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Ética
Organizações
nas
Ética
Organizações
nas
Rosiane Follador Rocha Egg
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
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mais informações www.iesde.com.br
Rosiane Follador Rocha Egg
Ética nas Organizações
IESDE Brasil S.A.
Curitiba
2012
Edição revisada
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
© 2007 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor 
dos direitos autorais.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ 
__________________________________________________________________________________
E28e
Egg, Rosiane Follador Rocha
Ética nas organizações / Rosiane Follador Rocha Egg. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 
2012.
64 p.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-0495-9
1. Ética empresarial. 2. Comportamento organizacional. 3. Ambiente de trabalho. 4. Ética 
profissional. 5. Ética - História. 6. Administração - Aspectos morais e éticos. I. Título.
09-4106 CDD: 174.4
CDU: 174.4
__________________________________________________________________________________
Capa: IESDE Brasil S.A.
Imagem da capa: Jupiter Images / DPI Images
IESDE Brasil S.A.
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 
Batel – Curitiba – PR 
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
Todos os direitos reservados.
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Sumário
História da ética | 5
Apresentação | 5
Fundamentos da ética | 5
Ética ao longo da história | 8
Relação da ética com outras ciências | 10
Moral e princípios éticos | 15
Ética e moral | 15
Virtudes segundo Aristóteles | 18
Princípios éticos | 19
Éticas e normas | 23
Evolução das normas | 23
Normas como regras de convívio | 28
Lições sobre organizações | 33
Conceito e modelos de organizações | 33
Relações humanas e relações sociais | 37
Mudanças e transformações | 37
Oscips e ONGs – Terceiro Setor | 38
Ética empresarial | 43
História da ética empresarial | 43
Ética nas relações de trabalho | 45
Gestão de pessoas e trabalho em equipe | 47
Código de ética nas empresas | 47
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Ética profissional | 51
Princípios éticos na conduta profissional | 51
Dilemas éticos | 53
Responsabilidade civil do profissional | 55
Código de ética nas profissões | 57
Referências | 61
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* Mestranda em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). Especializanda em Direito Aplicado pela Escola da Magistratura do Paraná 
(EMAP). Graduada em Direito pelo Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA).
1 A cidade-Estado ou pólis foi o modelo das antigas cidades gregas no período datado desde a Antiguidade até o helenista. 
História da ética
Rosiane Follador Rocha Egg*
Apresentação
Falar sobre ética é lembrar os antigos ensinamentos de uma época em que o homem começou a 
conviver em sociedade e, a partir dessa experiência, passou a estabelecer normas de comportamento 
e convívio. Dessa convivência dos grupos societários surgiu a ética, cujos valores até hoje permanecem 
e vão se modificando, sendo questionados e até mesmo banalizados ou esquecidos. 
Segundo o dicionário de Língua Portuguesa, ética é “o estudo dos juízos de apreciação que se 
referem à conduta humana susceptível de qualificação, do ponto de vista do bem e do mal, seja relati-
vamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto” (HOLANDA, 1999, p. 848). 
Para entender o que a ética representa nos tempos atuais, vamos começar, mesmo que sucinta-
mente, com os ensinamentos dos primeiros filósofos.
Fundamentos da ética
O significado da palavra ética vem do Grego ethos, referente ao modo de ser do indivíduo, ou ao 
caráter do ser humano. Na Grécia Antiga, período que coincide com o século IV a.C., os filósofos gregos 
foram os primeiros a pensar o conceito de ética, associando a tal palavra a ideia de moral e cidadania. 
Precisavam de honestidade, fidelidade e harmonia entre seus cidadãos, porque suas cidades-Estado1 
estavam em desenvolvimento.
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Sócrates
Sócrates, Platão e Aristóteles são os pensadores gregos mais estudados e citados no campo da ética. 
De um modo geral, afirmavam que a conduta do ser humano deveria ser pautada no equilíbrio, a fim de 
evitar a falta de ética. Pregavam a virtude, a estreiteza moral e outras atitudes voltadas para a ética.
Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 a.C., e tornou-se um dos principais 
pensadores da Grécia Antiga. Aprendeu música e literatura, mas se dedicou à meditação e ao ensino 
filosófico. Desde jovem, Sócrates ficou conhecido pela sua coragem e pelo seu intelecto. Serviu no exér-
cito, desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre modelo irrepreensível de bom cidadão. Desde 
a juventude, Sócrates tinha o hábito de debater e dialogar com as pessoas de sua região. Não fundou 
uma escola de pensamento, pois preferiu realizar seu trabalho em locais públicos, principalmente nas 
praças e ginásios. Costumava agir de forma descontraída e descompromissada, dialogando com todas 
as pessoas, o que fascinava jovens, mulheres e políticos de sua época.
Vázquez (1997, p. 231) esclarece com propriedade:
Resumindo, para Sócrates, bondade, conhecimento e felicidade se entrelaçam estreitamente. O homem age retamente 
quando conhece o bem e, conhecendo-o, não pode deixar de praticá-lo; por outro lado, aspirando ao bem, sente-se 
dono de si mesmo e, por conseguinte, é feliz. 
Para Sócrates, virtude é sabedoria (sofia) e conhecimento. Já o vício é o resultado da ignorância. 
O saber fundamental é o saber a respeito do homem. Sobre essa ideia, o pensador teria dito suas frases 
mais conhecidas como: “Conhece-te a ti mesmo” e “Sei que nada sei”.
Sócrates, devido à sua liberdade de expressão e às fortes críticas que fazia à política da Grécia, foi 
acusado de corromper os jovens da época e foi condenado a beber cicuta2. Morreu em 399 a.C.
Platão
Platão nasceu em Atenas, em 427 a.C. e morreu em 347 da mesma Era. Pertencia a uma família 
rica, da mais alta aristocracia grega.
Foi discípulo e admirador de Sócrates. Platão retratou seu mestre em muitas de suas obras, segun-
do Natrielli (2003), em A República: 
Platão descreve o diálogo no qual Sócrates pesquisa a natureza da justiça e da injustiça. Para isso, transferindo a análise 
do individual ao coletivo, procura a justiça “em letras grandes”, imaginando a constituição de uma cidade ideal. À medi-
da que essa cidade vai sendo construída, desde sua forma mais primitiva até se tornar mais complexa, há a necessidade 
de uma especialização de tarefas cada vez maior. Essa cidade terá então uma classe de guardiões para defendê-la e 
estes deverão receber uma boa educação para que sejam, segundo Sócrates, “brandos para os compatriotas embora 
acerbos para os inimigos; caso contrário não terão de esperar que outros a destruam, mas eles mesmos se anteciparão 
a fazê-lo” (p. 375). Sendo assim, uma grande parte do diálogo se dedica a decidir qual seria a educação mais adequada 
para se formar homens “com uma certa natureza filosófica” que terão a função de proteger e governar essa cidade 
imaginada como perfeita e justa. 
A descoberta da metafísica3 é atribuída à Platão, cujas reflexões filosóficas culminam para o mundo 
das ideias. Segundo a Teoria das Ideias de Platão, existem dois mundos; o primeiro mundo é composto 
2 Suco que se extrai de umaplanta rica em conicina, um dos venenos mais letais que existem. Era comumente usado na Grécia Antiga para 
executar condenados (HOUAISS, 2007).
3 Ciência ou o conjunto das ciências que estudam a essência das coisas, os primeiros princípios e causas do que existe (HOUAISS, 2007).
6 | História da ética
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por ideias imutáveis, eternas, invisíveis e diferentes das coisas concretas; o segundo, o mundo real, é 
constituído por réplicas das ideias (coisas sensíveis), cópias imperfeitas e mutáveis. Ao contrário do que 
se pode pensar, o mundo das Ideias, de Platão, é o lugar das coisas verdadeiras enquanto o mundo real 
é o lugar onde reinam as aparências e as sombras. Segundo esta premissa, o homem não se pode deixar 
levar pelos sentidos, que sempre lhe passam uma percepção distorcida das coisas que o rodeiam. 
A verdadeira realidade só pode ser atingida e verdadeiramente compreendida por intermédio da 
razão. Vale destacar que Platão também afirma que o bem é um molde sobre o qual deveria se processar 
toda a ação humana. Ele entendia que o elemento da vontade do homem deveria estar sempre voltado 
para o bem. 
Platão também encaminhou seus estudos para as áreas da política e da reforma social, em decor-
rência do seu envolvimento com a difícil situação de Atenas, após a Guerra do Peloponeso4. 
Ele ainda entendia que a pólis5 é o próprio terreno da vida moral e que a ética necessariamente 
desemboca na política. 
Platão reconhecia como “classes superiores” as dos governantes e guerreiros, pelas suas ati-
vidades de contemplação, guerra e política. As “classes inferiores” eram as dos artesãos – devido ao 
desprezo do pensador pelo trabalho físico – e dos escravos – considerados pela sua sociedade como 
desprovidos de virtudes morais e de direitos cívicos. A ética de Platão dava-se de acordo com as ideias 
dominantes, a partir da realidade social e política daquela época. 
Seguindo suas ideias reformistas, Platão fundou a sua escola em Atenas, que denominou Aca-
demia, um estabelecimento destinado à educação de adultos, com aulas ministradas por vários pro-
fessores. Nesse estabelecimento, as mulheres eram aceitas com os mesmos direitos à educação que 
os homens, um fato curioso que não condizia com a cultura daquele contexto, em que elas eram 
consideradas inferiores física e intelectualmente. No entanto, para as mulheres frequentarem as salas 
de aula deveriam trajar-se tal qual os homens. A Academia foi fechada após nove séculos de atividade 
pelo imperador Justiniano, por ser considerada um reduto de “paganismo” do povo grego.
Vale notar que, depois destes nove séculos, a cultura grega foi incorporada pelo Império Ro-
mano, que se dividiu em duas partes. A parte que coube ao imperador Justiniano, conhecida como 
Império Bizantino, adotou a religião cristã ortodoxa como oficial. Justiniano, durante seu governo 
(483 a 565 d.C.), buscou unir o Oriente e o Ocidente em torno de uma só religião. Autoritário, Justi-
niano combateu e perseguiu judeus, pagãos e heréticos, ao mesmo tempo que interveio em todos 
os negócios da Igreja, a fim de mantê-la como sustentáculo e sob controle. As catedrais dos Santos 
Apóstolos e de Santa Sofia foram construídas durante seu governo, para mostrar ao povo a força da 
aliança que a Igreja tinha com o Estado. 
Para Platão, as virtudes se dividem em grupos, como consta a seguir: 
a :::: prudência ou sabedoria é a virtude da parte racional do homem, ou seja, a parte que corres-
ponde à razão; 
4 Foi um conflito armado entre Atenas (centro político do mundo Ocidental do século V a.C.) e Esparta (cidade de tradição militarista e costumes 
austeros), de 431 a 404 a.C. De acordo com Tucídides, autor que relatou esse conflito, a razão fundamental deste foi o crescimento do poder 
ateniense e o temor que o mesmo despertava entre os espartanos. 
5 Pólis: as Polei (termo no plural) constituíram-se elementos fundamentais no desenvolvimento da cultura grega e, de um modo geral, 
Ocidental, que reafirmou a ideia de que o homem é fundamentalmente político, ou seja, da pólis.
7|História da ética
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a :::: fortaleza ou valentia é a virtude do entusiasmo, ou seja, dos impulsos de vontade e ânimo;
a :::: temperança ou autodomínio, relaciona-se à parte do apetite, à vida impulsiva e instintiva, 
mas que freia os prazeres corporais e
a:::: justiça como o equilíbrio de todas as virtudes (VÁZQUEZ, 1997, p. 231).
Platão associava cada parte da alma a uma determinada classe social própria de seu contex-
to. Segundo ele, a razão era própria da classe dos governantes e filósofos, pois a prudência os guiava. 
Os guerreiros eram guiados pela valentia e entusiasmo, pois defendiam as cidades-Estado. A temperança 
era característica da camada dos artesãos e comerciantes, motivados pelo apetite e pela moderação. 
A justiça social era a responsável pela harmonia entre todas as partes da sociedade grega da época. 
As principais obras de Platão são A República e Leis. Morreu em 348 a.C.
Aristóteles
Aristóteles nasceu na Macedônia, na cidade de Estagira, no ano de 384 a.C. Seu pai chamava-se 
Nicômaco e exercia a profissão de médico do rei da Macedônia. No ano de 367 a.C., quando Aristóteles 
tinha aproximadamente 17 anos, foi enviado a Atenas para completar sua educação, devido à intensa 
vida cultural daquela cidade que lhe acenara possibilidade de estudo. Ingressou na Academia de Platão 
e estudou ali até o ano da morte do mestre, quando consolidou sua vocação para filósofo. 
Em 343 ou 342 a.C., Aristóteles foi chamado para ser mestre do jovem Alexandre, o rei da Macedônia, 
quando este ainda tinha 13 anos. Posteriormente o filósofo voltou a Atenas, em 334 a.C., e fundou sua pró-
pria escola, o Liceu, cujos alunos eram chamados de peripatéticos6 . Morreu em 322 a.C.
Aristóteles, refletindo sobre como o homem poderia viver uma boa vida, afirmava que a felicidade era 
a finalidade de todo homem e a plena realização humana era a contemplação do exercício da razão humana. 
Ele ensinava que há três formas de alcançar a felicidade: pela virtude, pela sabedoria e pelo prazer. 
Escreveu aproximadamente uma centena de obras, mas muitos de seus livros perderam-se por 
terem sido proibidos pela Igreja Católica, no final da Idade Média. 
O pensamento moral de Aristóteles está exposto em obras como Ética a Nicômaco, Ética a Eudemo 
e A Grande Ética. As suas obras foram das mais discutidas e comentadas da Antiguidade, deixando uma 
importante herança para a história da cultura e da filosofia. 
Ética ao longo da história
Ética romana e Cícero
Entre os filósofos romanos da Antiguidade, podemos citar Marco Túlio Cícero, que nasceu em 
106 a.C. e morreu em 43 a.C. Além de filósofo, foi também orador, escritor, advogado e político romano. 
6 Discípulos de Aristóteles, assim chamados porque passeavam no pátio do Liceu aristotélico enquanto aprendiam os ensinamentos do 
filósofo mestre.
8 | História da ética
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Quando Julio César desencadeou a guerra que o levaria a dominar todo o império, tratou de eliminar 
seus últimos adversários. Entre estes estava Cícero, que, na época, era senador e figura proeminente da 
política romana. Vendo-se obrigado a deixar a vida pública, Cícero recolheu-se à vida privada e retomou 
a meditação filosófica. Discutiu diferentes doutrinas gregas sem, no entanto, vincular-se inteiramente a 
nenhuma. Seu conhecimento sobre a filosofia grega fora decorrente do período em que estudou em 
Atenas. Uma de suas frases mais célebres diz que “a filosofia é o melhor remédio para a mente.”
Os filósofos romanos dessa época, de um modo geral, convergiampara a mesma preocupação 
com a conduta humana, com o caráter do indivíduo e com seus costumes. Todos esses aspectos em 
conjunto recebem o nome de moral. Esses filósofos também acreditavam que o principal objetivo das 
ações humanas está na própria virtude, pela sua retidão ou honestidade. A moral foi para os romanos 
um conjunto de deveres que a natureza impôs ao homem, seja pelo respeito a si próprio, seja pela rela-
ção com os outros homens. 
Ética cristã na Idade Média
Por volta do século III a.C., o Império Romano passou por uma enorme crise econômica e política. 
A corrupção instalada no Senado e os gastos exorbitantes com artigos de luxo escassearam os recursos 
a serem investidos no exército romano, fato que atingiu negativamente o Império. Com o enfraqueci-
mento da instituição militar romana, somado à crise política avassaladora, no ano de 395 a.C., o impe-
rador Teodósio resolveu dividir os limites de seu império. Dava-se, com isso, o fim da Antiguidade e o 
início da Idade Média.
Nessa época, a religião cristã assumiu o papel de determinar os valores morais e éticos a serem 
seguidos por boa parte do Ocidente. Ganham ênfase as revelações dos livros sagrados traduzidos pelo 
clero e, a partir deles, passam a ser determinadas as regras de conduta sociais. A figura messiânica de 
Jesus de Nazaré tornou-se o grande arauto de uma nova ética: a do amor ao próximo. A Igreja Católica 
e seus dogmas7 se mantiveram por longos anos. 
São Tomás de Aquino
Santo Tomás de Aquino (1225-1274) foi um frade dominicano8. Era responsável pela orientação e 
proteção religiosa da sociedade. Seu maior mérito foi aplicar a visão aristotélica na doutrina cristã, fato 
que colaborou com o surgimento da Escolástica9. De acordo com Aquino, era a união do corpo com a 
alma que formava a identidade e dignidade de uma pessoa. O autor também acreditava que somente 
por meio do exercício da razão humana aliado à revelação divina o homem poderia atingir a perfeição 
das virtudes. Essa vertente afirma que Deus era o legislador, e os padres, os intérpretes da lei. 
Para Tomás de Aquino, a fé e a razão estavam unidas e não poderia haver contradição entre am-
bas, pois estavam sempre dirigidas rumo a Deus. Esse pensador também afirma que toda a criação é 
boa, tudo o que existe é bom quando se está sob a orientação dos mandamentos de Deus. Ele também 
afirmou que o mal é a ausência de uma perfeição divina.
7 Um dogma, no campo filosófico, é uma crença ou doutrina imposta, que não admite contestação. No campo religioso, é uma verdade divina, 
revelada e acatada pelos fiéis.
8 Ordem religiosa, de característica mendicante, fundada no século XIII por São Domingos.
9 Uma linha dentro da filosofia medieval, surgida para responder às questões sobre a existência humana por meio da fé. Ensinada pela Igreja, 
foi considerada guardiã dos valores espirituais e morais de toda a crença católica.
9|História da ética
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Idade Moderna
A partir do século XVI, durante a transição da Idade Média para a Moderna, a Igreja Católica come-
çou a cair no descrédito da população devido ao protestantismo e a outros movimentos que eclodiram 
com a Reforma Religiosa do século XVII. 
Destaca-se dentro desse contexto a figura de Martinho Lutero, monge que viveu entre os anos de 
1483 a 1546 e lutou pela reforma da Igreja Católica. Questionou a falta de ética na venda das indulgências10 
e de relíquias sagradas, como pedaços do manto de Jesus Cristo e de minúsculos fragmentos da sua cruz. 
Lutero foi a Roma e lá presenciou o comportamento antiético de alguns membros da Igreja. Percebeu 
que a venda de indulgências poderia confundir as pessoas e levá-las a confiar apenas nas indulgências, 
deixando de lado a confissão e o arrependimento verdadeiros. Além dessa questão, Lutero criticava o fato 
de a Bíblia ser pouco acessível à população geral, pois poucos conheciam o idioma em que estava escrita 
(Latim), e os poucos exemplares do livro sagrado que existiam encontravam-se fechados nos conventos e 
igrejas. Ao contrário de uma elite eclesiástica, a grande maioria da população não conhecia a Bíblia. 
Lutero, no seu movimento reformista, promoveu a educação para todos, inclusive para cam-
poneses e mulheres. Traduziu a Bíblia do Latim para o Alemão, dando a oportunidade para que 
todos a conhecessem. O aperfeiçoamento da imprensa por Gutenberg11 também ajudou a divulgar 
a sagrada escritura dos cristãos.
Na Idade Moderna, foram consideráveis as transformações de ordem social, econômica e política, 
como as viagens às Índias e às Américas e a Revolução Científica, proporcionada por Nicolau Copérnico, 
Galileu Galilei, Newton, entre outros. 
A partir desse contexto, alguns filósofos modernos resgataram aspectos do pensamento filosófi-
co greco-romano no tocante à necessidade de toda a humanidade alcançar a sabedoria e a felicidade, 
principalmente pautando-se no equilíbrio e na razão. 
Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo prussiano, considerado o último grande filósofo dos 
princípios da Era Moderna. Kant teve um grande impacto no Romantismo alemão e nas filosofias idea-
listas do século XIX. Para Kant, a ética é autônoma, ou seja, corresponde à lei ditada pela própria cons-
ciência moral. Esse filósofo deu prosseguimento à construção da própria ideia moral, afirmando que 
aquilo que o homem procura está dentro dele mesmo. Muitos foram os filósofos que seguiram Kant. 
Relação da ética com outras ciências
Ética e política
Estão relacionadas pela natureza do poder. Se pensarmos em democracia12, como nos ensina 
Zajdsznajder (1994, p. 96), a grande preocupação das pessoas que elegem o político refere-se ao uso 
10 Uma indulgência, na teologia católica, é o perdão ao cristão das penas temporais devidas a Deus, pelos pecados cometidos na vida 
terrena.
11 João Gutenberg ou Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg (1390-1468) foi um inventor alemão que se tornou famoso pela sua 
contribuição para a tecnologia da impressão e tipografia.
12 Regime de governo por meio do qual o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, 
por meio de eleitos representantes. Numa frase famosa, democracia é o “governo do povo, pelo povo e para o povo”.
10 | História da ética
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indevido do poder, quando o eleito coloca seus interesses particulares acima dos interesses do povo, 
desviando os recursos em benefício próprio ou para pagar promessas feitas durante a campanha eleitoral. 
É uma das questões éticas mais relevantes no campo da política. 
Bioética
Bioética enfoca as questões referentes à vida humana e às melhorias na qualidade de vida do 
homem. É composta por estudos multidisciplinares na área da Biologia, da Medicina e da Filosofia. Com 
o notável avanço da Medicina, em especial na pesquisa genética, surgiram grandes preocupações no 
campo da ética. A clonagem humana e a fecundação artificial são novas práticas genéticas que vêm 
alterar conceitos e realidades da sociedade de hoje. Por exemplo, com as descobertas da biociência, 
passou-se a questionar muitos pilares sobre os quais a família moderna está baseada. 
Tem-se por família o resultado da união de uma mulher e um homem. No entanto, notícias como 
as veiculadas no jornal O Globo de 12/01/2003 (Caderno da Família, p. 2), tratam exatamente de um 
novo conceito familiar. Vejamos: 
Uma clínica na Austrália mantém dois embriões congelados de um casal de milionários morto num acidente de carro 
em 1983. Ao saber da fortuna em jogo, numerosas mulheres ofereceram-se para gerar os bebês. Mas a justiça da Aus-
trália decidiu manter os embriões congelados.
Ética e Sociologia
Estão estreitamente ligadas, pois a Sociologiatrata das leis que regem o desenvolvimento e a 
estrutura das sociedades humanas. Além disso, estuda o indivíduo inserido no meio social, de quem 
se espera um comportamento ético para o bem coletivo. As transformações sofridas nos tempos mo-
dernos atingem o homem em sociedade. A evolução das máquinas no campo e na indústria causam o 
alto índice de desemprego, a evasão rural e a superpopulação nas cidades. A Sociologia, por sua vez, 
está cada vez mais próxima da ética para encontrar soluções para esses problemas presentes na vida do 
indivíduo contemporâneo.
Ética e Direito
A relação entre essas áreas refere-se ao próprio fato de que o homem está sujeito às normas 
que regulamentam as condutas sociais. Os homens necessitam das leis e de sanções para manterem 
a ordem na sociedade. A exemplo disso, tem-se o Código de Trânsito Brasileiro. A sociedade também 
precisa de estatutos para determinar regras de convívio, deveres e direitos, como o que está disposto 
nos estatutos da Criança e do Adolescente e do Idoso, todos da década de 1990. 
11|História da ética
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Ampliando conhecimentos
Assistir ao filme :::: Gladiador, de Ridley Scott, pois é uma produção que chama a atenção justa-
mente pelos conceitos de moral e ética de Roma. Seu império apoiava-se no poderio militar, 
cujos líderes colocavam seus caprichos particulares acima dos interesses reais do Estado, com 
poderes absolutos. O filme se passa num período de decadência de valores, quando a cor-
rupção já se apossava do Senado romano e da maioria de seus representantes. Vale a pena 
refletir e comparar aos dias atuais. 
 Assistir ao filme :::: Cruzada, também de Ridley Scott, que relata a história de dois guerreiros me-
dievais com culturas, crenças e visões diferentes. No entanto, esses rapazes, acima de tudo, 
têm condutas éticas e acreditam que é possível a convivência entre os povos e o respeito à 
individualidade. O filme traz alguns aspectos da vida religiosa próprios da Idade Média, pois 
trata das guerras religiosas e da ocupação dos muçulmanos na Terra Santa (séculos VII a XII, 
aproximadamente).
Ler o livro :::: O Mundo de Sofia: romance da história da filosofia, de autoria de Jostein Gaarder, 
editado pela Cia das Letras. Essa obra é um verdadeiro “passeio” por diferentes correntes filo-
sóficas contadas a partir de uma narrativa sobre a protagonista principal, Sofia. 
Para os internautas, a dica é consultar o site :::: Filosofia e Ideias no <www.geocities.com/
Athens/4539/>.
Atividades
1. Qual foi o motivo de indignação que levou Martinho Lutero a criar o movimento pela reforma da 
Igreja Católica? Que relação essa causa tem a ver com a ética? 
2. Cite quais as preocupações da bioética. 
12 | História da ética
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Gabarito
1. Lutero indignou-se com a Igreja Católica devido à prática de venda de indulgências. Essa é uma 
atitude considerada antiética, tendo em vista que não se pode vender algo cuja existência não se 
pode comprovar. 
2. A principal preocupação da bioética, no estágio de desenvolvimento em que se encontra, refere-
-se às condições da vida humana. Essa área desenvolve atualmente estudos sobre clonagem 
humana e fecundação artificial. 
13|História da ética
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14 | História da ética
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Moral e princípios éticos 
Ética e moral
 Relembrando a origem das palavras, ética vem do Grego ethos, que significa “modo de ser”. Moral, 
por sua vez, vem do Latim mores e significa “costumes”. 
Entre os filósofos contemporâneos que discutem o tema, encontram-se aqueles que acreditam 
ser a distinção entre moral e ética algo de elevada importância; já outros sequer distinguem os dois 
conceitos, ou ainda, fazem uma mistura completa, entrelaçando-os e interligando-os constantemente, 
como se um conceito não pudesse existir sem o outro. 
Na religião, por exemplo, pode-se dizer que tanto católicos como protestantes discutem regras 
de conduta e valores sociais. Contudo, para os protestantes, esses aspectos estão bastante relacionados 
à ética. Já os católicos, que discutem o mesmo conteúdo, definem-no no campo da moral. Para que 
haja uma compreensão simplificada sobre o assunto, é interessante alinhavar algumas diferenças, e, em 
outro momento, mostrar a igualdade de conceitos.
Diferenças de conceitos
Para diferenciar ética de moral, é razoável lembrar que a primeira procura as causas do compor-
tamento humano, as atitudes do indivíduo inserido em uma determinada sociedade. Pensar sobre ética 
induz a uma reflexão sobre o significado do bem, das virtudes e de nossa relação com o próximo. A 
moral, por sua vez, trata do juízo de valor concebido pelo indivíduo que agirá conforme sua consciência 
determina. Corresponde a um conjunto de regras de conduta social que contribuem para a harmonia 
da ordem de uma sociedade específica. Tais regras assumem as características próprias do contexto 
sócio-histórico vivenciado pelo indivíduo.
Tendo em vista que os códigos de moral mudam de país para país, de comunidade para comuni-
dade e até mesmo de família para família, deve-se ter muito cuidado ao se julgar esses códigos como 
“inadequados” ou “ignorantes”. Por exemplo, um ocidental, que possui uma moral muito diferente de 
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qualquer povo oriental, não pode querer impor seus princípios. Não há um código mais correto que 
outro, tendo em vista a diversidade cultural que se estende ao redor do mundo.
A moral, na explicação do filósofo Vázquez (1997, p. 24) é “um conjunto de normas e regras 
destinadas a regular as relações dos indivíduos numa comunidade social”. 
Pode-se citar um exemplo para a melhor compreensão dessa questão. Uma pessoa que sai para 
passear completamente nua numa rua movimentada da cidade seria imediatamente considerada imo-
ral, mas sua atitude dificilmente seria considerada uma falta de ética, pois não está praticando mal 
algum ao próximo. Mas se essa nudez é para um fim específico, representando uma forma de perversão 
ou prostituição, daí sim estaria infringindo as leis éticas de nossa sociedade. 
A ética está diretamente relacionada à Filosofia, tendo em vista que busca refletir sobre a existên-
cia humana e, assim, estabelecer o ideal de comportamento do homem em sociedade. 
A reflexão sobre o ethos leva-nos à prática do respeito ao próximo, do bem social, do exercício 
da cidadania. A partir da ética, fala-se sobre autonomia da vontade em praticar o bem. Vale lembrar, no 
entanto, que o comportamento ético não se refere apenas à prática do bem, mas a exteriorizar aquilo 
que se aprendeu a respeito. É exercitar a tolerância diante das faltas alheias, a paciência em muitos mo-
mentos da vida, a obediência aos superiores em uma hierarquia, o silêncio ante uma ofensa recebida. 
Diferenças entre ética e moral.
Ética é permanente, moral é temporal. ::::
Ética é universal, moral é cultural.::::
 Ética é regra, moral é conduta da regra. ::::
 Ética é teoria, moral é prática. ::::
A ética é permanente, imutável e constante, posto que é a determinação do que é o bem, o justo, 
o correto. A moral se modifica conforme a passagem do tempo e se adapta à cultura de um grupo ou 
de um povo. É a regulamentação dos valores e dos comportamentos considerados legítimos por uma 
determinada religião, sociedade, povo, tribo, ordem política, tradição cultural, e, dessa forma, não é 
universal. 
Por fim, a ética está nos conceitos teóricos do bem e do mal, do certoe do errado, do justo e do 
injusto. A moral, por sua vez, está no campo da prática, da consciência do homem, regulando seus atos 
no exercício do bem e da justiça. 
Igualdade de conceitos
Em nossos dias, enfrentamos problemas de ordem moral e ética. Estamos sempre perguntando 
à nossa consciência se devemos fazer isto ou aquilo, sempre preocupados em não prejudicar o próxi-
mo. O entendimento da diferença entre esses dois conceitos na nossa realidade confunde-se e muitos 
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estudiosos ainda encontram dificuldades em diferenciar ambos. Seus significados se misturam na for-
ma cotidiana de viver e pensar de cada indivíduo. Assim, algumas considerações podem ser feitas para 
demonstrar que as duas denominações buscam fins idênticos e benéficos para as sociedades e suas 
organizações e, por isso, igualam-se. Vamos analisar a situação hipotética a seguir:
Ao saber que um prefeito, sem constrangimento e amparado pela legislação, aumentou seu 
salário em 100%, a população daquela cidade, indignada, afirmou que ele foi imoral e faltou com a 
devida ética.
Talvez, o que favoreça a confusão entre ética e moral seja o fato de que, originalmente, os roma-
nos traduziram a palavra ética, do Grego ethos, literalmente para a palavra mores, moral, no tocante aos 
hábitos, costumes, usos e regras. Por isso, pode-se dizer que ocorre a fusão de ambos os conceitos, na 
medida em que não existe a prática de ato moral sem o prévio conhecimento de conceitos éticos.
Moral como objeto da ética
Pode-se relacionar os dois conceitos, afirmando que a moral é o objeto de estudo da própria ética. 
Tal asserção torna-se coerente se pensarmos que fazem parte da ética os bons costumes, valores como o 
amor, solidariedade, paz, bondade e tolerância, ou seja, aspectos de natureza eminentemente moral. 
A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ética não é 
moral. Ética é a reflexão crítica do ato moral, do que está certo ou errado, do que é justo ou injusto. 
Como lembra Nalini (2001, p. 57), ao praticar um ato seguindo sua moral o indivíduo estará sujei-
to a sofrer consequências negativas. Muitas vezes, o que para uns parece correto, para outros pode ser 
“imoral”. Alguns povos têm hábitos culturais que consideram corretos, mas que podem ser incorretos 
para outro grupo social. Ou seja, tais hábitos podem ser imorais1 ou amorais2. 
Em uma família, pai, mãe e filhos têm o costume de tomar banho todos juntos. É um hábito decor-
rente de uma cultura específica que foi nela introduzido por costumes de familiares antepassados. Nessa 
cultura, considera-se a exposição do corpo nu sem quaisquer conotações de sexualidade ou de promis-
cuidade. No entanto, tal hábito, caso seja relatado a outras pessoas, não pertencentes à cultura da família 
citada, certamente não terá uma boa aceitação, considerando-o imoral.
Diante de uma diversidade de culturas, é necessário que se regulamentem as condutas social-
mente aceitas. Para isso, tem-se o Código de Ética, uma ampla gama de estatutos e regulamentos que 
normalizam o que pode ou não pode ser considerado moral numa organização, numa sociedade, ou 
seja, no âmbito comum. Dentro do campo da ética, está sendo estipulada o que se considera aceitável 
sobre a conduta individual, para manter o equilíbrio, a igualdade de condições, o respeito mútuo, enfim, 
a maneira correta de se comportar adequadamente em sociedade. 
1 Imoral: contrário à moral, contrário às regras de conduta vigentes em dada época ou sociedade ou ainda contrário àquelas regras que um 
indivíduo estabelece para si próprio; sem moralidade, indecoroso, vergonhoso.
2 Amoral: moralmente neutro (nem moral nem imoral, isto é, nem contra, nem a favor da moral); que não leva em consideração preceitos 
morais, indiferente a eles; que não tem senso de moral.
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Virtudes segundo Aristóteles
Ao falarmos sobre ética e moral, é oportuno lembrar que Aristóteles questionou-se bastante 
sobre a ideia do bem e do mal. Esse filósofo grego, por meio da observação do comportamento hu-
mano, notou que o homem parece necessitar de riqueza e prosperidade, mas para ser feliz também 
precisa das virtudes. A felicidade é uma atividade virtuosa da alma. O filósofo ensina que há duas es-
pécies de virtudes: as intelectuais e as morais. As virtudes intelectuais resultam do ensinamento. As vir-
tudes morais resultam do hábito, adquiridas pelo exercício desses costumes. O homem torna-se justo 
praticando atos justos. Os homens tornam-se arquitetos construindo edifícios. Mas Aristóteles alerta 
que, da mesma forma que se gera virtudes, pode-se destruí-las. O homem torna-se completamente 
bom ou completamente mal, não havendo meio-termo. Como já afirmou Chauí (1994, p. 310), “(...) e 
assim, a felicidade não é obra de um só dia, nem de pouco tempo, mas de uma vida inteira”. 
Para tanto, o pensador grego explica que a Doutrina do Meio-Termo garante a prática de ações que 
possibilitam a formação de um caráter excelente, do homem feliz. A virtude ética é a perfeita medida da 
razão para o comportamento do homem, o qual, muitas vezes, tende a cometer excesso em suas atitu-
des. São alguns exemplos de virtudes aristotélicas, de seus respectivos excessos e deficiências:
cora:::: gem – é o meio-termo em relação ao sentimento de medo e de confiança. A covardia é a 
deficiência dessa virtude e a temeridade é o excesso. 
temperança:::: – é o meio-termo em relação aos prazeres. Assim, por exemplo, a moderação é a 
temperança no comer e a sobriedade no beber. A gula é o outro extremo dessa virtude. 
seriedade:::: – é o meio-termo entre a complacência e a soberba.
justa indignação:::: – é o meio-termo entre a inveja e o despeito. 
calma:::: – é o meio-termo em relação à cólera e à pacatez. 
magnificência:::: – é o meio-termo entre a suntuosidade e a mesquinharia. 
veracidade:::: – é o meio-termo no tocante à verdade. Já o exagero é a jactância, e a carência 
dessa virtude gera a falsa modéstia.
amabilidade:::: – é o meio-termo na disposição de agradar a todos de maneira devida e amável; 
o excesso é o obsequioso, se não tiver propósito; e lisonjeiro, se visa a um interesse próprio; a 
deficiência é a pessoa mal-humorada (mau-humor).
modéstia:::: – seu exagero gera o envergonhado (vergonha); enquanto aquele que mostra defi-
ciência é o despudorado, que não se envergonha de coisa alguma (despudor).
justiça:::: – é o meio-termo entre o ganho e a perda. A justiça é a disposição de caráter que torna 
as pessoas propensas a fazer o que é justo e a desejar o que é justo. Dessa forma, a justiça é 
uma virtude completa, por isso, é considerada, muitas vezes, a maior das virtudes. 
É importante saber que é o caráter voluntário ou involuntário que determina o justo. O homem 
só é justo quando age de maneira voluntária e tem consciência de seus atos. Caso contrário, não pode 
ser considerado justo ou injusto.
Temos nesses ensinamentos o quanto é importante saber a respeito das deficiências e excessos das 
virtudes para se buscar o meio-termo e, com isso, tornar-se digno e virtuoso. É fundamental aprender, 
por exemplo, o quanto é prejudicial ser excessivamente polido numa determinada situação, quando 
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se poderia ser amável e conquistar a todos. Igualmente, se algumas pessoas fossem menos ostensivas, 
certamente se tornariam mais autênticas. A justa medida dos sentimentos traz ao homem mais sucesso 
em todas as instâncias de sua vida. 
Princípios éticos
Vale lembrar que são muitos os problemasa serem enfrentados pelo homem contemporâneo 
quanto à sua conduta moral. Dentre eles, destaca-se a dificuldade de discernimento entre o bem e o 
mal. É comum, ao longo de sua vida diária, os indivíduos se perguntarem: 
O que é o bem?::::
Quais são os fundamentos das condutas morais e éticas?::::
Colocando tais questões, entraremos no campo dos princípios éticos, refletindo sobre experiên-
cias dos bons costumes, das obrigações e dos deveres.
Ao longo desta aula, será destacada a importância dos princípios éticos para a vida em socieda-
de. Tais princípios devem ser retomados e renovados. Devem ainda instigarem a reflexão no tempo e 
no espaço em que vive o homem. Falar, por exemplo, em dignidade humana, liberdade e igualdade é 
buscar nortear e esclarecer as pessoas para que não incorram em desvios de valores e desconsiderem o 
corrente código ético e moral. O homem a serviço ou não da sociedade onde vive, julga e é julgado por 
ela, com base em princípios éticos comuns. Por isso, os indivíduos têm por obrigação conhecer esses 
princípios sociais, para neles pautar sua conduta moral. 
Atitudes como a de ser íntegro, preservar com sabedoria a liberdade de escolha, praticar o ab-
soluto respeito à vida humana em todas as suas formas e manifestações, ser honesto com o próximo e 
consigo mesmo, falar sempre a verdade, agir com responsabilidade sobre suas atitudes, além de ter boa 
conduta pessoal, são exemplos considerados éticos para boa parte das sociedades contemporâneas.
Vázquez (1997) afirma que é possível falar em comportamento moral somente quando o indiví-
duo opta conscientemente por ele. Isso envolve o pressuposto de que o homem pode fazer o que quer, 
ou seja, escolher entre duas ou mais alternativas, agindo de acordo com sua decisão. Por isso, pode-se 
afirmar que a liberdade torna os indivíduos totalmente responsáveis pelas suas escolhas. 
Valores no mundo atual
Moisés repassou 10 mandamentos ou regras ao seu povo que, segundo o profeta, teriam vin-
do diretamente de Deus. Passados milhares de anos, as pessoas ainda relembram esses ensinamentos 
como a verdadeira forma de conduta moral e ética. Contudo, essas mesmas pessoas parecem estar 
numa encruzilhada, sem saber o que é certo ou errado, principalmente quando se trata de sua sobrevi-
vência financeira no mundo dos negócios e na ascensão profissional.
Então, como manter intacto o respeito aos valores, às questões e princípios éticos elaborados e 
desenvolvidos ao longo da história? Como se manter ético na “guerra dos negócios”? 
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A ética e a moral determinam a perfeição do ser. Mas, as pessoas, sofrendo com as pressões da 
vida moderna, confundem os meios com os fins, e não conseguem visualizar claramente o fim último 
da existência humana. O amor ao próximo, o respeito à vida, à igualdade, à solidariedade são valores 
que não caem de moda, são perenes. A ambição nasce de uma vontade a ser realizada e pode ser consi-
derada um sentimento virtuoso, digno, correto. Mas, o que vemos nos dias atuais?
Vemos homens e mulheres esquecendo-se dos princípios éticos, fundamentais para o sucesso no 
campo dos negócios. Para realizar seu projeto de vida, não é necessário que a prática de ações golpeie 
os valores morais. E o mesmo serve para as ações individuais no cumprimento dos deveres, que devem 
respeitar a liberdade do indivíduo e, principalmente, a do próximo. 
Nas relações sociais, os princípios éticos têm extrema importância. Nenhum indivíduo será res-
peitado se não dispensar o mesmo tratamento ao próximo. Ele só será considerado ético se estiver 
vivendo e agindo de acordo com as normas e convenções sociais. 
A população, não só brasileira, mas mundial, tem assistido a ondas de organizações criminosas, 
que têm como código moral não praticar seus crimes nas comunidades onde residem. Além disso, os 
componentes das organizações do narcotráfico obedecem ao código moral imposto pelos traficantes. 
E na política do nosso país? Atualmente há uma reestruturação nos partidos políticos. Todos os 
dias, eleitos pelo povo passam de um grupo para outro, motivados por falsos princípios morais, por 
armações e atitudes individuais vergonhosas com relação ao erário3. Mesmo assim, acabam sendo re-
eleitos, recolocados nas câmaras, assembleias e no Senado Federal. Como bem lembra Zajdsznajder 
(1994, p. 96):
Os políticos dispõem mais que o poder de elaborar e votar leis: podem estabelecer programas e dotações que irão be-
neficiar comunidades, cidades, regiões, setores econômicos. É certo que também faz parte do jogo democrático que os 
interessados busquem, tanto no Congresso quanto nas agências governamentais, a realização de seus interesses. Essas 
atividades, denominadas lobby, contêm um elemento legítimo, que é o de apresentar o caso, mostrando a validade dos 
interesses. O lado ilegítimo apresenta-se quando se parte para adquirir a boa vontade por meio de presentes e facilidades 
– como viagens e hospedagens gratuitas, informações sobre possibilidade de negócios ou mesmo dinheiro.
Todo esse processo ilegítimo já é conhecido há décadas. A cada momento histórico, assiste-se a 
mais uma história de vergonha política. Como se não bastasse, surgem cada vez mais as ondas de vio-
lência, motivadas pelos novos valores do incorreto e do injusto. 
Como alternativa a esse quadro, muitas reflexões devem ser feitas. Os conceitos também deve-
rão ser analisados com base nas nossas aspirações, naquilo que a humanidade quer para os seus dias 
futuros. Certamente queremos o resgate dos valores éticos, queremos a vida de condutas corretas e um 
mundo de respeito e cidadania.
É interessante refletir acerca do comportamento humano, quando muitos apontam criminosos 
do campo da política, do meio ambiente, da área econômica. Culpa-se o outro pela conduta vergo-
nhosa, quando se sabe que pouco se faz para erradicar o crime. A covardia para a realização de soluções 
eficazes também pode ser considerada uma vergonha. 
O problema é global. A infância e a juventude, cada qual ao modo mais adequado, devem ser 
conscientizadas da forma mais ampla possível, acerca dos conceitos de moral, ética, princípios e valores. 
3 Erário: o tesouro público, ou seja, o conjunto de bens ou valores pertencentes ao Estado.
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A compreensão deve ser tal, que possa refletir imediatamente na nossa realidade, no momento atual, 
para que haja tempo de corrigir e reconsiderar. Não se pode esquecer também que somente ensinar a 
moral e a ética nas escolas não é suficiente, pois os mais jovens aprendem através da experiência e do 
exemplo dos mais velhos. Assim, devemos exercer a sabedoria, a felicidade, a coragem, a temperança e 
a justiça em nosso dia a dia; lembrando que se agirmos com respeito para com os outros, temos o direi-
to de também sermos respeitados.
Ampliando conhecimentos
Leitura do livro de Aristóteles :::: Ética a Nicômaco. É de fácil leitura e uma boa iniciação para es-
tudar Filosofia. 
Leitura do livro :::: Ética, de Adolfo Sánchez Vázquez.
Atividades
1. Qual é a diferença entre ética e moral?
2. Cite no mínimo três virtudes, apontando seus excessos e suas deficiências, respectivamente.
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3. Defina estes três principios éticos: responsabilidade, dignidade e solidariedade.
Gabarito
1. Entre ética e moral, vale a pena relembrar os ensinamentos dessa aula: “Ética é permanente, moral 
é temporal; ética é universal, moral é cultural; ética é regra, moral é conduta da regra; ética é 
teoria, moral é prática”. 
2. Você pode organizarsua resposta conforme a sugestão a seguir:
Virtude Excesso Deficiência
Coragem Muita confiança Covardia
Seriedade Soberba Complacência
Modéstia Vergonha Despudor
3. Caro aluno, para conseguir mais definições sobre tais palavras, o ideal é que se faça uma pesquisa 
em dicionários de diferentes autores e que depois você discuta com seus colegas sobre os dados 
pesquisados. Seguem algumas definições, retiradas do Dicionário Houaiss (2007): 
responsabilidade:::: – “obrigação de responder pelas ações próprias ou dos outros”;
dignidade :::: – “qualidade moral que infunde respeito”; “consciência do próprio valor”; “honra, 
autoridade, nobreza”;
solidariedade:::: – “sentimento de simpatia, ternura ou piedade pelos pobres, pelos desprotegi-
dos, pelos que sofrem, pelos injustiçados etc.”; “manifestação desse sentimento, com o intuito 
de confortar, consolar, oferecer ajuda etc.”. 
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Éticas e normas
É evidente que o homem, como um ser social e político, não vive sozinho. Ao estabelecer sua vida 
em grupo, por necessidade de segurança e por estímulos de sobrevivência, busca garantir o bem-estar 
individual e coletivo.
Como um ser social, o homem está sempre aprendendo a melhor maneira de conviver com seus 
semelhantes e isso significa considerar seu próximo como ele é, com todas suas qualidades, defeitos e 
outras características pessoais. No contato com os outros, o homem deve buscar sempre compartilhar 
experiências, exercitar a confiança e a tolerância. 
Como um ser político, o homem é, segundo as palavras de Aristóteles, “um animal político”, isto 
é, destinado a viver na pólis (cidade), onde se realiza como cidadão. Por isso, os aspectos referentes à 
vida em sociedade são considerados políticos. Nela, o homem e seus pares organizam-se em forma de 
comunidades e desenvolvem a noção de governo, de poder, de liberdade e de igualdade. 
Para o estabelecimento de uma vida coletiva harmoniosa, o homem passou a constituir normas, 
padrões de condutas, regras e leis com a finalidade de regular a vida coletiva. Afinal, para que a harmo-
nia seja instaurada em uma dada comunidade, seus membros devem respeitar uns aos outros, guiados 
por limites preestabelecidos que, como uma linha imaginária, têm a função de orientar os impulsos, 
dominar os instintos e, assim, tornar harmoniosa a convivência coletiva. 
Evolução das normas
O costume de escrever as normas vem de milênios, data dos tempos anteriores à Era Cristã. As 
normas, como visto, passaram a existir como forma efetiva de garantir o equilíbrio entre as relações 
humanas, nas sociedades organizadas. Geralmente, os sistemas dessas normas são voltados à proteção 
do homem e à disciplina do seu comportamento. 
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Antiguidade
Nesta época, as pessoas viviam em um ambiente em que todos os fenômenos maléficos eram 
vistos como resultantes das forças divinas. Para conter aquilo que acreditavam ser a “ira dos deuses”, 
criaram várias proibições que, quando não obedecidas, resultavam em castigo. Das desobediências, sur-
giram os crimes e as penas. Muitas vezes os castigos eram cumpridos com oferendas aos deuses ou com 
o sacrifício da própria vida. O castigo não era algo feito para ofender ou humilhar o castigado. Acima de 
tudo, a prática do castigo tinha um caráter moralizador e corretivo. 
Pode-se afirmar que os homens na Antiguidade limitavam-se a proteger a vida, a integridade 
física, a honra e a propriedade. São algumas das leis escritas dessa época:
Código de Hammurabi (séc. XVII a.C.) 
Hammurabi (1728-1686 a.C.) foi considerado o maior rei da Mesopotâmia Antiga, o verdadeiro 
consolidador do Império Babilônico, que era composto por uma grande heterogeneidade de povos. Ele 
foi também um exímio administrador público. Uma de suas primeiras preocupações foi a implantação 
do direito e da ordem na sociedade da época, fundamento da unidade interna do seu reino. O código 
proposto instituiu 282 parágrafos com matéria processual, penal, patrimonial, obrigacional e contratual, 
família, sucessão, regulamenta profissões, preços e remuneração de serviços. Eis alguns exemplos: 
Se um inquilino paga ao dono da casa a inteira soma do seu aluguel por um ano e o proprietário, antes de decorrido 
o termo do aluguel, ordena ao inquilino mudar-se de sua casa antes de passado o prazo, deverá restituir uma quota 
proporcional à soma que o inquilino lhe deu. (EDUCATERRA, 2007)
As penas adotadas pelo legislador Hammurabi eram severas, principalmente para os crimes de 
lesão corporal e homicídios. Suas leis embasavam-se no princípio de Talião1, cuja premissa era a do 
“olho por olho, dente por dente”. Esse código chegava ao extremo de determinar que, caso um homem 
matasse o filho de outro, a pena seria paga com a vida do filho do homicida. 
Segundo Costa (1992, p. 23), sobre esse código: 
O autor de roubo por arrombamento deveria ser morto e enterrado em frente ao local do fato. (...) As penas eram cruéis: 
jogar no fogo (roubo em um incêndio), cravar em uma estaca (homicídio praticado contra o cônjuge), mutilações cor-
porais, cortar a língua, cortar o seio, cortar a orelha, cortar as mãos, arrancar os olhos e tirar os dentes.
Lei Mosaica (séc. XIII a.C.) 
Sua autoria é atribuída ao profeta Moisés e é encontrada nos primeiros livros da Bíblia cujo con-
junto leva o título de Pentateuco. O judeus os chamam também de Torá. É considerado um dos códigos 
mais importantes da Antiguidade e se divide nos seguintes livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e 
Deuteronômio. Tem como fundamento as leis divinas. Apesar de também considerar o princípio 
de Talião, essa lei possui um caráter mais humanitário, ou seja, concebe o indivíduo com maior digni-
dade, visto que lhe reserva um dia de descanso e, com isso, poupa-lhe do trabalho escravo. Além disso, 
trata a relação social de forma mais igualitária.
1 O termo Talião vem do Latim talis, que significa igual ou semelhante. A lei tem esse nome justamente porque determina que o criminoso 
sofra tal qual fez sua vítima sofrer.
24 | Éticas e normas
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O Código de Manu (séc. II a.C.) 
Este conjunto de leis da Índia Antiga é composto de 12 livros. Protege em especial a posse 
individual de bens, a propriedade privada, a honra pessoal, a vida, a integridade física e o clã, já que 
exigia do homem do casal comportamento digno com relação à mulher e à família. Punia o adultério 
e admitia a separação de casais. Entre suas mais altas penas estava a de morte, o exílio e o confisco 
de bens.
Esse código não teve a mesma projeção do de Hammurabi, no entanto seus escritos se expandi-
ram pelas regiões da Assíria, Judeia e Grécia. Essas leis são consideradas uma obra-prima de organiza-
ção geral da sociedade, com fortes motivações políticas e religiosas.
Nesse código, há uma série de ideias sobre valores, tais como verdade, justiça e respeito. Versa 
sobre a credibilidade dos testemunhos, atribui diferente validade à palavra dos homens, conforme a 
casta que pertencem. 
Lei das XII Tábuas (452 a.C.) 
A repercussão desta lei foi maior que qualquer outro código antigo, pois serviu de alicerce para a 
legislação romana.
É um dos maiores monumentos jurídicos de todos os tempos e é considerado fonte do direito 
universal. Decorridos mais de 2 000 anos, suas palavras estão em legislações de muitos povos, ainda que 
transformadas pelo tempo e adaptadas às novas condições sociais.
Alcorão (Corão) 
Datado do início do século VII d. C., é o livro religioso e jurídico dos muçulmanos. Os seus segui-
dores acreditam que foi ditado por Alá (Deus) através do arcanjoGabriel e, portanto, não foi redigido 
por Maomé, que não sabia escrever. Por meio de recursos sociológicos e lógicos, muitas complemen-
tações foram feitas ao longo do tempo até os dias atuais, mas sem perder a força dos ditames de Alá 
ao profeta Maomé.
Ainda em vigor em alguns Estados, como Arábia Saudita e Irã, o Alcorão estabelece severas pena-
lidades em relação ao jogo, bebida e roubo, além de considerar a mulher inferior ao homem.
Idade Média
A Idade Média caracterizou-se por ser uma época de batalhas sangrentas, intolerância religiosa, 
perseguições e torturas. Além da frequência com que era aplicada a pena de morte, era executada com 
requintes de crueldade (fogueira, afogamento, soterramento, enforcamento), como forma de intimida-
ção e atemorização e com o objetivo de dar exemplo. As sanções penais eram desiguais, dependendo 
da condição social e política do réu, sendo comum o confisco, a mutilação, os açoites, a tortura e as pe-
nas infamantes. As leis medievais puniam o suicida com o confisco de bens quando consumado o crime, 
que acabava punindo injustamente os filhos pelo “erro” do pai.
Nessa época, a Igreja Católica deixou uma considerável quantidade de informações sobre o que 
era certo e justo na visão da Lei Divina. Também normatizou o comportamento, o socialmente aceitável, 
25|Éticas e normas
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como os bons costumes e os cultos religiosos ministrados em Latim, de forma a estabelecer o compor-
tamento padrão para essa época. 
No cenário medieval, o que prevalecia era a lei fundada naquilo que se acreditava ser a vontade 
de Deus. Outros exemplos do processo de desenvolvimento das leis nessa mesma época encontram-se 
nos seguintes documentos: 
a Carta Magna:::: (1215-1225) – firmada pelo rei inglês João Sem-terra [sic], feita para proteger 
os privilégios dos barões e os direitos dos homens livres. É considerado o documento básico 
das liberdades inglesas.
as Leis de Leão de Castela:::: (1256) – denominadas “as Sete Partidas”, que visavam proteger a 
inviolabilidade da vida, da honra, do domicílio e da propriedade, assegurando aos acusados 
um processo legal que evitasse a punição injusta. A primeira das sete regras dispunha: “os juí-
zes devem garantir a liberdade”.
a:::: Carta das Liberdades (1253) – de Teobaldo II, de Navarra.
o:::: Código de Magnus Erikson (Suécia, 1350) – segundo o qual o rei devia jurar lealdade e jus-
tiça ao povo, comprometendo-se a não privar nem o pobre nem o rico, de sua vida ou de sua 
integridade corporal sem processo judicial em devida forma.
Idade Moderna
Vale lembrar que, na transição da Idade Média para a Idade Moderna (séculos XV e XVI), muitas 
transformações sociais, científicas, econômicas e culturais aconteceram na Europa, como a expansão 
do comércio marítimo, o descobrimento de novas terras pelos povos ibéricos, a formação da burguesia 
mercantil, o advento da imprensa, as descobertas científicas, a Reforma da Igreja Católica e o movimen-
to Protestante. Tudo isso resultou em novas atitudes filosóficas e científicas que situaram o homem no 
centro dos estudos e dos acontecimentos. 
Na Inglaterra, foram produzidos documentos de grande expressão no século XVII , acerca da pro-
teção dos direitos individuais. Vejamos alguns deles: 
Petition of Rights:::: (1628) – requerimento que impunha condições como a de que nenhum ho-
mem livre pudesse ser detido ou aprisionado, nem despojado de seu feudo, suas liberdades e 
franquias, nem posto fora da lei, nem exilado, nem molestado de qualquer outro modo, senão 
em virtude de sentença legal de seus pares ou de disposição das leis do país, respeitando prin-
cípios legais (PINHEIRO, 2001). Esse documento redigido pelos parlamentares foi dirigido ao 
monarca como forma de reconhecimento de diversos direitos e liberdades para os súditos;
Habeas Corpus Amendment Act:::: (1679) – foi um documento que ficou conhecido pela sua 
conquista com relação à liberdade individual, diante da prepotência dos detentores do poder 
público da época; 
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Bill of Rights:::: (1688) – declarou ilegais os atos da autoridade real inglesa que, sem permissão 
do parlamento, suspendia as leis ou sua execução e mandava arrecadar dinheiro em nome 
da Coroa inglesa, além da quantia permitida pelo Parlamento. Esse documento também pro-
clamou a liberdade de discussão e proibiu a imposição de penas cruéis e sem fundamento. 
Ainda no século XVIII foram editados três documentos, igualmente expressivos no que diz respei-
to à preocupação com o indivíduo: 
a Declaração de Direitos do Bom Povo:::: da Virgínia (1776) – considerada a primeira decla-
ração de direitos fundamentais, no sentido moderno: consagrava o princípio da isonomia2; da 
imparcilidade do juiz, da liberdade de imprensa e de religião;
a Declaração da Independência dos Estados Unidos:::: (Thomas Jefferson, 1776) – confirma os 
direitos inalienáveis do ser humano e proclama que os poderes dos governantes derivam do 
consentimento do povo governado;
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789):::: – é uma das conquistas mais im-
portantes das liberdades individuais no Ocidente moderno. Surgiu no contexto da Revolução 
Francesa e representa a síntese do pensamento político, moral e social do século XVIII até os 
dias atuais. É o documento marcante do Estado liberal e proclama os seguintes princípios: iso-
nomia, liberdade, propriedade, legalidade, presunção de inocência, liberdade religiosa, livre 
manifestação do pensamento (PINHEIRO, 2001). 
Idade Contemporânea
Muitos historiadores afirmam que esta fase teve seu início a partir da Revolução Francesa (1789). 
Com o evento das duas grandes guerras mundiais, o ceticismo imperou no mundo juntamente com a 
crença de que a humanidade toda, até mesmo as nações consideradas mais avançadas para a época, 
era capaz de cometer atrocidades dignas de bárbaros. A Primeira Grande Guerra3 resultou na criação da 
Sociedade das Nações (1919) e a segunda, na criação da ONU4 (1945). 
A partir desses eventos, a necessidade de normatizar e determinar sistematicamente o que eram 
direitos humanos, em âmbito universal, tornou-se mais evidente. A exemplo desta preocupação surgiu 
a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948. Aprovado pela ONU, em meados do século XX, 
esse documento visou estabelecer direitos para todos os seres humanos, independentemente de suas 
características, tais como idade, cor, raça, religião, sexo etc. Traz em seu cerne os princípios iluministas 
de liberdade, igualdade e fraternidade. Baseando-se nestes, essa declaração prevê, ainda, a garantia 
contra qualquer tipo de escravidão humana, tortura, prisão, penas arbitrárias e discriminações (PINHEI-
RO, 2001). Possui 30 artigos no total. 
2 Igualdade conforme a lei.
3 “Primeira” ou “Segunda” Grande Guerra são nomes, mais propriamente conceitos históricos, aceitos academicamente e aqui adotados 
pela autora.
4 A Organização das Nações Unidas (ONU) é a organização internacional que tem como objetivo: manter a paz e a segurança internacionais; 
estabelecer relações cordiais entre as nações do mundo, obedecendo aos princípios da igualdade de direitos e da autodeterminação dos 
povos; e incentivar a cooperação internacional na resolução de problemas econômicos, sociais, culturais e humanitários.
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Normas como regras de convívio
Direitos humanos na Constituição Federal do Brasil (1988) 
Encontramos a relação da Constituição Federal com os direitos humanos, pois, já no primeiro 
artigo, aponta a cidadania, a dignidade da pessoa humana e os valores sociaisdo trabalho como princí-
pios fundamentais. Também determina os objetivos fundamentais para a construção de uma sociedade 
livre, justa e solidária, em que seja possível erradicar a pobreza, a marginalização, reduzir as desigualda-
des sociais e promover o bem de todos sem qualquer forma de discriminação. 
A Constituição de 1988, também conhecida como nossa Carta Magna, garante a igualdade de 
todos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Garante ainda aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie-
dade. São incisos do artigo 5.º:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. 
A Constituição Federal do Brasil trata ainda dos direitos sociais, no que diz respeito à educação, 
à saúde, ao trabalho, ao lazer, à segurança, à previdência social, à proteção à maternidade, à infância e 
à assistência aos desamparados.
Estatuto do Idoso
Representado pela Lei 10.741/2003, veio para convocar toda a sociedade para zelar pelos idosos, 
estabelecendo regras a fim de esclarecer como devem ser amparados. 
Esse estatuto esclarece que o idoso goza dos mesmos direitos que o indivíduo comum e assegu-
ra-lhe, por lei, todas as oportunidades e facilidades com o fim de preservar-lhe a saúde físico-mental, 
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, sempre em condição de dignidade e liberdade.
Esse código de normas veio esclarecer, no seu artigo 3.º, que é obrigação não só dos familiares 
do idoso, como também da comunidade e do Poder Público, assegurar-lhe com absoluta prioridade a 
efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao traba-
lho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária, bem como 
determinar que é dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso. 
Antigamente, desrespeitar um indivíduo idoso significava uma atitude antiética. Atualmente, 
aquele que assim proceder, tratando o indivíduo com mais de 60 anos com negligência, discrimina-
ção, violência, crueldade ou opressão será punido na forma da lei. 
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Estatuto da Criança e do Adolescente
A Lei 8.069/1990 defende a proteção integral à criança e ao adolescente, considerando criança, a 
pessoa até 12 anos de idade incompletos e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade.
Determina em seu artigo 3.º:
Art. 3.º. A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo 
da proteção integral de que trata essa Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e 
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade 
e de dignidade.
Essa lei veio responder a questões como a da responsabilidade dos pais ou pessoas físicas e jurí-
dicas que, por algum motivo, tornaram-se responsáveis pela manutenção do menor, aplicando medidas 
que vão desde a advertência até a suspensão ou destituição do poder familiar.
Igualmente ao que está estipulado em favor do idoso, o artigo 4.º do Estatuto da Criança e do 
Adolescente dispõe que, além do dever da família em assegurar com absoluta prioridade a efetivação 
dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionali-
zação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, também 
incumbe as mesmas obrigações à comunidade, à sociedade em geral e ao Poder Público. 
E mais, o estatuto impõe que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma 
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qual-
quer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.
A grande preocupação do legislador é o bem comum individual e da coletividade, considerando 
a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Num País como o 
nosso, sem dúvida alguma, as crianças devem ter prioridade na prevenção e tratamento de saúde, uma 
farta alimentação e educação, para que se possa mudar o cenário nacional. Infelizmente, a realidade 
ainda está a demonstrar que as crianças brasileiras são alvos da exploração do trabalho sem remunera-
ção (pois o que ganham entregam aos pais ou a outro adulto) e da delinquência (são usadas de mulas 
no tráfico de drogas), com grande representação no alto índice de criminalidade (são usadas por maio-
res de idade5 como álibi para a impunidade de seus atos).
Código do Consumidor
Este conjunto de normas surgiu em resposta ao anseio da sociedade brasileira, cansada de sofrer 
abusos decorrentes da falta de ética de fornecedores de produtos e serviços, fatos estes que, em menor 
índice de ocorrência, ainda estão presentes no cotidiano. 
O Código do Consumidor, formalizado pela Lei 8.078/1990, estabelece normas de proteção e de-
fesa do consumidor e está em conformidade com os termos dos artigos 5.º, inciso XXXII, artigo 170, 
inciso V, da Constituição Federal e artigo 48 de suas Disposições Transitórias.
De acordo com esse código, considera-se consumidor “toda pessoa física ou jurídica que adquire 
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”. 
5 “Adultos” não corresponde a um termo adequado para assuntos referentes à Constituição, que entende como “maior” o indivíduo com mais 
de 18 anos.
29|Éticas e normas
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Considera fornecedor “toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, 
bem como os entes despersonalizados que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, 
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou 
prestação de serviços”.
Estabelece no seu artigo 4.º:
Art. 4.º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consu-
midores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua 
qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo.
Nesse código, fica expressamente estabelecida a Política Nacional das Relações de Consumo, que 
é composta por regras que visam proteger o consumidor brasileiro, principalmente no que se refere à 
sua dignidade financeira, saúde e segurança (SIQUEIRA NETO, 2007). 
A grande importância na leitura desse código é o respeito dos direitos básicos do consumidor, 
reconhecidos, principalmente: 
a proteçã:::: o da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no forneci-
mento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, assegura-::::
das a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação ::::
correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os 
riscos que apresentem;
a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou ::::
desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de 
produtos e serviços;
a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou ::::
sua revisão em razão de fatos supervenientesque as tornem excessivamente onerosas;
a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e ::::
difusos;
o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de ::::
danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurí-
dica, administrativa e técnica aos necessitados;
a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu ::::
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for 
ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
Muito embora não estejamos ainda diante do melhor entrosamento entre consumidor e for-
necedor, com essas normas regulamentadoras temos um campo aberto para muitas negociações, 
conciliações e adaptações que vão alinhavando a melhor conduta a ser praticada nas relações de 
consumo. A exemplo disso, muitas empresas passaram a melhor redigir seus contratos, a esclarecer 
melhor os manuais de instrução dos seus produtos e a qualificar melhor seus funcionários em bene-
fício da coletividade. 
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Ampliando conhecimentos
Assistir ao filme :::: O Escorpião Rei, do diretor Chuck Russell. A história se passa na época de 
Hammurabi, fundador do Império Babilônico. Durante seu governo, cerca a capital com mura-
lhas, impulsiona a agricultura, restaura os templos mais importantes e institui impostos e tri-
butos em benefício das obras públicas. É autor do famoso código penal que leva seu nome. 
Ler o :::: Guia dos Direitos da Consumidora, do autor Sérgio Tannuri. Saiba como se defender e valorizar 
seu dinheiro. Esse guia aborda temas como consultas médicas (cirurgias plásticas e de obesi-
dade), casamento (contrato da festa/ lista de presentes/ lua de mel), diversão (consumação/
golpe do couvert/ perda da comanda) e viagens (como driblar os problemas). 
Atividades
1. Quais foram as primeiras leis da humanidade na Antiguidade? Explique brevemente aquela que 
achou mais interessante.
2. Como você define a importância do Estatuto do Idoso para a sociedade brasileira?
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3. Qual é a importância do Código do Consumidor para as relações de consumo?
Gabarito
1. Código de Hammurabi (séc. XVII a.C.); a Lei Mosaica (séc. XIII a.C.); o Código de Manu (séc. II a.C.); 
a Lei das XII Tábuas (452 a.C.), o Alcorão. 
2. Esse estatuto regulamenta como os idosos devem ser amparados pela família, pelo Estado e pela 
comunidade em que vivem. Assegura ao indivíduo com mais de 60 anos os mesmos direitos do 
indivíduo comum. Também reserva a esse cidadão algumas oportunidades e facilidades com o fim 
de lhe preservar a saúde físico-mental, o aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, 
sempre em condição de dignidade e liberdade. Uma das principais inovações deste conjunto de 
leis é a de vetar o desrespeito ao idoso, tornando este ato ilegal. Portanto, aquele que proceder 
com negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão para com os indivíduos de faixa 
etária avançada será punido na forma da lei. 
3. Esse código deixa predefinida a noção de consumidor e de fornecedor. Além disso, assegura ao 
primeiro uma série de direitos ao consumir, garantindo-lhe, por exemplo, proteção e segurança 
contra riscos provocados por produtos mal fabricados ou danosos à saúde; explicações de como 
bem consumir os produtos e fazer melhor uso destes; proteção contra publicidade enganosa, 
dentre outros benefícios. 
32 | Éticas e normas
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Lições sobre organizações
Conceito e modelos de organizações
O que são organizações?
Para definir organizações, Srour (1998, p.107) ensina que esse estudo resulta de esforços interdis-
ciplinares, pois áreas como Sociologia, Ciência Política, Antropologia, Administração, Economia Política, 
Direito e Psicologia Social contribuem para o conhecimento desse tipo particular de coletividade. 
O referido autor ensina que “as organizações podem ser definidas como coletividades especializadas na 
produção de um determinado bem ou serviço” (idem, p.107). As organizações são planejadas de forma 
delineada para realizar um determinado objetivo e formam unidades sociais portadoras de necessida-
des e interesses próprios.
No entanto, a ideia de organização acaba se confundindo com outros conceitos (por exemplo, 
instituição ou empresa) quando se quer falar de estabelecimentos como igrejas, hospitais e escolas. 
O importante é salientar que as organizações, embora coordenadas por indivíduos, dependem 
das relações sociais para a sua sobrevivência. Seja qual for a forma de constituição adotada por uma 
dada organização, esta contém em si um microcosmo social. Constituem exemplos de organização a 
família, a nação, uma dada associação sem fins lucrativos, um órgão público, entre outros. 
Importante para esse entendimento é lembrar que as organizações se distinguem pelas suas es-
truturas. A melhor classificação de tipos de organizações é a seguinte (SROUR, 1998, p. 121): 
econômicas:::: – são produtoras de bens ou serviços econômicos. Por exemplo: indústrias, institui-
ções financeiras, lojas comerciais, atividade agrícola, empresas de transporte, limpeza e manuten-
ção, operadoras de telefonia e de televisão a cabo. 
políticas:::: – produtoras de bens ou serviços políticos. Por exemplo: corporações militares, refor-
matórios, penitenciárias e repartições públicas.
simbólicas:::: – produtoras de bens ou serviços simbólicos, que se utilizam ou dependem dos 
padrões culturais de uma dada sociedade. Por exemplo: igrejas, conventos, ordens religiosas, 
museus, teatros, universidades, escolas, centros de pesquisa e hospitais. 
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Assim, podemos verificar que as organizações são criadas devido a uma infinidade de objetivos, 
visando lucro ou não, em forma de associação de pessoas, associação de empresas, empresas públicas 
e empresas multinacionais. 
Pessoas jurídicas de direito público
As pessoas jurídicas de direito público apresentam-se na forma de autarquias, fundações públicas 
e empresas públicas. Todas essas organizações são criadas por lei e mantidas pelo Poder Público para 
prestar serviços em comum. São empresas que estão ao serviço da coletividade, sem as quais não seria 
possível o desenvolvimento da sociedade. Vejamos a caracterização de cada tipo. 
Autarquia
A autarquia é uma organização que tem receita e patrimônio próprios, mas está vinculada a uma 
entidade pública que pode controlar e fiscalizar a primeira, de acordo com as condições preestabeleci-
das pela lei. No texto da lei, é determinado qual serviço foi ou está sendo transferido à entidade criada. 
Esse tipo de organização tem isenção de impostos, mas, por outro lado, não possui fins lucrativos.
A criação desse tipo de organização é decorrente da precariedade do Estado brasileiro em prestar 
serviços fundamentais à população, com relação à saúde, educação e assistência social, tendo em vista 
a falta de recursos da União. Encontrou-se uma saída para esse problema com a criação de um ente 
público, com personalidade própria, autonomia financeira, administrativa, o qual possui vínculo direto 
com o Estado. São exemplos de autarquia o Banco Central do Brasil e o Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS).
Principais características da autarquia:
possui receita e patrimônio próprios;::::
é vinculada a uma entidade pública;::::
não possui fins lucrativos.::::
Empresa pública
Uma empresa públicatem capital exclusivamente público para realizar atividades de interesse 
da Administração Pública que a institui. Atua sempre nos moldes da iniciativa particular, podendo ser 
qualquer forma de organização empresarial. É criada quando a iniciativa particular não consegue reunir 
instrumentos suficientes para realizar determinado empreendimento ou inexistir interesse de sua par-
te. Além disso, há certas atividades que envolvem a própria segurança do país. Nesses casos, o Estado 
interfere, criando empresas públicas destinadas a tais serviços.
Como ensina Meirelles (1991, p. 319), “são as mais modernas instituições paraestatais, geralmente 
destinadas à prestação de serviços industriais ou atividades econômicas em que o Estado tenha interesse 
próprio ou considere conveniente à coletividade.”
34 | Lições sobre organizações
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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é um exemplo de empresa pública. 
Principais características da empresa pública: 
de iniciativa particular;::::
tem capital público;::::
conta com a interferência do Estado.::::
Fundação pública
A fundação pública não tem liberdade na modificação de sua finalidade, sendo submetida à vi-
gilância do Estado. As fundações públicas têm por fim atuar em áreas como educação, saúde, cultura, 
assistência social e pesquisa. Devem sempre procurar beneficiar a coletividade, podendo contar com o 
amparo estatal, sem, no entanto, poder almejar qualquer fim lucrativo.
Como exemplo de fundações públicas tem-se a Funai e o IBGE.1
Principais características da fundação pública:
conta com o controle do Estado;::::
financiada pelo Estado;::::
não possui fins lucrativos.::::
Sociedade de economia mista
A sociedade de economia mista é uma entidade sob a forma de sociedade anônima, cuja maioria 
das ações com direito a voto pertence ao Estado. Nesse tipo de organização, existe colaboração de 
particulares e do Estado, para a reunião de recursos visando à realização de um determinado empre-
endimento. Geralmente, estes empreendimentos são de cunho social realizados pelo Poder Público 
associado a um ente particular, cujo interesse principal é o lucro. O Banco do Brasil é um exemplo de 
sociedade de economia mista. 
Principais características da sociedade de economia mista:
sociedade anônima;::::
aliança entre particulares e o Estado;::::
visa ao lucro.::::
1 Fundação Nacional do Índio e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, respectivamente.
35|Lições sobre organizações
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Pessoas físicas e jurídicas de direito privado
As pessoas físicas ou jurídicas (particulares) formam as empresas privadas com o próprio capital. 
São organizações destinadas à produção e/ou comercialização de bens e serviços, tendo como objetivo 
o lucro. Em síntese, essas organizações são aquelas a que mais comumente chamamos de empresas. 
O novo Código Civil, de 2002, trata em artigos próprios o direito das empresas. O atual sistema 
jurídico classifica-as de acordo com o tipo de atividades que buscam desenvolver. Caso deseje-se atuar 
individualmente, sem a participação de um ou mais sócios, enquadrar-se-á como empresário ou autônomo. 
Caso prefira se reunir com uma ou mais pessoas, deverão constituir uma empresa.
Empresário 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente e individualmente uma atividade 
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Comparando a classifi-
cação antiga com a nova, aquele que antes era considerado “firma individual” passa a ser considerado 
empresário. Exemplificando esse caso, citam-se o representante comercial, o mecânico de automó-
veis, o profissional que conserta eletrodomésticos, o encanador, o pintor, o pedreiro etc. Mas, para 
que tais profissionais sejam considerados empresários, é imprescindível que prestem seus serviços 
em um estabelecimento organizado, com estrutura própria para o desenvolvimento da sua atividade, 
que deverá ser de modo habitual e com ânimo de lucro. Não é considerado empresário aquele que 
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, a não ser que se enquadre nos 
requisitos da formação de uma empresa que veremos logo a seguir.
Autônomo
Mesmo depois das modificações trazidas pela lei nova, ainda é considerado autônomo aquele 
que atua por conta própria, que não possui sócios, como o profissional liberal. Esse é o caso do 
advogado, do dentista, do médico, do engenheiro, do arquiteto, do contabilista. Eles vendem serviços 
de natureza intelectual. Além desses, podemos citar também o escritor, o pintor (de obras de arte), o 
artista plástico, o escultor etc.
Empresa
O termo empresa é uma reunião de alguns elementos também fornecidos pela nova lei. Esse 
tipo de organização conta com: empresários; participação e atuação profissional; fins lucrativos; esta-
belecimento empresarial (local); nome empresarial (firma ou denominação social); trabalho (próprio ou 
alheio, isto é, pelo empresário ou empregado) e clientela.
Outros tipos de organizações privadas:
associação:::: – é considerada pessoa jurídica, composta pela associação de indivíduos ou 
grupos, com interesses comuns e objetivos definidos. Exemplos: condomínio e igreja.
cartórios:::: (ofícios) – oferecem um serviço público, mas exercido em caráter de atividade pri-
vada, desenvolvida por particulares. São os tabelionatos de notas, os cartórios de registro de 
nascimento, de óbito, de casamento, de imóveis, de documentos e protesto de títulos.
36 | Lições sobre organizações
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Relações humanas e relações sociais
Podemos dizer que as relações humanas estão baseadas nas emoções e sentimentos. A partir 
destes, há a aproximação ou afastamento das pessoas. O emocional das pessoas pode causar prazer 
pela empatia, proporcionando uma sensação de bem-estar no contato interpessoal. Por outro lado, 
pode gerar antipatia, que ocasiona o distanciamento entre as pessoas. 
As relações humanas decorrem da interação entre indivíduos, que encontram-se inseridos em di-
ferentes tipos de organizações. Formam clubes recreativos, associações de bairro, fundações e institutos 
empresariais, associações de produtores rurais, associações comerciais, clubes de futebol, associações 
civis de benefício mútuo. Criam hospitais, universidades públicas e privadas etc. 
As experiências vividas por um dado indivíduo em seu contato com o mundo acabam por inter-
ferir no modo como este concebe a vida e no modo como constrói sua realidade. Ou seja, cada um vive 
particularmente sua própria realidade. Um fato dificilmente será visto e interpretado de maneira igual 
por dois indivíduos distintos. Enfim, cada indivíduo vive conforme a construção da sua realidade, de 
acordo com a sua maneira particular de ver o mundo e os acontecimentos.
Para o bom funcionamento de uma dada organização, é importante que se tenha conhecimento 
da existência desses diferentes pontos de vista. No trabalho, em situações compartilhadas por mais 
de uma pessoa, as atividades devem ser executadas com respeito mútuo, cooperação e colaboração 
recíprocas. 
No ambiente de trabalho, não pode haver condutas de desrespeito, mau-humor, preconceito, 
imparcialidade, impaciência e ataques pessoais. Para o equilíbrio e harmonia nas relações humanas, 
deve-se estabelecer relação de confiança e empatia.
Considerando que o sujeito se relaciona com os outros a partir do lugar social que ocupa, produz 
uma rede de relações interpessoais e intergrupais. Todos os homens procuram ser aceitos socialmente, 
muito embora todos sejam diferentes entre si. Mas é no momento em queaparecem as desigualdades 
e diferenças que as pessoas devem procurar conjugar suas preferências, expressando a variedade de 
interesses comuns. 
As relações sociais são processos muito dinâmicos. Atualmente, as pessoas se conhecem e se 
relacionam de maneiras muito mais diversificadas. A comunicação pela rede (internet) ficou muito mais 
rápida e liga milhares de pessoas em comunidades virtuais, permitindo que compartilhem ideias, filmes 
e literaturas das mais variadas. 
Caso não haja respeito aos princípios éticos, as relações humanas não sobrevivem. O homem, in-
serido no meio social e a serviço dessa sociedade, precisa praticar condutas éticas, devendo suas ações 
estarem revestidas de equilíbrio, virtudes de transparência – medida ideal. 
Mudanças e transformações
A história das revoluções (científica, industrial, digital e tecnológica) dá a exata dimensão de como 
o homem vive atualmente diante das organizações em que está inserido. A robotização e a automação 
surgiram como símbolos da transformação daquilo que antes dependia exclusivamente da mão de obra 
37|Lições sobre organizações
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humana. Agora estamos vivendo o período da Mecatrônica, uma junção da Mecânica com a Eletrônica 
e a Informática visando à criação de máquinas inteligentes. Todo o trabalho mecânico está para ser su-
perado pela inteligência artificial, representada pela automação computadorizada. 
Dentro desse contexto, o mundo ficou pequeno e as distâncias parecem cada vez mais superadas 
com os telefones celulares, fax e grandes redes digitais como a internet.
Por sua vez, o homem, além de estar sendo substituído por máquinas, também está sendo subs-
tituído por outro homem, com mais preparo técnico e mais instrução especializada, com um saber es-
pecífico. Em decorrência disso, surgem alguns efeitos negativos há muito já apontados, por exemplo, 
o desemprego em massa, causado pela concorrência e pelos requisitos, cada vez mais altos, exigidos 
pelas organizações.
Além disso, novas modalidades de organizações surgiram, e as que existiam sofreram profundas 
modificações de forma a se manterem ativas. Para se ter uma ideia, popularizaram-se as cooperativas2, 
as parcerias empresariais, as franchisings3, os consórcios, as terceirizações, como formas de aprimorar os 
sistemas organizacionais.
Oscips e ONGs – Terceiro Setor
Para explicar o significado do termo Terceiro Setor, é preciso saber antes o que são o Primeiro e o 
Segundo setores. 
O Primeiro Setor é o Estado, representado por entes políticos, como as Prefeituras Municipais, 
Governos dos Estados e Presidência da República. Também é composto por entidades que são ligadas 
a esses entes, como as Secretarias, os Ministérios, as Autarquias, entre outras. Ou seja, Primeiro Setor é o 
público encarregado de exercer as atividades públicas.
O Segundo Setor é o mercado, composto por entidades privadas que exercem atividades particu-
lares que visam ao benefício próprio individualmente (empresários e autônomos) ou por sociedades.
O Terceiro Setor, por sua vez, é formado pelas organizações privadas sem fins lucrativos que atu-
am nas lacunas deixadas pelos demais setores. Visam ao benefício da coletividade, desenvolvendo e 
promovendo ações dirigidas ao bem-estar social. Assim, pode-se afirmar que o Terceiro Setor não é nem 
público nem privado, mas um conjunto de entidades privadas com finalidade pública. Isso significa 
reconhecer que a parceria com a sociedade permite a formação de uma sociedade melhor, sem que se 
destitua o Estado de suas responsabilidades fundamentais. 
Todas as entidades que compõem o Terceiro Setor são de interesse e atendimento social, e têm 
uma característica em comum: a ausência de fins lucrativos. Existem diversas formas de entidades do 
Terceiro Setor, por exemplo, as organizações não governamentais (ONGs), as cooperativas, as associa-
ções, fundações (particulares), institutos, instituições filantrópicas, entidades de assistência social e 
também as organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips). 
2 Sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica próprias, constituída para prestar serviços a seus associados, os quais são, ao mesmo 
tempo, donos e usuários da cooperativa. Para sua formação é necessário que, no mínimo, 20 pessoas físicas se organizem para atingir objetivos 
comuns.
3 É quando o franqueador (empresário) cede ao franqueado a sua marca ou patente, fato que envolve a distribuição exclusiva de produtos, 
treinamento de funcionários, enfim, um padrão rigoroso que envolve remuneração e a ausência de vínculo empregatício do franqueado. 
Passaram a ser mais comuns após a Guerra Civil Americana (EUA).
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O que é uma ONG?
Uma ONG é constituída pela vontade autônoma de pessoas que se reúnem com a finalidade de 
promover objetivos comuns de forma não lucrativa. No entanto, nem toda associação civil ou fundação 
é uma ONG. 
Há outras instituições destituídas de fins lucrativos como as fundações, organizações religiosas 
e partidos políticos. Por não ter objetivos confessionais ou eleitorais, juridicamente, toda ONG é uma 
associação civil ou uma fundação privada. 
Em âmbito mundial, a expressão surgiu pela primeira vez na Organização das Nações Unidas (ONU), 
após a Segunda Guerra Mundial, com o uso da denominação em inglês non-governmental organizations 
(NGOs). Esse nome, durante muito tempo, serviu como designação para organizações nacionais e interna-
cionais cuja fundação não havia sido estabelecida por meio de entidades governamentais.
No Brasil, essa ideia tornou-se corrente a partir da década de 1980, quando se apoiava a promo-
ção da cidadania, os direitos políticos e a luta pela democracia política e social. Nesse contexto, aos 
poucos, deu-se um novo modo de organização privada, sem fins lucrativos, cujas perspectivas de atua-
ção social apresentam-se muito mais diversificadas. Atualmente, o termo ONG acabou sendo utilizado 
como determinante para identificar esse grande conjunto de organizações. 
Em âmbito nacional, podemos citar uma série de ONGs atuais com propósitos diversos. A Viva 
Rio, por exemplo, existe desde 1993, com sede no Rio de Janeiro. Seu foco é a prevenção e o combate 
à violência. Essa instituição tem projetos sociais variados, desde a capacitação profissional, passando 
pela Educação de Jovens e Adultos até programas de microcrédito para empreendedores com baixa 
renda. Muitos de seus projetos têm investimento de grandes empresas como Coca-Cola, Grupo Ipi-
ranga, IBM, Volkswagen e Rede Globo e também do governo de municípios e do estado do Rio de 
Janeiro (MARIUZZO, 2007).
Outro exemplo de atividade desenvolvida pelas organizações não governamentais é a recicla-
gem de lixo, de forma a amenizar um problema que causa sérios danos ao meio ambiente. A ONG 
Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), criada há 15 anos, dedica-se à promoção da 
reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo. Essa instituição é mantida por em-
presas privadas como Sadia, Natura, Pepsi, Carrefour, entre outras, sendo um exemplo na atividade de 
reaproveitamento de resíduos. 
O que é uma Oscip? 
Essa sigla refere-se às organizações da sociedade civil de interesse público regulamentadas pela 
lei editada em 1999, que concede a possibilidade, às pessoas jurídicas de direito privado e que não 
almejam fins lucrativos, de estabelecerem uma certa parceria com o Poder Público. O estabelecimento 
dessa parceria depende de algumas condições. Por exemplo, os objetivos sociais das pessoas jurídicas 
que pretendam criar a parceria devem estar de acordo com a lei. Para isso, esses objetivos precisam 
estar direcionados à promoçãoda assistência social, da cultura, da educação, da saúde, da segurança 
alimentar e nutricional, do meio ambiente, do trabalho voluntário, do combate à pobreza, da ética, da 
paz, da cidadania, do estudo e pesquisas. O órgão competente, que avalia, reconhece e expede o certi-
ficado de Oscip é o Ministério da Justiça. 
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Para que as Oscips prosperem, deverão ter uma extrema transparência administrativa, pois estão 
se relacionando com o Poder Público, que, por sua vez, divide com a sociedade civil o encargo de fiscali-
zar o fluxo de recursos do Estado. A Oscip também utiliza esses recursos para executar suas finalidades, 
mas está comprometida com o encargo administrativo e deverá prestar contas de toda a sua atividade 
financeira ao parceiro público, que age de acordo com a fiscalização dos órgãos controladores. 
Ampliando conhecimentos 
O filme :::: Tempos Modernos, do diretor Charles Chaplin. A figura central do filme é Carlitos, o per-
sonagem clássico de Chaplin que, ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se 
em líder grevista. O filme focaliza a vida do homem na sociedade industrial, caracterizada pela 
produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma 
crítica à modernidade e ao capitalismo, representado pelo modelo de industrialização.
O livro :::: Relações Humanas: psicologia das relações interpessoais, do autor Agostinho Minicucci, 
da Editora Atlas (2001, 240 p.). Essa obra aborda o estudo das relações humanas, dando enfo-
que especial ao lar e ao trabalho. A partir da análise do conhecimento que cada um deve ter de 
si próprio e da compreensão devida aos outros, o autor procura desenvolver as aptidões para 
um relacionamento mais eficiente. Em estilo mais coloquial, expõe situações de relacionamen-
to interpessoal e, em cada capítulo, inclui exercícios que podem ser resolvidos no lar, na escola, 
individualmente e em grupos de trabalho. 
Atividades
1. Segundo a classificação do autor Srour, apresentada nessa aula, procure identificar quais são os 
modelos de organização dos quais você faz parte em seu dia a dia. 
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2. Você já ouviu falar a respeito do trabalho de uma ONG? As atividades dessa ONG estão re-
lacionadas a alguma contribuição para a melhoria da qualidade de vida da coletividade? 
Explique sua resposta.
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Gabarito
1. Para elaborar sua resposta de forma coerente, basta relembrar os tipos de organizações já 
vistas: autarquia, empresa pública, fundação pública, sociedade de economia mista, bem como 
as organizações de pessoas jurídicas de direito privado. Além disso, também vimos as ONGs e 
as Oscips. Basta, então, que você perceba que faz parte de diversas organizações, a começar 
pela própria instituição de ensino em que estuda. Você poderá mencionar em sua resposta a 
organização para qual trabalha ou se faz parte de alguma ONG. Não se esqueça de indicar quais 
os tipos (classificações) das organizações que você citou. 
 2. Resposta individual a ser discutida com a classe.
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Ética empresarial
História da ética empresarial
O estudo da ética vem desde a Antiguidade, por meio da Filosofia e também da religião. Poderíamos 
dizer que Aristóteles já pensava em aplicar a ética nas organizações sociais de sua época quando escreveu 
sobre Economia. Segundo esse pensador, havia dois tipos de economia. O primeiro refere-se à economia 
doméstica, considerada importante para a maioria das sociedades e cuja base principal era a atividade de 
troca. Caso essa atividade estivesse motivada pelo lucro, era considerada destituída de virtude. Aristóteles 
chamou de parasitas aqueles que se entregavam à troca como uma forma de obter lucro. 
Ao longo da história da civilização ocidental é possível compreender a importância das orga-
nizações para a construção da vida social e coletiva. Esta se torna ainda mais visível a partir do século 
XV, quando surgiram as primeiras práticas que fundamentariam a economia moderna, por exemplo, a 
cunhagem de moedas e o desenvolvimento das atividades dos banqueiros. Nesse contexto, surgiu uma 
nova maneira de pensar, modificando a atitude filosófica e religiosa da humanidade. Somado a esse 
cenário, deu-se também o crescimento das cidades europeias, a intensificação da vida coletiva e o au-
mento de consumo de bens e serviços. Todo esse quadro encaminhou o homem, ao longo dos séculos 
subsequentes, para o modo de organização fabril próprio do fim do século XVIII. 
Mesmo com a intensificação do processo industrial europeu, a ética era um tema ainda muito 
pouco discutido, ficando restrito ao campo da teoria durante muitas décadas. Pouco se fazia, na prática, 
para instruir e orientar os participantes de uma organização. A ética empresarial era considerada um 
domínio exclusivamente de filósofos e não de industriais.
Contudo, a partir do século XVIII, o Ocidente passou a assistir a inúmeros episódios de exploração 
desumana do trabalhador fabril devido à busca desenfreada pelo lucro que movia as grandes corpo-
rações. Além da exploração do trabalhador adulto, também se deu a intensa exploração do trabalho 
infantil. As crianças trabalhavam nas minas e também ajudavam na cozinha das fábricas. Estudos histo-
riográficos relatam essa realidade: “O trabalho infantil não era uma novidade. A criança era uma parte 
intrínseca da economia industrial e agrícola antes mesmo de 1780 e como tal permaneceu até ser 
resgatada pela escola” (THOMPSON, 1989, p. 203).
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Com o passar dos anos, a consciência ética foi assumindo significativa importância no dia a dia das 
fábricas. Afinal, tornou-se um consenso entre os empresários de todo o mundo que a boa qualidade de 
vida do trabalhador reflete positivamente nos índices de produtividade das empresas. Além disso, os di-
reitos humanos dos operários, em boa parte dos países, já se encontravam assegurados por lei. Tratar esse 
indivíduo com desrespeito é mais que infringir o código de ética; é uma atitude, sobretudo, ilegal.
No caso do Brasil, foi na década de 1950 que se evidenciou as primeiras atitudes éticas, oriundas 
de um movimento das administrações empresariais preocupado em padronizar condutas corretas e 
justas, diante das novas leis trabalhistas. Além destas, a ética brasileira também se desenvolveu em ou-
tros âmbitos, por exemplo, nas discussões sobre publicidade enganosa e a segurança do consumidor. 
Nas décadas de 1970 e 1980, as empresas de grande porte começaram a valorizar temas como o da 
preservação do meio ambiente, instigando a população a participar de debates sobre o tema e a desen-
volver a consciência ambiental coletiva. 
Atualmente, as empresas que já incorporaram alguns aspectos éticos em suas condutas são 
conhecidas como socialmente responsáveis, ou seja, cumprem a obrigação de maximizar os efeitos 
positivos e minimizar os negativos que produzem sobre a sociedade e o meio ambiente (FERREL, 
2001, p. 19). 
Vale destacar as palavras do filósofo Thomas Hobbes (1588-1679), afirmando que “o homem é 
o lobo do homem”. Para esse autor, o homem já nasce supostamente idêntico ao animal, sujeito aos 
instintos e às paixões. Nasce, ainda, com uma predisposição ao egoísmo por colocar o instinto de con-
servação de si próprio acima de todas as suas relações sociais. 
Com essa premissa, Hobbesexplica a tendência da humanidade para a guerra. E reitera a impor-
tância da criação de regras, baseadas na razão e no bom senso, para que se estabeleça a sociabilidade e 
a paz entre aqueles que convivem em uma mesma sociedade. 
Ainda que estejamos num contexto histórico bastante diverso desse pensador do século XVI, 
podemos pensar que, no mundo de hoje, a competição entre as empresas por um espaço no mercado 
assume uma voracidade a qual, muitas vezes, pode ser comparada a das guerras da época de Hobbes. 
Diante disso, podemos incorporar o pensamento desse filósofo aos nossos dias e entender a importân-
cia do código de ética para as organizações, com ou sem fins lucrativos. Estas precisam seguir algumas 
regras de forma que não desrespeitem o ser humano, em nenhum sentido; que não prejudiquem o 
meio ambiente e que façam do mercado um lócus de geração de riquezas e não um “campo de bata-
lhas”. Caso contrário, as organizações dificilmente sobreviverão para alcançar seus objetivos. 
Os sindicatos trouxeram grande contribuição para o campo da ética, posto que se encarregaram 
de difundir conceitos éticos e morais, bem como direitos trabalhistas entre a população trabalhadora 
das fábricas, indústrias, empresas de grande, médio e pequeno porte. 
Na década de 1990, o Brasil sofreu impactos traumáticos no campo da ética empresarial. A aber-
tura comercial1 favoreceu, de certo modo, a crise financeira do Estado. A competitividade no mercado 
mundial representou um importante desafio para a sobrevivência das empresas nacionais, ou mesmo 
para aquelas que pretendiam ingressar no mercado internacional.
1 No início da década de 1990 a economia brasileira sofreu um considerável processo de liberalização comercial, reestruturação industrial e 
forte desempenho nas exportações. Fernando Collor de Mello, eleito Presidente da República em 1990, assumiu o governo nesse contexto 
econômico e adotou dois planos de estabilização, Planos Collor I e Collor II, que serviram para retrair a atividade econômica, como resultado 
da implantação de medidas fiscais e monetárias.
44 | Ética empresarial
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Foi o desenvolvimento e consolidação do efeito da globalização que motivou o “redescobrimento” 
da ética empresarial. O desenvolvimento do mercado financeiro, aliado às inovações tecnológicas di-
gitais, fez da ética empresarial uma questão fundamental para a sobrevivência de uma organização no 
mercado. Com a globalização, houve uma aceleração do tempo e uma integração do espaço. Qualquer 
deslize no mundo dos negócios é divulgado em rede, na qual estão conectadas pessoas de boa parte 
do planeta. A informação corre o mundo em segundos e chega simultaneamente ao conhecimento de 
milhares de pessoas. 
Ética empresarial e responsabilidade social
O conceito de ética empresarial pode ser definido como “um conjunto de princípios e padrões 
morais que orientam o comportamento no mundo dos negócios” (FERREL, 2001, p. 19). 
É certo que, diante do quadro de pobreza que assola o Brasil, as organizações estão buscando 
resgatar os princípios éticos e contribuir para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade 
de vida das comunidades brasileiras. Tal contribuição é feita por meio de projetos sociais e ambientais 
voltados à comunidade, que recuperam o conceito de responsabilidade social. 
Em quatro anos, a Brahma gastou US$43,8 milhões em projetos ambientais. No final de 1998, a 
companhia promoveu a Brahma Reciclarte, em Curitiba, que debateu o reaproveitamento de resíduos e 
materiais descartáveis (JORNAL DO BRASIL apud SROUR, 2000, p. 266).
A General Motors, em parceria com a Universidade Metodista e a Associação Jeda, montou um 
projeto para o atendimento inicial a 250 crianças de favelas de Santo André, em São Paulo. O projeto 
tem como finalidade reeducar meninos de rua, reduzir o consumo de drogas, dar orientação educacio-
nal e profissional, aulas de música, teatro, laboratório de leitura e redação, jornal e videoteca (GAZETA 
MERCANTIL apud SROUR, 2000, p. 274).
Empresas com imagem ética têm mais facilidade em penetrar no mercado e maior chance de 
satisfazer seus clientes. Muitos consumidores certamente dão preferência às marcas que estão relacio-
nadas a uma causa social ou ambiental.
No Brasil, tem-se exemplos de empresas que descobrem os benefícios da responsabilidade social 
ao apoiar iniciativas de cunho social beneficentes. Interessante é o fato de que a maioria dessas empresas 
tem um bom desempenho financeiro associado à crescente respeitabilidade que conquistam entre 
seus clientes e parceiros. 
Ética nas relações de trabalho
No cotidiano das organizações, as pessoas se relacionam em conformidade com as funções que 
exercem, com o grau de hierarquia2 da empresa em que trabalham. Nesse contexto, cada indivíduo 
2 A hierarquia é um modelo de classificação de funcionários que a maioria das empresas adota de forma a organizar melhor seu quadro. 
Baseia-se em uma ordem de prioridade ou em relações de subordinação entre os membros do grupo (HOUAISS, 2007). Um exemplo de 
organização hierárquica muito comum é aquele que posiciona, no nível superior, o presidente de uma empresa e abaixo deste, o diretor, 
depois o gerente, o supervisor, em escala de subordinação.
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deve ocupar um lugar dentro de uma escala hierárquica condizente com suas aptidões e habilidades, 
e não ser supostamente “inferior” ou “superior” a alguém. Na organização da escala hierárquica de uma 
dada empresa deve haver, portanto, um equilíbrio nas relações interpessoais e a constante manutenção 
do clima ético. 
A liderança, por exemplo, é um conceito que substitui o antigo termo chefia. Para ser um líder, 
deve-se motivar, influenciar as pessoas com quem se trabalha e, acima de tudo, passar-lhes confiança. Um 
líder virtuoso demonstrará segurança e, certamente, conduzirá sua equipe com tranquilidade. Um geren-
te que perde a calma com frequência provavelmente não conseguirá manter sua equipe motivada. 
Na maioria das corporações, as pessoas estão sendo constantemente comandadas, avaliadas e mo-
nitoradas. O ato de comparar e de julgar faz parte do universo organizacional. O líder, por sua vez, é aquele 
que deve mediar esse processo de avaliação dos demais funcionários, baseando-se em parâmetros éticos. 
Quando se trabalha sob condições de injustiça e antipatia, as pessoas adotam um comportamento de au-
toproteção. As emoções são mascaradas, e as pessoas acabam por bloquear seus sentimentos e a energia 
emocional positiva que poderiam ser utilizados em suas atividades diárias (MORRIS, 1998, p. 133).
A exemplo disso, Carlos Alberto Carvalho (2007), em seu recente artigo sobre a importância de 
um bom ambiente de trabalho, afirma que o “ambiente é o canteiro onde irão germinar as sementes 
da boa convivência, onde proliferarão boas ideias e crescimento mútuo acontecerá naturalmente”. Esse 
autor faz ainda uma classificação muito propícia para o tema dessa aula, identificando os ambientes de 
trabalho em três tipos: o negativo, o inerte e o altamente positivo. 
No ambiente negativo, as pessoas são eternamente insatisfeitas e seus assuntos preferidos reca-
em sobre a vida alheia; o insucesso do colega, a bajulação do chefe da empresa, ou seja, a famosa fofoca. 
Esse tipo de comentário é negativo e os pensamentos pessimistas focam geralmente nos pontos ruins 
da empresa e das pessoas que a dirigem e que nela trabalham. 
O ambiente inerte é aquele do “tanto faz”, em que não importa se as coisas estão caminhando 
para melhor ou para pior. O ato de reconhecer e de parabenizar o que está correto ou positivo é 
quase proibido.
No caso do ambiente altamente positivo 
as pessoas têm prazerde se relacionar, não se julga sem se ter todos os fatos em mãos. Não há inferência, checa-se an-
tes de se deduzir, o importante não é quem está certo, mas sim o que está certo, se faz questão de entender as pessoas 
e suas intenções, o objetivo principal é o bem comum, e o melhor para a empresa mesmo que haja maior sacrifício. 
(CARVALHO, 2007)
No ambiente positivo, então, o interesse em acertar é maior do que a intenção de burlar, porque a 
vontade de fazer cada vez melhor se transforma em um desafio de cada um e deixa de ser apenas mais 
uma tarefa. 
Percebe-se, dessa forma, que valores e princípios éticos como a verdade, a justiça, a transparência, 
a honestidade, o respeito e a confiança precisam ser vivenciados e presentes no ambiente positivo – 
lembrando que o líder é o grande responsável pela definição desse ambiente. Com relação à liderança, 
algumas dicas são muito importantes: 
um líder deve ter controle sobre seu ego, pois quando este se mostra grande demais, pode ::::
gerar um distanciamento entre aquele que lidera e a equipe de liderados. Alguns líderes se 
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distanciam daqueles a quem lideram porque se deixam iludir por pequenas coisas como uma 
vaga privativa no estacionamento, uma sala um pouco maior e outras benesses de um cargo 
ligeiramente superior (ANDRADE NETO, 2001);
é importante para aquele que assume um cargo de liderança falar a língua de sua equipe. Isso ::::
facilita a comunicação, o entrosamento entre funcionários e, consequentemente, o alcance de 
metas organizacionais (Idem). 
Gestão de pessoas e trabalho em equipe
Chiavenato (1992, p. 35) ensina alguns sistemas de gerenciamento de pessoas nas organizações. 
Um desses é conhecido como sistema de recompensas e punições, que define como uma organização 
motiva seus funcionários, fazendo com que possuam a conduta mais adequada, seja pela motivação 
incentivadora ou inibidora. Outro sistema é o de relacionamento interpessoal o qual avalia como os fun-
cionários se relacionam entre si numa organização e qual o grau de liberdade nesse relacionamento. 
Existem organizações que acreditam que o relacionamento interpessoal pode ser prejudicial para 
o bom andamento das atividades, por isso isolam seus funcionários. Esse tipo de pensamento é resulta-
do de um gerenciamento autoritário, pautado em regras de conduta rigorosas e regulamentos internos 
inflexíveis. As atividades desempenhadas pelos profissionais de uma empresa como essa são encaradas 
como meras obrigações. Os profissionais, por sua vez, raramente são recompensados. 
Por outro lado, existem organizações que consideram positivo o trabalho em equipe, e permitem 
aos seus grupos de funcionários que tenham uma formação espontânea, em decorrência da afinidade 
entre as pessoas. Há confiança mútua entre os participantes. Esse sistema estimula a participação e o in-
tenso envolvimento do grupo, de forma que as pessoas sintam-se responsáveis pelas decisões tomadas 
e pelas atividades que realizam na organização. Nesse sistema, as recompensas são bastante utilizadas 
para reconhecer a dedicação e participação dos funcionários. Caso a punição seja aplicada, é fruto de 
uma decisão conjunta dos participantes da equipe. 
Vale notar que de nada adianta uma organização optar pelo trabalho em equipe se seus funcio-
nários, de uma maneira geral, não respeitam os princípios éticos que devem estar presentes no ambien-
te organizacional. O resultado das ações depende de um clima ético, um ambiente em que a ética seja a 
cultura-padrão de uma organização. 
Código de ética nas empresas
Por que a maioria das organizações possui um código de ética? 
A resposta está no comportamento humano. A ética norteia o ser humano, no tocante à formação 
de seu caráter e no conhecimento de valores como o bom e o mau, o justo e o injusto, o certo e o errado, 
o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, o honesto e o desonesto, o permitido e o 
proibido, e assim por diante. Todas as pessoas que fazem parte de uma organização precisam de uma 
orientação estabelecida por meio de normas internas, de modo que tenham uma conduta semelhante. 
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Cada indivíduo constrói seu caráter a partir de ensinamentos e experiências vividas na fa-
mília, na escola, na comunidade e em trabalhos anteriormente prestados em outras organizações. 
Assim, traz consigo uma bagagem moral, contruída subjetivamente e de maneira muito particular. 
Para que não haja discrepâncias entre a conduta dos funcionários de uma mesma organização, 
cada qual com seu modo de ver o mundo, é necessário que se estabeleça um código que regula-
mente uma conduta-padrão. 
A preocupação com a eficiência na prestação de serviços, o compromisso com a transparência, 
a busca pela credibilidade do público e pela imagem de honestidade torna os códigos de ética funda-
mentais para as organizações. 
São diversos os temas abordados nos códigos, por exemplo: relacionamento entre funcionários, 
direito à privacidade, correta utilização do nome e dos bens da empresa, direitos do consumidor, res-
peito às leis vigentes no país etc.
Os códigos de ética, muitas vezes, funcionam juntamente com outros recursos utilizados pelas 
organizações para a garantia do equilíbrio necessário nas condutas. Entre tais, podem ser citados os 
programas de desenvolvimento ético, os treinamentos e cursos de reciclagem, bem como as políticas 
de procedimentos operacionais e administrativos. 
É fundamental lembrar que a sociedade deve exigir a aplicação desses códigos, posto que é re-
ceptora dos serviços prestados pelas empresas públicas e privadas. 
Fator importante a ser ressaltado é que o código de ética deve ser seguido, sobretudo, pelos líde-
res de uma organização. São eles os exemplos de conduta para os demais funcionários, pois ajudam a 
disseminar os valores que estão presentes no código. Em outras palavras, o discurso deve ter coerência 
com a conduta. O chefe deve dizer o que fazer e efetivamente agir conforme aquilo que disse. O pai 
para com seus filhos, o professor em sala de aula, o pastor pregando numa igreja, o diretor da sociedade 
recreativa, o presidente da Assembleia Legislativa e assim por diante. 
Para evitar o conhecido “jeitinho brasileiro”, termo que infelizmente está associado ao compor-
tamento inadequado das pessoas nas organizações do Brasil, é fundamental que os códigos de ética 
sejam cada vez mais elaborados e divulgados, para transmitir uma melhor imagem da organização e, 
assim, adquirir maior confiança por parte do público interessado.
Uma organização que cumpre seus compromissos demonstra para seus clientes e parceiros 
que tem conduta ética. Ao contrário, quando uma empresa vende um produto que sabe que não 
poderá entregar, está desconsiderando princípios elementares para a própria sobrevivência. Por-
tanto, as organizações que têm uma boa apresentação para o seu público de interesse são as que 
obedecem às normas sociais e também às próprias regras. Uma empresa ética é aquela que iden-
tifica e atende às necessidades da comunidade que a acolheu, correspondendo às expectativas 
dessas pessoas. 
48 | Ética empresarial
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Ampliando conhecimentos
Ler o livro :::: O Monge e o Executivo, do autor James C. Hunter, da Editora Sextante. Com uma 
narrativa envolvente, conta a história de John Daily, um homem de negócios bem-sucedido 
que percebe, de repente, que está fracassando como chefe, marido e pai. Numa tentativa de-
sesperada de retomar o controle da situação, ele decide participar de um retiro sobre liderança 
num mosteiro beneditino, comandadopelo frade Leonard Hoffman, um famoso empresário 
que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge, em busca de um novo sentido 
para a sua vida. A partir desse marco, o protagonista passa a compreender a importância dos 
princípios éticos para sua vida.
Atividades
1. Imagine que a sua empresa está inserida numa comunidade carente. Idealize e escreva a respeito 
de um projeto de responsabilidade social para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
2. Quais são as virtudes que você considera importantes para um líder de uma organização no 
gerenciamento de uma equipe? 
49|Ética empresarial
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3. Cite três ações éticas que uma organização deve praticar para ter uma boa imagem diante de 
seus clientes.
Gabarito
1. Para responder a essa pergunta, você pode seguir alguns exemplos do texto. Também pode 
mencionar um caso hipotético de uma indústria de papel que fornece, por exemplo, cadernos 
para a escola municipal, ou então que é responsável por montar oficinas de trabalho em uma 
dada comunidade. 
2. Para responder a essa questão você deve partir da leitura do texto. Lá consta que para ser um líder 
deve-se ter honestidade, responsabilidade e justiça. A partir dessas qualidades, redija um texto 
apontando o porquê dessas características serem tão importantes para o exercício da liderança.
3. Conforme o texto, algumas ações éticas que uma organização deve praticar para ter uma boa 
imagem diante de seus clientes são:
– cumprir compromissos para com a comunidade e o meio ambiente; 
– fornecer nas embalagens dos produtos um completo esclarecimento sobre como são consti-
tuídos, como devem ser consumidos e sua data de validade; 
– garantia da eficácia dos seus serviços e produtos.
50 | Ética empresarial
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Ética profissional
A escolha de uma profissão é, com certeza, um momento de determinação e de grande serieda-
de. Assim, quanto mais preparado estiver para a vida e para o mercado de trabalho, mais fácil será para 
entender e corresponder os princípios norteadores de uma vida totalmente ética. Ou seja, quanto mais 
se conhecer ética, melhor será a convivência nas organizações. 
Os gregos acreditavam que a sabedoria leva à felicidade. Mas, nos tempos atuais, vê-se que, para 
muitas pessoas, a felicidade é um sinônimo da posse material de bens. Outras acabam por desconside-
rar os ensinamentos éticos, agindo de forma amoral em seus relacionamentos pessoais e profissionais. 
Tal como personagens de novelas, políticos corruptos e empresários mesquinhos, muitos pensam que 
roubar e enganar pode ser justificável, dependendo da situação. 
Para os gregos, agir amoralmente indica ignorância, pois o homem ético é aquele que tem o 
conhecimento do bem e do justo. Os gregos também afirmavam que quem conhece o bem é incapaz de 
fazer o mal. 
No entanto, hoje percebemos que há aqueles que, mesmo conhecendo o bem, optam por fazer 
mal. Por isso, podemos dizer que optar pelo bem, por ser ético, é uma questão de liberdade.
Princípios éticos na conduta profissional
O respeito aos princípios éticos na prática profissional deve ser espontâneo, próprio do indivíduo. 
Este não deve agir forçado por alguém, pois possui a liberdade de agir conforme sua consciência.
Morris (1998, p. 141) comenta que o quadro geral da ética dos dias de hoje representa um desafio 
assustador. No entanto, o indivíduo não deve temê-lo, mas definir sua conduta por meio de uma refle-
xão pessoal. 
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São muitas as preocupações daquele que pretende ser um bom profissional. Quando se assume 
um novo trabalho, não é recomendável pensar a curto prazo, mas ter uma visão mais alargada, um pen-
samento que vislumbre as possíveis conquistas do futuro. 
Os princípios éticos para a prática profissional, de uma forma geral, são aqueles que regem a vida 
de qualquer coletividade, como o da honestidade, da fidelidade e da responsabilidade. A seguir, vere-
mos alguns deles.
Lealdade
Um funcionário leal é aquele que defende a empresa e tem orgulho de fazer parte dessa equipe 
de trabalho. Ser leal é ficar contente com o sucesso da organização. Mesmo assim, muitas pessoas se 
deixam fascinar pelos benefícios e lucros fáceis, pelo enriquecimento rápido e ilícito, deixando que a 
ganância fale mais alto que os princípios éticos. 
Como lembra Morris (1998, p.159), o que pode ser um diferencial na vida de um profissional ético 
é o respeito a uma regra muito simples, mas muito importante: 
“Faça aos outros o que gostaria que fizessem com você”.
Encontramos essa regra inserida em muitos pensamentos filosóficos e religiosos. Vejamos alguns 
exemplos:
Buda:::: – “Busque para os outros a mesma felicidade que deseja para si. Não importa aos outros 
as suas dores”.
Hinduísmo:::: – “Todos os seus deveres podem ser resumidos da seguinte forma: não faça aos 
outros o que o prejudicaria se lhe fosse feito”.
Judaísmo:::: – “Se pode prejudicá-lo, não faça ao seu semelhante”.
Islamismo:::: – “Não deixe que seu irmão seja tratado de uma forma que ele não gostaria. Só é 
crédulo aquele que ama seu irmão como a si mesmo”.
Cristianismo:::: – “Amai o próximo como a si mesmo”.
Taoísmo:::: – “Veja o êxito do seu vizinho como seu próprio êxito; e a derrota de seu vizinho 
como sua própria derrota”.
Dessa forma, se o profissional pautar sua conduta na regra apontada anteriormente, provavel-
mente, evitará desrespeitar aqueles que lhe estão próximos. 
Honestidade
Ser honesto é ter respeito consigo mesmo. Se assim agir, o profissional dificilmente será desonesto 
em seus atos. Mentir para si mesmo é um passo em falso e significa perder o equilíbrio dos pensamentos. 
Boa parte dos mentirosos se empenha em criar histórias falsas para remendar aquilo que disse, quando 
poderia usar seu tempo elaborando novas ideias.
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Um profissional deve saber aprender com seus erros em vez de cometê-los mais de uma vez. Com 
humildade, demonstra ter coragem de assumir e enfrentar a falibilidade e a própria ignorância. Tais ati-
tudes levam ao contínuo crescimento intelectual e moral do homem. Não se pode confundir o ato de 
humildade com a submissão ou subserviência. Esses são sentimentos negativos que não podem fazer 
parte da vida de um profissional ético. 
Responsabilidade
Ninguém assumirá responsabilidade quando puser a culpa em outras pessoas nas ocasiões em 
que não tiver sucesso. É um principio básico do trabalho ético em uma organização: assumir a respon-
sabilidade dos atos praticados e suas inevitáveis consequências. Ser responsável é ter a perfeita noção 
do comprometimento com a profissão e com suas respectivas atividades. É saber até onde vai a própria 
capacidade e potencial. Assumir tarefas que não podem ser cumpridas com perfeição é muito arriscado, 
e correr alguns tipos de risco, muitas vezes, pode ser uma atitude antiética.
Integridade profissional
Kisnerman (1983, p. 94) afirma que a integridade profissional pode ser identificada por um con-
junto grande de atitudes, tais como: 
vocação profissional e fé no que se realiza;::::
ideologia e filosofia de vida;::::
posição diante da realidade;::::
comunicação, participação e trabalho em equipe;::::
liberdade de ser;::::
sentimento de comunidade;::::
ética pessoal e profissional.::::
Atitudes como a de conhecer a realidade dos fatos, de estabelecer prioridades e de ser um profis-
sional mais comprometido com excelentes resultados também levam à integridade profissional. 
Dilemas éticosSigilo
De acordo com uma postura ética, o profissional tem o dever de respeitar a privacidade alheia, 
bem como os fatos e as histórias sobre a vida de seus pares. São comuns as situações embaraçosas que 
ocorrem no ambiente de trabalho, causadas por fofocas ou ditos maldosos sobre os colegas. 
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Muitos profissionais se deparam com a questão do sigilo no exercício de sua profissão. Indepen-
dentemente de o segredo advir de um cliente ou do próprio colega que trabalha ao lado, aquele que 
o guarda mantém um vínculo com a pessoa que lhe confiou a informação. Entre os profissionais que preci-
sam guardar sigilo está o médico, que faz o juramento de Hipócrates, cujas palavras são: “Penetrando 
no interior dos lares, meus olhos são cegos, minha língua calará os segredos que me foram revelados, o 
que terei como preceito de honra”.
O sigilo é uma das manifestações da fidelidade interpessoal e profissional. O fundamento desse 
silêncio está diretamente ligado ao princípio da dignidade individual.
Verifica-se que a atitude do indivíduo de não guardar segredo a respeito de informações que lhe 
foram confiadas, é muito criticada no ambiente de trabalho. Isso ocorre porque, muitas vezes, organiza-
ções inteiras são afetadas pelo motivo de um de seus ex-funcionários revelar o know-how (um método, 
uma fórmula, ou um mercado em expansão, por exemplo) de sua antiga empresa para a concorrência. 
Lopes de Sá (2007), em seu tratado sobre ética profissional, com muita propriedade, lembra: “Nem 
tudo é objeto de sigilo, mas preferível será sempre que o profissional se reserve quanto a tudo o que 
sabe e que é revelado pelo cliente ou que ele veio a saber por força da execução do trabalho”.
Se não houver garantia de confiabilidade, a relação cliente-profissional será frustrada. A quebra 
dessa confiança poderá acarretar danos morais e patrimoniais irreparáveis aos cidadãos. Portanto, o 
dever para com o sigilo terá necessariamente de ser harmonizado com outros deveres sociais.
Em relação a todas as profissões, o artigo 154 do Código Penal Brasileiro prevê penalidade para 
quem: “revelar a alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, 
ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem; pena – detenção de 3 (três) meses a 
1 (um) ano, ou multa”.
Verifica-se que esse dispositivo legal, ao sancionar quem revela segredo profissional, indica uma 
ressalva – a da justa causa na revelação do segredo. Portanto, ocorrendo justa causa, um justo motivo, a 
revelação de um segredo profissional é legítima e autorizada pela lei. 
Individualismo
O indivíduo que só se preocupa com lucros e que não sabe o que está acontecendo com a socie-
dade e com a sua comunidade certamente não tem qualquer preparo para o trabalho em grupo. 
De maneira geral, o indivíduo egoísta, que adota um perfil individualista perante o ambiente or-
ganizacional em que está inserido, é alguém de curta visão. Essa situação se agrava quando esse indiví-
duo está descomprometido com a ética, pois, para obter mais lucros e maior patrimônio, adota práticas 
viciosas. Devido ao egoísmo, podem ser quebrados os sigilos, revelando-se segredos profissionais de 
clientes ou de organizações. 
Vale dizer que o profissional que presta seu serviço com a finalidade de fazer a diferença para sua 
comunidade deve demonstrar responsabilidade, lealdade e integridade. Na medida em que os traba-
lhadores estão conscientes de que trabalham para um fim social, os objetivos das organizações passam 
a ser pela integração trabalhador/empresa, incentivando a produtividade.
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Relativismo e liberdade ética
Os valores morais são subjetivos. Cada pessoa age e pensa conforme suas experiências, expecta-
tivas e conhecimentos. Diante de uma situação a ser resolvida no ambiente organizacional, a decisão 
adotada pelo profissional é aquela que também estará de acordo com sua formação moral. Muitas vezes, 
podem ocorrer conflitos entre a ética profissional e aquilo que o indivíduo tem como valores morais. 
Esse dilema acaba ultrapassando as fronteiras profissionais, restando ao indivíduo, munido de sua capa-
cidade de julgamento, resolver essa situação. Ele é livre para ponderar, julgar, enfim, para optar por uma 
conduta que coadune com a ética de sua empresa ou com a moral que o acompanhou durante toda a 
vida (NALINI, 2001a, p. 63). 
Imaginemos a seguinte situação: segundo o código de ética de uma empresa, recomenda-se à 
alta gerência não manter qualquer espécie de contato com os funcionários dos demais patamares da 
hierarquia daquela organização. No entanto, ao ver um funcionário numa situação de apuros, certo 
gerente resolve ajudá-lo por uma questão de solidariedade, que tem mais a ver com seus valores sociais 
que com o código da empresa para a qual trabalha. 
Partindo dessa situação hipotética, podemos refletir sobre a seguinte questão:
É justificável que alguém não haja eticamente para respeitar as determinações da empresa? 
Os princípios éticos não podem ser relativizados. A honestidade, a responsabilidade e a lealda-
de são virtudes no campo profissional e não admitem interpretações conforme a circunstância. Numa 
época em que a concorrência do mercado de trabalho é difícil, há pressões por toda a parte, que fazem 
a conduta ética parecer algo utópico, quase impossível de ser praticada. Cada profissional passa por 
experiências particulares e precisa avaliar como é influenciado pelo meio. Não pode ceder a pressões 
ou, então, não estará sendo livre para agir.
Responsabilidade civil do profissional
Associada a todos os princípios éticos, a responsabilidade cível do profissional é de suma impor-
tância. Nas últimas décadas, muitos são os casos de pessoas que acionam judicialmente profissionais 
que, devido ao mau desempenho de suas funções, prejudicam outras pessoas. Trata-se de atos pratica-
dos em decorrência da imperícia, imprudência ou negligência no ato profissional.
Conforme nosso Código Civil, no artigo 186:
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
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Imperícia
Pode-se afirmar que imperícia é a falta de habilidade e de conhecimentos específicos para a exe-
cução de determinado trabalho. Quem comete um erro por imperícia certamente não é bom observa-
dor de normas ou possui certa deficiência de conhecimentos técnicos específicos da prática profissional 
em que atua. São exemplos de quem incorre em imperícia: o motorista habilitado para dirigir somente 
automóveis e motocicletas, mas que dirige um ônibus escolar; o médico clínico que faz cirurgia plástica 
sem a devida especialização; o técnico em contabilidade que realiza uma auditoria, sendo que, por não 
ser contador, está impedido de executar tal serviço.
Portanto, ocorre imperícia quando há ignorância sobre a parte essencial de um conhecimento 
específico para o exercício da profissão. A imperícia fere um dos elementos principais da conduta pro-
fissional: a competência, para a qual o indivíduo deve estar apto a realizar o seu trabalho. 
Negligência
O profissional que comete uma falta por negligência, é porque ficou passivo diante da situação, 
quando deveria ter agido. A negligência é evidenciada pela falta de atenção da pessoa que desempenha 
determinada tarefa. É a atitude ou ato praticado por um profissional descuidado ou displicente. Assim, 
para que uma conduta profissional possa ser reconhecida como negligente, é precisoque o profissional 
possua os conhecimentos necessários à execução do trabalho mas que, por descuido, incorra em erro, 
involuntariamente1.
Um exemplo interessante no exercício da profissão contábil: o contador de uma empresa, por falta 
de conhecimentos técnicos, não registrou os livros contábeis na Junta Comercial. Devido a problemas 
societários, essa mesma empresa foi submetida a uma perícia. Para se ganhar essa ação judicial, um dos 
sócios precisaria comprovar suas operações contábeis devidamente registradas em um determinado 
período. No entanto, como o contador não fez os registros dos livros, o sócio não pôde utilizá-los como 
prova por falta de formalidades legais e acabou sendo prejudicado no julgamento do caso, devido à 
imperícia daquele contador.
Imprudência
Age com imprudência o profissional que adota condutas precipitadas, impulsivas e sem as cautelas 
necessárias. O enfermeiro que não verifica os sinais vitais do paciente e simplesmente copia aqueles 
da medição anterior é um exemplo de profissional imprudente. Igualmente imprudente é o jornalista 
que, na busca de um “furo de notícia”, publica-o sem verificar se era fidedigno e sem se importar com a 
imagem dos envolvidos com o novo fato. Tudo isso é resultado da irreflexão, pois o profissional, conhe-
cendo os riscos, tomou a decisão de agir, visando o benefício próprio.
De acordo com o disposto na lei, um ato profissional cometido com imperícia, negligência ou im-
prudência pode originar uma conduta penal criminal culposa. No âmbito cível, o Código Civil determina 
1 Código Penal brasileiro, art. 18 . Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; II – culposo, 
quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
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que o culpado faça a devida reparação pelo dano causado. Segundo o artigo 927, aquele “que, por ato 
ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
No caso de o dano ser causado por funcionários de uma determinada empresa, seus empregado-
res também assumem parte da responsabilidade pela reparação do erros.
Código de ética nas profissões
É certo que ninguém nasce ético. Por isso a necessidade dos ensinamentos dessa área. Aprender 
seus conceitos leva à reflexão sobre o que é ser ético. Ao agir, o profissional, independentemente da 
profissão e atribuição, deve ter um determinado preparo técnico e um bom nível de conhecimento. 
Pois, ao entrar no mercado de trabalho, será responsável pelas consequências de seus atos e deverá 
aderir ao conjunto de normas éticas para o exercício de sua profissão. 
O profissional tem a obrigação de conhecer os códigos de ética que são feitos para a sua classe 
profissional, da mesma forma que a ninguém é dado o direito de desconhecer as leis. Um ato profissio-
nal seu pode entrar em conflito com as normas estabelecidas e ferir princípios que a sociedade reconhe-
ce como valores morais vigentes. No caso de um ato médico, o Conselho de Ética Médica julgará este 
indivíduo dentro das normas estabelecidas pelo código profissional.
Alguns exemplos de códigos de ética nas profissões:
Ética no Direito
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) instituiu o “Código de Ética e Dis-
ciplina”, norteado por princípios que formam a consciência profissional do advogado. Segue um trecho 
do documento:
[...] ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um de seus elementos essenciais; proceder com lealdade e boa- 
-fé em suas relações profissionais e em todos os atos do seu ofício; empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu 
patrocínio, dando ao constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-lhe a realização prática de seus legítimos 
interesses; comportar-se, nesse mister, com independência e altivez, defendendo com o mesmo modo humildes e 
poderosos; exercer a advocacia com o indispensável senso profissional, mas também com desprendimento, jamais 
permitindo que o anseio de ganho material sobreleve à finalidade social do seu trabalho; aprimorar-se no culto dos 
princípios éticos e no domínio da ciência jurídica, de modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da socieda-
de como um todo, pelos atributos intelectuais e pela probidade pessoal; agir, em suma, com a dignidade das pessoas 
de bem e a correção dos profissionais que honram e engrandecem a sua classe.
Ética na Medicina
No caso da Medicina, há uma ética profissional definida por um conjunto de normas contidas no 
“Código de Ética Médica”, que regulamenta o comportamento dos profissionais médicos, nas suas inú-
meras especialidades. As organizações que fiscalizam a profissão médica são os conselhos regionais de 
Medicina, vinculadas ao órgão máximo, o Conselho Federal de Medicina.
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Ética nas outras profissões
As profissões de engenharia, arquitetura, agronomia, geologia, geografia e meteorologia têm um 
código de ética único que inicia com a seguinte redação:
Art. 1.º O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta prática das 
profissões da engenharia, da arquitetura, da agronomia, da geologia, da geografia e da meteorologia e relaciona direitos e 
deveres correlatos de seus profissionais. 
Art. 2.º Os preceitos desse Código de Ética Profissional têm alcance sobre os profissionais em geral, quaisquer que sejam seus 
níveis de formação, modalidades ou especializações.
Art. 3.º As modalidades e especializações profissionais poderão estabelecer, em consonância com esse Código de Ética Profis-
sional, preceitos próprios de conduta atinentes às suas peculiaridades e especificidades.
Ampliando conhecimentos
Assistir ao filme :::: A Firma, dirigido por Sydney Pollack, que conta a história de um advogado 
recém-formado que recebe uma proposta milionária para trabalhar em um obscuro escritório, 
mas aos poucos descobre que a empresa, na verdade, serve a outros fins, ilícitos e profunda-
mente antiéticos.
Atividades
1. Faça uma análise dos princípios éticos e discorra, no mínimo em 10 linhas, como devem ser 
aplicados na vida profissional. 
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2. Imagine e relacione, por escrito, quais são as consequências negativas para a relação cliente- 
-profissional quando há a revelação de um segredo sem um motivo justo.
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3. Quais são os benefícios que o conjunto de normas de um código de ética profissional traz para o 
exercício da profissão?
Gabarito
1. Para responder a essa pergunta, é importante refletir sobre a frase “faça aos outros aquilo 
que gostaria que fizessem para você”. Partindo dessa reflexão, fica mais fácil escrever sobre 
a aplicação dos princípios éticos na vida profissional. Você poderá mencionar, por exemplo, 
o princípio da honestidade, que está diretamente ligado à verdade; pode ser citado, ainda, o 
princípio da responsabilidade, que nos faz lembrar o quanto é importante assumirmos nossos 
atos; além desses, há a integridade profissional, dentre uma série de princípios que foram 
abordados nessa aula.
2. Quando um profissional revela, injustamente, um segredo que lhe foi confiado por um cliente, gera 
prejuízos de ordem moral e material. Você deve se colocar na situação do cliente e descrever quais 
seriam esses prejuízos, num caso hipotético criado a partir da leitura do texto deste capítulo. 
3. Ao entrar no mercado de trabalho e se tornar responsável pelos seus atos, o profissional deveráaderir ao conjunto de normas éticas específicas de sua profissão. As normas levam a uma 
padronização das condutas, esclarecendo ao profissional quais são as práticas corretas e honestas, 
para que sempre proceda com lealdade e boa-fé. 
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