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Resumo Introdução ao narcisismo

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O narcisismo é o tratamento que o indivíduo dá ao próprio corpo como se este fosse um objeto sexual, em uma relação de plena satisfação mediante a atos prazerosos. Não seria uma perversão, mas um complemento libidinal do egoísmo do instinto de autoconservação.
A libido que é retirada do mundo externo é dirigida ao Eu, o que faz surgir a conduta do narcisismo.
É importante ressaltar e enxergar uma oposição entre a libido do Eu e a libido do objeto. Quanto mais se utiliza uma, mais empobrece a outra. 
Pra prosseguir é necessário tratar da relação do narcisismo com o autoerotismo presente no estágio inicial da libido. No início do desenvolvimento do Eu surgem os instintos autoeróticos primordiais, então, para que se forme o narcisismo, é preciso que seja acrescentada alguma ação nova ao aparelho psíquico. Nesse caminho distinguir a libido que é própria do Eu da libido ligada ao objeto leva à separação dos instintos sexuais de instintos do Eu. Uma hipótese é que oposição entre instintos sexuais e instintos do Eu aparece na análise das neuroses de transferência, pela verificação do modo de evolução da neurose, livre de contradições, que pode aplicar-se a outras afecções.
A respeito da influência orgânica sobre a distribuição da libido, sabe-se que quem sofre a dor orgânica apresenta desinteresse pelas coisas do mundo externo, pois essas coisas não dizem respeito ao seu sofrimento. Essa retirada de interesse pelo mundo externo também envolve a perda de interesse pelos seus objetos amorosos, troca do amar pelo sofrer. O doente, então, retira seus investimentos libidinais de volta para o Eu concentrados no órgão doente e envia-os para fora depois de curar-se. 
Se tratando do represamento da libido no Eu, pode-se perguntar por que isso é sentido como desprazeroso. Isso se dá por causa de uma tensão elevada do aparelho psíquico que se transforma em desprazer
*A partir do momento que o investimento do Eu como libido superou uma determinada medida é necessário ultrapassar as fronteiras do narcisismo e colocar a libido em objetos. O egoísmo é uma forma de proteção contra o adoecimento, mas quando pode-se ultrapassar essa barreira o sujeito pode começar a amar para não adoecer, mas é inevitável adoecer quando devido à frustração, não se pode amar.
O nosso aparelho psíquico tem a capacidade de elaboração psíquica do que seria sentido como penoso ou de efeito patológico. Essa elaboração ajuda a desviar as excitações que não são capazes de uma descarga externa.
Quando os impulsos instintuais da libido entram em conflito com as ideias morais e culturais do indivíduo, sofrem a repressão patogênica. Tudo que a pessoa tolera , ou, pelo menos, elabora conscientemente, uma outra pessoa pode passar por isso como algo tão insuportável que nem chega a ser consciente.
Para o Eu a formação do ideal é a condição para a repressão. Esse ideal é narcísico , pois todo amor é para si mesmo, como o amor da infância. É deslocado para esse Eu ideal possuidor de toda perfeição. Como na infância, até aqui o indivíduo é incapaz de se livrar da suas satisfação, uma vez que foi desfrutada. Quando chega o momento de ter seu juízo despertado, o sujeito procura adquirir sua satisfação novamente em uma nova forma de ideal do Eu. O que ele projeta como ideal é o substituto do narcisismo primário existente na infância, na qual ele próprio era seu ideal.
Relacionando a sublimação à formação de ideal, sabe-se que a ênfase na sublimação recai no afastamento do que é sexual. Enquanto a sublimação descreve algo que vem depois do instinto, a idealização se relaciona ao objeto. A sublimação é um processo particular, mesmo que requerida por um ideal do Eu, permanece independente de sua instigação.
O amor-próprio tem uma parte primária resultante do narcisismo infantil, uma parte que se origina do cumprimento do ideal do Eu e uma terceira resultante da satisfação da libido objetal. No enamoramento a libido do Eu se transborda para o objeto. Isso eleva o objeto sexual a ideal sexual. O Ideal sexual pode ser vinculado ao ideal do Eu pois no momento em que a satisfação narcísica se depara com obstáculos reais, o ideal do Eu pode ser usado pelo sujeito como uma satisfação substitutiva. O ideal do Eu é um importante também é importante para entender a psicologia da massa. Ele tem seu lado social que pode ser um ideal comum de uma família, classe ou nação.

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