados pelos clientes varia entre 100 a 150 pneus por mês em cada empresa pesquisada, esse numero se dá porque tem clientes que levam seus pneus, para outros fins. Figura 1 – Mapa do município de João Pessoa Fonte: Prefeitura de João Pessoa – PB 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS Com o objetivo de demonstrar o interesse e o conhecimento das empresas que trabalham com pneus, na cidade de João Pessoa – PB principalmente em relação à destinação que é dada aos pneus inservíveis, bem como avaliar se os representantes deste setor aplicam as práticas da logística reversa nesse produto. Para o presente estudo foram verificadas as dez (10) maiores empresas que representam as mais diversas marcas de fabricantes que atuam no País e que estão diretamente relacionadas à venda de pneus novos, grande parte dessas empresas estão concentradas na zona norte da cidade, principalmente na 5 Avenida Ministro José Américo de Almeida conhecida popularmente como Avenida Beira Rio, devido a facilidade de localização e a grande facilidade de acesso de consumidores, por consequência das vendas recebem os pneus inservíveis deixados pelos clientes. Em todas as empresas pesquisadas foi aplicado um questionário com perguntas relacionadas com a importância da logística reversa aplicadas aos inservíveis em relação ao meu ambientee a sociedade; se a empresa pratica a logística reversa; como se dá a coleta dos inservíveis; se a dificuldades de empresas especializadas em coleta dos pneus inservíveis; benefícios da logística reversa; problemas ambientais gerados pelo descarte incorreto dos pneus inservíveis; conhecimento sobre a Politica Nacional de Resíduo Sólido lei 12.305/2010; formas de reciclagem e pneus que ainda podem der recuperados nos processos de remoldagem e recauchutagem. A partir das informações coletadas nas empresas especializadas na revenda de pneus automotivos na grande João Pessoa – PB foi analisado diferentes aspectos e resultados entre as empresas participantes dessa pesquisa. Os dados obtidos revelaram os seguintes aspectos. Em relação à empresa servir de ponto de coleta de pneus inservíveis quando da troca por pneus novos, conforme o gráfico I, 60% dos entrevistados afirmaram que a empresa não é ponto de coleta. Gráfico 1- A empresa é ponto de coleta para alguma outra organização especializada de pneus inservíveis, podendo receber pneus de outras empresas, ou do consumidor direto. Fonte: O Autor (2018) No gráfico 1, podemos verificar que 60% das empresas não é ponto de coleta para outras revendas, dos pneus inservíveis. Muitas das empresas entrevistadas não possuem espaço físico suficiente para a implantação de pontos de coletas, no qual os pontos devem ser cobertos e fechados pra evitar quaisquer entradas de água, e principalmente precisam estar licenciado de acordo com as normas das secretarias de saúde e meio ambiente do município, ou dependendo do porte e abrangência precisam cumprir exigências ambientais de órgão federais. Os 30% das empresas entrevistadas que realizam a coleta são importadoras e precisam prestar contas diretamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – Ibama, em conformidade com o art. 16 da Resolução Conama nº 416, de 30 de setembro de 2009, o já os 10% as empresas entrevistadas não souberam responder, e não forneceu uma resposta concreta e segura. Em relação às dificuldades de descarte de pneus inservíveis observou-se que 80% das empresas entrevistas encontram grandes dificuldades, localizar empresas especializadas em coleta, ver gráfico 2. Gráfico 2 - A empresa encontra dificuldades em descartar os pneus inservíveis pelo fato de não localizar empresas especializadas. Fonte: O Autor (2018) No gráfico 2, podemos verificar claramente que 80% das empresas entrevistadas encontram dificuldades em localizar empresas, especializadas em coletas de pneus inservíveis, isso muitas vezes se dá pela falta de investimentos tantos dos órgãos 10% 60% 30% 1- SIM 2 - NÃO 3- NÃO SOUBE RESPONDER 80% 20% 0% 1- SIM 2 - NÃO 3- NÃO SOUBE RESPONDER https://www.ibama.gov.br/sophia/index.php?codigo_sophia=115232 https://www.ibama.gov.br/sophia/index.php?codigo_sophia=115232 6 públicos como de empresas privadas, já os 20% restantes são empresas de grande porte com filiais em outras cidades, fazem a coleta dos pneus inservíveis nas lojas e leva por conta própria até uma empresa especializada, chamada Reciclanip uma entidade gestora do sistema de logística reversa de pneus inservíveis, com matriz em São Paulo – SP, no próprio site da Reciclanip, existe uma opção de localização de pontos de coleta em João Pessoa, o contato foi realizado mais a empresa afirma que não é ponto de coleta. Em relação à prática da logística reversa dos pneus inservíveis observou-se uma variância entre as empresas entrevistadas onde 45% afirmam que fazem a pratica de tal ação, como podemos identificar no gráfico 3. Gráfico 3- A empresa pratica logística reversa dos pneus inservíveis. Fonte: O Autor (2018) Como se pode observar no gráfico 3, 45% das empresas dizem praticar a logística reversa dos pneus inservíveis, retirando desse rol as importadoras que precisam comprovar sua destinação perante o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA com foi explicado no gráfico 1, às demais empresas justificam sua prática logística de pneus inservíveis através de doações para outros fins, tais como: carroceiros e borracharias. Em relação a essa pratica de doação às empresas não têm ou não recebem nenhum certificado legal comprovando sua doação, 22% das empresas entrevistadas, afirmaram que não fazem pratica de logística reversa dos pneus inservíveis, também não deram mais detalhes de suas atividades, já os 33% restantes das empresas entrevistas preferiram não responder a essa questão, ou seja, não existindo uma resposta plausível que justificasse tal atitude. No tocante em relação aos problemas ambientais, que essa atividade pode gerar, podemos verificar que tivermos, uma parcialidade onde 50% das empresas participantes desse estudo conhecem os problemas ambientas causados pelo mau descarte dos pneus inservíveis, como mostra o gráfico 4. Gráfico 4 - A empresa conhece os problemas ambientais gerados pelo descarte inadequado dos pneus inservíveis. Fonte: O Autor (2018) No gráfico 4, verificamos que 50% das empresas entrevistadas estão cientes dos danos ambientais causados pelo mau descarte dos pneus. O formato curvo dos pneus tende a potencializar a se tornarem um hospedeiro de roedores e mosquitos, sendo os primeiros responsáveis por doenças como leptospirose. Já os mosquitos, podem significar um aumento expressivo das doenças, por eles transmitidas, dentre elas destacamos: febre amarela, malária e a dengue. (TEIXEIRA, 2007 apud LEONEL, 2007). Além disso, existem outras enfermidades causadas pelo mesmo mosquito Aedes aegypti como a transmissão da chikungunya e zika, no qual de acordo com o Ministério do Meio Ambiente – MMA, alerta sobre os perigos causados pelo acúmulo de água e sujeira. Outros fatores também devem ser considerados em relação ao acumulo de pneus inservíveis e os perigos à saúde que eles podem causar como exemplos podem citar o aparecimento de escorpiões e cobras. Pneus inservíveis também contaminam o solo, podendo causar infecções nas pessoas atingindo até os animais que se alimentam dos 45% 22% 33% SIM NÃO NÃO SOUBE RESPONDER 50% 30% 20% SIM NÃO NÃO SOUBE RESPONDER 7 recursos naturais contaminados pelos resíduos químicos que fazem parte da consistência dos pneus. O poder público também sofre com o descarte de pneus no meio ambiente, uma vez que é preciso investir na retirada constante desses materiais em rios, lagos, mares e solos, e muitas vezes os recursos para isso são escassos. No município de João Pessoa, a Empresa de Limpeza Urbana – EMLUR, conta somente com um caminhão para recolher galhos e podas de árvores, móveis e sofás velhos e pneus descartados nas vias públicas. De acordo com o professor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Tenório, a produção do pneu envolve uso de petróleo – recurso natural não-renovável e cada vez mais escasso -, borracha natural extraída do látex, aço e lona. Quando queimados a céu aberto, essa composição libera na atmosfera uma grande quantidade de gás carbônico e monóxido de carbono (principais responsáveis pelo aquecimento global), além de óxidos de enxofre e nitrogênio, metais pesados, material particulado, dioxinas e furanos. A maioria dessas substâncias é altamente tóxica e pode causar a morte, quando inaladas em excesso. Os 30% dos entrevistados afirmaram não conhecer os problemas ambientais do destino incorreto dos pneus inservíveis, já 20% optaram por não saber responder. Em afinidade aos conhecimentos da Politica Nacional de Resíduos Sólidos, lei Nº 12.305/2010 a logística reversa dos pneus inservíveis mostrou que 70% das empresas afirmam conhecer suas utilidades, como mostra no gráfico V. Gráfico 5 - A empresa tem conhecimento da logística reversa na reutilização dos pneus inservíveis, como por exemplo, na fabricaçãode vários artefatos como, calçados, asfalto, agricultura, tapetes entre outros. Fonte: O Autor (2018) No gráfico 5, podemos observar que 70% dos entrevistados conhecem os benefícios, da pratica da logística reversa dos pneus inservíveis, sabem, também, a importância reutilizar o resíduo, evitando maiores danos ambientais e principalmente economizando gastos, elas são bem cientes, já os 20% das empresas entrevistadas afirmam que não conhecem nenhum tipo de beneficio pós-vida útil, e os 10% restantes optaram por não responder por falta de informação da empresa. Diante do que foi analisado em todas as informações, podemos observar que algumas respostas, como por exemplo, o gráfico 3, onde perguntou se a empresa praticava a logística reversa dos pneus inservíveis, 45% delas afirmaram que praticam, ou seja, tem conhecimento a logística reversa dos pneus inservíveis, isso mostra que as empresas estão a cada dia tendo uma maior consciência diante de um contexto socioambiental, entretanto, por outro lado os outros 55% das empresas não tem essa consciência, deixando a desejar um sistema de logística que poderia trabalhar com mais eficiência com 100% das empresas. No gráfico 4, um dos mais interessantes, no qual se abordou diretamente os problemas ambientais, infelizmente 50% das empresas participantes desta pesquisa não sabem, ou não souberam falar sobre os danos ambientais causados pelo mal descarte dos pneus inservíveis ou o que os mesmos podem causar ao meio ambiente e a sociedade como um todo, tendo em vista que o Ministério da Saúde (MS) também tem a preocupação com o indevido descarte de pneus inservíveis, sobretudo em relação à preservação do meio ambiente e ao que possa afetar a saúde da população. Os pneus abandonados na natureza apresentam todas as características 70% 20% 10% SIM NÃO NÃO SOUBE RESPONDER 8 necessárias para se transformarem em perfeitos criadouros do mosquito Aedes aegypti, popularmente chamado de “mosquito da dengue”. Os outros 50% tem total conhecimento das problemáticas causadas pelo descarte de pneus inservíveis, tanto para a saúde como para o meio ambiente, assim sendo um olhar especial ao descarte, a Resolução do CONAMA para destinação de pneus inservíveis, no Brasil a destinação de pneus inservíveis é determinada pela Resolução Nº 258, essa resolução determina a obrigação das empresas fabricantes e as importadores de pneus de coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis. Na mesma resolução, o CONAMA determina também às empresas a proporção de um pneu a ser reciclado ou reutilizado. O gráfico 5, nos mostra que 70% empresas entrevistadas têm total conhecimento da importância do benéfico da logística reversa dos pneus inservíveis, abrangendo uma nova forma de matéria-prima para vários usos, mas como podemos verificar em gráficos anteriores menos de 50% praticam a logística reversa, ou seja, muitos sabem dos benéficos, mais poucos exploram e utilizam para geração de renda da empresa. Na Paraíba existe uma estadual de 2016 (Lei Nº 10651 de 18/03/2016), no qual se refere à disposição sobre o recolhimento e a destinação dos pneus inservíveis no Estado da Paraíba e da outras providências, como a contida no Art. 1º, onde os estabelecimentos comerciais da Paraíba, compreendidos por distribuidores, revendedores, renovadoras de pneus novos, usados, borracharias, prestadores de serviços e os demais atores desse segmento econômico e que manuseiam pneus inservíveis, ficam obrigados a possuir locais seguros e adequados para o recolhimento dos referidos produtos, atendendo às normas técnicas e à legislação em vigor no país, essa lei, muito pertinente e atualizada está em vigor no Estado mais não é cumprida por todos, no § 2º, do Art 1º, a referida Lei Nº 10651/16, afirma que placas informativas deverão ser afixadas em local visível com os seguintes dizeres: Os pneus, depois de utilizados podem transformar-se em focos de mosquitos transmissores de doenças como dengue, malária ou febre amarela. Se jogados em rios ou córregos, provocam enchentes. Se queimados a céu aberto, liberam enxofre. Cuide do meio ambiente e da saúde de todos. Placas deveriam estar obrigatoriamente em todos os estabelecimentos que revende pneus, ou que trabalham com algum tipo de serviço que envolva pneus novos ou usados (Lei Nº 10651/16), ainda fala o Art. 2º, os locais de armazenamento deverão: de acordo com § 2º: Os pneus inservíveis deverão ser armazenados no estabelecimento de maneira ordenada e classificada de acordo com suas dimensões. No Art. 3º,a referida lei afirma que Todos os estabelecimentos elencados no Art. 1º, os geradores e seus afiliados ficam obrigados a comprovarem, a cada 60 (sessenta) dias, a destinação final do passivo gerado e/ou adquirido. As exigências são bem claras quando fala sobre penalidade de qualquer pessoa física ou estabelecimento comercial que estejam realizando o descarte de maneira inadequada, essa penalidade vem em forma de multas e notificações como afirma: Art. 4º Os estabelecimentos mencionados no caput do art. 1º que não cumprirem o disciplinado nesta Lei ficam sujeitos a: I. notificação por escrito; II. multa de R$ 1.000,00 (mil reais) após a primeira notificação; e III. em caso de reincidência, multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e cassação da licença do estabelecimento. Isso se da pela gravidade dos problemas ambientais e sanitários gerados pelo descarte incorreto de pneus inservíveis fez com que a questão fosse objeto de regulamentação específica, envolvendo a indústria de pneumáticos. As exigências legais contribuíram para a consolidação de uma cadeia logística reversa de coleta e destinação final desse tipo de resíduo. 9 Ao realizar contato com a EMLUR, órgão municipal responsável por todo o trabalho de limpeza urbana de João Pessoa - PB, que tem competência para planejar, desenvolver, regulamentar, fiscalizar, executar, manter e operar os serviços integrantes ou relacionados com sua atividade fim, como também promover a educação para a limpeza urbana. O contato realizado com setor responsável pela coleta dos pneus inservíveis, os mesmo são coletados em vários pontos da cidade, de João Pessoa–PB, e depois dava sua destinação. A destinação de pneus usados, ainda continua sendo um fator bastante preocupante para as autoridades governamentais, principalmente na esfera municipal, já que seu descarte feito de forma inadequada pode transformá-lo em criadouros perfeitos para a procriação em massa de mosquitos transmissores de doenças em períodos de chuva. Uma das ações da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) é realizada através da Emlur. Semanalmente, uma equipe desse órgão municipal recolhe pneus inservíveis em borracharias de pequeno porte e terrenos baldios e nos leitos dos rios e córregos que atravessam a cidade, para evitar que esses pneus acabem causando problemas à população e também danos ao meio ambiente. A EMLUR recolhia os pneus semanalmente, geralmente às quintas-feiras, utilizando o caminhão baú do Projeto Cata-Treco, no qual realizava o roteiro pela cidade. O caminhão recolhe com frequência em pequenas borracharias e lojas, nos bairros de: José Américo, Valentina de Figueiredo, Mangabeira, Costa e Silva, Cruz das Armas e Ernesto Geisel e armazenava os pneus inservíveis em um galpão localizado no bairro Varadouro, na antiga fabrica do setor têxtil, a Matarazzo, que se encontra desativada há muitos anos, esse local foi escolhido por ter um grande espaço físico. Mas, infelizmente, o espaço não está mais de responsabilidade da EMLUR, no qual o espaço não está mais de responsabilidade da EMLUR, no entanto desde março de 2018, não está realizando coleta de pneus inservíveis por falta de espaço para armazena-los, a autarquia se mostrou bastante preocupado com essa situaçãoatual, e comunicou que está a procurar de novo galpão para regularizar a situação da coleta, visando melhorias na gestão. Como podemos observar nas imagens 1 e 2, a coleta dos pneus inservíveis era realizada pela Emlur no período de março de 2018, onde o trabalho era realizado em equipe. Esses pneus inservíveis tinham como destinação o depósito da antiga fábrica da Matarazzo. Imagem 1- Coletadores, realizando coleta nas borracharias em João Pessoa – PB. Fonte: Emlur (2018). Imagem 2- Coletadores, levando os pneus para o caminhão da Emlur. Fonte: Emlur (2018). Foi realizada uma visita in loco à antiga fabrica têxtil Matarazzo, para verificar a atual situação do referido local, principalmente no tocante a guarda dos pneus inservíveis. Ao chegar ao local nos deparamos com uma grande vegetação e um estado bastante avançado de degradação na estrutura física, foi constatado também que o referido galpão não funciona mais como depósito de pneus inservíveis e sim como usina de reciclagem de papel e papelão, em um terreno de lado como está na imagem 3, 4, 5. No local pudemos constatar um verdadeiro estado de abandono, onde muitos 10 pneus estão largados a céu aberto e mal acondicionados no qual é um grande perigo para a população da região que vive e trabalha ao redor da antiga fabrica. O local abandonado tornou-se um berço de muitos animais peçonhentos, ratos entre outros, atraindo mosquitos transmissores de diversas doenças. No local o novo responsável comunicou que anteriormente era armazenado os pneus inservíveis que a EMLUR coletava. Também se verificou um terreno a céu aberto com vários pneus inservíveis, obtemos a informação que o local é para prática de uma atividade esportiva de ação chamada PaintBall, ou seja diversas pessoas têm contato direto no local, obtemos a informação que foi realizado um combinado entre a EMLUR e a Matarazzo de realizar a limpeza periódica da vegetação, manter o local limpo evitando suposta proliferação de vetores transmissores de doenças, no qual a antiga fabrica se localiza próximos de residências domiciliares e comércios atuantes na região mais como A EMLUR não realizou o que foi combinado, acabou perdendo o espaço. A imagem 3, mostra as condições do local do antigo depósito da Matarazzo. Imagem 3 – Pneus inservíveis descartados ao ar livre de maneira impropria, na Antiga fabrica têxtil Matarazzo. Fonte: o autor (2018). Na imagem 3, verifica-se que o local é extremamente inapropriado para pneus inservíveis, no qual está exposto ao ar livre sem qualquer proteção, recebendo diretamente as intempéries da natureza como chuva, sol, ventos. Como foram citados anteriormente, os riscos que esses pneus representam é muito grande. Mesmo sendo utilizada para a prática de um esporte, a exposição dos mesmos ao ar livre podem com o tempo prejudicar a população e o meio ambiente. Imagem 4 – Pneus inservíveis descartados ao ar livre de maneira impropria em outro ponto do terreno da fabrica mesmo local onde é praticado o esporte de PintBoll, realizados no local. Fonte: o autor (2018). Observamos na imagem 4, o local onde atualmente ocorre a prática do esporte pintball. A área é totalmente inadequada a pratica de qualquer esporte, devido aos riscos, que os pneus podem oferecer devido sua localização e a possibilidade de acúmulo de agua, assim, atraindo diversos vetores inclusive, roedores e mosquito transmissores de doenças que podem levar à morte. Imagem 5 – Pneus inservíveis descartados cobertos por vegetação nativa da região. Fonte: o autor (2018). Podemos observa na imagem 5, que o local é de fácil acesso, sem nenhuma placa de 11 aviso preventivo ou de adotar medidas de cuidados. Nas próximas imagens veremos o antes e depois do local onde funcionava o armazenamento de pneus inservíveis que hoje se transformou em um ambiente para reciclagens de papel e papelão. Imagem 6 – Galpão de armazenamento de pneus inservíveis, quando funcionava na Matarazzo. Fonte: Portal G1-PB (2016) Na imagem 6, mostra que a coleta era realizada, conforme informações obtidas no site do portal do G1 Paraíba, onde o galpão que armazena os pneus recolhidos pela EMLUR fica no interior da antiga fábrica Matarazzo e foi cedido à prefeitura pelos proprietários do imóvel. A ação de coleta dos pneus é feita com base no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de João Pessoa. Na imagem 7, verifica-se que o mesmo local, não armazena mais pneus e sim funciona como uma recicladora de papel e papelão. Imagem 7 – Galpão de armazenamento de Papel e Papelão, antigo galpão da Emlur de armazenamento de pneus inservíveis. Fonte: O autor (2018) Verifica-se que na imagem 7, que atualmente se encontra outro tipo de atividade que não envolve os serviços de coleta da EMLUR, a atividade atuante e de responsabilidade privada sem vínculos com o órgão público, segundo informações obtidas no local. Observou-se o registro de vários casos de pneus inservíveis abandonamos nas ruas, calçadas e terremos, em diversos bairros da grande João Pessoa, não se sabe quem são os autores que deixaram os pneus inservíveis no local, porém, podemos afirmar que esses casos estão acontecendo constantemente pela falta de coleta realizada pelo órgão municipal de limpeza urbana, mais ressalvamos que de acordo com conformidade da resolução CONAMA nº 416, de 30 de setembro de 2009, é de responsabilidade do revendedor, fabricante, renovadoras, dar a devida destinação, conforme a resolução. Foram realizados registros fotográficos em diversos pontos e bairros em João Pessoa – PB Imagem 8 – Pneus inservíveis despejados em terreno a céu aberto. Fonte: O autor (2018) Imagem 9 – Pneus inservíveis despejados em terreno a céu aberto, em via pública. Fonte: O autor (2018) https://www.ibama.gov.br/sophia/index.php?codigo_sophia=115232 https://www.ibama.gov.br/sophia/index.php?codigo_sophia=115232 12 As imagens 8 e 9 representam o mesmo lugar a alguns metros de varias lojas de pneus e borracharias, os pneus inservíveis foram deixados sem quais quer receio, em uma via pública de grande movimento de veículos e pedestres, na Avenida Dom Pedro II, zona norte da cidade, onde também se encontram a maior concentração de lojas de pneus novos da cidade. Nos próximos registros, precisamente na zona sul de João Pessoa se encontra as maiores concentração de borracharias e venda de pneus meia-vida, ou seja, pneus que depois de usado são reaproveitados para venda de usados. Imagem 10 – Pneus inservíveis despejados em terreno a céu aberto, no bairro do Geisel. Fonte: O autor (2018). A imagem 10 mostra que os pneus inservíveis estão inseridos ao lixo comum aguardando a coleta seletiva, em grande via com residências e comércios de vários tipos. Imagem 11 – Pneus inservíveis despejados na calçada. Fonte: O autor (2018). Na imagem 11, também registrada na zona sul, precisamente no bairro de Jose América de Almeida, onde se verificou que a falta de coleta dos inseríveis, torna o descarte improprio, deixando o ambiente propício a diversos problemas social, ambiental. Segundo Galdino e Monteiro (2013), o pneu inservível, dar-se como uma problemática social, econômico e ambiental, por provocar danos ambientais como tornar-se foco de doenças, no qual quando o pneu inservível é queimado a céu aberto, polui o solo e o ar. Deste modo, a problemática exige a participação dos fabricantes, revendedores e consumidores, e todos que utilizam o pneu para como fonte de renda, o recolhimento e destinação final adequada, como evitando a degradação do meio natural e também problemas de saúde á população. Conforme Berté (2009), os impactos ambientais são ocasionados por choques de interesses direitos ou indiretos envolvendo o homem e a natureza. Esses paralelossão considerados como positivos ou negativos sendo eles diretos ou indiretos ocasionais ou permanentes, locais ou globais. O pneu, fruto do desenvolvimento da tecnologia em beneficio e conforto para o homem, mesmo quando inservível, pode ser aproveitado de várias formas através da Logística Reversa, podendo reutilizar em um processo que envolve geradores dos resíduos e a sociedade. (RAZZOLINI E BERTÉ, 2009). De acordo com Ministério do Meio Ambiente (2010) reciclar os pneus foi uma das alternativas encontradas para amenizar o impacto ambiental e dentre estas reciclagens há meios de fazer com que o pneu adquira mais um tempo de vida útil, uma ação ambiental e também por termos de custo para o consumidor. Segundo também, Razzolini e Berté (2009) a grande quantidade de pneus inservíveis gerados, representa um enorme prejuízo ao meio natural, fato que se torna ainda mais sério tendo em vista que não há como reduzir a quantidade produzida nas indústrias, fabricas, devido a grande demanda de produção de veículos automotores. Atualmente para tudo há um destino adequado antes de chegar ao real descarte, em termos de pneus não é diferente. Segundo o Instituto de Metrologia - INMETRO (2012) para pneus de carga ou pneu de caminhão há 13 três maneiras de reforma dos pneus de caminhão. São elas: Recapagem: constitui na troca da banda de rodagem por uma nova banda de rodagem, ou seja, a substituição da parte do pneu a qual entra em contato com o solo, por uma banda de rodagem com melhor qualidade; recauchutagem: constitui na mudança da banda de rodagem e os ombros, os quais são a parte externa, fixados entre a banda de rodagem e o flanco, parte lateral do pneu a remoldagem: constitui na substituição da banda de rodagem, os ombros, e também a substituição de toda a superfície dos francos, parte lateral do pneu. Ainda segundo o INMETRO (2012), esses pneus reformados devem apresentar estampadas em alto relevo ou em etiqueta vulcanizada na lateral, as expressões: recauchutado, recapado ou remoldado. A resolução CONAMA 258/99 definiu uma proporção de pneus a serem descartados de forma adequada para evitar prejuízos ao meio ambiente. Desta forma é entendido como o descarte ambientalmente adequado qualquer procedimento técnica devidamente, licenciada pelos órgãos ambientais competentes. É neste contexto que a logística reversa pode atuar como prática adequada para a problemática. Já a nova resolução vigente do CONAMA Nº416/09 prevê que para cada pneu novo comercializado para o mercado de reposição, as empresas fabricantes ou importadoras deverão dar destinação adequada aos pneus inservíveis. Verifica-se também a evolução dos cuidados com logística reversa de pneus inservíveis é um passo importante no avanço a preservação do meio ambiente, com participação de toda a sociedade, visando uma consciência de sustentabilidade social e ambiental, gerando responsabilidades em ambas as partes, tanto nas empresas como dos consumidores. 4 CONCLUSÃO 1. Em relação ao descarte de pneus inservíveis temos um problema, devido ao grande volume de descarte, não se tem uma política coordenada para uma destinação final correta; 2. O objetivo com a preocupação com o meio ambiente, cada vez mais em debates frequente, faz com que a sociedade em geral perceba os impactos negativos gerados com o descarte inadequado de pneus inservíveis; 3. Analisamos diante da complexidade os problemas gerados pelo descarte incorreto dos pneus inservíveis, a dimensão com a economia, sociedade e principalmente o meio ambiente, avaliamos como problemas de grande importância, no qual se deve buscar por soluções, junto às empresas privadas com o setor publico invistam no desenvolvimento sustentável criando incentivos fiscais, programas ecológicos sustentáveis, entre outra ideia, agregando valores, em ambas as partes, sendo assim criando possibilidades, econômica, social associando a uma nova cultura de reciclagem, reutilização, e redução dos pneus inservíveis, deixando a cidade mais limpa e agradável, além disso, incentivando conscientização sustentável. 4. Colocando em evidencia os pontos positivos e negativos dos problemas e benefícios com os pneus inservíveis, seus pontos positivos é o tratado de maneira correta e adequada do mesmo pode trazer grande beneficio para sociedade em geral, empresas, sobretudo o meio ambiente, respeitando as norma e expectativas esperadas, na possibilidade de uma boa gestão, em reduzir, reaproveitamento e reciclagem. Os pontos negativos é o oposto, onde a falta de gestão dos pneus inservíveis se transforma em um problema amplo e descontrolado. 5. Finalmente como um ponto de observação que não pode constar desta pesquisa acadêmica em relação à temática abordada, refere-se às grandes cadeias supermercadistas (Assai, Carrefour, Extra, etc...) que vendem pneus, contribuindo para aumentar esse problema de descarte de pneus inservíveis. 5 REFERÊNCIAS ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. 14 Disponível em: http://www.abrelpe.org.br/ Acesso em: 05 de março de 2018. 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