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NBR 13028 - 1993 - Apresentação de Projeto de Disposição de Rejeitos de Beneficiamento

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SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Documentos complementares
3 Definições
4 Condições específicas
ANEXO - Itens para elaboração e apresentação de projeto
de disposição de rejeitos de beneficiamento, em
barramento, em mineração
1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para elabora-
ção e apresentação de projeto de disposição de rejeitos
de beneficiamento, em barramento, em mineração, visan-
do a atender as condições de segurança, higiene, ope-
racionalidade, economia, abandono e minimização dos
impactos ao meio ambiente, dentro dos padrões legais
(ver Capítulo 2).
1.2 Esta Norma não trata de disposição em pilhas e de re-
jeitos radioativos, os quais devem ser objeto de normas ou
diretrizes específicas.
2 Documentos complementares
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
Constituição Federal do Brasil de 1988
Constituição Estadual e Lei Orgânica Municipal
Código de Mineração, Regulamento e Normas
Regulamentares de Mineração
Copyright © 1990,
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
NBR 13028JUL 1993
Elaboração e apresentação de projeto
de disposição de rejeitos de
beneficiamento, em barramento, em
mineração
Palavras-chave: Barramento. Mineração. Meio ambiente. Poluição 10 páginas
Leis, Deliberações Normativas, Resoluções, Porta-
rias da Legislação Ambiental, Código de Água, Uso e
Ocupação do Solo pertinentes em níveis federal, esta-
dual e municipal, e Lei Florestal Estadual
NBR 10004 - Resíduos sólidos - Classificação
NBR 10157 - Aterros de resíduos perigosos - Crité-
rios para projeto, construção e operação - Procedi-
mento
NBR 13029 - Elaboração e apresentação de projeto
de barramento para disposição de estéril em minera-
ção - Procedimento
Manual on Tailing Dams and Dumps - ICOLD (1982)
Tailing Dam Safety - Guidelines - ICOLD (1989)
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
de 3.1 a 3.15.
3.1 Abandono do sistema de disposição de rejeitos
Fase subseqüente à desativação do barramento, na qual,
tendo sido cumpridas e aceitas as exigências legais, o
minerador se exime de qualquer compromisso sobre a
manutenção ou monitoramento do sistema.
Origem: Projeto 01:602.07-001/1993
CEET - Comissão Especial Temporária de Meio Ambiente
CE-01:602.07 - Comissão de Estudo de Poluição das Águas na Mineração
NBR 13028 - Design of tailing dams - Guidelines for preparation and presentation
format - Procedure
Descriptors: Tailing dam. Mining. Environment. Pollution
Válida a partir de 30.08.1993
Procedimento
2 NBR 13028/1993
3.2 Afluente do sistema de disposição de rejeitos
Fração líquida que entra no sistema.
3.3 Áreas de empréstimo
Jazidas destinadas ao fornecimento de materiais de cons-
trução para as estruturas do barramento.
3.4 Áreas de influência
Área geográfica onde devem ser sentidos os impactos
nos meios físico, biótico e antrópico, advindos da implan-
tação e operação do empreendimento.
3.5 Barragem
Barramento que intercepta cursos d’água perenes.
3.6 Barramento
Estrutura de formação de um reservatório para disposi-
ção de rejeitos.
3.7 Desativação do sistema de disposição de rejeitos
Fase na qual o barramento não é utilizado para novas dis-
posições, seja por esgotamento de sua capacidade ou
por motivos outros, permanecendo os compromissos de
manutenção e controle sobre o sistema.
3.8 Dique
Barramento implantado em área sem cursos d’água pe-
renes.
3.9 Efluente do sistema de disposição de rejeitos
Fração líquida que retorna ao meio ambiente por via su-
perficial e/ou subterrânea, após passar pelo sistema.
3.10 Ganga
Minerais sem valor ou com pequeno valor econômico
que ocorrem agregados ao mineral-minério.
3.11 Mineral-minério
Espécie de mineral do qual podem-se extrair economi-
camente metais ou substâncias minerais.
3.12 Minério
Agregado de mineral-minério e ganga que, no estado atu-
al da técnica, pode ser normalmente utilizado para extra-
ção econômica de um ou mais metais.
3.13 Rejeito de beneficiamento de minério
Fração gerada no processo de tratamento de minérios,
que contém maior proporção de ganga ou minerais de va-
lor secundário em relação aos demais produtos obtidos
numa dada operação.
3.14 Reservatório
Espaço criado pelo barramento, destinado à disposição
de rejeitos.
3.15 Vida útil
Período de utilização do barramento, excluída a fase de
abandono.
4 Condições específicas
Este Capítulo trata das recomendações específicas, de
caráter orientativo, visando a atender os objetivos desta
Norma. Devem ser observados, no projeto, os condicio-
nantes relativos à localização do barramento e reservató-
rio de rejeitos, aos métodos e seqüenciamento de dispo-
sição e ao projeto do barramento.
4.1 Localização do barramento e reservatório de
rejeitos
4.1.1 As disposições de rejeitos devem ser:
a) o mais próximo possível do sistema de benefici-
amento;
b) de preferência em áreas lavradas e já exauridas
ou em áreas degradadas;
c) dentro dos limites legais do empreendimento;
d) preferencialmente em locais de níveis inferiores
ao sistema de beneficiamento.
4.1.2 Deve-se evitar a implantação do barramento em:
a) áreas de preservação permanente e unidades de
conservação;
b) áreas com vegetação nativa exuberante;
c) áreas com solos férteis;
d) áreas a montante de captação de água para abas-
tecimento público e atividades agrícolas, caso o
rejeito seja quimicamente ativo;
e) áreas a montante, com captação de água para
abastecimento público.
4.1.3 O barramento deve ser preferencialmente implanta-
do em:
a) locais com fundação firme e de baixa permeabi-
lidade;
b) locais que evitem interceptar cursos d’água pe-
renes;
c) locais em que uma eventual ruptura não cause sé-
rios transtornos e prejuízos à população e pro-
priedades vizinhas;
d) local que permita o uso múltiplo.
4.2 Métodos e seqüenciamento de disposição de
rejeitos
Não se recomenda o alteamento de barragem pelo método
a montante. A disposição de rejeitos deve ser planejada:
a) de modo a permitir a clarificação da água liberada
pela polpa;
b) de forma a permitir o remanejamento e manobras
nas tubulações de rejeito, sem afetar a continuida-
de do lançamento e a segurança do empreendi-
mento;
NBR 13028/1993 3
c) de modo a permitir, no caso de rejeitos tóxicos, a
liberação do efluente final dentro dos padrões pre-
vistos pela legislação ambiental.
4.3 Projeto do barramento
O projeto e monitoramento das obras componentes do
barramento devem seguir, onde for aplicável, as diretrizes
básicas publicadas pelo ICOLD (Internation Committee
on Large Dams), as quais devem ser complementadas por
bibliografia nacional e internacional sobre o assunto, quan-
do e onde for julgado necessário.
Nota: Para elaboração e apresentação de projeto de disposi-
ção de rejeitos de beneficiamento em barramento, em
mineração, devem ser abordados seqüencialmente os
itens constantes do Anexo.
/ANEXO
4 NBR 13028/1993
NBR 13028/1993 5
SUMÁRIO
A-1 Introdução .......................................................................................................................................................................
A-2 Informações gerais do empreendimento .......................................................................................................................
A-3 Apresentação do projeto ................................................................................................................................................
A-3.1 Objetivo ........................................................................................................................................................................A-3.2 Localização e características do sítio do barramento e bacia hidrográfica ...............................................................
A-3.3 Dados utilizados para o projeto ..................................................................................................................................
A-3.4 Estudos de alternativas ...............................................................................................................................................
A-3.5 Estudos hidrológicos, hidráulicos e sedimentológicos ..............................................................................................
A-3.6 Estudos hidrogeológicos .............................................................................................................................................
A-3.7 Estudos geológico-geotécnicos ..................................................................................................................................
A-3.7.1 Fundação ..................................................................................................................................................................
A-3.7.2 Materiais de construção ...........................................................................................................................................
A-3.7.3 Rejeito .......................................................................................................................................................................
A-3.8 Descrição do barramento ............................................................................................................................................
A-4 Descrição do sistema de transporte e lançamento de rejeito .......................................................................................
A-5 Análise e dimensionamento das obras componentes do barramento ..........................................................................
A-6 Impacto ambiental ..........................................................................................................................................................
A-7 Monitoramento ...............................................................................................................................................................
A-8 Medidas para desativação .............................................................................................................................................
A-9 Cronograma de empreendimento ..................................................................................................................................
A-10 Documentos de referência ...........................................................................................................................................
A-11 Profissionais envolvidos no projeto .............................................................................................................................
ANEXO - Itens para elaboração e apresentação de projeto de disposição de rejeitos de beneficiamento,
em barramento, em mineração
A-1 Introdução
Neste item deve ser feita breve apresentação do conteú-
do do documento: nome da barragem, tipo de rejeito a ser
armazenado, localização e proprietário, data para início de
operação e vida útil prevista.
A-2 Informações gerais do empreendimento
Neste item devem constar as seguintes informações re-
ferentes à empresa concessionária, ao empreendimento e
à responsabilidade técnica:
a) empresa concessionária:
- identificação da empresa;
- identificação da área;
- identificação do processo junto aos órgãos com-
petentes;
- identificação do proprietário do solo;
- identificação do responsável técnico da mina;
b) características do empreendimento:
- localização e acesso à mina;
- substância mineral explorada;
- método de lavra e beneficiamento;
6 NBR 13028/1993
- capacidade instalada, produção anual e vida útil;
- relação estéril/minério;
- recuperação na lavra e no beneficiamento;
- caracterização do estéril e rejeito;
- estrutura de apoio;
c) responsabilidade técnica:
- identificação da empresa e do técnico responsá-
vel.
A-3 Apresentação do projeto
A-3.1 Objetivo
Neste item é apresentado o objetivo do barramento, expli-
citando o tipo de rejeito a ser disposto. Caso o barramen-
to seja previsto para uso múltiplo, devem ser explicitadas
as demais finalidades deste.
A-3.2 Localização e características do sítio do
barramento e bacia hidrográfica
Neste item deve ser fornecido resumo das característi-
cas locais e regionais, com as seguintes informações:
a) localização geográfica da bacia hidrográfica;
b) características físicas da bacia hidrográfica:
- clima e condições meteorológicas com ênfase
nas variações de precipitação, umidade relativa
do ar, temperatura e direção e velocidade dos
ventos;
- geologia regional e local;
- geomorfologia e topografia;
- solos;
- hidrologia superficial: podem ser apresentadas
observações fluviométricas e sedimentométri-
cas relativas a um período mínimo de um ciclo hi-
drológico completo; descrição da rede hidromé-
trica e caracterização da qualidade das águas;
- hidrogeologia: podem ser apresentados o inven-
tário dos pontos d’água, a potenciometria e di-
reção dos fluxos das águas subterrâneas, a pro-
fundidade da água subterrânea nos aqüíferos li-
vres, a caracterização das áreas e dos proces-
sos de recarga, circulação e descarga do(s)
aqüífero(s) e a caracterização físico-química e
biológica das águas subterrâneas;
c) características bióticas e dos ecossistemas na-
turais: descrição de fauna e flora, destacando as
espécies indicadoras de qualidade ambiental, de
valor científico e econômico, raras e ameaçadas
de extinção e as áreas de preservação permanen-
te. Enfatizar as áreas de comprometimento da co-
bertura vegetal e alternativas de refúgio faunístico;
d) caracterização sócio-econômica, características
do meio sócio-econômico a ser potencialmente
atingido, incluindo:
- dinâmica populacional (distribuição e evolução
da população);
- uso e ocupação do solo;
- uso da água;
- patrimônio natural e cultural (sítios e monumen-
tos naturais, arqueológicos, históricos e culturais
da comunidade);
- nível da vida da população e suas interações
com o meio;
- estrutura produtiva e de serviços;
- organização social;
e) Faixa de Entorno de Preservação Permanente (Lei
Florestal): delimitar a faixa onde passará a ter le-
gislação específica e se haverá necessidade de
plano de manejo florestal.
A-3.3 Dados utilizados para o projeto
Neste item são descritos os dados utilizados, tanto os dis-
poníveis anteriormente, como os obtidos especialmente
para o projeto. Devem ser relacionados os seguintes da-
dos:
a) plantas topográficas da bacia hidrográfica e do lo-
cal do barramento, explicitando-se as caracterís-
ticas do levantamento topográfico;
b) fotointerpretação e reconhecimento geológico de
campo nas áreas do barramento, do reservatório, e
fontes de materiais de construção;
c) investigações geológico-geotécnicas indiretas e
diretas de campo executadas na fundação e fon-
tes de materiais naturais de construção. Devem
ser apresentados os boletins das sondagens con-
tendo amarração planialtimétrica dos furos ou li-
nhas de investigação indireta, a identificação da
empresa executora dos serviços, e os métodos
utilizados;
d) ensaios geotécnicos de campo e laboratório exe-
cutados para caracterização da fundação e dos
materiais naturais de construção. Devem ser apre-
sentados os boletins individuais dos ensaios, a
identificação da empresa executora dos serviços e
os métodos utilizados nos ensaios;
e) ensaios de caracterização do rejeito, caso na eta-
pa de projeto já esteja disponível material para es-
tas análises. À semelhançada alínea anterior, de-
vem ser apresentados os resultados das análises
estatísticas ou boletins individuais de ensaios, a
identificação das empresas executoras dos servi-
ços e os métodos utilizados;
NBR 13028/1993 7
f) registros de estações fluviométricas localizadas
nas proximidades da área de implantação do bar-
ramento, em bacias hidrográficas com caracterís-
ticas físicas semelhantes àquelas drenadas pelo
curso d’água de interesse;
g) registros de estações fluviométricas localizadas
na bacia hidrográfica de interesse ou nas proximi-
dades da área, observando-se a homogeneidade
hidrológica regional;
h) estudos de precipitação máxima provável (PMP)
já realizados para a região de implantação do em-
preendimento;
i) análises para caracterização da qualidade das
águas subterrâneas e superficiais na área de influ-
ência do barramento;
j) dados de engenharia de processo referente à pro-
dução de rejeito (volume de material por unidade
de tempo, concentração de sólidos em peso e den-
sidade da polpa, caracterização físico-química e
mineralógica da fração sólida e líquida).
A-3.4 Estudo de alternativas
Neste item deve ser apresentado um resumo dos estu-
dos das alternativas consideradas para disposição dos
rejeitos. Devem ser estudadas alternativas de utilização
múltipla do reservatório, local do barramento, tipo de bar-
ragem, etapas de construção e sistemas de lançamento
do rejeito. Devem ser apresentadas as vantagens, des-
vantagens e impactos de cada alternativa e a justificativa
da opção pela solução selecionada. Devem ser referen-
ciados, para eventual consulta, os documentos elabora-
dos para estes estudos.
A-3.5 Estudos hidrológicos, hidráulicos e sedimento-
lógicos
Neste item são apresentados os estudos hidrológicos
efetuados, que devem constar basicamente de:
a) análise de consistência de dados fluviométricos,
quando for o caso, com elaboração de curvas-
chaves e fluviogramas característicos;
b) análise de consistência de dados pluviométricos
e/ou pluviográficos;
c) estabelecimento de séries de precipitações men-
sais e diárias que sejam representativas da bacia
hidrográfica de interesse;
d) estabelecimento de uma série de vazões afluen-
tes médias mensais ao local do barramento, quan-
do for o caso e dependendo da disponibilidade de
dados;
e) estudo de chuvas intensas ou determinação de
Precipitações Máximas Prováveis (PMP) locais e
comparação com os valores da PMP regional, fi-
xando os valores das precipitações de projeto dos
órgãos extravasores e do desvio do curso d’água,
quando for o caso;
f) cálculo dos hidrogramas das cheias de projeto,
empregando o método mais adequado, de acordo
com a disponibilidade de dados;
g) determinação da cheia de projeto, levando-se em
consideração os aspectos do volume de reserva-
tório, altura de barragem e riscos a jusante;
h) estudo de laminação e amortecimento da cheia
de projeto no reservatório, fixando as dimensões
básicas dos órgãos extravasores;
i) cálculo da borda livre e fixação das cotas de coroa-
mento das etapas de construção do maciço;
j) estudos sedimentológicos do rejeito e dos sólidos
provenientes de erosão a serem retidos, visando à
estimativa do volume de assoreamento, adensa-
mento, classificação e qualidade efluente e previ-
são de vida útil do reservatório;
k) estudo de regularização de vazões, balanço hídri-
co e sedimentológico do reservatório, no caso de
aproveitamento com múltiplas finalidades (reten-
ção de sedimentos exógenos e rejeitos, controle de
cheias, regularização fluvial para abastecimento
ou recirculação de água industrial).
A-3.6 Estudos hidrogeológicos
Os estudos hidrogeológicos objetivam o conhecimento
do aqüífero local e as interferências a serem introduzidas
pela obra projetada. Neste item são descritos os estudos
efetuados, caso necessário, e que devem conter as seguin-
tes informações:
a) localização, natureza, geometria e estrutura geo-
lógica dos aqüíferos locais e regionais;
b) recarga, armazenamento, fluxo e descarga (natu-
ral e artificial);
c) relações com águas superficiais e com outros
aqüíferos;
d) características físico-química e biológica da água
subterrânea.
A-3.7 Estudos geológico-geotécnicos
Neste item devem ser descritos os estudos geológico-
geotécnicos executados para a fundação das obras com-
ponentes do barramento, materiais de construção natu-
rais e o rejeito, incluindo mapeamentos de campo, progra-
mação e execução de furos, ensaios de campo e laboratório
e a interpretação dos resultados.
A-3.7.1 Fundação
A-3.7.1.1 Devem ser apresentados o mapeamento
geológico-geotécnico de campo, os furos (poços, trados
e sondagens mecânicas) executados e seções geológi-
co-geotécnicas que elucidem as características da fun-
dação.
A-3.7.1.2 Deve ser apresentado também um relato inter-
pretativo das investigações que descreva as característi-
8 NBR 13028/1993
cas geológico-geotécnicas relativamente à permeabili-
dade, resistência e deformabilidade dos materiais de fun-
dação para as análises de percolação e estabilidade.
A-3.7.1.3 Eventualmente, em locais com condições de
fundação francamente favoráveis, e em barramentos de
pequena altura (por exemplo: rocha sã pouco fraturada,
solo argiloso muito rijo), e obras de pequeno porte, que
possam ser avaliadas após uma inspeção de campo e
execução de furos a trado, podem ser dispensadas as
investigações por sondagens mecânicas, sendo, no
entanto, necessária a avaliação criteriosa das caracte-
rísticas dos materiais de fundação.
A-3.7.1.4 Deve ser feita também avaliação das condições
de estanqueidade e estabilidade das encostas do re-
servatório, para a implantação da obra.
A-3.7.1.5 No caso de rejeito tóxico e de condições hidro-
geológicas desfavoráveis, podem ser necessários en-
saios especiais de percolação do fluido por amostras de
fundação para avaliação do potencial de reação e neutra-
lização do solo com o fluido.
A-3.7.2 Materiais de construção
A-3.7.2.1 Em solo para maciço
a) devem ser apresentados os resultados das inves-
tigações executadas para caracterização tec-
nológica dos materiais, assim como a delimitação
e cubagem das áreas de empréstimo;
b) os ensaios de campo devem consistir em den-
sidade e umidade “in situ” para avaliação do em-
polamento e em possíveis problemas construti-
vos na compactação do material;
c) os ensaios de laboratórios podem ser subdividi-
dos em dois tipos:
- de caracterização do material: de granulometria
com sedimentação, limites de Atterberg e com-
pactação Proctor Normal;
- especiais, de definição dos parâmetros geotéc-
nicos: permeabilidade, adensamento, cisalha-
mento direto e ensaio triaxial;
d) a necessidade da execução de ensaios especiais
deve ser avaliada após os resultados dos ensaios
de caracterização; caso a obra seja de pequeno
porte e risco, ou se for possível correlacionar os
resultados de caracterização com dados obtidos
na bibliografia publicada, os ensaios podem ser
dispensados;
e) no caso de rejeito tóxico, devem ser apresenta-
dos, caso julgados necessários, ensaios de per-
meabilidade entre o fluido e as amostras de solo
compactado, com o objetivo de verificar a reação e
potencial de neutralização do solo com o fluido.
A-3.7.2.2 Em areia para o filtro, deve ser apresentado o
cadastro dos locais de extração de areia, ensaios de gra-
nulometria e permeabilidade (este último realizado pre-
ferencialmente com o próprio fluido a ser esperado no re-
servatório).
A-3.7.2.3 Em agregado graúdo para filtro, transição e ro-
cha para enrocamento, deve ser apresentado o cadastro
dos locais de obtenção e descrição geológico-geotécni-
ca dos materiais, incluindo avaliação do potencial e desa-
gregação do material; caso este potencial seja considera-
do de importância, devem ser apresentados ensaios de
ciclagem do material.
A-3.7.3 RejeitoA-3.7.3.1 Devem ser apresentados ensaios de laborató-
rios para caracterização e determinação dos parâme-
tros geotécnicos da fração sólida do rejeito:
a) granulometria com sedimentação;
b) densidade real dos grãos;
c) limites de Atterberg;
d) permeabilidade.
A-3.7.3.2 Em função do tipo e porte do barramento e de
 não se dispor, na bibliografia, de parâmetros de resistên-
cia de materiais semelhantes devem ser executados en-
saios para obtenção destes.
A-3.7.3.3 No caso do local do barramento estar sujeito a
abalos sísmicos, de natureza tectônica ou escavações a
fogo próximas, e o maciço poder ser executado com ou
sobre o rejeito, devem ser feitos ensaios para verificar o
potencial de liquefação no material.
A-3.7.3.4 Caso os rejeitos possuam fração argilosa sig-
nificativa, devem ser apresentados ensaios de aden-
samento, se necessário com consolidômetros de lama.
Em função do porte e do tipo do barramento, recomenda-
se a execução de ensaios em escala piloto e/ou em
reservatórios com materiais semelhantes, para avaliação
mais precisa das características do rejeito.
A-3.8 Descrição do barramento
A-3.8.1 Neste item devem ser apresentadas as caracte-
rísticas do reservatório e das obras constantes do barra-
mento, incluindo:
a) elevação, comprimento e largura da crista;
b) altura máxima da barragem e seus alteamentos;
c) tipo do maciço da barragem e/ou diques;
d) drenagem interna e superficial;
e) proteção dos taludes;
f) tipos de extravasor, dimensões e elevação da so-
leira;
g) capacidade e vida útil do reservatório;
h) características funcionais e operacionais do sis-
tema de disposição de rejeitos;
i) métodos e seqüências construtivas.
NBR 13028/1993 9
A-3.8.2 No caso de rejeito tóxico, devem ser descritos
também os seguintes itens:
a) sistema de recirculação de água em circuito fe-
chado;
b) sistemas de tratamento do efluente;
c) dispositivos de emergência na falha eventual dos
dois sistemas acima;
d) sistemas de impermeabilização;
e) sistemas de proteção da área (cercas, placas de
aviso, etc.).
A-3.8.3 Deve ser apresentada uma justificativa sucinta da
adoção das características descritas em A-3.8.1 e A-3.8.2.
A-4 Descrição do sistema de transporte e
lançamento de rejeito
Neste item deve ser apresentada a descrição do sistema
de transporte e lançamento de rejeito, tanto na sua parte
inicial como na evolução do sistema durante a vida útil do
barramento. As informações devem conter as caracte-
rísticas básicas deste sistema que possam influir no pro-
jeto e construção do barramento e operação do reserva-
tório.
A-5 Análise e dimensionamento das obras
componentes do barramento
Neste item devem ser apresentados, de forma sucinta,
as análises e dimensionamento das obras componentes
do barramento, compreendendo:
a) projeto hidráulico do extravasor de cheias e da dre-
nagem superficial;
b) projeto hidráulico dos dispositivos de desvio de
cursos d’água durante ou após a implantação das
obras;
c) análise de percolação pela fundação e maciço; no
caso de rejeito tóxico e em função do tipo de fun-
dação, deve ser verificada a eficiência de disposi-
tivos adicionais de impermeabilização na bacia;
d) dimensionamento do sistema de drenagem inter-
na;
e) análise de estabilidade do conjunto maciço-fun-
dação;
f) dimensionamento estrutural das obras de concre-
to armado ou metálicas, componentes do barramen-
to;
g) dimensionamento de outros dispositivos compo-
nentes do barramento.
A-6 Impacto ambiental
A-6.1 Devem ser apresentados os impactos ambientais
nas fases de planejamento, implantação e operação, bem
como deve ser contemplada a possibilidade de não im-
plantação e desativação do empreendimento.
A-6.2 Deve ser feita uma avaliação abrangente dos impac-
tos sobre os meios físicos, biótico e sócio-econômico, na
área de influência do empreendimento.
A-6.3 Os impactos ambientais devem ser detalhadamen-
te descritos, identificados e classificados conforme se-
jam: diretos e indiretos, benéficos e adversos, temporá-
rios, cíclicos e permanentes, imediatos, de médio ou lon-
go prazo, reversíveis e irreversíveis, locais e regionais.
A-6.4 Deve ser apresentada síntese conclusiva dos im-
pactos em cada fase prevista para o empreendimento,
abordando a magnitude e suas interações, os métodos
de identificação destes e os critérios adotados para a in-
terpretação e análises das respectivas interações.
A-6.5 Devem ser apresentadas as medidas mitigadoras
e/ou minimizadoras dos impactos previstos.
A-6.6 Devem ser apresentados os planos de manejo flo-
restal para introdução ou reforço da faixa de entorno do
lago, que passará a constituir a faixa de preservação per-
manente na última etapa de alteamento do projeto do bar-
ramento.
A-7 Monitoramento
A-7.1 Neste item devem ser apresentados o sistema de
instrumentação previsto e o programa de monitoramento
a ser implementado durante a vida útil do barramento,
assim como uma breve descrição das ações a serem
tomadas no caso de surgimento eventual de situações
que possam pôr em risco a segurança ou operacionalida-
de do barramento.
A-7.2 O monitoramento a ser apresentado deve visar, prin-
cipalmente, aos seguintes itens:
a) segurança estrutural do corpo do barramento;
b) qualidade estrutural do corpo do barramento;
c) erosão e assoreamento;
d) tempo de vida útil do reservatório;
e) ecossistema aquático;
f) segurança de terceiros (sistemas de sinalização,
cerca e placas de advertência, local proibido à na-
vegação, pesca e lazer);
g) contaminação de solos, de aqüíferos e do ar.
A-7.3 No plano de monitoramento devem estar contidos
o tipo, quantidade e periodicidade dos ensaios e leituras
a serem realizados, assim como a metodologia de coleta
de amostras.
A-7.4 No caso dos instrumentos a serem instalados (pie-
zômetros, marcos superficiais, etc.) devem ser forneci-
dos: objetivo, informações e justificativa de escolha de ca-
da instrumento.
10 NBR 13028/1993
A-7.5 No caso de ações de emergência, devem ser apre-
sentados os seguintes dados:
a) métodos emergenciais de rebaixamento do nível
d’água do reservatório;
b) mapas de inundação para condições catastrófi-
cas, no caso de ruptura da barragem;
c) métodos emergenciais para evitar ou minimizar a
contaminação, por fluido tóxico, dos cursos
d’água a jusante, devido a eventual falha dos dis-
positivos de neutralização e ou extravasamento de
cheias extraordinárias.
A-7.6 Deve ser elaborado, periodicamente, laudo de ins-
peção de barramento, contendo os dados básicos, ob-
servações, gráficos de acompanhamento das leituras
dos instrumentos, diagnóstico do comportamento e re-
comendação.
A-8 Medidas para desativação
Neste item devem ser apresentadas as medidas a serem
implementadas para a desativação do barramento. As
medidas devem ter como objetivo permitir a existência
segura e não poluente do barramento, sem necessidade
de manutenção, após a cessação da atividade de mineração
na área. Estas medidas devem ser, entre outras:
a) revegetação dos taludes do barramento, implanta-
ção de dispositivos de drenagem superficial para
se evitar erosão pluvial ou eólica e permitir o es-
coamento de águas poluídas ou contaminadas;
b) no caso de rejeito contendo resíduos perigosos,
a neutralização do fluido e recobrimento da praia
com solo argiloso, colocação de cercas e avisos
preventivos ao longo do reservatório para se evita-
rem acidentes com pessoas e animais de porte,
conforme previsto na NBR 10157;
c) construção de extravasor de superfície livre, para
vazão correspondente à EMP (Enchente Máxima
Provável);
d) programa de cobertura vegetal sobre a praia de
rejeitos, para minimizar a erosão pluvial e eólica.
A-9 Cronograma de empreendimento
Neste item deve ser apresentado o cronograma físico do
empreendimento, constando as fasesde implantação,
operação e desativação do sistema. Para a fase de opera-
ção deve ser apresentada a previsão da produção mensal
e acumulada de rejeito. No caso do barramento ser altera-
do por etapas, estas devem ser apresentadas.
A-10 Documentos de referência
Neste item devem ser listados todos os desenhos, rela-
tórios, memórias de cálculo e demais documentos ne-
cessários à elaboração do projeto.
A-11 Profissionais envolvidos no projeto
Neste item deve ser relacionada a equipe técnica res-
ponsável pelo projeto e sua respectiva área de atuação.

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