Buscar

Aspectos biológicos dos camarões peneídeos e sua importância para pesca e aquicultura brasileira

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Filo: Artrópodes (+ numeroso do reino a nimal); 
•Subfilo: Crustácea (+ de 38.000 representantes); 
•Classe: Malacostraca (+ de 22.600 espécies); 
•Ordem: Decapoda (caranguejos, l
Aspectos Biológicos do Camarão
Filo: Artrópodes (mais numeroso do reino animal);
Subfilo: Crustácea (mais de 38.000 representantes);
Classe: Malacostraca (mais de 22.600 espécies);
Ordem: Decapoda (caranguejos, lagostins, lagostas e camarões);
Família: Penaeidae (maioria dos camarões de cultivo).
Diferentes espécies de peneídeos são cultivados em distintos pontos do planeta.
O tamanho dos camarões é pequeno e costumam medir em torno de 3 centímetros de comprimento. Seu físico é caracterizado por ter um abdome longo, e um corpo comprimido em sua lateral.
Possuem sistema nervoso com gânglios cerebrais bem desenvolvidos. Por isso, o órgão de sentidos (antena) fica em sua cabeça, assim como o coração. São estas características que os inserem no filo dos artrópodes.
O cefalotórax possui uma única carapaça, que termina um pouco antes de um prolongamento em forma de espinho, denominado rostro, ao lado do qual se inserem os pedúnculos oculares. Cada segmento desse animal possui um par de extremidades, exceto no primeiro segmento. Suas duas primeiras antenas possuem função tanto táctil quanto olfativa. Possui um par de mandíbulas, no qual se abrem pela boca, e também dois pares de maxilas que trabalham para a mastigação. Nas maxilas, há três maxilípedes, que são estruturas que colaboram para segurar e manipular o alimento, levando-os até a mandíbula.
As extremidades do cefalotórax, possuem estruturas denominadas patas locomotoras. São no total 5 pares de patas, que são conhecidas pelo nome pereiópodes. Esta característica os insere na ordem decapoda.
O abdômen é bem articulado e cada segmento é recoberto por uma placa dorsal, denominada tergo. Nos machos, elas se ligam formando as pleuras e ficam assim, já nas fêmeas, essas pleuras se prolongam para baixo, o que acaba cobrindo suas extremidades e forma uma câmara incubadora.
Alguns dos órgãos presentes no camarão são: estômato, gônodas, coração, hepatopâncreas, estômago, ânus e boca.
A respiração do camarão é branquial, e suas brânquias ficam localizadas em ambas as laterais do cefalotórax. É a partir dessas brânquias que há a excreção da amônia.
Os camarões peneídeos são classificados como onívoros, alimentando-se de fito e de zooplâncton nos estágios larvais e pós-larval.
Nos machos, o aparelho reprodutor é constituído por um par de testículos, sacos espermáticos e glândulas androgênicas. Enquanto que nas fêmeas, elas apresentam apenas dois ovários e dois ovidutos.
A fecundação dos camarões é externa; o macho fecunda os óvulos após a postura e os ovos são mantidos entre as pernas abdominais da fêmea, durante todo o período de incubação. Eclodidos, os camarões passam por fases larvais que levam denominações; o primeiro estágio tem o nome de neuplios, que são larvas microscópicos e transparentes; o segundo de protozoea, onde já aparecem os olhos, os apêndices complicam-se e o tórax funde-se com a cabeça; depois de outra muda, surge a forma denominada de zoea , de olhos já móveis, passando esta para a forma denominada misis. Na última, temos então o camarão, na sua forma definitiva e adulta.
Importância para Pesca e Aquicultura Brasileira
No Brasil, a carcinicultura marinha teve início na década de 1970, mas somente passou a ter investimentos privados a partir da década seguinte, com a produção de camarões peneídeos (Farfantepenaeus subtilis, Marsupenaeus japonicus, Litopenaeus schmitti, F. brasiliensis e F. paulensis). A partir dos anos 1990, a atividade cresceu significativamente por meio da introdução da espécie exótica Litopenaeus vannamei, conhecida como camarão branco do Pacífico.
A carcinicultura tem gerado benefícios econômicos e sociais no Brasil, principalmente na região Nordeste. Em 2011, a cadeia produtiva do camarão cultivado, constituída de laboratórios de pós-larvas, fazendas de engorda e centros de processamento, gerou R$ 1 bilhão segundo estimativas da ABCC (Associação Brasileira dos Produtores de Camarão) em 2013. Sabe-se que esta atividade gera empregos diretos e indiretos por hectare de viveiro em produção.
O maior número de fazendas de carcinicultura no Brasil está na região Nordeste, particularmente nos estados de Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará, que concentraram, em 2011, mais de 99% da produção de camarão cultivado.
Em 2018, o segmento registrou um crescimento de aproximadamente 18%, com a produção de 77 mil toneladas de camarão marinho cultivado, conforme estimativas da ABCC. Segundo a entidade, esse montante gerou uma receita total de R$ 3 bilhões para a indústria nacional.
Ao considerar que o Brasil possui um potencial muito grande para o setor aquícola, com todos os requisitos necessários para alavancar a atividade, a ABCC projeta que até 2020 a carcinicultura irá dobrar sua produção, atingindo 120 mil toneladas. Para este ano, a entidade espera produzir cerca de 90 mil toneladas.
Hoje, a alta procura por produtos saudáveis tem alavancado ainda mais o mercado para o aumento do consumo do camarão. Além disso, a atividade se destaca pelas variadas oportunidades de produção.
As principais vantagens para o produtor de camarão são: curta duração dos cultivos, altos preços do produto no mercado e condições climáticas favoráveis para o cultivo.
A carcinicultura traz benefícios por ser uma atividade sustentável, que contribui com a comunidade de entorno, gerando emprego e renda para todos os envolvidos.
Para retomar sua capacidade produtiva, a carcinicultura brasileira deverá impulsionar o ritmo de crescimento do setor, que conta com toda a infraestrutura necessária, realizando investimentos em genética, nutrição e sistemas produtivos, principalmente na região Nordeste do País, onde há maior concentração de produtores, representando 97% da atividade, conforme dados da ABCC.
Se algumas mudanças forem concretizadas, a ABCC acredita que ainda este ano, serão iniciadas as primeiras exportações do setor, inicialmente para a China e depois para os Estados Unidos, União Europeia, Japão, Vietnã e Coreia do Sul. Com a possibilidade de exportação, o Brasil se tornará mais competitivo internacionalmente.
Ordem: Decapoda (caranguejos, lagostins, lagostas e
SGANZER, Luana. Anatomia do Camarão, Morfologia e Nome Científico. Mundo Ecologia, maio de 2019. Disponível em: https://www.mundoecologia.com.br. Acesso em: 10 de agosto de 2019
NASCIMENTO, Jéssica. Carcinicultura registra alta de 18% em 2018 e projeta aumentar produção. Feed&Food, maio de 2019. Disponível em: https://www.feedfood.com.br. Acesso em: 11 de agosto de 2019
ANDRADE, Jair; NORÕES, Alana; MONTEIRO, Jonathas; ARAÚJO, Rogério; SILVA, Felipe. Eficiência Produtiva das Fazendas de Carcinicultura no Estado do Ceará. Scielo, julho de 2017. Disponível em: https://www.scielo.br. Acesso em: 11 de agosto de 2019

Continue navegando