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Tecnologia - Quais os Limites do Ser Humano

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Cultura Corpo e Desporto - CCD 
 
Mestrado em Gestão do Desporto – Turma 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA 
Quais os limites do ser humano? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Discentes: Docente: Gonçalo Tavares 
Camila Dalprá Machado Ritter 
Larissa de Freitas Azevedo 
Mariana Pereira Silva 
Vera Lúcia Emílio dos Reis 
 
 
 
 
 
Cruz Quebrada – Dafundo 
17 de outubro de 2018
UNIVERSIDADE DE LISBOA 
FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA 
 
i | P á g i n a 
 
 
Índice 
 
Introdução ............................................................................................................................. 1 
1. A inovação tecnológica no desporto ............................................................................. 2 
2. História e Inovação do Desporto Adaptado .................................................................. 7 
2.1 A história do Desporto Adaptado .......................................................................... 7 
2.1.1 Os jogos Surdolímpicos ................................................................................. 8 
2.2 Desportos e Categorias Paralímpicos .................................................................... 9 
2.2.1 Bicicletas ...................................................................................................... 10 
2.2.2 Cadeiras de Rodas ....................................................................................... 11 
2.2.3 Barcos .......................................................................................................... 12 
2.2.4 Deficiências Visuais ..................................................................................... 12 
2.2.5 Trenós, Skis e Snowboard ........................................................................... 13 
2.3 Gerir o Treino do Desporto Adaptado - Testemunho ........................................ 13 
3. As Próteses e a Sua Evolução ...................................................................................... 15 
4. The Bionic Olympics ..................................................................................................... 18 
4.1 A história da biónica ............................................................................................ 18 
4.2 As Olimpíadas Biónicas ............................................................................................. 18 
Conclusão ............................................................................................................................ 20 
Referências ............................................................................................................................. i 
 
 
ii | P á g i n a 
 
 
Índice de imagens 
 
Figura 1 - Photo Finish........................................................................................................... 3 
Figura 2 - Hawk-Eye (ténis) ................................................................................................... 3 
Figura 3 - D-Tech ................................................................................................................... 3 
Figura 4 - Video-Árbitro………………. ....................................................................................... 4 
Figura 5 - Hawk-Eye (Futebol) ............................................................................................... 4 
Figura 6 – Esgrima e Taekwondo .......................................................................................... 4 
Figura 7 – Piscina………………………………………………………………………………………………………………4 
Figura 8 - Natação Sincronizada ............................................................................................ 4 
Figura 9 - Mike Burrell e Millie Knight................................................................................. 14 
Figura 10 - Evolução das Próteses ....................................................................................... 17 
file:///C:/Users/anahm/Desktop/da/CCD_Tecnologia_CamilaRitter_LarissaAzevedo_MarianaSilva_VeraReis.docx%23_Toc527544334
file:///C:/Users/anahm/Desktop/da/CCD_Tecnologia_CamilaRitter_LarissaAzevedo_MarianaSilva_VeraReis.docx%23_Toc527544337
Corpo, Cultura e Desporto 
1 | P á g i n a 
Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
Introdução 
 
Os envolvidos no tema tecnologia definem a mesma como um fenómeno que por si só é 
positivo, pois significa o desenvolvimento e progresso de uma sociedade tornando a vida do ser 
humano mais fácil, confortável e agradável (CARVALHO, 1997). Neste conceito, pode ser percebido o 
desenvolvimento da tecnologia desde os tempos mais remotos. No início da civilização, o homem 
utilizava fontes de matéria-prima da natureza (pedras, ossos, troncos de árvores) para desenvolver 
instrumentos que favorecessem a superação das fragilidades humanas até àquele dado momento. Em 
síntese, podemos notar que o avanço tecnológico transforma não apenas o comportamento do 
indivíduo, mas de todo um grupo social. 
O ser humano sempre procurou técnicas que fossem capaz de ajudá-lo na execução de suas 
atividades diárias, e, através da sua capacidade de raciocínio, obteve resultados satisfatórios nas suas 
invenções, dando origem ao processo gradual de transformação de tecnologias, alcançando patamares 
elevados de evolução. 
Será abordada a evolução do desporto face aos avanços tecnológicos, partindo de uma análise 
de evolução de funcionalidades tecnológicas utilizadas para a diminuição de erros nos resultados e 
aumento de performance, dados aos novos implementos utilizados pelos desportistas. De seguida, 
uma contextualização do desporto adaptado a pessoas com algum tipo de deficiência e das formas 
como cada desporto é adaptado a cada condição. Seguidamente temos a evolução tecnológica das 
próteses, a sua caracterização, utilização, benefícios e evolução. E por fim, a caracterização, inovação 
e evolução dos The Bionic Olympics. 
Corpo, Cultura e Desporto 
2 | P á g i n a 
Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
1. A inovação tecnológica no desporto 
Quando se fala de desporto, é preciso compreender que a análise, contextualização e 
entendimento deste fenómeno tem diversificações, devido à dificuldade em afirmar a origem pontual 
do desporto. Segundo Stigger (2005), duas linhas de pensamento - continuidade e descontinuidade- 
tentam definir a origem deste fenómeno. A linha da continuidade passa pelo desporto ligado à prática 
de jogos primitivos em diversas culturas, segundo registos que remontam à prática desportiva por 
povos da antiguidade. Desta forma, o desporto, na sua essência, sempre existiu em todas as culturas 
tendo sido adaptado aos diferentes contextos. Em contrapartida, a linha da descontinuidade trata da 
origem do espaço temporal do desporto, ligado à história das sociedades modernas, onde a sua criação 
está diretamente relacionada com a industrialização, urbanização e desenvolvimento da ciência e 
tecnologia. 
Como podemos perceber, desde os tempos remotos, o ser humano já utilizava recursos 
tecnológicos. Desta forma, é perceptível o quanto as tecnologias se desenvolveram ao longo do tempo 
e, principalmente, nos últimos anos. Nos dias atuais, é notório o desenvolvimento do desporto face 
aos avanços e às inovações tecnológicas. 
O desporto tem sido um fenómeno mundialmente estudado, é transcrito, na atualidade, como 
dos principais fenómenos sociais e uma das maiores instituições do planeta (RUBIO, 2002). Um 
fenómeno complexo que movimenta os mais variados setores da sociedade. Observa-se que a 
evolução e o desenvolvimento do desporto contribuíram paraa difusão e percepção da sua 
importância, proporcionando assim, a magnitude que o desporto tem hoje em dia. 
Para Proni (1998), o desporto é considerado umas das “atividades económicas” com maior 
aumento a nível dos mercados globalizados, o que tem incitado a entrada de amplas corporações 
empresariais e tem solicitado métodos modernos de administração. Como a sociedade converteu o 
desporto num setor economicamente dinâmico e atrativo, o avanço tecnológico está cada vez mais 
dominante, dado o elevado consumo do desporto, seja na perspectiva do atleta, do espectador, do 
investidor, da espetacularização, entre outros. 
Como uma das grandes essências do desporto, a competitividade, seja do atleta com o seu 
adversário, de uma equipa para com a outra, ou até mesmo do atleta com ele mesmo (superação de 
seus próprios limites), faz com que a inovação tecnológica esteja em constante dinamismo e ajustes. 
Para minimizar erros de percepção (por parte de atletas e árbitros), de regras e situações que possam 
causar interferência na essência da competitividade, surgiram nos últimos tempos inúmeros 
instrumentos de verificação e monitorização de situações que ocorrem numa partida desportiva. 
Dentre eles, podemos destacar: 
● ATLETISMO: Photo Finish (tornou-se oficial em 1968- México). Consiste numa câmara 
fotográfica que capta 10,000 fotogramas por segundo. A câmara regista e imprime a ordem de chegada 
Corpo, Cultura e Desporto 
3 | P á g i n a 
Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
exata, independentemente do facto de os atletas terminarem a sua corrida quase ao mesmo 
tempo. Desta forma é possivel evitar empates e resultados injustos. 
 
Figura 1 - Photo Finish 
 
 (Fonte: Rio Replay: Women's 100m Final- 2016) 
 
● TÉNIS: Hawk-Eye (olhos de falcão): Foi criado em 2005 e consiste num programa informático 
que capta, de diversos ângulos, a trajetória de vários objetos ou pessoas. As raquetes, feitas de fibra 
de carbono, também são mais leves e resistentes comparando com mais antigas. 
 
Figura 2 - Hawk-Eye (ténis) 
 
 (Fonte: ISAT) 
● VOLEIBOL: D-Tech (chip dentro da bola que envia informações para o árbitro). Com este 
sistema, também é possível verificar estatísticas como velocidade, número de toques, entre outros. O 
vídeo challenge, mais conhecido como “desafio”, é uma tecnologia de vídeo que permite verificar se o 
ponto foi marcado corretamente. 
 
Figura 3 - D-Tech 
 
 Fonte: Liga Mundial 2017 
● FUTEBOL: Hawk-Eye (chip introduzido na bola) emite um alerta no relógio do árbitro, que 
informa se a bola atravessou ou não as linhas da baliza. Recentemente, tem sido utilizado, também, o 
Corpo, Cultura e Desporto 
4 | P á g i n a 
Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
Figura 6 – Esgrima e Taekwondo 
video-árbitro. Este consiste num árbitro assistente, que analisa as decisões tomadas pelo árbitro 
principal com a utilização de imagens de vídeo e de uns auscultadores que lhe permitem comunicar 
com o árbitro principal. 
Figura 4 - Video-Árbitro Figura 5 - Hawk-Eye (Futebol) 
 
(Fonte: UNIONRAYO) (Fonte: ESPN) 
● TAEKWONDO e ESGRIMA: Nestes desportos, os atletas utilizam roupa e capacetes com 
sensores, que acusam se o golpe ocorreu de facto, ou não. No caso da esgrima, a espada também 
possui um sensor na ponta que, em conjunto com o fato, ajuda a perceber a efetividade do golpe. 
 
 
 
 
 
 
(Fonte: Tecnologia a serviço do esporte- Medium) 
 
● NATAÇÃO: Nas extremidades da piscina, há sensores que, quando tocados pelo atleta, 
permitem perceber, exatamente, o momento em que o atleta termina a prova, fornecendo ainda, 
quando existam, os tempos intermédios exatos. Ainda na natação, também outros sistemas e 
tecnologias são utilizados, mas não para definir resultados. Por exemplo, na natação sincronizada, as 
atletas conseguem ouvir a música debaixo de água. Na maratona aquática, os atletas utilizam uma 
pulseira com um chip, permitindo ao árbitro acompanhar o percurso do atleta, ou até mesmo localizá-
lo em caso de acidentes. 
 
Figura 7 - Piscina Figura 8 - Natação Sincronizada 
 
 
 
 
 
(Fonte: OFICINA DA NET) (Fonte: PISCINA LIMPA) 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirinha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Replay
Corpo, Cultura e Desporto 
5 | P á g i n a 
Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
Tratando-se do atleta, podemos destacar a evolução dos equipamentos e serviços disponíveis 
aos praticantes. De acordo com Camargo (2004), a ciência permite que se “crie” um atleta recordista, 
maximizando suas potencialidades físicas, ou seja, quando o homem desportivo chega ao limite de 
suas capacidades corporais, entra em campo a tecnologia dos equipamentos e serviços. Nestes 
podemos destacar: 
A bola incialmente era confeccionada de couro e bexiga de boi. Atualmente, é feita com 
materiais sintéticos que são criados a partir de polímeros, moléculas de produtos químicos. Desta 
forma, a bola tornou-se mais leve, resistente e à prova de água. As chuteiras, por sua vez, eram sapatos 
rústicos, feitos muitas vezes de madeira e com proteções de metal. Eram pesadas e absorviam água. 
Mais tarde foram acrescentas as travas, que não eram nada mais que pregos embutidos no calçado. 
Atualmente, as chuteiras são muito mais leves e feitas de materiais sintéticos. Elas são pensadas para 
proporcionar ao atleta tanto o maior conforto possível, quanto a melhoria de seu rendimento 
esportivo. O calçado em geral, ganhou amortecedores e design que previnem o aparecimento de 
lesões. 
As raquetes de ténis eram feitas de madeiras, depois em metal, e a partir da década de 80, 
passaram a ser fabricadas com grafite, titânio e carbono. Em 2013, a Head criou uma raquete de ténis 
à base de grafeno, com a promessa de revolucionar o equipamento, tornando-o mais leve e resistente. 
Tenistas do mais alto nível têm especialistas que estudam os seus movimentos e desempenho para, 
posteriormente, fabricar raquetes personalizadas a fim de melhorar ainda mais a sua performance. 
Os pisos desportivos também sofreram mudanças com as novas descobertas cientificas e os 
avanços tecnológicos. Atualmente, os pisos são fabricados com vista a absorver os impactos nos 
sistemas muscular, esquelético e articular dos atletas. Os relvados também ganharam sistema de 
amortecimento e drenagem. Atualmente é possível encontrar pisos feitos em placas modulares e 
desmontáveis. 
As roupas dos atletas, em diversos desportos, também passaram por grandes transformações 
ao longo do tempo. Atualmente são fabricadas visando a aerodinâmica, o conforto, leveza, absorção 
de suor, secagem rápida e, principalmente, o ganho de performance. Antes as roupas eram fabricadas 
em algodão (secagem lenta), depois com poliéster (pouca respiração), posteriormente, surgiu a 
poliamida (resistente a água e secagem lenta, com tecnologia antiodor, antibacteriana e proteção UV). 
Por fim, uma nova tecnologia foi aplicada à poliamida, dando origem à emana- raios infravermelhos e 
minerais bioativos (com os mesmos benefícios da poliamida, porém com ganhos fisiológicos: aumento 
da taxa de metabolismo e melhora da recuperação muscular; diminuição da fadiga). Relativamente 
aos fatos de banho de natação, por volta dos anos 1900, pesavam cerca de 5kg e, passados 73 anos, 
chegaram ao peso de 18 gramas. Na década de 2000, a federação internacional de natação, precisou 
de intervir e regulamentar os fatos de banho pois, com o avanço tecnológico resultando em super fatos 
Corpo, Cultura e Desporto 
6 | P á g i n a 
Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
de banho, eram os atletas com maiores recursos financeiros que ganhavam todas as competições 
(AMARAL, 2013). 
Ainda se podem destacar osavanços tecnológicos nas áreas da fisiologia, biomecânica, nutrição, 
psicologia, ergonomia, farmacologia e técnica/tática dos desportos, que por vezes influenciam nos 
ganhos de rendimento e performance (SILVA; PAULI; GOBATTO, 2011). 
 
Corpo, Cultura e Desporto 
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Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
2. História e Inovação do Desporto Adaptado 
2.1 A história do Desporto Adaptado 
 
Segundo Ian Brittain, em The Paralympic Games Explained, a história do desporto adaptado 
remonta ao início do século XX. As primeiras organizações voltadas para a promoção e adaptação do 
desporto a pessoas com alguma deficiência ou dificuldade, surgiram em Inglaterra, por volta dos anos 
20 e 30. Existindo, no entanto, registos que demonstram que estas organizações podem ter aparecido 
ainda antes em Berlim. 
As primeiras organizações de desporto adaptado mencionadas pelo autor são a British Society of 
One-Armed Golfers, em 1932 e a ‘Disabled Drivers’ Motor Club, em 1922. Também na mesma altura, 
em 1924, foi fundado o Comité Internacional dos Desportos de Surdos, com apoio de algumas 
federações que já existiam com este mesmo objetivo. Nesse mesmo ano, ocorreram os primeiros 
“Jogos Silenciosos”, nos quais participaram nove países, ocorrendo hoje o evento de quatro em quatro 
anos, no ano que segue os jogos Olímpicos, quer a versão de verão, quer a de inverno. (Brittain, 2010) 
Aquando da segunda guerra mundial, surgiu o movimento considerado atualmente como o 
“Movimento Paralímpico Moderno”. A guerra, como era de esperar, causou inúmeros feridos, 
sobretudo com a perda de membros e lesões ao nível da coluna, que inicialmente eram vistos como 
“causas perdidas”. Os feridos tinham uma esperança de vida de dois anos, que se devia, não à lesão, 
mas ao próprio tratamento. No entanto, alguns avanços na medicina e mudanças impostas por Ludwig 
Guttmann nos tratamentos e no cuidado dos pacientes, permitiram aumentar a esperança de vida, 
levando a um segundo problema, a depressão. O desporto passou então a ser utilizado como meio de 
reabilitação, visto que vários estudos demonstraram ser uma forma de trazer uma sensação de 
aumentar a autoestima, mas também de mudar a forma como estas pessoas eram vistas pela 
sociedade. 
Aquilo que começou com o objetivo de reabilitação física e mental, rapidamente evoluiu para o 
desporto recreativo e, consequentemente, para o competitivo. Ludwig Guttmann, considerado o pai 
do Movimento Paralímpico, organizou então, em 1948, paralelamente aos jogos Olímpicos de Londres, 
um evento ao qual chamou de Stoke Mandeville Games. A competição destinava-se a atletas em 
cadeiras de rodas, tendo participado, em Tiro com Arco, vários homens e mulheres. Os Stoke 
Mandeville Games foram oficialmente fundados em 1952 e vieram mais tarde a originar os atuais Jogos 
Paralímpicos. 
Os primeiros Jogos Paralímpicos ocorreram oficialmente em Roma, Itália, nos quais tomaram 
parte 400 atletas de 23 países. Os Jogos Paralímpicos continuam, desde então, a ocorrer a cada 4 anos, 
imediatamente após o término dos Jogos Olímpicos de Verão e Inverno. É importante referir que os 
primeiros Jogos Paralímpicos de Inverno, surgiram apenas em 1976, na Suíça. 
Corpo, Cultura e Desporto 
8 | P á g i n a 
Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
No que toca a Portugal, a primeira participação nos Jogos Paralímpicos ocorreu em 1976 com os 
11 atletas que compunham a equipa de basquetebol em cadeira de rodas. Após esta participação, deu-
se a ausência de Portugal nos 3 ciclos seguintes (12 anos), tendo voltado a participar em 1984, anos 
no qual os Jogos Olímpicos se realizaram em Nova Iorque e os Paralímpicos em Stoke Mandeville, no 
Reino Unido. Apenas a partir de 1988, Seul, as duas competições passaram a ser realizadas na mesma 
cidade. Desde 1984 que Portugal participou em todas as 10 edições dos Jogos Paralímpico, até à última, 
no Rio de Janeiro em 2016. (Portugal, 2015) 
A participação de Portugal nos Jogos Paralímpicos conta também com resultados bastante 
positivos. Em 10 edições participaram 281 atletas, de 13 modalidades, que trouxeram para Portugal 
92 medalhas (25 de Ouro, 30 de Prata e 37 de Bronze). A grande maioria das medalhas foram 
conquistadas no Atletismo (53) e na Boccia (26). No que toca aos jogos Surdolímpicos, Portugal 
participou já em 6 edições, tendo a primeira sido em 1993, em Sófia. Nestes jogos Portugal conquistou 
já 11 medalhas (5 de ouro, 3 de bronze e 3 de prata), tendo participado com um total de 65 atletas, 
em 10 modalidades diferentes. 
Apenas para concluir, um pouco da história dos Jogos Surdolímpicos que, como mencionado 
anteriormente, têm a sua origem dos “Jogos Silenciosos”, que decorreram pela primeira vez em 1924, 
em Paris. OS jogos passaram entretanto a ser chamados de “Jogos Mundiais para os Surdos”, sendo a 
designação atual “Jogos Surdolímpicos”, adotada apenas em 2001. A participação nestes jogos tem 
vindo a crescer a cada edição, sendo que na primeira, em Paris (1924), apenas 148 atletas de 9 países 
participaram, tendo participado apenas uma mulher. Nos últimos jogos participaram já 2873 atletas, 
de 86 países, em Samsun (2017). Os primeiros Jogos Surdolímpicos de Inverno, no entanto, decorreram 
apenas em 1949, em Seefeld, tendo participado apenas 33 atletas, de 5 países, todos do sexo 
masculino. A edição mais recente, em 2015, na Rússia, contou já com 336 atletas, de 26 países. 
A realização deste tipo de eventos, permite não só aos atletas paralímpicos demonstrar as suas 
capacidades e competir nos seus desportos de eleição, mas também mostrar que, mesmo com 
limitações físicas e/ou psicológicas, é possível praticar e competir em desporto. Aqui também se vê 
que o desporto pode e deve ser usado como uma ferramenta de integração e de reabilitação, quer ao 
nível físico, quer psicológico ou social, permitindo que pessoas debilitadas de alguma forma se sintam 
integradas e úteis, sendo estas, muitas vezes causas de depressão e desmotivação. 
2.1.1 Os jogos Surdolímpicos 
Analisando, primeiro, os Jogos Surdolímpicos, quer de inverno, quer de verão, é importante 
perceber que as regras de cada desporto não são alteradas de nenhuma forma, contrariamente ao que 
acontece nos desportos Paralímpicos, em que as regras são alteradas em função da deficiência dos 
atletas. 
Corpo, Cultura e Desporto 
9 | P á g i n a 
Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
 Sendo que a única limitação dos atletas surdos é, precisamente, o facto de não conseguirem 
ouvir, todas as regras são mantidas, exatamente como são, sendo as adaptações executadas a outros 
níveis. Nos desportos em que o árbitro, normalmente, usaria um apito, aqui passa a usar bandeiras, 
no atletismo, em vez do som de uma pistola, são usados luzes para sinalizar a partida. Sendo as 
diferenças tecnológicas, aqui, mais relacionadas com a comunicação entre os árbitros e os atletas, ou 
mesmo com o público, que em vez de bater palmas, abana as duas mãos no ar, tendo o gesto a mesma 
simbologia que um aplauso. 
 Os Jogos Surdolímpicos de verão consistem da competição de atletas em 21 modalidades, 
sendo elas: Futebol, Golfe, Andebol, Judo, Karaté, Ciclismo de Montanha, Orientação, Tiro, Natação, 
Ténis de Mesa, Taekwondo, Ténis, Voleibol, Luta Livre, Lutas greco-romanas, Atletismo, Badmínton, 
Basquetebol, Voleibol de Praia, Bowling e Ciclismo de Estrada. Nos Jogos Surdolímpicos de inverno, 
por outro lado, existem atualmente apenas 5 desportos, Esqui Alpino, Esqui Cross-Country, Hóquei no 
Gelo, Snowboard e Curling. 
2.2 Desportos e Categorias Paralímpicos 
No que toca aos desportos paralímpicos, os atletas são divididos em 9 categorias: 
• Paralisia muscular, para pessoas com limitação parcial do movimento dos músculos; 
• Movimento limitado passivo, para pessoas com movimento articular reduzido (artrites não se 
incluem nesta categoria); 
• Perda ou deficiênciade um membro, para pessoas com ausência total ou parcial de um 
membro devido a doença, trauma ou problemas genéticos; 
• Diferença de comprimento das pernas, para pessoas com problemas genéticos ou traumas que 
influenciaram o crescimento das pernas; 
• Baixa estatura, para pessoas com estatura baixa devido a ossos das pernas, tronco ou braços, 
derivados de variadas deficiências; 
• Hipertonia, para pessoas com rigidez excessiva dos músculos, devido a condições como: 
paralisia cerebral, outras lesões cerebrais ou esclerose múltipla; 
• Ataxia, para pessoas com falta de coordenação muscular dos movimentos, devido a condições 
como: paralisia cerebral, outras lesões cerebrais ou esclerose múltipla; 
• Atetose, para pessoas com movimentos descoordenados e desequilibrados, que têm 
dificuldades em manter uma postura normal, devido a condições como: paralisia cerebral, outras 
lesões cerebrais ou esclerose múltipla; 
• Deficiência visual, inclui pessoas, total e parcialmente cegas, desde que tenham uma visão 
suficientemente reduzida para serem consideradas legalmente como cegas; 
Corpo, Cultura e Desporto 
10 | P á g i n a 
Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
• Deficiência intelectual, para pessoas com capacidade intelectual reduzidas e limitações de 
comportamento, no entanto limita-se a atletas cujo diagnóstico tenha sido feito até aos 18 anos. 
Os desportos paralímpicos são então divididos em categorias e as categorias em classes. Em 
desportos como o basquete várias classes de atletas podem jogar em conjunto, desde que sejam 
respeitadas determinadas regras de composição das equipas. Noutros desportos, como é o caso do 
atletismo, os atletas competem exclusivamente com outros atletas da sua classe ou de classes 
compatíveis. Em todos os casos, no entanto, os atletas são sujeitos a avaliação médica e testes 
desportivos, de forma a serem distribuídos pelas classes existentes e serem atestados a competir em 
cada prova. No caso do futebol, por exemplo, existem duas provas, o futebol de 5 e o de 7. No futebol 
de 5, para deficiências visuais, ainda que exista um limite máximo de visão permitida aos atletas, todos 
devem jogar de olhos vendados, de forma a garantir que nenhuma equipa sai beneficiada. Neste caso, 
no entanto, o guarda-redes será um atleta sem qualquer problema de visão ou deficiência física. No 
futebol de 7, ainda que os atletas de todas as categorias joguem em conjunto, é preciso garantir que 
existe um número mínimo de atletas de cada categoria em campo. 
É importante perceber, portanto, que em algumas provas o desporto é apenas adaptado às 
limitações dos atletas, com a utilização de atletas guia para os cegos e certos níveis de deficiência 
visual, noutros a tecnologia e o avanço tecnológico visível nas últimas décadas, são um fator de 
extrema importância para a evolução, continuação e maior abrangência do desporto. No ciclismo, por 
exemplo, existem vários tipos de adaptações das bicicletas em função do atleta e da prova. Podem ser 
usadas bicicletas muito semelhantes às normais, apenas com uma adaptação do pedal para receber a 
prótese do atleta, outras permitem que o atleta se movimente apenas através do movimento de uma 
das pernas e outras ainda, são movidas através do trabalho dos braços. 
2.2.1 Bicicletas 
Aprofundando o caso do ciclismo existem, portanto, 4 classes que utilizam equipamentos 
diferentes. A classe C1 a C5 que inclui atletas com paralisia cerebral, amputados ou em outras 
condições mas que estão habilitados a conduzir uma bicicleta regular, semelhante às usadas por 
atletas sem qualquer tipo de deficiência ou condição física. A categoria T1-T2 que inclui atletas com 
paralisia cerebral ou outras condições neurológicas e que não estão habilitados a conduzir uma 
bicicleta regular. Estes atletas, da categoria 3, competem num triciclo, com duas rodas atrás e uma à 
frente, que lhes conferem mais equilíbrio. A categoria B, para atletas com deficiência visual, que 
utilizam bicicletas tandem (bicicletas de duas pessoas), com um piloto que os guia durante a prova. É 
importante perceber que, no entanto, o piloto não deverá ser um ciclista profissional que tenha estado 
em atividade nos últimos 12 meses. Por fim, temos a categoria H1-h5, para atletas com limitações ao 
Corpo, Cultura e Desporto 
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Tecnologia – Quais os Limites do ser humano? 
 
nível dos membros inferiores ou uma combinação de membros inferiores e superiores, que utilizam 
bicicletas movidas através da ação das mãos e dos braços. 
2.2.2 Cadeiras de Rodas 
As cadeiras de rodas são diferentes para cada desporto, atualmente são 11 os desportos 
paralímpicos reconhecidos pelo comité internacional, em que são utilizadas cadeiras de rodas. São 
eles: atletismo, basquetebol em cadeira de rodas, Boccia, esgrima em cadeira de rodas, levantamento 
do peso, râguebi em cadeira de rodas, ténis de mesa em cadeira de rodas, ténis em cadeira de rodas, 
tiro, tiro com arco e Curling. 
No caso da Boccia, do Curling, do tiro, da esgrima e do ténis de mesa, não existe muita tecnologia 
na cadeira de rodas, visto que não se pretende que o atleta execute grandes deslocações. No caso do 
Curling, os atletas utilizam mesmo a sua própria cadeira pessoal, não tendo necessidade de investir 
em equipamento especializado. Na esgrima em cadeira de rodas, a cadeira é, inclusive, fixada numa 
plataforma no chão, obrigando a que os atletas se mantenham a uma certa distância. 
Relativamente ao ténis em cadeiras de rodas, um dos mais populares desportos de cadeiras de 
rodas, não são feitas quaisquer adaptações ao campo, raquete ou bolas. A única adaptação, tirando as 
cadeiras de rodas, é a introdução de uma regra em que, em vez de uma, a bola pode tocar duas vezes 
no chão, antes de ser batida pela atleta adversária. No râguebi, em que o atleta precisa de se mover 
de forma rápida, carregando a bola, a cadeira é adaptada ao desporto também. À frente e em ambas 
as laterais, existem proteções para evitar choques demasiado agressivos com outros jogadores e uns 
ganchos especiais que permitem prender os jogadores adversários. 
No caso de ambos, do râguebi e do ténis, bem como no basquete e no atletismo, a cadeira sofreu 
bastantes avanços e adaptações, relativamente à cadeira de rodas comum. Em vez de duas rodas 
laterais verticais, estas são inclinadas para dentro, permitindo um melhor acesso do atleta à mesma, 
para que consiga deslocar-se mais facilmente. Esta adaptação permite ainda que o atleta fique mais 
protegido no que toca a colisões com outros atletas, visto que é menos provável que fique com a mão 
entalada entre rodas. Esta adaptação permite também, associada às restantes, se seja alcançada uma 
maior velocidade de rotação e mudança de direção. 
Para desportos de velocidade, como a atletismo, a base da cadeira forma uma espécie de cruz, 
como um triciclo com duas rodas traseiras, maiores, e uma mais pequena à frente, ao centro. Estas 
cadeiras são mais leves e foram adaptadas e desenhadas de forma aerodinâmica, para permitir que 
sejam alcançadas maiores velocidades. O comprimento e largura da roda frontal varia também em 
função da prova, por exemplo, de provas de atletismo que envolvem cursos para aquelas em que o 
atleta se desloca em linha reta. 
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Outro avanço no design das cadeiras de rodas para estes desportos foi, principalmente no caso 
do ténis, do basquetebol e do râguebi, a instalação de uma quinta roda, na parte traseira, que pretende 
impedir que a cadeira tombe durante o jogo. Desta forma, as cadeiras de rodas ficaram mais seguras 
para os atletas durante o jogo. 
2.2.3 Barcos 
No remo e na canoagem foram, também, feitas algumas adaptações aos barcos para que os atletas 
com limitações físicas pudessem competir em segurança. Uma das principais diferenças, é a largura do 
barco, queé mais larga para permitir um maior conforto e estabilidade aos atletas. Para atletas sem 
mobilidade na parte inferior do corpo, podem ser usados flutuadores, um de cada lado do barco, para 
permitir manter o equilíbrio. Os encostos dos assentos sofrem também algumas alterações, para as 
competições individuais, o encosto é alto, para suporte das partes superior e inferior da coluna, em 
contrapartida, de forma a permitir um movimento mais livre do tronco, em duplas, o encosto é um 
pouco mais baixo. Para garantir uma maior segurança dos atletas, estes são fixados ao assento, através 
de tiras de velcro. Para finalizar e de forma a garantir uma maior justiça, os atletas cegos, ainda que 
não necessitem de barcos adaptados, devem competir de olhos vendados para impedir que a luz seja 
uma ajuda. 
Falando agora noutro tipo, de barcos, temos os barcos usados na vela. Neste desporto, os atletas são 
classificados em 4 categorias, sendo o barco e a competição adaptados em função da mesma. No caso 
das embarcações individuais, o barco é feito à medida do velejador, quer ao nível dos assentos quer 
dos equipamentos, conforme for a sua necessidade. Nos barcos para dois velejadores, os assentos são 
feitos por medida para cada um, com controlos elétricos que lhe permitem girar para a posição 
pretendida. Por fim, as embarcações para três atletas, são feitas de forma mais acessível, de forma a 
permitir uma maior mobilidade dos velejadores. Possuem assentos movíveis e barras para facilitar o 
movimento dos velejadores. 
2.2.4 Deficiências Visuais 
Na generalidade dos desportos paralímpicos para cegos, como referido já no caso das bicicletas, 
existe um atleta piloto, que deve cumprir determinadas características, que guiará o atleta cego. Isto 
verifica-se também em desportos como o atletismo e o esqui alpino, no entanto, existe uma diferença 
no Biatlo, prova em que o atleta deve seguir um determinado percurso em esquis, tendo no final um 
alvo para o qual deve disparar com uma espingarda, antes de poderem concluir o percurso. 
No biatlo, os atletas cegos, utilizam um equipamento especial, que lhes permite localizar os alvos, 
sem os ver. Divididos em três categorias, conforme o seu nível de visão, apenas os atletas da categoria 
1 são obrigados a esquiar com um guia (piloto), enquanto os restantes são livres de escolher se o fazem 
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ou não. Estes atletas, não podendo perceber a localização dos alvos com os olhos, utilizam 
equipamentos que permitem localizar através da audição. A arma utilizada pelos atletas cegos é 
eletrónica, funciona através de um laser, não representando quais quer perigos para a assistência e 
para o próprio atleta. 
Os atletas disparam deitados, com headphones que emitem um som, que se vai tornando menos 
intervalado até estarem a apontar ao alvo. Conforme acertam ou não no alvo, ouvem um sinal sonoro 
que lhes transmite a informação, enquanto para o público o resultado é dado através de luzes verdes 
ou vermelhas no alvo. Fora esta diferença tecnológica, ao nível dos disparos, o Biatlo para atletas cegos 
é semelhante ao Biatlo praticado por atletas sem qualquer deficiência. 
2.2.5 Trenós, Skis e Snowboard 
Atualmente, apenas um desporto de inverno utiliza o trenó. O Hóquei no gelo, paralímpico, é 
bastante semelhante ao normal, com a diferença de que os jogadores estão em trenós, praticamente 
deitados, e utilizam dois tacos, em vez de apenas um. Estes trenós são assentes sobre lâminas, 
devendo o disco conseguir passar por baixo dos mesmos. Também os tacos têm uma ligeira alteração, 
que permitem ao jogador manusear o disco com mais facilidade com uma das pontas, usando a outra 
ponta para se deslocarem no gelo. A construção do trenó obedece inúmeras regras de altura, 
comprimento e materiais, devendo permitir total mobilidade dentro do campo ao jogador. 
 Os esquis, por outro lado, são usados no Esqui Alpino, Cross Country e no biatlo. A 
maior adaptação feita aos esquis para os atletas paralímpicos está relacionada com os atletas sem 
mobilidade ao nível dos meios inferiores. Atualmente, o grande problema com estes esquis é que são 
ou bastante ágeis ou bastante estáveis, mas não possuem ambas as características. O esquiador 
consegue mais agilidade ou mais estabilidade conforme coloque as suas pernas sobre ou assento ou 
as deixe em suspensão. O local onde o atleta se senta, fica assente sobre dois esquis, que lhe permitem 
deslizar. Ainda que, atualmente, estejam a ser desenvolvidos novos “esquis sentados” que confiram 
melhor conforto e agilidade aos atletas, existem já registos de esquiadores que conseguiram alcáçar 
algumas acrobacias, incluindo mortais (Cambalhotas em voo), nestes aparelhos. 
Por fim, recentemente passou a existir também o snowboard adaptado, em que os atletas usam 
pranchas ligeiramente alteradas. As pranchas são adaptadas para permitir a utilização de cada atleta, 
por exemplo, através de diferentes encaixes para diferentes próteses. 
 
2.3 Gerir o Treino do Desporto Adaptado - Testemunho 
Para permitir o treino adequado a atletas com dificuldades seja ao nível da audição, visão, 
motoras ou neurológicas, os clubes e espaços têm de ser adaptados. Não só porque por vezes os 
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campos, por vezes, têm medidas e/ou características diferentes, mas também porque os treinadores 
necessitam de formação especial direcionada para o traino destes atletas. 
Deste modo, tem de existir um investimento em equipamento e em adequação dos espaços por 
parte dos clubes, quer ao nível de acessos e de infraestruturas, quer ao nível da própria organização 
do clube e da sua logística, de forma a poder acomodar, em alguns casos, atletas com e sem 
deficiências ou limitações. 
De forma a tentar-mos ter uma melhor ideia do que é lidar com estes atletas, contactamos um 
treinador que trabalha de perto com atletas paralímpicos que competem pela seleção do Reino Unido. 
Este treinador, Mike Burrell, é preparador físico de vários atletas com diversas limitações. 
Quando lhe perguntamos se havia um grande trabalho de preparação mental com estes atletas, 
explicou que a grande maioria já nasceu com as limitações que os tornam para-atletas e, portanto, já 
sabem lidar bastante bem com as suas dificuldades. Quanto aos atletas que sofreram lesões numa fase 
mais avançada, geralmente por terem escolhido praticar e treinar um desporto, já significa que estão, 
também a lidar bem, ou a aprender a lidar com a sua “nova condição.” 
Relativamente a questões financeiras, foi-nos dito que, como em qualquer desporto, existem 
mais facilidade para alguns atletas que para outros. Enquanto alguns precisam de investir apenas no 
treino e no equipamento regular, outros têm um investimento maior em cadeiras de rodas, skis ou 
outro tipo de equipamento adaptado. Falou-nos, especificamente, de uma das suas atletas, Millie 
Knight, esquiadora, campeã do mundo de Downhill em 2017 e, mais recentemente, nos jogos 
Paralímpicos de Inverno de Pyeongchang (2018), foi medalha de prata em Downhill e Super-G. A Millie, 
por obter estes resultados e por ser já bastante conhecida no seu desporto, não tem problemas de 
financiamento, geralmente tem patrocinadores que lhe pagam o equipamento (neste caso os skis), ou 
consegue o financiamento através de ações de angariação de fundos. Esta atleta consegue ainda ser 
paga por fazer discursos em escolas e eventos, o que ajuda bastante com as suas despesas de 
competição. Por outro lado, um outro atleta de Râguebi em cadeira de rodas, por ser um desporto 
menos conhecido e com menos divulgação, tem bastante dificuldade em financiar a sua prática 
desportiva, o que o leva a passar por dificuldades financeiras. 
Por fim, quando questionado sobre as adaptações que são 
necessárias realizaraos métodos de treino, equipamentos do 
ginásio e exercícios, respondeu que é necessária apenas alguma 
imaginação. Não são necessários equipamentos especiais nem 
grandes adaptações, apenas alguma criatividade para adaptar os 
exercícios e bastante força de vontade por parte dos atletas. 
 
 
Figura 9 - Mike Burrell e Millie Knight 
(Fonte: Instagram) 
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3. As Próteses e a Sua Evolução 
O uso das próteses em pessoas com deficiência é mais antigo do que imaginamos. O primeiro 
registo foi feito na Índia Antiga, onde uma guerreira usou uma prótese de ferro para uma das suas 
pernas, para voltar à guerra. Enquanto isso, no Egito Antigo, a primeira prótese ortopédica terá sido 
encontrada numa múmia, acredita-se que antes de mumificação, para substituir o pé direito, em que 
o polegar era feito de madeira e a junção era feita com tiras de couro, ou seja, simulando as 
articulações que funcionavam como uma dobradiça. 
O uso de madeira e tiras de couro continuou durante a Grécia Antiga. Hipócrates (460 – 370 a.C.) 
- precursor da medicina, desenvolveu órteses com o objetivo de melhorar as fraturas na tíbia. Eram 
formadas por elásticos, argolas de couro e madeira, fazendo com que a órtese fosse tensionada, sendo 
presa no tornozelo e na altura abaixo do joelho. Há relatos de outros tipos de próteses na Roma Antiga, 
feitas de ferro, encontradas na região da Cápua, na Itália. 
Durante a Idade Média, não existiram avanços no desenvolvimentos das próteses, já que os 
conhecimentos dos gregos e dos romanos deixaram de ser explorados. O ferro era predominante, 
ainda nessa época, tendo em conta que o próprio responsável por produzir as armaduras também, 
muitas vezes, era o responsável por confeccionar as próteses. Eram pesadas e, na maioria dos casos, 
desconfortáveis, chegando a magoar. O maior destaque nessa época está relacionado com o início da 
utilização das pernas de pau e das próteses para os membros superiores. 
A primeira prótese articular desenvolvida pelo holandês Pieter Verduyn, em 1696, destinava-se 
aos membros inferiores e era composta por um pé de madeira, couro para sustentar o peso e um tipo 
de espartilho com dobradiças. Já o inglês James Pott, em 1800, também desenvolveu uma prótese 
articulada, porém, era uma chapa de madeira com encaixe para a coxa. A articulação do joelho era 
feita de aço e havia o uso de fibra animal para unir o joelho com o tornozelo, desta forma, era possível 
ter o movimento coordenado ao estender e flexionar os joelhos. 
Em 1863, Dubois D. Parmelee, responsável por patentear a primeira prótese que era presa por 
pressão e o encaixe era realizado por sucção, ou seja, o uso de espartilhos já não era necessário. A 
tecnologia utilizada por Dubois permanece até os dias de hoje, sendo desenvolvida ao longo desses 
anos. 
Diversos membros personalizados foram desenvolvidos ao longo dos séculos com diferentes 
materiais como o ferro, madeira, couro. A evolução partiu de membros estáticos até membros que 
possuíam articulações utilizando molas e engrenagens, por exemplo. 
Nas olimpíadas de 1904, nos Estados Unidos, George Eyser, atleta alemão que competiu pelo país 
americano, utilizou uma prótese de madeira na perna direita durante os jogos. George conquistou seis 
medalhas, sendo três delas de ouro, na ginástica. Oito anos depois, em 1912, o piloto inglês Marcel 
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Desoutter, com a ajuda do seu irmão Charles, que era engenheiro, produziu a considerada primeira 
prótese de alumínio, tendo menos 1,5kg que as anteriores. 
Com o objetivo de ter uma maior inserção social e de reabilitação para as pessoas que não 
possuíam um dos membros, em meados do século XX houve a iniciativa de pessoas com membros a 
menos a praticarem o desporto. Nessa altura, o mundo vivia em guerra e, como consequência disso, 
inúmeros soldados voltaram amputados ou paraplégicos. 
 Devido a esse cenário, com a proposta de minimizar os traumas e melhorar a ocupação pós-
guerra, um grupo de soldados americanos, que voltaram debilitados, criaram uma equipa de basquete 
para com pessoas com deficiência. 
O avanço das tecnologias começa a ser percebido com a descoberta do poliuretano. Desta forma, 
certos polímeros já começam a ser explorados. A Northrop Aviation, em 1955, desenvolveu uma 
prótese com resina termoendurecível, denominada de “syme”. O pé era confeccionado de borracha. 
Na Universidade da Califórnia, usando como inspiração a criação de Verduyn, desenvolveu-se 
uma prótese onde a suspensão da prótese é realizada por uma correia presa na coxa. Na Alemanha, 
no final da década de 60, as próteses foram produzidas com uma meia, facilitando os encaixes para 
pessoas que tinham a amputação um pouco abaixo do joelho. A parte interna da prótese era flexível e 
revestida com EVA para dar um maior conforto aos usuários. A sustentação da mesma era por pressão, 
sem a necessidade de elementos extras. A segurança de uso dependia diretamente do conforto do 
encaixe. 
Também na Alemanha, a empresa OttoBock desenvolveu próteses parecidas com a perna 
humana, formadas por peças tubulares e revestidas de espuma de plástico. 
Os problemas de conforto e sustentação desapareceram na década de 80, quando chegaram as 
próteses de silicone. A utilização desse material minimizou o custo, facilitando o uso, diminuindo a 
rigidez e o incômodo. Com materiais mais novos e uma tecnologia mais avançada, as próteses foram 
melhorando de forma gradual ao longo dos anos. Portanto, há um primeiro destaque para a década 
de 90, onde Van Phillips, especialista em próteses desenvolveu novos equipamentos de fibra de 
carbono. 
Já nos anos 2000, ocorre a criação de uma prótese inspirada na pata da chita, também feita de 
fibra de carbono, com uma tecnologia de absorção de energia. O atleta Oscar Pistorius utilizou a sua 
Flex-Foot Cheetah durante as olimpíadas de Pequim, em 2008, na China. O modelo terá sido 
considerado mais eficiente que o pé humano. 
Com o avanço da tecnologia, o desenvolvimento em forma industrial das prótese teve um 
crescimento significativo. Ocorreu a criação do exoesqueleto, um tipo de prótese que auxilia pessoas 
que têm dificuldade motora. A utilização das impressoras 3D abriu caminhos para próteses 
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personalizadas, com temas e cores distintas, e também com encaixes perfeitos para os seus 
utilizadores. 
Apesar de todas as facilidades devido ao desenvolvimento tecnológico, decorrem ainda estudos 
para o desenvolvimento de prótese com um preço mais acessível. 
Segundo uma notícia do Globo Esporte, em 2012, o atletas paralímpicos estão a ter uma evolução 
maior que os atletas olímpicos. Em 2064, os atletas amputados já deverão ter ultrapassado os atletas 
com seus membros íntegros, tendo conta a evolução das tecnologias com as próteses. Hoje, as 
próteses são feitas de fibra de carbono e pesam menos de 3kgs. 
 
Figura 10 - Evolução das Próteses 
 
(Fonte: Elaboração Própria) 
 
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4. The Bionic Olympics 
4.1 A história da biónica 
A biónica surge quando há aplicação de conhecimentos de Biologia para resolver problemas 
relacionados com o design e engenharia. São recolhidos dados para resolver problemas que possam 
surgir a nível técnicos, tanto sobre objetos como sobre estruturas. Existe assim uma investigação 
pormenorizada das estruturas e soluções orgânicas aplicadas pela natureza aos seus elementos. 
Tudo começou na década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial, quando começou a ser usada 
para fins científicos e práticos, como técnica sistemática. 
Em 1947, surgiu a primeira conferência “Máquinae Organismo”, onde o médico e filósofo Francês 
Georges Canguilhem demostrou que o estudo dos organismos era indispensável para desenvolver 
máquinas eficientes. 
Começaram a surgir laboratórios por todo o mundo, nomeadamente, nos países mais 
desenvolvidos. Onde era realizada uma pesquisa constante sobre esta poderosa solução da natureza. 
Hoje utilizada na engenharia aeroespacial e na medicina de próteses e transplantes, cibernética, 
projeto de produto (biodesign) e arquiteta. 
4.2 As Olimpíadas Biónicas 
Invenções com a extensão do antebraço com o punho cerrado, Canoa Monóxila, Machado de 
Pedra, abrigos construídos com galhos e folhas trançadas surgiram durante a evolução dos primórdios 
o que demostra a capacidade que o homem teve desde muito cedo para encontrar soluções baseadas 
nas sugestões oferecidas pelo seu meio ambiente natural. 
Um exemplo de aplicação da biónica é o velcro, que se baseia no carrapicho. Também certas 
folhas e as asas do avião baseadas nas dos pássaros. 
A ideia surgiu de um professor de Sistemas Motrizes Sensoriais da Escola Politécnica Federal de 
Zurique, a ETHAs, Robert Riner. Cybathlon são competições internacionais para atletas deficientes em 
cadeiras de rodas autopropulsionadas com uso de tecnologias biónicas e dispositivos hi-tech, como 
por exemplo exosqueletos e neuro-controladores, os verdadeiros “ciborgues da vida real” . A ideia é 
que os atletas mostrem como conseguem desempenhar tarefas do dia-a-dia. Tanto os participantes 
como quem desenvolveu a ideia recebem medalhas consoante as classificações, não existindo 
qualquer limite para o tipo de tecnologia utilizada. A ideia é acabar com os entraves entre os pacientes, 
sociedade e comunidade científica. Tecnologias que já foram banidas nas paraolimpíadas podem ser 
utilizadas nesta competição impulsionando o desenvolvimento da mesma. 
A primeira concentração nas Olimpíadas realizou-se no dia 8 Outubro de 2016 na Suíça, Zurique, 
organizada pelo centro nacional Suíço de pesquisa robótica (NCCR). Apesar de ser o primeiro evento a 
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nível internacional já existia previsão para que nos próximos anos seja realizado. Há previsões que o 
próximo local seja no Reino Unido. 
Pela primeira vez na história, serão realizadas competições apenas com recurso a tecnologias que 
interferem na performance do atleta. O objetivo é que comece a existir um maior interesse pela 
tecnologia aliada ao corpo humano. Fizeram parte destas olimpíadas 74 atletas de 25 países. O país 
com maior número de participantes foi a Rússia, contabilizando 3 equipas que competiram em 5 
categorias distintas. 
Existem 6 modalidades: ciclismo. Corrida em cadeira de rodas hight-tech, corrida em 
exoesqueleto, corrida com a perna proteica, corrida de avatares através do uso de interface cérebro-
máquina. Todas estas são disputadas por atletas que esteja totalmente paralisados, do pescoço para 
baixo. 
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Conclusão 
Os grandes resultados dos atletas nos dias de hoje devem-se muito pela combinação perfeita da 
tecnologia com o desporto. Além de toda a parte no avanço de materiais, podemos identificar avanço 
tecnológico nas seguintes áreas: ferramentas de treino, experiências das arenas e assistência aos 
árbitros. 
Desta forma, conclui-se que a tecnologia e o desporto têm caminhado cada vez mais juntos em 
prol de um desenvolvimento benéfico, tanto para o atleta, quanto para o espectador, ou seja, permite 
que ocorra uma evolução nas metas e objetivos dos praticantes, desafiando os seus limites e, como 
consequência, uma maior interação por meio do próprio público. 
Apesar desse lado positivo, em certos aspetos, a tecnologia pode “robotizar” muito a prática 
desportiva, já que todos os movimentos e jogadas estão a ser observados e calculados. Até que ponto 
a prática do desporto, com influência tecnológica, continuará a ser humana? 
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ANEXO I

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