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LOGISTICA 
E GESTÃO 
DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
Marcelo Ribas 
Simões Pires
Sistemas de informação de 
apoio às atividades logísticas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Conhecer os componentes de um sistema de planejamento e
programação avançados (APS, advanced planning and scheduling).
 Discutir sobre planejamento, previsão e reabastecimento colabo-
rativos (CPFR, collaborate planning, forecasting and replenishment).
 Identificar os benefícios da aplicação de sistemas no planeja-
mento e na programação avançados.
Introdução
Nesta unidade de aprendizagem você vai aprender que um grande 
desafio na globalização é a integração dos sistemas de informação. 
Como as empresas muitas vezes se tornam globais por aquisição e 
fusão, a integração dos sistemas normalmente fica para trás. A in-
tegração operacional exige a capacidade de direcionar pedidos e 
administrar estoques eletronicamente em todo o mundo. O desen-
volvimento da integração da tecnologia de apoio representa um 
importante investimento de capital. São necessários dois tipos de 
integração de sistemas para apoiar as operações globais. O primeiro 
é um sistema de transações ou ERP global. O sistema ERP global é 
necessário para compartilhar dados em comum sobre clientes, for-
necedores, produtos e recursos financeiros globais. Ele também é útil 
para fornecer informações comuns e consistentes quanto ao status 
do pedido e do estoque, não importa onde um cliente global está ou 
onde o pedido deve ser entregue. O segundo requisito de integra-
ção de sistemas é um sistema de planejamento global que consiga 
maximizar a utilização geral de ativos de manufatura e logísticos ao 
mesmo tempo que atende os requisitos de serviço ao cliente. Poucas 
empresas têm sistemas de informação ou capacidades 100% integra-
dos globalmente.
Logistica_U4C9.indd 61Logistica_U4C9.indd 61 21/09/2016 17:26:3721/09/2016 17:26:37
Funcionalidade do sistema de informação
Os sistemas de informação da cadeia de suprimentos formam o laço que une 
as atividades logísticas em um processo integrado. A integração se baseia em 
quatro níveis de funcionalidade: (1) sistemas de transações; (2) controle ad-
ministrativo; (3) análise de decisões; e (4) planejamento estratégico, onde são 
apresentadas as atividades e as decisões logísticas em cada nível de funcio-
nalidade da informação e onde acontecem as melhorias em controle adminis-
trativo. A análise de decisões e o planejamento estratégico exigem uma base 
sólida no sistema de transações.
Um sistema de transações se caracteriza por regras e procedimentos for-
malizados e comunicações padronizadas, alto volume de transações e foco 
operacional diário. A combinação de processos estruturados e grande volume 
de transações coloca muita ênfase na eficiência do sistema de informação. No 
nível mais básico, sistemas de transação iniciam e registram as atividades de 
logística e seus resultados individuais. A típica funcionalidade de transação 
inclui entrada de pedidos, desdobramento (deployment) do estoque, separação 
de pedidos, expedição, formação de preços, faturamento e questionamentos 
dos clientes. Por exemplo, a transação de entrada de pedidos do cliente re-
gistra no sistema de informação um pedido de produto feito por ele. A tran-
sação de entrada de pedidos inicia uma segunda transação quando o estoque 
é atribuído ao pedido. Uma terceira transação é gerada para orientar as ope-
rações do depósito para atender ao pedido. E uma quarta transação inicia o 
embarque do pedido para o cliente. A transação final gera a fatura e uma 
conta a receber correspondente. Ao longo do processo, a empresa e o cliente 
esperam informações em tempo real sobre o status do pedido. Assim, o ciclo 
de atividades do pedido do cliente é completado por uma série de transações 
do sistema de informação.
O segundo nível do sistema de informação da cadeia de suprimentos, o 
controle administrativo, se concentra na medição e no relatório de desem-
penho. Essa avaliação é necessária para fornecer feedback sobre o desem-
penho e a utilização de recursos da cadeia de suprimentos. Dimensões típicas 
do desempenho incluem medições de custo, serviço ao cliente, produtividade, 
qualidade e gerenciamento de ativos. Como exemplo, medições específicas 
de desempenho incluem os custos de transporte e de armazenamento por to-
nelada, giro do estoque, taxa de atendimento por unidade, caixas por hora 
trabalhada e percepção do cliente quanto ao serviço.
Logística e gestão da cadeia de suprimentos62
Logistica_U4C9.indd 62Logistica_U4C9.indd 62 21/09/2016 17:26:3821/09/2016 17:26:38
É necessário que o sistema de informação da cadeia de suprimentos re-
late o histórico de desempenho do sistema, mas também é preciso identificar 
as exceções operacionais, pois suas informações são úteis para destacar pro-
blemas potenciais, operacionais ou com clientes. Por exemplo, o sistema de 
informação da cadeia de suprimentos proativo deve conseguir apontar faltas 
de estoque futuras com base nos requisitos previstos e no estoque planejado. O 
relatório de exceção também deve identificar possíveis restrições em termos 
de transporte, armazenamento ou mão de obra. Embora algumas medidas de 
controle, como o custo, sejam bem definidas, outras medidas, como serviço 
e qualidade, são menos específicas. Por exemplo, o serviço ao cliente pode 
ser medido internamente, pela perspectiva da empresa, ou externamente, pela 
perspectiva do cliente. Medidas internas são relativamente fáceis de moni-
torar, mas informações sobre medidas externas são mais difíceis de se obter, 
já que envolvem o cliente ou outros parceiros externos.
O terceiro nível do sistema de informação da cadeia de suprimentos, a 
análise de decisões, se concentra em ferramentas de software para ajudar os 
administradores a identificar, avaliar e comparar alternativas estratégias e tá-
ticas para melhorar a eficácia. Análises típicas incluem projeto da cadeia de 
suprimentos, gerenciamento de estoque, alocação de recursos, roteirização 
de transportes e rentabilidade por segmento. O ideal é que o sistema de infor-
mação da cadeia de suprimentos para análise de decisões inclua manutenção, 
modelagem, análise e relatório de banco de dados. Assim como o controle 
administrativo, a análise de decisões pode incluir considerações operacionais, 
como a roteirização de veículos e o planejamento de depósitos. A análise de 
decisões também está sendo usada para administrar os relacionamentos com 
os clientes ao determinar os trade-offs associados a clientes satisfeitos e bem-
-sucedidos.
O planejamento estratégico, último nível do sistema de informação da ca-
deia de supri- mentos, organiza e resume os conteúdos de transações em um 
banco de dados relacional que ajuda nas avaliações de estratégias. O plane-
jamento estratégico basicamente se concentra em informações para avaliar e 
aperfeiçoar a estratégia logística e a cadeia de suprimentos. Exemplos de pla-
nejamento estratégico incluem as alianças estratégicas, o desenvolvimento e o 
aperfeiçoamento da competência em manufatura e as oportunidades relacio-
nadas à capacidade de resposta aos clientes. Os custos de desenvolvimento e 
manutenção incluem hardware, software, comunicação e recursos humanos. 
No passado, a maior parte dos sistemas desenvolvidos se concentrava em 
melhorar a eficiência do sistema de transações. Embora esses investimentos 
63Sistemas de informação de apoio às atividades logísticas
Logistica_U4C9.indd 63Logistica_U4C9.indd 63 21/09/2016 17:26:3821/09/2016 17:26:38
originalmente oferecessem retorno em termos de velocidade e menor custo 
operacional, agora existem poucas oportunidades de melhoria. A maior parte 
do desenvolvimento e da implementação de um sistema de informação da ca-
deia de suprimentos agora se concentra no aumento da integração do sistema 
da cadeia de suprimentos e em melhores tomadas de decisões.
Para saber mais sobre o tema,leia o trecho selecionado – Funcionalidade do sistema 
de informação – da obra Gestão logística da cadeia de suprimentos (BOWERSOX et al., 
2014, p. 10).
Módulos de sistemas de informação da 
cadeia de suprimentos
Um dos aspectos que mais facilita a gestão da cadeia de suprimentos é a tec-
nologia da informação. Os sistemas da cadeia de suprimentos iniciam ativi-
dades e rastreiam informações sobre processos, facilitam o compartilhamento 
de informações tanto dentro da empresa quanto entre parceiros da cadeia de 
suprimentos e auxiliam a tomada de decisão gerencial. Os sistemas abran-
gentes de informações são formados por uma combinação de subsistemas de 
transações, de apoio à decisão e de comunicação.
Desde o início, a logística se concentrou no armazenamento e no fluxo 
de produtos ao longo da cadeia de suprimentos. O fluxo e a exatidão das 
informações normalmente eram ignorados porque não eram vistos como es-
senciais para os clientes. Além disso, as taxas de transferência de informação 
eram limitadas pelos processos manuais. Existem quatro motivos para a in-
formação oportuna e precisa ter se tornado mais crítica no projeto e nas ope-
rações de sistemas logísticos. Primeiro, os clientes percebem a informação 
sobre a situação do pedido, a disponibilidade de produtos, o rastreamento 
da entrega e o faturamento como dimensões necessárias do atendimento ao 
cliente. Os clientes exigem informações em tempo real. Segundo, para reduzir 
os ativos totais da cadeia de suprimentos, os gerentes perceberam que a in-
formação pode ser usada para reduzir os requisitos de estoque e de recursos 
Logística e gestão da cadeia de suprimentos64
Logistica_U4C9.indd 64Logistica_U4C9.indd 64 21/09/2016 17:26:3821/09/2016 17:26:38
humanos. Em especial, o planejamento das necessidades com base em infor-
mações atuais pode reduzir o estoque ao minimizar a incerteza da demanda. 
Terceiro, a informação aumenta a flexibilidade em relação a como, quando e 
onde os recursos podem ser utilizados para alcançar vantagens competitivas. 
E quarto, o aumento da transferência e da troca de informações pela Internet, 
que está facilitando a colaboração e dando outra direção aos relacionamentos 
na cadeia de suprimentos. Um exemplo atual de sistema de informação abran-
gente que leva a um melhor uso da cadeia de suprimentos é o cenário interna-
cional de transportes. É comum uma empresa redirecionar um contêiner no 
meio do caminho conforme o feedback em tempo real dos mercados locais. 
Essa mudança, possibilitada pela tecnologia da informação, resulta em níveis 
de serviço mais elevados e, ao mesmo tempo, no aperfeiçoamento da utili-
zação dos recursos.
Um sistema de informação da cadeia de suprimentos abrangente inicia, 
monitora e auxilia a tomada de decisões, relatando as atividades necessárias 
para a realização de operações e planejamento logísticos. Os principais mó-
dulos do sistema e suas interfaces são: (1) Planejamento de Recursos Empre-
sariais (ERP – Enterprise Resource Planning); (2) sistemas de comunicação; 
(3) sistemas de execução; e (4) sistemas de planejamento.
Os sistemas ERP na Figura 1 a seguir são a base do sistema de informação 
logística da maioria das empresas que mantêm dados e processos atuais e 
históricos para iniciar e monitorar o desempenho. Durante a década de 1990, 
muitas empresas começaram a substituir módulos desenvolvidos interna-
mente (chamados de “sistemas legados”) por sistemas ERP projetados como 
módulos e processos de transações integradas com um banco de dados em 
comum. O banco de dados inclui a capacidade de armazenamento de infor-
mações sobre as transações operacionais (isto é, baseadas em produtos e em 
atividades) e financeiras (isto é, com base monetária). Os sistemas ERP fa-
cilitam as operações e os relatórios integrados para iniciar, monitorar e loca-
lizar atividades críticas, como atendimento a pedidos e reabastecimento. Os 
sistemas ERP também incorporam um banco de dados integrado no âmbito 
de toda a empresa, às vezes chamado de data warehouse, junto a transações 
adequadas para facilitar o planejamento e as operações logísticas e a cadeia 
de suprimentos. As transações da cadeia de suprimentos facilitadas por sis-
temas ERP incluem entrada e gerenciamento de pedidos, alocação de estoque 
e expedição. Além dessas aplicações na cadeia de suprimentos, os sistemas 
ERP normalmente incluem habilidades financeiras, contábeis e de recursos 
humanos. Aplicações de data mining, gestão do conhecimento e outras apli-
65Sistemas de informação de apoio às atividades logísticas
Logistica_U4C9.indd 65Logistica_U4C9.indd 65 21/09/2016 17:26:3821/09/2016 17:26:38
cações de integração empresarial operam usando a base de ERP para desen-
volver e organizar o conhecimento referente a clientes, produtos e operações.
As aplicações de integração e administração são os módulos ERP que não 
são especificamente aplicações da cadeia de suprimentos, mas têm interações 
significativas com ela. Os componentes específicos incluem: (1) adminis-
tração geral; (2) contas a receber e a pagar; (3) contabilidade financeira do es-
toque; (4) contabilidade geral; e (5) recursos humanos. A administração geral 
inclui as diversas operações para estruturar a empresa e definir seus fluxos de 
processos. As operações da cadeia de suprimentos usam esses módulos para 
definir estruturas de relatórios, funcionais e organizacionais, assim como para 
definir os fluxos de processos, como atendimento a pedidos de clientes e de 
reabastecimento. As contas a receber e a pagar representam as funções de re-
cebimento de faturas de clientes e pagamento de faturas a fornecedores. Nor-
malmente são reconhecidas como funções contábeis, mas há uma interação 
significativa com as operações da cadeia de suprimentos, já que as contas a 
pagar são influenciadas pela compra de materiais e serviços, e as contas a 
receber são influenciadas pela entrega e faturamento de pedidos completos. 
A contabilidade financeira do estoque se refere ao acompanhamento dos pro-
cessos de valor agregado por toda a cadeia de suprimentos para facilitar os 
relatórios de informações financeiras e fiscais. O timing e a localização dos 
processos de valor agregado da cadeia de suprimentos (por exemplo, pro-
dução, controle de estoque e embalagem) podem ter influência significativa 
sobre o que é comunicado ao departamento financeiro (para efeitos fiscais) 
e aos mercados financeiros (para fins de valorização das ações). A contabili-
dade geral se refere à estrutura das contas detalhadas para monitorar e fazer 
relatórios de receitas e contas. Como a cadeia de suprimentos envolve uma 
interação considerável com os processos internos e externos da empresa, a 
estrutura da contabilidade geral influencia muito a capacidade da cadeia de 
suprimentos para medir, monitorar e registrar os custos em relação à entrega 
de produtos ou ao serviço aos clientes. O módulo de recursos humanos dos 
sistemas ERP acompanha perfis e níveis de atividade dos funcionários. Como 
a maioria das empresas tem uma grande quantidade de pessoas envolvidas nas 
operações da cadeia de suprimentos (por exemplo, manufatura, distribuição 
e compras), e muitas vezes em diferentes ambientes globais, a capacidade de 
acompanhar as tabelas salariais e os níveis de atividade é fundamental para 
tomar decisões eficazes sobre os funcionários envolvidos na cadeia de supri-
mentos.
Logística e gestão da cadeia de suprimentos66
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Figura 1. Estruturas do sistema de informação da cadeia de suprimentos voltada para apli-
cações.
Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 11).
Operações da cadeia de suprimentos
As operações empresariais incluem os módulos do sistema de informação ne-
cessários para apoiar as operações diárias da cadeia de suprimentos, onde os 
módulos específicos incluem: (1) gestão do relacionamento com os clientes; 
(2) logística; (3) manufatura; (4) compras; e (5)desdobramento (deployment) 
do estoque. Os sistemas de operações empresariais trabalham em conjunto 
com o sistema ERP da empresa para oferecer funcionalidades especificas 
para apoiar as operações da cadeia de suprimentos. Enquanto alguns sistemas 
ERP apoiam as funcionalidades necessárias para a cadeia de suprimentos, 
outros não incluem algumas delas, como as que auxiliam as operações de 
depósito e transporte.
Os sistemas de atendimento ao cliente, também conhecidos como gestão 
do relacionamento com os clientes (CRM – Customer Relationship Manage-
ment), são aplicações relativamente novas, projetadas para facilitar o compar-
tilhamento de informações entre os clientes, a força de vendas e as operações. 
O módulo de logística direciona e monitora as atividades logísticas incluindo 
o gerenciamento de estoque de produtos acabados, dos depósitos, de trans-
portes e o de pátio. O módulo de manufatura programa e aloca os recursos de 
produção e determina os requisitos de componentes. O módulo de compras 
inicia e monitora as atividades de aquisição, incluindo a abertura de pedidos 
67Sistemas de informação de apoio às atividades logísticas
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de compra, os serviços expressos e o gerenciamento de fornecedores. O sis-
tema de desdobramento (deployment) do estoque programa e monitora o fluxo 
do material para atender aos requisitos de produção e estoque.
O método tradicional de disponibilização da tecnologia sempre foi a ope-
ração e manutenção de recursos computacionais privados. Computadores de 
grande porte são essenciais para operar os vários sistemas de tecnologia da 
informação necessários para orientar as operações da cadeia de suprimentos. 
Esse comprometimento com a computação interna mudou rapidamente no 
século XXI. Em um ritmo crescente, as empresas estão adquirindo suporte 
de tecnologia da informação para a cadeia de suprimentos na forma de sis-
temas abrigados externamente. Existe um amplo conjunto de sistemas, como 
gerenciamento de depósitos (WMS – warehouse management system), ge-
renciamento de transportes (TMS – transportation management system) e 
gerenciamento de pátio (YMS – yard management system), disponibilizado 
por empresas que desenvolvem e mantêm aplicações especializadas com tec-
nologia de ponta. Geralmente chamados de Software como Serviço (SaaS 
– Software as a Service), esses pacotes específicos podem ser adquiridos 
para uso interno ou hospedados externamente. Quando são hospedados por 
empresas prestadoras de serviços especializados, que fornecem a aplicação 
utilizando a capacidade de grandes recursos computacionais, a aplicação é 
classificada como computação na nuvem (cloud computing).
Planejamento e monitoramento são os processos e tecnologias que fa-
cilitam os sistemas de informações de planejamento e coordenação dentro 
da empresa e entre parceiros da cadeia de suprimentos, onde os principais 
componentes de planejamento e monitoramento empresarial, seus módulos 
específicos, incluem: (1) planejamento de vendas e operações; (2) visibilidade 
da cadeia de suprimentos e gestão de eventos; e (3) conformidade da cadeia 
de suprimentos. Como muitas dessas atividades envolvem a interação com 
outros membros da cadeia de suprimentos, aplicações concretas exigem uma 
padronização considerável com outras funções da empresa e com parceiros da 
cadeia de suprimentos. O planejamento de vendas e operações (S&OP – Sales 
and operation planning) define o processo usado para equilibrar os requisitos 
de demanda e a capacidade de fornecimento da empresa e de seus parceiros na 
cadeia de suprimentos. O S&OP em si é um processo que exige coordenação 
e integração funcional, mas ele requer tecnologia da informação para avaliar 
a demanda, a oferta e os trade-offs de recursos. Essa tecnologia geralmente se 
caracteriza em aplicações de planejamento e programação. A visibilidade da 
cadeia de suprimentos e o módulo de gestão de eventos monitoram as entregas 
Logística e gestão da cadeia de suprimentos68
Logistica_U4C9.indd 68Logistica_U4C9.indd 68 21/09/2016 17:26:3821/09/2016 17:26:38
enquanto estão em trânsito e, cada vez mais, conseguem proativamente su-
gerir mudanças nos fluxos da cadeia de suprimentos para minimizar o poten-
cial de paralisações na manufatura ou falhas no serviço. Os sistemas de con-
formidade da cadeia de suprimentos monitoram as informações sobre o fluxo 
de componentes e produtos para garantir que eles cumpram com os requisitos 
regulatórios relacionados a etiquetas, impostos e restrições de segurança.
A tecnologia de comunicação é o hardware e o software técnico que faci-
litam a troca de informações entre os sistemas e a infraestrutura física dentro 
da empresa e entre os parceiros na cadeia de suprimentos. A troca de infor-
mações em tempo real entre funções e parceiros da cadeia de suprimentos 
facilita a coordenação de insumos, produção, estoque, pedidos e entregas aos 
clientes. Do ponto de vista da cadeia de suprimentos, a disponibilidade de 
informações comuns e consistentes sobre requisitos, atividades e desempenho 
entre os parceiros da cadeia de suprimentos aumenta a eficácia, a eficiência, a 
relevância e a sustentabilidade operacionais.
O rápido desenvolvimento e disseminação da Internet acrescentaram uma 
nova dimensão à interface entre as empresas e seus clientes. Tanto os vare-
jistas quanto os fabricantes estão cada vez mais em contato direto com os 
consumidores finais. Essa conectividade se desenvolveu ao longo de duas di-
mensões principais da comunicação: conectividade de pedido e conectividade 
de pós-venda. Cada uma delas tem implicações na cadeia de suprimentos.
Em termos de pedidos, a Internet oferece uma maneira para os consu-
midores estabelecerem e manterem contato direto com os varejistas e fabri-
cantes. Em essência, essa forma de conectividade nas duas direções é uma 
evolução da tradicional compra por catálogo. Otimizadas pela velocidade e 
flexibilidade da conectividade via Internet, as comunicações interativas du-
rante o pedido, a determinação da condição do estoque, do tempo e locali-
zação do processamento e dos detalhes da entrega do produto podem ser mais 
diversificadas e abrangentes. Por exemplo, o acompanhamento completo do 
pedido até a entrega é um recurso comum. Com a facilidade e a velocidade 
da conectividade via Internet, as informações pertinentes ao pedido total até 
a entrega domiciliar ou à coleta na loja podem ser monitoradas. Com relação 
às devoluções de produtos, ou ao que é chamada frequentemente de logís-
tica reversa, a Internet oferece uma maneira rápida e precisa para facilitar 
e monitorar o processo de reparo ou substituição do produto. Além disso, a 
existência da conectividade direta entre o consumidor final e o fabricante do 
produto facilita a resolução rápida dos problemas de atendimento ao cliente 
relacionados ao uso e à garantia do produto. Além da tecnologia da infor-
69Sistemas de informação de apoio às atividades logísticas
Logistica_U4C9.indd 69Logistica_U4C9.indd 69 21/09/2016 17:26:3821/09/2016 17:26:38
mação, o rápido surgimento de novas relações na cadeia de suprimentos está 
sendo impulsionado por quatro forças relacionadas: (1) gestão integrada e pro-
cessos da cadeia de suprimentos; (2) capacidade de resposta; (3) sofisticação 
financeira; e (4) globalização. Essas forças vão continuar a conduzir a estru-
tura e as iniciativas de estratégia da cadeia de suprimentos em muitos setores 
durante o futuro próximo. Uma breve discussão sobre cada uma dessas forças 
que conduzem a cadeia de suprimentos fornece uma base para entender os 
desafios que a gestão da cadeia de suprimentos coloca sobre o exigente de-
sempenho da logística.
Para saber mais sobre o tema, leia o trecho selecionado – Operações da cadeia de supri-
mentos – da obra Gestão logística da cadeia de suprimentos (BOWERSOX et al., 2014, p. 13).
1. Sistemas de transações, controle 
administrativo,análise de decisões e 
planejamento estratégico. Esses pro-
cessos se referem respectivamente a:
a) Operações de gerenciamento 
local.
b) Níveis de funcionalidade de um 
sistema de gestão.
c) Operações de suprimentos 
externo.
d) Controle dos recursos das em-
presas.
e) Controle das exportações.
2. A típica funcionalidade de transação 
de um sistema de informação inclui 
entre elas: 
a) Entrada de pedidos, expedição e 
formação de preços.
b) Controle do deslocamento do 
fornecedor.
c) Entregas FOB e CIF.
d) Busca de níveis de suprimento.
e) Busca de novos mercados inter-
nacionais.
3. A análise das decisões também está 
sendo usada para administrar os 
relacionamentos com os clientes ao 
determinar os trade-offs associados a:
a) Clientes satisfeitos e bem-suce-
didos.
b) Entregas não efetuadas.
c) Controle de estoque interruptos.
d) Material disponível.
e) Serviços logísticos indisponíveis.
4. Os principais módulos do sistema 
e suas interfaces são, respectiva-
mente: 
a) Custos, pessoas e comércio 
exterior.
Logística e gestão da cadeia de suprimentos70
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BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. 4. ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2014.
b) Planejamento de pessoas e 
clientes.
c) Sistema de fornecedores, distri-
buidores e venda direta.
d) Sistemas de codificação, estoques 
e mídias.
e) Planejamento de ERP, sistemas 
de comunicação, sistemas de 
execução e planejamento.
5. O CRM (Customer Relationship Mana-
gement) se refere a um módulo do 
sistema de informação relativo à:
a) Gestão de estoques.
b) Administração da fábrica.
c) Gerenciamento da frota.
d) Gestão de armazéns.
e) Relacionamento com o cliente.
71Sistemas de informação de apoio às atividades logísticas
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