Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Polo Três Rios Aluno : XXX Matricula: XXX Disciplina : Gestão da Regulação Atividade : AD1 Questão : Disserte sobre as diferenças do Estado Liberal e Neoliberal no Brasil e como se deu atuação do papel regulador do Estado nesses períodos. Antes de contextualizar o papel regulador do Estado brasileiro no Estado Liberal e Neoliberal , devemos conceitua-los, como coloco a seguir. A ideia de liberdade individual como condição para a legitimidade do Estado , fundada no contratualismo de John Locke, propiciou a aplicação das leis de mercado de Adam Smith e a redução a um Estado mínimo controlador da paz social e protetor dos princípios do sistema. De acordo com o pensamento liberal, o Estado não deve intervir nas atividades econômicas. A famosa fórmula, ( “deixei fazer, deixei passar”) expressa bem a cooperação de que as atividades econômicas não devem ser reguladas pelo Estado, mas por si mesmas, ou seja, pelo mercado , a mão invisível, de acordo com Adam Smith. No outro lado está o Estado neoliberal, marcado pelas reformas na máquina pública social democrata, a partir da década de 70,após a crise do petróleo, houve necessidade de mudança organização estatal. O capitalismo enfrentava vários desafios. O caráter destas reformas é , também a redução da máquina a um Estado mínimo e ausente nas demandas de serviços públicos construídas na social democracia. Nasceu dessa maneira o que se convencionou chamar de Estado Neoliberal. Os neoliberais diziam que era necessário ter mais rapidez para tomar decisões no mundo dos negócios e que o capital privado precisava de mais tempo para crescer. Reforçavam assim os valores e o modo de vida capitalistas, o individualismo como elemento fundamental e o modo de vida capitalistas, o livre mercado e o poder de consumo como forma de realização pessoal. O Estado do liberalismo ao neoliberalismo, em seu fundamento , é um só, capitalista explicado pelo racionalismo iluminista. Em nosso pais, o liberalismo não é algo novo, por um período anterior a 1930, os gastos públicos não chegavam a 10% do PIB e se destinavam á garantia da segurança interna. No período de 1888 a 1930, portanto, o que prevaleceu em nosso pais foi uma total informalidade no mercado de trabalho. Ao longo das ultimas décadas, o Brasil, apresentava um processo inflacionário devastador que deixou um saldo dramático de miséria e concentração de renda. Diante de uma inflação galopante e crescente, o governo implantou o Plano Real, que consegui de fato reduzir a inflação para níveis muito baixos . Com grande apoio popular num primeiro momento, os neoliberais criaram uma âncora fortíssima para implementar as contra – reformas no Estado. Podemos observar que na verdade tem-se a presença de mais semelhanças entre o Liberalismo e o Neoliberalismo do que diferenças , uma vez que a partir de 1970, o modelo Keynesiano, começa a dar lugar a antigas ideias do Liberalismo. O objetivo primordial do Neoliberalismo foi o de promover o aumento da circulação de Mercadoria no mundo. Seus princípios básicos eram de que o Estado deveria interferir na Economia apenas como agente regulador, politica de privatizações e abertura econômica. O Neoliberalismo apresentou uma fase avançada no Brasil na década de 90 com Fernando Collor e Fernando Henrique, aplicando muitas das recomendações do chamado Consenso de Washington, privatizando uma grande parte do patrimônio público e realizando uma ampla reforma administrativa, acabando com a estabilidade dos servidores e abrindo ainda mais os serviços públicos para a iniciativa privada. Ao longo do governo do Presidente Luís Inácio “Lula” da Silva, manteve a politica econômica de Fernando Henrique com resultados semelhantes, defendendo implicitamente a substituição da organização politica independente das massas trabalhadoras pelo governo, mas não um processo de luta redistributivista e sim num processo de luta contra o Estado pela restauração do mercado. Referências Bibliográficas: SOUZA, R. OLIVEIRA , J. Liberalismo, intervencionismo ou neoliberalismo: qual a realidade brasileira ? Debates em Direito Público . Revista de Direito dos Advogados da União. V.9.n.9p.105-117. out 2010 ARAÚJO, J.P. Brasil do Liberalismo ao Neoliberalismo . Manual dos Direitos Sociais da População; as reformas constitucionais e o impacto nas politicas sociais. Belo Horizonte/MG. Ed. O Lutador , 1998. ROCHA, M.I.C. ESTADO ENTRE O LIBERALISMO E O NEOLIBERALISMO . Revista Nucleus. V.14, n.2( 2017)
Compartilhar