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DERMATOLOGIA PREPRARATORIA PARA PROVA DE TITULOS E CONCURSOS - 2017

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DE - =-OLOGIA 
PREPARATÓRIO PARA 
PROV TÍTULO E CONCURSOS 
Anna Carolina Miola • Débora Barcellos Gaspar 
Luise Ribeiro Daltro • Nayara Tognon 
; 
PREPARATORIO PARA PROVA 
DE TÍTULO E CONCU RSOS EM 
DERMATOLOGIA 
Autores 
Anna Carolina Miola 
Débora Barcellos Gaspar 
Luise Ribeiro Daltro 
Nayara Tognon 
2017 
;.~. 
editora ~~ SANAR 
2017 
©Todos os direitos reservados à Editora Sanar Ltda. 
~proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios 
(eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa da Editora. 
Título I Preparatório para prova de título e concursos em Oennalologia 
Editor I Leandro Pinto Uma 
Projeto gráfico e diagramação I Cendl Coelho 
Capa I Lucas Matos 
Revisores Ortográficos I Bernardo Machado 
Conselho Editorial! Caio Vinicius Menezes Nunes 
Paulo Costa lima 
Sandra de Quadros Uzéda 
Sheila de Quadros Uzêda 
Silvio Jose Albergaria da Silva 
Dados Internacionais de Catalogaçâo·na·Publicaçáo (CIP) 
Elabor•çáo: Fábio Andrade Gomes· CRB-5/1513 
P926 Preparatório paro prova de tftulo e concursos em DermatoiO<Jia 
I Anna Carolina Miola - let a L], a utores.-
Salvador: SANAR. 2017. 
236 p.: iL; 16x23 em. 
ISBN 978·85·67806-64·8 
1. Dermatologia - Concursos. I. M io la , Anna Carolina. 
Av. Prof. Magalhães Neto, 1856- Pituba, 
Condomínio Edifício TKTDWER,sl. 1403, 
CEP 41810-012, Salvador- BA - Brasil 
Telefone: 713497-7689 
www.editorasanar.com.br 
atendimento@editorasanar.com.br 
COU:616.5 
Autoras 
Anna Carolina Mio la 
Médica graduada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP. Residência médica em Dermatologia pelo 
Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP. Especialização em Cirurgia Dermatoló -
gica pela FaculdJde de Medicrna de Botucatu - UNESP. Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade 
Brasilerra de Dermatologra. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Mestrado em andamento pela 
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP. Aprovada nos concursos do Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru-
·SP e Prefeitura Municrpal de Agudos- SP. 
Débora Barcellos Gaspar 
Médica graduada pela Faculdõde de Medicina de Ribeirão Preto -USP. Residéncia médica em Dermatologia pelo 
Hospital das Clínrcas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP. Título de especialista em Dermatologia 
pela Sociedade Brasilerra de Dermatologia. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 
luise Ribeiro Daltro 
Médica graduada pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. Especialização em Clínica Médica e Dermatologia 
pelo Hospital das Clín1cas da Faculdade de Med icina de Ribeirão Preto- USP. Titulo de especialista em Dermato-
logia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Aprovada 
em concurso do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos- UFBA. 
Nayara Tognon 
Médica graduada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP. Residência médica em Dermatologia pelo 
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP. Título de especialista em Dermatologia 
pela Sociedade Brasileira de Dermatolog ia. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Aprovada nos 
concursos da Prefeitura de Sertãozinho-SP, Jardinópolis-SP e Pitangueiras - SP. 
Apresentação 
O livro Preparatório para Prova de Título e Concursos em Dermatologia é uma ferramenta 
indispensável para os médicos que desejam ser aprovados nos exames do TED e dos diversos concur-
sos em dermatologia do país. Fruto de um rigoroso trabalho de seleção de questões de concursos e 
organização de conteúdos, atende às mais diversas áreas de conhecimento dentro da dermatologia. 
A presente obra foi redigida a partir do uso de 4 premissas didáticas que julgamos ser oe funda-
mental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos mais diversos exames: 
1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as falsas). por autores especializa-
dos. 
2. 1 00% das questões são de concursos passados. 
3. Questões organizadas por provas para que o estudante possa calcular seu percentual de acerto. 
4. Questões categorizadas por grau de dificuldade e sinalizadas de acordo com o seguinte mo-
delo: 
FÁCIL 
INTERMEDIÁRIO 
DÍFICIL 
O livro Preparatório para Prova de Título e Concursos em Dermatologia será um grande faci-
litad o r para seus estudos, sendo uma fe rramenta diferencial para o aprendizado e, p rincipalmente, 
ajudando você a co nseguir os seus objetivos. 
Bons Estudos! 
Leandro Pinto Lima 
Ed itor 
Mensagem das autoras 
Dermatologia é uma especialidade abrangente e encantadora! Ela dialoga com várias áreas da 
medicina, como oncologia, cirurgia, endocrinolog ia, infectologia, genética ... 
Seu exercício pleno requer dedicação e treinamento, tornando a prática clínica e cirúrgica insubs-
tituíve is. 
A aprovação ne> Título de E~pecialista em Dermatologia (TED) representa o reconhecimento de 
uma qualificação profissional diferenciada, visto que a prova demanda um estudo aprofundado de 
todos os temas. Representa ainda um de5afio ao médico residente, q ue se encontra imerso em rotinas 
intensas de trabalho. 
Acreditamos que este livro irá fac ilitar bastante os estudos para o TED e outros concursos. Indiscu-
tivelmente, a resolução d e questões é importante no treinamento para provas. 
Agradecemos aos colegas e aos preceptores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina 
de Ribeirão Preto- Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) pelo conhecimento compartilhado e 
multiplicado. Agradecemos aos nossos familiares e amigos pelo apoio e paciência na execução desta 
obra. 
Por fim, dedicamos este livro aos nossos pacientes, fonte de inspiração para aprender Dermato-
logia. 
Sumário 
1. Prova 2009............................................................................................ 13 
2. Prova 201 0 ............................................................................................ 53 
3. Prova 2012............................................................................................ 85 
4. Prova 2014 ............................................................................................ 123 
S.Prova2015 ............................................................................................ 157 
6. Prova 2016............................................................................................ 189 
7. Questões Extras ................................................................................... 225 
Referências Bibliográficas .................... .................................................... 233 
Prova 2009 
O I Mulher de 56 anos de idade refere lesões com prurido intenso e que à ma nipula-
ção "secretam vermes e parasitas': Traz consigo 
frascos contendo os vermes que retirara das 
lesões. O marido que a acompan ha confirma a 
sua existência.Em relação a esse caso, o d iag-
nóstico correto se ria : 
~ Folie à deux. 
® Escoriação neurótica. 
© Síndrome de Munchausen. 
@ Transtorno Dismórfico corporal. 
Alternativa A: CORRETA. O delírio de para si tose é um 
transtorno psiquiátrico no qual o paciente acre -
d ita estar infestado por parasitas, gera lmente 
e nxergando-os no corpo. Costuma procu rar ini-
cialmente o médico dermatologista, por acredi-
tar ter uma manifestação cutânea. 
Em 12% dos casos, o parente mais próximo 
(cônjug e, mãe , pa i, irmão, irmã) também está 
convencido d o quadro clínico do paciente afe-
tado. Quando isso ocorre, utiliza-se o termo fo-
/ie à deux. Pelo DSM-4, o folie à deux é definido 
como alucinação desenvolvida em um indiví-
d uo no contexto de um relacionamento íntimo 
co m outra pessoa, que apresenta alucinação já 
estabelecida anteriormente. 
Alternativa 8:INCORRETA. A escoriação neurótica é 
caracterizada por lesões escoriadas múlt iplas, 
a utoinduzidas e reconhecidas pelo paciente 
como tal. Ge ralmente está associada a trans-
tornos depressivos, transtorno obsessivo-com-
pulsivo, estressares psicossociais significativos, 
e ntre outros. 
Alternativa C: INCORRETA. A Síndrome de Munchau-
sen é caracte rizada por um quadro crônico 
(cutâneo ou não) simulado pelo paciente para 
o b ter ganho secundário, caracterizado por pe-
regrinações a inúmeros hospitais e quadros clí-
nicos incompatíveis com a história contada pelo 
paciente. Quando há uma segunda pessoa cau-
sando lesões ou da nos ao paciente para ganho 
secundário, a d enom inação correta é Síndrome 
de Munchausen by proxy (por procuração). 
Alternativa D: INCORRETA. O transtorno d ismórfico 
corporal é mais comumente encontrado e m 
pacientes com queixas voltadas à área da cos-
miatria, e caracteriza-se pe la visão alterada do 
corpo ou d e parte dele, necessitando, muitas 
vezes, de correção por procedimento cosmiátri-
co, porém sem resultados. 
02 Entre as seguintes alternat ivas, assinale a manifestação cutânea mais comum rela-
cionada ao uso de pesticidas organoclorados. 
@ Dermatite de contato. 
® Necrólise epidérmica tóxica. 
© Vasculite necrotizante. 
@ Erupção acne iforme. 
Alternativa A: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa 8: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa C: INCORRETA. Não se aplica. 
•• 
Alternativa D: CORRETA. A erupção acneiforme 
causada pe los pesticidas o u agrotóxicos, or-
ganoclorados, é resultante do contato da pele 
ou mucosas com tais produtos e é conside rada 
14 Questões Comentadas de Provas e Concursos em Dermatologia 
uma forma de doença ocupacio nal. Tais subs-
tâncias podem levar à erupção acneiforme, 
alterações hematológicas, metabólicas, neuro-
lógicas, hepáticas e até ao óbito. A Cloracne é 
a acne induzida pelos compostos clorados em 
trabalhadores d a indústria química. Na acne 
dos pesticidas, trabalhado res rurais que mani-
pulam agrotóxicos desencadeiam acne induzi-
da pela dioxina, substância contida na maioria 
deles. Outros causadores de acne por contato, 
são: cosméticos à base de cremes gordurosos, 
fricção, calor, óleos ou graxas, lavagem excessi-
va, entre outros. 
03 Em relação à paracoccidioidomicose na infância, é CORRETO afirmar que o com-
prometimento mais frequente, é: 
® Linfonodal 
].1 Hepatoesplénico 
© oral 
@Pulmonar 
Alternativa A: <ORRETA. A paracoccidioidomicose, 
forma subaguda (ou forma juvenil}, é a forma 
classicamente vista em indivíduos jovens, e 
caracteriza-se por acometimento de gânglios, 
baço, fígado e medula óssea, devido ao tropis-
mo do fungo pelo sistema monofagocitico. 
Alternat iva 8: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa C: INCORRETA. A forma crônica (ou do 
adulto} representa mais de 90% d os casos de 
paracoccidioidomicose doença. Ocorre por 
reativação de foco endógeno latente e apre-
senta progressão lenta e muitas vezes silencio-
sa. Manifestações pulmonares estão presentes 
em 90% dos pacientes. Normalmente alO mete 
mais de um órgão, principalmente pulmões, 
mucosas e pele. 
Alternativa O: INCORRETA. Vide a lternativa C. 
04 Na esporotricose associada à imunossu-pressão, é CORRETO afirmar que: 
® O comprometimento sistêmico é excepcio-
nal. 
® O tropismo para o sistema ósteoa rticular é 
inexistente. 
©As lesões de padrão úlceronecrótico são pre-
dominantes. 
@ Os fungos estão ausentes ao exame anato-
mopatológico. 
Alternativ~ A: INCORRETA. As formas extra cutâneas 
e cutâneo disseminadas são formas mais raras 
de manifestação da doença e, geralmente, aco-
metem pacientes imunossuprimidos ou debili-
tados. 
Alternativa 8: INCORRETA. Nas formas extracutâ-
neas são acometidos, mais frequentemente, os 
sistemas ósteoarticula r, respiratório, mucosas, 
o lhos e ne rvoso. Entretanto qualquer órgão 
pode estar envolvido, com ou sem acometi-
mento do estado geral. 
Alternativa C: CORRETA. A esporotricose é uma mi-
cose profunda causada pelo Sporothrix schenc-
kii, que pode ter seu acometimento restrito à 
pele e subcutâneo ou causar comprometimento 
sistémico, dependo da imunidade do hospedei-
ro. As principais formas de manifestação clínica, 
são: cutânea localizada; cutânea linfática; cutâ-
nea disseminada; extracutânea. 
As lesões associad as a pacientes imunossuprimi-
dos são, em geral, mais d isseminadas, múltiplas, 
formando nódulos e lesões úlcero-verrucosas. 
Alternativa 0: INCORRETA. Na maioria dos casos as 
a lterações anatomopatológicas são inespecí-
ficas, principalmente e m pacientes com baixa 
resposta imunológ ica, nos quais os g ranulomas 
são ra ros. Nas fo rm as mais delimitadas (cutâ-
neo linfática e cutâneo localizada} é raro o en-
contro d o agente no a natomopatológico; nos 
pacientes imunossuprimidos é mais frequente 
o isolamento na histologia, com figuras em cla-
va ou "em charuto~ 
05 Em relação à tinea capitis é correto afir-mar que: 
® É associada a fômites quando causada pelo 
T. tonsurans. 
® É causada por fungos fluorescentes à luz de 
Wood. 
© Há predominância de Trichophyton rubrum 
como agente ca usal. 
@' Há múltiplas lesões a lopécicas associadas ao 
Microsporum canis. 
Alternativa A: CORRETA. Tinea capitis é infecção 
causada por fungos dermatófitos dos gêneros 
Mfcraspc rum e Trichophyton. Costuma ser mais 
comum na infância e adolescência, e geralmen-
te está associada a algum grau de imunossu-
pressão quando presente em adultos. 
O Trichophyton tonsurans é uma espécie an-
tropofnica, cuja transmissão se faz de pessoa 
a pessoa, por meio de objetos de uso pessoal 
(fômites). 
Alternativa 8: INCORRETA. A tinea capitis pode ser 
causada, principalmente, pelo Microsporum 
canis (ve rde palha à luz de Wood) e Trichophy-
ton tonsurans, que não é fluorescente à luz de 
Wood. 
Alternativa C: INCORRETA. Nos quadros de tinea ca-
pitis. pr~dommam como agentes causadores o 
Microsporum canis e o Trichophyton tonsurans. 
O Trichophyron rubrum é o agente causal mais 
comum de on1comicose. 
Alternativa 0: INCORRETA. A tinea capitis pode ser 
dividida de acordo com o grupo de fungos der-
matófitos que a causam, sendo dois grupos: a 
tinha microspórica, causada geralmente por 
fungo zoofílico ou geofílico, caracterizada por 
lesão única no couro cabeludo; e a tinea trico-
fítica, geralmente causada por fungos antro-
pofílicos, caracterizada clinicamente por múl-
tiplas lesões pequenas no couro cabeludo. Os 
gêneros de fungos dermatófitos causadores de 
tinea copitis são o Microsporum e Trichophyton. 
Fungos do gênero Microsporum são zoofílicos, 
causando, portanto, lesões alopécicas únicas, 
enquanto fungos do gênero Trichophyton são 
antropofílicos, podendo causar múltiplas le-
sões. 
06 Em relação à Tinea pedis, é correto afir-mar que: 
@ As formas crônicas, extensas, tipo •macas-
sim~ são causadas prit:Jcipalmente pelo Epider-
mophyton floccosum. 
®A associação com onicomicose é fortuita. 
© As formas ag udas se associam principalmen-
te à infecção pelo Trichophyton mentagrohytes. 
@ As espécies antropofílicas e geofílicas inci-
dem por igual. 
Prova 2009 15 
Alternativa A: INCORRETA. As formas clínicas da 
tinea pedis, são: intertriginosa, vésico-bolho-
sa (aguda) e escamosa (crônica). Nas formas 
c rônicas o agente mais frequente é o Tricho-
phyton Rubrum, que, por ser um fungo antro-
pofílico, causa lesões menos intensas e mais 
duradouras. O T. Rubrum é o dermatófito mais 
frequente de tinea pedis, seguido de T. menta-
groph:,-tes e, posteriormente, de E. floccosum. 
Alternativa 8: INCORRETA. Onicomicose frequente-
mente é observada em pacientes portadores 
de tinea pedis escamosa. 
Alternativa C: CORRETA. As formas agudas, com ve-
siculação e prurido, são causadas por fungos 
menos adaptados, que levam à resposta inten-
sa do hospedeiro, principalmenteo T. menta-
grophytes. Existem características específicas 
das espécies, que os tornam mais adaptados 
a d iversos ambientes. Microsporum acomete, 
mais frequentemente, pele e pelos, enquanto 
Epidermophyton é mais encontrado na pele 
e unhas e o Trichophyton tanto em pele, pelo 
e unha. O T. mentagrophytes var mentagro-
phytes é um fungo zoof1lico, já o T. rubrum, 
T.. mentagrophytes var interdigitale e E. f/oc-
cosum são antropofíl icos. Os fungos zoofíli-
cos e geofílicos geralmente causam reações 
inflamatórias mais intensas, que podem se re· 
solver sozinhas, já os antropofílicos, por maior 
adaptação ao organismo humano, tendem a 
causar infecções mais leves e mais duradouras. 
Alternativa O: INCORRETA. As infecções por espécies 
antropofílicas são mais frequentes que as geo-
fílicas e zoofílicas, uma vez que T. rubrum e E. 
floccosum somam a grande maioria dos casos. 
07 Em relação à flora cutânea residente, as-sinale a afirmativa CORRETA: 
® ~aquela presente exclusivamente no vestí-
bulo nasal e na cicatriz umbilical. 
® Há variações na composição conforme dife-
rentes regiões anatômicas. 
© ~ composta em igual quantidade por Sto-
phylococcus e Streptococcus. 
@~excepcional a presença do S. aureus noves-
tíbulo nasal de adultos. 
1 b uuestoes Lomentaoas o e Provas e Loncursos em uermatologta 
Alternativa A: INCORRETA. A flora cutânea residente 
é composta por bactérias estáveis que coloni-
zam toda a pele humana normal. A flora cutâ-
nea pode sofrer alterações pela presença de 
outras bactérias temporanamente, porém e la 
costuma retornar ao seu estado de equilíbrio 
quando não há uma real infecção. 
Alternativa 8: CORRETA. A colonização varia de 
acordo com cada área de pele, com predomínio 
de bactérias e concentrações bacterianas dife-
rentes de acordo com umidade da pele, expo-
sição, entre outros aspectos. Não encontramos 
bactérias residentes nos duetos das g lândulas 
sudoriparas ou sebáceas, sejam elas écrinas ou 
apócrinas. 
Alternativa C: INCORRETA. Bactérias do gênero Sta-
phylococcus são as mais comuns, seguidas pelo 
S. hominis e S. epidermidis. Bactérias estrepto-
cóccicas são encontradas em menor quantida-
de que estafilocócicas. 
Alternativa O: INCORRETA. O Staphylococcus aureus 
não costuma fazer parte da flora residente, en-
tretanto, pode ser encontrado vestíbulo nasal 
anterior de pacientes saudáveis. 
O 8 A eris_ipela. é considerada grave quando assoc1ada a: 
@Úlcera de estase. 
® Localização p élvica. 
© Linfedema. 
@ Localização facial. 
Alternativa A: INCORRETA. úlceras são consideradas 
fatores pred:sponentes, por serem portas de 
entrada para bactérias. 
Alternativa 8: INCORRETA. A localização pélvica é 
infrequente na erisipela. 
Alternativa C: INCORRETA. Linfedema também é 
considerado um fator predisponente para eri-
sipela. 
Alternativa O: CORRETA. A erisipela é uma doença 
causada por bactérias, principalmente por Es-
treptococos beta-hemolítico do grupo A, mas 
também Estafilococos aureus, Haemophilus in-
fluenza t ipo B, entre outras, atingindo derme e 
plexo linfático, principalmente em membros in-
feriores e face. São considerados fatores predis-
ponentes: dermatoses preexistentes, traumas, 
úlceras, alterações vasculares, intertrigo, entre 
outros. O quadro clínico é muito sugestivo, com 
placas eritematosas, edematosas, de bordas 
bem delimitadas, dolorosas, que podem evo-
luir para forma bolhosa; em geral. se acompa-
nham de febre e mal-estar geral. O tratamento 
é rea lizado com antibioticoterapia (penicilina, 
benzatina, cefalexina), repouso e, em casos 
graves, internação. Crianças e pacientes debili-
tados devem ser internados e receberem anti-
bioticoterapia endovenosa. 
O 9 A fasciíte necrosante resulta de infecção por: 
~ Associação de Gram-positivos e negativos. 
~· Gram-negativos. 
t Actinomiceto. 
~ Clostridium perfringens. 
Alternativa A: CORRETA. A fasciíte necrotizante é 
uma infecção de tecidos profundos, atingindo 
fáscia muscular e tecido cutâneo, potencial-
mente grave e com alta mortalidade se não 
diagnosticada e tratada rapidamente. Ocorre 
geralmente após traumatismos cutáneos, que 
facilitam a entrada de bactérias. ~dividida em 
dois grupos, de aco rdo com sua etiologia: tipo 
I (polimlcrobiana, com presença de bactérias 
Gram-positivas e Gram- negativas, geralmente 
em indivíduos após procedimento cirúrgico 
e mais comum em diabéticos); e tipo li (mais 
comum, causado por Streptococcus do grupo 
A, em pacientes jovens, hígidos e sem porta 
de entrada evidente). O quadro clínico apre-
senta sinais semelhantes à celulite bacteriana, 
porém de maior intensidade e evolução rápi-
da, com dor local intensa e desproporcional 
ao quadro clínico apresentado. A lesão evolui 
para tom mais acinzentado e o paciente pas-
sa a apresentar sinais d e toxemia, surgimento 
d e bolhas e trombose local. O tratamento é 
o desbridamento cirúrgico imediato e anti-
bioticoterapia de amplo espectro, reduzin-
do morbimortalidade. Após estabilização e 
identificação do agente por meio de cultura, 
o tratamento com antibiótico deve ser orien-
tado pelo antibiograma. 
Alternativa B: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa C: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa D: INCORRETA. Não se aplica. 
1 O Em relação ao furúnculo, assinale a alter-nativa INCORRETA: 
® O Stophylococus oureus é o agente causal. 
® A ocorrência independe de fatores predispo-
nentes. 
© O tratamento sistêmico deve ser realizado 
quando o halo de induração e inflamação for > 
ou = a 2cm. 
•]) O pico de incidência segue curso paralelo da 
acne vulgar. 
Alternativa A: CORRETA. O furúnculo é uma infec-
ção bacteriana, principalmente por Staphylo-
cocus aureus, que acomete o folículo piloso 
e se estende a lém de le, para a pele adjacente. 
Quando acomete vários folículos é chamado de 
carbúnculo. 
Alternativa 8: INCORRETA. Na maioria dos indiví-
d uos adultos que apresentam a doença não 
se encontram fatores predisponentes, mas são 
relatados desnutrição, diabetes, infecção HIV, 
pacientes com alterações da imunidade, como 
predisponentes em alguns casos. 
Alternativa C: CORRETA. O quadro clínico se inicia 
com lesão nodular, e ritematosa, com dor e 
aumento de temperatura, com consequente 
flutuação, fistulização e drenagem de materia l 
purulento, evoluindo para crosta e resolução. 
Ocorre, mais frequentemente, em á reas p ilosas 
submetidas à trauma. O tratamento é realizado 
com medidas locais (evitar atrito, sabonetes an-
tissépticos, compressas quentes), antibióticos 
tópicos (ácido fusídico, mupirocína) e, em ca-
sos mais graves (região nasal e ouvidos, lesões 
grandes ou recorrentes, associados à celulite, 
não responsivas a tratamento local), antibióti-
cos sistêmicos (oxacilina, cefalexina). 
Alternativa 0: CORRETA. O furúnculo é uma pato-
logia mais prevalente a partir da puberdade, 
podendo ocorrer, mais raramente, na infância. 
11 
Prova 2009 17 
Em relação à síndrome da pele escaldada 
estafilocócica, é correto afirmar que: 
® A clivagem ocorre na porção média da ca-
mada espinhosa. 
® O impetigo bolhoso apresenta mecanismo 
patogênico distinto. 
© A pesquisa de S. oureus no fluido da bolha é 
negativa. 
@ A SPEE é varian\ e da Necrólise Epidérmica 
Tóxica. 
Alternativa A: INCORRETA. A síndrome d a pele es-
caldada estafilocócica (5555), é causada pelas 
toxinas esfoliativas (A e B) produzidas pe lo 5. 
aureus. Essas toxinas agem contra a proteína 
desmogleína 1, presente nos desmossomos, 
pnncipa lmente entre a camada granulosa e 
espinhosa, onde, consequentemente, ocorre a 
clivagem. 
Alternativa 8: INCORRETA. O impetigo bolhoso é 
um subtipo do lmpetigo, infecção cutânea cau-
sada por Stophylococcus aureus, cuja diferença 
pa ra o impetigo si mples está no fato de ocorrer 
clivagem na camad a granulosa, causada pe las 
toxinas esfoliativas A e B. O impetigobolhoso 
pode ser considerado uma forma localizada 
de SSSS, já que seu mecanismo patogênico é o 
mesmo. 
Alternativa C: CORRETA. Como o mecanismo de 
formação das bolhas é desencadeado pelas 
toxinas esfoliativas, a pesquisa de bactérias no 
fluido da bolha costuma ser negativa, a não ser 
que haja contaminação secundária. 
Alternativa 0: INCORRETA. A SSSS apresenta meca-
nismo patogênico e efeito epidérmico com-
pletamente d istinto da Necrólise Epidérmica 
Tóxica (NET). A NET geralmente é causada por 
medicações, sem envolver toxinas bacterianas, 
e apresenta necrose dos queratinócitos, cau-
sando clivagem subepidérmíca, diferentemen-
te da SSSS, cuja clivagem é na camada g ranu-
losa. 
12 Homem de 38 anos de idade apresenta pústulas foliculares e cicatrizes exuberan-
tes associadas a áreas de alopécia e politriquia 
na região occipital posterior. O diagnóstico 
CORRETO seria foliculite: 
18 Questões Comentadas de Provas e Concursos em Dermatologia 
® Dissecante. 
® Decalvante. 
© Queloidiana. 
@ Em tufos. 
Alternativa A: INCORRETA. As foliculites são decor· 
rentes de inflamação da parede e óstio folicu la-
res, com formação de pústula, por diversas etio-
logias, podendo ser superficiais ou profundas. 
A foliculite dissecante é uma forma infrequente 
de foliculite, que acomete p rincipalmente ho-
mens negros, adultos, de curso crônico e reci-
divante. Está associada à patologias de oclu-
são folicular e , juntamente com hidradenite 
supurativa, acne conglobata e cisto pilonidal, 
constituem a tétrade da oclusão folicular. O 
quadro clínico se inicia com foliculite, evoluin-
do para nódulos confluentes, abscessos, fístu-
las e, posteriormente, alopecia cicatricial. mais 
localizado em região occipital. O tratamento é 
difícil e pode ser tentado com isotre tinoina via 
ora l, antibióticos orais, prednisona, corticoide 
intralesional, entre outros. 
Alternativa 8: INCORRETA. A foliculite decalvante é 
uma forma de foliculite bacteriana, principal-
mente por 5. aureus, que acomete homens e 
mulheres, levando a quadro crônico e recidi-
vante de pústulas, placas eritematosas com 
ativação na periferia e cicatriz central, podendo 
gerar áreas cicatriciais com tufos. Pode acome-
ter couro cabeludo, mas também membros 
inferiores {foliculite decalvante de Arnozan-Du-
breuilh). barba (sicose lupoide) e região pubia-
na. O tratamento também é difícil e se baseia 
em antibióticos sistêmicos, corticoide, isotreti-
noina oral, dapsona, zinco, drenagem de lesões, 
radioterapia, laser CO, e transplante capilar. 
Alternativa C: CORRETA. A fol iculite queloidiana 
acomete, preferencialmente, região occipital 
e nuca, de pacientes negros, mais comum em 
homens. É uma doença crônica em que fatores 
locais, como atrito e traumatismo, predispõem 
o surgimento das lesões. Se manifesta tipica-
mente por politriquia, com fusão de folículos, 
cercados de áreas de alopecia e cicatrizes hi-
pertróficas, após lesões iniciais d e foliculite. 
Assim como as demais, também é de difícil 
tratamento, sendo opções: controle de fatores 
predisponentes, retirada de pelos encravados, 
cortlcoide tópico, antibioticoterapia sistêmica, 
assim como cirurgias e radiotera pia, em casos 
graves. 
Alternativa O: INCORRETA. A foliculite em tufos é 
considerada, por alguns autores, uma forma 
de folicu lite decalvante ou até queloidiana, na 
qual se encontram tufos de até 15 fios em meio 
à área de alopecia cicatricial. 
- - . --·------ ------
1 
13 Em relação ao salt split, é incorreto afir-mar que: 
(~'i No penfigoide bolhoso, anticorpos da classe 
lgG se depositam no teto epidérmico. 
'!i;) Na epide rmólise bolhosa adquirida, anticor-
pos d a classe lgG são visua lizados no teto epi-
dérmico. 
f No penfigoide gestacional. a deposição de 
anticorpos é visualizada ao longo do fragmento 
epidérmico. 
:l No penfigoide cicatricial, anticorpos lgG e/ 
ou lgA são detectados no teto epidérmico. 
• 
Alternativa A: CORRETA. O salt split skin é uma técni-
ca de imunofluorescência indireta, cuja função é 
aumentar a detecção dos anticorpos anti-ZMB, 
presentes nas dermatoses bolhosas subepi-
dérmicas. Para isso, utiliza-se pele de prepúcio 
humano normal, incubada em uma solução de 
NaCI a 1M a 4°C por 72h. Com a incubação, ocor-
re separação da lâmina lúcida e, dependendo da 
dermatose bolhosa, os anticorpos podem estar 
situados no teto e/ou no assoalho da bolha. Os 
anticorpos do PB geralmente se localizam no 
teto epidérmico. Isto ocorre devido à localização 
dos antfgenos do PB, que estão presentes no he-
midesmossomo (BP 230), o u na região da lâmina 
lúcida (BP 180 ou colágeno XVIIa). 
Alternativa 8: INCORRETA. Os autoanticorpos pre-
sentes na epidermólise bolhosa adquirida {EBA) 
localizam-se no assoalho da clivagem, já que os 
autoanticorpos são dirigidos contra o colágeno 
VIl, presente na sublâmina densa. 
Alternativa C: CORRETA. O penfigoide gestacional 
apresenta anticorpos do tipo lgG ligados no 
teto da bolha (ou seja, no fragmento epidé rmi-
co) no salt split skin. Já na imunofluorescência 
convencional, o anticorpo tipo lgG é visto em 
somente 25% dos casos, associado a C3 na zona 
da membrana basal. 
Alternativa O: CORRETA. No penfigoide cicatricial, o 
salt split pode demonstrar anticorpos lgG e/ou 
lgA, no lado epidérmico, que a imunofluores-
cência comum pode não demonstrar. Entretan-
to, o uso do salt split no penfigoide cicatricial 
não é o usual e não costuma aumentar a sensi-
bilidade do diagnóstico. 
---- -·---------
14 Em relação aos pênfigos, assinale a res-posta INCORRETA: 
® A taxa de mortalidade do pênfigo vulgar si-
tua-se e ntre 5 a 10%. 
® No pênfigo vulgar, os anticorpos se dirigem 
contra a desmog leína 3 e, e m 50% dos pacien-
tes, também contra a desmogleína-1. 
~ Nos pênfigos, a titulação dos autoanticorpos 
séricos é inversa mente proporcional à ativida-
de da doença. 
@ No pênfigo foliáceo, os anticorpos se diri-
gem contra a desmog leína-1. 
Alternativa A: CORRETA. Os pênfigos são doen-
ças vésico-bolhosas crônicas, de etiologia au-
toimune, com produção de anticorpos contra 
componentes da pele e mucosas (desmogleí-
nas), levando à acantólise celular e formação 
de vesículas e bolhas. O tratamento, em geral, 
é realizado com corticoides sistêmicos, imu-
nossupressores - ciclofosfamida, micofenola-
to mofetil, azatioprina, imunoglobulina e bio-
lógicos (Rituximab). A mortalidade por pênfigo 
vulgar era cerca de 60% a 90% no passado, 
quando ainda não se usava tratamento com 
corticoídes sístêmicos. Atualmente a taxa de 
mortalidade está por volta de 5%. Já o pênfigo 
foliáceo, apresentava taxas de mortalidade de 
cerca 60% a 70% e, atualmente, não ultrapassa 
6%a 10%. 
Alternativa 8: CORRETA. No pênfigo vulgar o prin-
cipal anticorpo lgG é d irecionado contra a des-
mogleína 3, constituinte dos desmossomos, 
responsáveis pela adesão celular epidérmica, 
levando caracteristicamente à doença mucosa. 
Em muitos pacientes podem ser detectados an-
ticorpos lgG anti-desmogleina 1, associados à 
doença cutâneo-mucosa. 
Alternativa C: INCORRETA. Nos pênfigos, a titulação 
de autoanticorpos (JgG) séricos é diretamente 
Prova 2009 19 
proporcional à atividade da doença, sendo que 
pacientes com doença clinicamente ativa cos-
tumam apresentar altos níveis de anticorpos. 
Em casos de remissão da doença clínica os ní-
veis de anticorpos podem ser negativos. 
Alternativa 0: CORRETA. No pênfigo foliáceo os an-
ticorpos lgG são direcionados à desmogleina 1, 
sendo responsáveis por acantólise com forma-
ção de bolha superficial apenas na pele, sem 
acometer mucosa. 
15 Um homem de 30 anos apresenta quadro clínico de faringite e recebe tratamento 
com ampicilina. Após 3 dias, surge erupção eri-
tematosa com pequenas pústulas superpostas, 
inicialmente na face e regiões intertriginosas e, 
em seguida,disseminando-se para o dorso e 
membros inferiores. Sua temperatura é de 39°( 
e sua contagem de neutrófilos é de 7xl 03/ml. O 
exame anatomopatológico de uma das lesões 
revela pústulas intraepidérmicas com edema 
na derme superficial e um infiltrado perivascu-
lar de eosinófilos. Em relação ao quad ro descri-
to, o diagnóstico CORRETO seria: 
® Pustulose exantemática aguda generalizada. 
@ Dermatose neutrofílica febril aguda não su-
purativa. 
© Psoríase pustulosa. 
@ Foliculite eosinofílica. 
Alternativa k CORRETA. A pustulose exantemáti-
ca aguda generalizada é uma dermatose rara, 
aguda e causada em 90% dos casos por reação 
às drogas, principalmente antibióticos (beta 
lactâmicos e macrolídeos). Sua instalação é rá-
pida e geralmente associada à febre e história 
de uso de medicamentos, geralmente iniciados 
dentro de 48 horas antes do início. O quadro 
clínico caracteriza-se por surgimento abrupto 
de eritema, de desenvolvimento crânio caudal, 
com evolução para pústulas sobre o eritema, 
pequenas e não foliculares. Pode ocorrer poli-
morfismo de lesões. Seu exame anátomo-pa-
tológico é definido por pústulas subcórneas ou 
intradérmicas, edema da papila dérmica, infil-
trado perivascular de neutrófilos, eosinófilos e 
pode ocorrer vasculite leucocitoclástica. Necro-
se focal de queratinócitos pode ser visualizada, 
20 Questões lamentadas de Provas e loncursos em Uermatologia 
o que sugere farmacodermia. O tratamento 
consiste em suspensão do medicamento sus-
peito, sintomáticos e corticoides quando n e-
cessário. O prognóstico é bom, com resolução 
em cerca de duas semanas. 
Alternativa B: INCORRETA. A dermatose neutrofílica 
febril aguda, ou Síndrome de Sweet, é uma der-
matose neutrofílica incomum, mais presente 
em mulheres na faixa dos 50 anos, geralmen-
te após IV AS. Pode estar também associada às 
malignidades hematológicas, tumores sólidos 
de mama e gastrointestinais, HIV, doença infla-
matória intestinal, entre outros. Caracteriza-se 
por placas eritêmato-violáceas, infiltradas prin-
cipalmente nas extremidades dos membros 
superiores, face e pescoço, associadas à febre, 
cefaleia, mialgia e artralgias. O tratamento é fei· 
to com corticoides, com melhora sign ificativa e 
rápida após a introdução. 
Alternativa C: INCORRETA. A psoríase pustulosa ge-
neralizada ou pustulose de Von Zumbusch é 
uma forma de psoríase de aparecimento súbito 
e generalizado, e relacionada geralmente à in· 
terrupção de corticoide sistémico em paciente 
com psoríase, hipocalcemia e infecção. A hís-
topatología pode apresentar espongio se leve, 
paraceratose e a presença de pústulas espon-
gíformes de Kogoj, que são cavidades intraepi-
dérmicas com acúmulo de neutrófilos. 
Alternativa D: INCORRETA. A foliculite eosinoftlica é 
caracterizada por lesões pustulosas foliculares, 
pruriginosas e recorrentes, presentes na face, 
couro cabeludo, pescoço e tórax. Apresenta a 
forma clássica, chamada Doença de Ofuji, a for-
ma relacionada ao HIV, e a forma infantiL 
16 Em relação à tuberculose cutânea, assina-le a afirmativa INCORRETA: 
® O lúpus vulgar é produto da disseminação 
linfática do bacilo no hospedeiro com baixa res-
posta imune. 
@ A inoculação exógena do bacilo causa o 
cancro tuberculoso e a tuberculose verrucosa 
cutânea. 
© As formas mais frequentes são o lúpus vul-
gar e o escrofuloderma causadas por dissemi-
nação endógena. 
@ O lúpus vulgar é raro nos trópicos; nestes 
predominam o escrofuloderma e lesões verru-
cosas. 
_, ____ ,., 
f) 
Alternativa A: INCORRETA. O lúpus vulgar é uma 
forma de tuberculose que acomete áreas ex-
postas, principalmente face, de curso crônico, 
em indivíduos previamente sensibilizados à 
tuberculose e com alta resposta imune {PPD 
positivo). Em geral, os pacientes possuem tu-
berculose extracutânea e há uma disseminação 
hematogénica, linfática ou por contiguidade, 
atingindo a pele e dando origem a tais lesões. 
Alternativa B: CORRETA. São causados por inocula-
ção exógena do agente o cancro tuberculoso, 
a forma verrucosa cutânea e a tuberculose in-
duzida pela BCG. No cancro tuberculoso o pa-
ciente nunca havia sido infectado pelo bacilo 
{PPD negativo), já na forma verrucosa os paci-
entes já haviam tido contato prévio e sensibili-
zação (PPD positivo). 
Alternativa C: CORRETA. O escrofuloderma se apre-
senta como nódulos e fístulas que drenam ma-
terial caseoso e purulento pela pele, principal-
mente na região cervical. Os pacientes, em geral, 
apresentam positividade no PPD. O escrofulo-
derma é a forma de tuberculose cutânea mais 
frequente em nosso meio (países em desenvol-
vimento). Juntamente com o lúpus vulgar, inco-
mum, são as duas formas mais encontradas en-
tre as endógenas (periorificial. gomosa e miliar). 
Alternativa D: CORRETA. A tuberculose vulgar é rara 
nos trópicos, mas é a forma mais comum de tu-
berculose na Europa. A tuberculose verrucosa é 
a forma mais comum de tuberculose exógena, 
já o escrofuloderma ainda é a forma de tubercu-
lose cutânea mais frequente em países como o 
Brasil e fndia. 
17 Em ~ela7ão às tubercúlides, assinale a afir-mativa Incorreta: 
® A infecção por M. tubercu/osis pode ser res-
ponsável d ireta ou indiretamente, sendo a PCR 
positiva ou negativa, respectivamente, em 
amostras cutâneas. 
® As drogas empregadas para o tto d e tuber-
culose são ineficazes nas tubercúlides e a invo-
lução espontânea é a regra. 
© O emprego da PCR tem permitido revelar 
DNA de M. tuberculosis em amostras de lesões 
de Eritema lndurado de Bazin/vasculite nodular 
e em tubercúlide pápulo-necrótica. 
@ A sarcoidose embora não seja considerada 
tubercúlide, pode resulta r de reação imunoló-
gica a antígenos micobacterianos. 
Alternativa A: CORRETA. A definição de tubercúli-
des, proposta por Darier em 1846, consiste em 
reações de hípersensibilidade ao M. tuberculo-
sis ou a algum fragmento específico da mico-
bactéria, sem a sua presença na lesão cutânea. 
Nesses casos, o bacilo íntegro não é visualizado 
na biópsia e a cultura geralmente é negativa; 
entretanto análises de PCR encontraram o DNA 
do M. tuberculosis em tubercúlides papulo-ne-
cróticas e eritema indurado de Bazin (77% dos 
casos). mas ainda não foi identificada na forma 
de líquen escrofulosorum. 
Alternativa 8: INCORRETA. As tubercúlides, por se 
tratarem de reações de hipersensibilidade ao 
M. tuberculosís em pacientes com imunidade 
presente (ou seja, houve contato do paciente 
com o bacilo), devem ser tratadas. O tratamen-
to recomendado pelo Ministério da Saúde é o 
esquema tríplice (rifampicina, isoniazida, pirazi-
namida), o mesmo utilizado para o tratamento 
de outras formas de tuberculose. 
Alternativa C: CORRETA. Vide alternativa A. 
Alternativa 0: CORRETA. A sa rcoidose é uma doen-
ça granulomatosa, de etiologia desconhecida, 
com intensa proliferação de células T helper 
(Thl). com consequente desenvolvimento 
de uma resposta granulomatosa não caseo-
sa. Por conta dessa proliferação local de Thl, 
consequentemente a resposta celular fica re-
duzida, como pode-se notar com a falha na 
sensibilização ao DCNB. Acredita-se q ue essa 
reação de células Thl ocorra em ind ivíduos 
geneticamente predispostos em contato com 
antígenos sensibilizantes, entre eles o M. tu-
berculosis, Propionilbacterium acnes, Borre/ia 
burgdorferi, Corynebacterium, Mycoplasma 
spp., espiroquetas, vírus, entre outros. 
18 Em relação à urticária, assinale a alterna-tiva INCORRETA: 
® A urticária pode estar associada à mono-
nucleo~e infecciosa (Epstein Barr vírus), assim 
como ser pródromo da hepatite B. 
Prova 2009 21 
®Infecções virais e estreptocócicas são causas 
comuns da urticária crônica no adulto. 
© A associação entre doença tireoidiana e ur-
ticária crônica é amplamente relatada, embora 
os mecanismos envolvidos a inda não sejam 
claros. 
@ A associação da urticária aolúpus eritema-
toso pode ser indicativa da disfunção imune da 
doença de base. 
Alternativa A: CORRETA. A urticária se caracteriza 
pela ocorrência de lesões eritematoedemato-
sas, súbitas, que podem ser primárias ou as-
sociadas a doenças. Podem apresentar diver-
sos mecanismos etiopatogênicos, entre eles, 
dependentes de lgE, por hipersensibilidade 
tipo 11, 11 1 o u IV e não imunes. Dentre as urticá-
rias agudas (período menor que 6 semanas), 
as principais causas são: idiopáticas, infecções 
virais (vias aéreas superiores), drogas (antibió-
ticos, laxativos, AAS, A INEs, morfina), alimentos 
(frutos do mar, castanhas, frutas, condimentos, 
entre outros), hemoderivados, contrastes, para-
si toses e picadas de abelha e vespas. A hepatite 
B pode ser uma causa de urticária aguda e crô-
nica. Na urticária vasculite é citada associação, 
numa p arcela pequena dos pacientes, com LES, 
Sindrome de Sjogren, hepatite B ou C, doença 
de Lyme ou mononucleose infecciosa. 
Alternativa B: INCORRETA. As urticárias crônicas 
(período maior que 6 semanas) podem ser de-
sencadeadas pelos mesmos fatores das agudas, 
mas, em sua maioria, são de causa autoimune, 
ídiopática e física. Outras causas implicadas são 
pseudoalergênica, infecção e vasculite. Devem 
ser pesquisa das doenças sistêmicas associadas: 
doenças genéticas, doenças autoimunes (cola-
genoses, crioglobulinemia), vasculites (Wege-
ner, Churg-Strauss, Takayasu), doenças hemato-
lógicas (policitemia vera), entre outras causas. 
Alternativa C: CORRETA. Estudos demonstram uma 
associação entre urticária crônica e antico rpos 
antiperoxidase e antitireoglobulina, nos quais 
até 20% dos pacientes com urticária crônica re-
fratária tinham tais anticorpos aumentados. Tal 
correlação sugere alterações no sistema imune, 
no qual autoanticorpos antireoidianos estariam 
associados à etiopatogenia da urticária crônica. 
Alternativa 0: CORRETA. Nos pacientes com u r-
ticária vasculite são observados anticorpos 
22 Q\lestões Comentadas de Provas e Concursos em Dermatologia 
(anticolágeno C1 q) formadores de imunocom-
plexos circulantes; tais anticorpos também fo-
ram descritos em pacientes com lúpus eritema-
toso sistêmico. 
A detecção dos mesmos autoanticorpos em 
ambas, assim como os casos de associação das 
duas doenças no mesmo paciente, podem ser 
indicativos da disfunção imune na urticária. 
19 Em relação aos efeitos dérmicos da cor-ticoterapia tópica prolongada, é correto 
afirmar que há: 
®Aumento da substância fundamental. 
® Aumento da síntese de e lastina. 
©Diminuição da síntese do colágeno. 
@ Diminuição da melanogênese. 
Alternativa A: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa 8: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa C: CORRETA. Os corticoides tópicos re-
duzem o me tabolismo e atividade celular da 
epiderme, causando atrofia epidérmica. Cau-
sam também redução da síntese de grânulos 
de querato-hialina, colágeno, entre outras mo-
léculas essenciais. Na derme, há reabsorção de 
mucopolissacarídeos, que promove a atrofia 
dérmica. Consequentemente, o tecido de sus-
tentação vascular fica comprometido, C!Jusan-
do ruptura vascular a mínimos traumas, como 
equimoses e púrpuras. 
Alternativa D: INCORRETA. O uso de corticoides 
pode causar inibição da função de melanóci-
tos, o que leva à hipopigmentaçáo localizada; 
entretanto esse efeito é observado em pacien-
tes que fazem uso de corticoides oclusivos ou 
injetáveis crônicamente. 
20 Em relação ao tratamento da rosácea te-langiectásica, é CORRETO afirmar que o 
aparelho que apresenta maior eficácia é o laser 
de: 
® Dióxido de carbono. 
® Nd: Yag Q-switched. 
© Rubi Q-switched. 
@ Corante pulsado. 
Alternativa A: INCORRETA. O laser de C0
2 
é um laser 
frac ionado ablativo, com alta eficácia no trata-
mento do rejuvenescimento, cicatrizes, estrias, 
e uma cicatrização mais rápida, devido à tecno-
logia fracionada. , 
Alternativa B: INCORRETA. 6s aparelhos com a tec-
nologia Q-switched, Rubi Q-switched e NO: YAG 
Q-switched são muito utilizados atualmente 
em lesões com pigmento e melanina, sendo as 
melhores opções para remoção de tatuagens, 
com baixo risco de efeitos colaterais. 
Alternativa C: INCORRETA. Vide alternativa B. 
Alternativa 0: CORRETA. O tratamento das lesões 
vasculares com lasers são d irecionados à oxi-
·hemcglobina, que se encontra dentro dos va-
sos a suem tratados. 
O lasc:::r de cc rante luz pulsada é a p rime ira op-
ção para o tratamento das lesões vasculares 
por terem ótimos resultados e serem seguros. 
Também são opções para tais lesões: NO: YAG 
de 532 e 1 064nm, laser de titanyl fosfato de po-
tássio (KTP) e luz intensa pulsada (LIP). O KTP 
tem vantagem em relação ao corante pulsado, 
para lesões telangiectásicas na face, pois causa 
menos e ritema e púrpura após a aplicação, mas 
necessita de mais sessões para o resultado. LIP 
também apresenta bons resultados em telan-
giectasias na face. 
21 O uso ~e acitretin~ .e~tá contrai~dicado em pac1entes psonatlcos com nsco au-
mentado de: 
® Hiperlipidemia. 
® Osteo-artrose. 
© Urolitíase. 
@ Arritmias. 
Alternativa A: CORRETA. A acitretina é um medica-
mento da classe dos retinoides, cuja ação é in-
tranuclear. Após a entrada na célula, há ligação 
com as enzimas CRABP-1 e CRABP-11 e conversão 
para ácido retinoico, que se liga aos receptores 
nucleares RXR e RAR, agindo na diferenciação 
celular, oncogênese, apoptose e diferenciação 
de citoqueratinas. A acitretina é utilizada na 
psoríase, pitiríase rubra p ilar, doença de Darier, 
ceratodermias e ictioses. t teratogênica, sendo 
contraindicada em gestantes. Contraindica-
çôes absolutas: gravidez, lactação, inadaptação 
a métodos contraceptivos, hipe rsensibilidade a 
parabenos. Relativas: leucopenia, hipotireoidis-
mo, disfunção renal, hipertrigliceridemia e /ou 
hipercolesterolemia, bem como hepatopatias. 
Alternativa 8: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa 8: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa 8: INCORRETA. Não se aplica. 
22 Numere a COLUNA 11 de acordo com a COLUNA I, associando as drogas usadas 
no tratamento sistêmico da acne com seus efei· 
tos colaterais mais frequentes: 
COLUNA I 
1. MmocKiina 
2. Clindamicina 
3. Estrad1ol 
4. Dapsona 
COlUNA li 
() Anem1a hemolítica. 
() Tromboembolismo. 
() Colite pseudomembranosa. 
() Pigmentação de mucosas. 
() Pigmentação ungueal. 
@ (1)(2)(3)(4)(1) 
® (4) (3) (2) (1) (1) 
© {1) {3) {2) {4) (4) 
© (4) (2) (3) {1) (2) 
Prova 2009 23 
FAN); queixas gastrointestinais; hepatotoxicida-
de; exantema, Síndrome de Stevens-Johnson, 
entre outras. 
{2). A clindamicina é um antibiótico utilizado na 
dermatologia, tanto na acne, como em infec-
ções cutâneas (pele e subcutâneo). infecções 
do folículo piloso, hidradenite supurativa, in-
fecções de tecidos profundos (fasci íte necroti· 
zante). A colite pseudomembranas é um efeito 
colateral muito temido e pode acometer até 
1 0% dos pacientes; outros efeitos descritos são: 
queixas gastrointestinais, alterações hepáticas, 
rash cutâneo, anafilaxia, eritema polimorfo e 
até Síndrome de Stevens-Johnson. 
(3). Hormônios masculinos convertidos pela 
5alfa redutase, aparentemente, agem na pele 
estimulando a secreção sebácea, com aumento 
da acne. O uso de anticoncepcionais hormo-
nais com estradiol, associado a progestagenios 
de efe ito antiandrogênico, têm efeito de me-
lhora da acne. O uso de estradiol está associa-
do à trombose, aumento do risco de câncer de 
mama e ovário, entre outros. 
(4). A dapsona apresenta-se como opção no tra· 
tamento de diversas doenças dermatológicas, 
entre elas na hanseníase, malária e doenças 
inflamatórias (dermatite herpetiforme, eritema 
elevatum diutinum, pustulose subcórnea, Sín-
drome de Sweet, psoríase pustulosa, doenças 
bolhosas, entre outras). Entre os efeitos colate -
rais da dapsona, a hemólise é um dosmais te-
midos, podendo ocasionar metemoglobinemia 
e necrose tubular aguda. Outros também cita-
dos, são: síndrome sulfônica, eritema pigmen-
tar fixo, eritema polimorfo, eritema nodoso, 
fotossensibilidade, eritrodermia, colestase he-
pática, queixas neurológicas, gastrointestinais 
e hematológicas. 
Alternativa C: INCORRETA. Não se aplica. 
0 e Alternativa D: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa A: INCORRETA.Não se aplica. 
Alternativa 8: CORRETA. (1). As tetraciclinas, entre 
elas a minociclina, são drogas muito utilizadas 
na acne, pois além do efeito antibiótico, tam-
bém apresentam efeito anti-inflamatório, útil 
nas lesões inflamadas. São efeitos cola terais da 
minociclina: pigmentação negro-azulada em 
unhas, mucosas {esclera) e cicatrizes; pigmen-
tação definitiva em dentes e ossos, se usadas 
em crianças pequenas, grávidas ou lactantes; 
indução de doença autoimune (produção de 
22 A pitiríase rubra pilar afeta ambos os se-xos e todas as raças. Em relação às suas 
características, assinale a afirmativa incorreta: 
®O prurido de moderado a grave ou sensação 
de queimação são comumente observados. 
® A sua etiologia permanece desconhecida, 
embora d isfunção da vitamina A tenha sido 
sugerida. 
24 Uuestões lamentadas de Provas e loncursos em Dermatologia 
© O tipo I (adulto clássico) de Griffiths e Gon-
záles-Lopez corresponde a mais de 50% dos 
casos. 
@ Tipo 111 (juvenil clássico) frequentemente se 
inicia no primeiro ou segundo anos de vida, as-
semelhando-se ao tipo r. 
Alternativa A: INCORRETA. Clinicamente, a pitiríase 
rubra pilar inicia-se com pápulas eritematosas 
folicula res, que coalescem e formam placas eri-
témato-descamativas, eritematosas de colora-
ção salmão e com ilhotas de pele sã. O prurido 
geralmente é intermitente e discreto. Além das 
lesões cutâneas, há associação de queratoder-
mia palmo-plantar, de coloração amarelada, e 
pápulas foliculares com espículas córneas no 
dorso da l'e 2• falanges dos dedos. 
Alternativa 8: CORRETA. A pitiríase rubra pilar apre-
senta duas formas, familiar e esporádica. A 
forma familiar apresenta-se relacionada a dis-
túrbio de queratinização e é herança de trans-
missão autossõmica dominante, enquanto a 
etiologia da forma esporádica é desconhecida, 
podendo estar relacionada a trauma e infecção 
grave. Ainda sem estudos confirmatórios, há 
estudos relacionando melhora da PRP com a 
suplementação de vitamina A. 
Alternativa C: CORRETA. A PRP é dividida em 5 
subtipos: tipo I ou clássica do adulto (55% 
dos casos, com resolução espontânea em 60 a 
80% dos casos em 3 anos), tipo 11 ou atípica do 
adulto (5% dos casos, com áreas eczematosas, 
com queratodermia palmoplantar, descama-
ção ictiosiforme e alopecia, com curso crônico 
e duração de até 20 anos), tipo 111 ou forma clás-
sica da infância (1 0% dos casos, de início nos 
primeiros anos de vida, com remissão após um 
ou dois anos e de quadro clínico semelhante à 
clássica do adulto), tipo IV ou atípica da infância 
(25% dos casos, surge no período pré-puberal, 
com placas bem delimitadas, plugs foliculares 
e queratodermia palmoplantar), e tipo V (5% 
dos casos, in f cio na infância, forma atípica, com 
tendência à cronificação). Além dos 5 subtipos, 
existe uma forma de PRP re lacionada ao HIV, 
cujo quadro clínico é semelhante ao tipo I, po-
rém mais exuberante. 
Alternativa D: CORRETA. Vide alternativa C. 
23 Analise as seguintes afirmativas sobre reações adversas a drogas e assinale a 
alternativa correta: 
® As erupções morbiliformes geralmente não 
se repetem com a reexposição. 
® As erupções exantemáticas constituem o 
tipo clínico mais comum. 
© O tronco e as extremidades são poupados 
com freqüência relativamente alta. 
@ O comprometimento inicial da face, com 
posterior migração para o tronco, é a regra. 
Alternativa A: INCORRETA. Apesar de não ocorrer 
na totalidade dos casos, pacientes podem 
apresentar novamente erupções exanremá-
ticas quando reexpostos à mesma droga. As 
principais drogas relacionadas às reações exan-
temáticas medicamentosas, são: penicilinas, 
fenilbutazona, sulfonamidas, fenitoína, car-
bamazepina, gentamicina, entre outras. 
Alternativa 8: CORRETA. As erupções exantemáti-
cas maculopapulares são o tipo clínico mais co-
mum de reações cutâneas a drogas, surgindo 
por volta da segunda semana após a exposição, 
secundária a qualquer droga utilizada. 
Alternativa C: INCORRETA. O quadro clínico se mani-
festa por rash maculopapuloso, morbiriforme, 
escarlatiforme ou rubeoliforme, que acomete, 
principalmente, tronco e membros, mas tam-
bém áreas inte rtriginosas e palmoplantares, 
podendo generalizar. 
As lesões podem evoluir para eritrodermia es-
foliativa, caso a droga seja mantida, ou se resol-
verem com descamação fina. O quadro cutâneo 
pode ser associado a febre, prurido, queimação 
e eosinofilia. 
Alternativa D: INCORRETA. O acometimento da face 
não é frequente, e é umas das características 
que auxilia na diferenciação no rash medica-
mentoso e do rash viral. 
Esse último, em geral, se inicia na face e, poste-
riormente, generaliza, podendo estar associado 
a sintomas sistémicos como febre, adenomega-
lia e conjuntivite. 
24 Um paciente com diagnóstico de esclero-se tuberosa e arritmia cardíaca fez uso de 
fenobarbital e amlodarona há cinco semanas. Foi 
internado com eritrodermia esfoliativa, acompa-
nhada de febre, edema facial com pápulas, lin-
fonodomegalia, hepatomegalia com alterações 
das provas de funçâo hepática e hemograma 
com eosinotilia e linfócitos atípicos. Em relação 
ao caso descrito, o diagnóstico correto seria: 
® Psoríase eritrodérmica. 
@ Mononucleose infecciosa. 
© Lu pus eritematoso sistêmico. 
@ Síndrome DRESS. 
Alternativa A: INCORRETA. As principais causas de 
eritrodermia em adultos, são: psoríase, derma-
tite atópica, reação a drogas, id iopática, linfa-
ma cutâneo de células T (Síndrome de Sézary), 
pitiríase rubra pilar, paraneoplasia, dermatite 
actínica crônica, entre outras causas. A eritro-
d ermia da psoríase fornece como pistas, comu-
mente, o acometimento ungueal, lesões pso-
riasiformes em placas, pústulas subcórneas e a 
face pode ser poupada, além de, na anamnese, 
a possibilidade de retirada de drogas como me-
totrexato e corticoides orais. 
Alternativa B: INCORRETA. A mononucleose infec-
ciosa é uma infecção vira! causada pelo vírus 
Epstein-Ba rr, mais comuns em adolescentes e 
adultos jovens, caracterizada por febre, farin-
gite e linfadenopatia, podendo ocorrer esple-
nomegalia. Há anorexia, náuseas, vômitos e 
artralgias. O exantema pode ser morbiliforme, 
urticariforme, escarlatiniforme e podem ocor-
rer vesículas. O curso da doença é autolimitado. 
Alternativa C: INCORRETA. O lúpus eritematoso 
sistêmico (LES) é uma doença autoimune de 
comprometimento sistêmico. Pode apresentar 
acometimento cutâneo em alguns casos, com 
lesões bolhosas principalmente em á reas fo-
toexpostas (LE bolhoso, relacio nado Drug Reac-
tion with Eosínofilia and Sistemic Simptomsa LE 
sistêmico), assim como lesões circinadas, pso-
riasiformes (LE subagudo, risco de LES de 50%) 
e lesões em placas cicatriciais eritematosas em 
áreas fotoexpostas (LE crônico, 5% de risco 
de LES). Além disso, o LES apresenta, em seus 
critérios d iagnósticos, sinais cutâneos: úlceras 
orais, fotossensibilidade, lesão discoide típica 
e e ritema ma!ar persistente. Eritrodermia esfo-
liativa não é semiologia cutânea classicamente 
associada com LES. 
rrova LUU~ L) 
Alternativa D: CORRETA. A Síndrome DRESS (Drug 
Reaction with Eosinofilia and Sistemic Simptoms) 
é uma reação de hipe rsensibilidade a medi-
camentos, provavelmente por alterações no 
metabolismo de a lgu ns medicamentos, como 
sulfonamidas e anticonvulsivantes (como o 
fenobarbital). Rara, ocorre geralmente entre a 
segunda e a sexta semana de início, comfeb re 
e erupção cutânea, geralmente morbiliforme, 
edematosa, de desenvolvimento :Crânio-cau-
dal. Há linfonodomegalia, eosinotilia e pode 
ocorrer e levação das enzimas hepáticas. O AP 
evidencia um infiltrado linfocítico na derme 
superficial, com a presença de eosinófilos e 
edema na derme. O tratamento e primeira li-
nha envolve a suspensão da droga e uso de 
corticoides sistêmicos, com melhora progres-
siva dentro de duas a quatro semanas. Causas 
medicamentosas mais comuns: fenobarbital, 
carbamazepina, lamotrigina, fenitoína, alopuri-
nol, sais de ouro, entre outros. 
Critérios diagnósticos DRESS: erupção cutânea 
relacionada à introdução de medicamento; 
anormalidades hematológicas (eosinofilia > 
1500/mm1 ou linfocitose atípica); envolvimen-
to sistêmico (adenopatia > 2cm de d iâmetro, 
hepatite, nefrite interst1cial. pneumonia inters-
t icial ou cardite). 
25 Um homem de 38 anos com SIDA apre-senta vários nódulos eritematosos pedi-
culados com escamas aderentes na superfície 
e com aspecto semelhante ao de granulomas 
piogênicos. O tratamento mais adequado para 
esse caso seria: 
® Eritromicina o ral. 
@ Crioterapia com nitrogênio líquido. 
© Excisão com eletrodessecação. 
@ Cefalospori:1a oral. 
Alternativa A: CORRETA. A angiomatose bacilar é 
uma doença bacteriana causada pela Barto-
ne{/a hensP.Iae ou B. quintana, que acomete, em 
geral, pacientes HIV positivos com CD4 menor 
que 200 células/mm ou pacientes imunossu-
p rimidos, após contato com gatos contamina-
dos ou condições de baixa higien~ (piolhos). 
As manifestações podem ser cutâneas, mais 
26 Questões Comentadas de Provas e Concursos em Dermatologia 
frequentemente, ou podem acometer qualquer 
outro órgão, entre eles ossos, fígado e baço. Na 
pele, as lesões mais típicas se apresentam como 
pápulas, eritematosas, vascularizadas, friáveis, 
únicas ou múltiplas, q ue fazem diagnóstico di-
ferencial com granulo ma piogênico, associados 
ou não a queixas sistêm icas. Também pode se 
manifestar como nódulos dolorosos no sub-
cutâneo. O tratamento deve ser realizado com 
eritromicina oral, como primeira escolha; mas 
em casos com resposta inadequada, pode-se 
associar criote rapia, eletrodissecção ou cureta-
gem. 
Alternativa B: INCORRETA. Vide alternativa A. 
Alternat iva C: INCORRETA. Vide alternativa A. 
Alternativa 0: INCORRETA. A cefalosporina não tem 
eficácia no tratamento. Outros antibióticos que 
podem ser usados, como segunda escolha, são 
tetraciclinas, Bactrim, claritromicina, ciprofloxa-
cino, entre outros. 
26 Grávida com 20 anos de idade desenvol-ve um quadro clínico de tenossinovite no 
punho esquerdo, mia lgia, febre intermitente e 
lesões dolorosas pouco numerosas nas mãos e 
pés. São pápulas e pústulas, uma delas é bolha 
hemorrágica. A cultura do líquido sinovial foi 
negativa. Diante desse quadro, pode-se afi rmar 
que o agente etiológico envolvido, é: 
® Neisseria gonorreheae. 
® Treponema pallidum. 
© Staphylococcus aureus. 
@Salmonela typhi. 
6!lAU -oE: tiJ1'!COt.:DA"t:>€ 
Alternativa A: CORRETA. O Neisseria gonorreheae 
pode causar infecção gonocóccica dissemina-
da. É re lativamente ra ra e mais comum na mu-
lher durante pe ríod o m enstrual o u gestação. 
Há febre súbita aco mpanhada de artra lgia de 
mãos e pés, além d e lesões nas extremidades, 
que podem ser manchas eritematosas, purpú-
ricas e evoluírem para pústulas e necrose local. 
Pode evoluir com artrite séptica. O gonococo é 
isolado no líquido sinovial em apenas 50% dos 
casos, bem como a hemocultura. Se não trata-
da, pode evoluir com artrite incapacitante. 
Alternativa B: INCORRETA. O secunda rismo d a 
sífilis, causado pelo Treponema pallidum, é 
caracterizado por sinais cutâneos como a ro-
séola sifilítica, o colarete de Biet, alopecia em 
clareira. Sistemicamente, pode haver espleno-
megalia, cefaleia e vômitos intermitentes. A 
febre costuma surgir somente associada a qua-
dros de meningite. 
Alternativa C: INCORRETA. A síndrome da pele es-
caldada estafilocôcica (5555) l>ode ocorrer em 
pacientes adultos jovens, geralmente se há 
insuficiência renal ou uso de medicações que 
alterem a função renal, como os AINES. Entre-
tanto, o quadro clínico é semelhante à SSSS da 
infância, com febre e eritema com evolução 
para erupção bolhosa tensa, associado a pró-
dramas como febre baix<~ e faringite. 
A ltem~tiva 0: INCORRETA. 5. tiphy pode causa r 
e rupções exantemáticas em 30% dos casos de 
infecção pela bactéria. com pá pulas rosadas de 
até Smm de diâmetro dispersas no tronco, que 
surgem em surtos, com evolução para cicatri-
zação em 3 a 5 dias, associados aos sintomas 
gastrointestinais. 
27 Um homem de 25 anos relata ter iniciado com múltipla~ lesões ulceradas e dolo-
rosas no pênis, com fundo purulento e bordas 
sem infiltração, oito dias após contato sexual 
desprogetido. Considerando a conduta mais 
adequada ao caso descrito, assinale a alterna-
t iva CORRETA. 
®Ad otar conduta expectante. 
®Pesquisar treponemas em campo escuro. 
© Instituir tratamento com vancomicina. 
@ Pesquisar corpúsculos de Donovan. 
• 
Alternativa A: INCORRETA. Diante de um quadro de 
úlcera genital, o paciente deve ser invest igado 
e tratado prontamente. Cond uta expectante 
não deve ser adotada. No caso d o can cro duro 
(sífilis), por exemplo, a lesão cutânea não t ra-
tad a involui, mas a doença evolui pa ra formas 
secundârias/terciárias (graves). 
Alternativa B: CORRETA. Segundo o Manual de DST 
do Ministério da Saúde (MS), pacientes com 
úlceras genitais há menos de 4 semanas, sem 
lesões vesiculosas, devem ser tratados junta-
mente para sífilis e cancro mole, recebendo 
penicilina G benzatina (2, 4 milhões UI, dose 
unica, IM) e Azitromicina (1 g, dose unica, VO) I 
Ciprofloxacino (500 mg 12112h por 3 dias, VO) 
I Eritromicina {00 mg 616hs por 7 dias, VO) I 
Ceftriaxona (250 mg, dose unica, IM). O exame 
de pesquis<! de trepone:na em campo escuro, 
caso positivo, possibilitaria o diagnóstico da sí-
filis, mas não evolui cancro mole concomitante, 
sendo por isso a recomendação do MS de tratar 
as duas doenças. 
O cancro mole é uma doença bacteriana agu-
da, causada pelo Haemophilus ducreyi, levando 
a diversas ulceras autoinoculáveis, dolorosas, 
moles, de fundo sujo, 4 a 7 dias após contato 
desprotegido. O cancro duro, lesão carecterísti-
ca da sífilis primária, é causada pelo Treponema 
polfidum, surgindo, geralmente, três semanas 
após o contato desprotegido. A úlcera, em ge-
ral, é única, 1ndolor, consistência endurecida, 
acompanhada de adenomegalia assintomática, 
que remire espontaneamente após quatro se-
manas do surgimento. Em casos não tratados 
a doença evolue sistemicamente para estágios 
mais avançados. O cancro misto de Rollet é re-
sultante da coinfecção de cancro duro e cancro 
mole, apresentando características comuns a 
ambos. 
Alternativa (: INCORRETA. A Vancomicina não é 
uma medicação utllízada no tratamento de úl-
ceras genitais. 
Alternativa D: INCORRETA. A Donovanose, ou gra-
nuloma inguinal, é uma doença crônica, se-
xualmente transmissível, causada pe la Calyma-
tobacterium granulomatis, que leva à formação 
de úlceras grandes e indolores. O diag nóstico 
se dá pelo encontro d e corpúsculos de Dono-
van dentro de hlstiócltos, no exame anatomo-
patológico de biópsia da lesão; esse ultimo é 
indicado em úlceras genitais acima de quatro 
semanas de evolução. Atualmente a doxiciclina 
é considerada a droga de escolha pelo MS. 
28 Triquilemomás estão associados a uma genodermatose que apresenta a seguin-
te característica: 
@ Alta incidência de câncer de mama em mu-
lheres. 
® Herança autossômlca recessiva. 
© Recessiva ligada ao X. 
@ Alta incidência de poli pose intestinal benig-
na. 
Prova 1009 27 
Alternativa A: CORRETA. Triquilemomas são tu-
mores benignos de células da bainha externa 
do fo lículo piloso.Clinicamente, são pápulas 
ú nicas ou múltiplas, normocrômicas, even-
tualmente hiperpigmentadas. Sua superficie 
pode ser queratósica. Localizam-se preferen-
cialmente na face (região centrofacial). Sua his-
topatologia apre.senta proliferação de células 
basaloides, epiderme com hiperplasia verruco-
sa e hipergranulose. O t ratamento é corrPção 
cirúrgica com fins estéticos. Os triquilemomas 
múltiplos podem ser encontrados em pacien-
tes com a doença de Cowden, de transmissão 
autossómica dominante, devido a uma muta-
ção no gene PTEN 1. Pacientes com doença de 
Cowden apresentam maior predisposição à 
ocorrência de tumores malignos, principalmen-
te de mama. As lesões cutâneas mais comuns 
são os triquilemomas múltiplos faciais, papila-
mas orais e queratose acral. Há risco aumenta-
do de ad enomas de tireoide. Poli pose intestinal 
é um achado relatado nesses pacientes, porém 
menos frequente. 
Alternativa 8: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa C: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa D: INCORRETA. Não se aplica. 
29 "Uma garra segurando uma bola~ des-creve os achados histopatológicos vistos 
no líq uen: 
® Plano. 
@ Estriado. 
© Aureus. 
@ Nítido. 
Alternativa A: INCORRETA. São achados encontra-
dos no líquen plano: hiperqueratose compacta, 
hipergranulose em cunha, acantose irregular 
com cristas em "dente de serra~ liquefação da 
camada basal. infiltrado linfocitário em faixa na 
derme {liquenoide), incontinência da melanina, 
corpúsculos coloides. No exame de imunofluo-
rescência direta, na maioria dos pacientes, são 
en contrados lgG na junção dermoepidérmica. 
O exame anatomopatológico do líquen plano é 
b em característico. 
28 Qu~tões Comentadas de Provas e Concursos em Dermatologia 
Alternativa 8: INCORRETA. O líquen estriado, geral-
mente, apresenta no exame histopatológico: 
paraqueratose focal, acantose, espong iose, 
linfócitos perivasculares, liquenoides ou p eri-
foliculares. 
Alternativa C: INCORRETA. Exame histopatológico 
semelhante ao da púrpura pigmentosa crônica, 
com tnOamação mais liquenoide; em geral, com 
epi~erme normal, extravasamento de hemá-
cia$, edema vascular e linfócitos perivasculares. 
Alternativa D: CORRETA. O líquen nítido apresenta 
atrofia epidérmica, com ou sem paraqueratose, 
corr. linfócitos aglomerados na derme papilar, 
de fo rma anular, cercados pelos cones epidér-
micos (colarete). Esse aspecto da bola de linfó-
citos rodeados pelos cones ep id érmicos dá um 
aspecto conhecido como "uma garra seguran-
do uma bola: Também podem estar presentes 
células gigantes multinucleadas e liquefação 
focal da camada basal. 
-------· -------
30 A administração da toxina botulínica deve ser evitada nos pacientes que esti-
verem fazendo uso de: 
@ Aminas vasoativas. 
® Antidrepressivos tricíclicos. 
© Diuréticos tiazídicos. 
@ Aminoglicosfdeos. 
Alternativa A: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa 8: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa C: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa D: CORRETA. Algumas contraindicaçôes 
ao uso da toxina botulínica: doenças psiquiá-
tricas, hipersensibilidade, infecção no local da 
aplicação, doenças neuromusculares, imunes-
supressão, colagenoses, tratamento concomi-
tante com: aminoglicosídeos (pode potenciali-
zar os efeitos da toxina botulínica), polimixinas, 
tetraciclinas, lincosaminas, penicilaminas, ci-
closporinas, antagonistas do canal de cálcio, 
anestésicos locais ou anticolinérgicos. 
31 Analise as seguintes afirmativas relacio-nadas a um quadro de pelagra em início 
de tratamento. Assinale a alternativa CORRETA: 
@ Melhora clínica é observada após duas se-
manas. 
® Di arreia e alterações mucosas são os últimos 
sinais a regredir. 
© Sintom as neurológicos p ode m não regredir 
totalmente. 
@ Niacina deve ser empregada por via paren-
teral em todos os casos. 
Grau de d ificuldade: intemediário 
Alternativa A: INCORRETA. A melhora cl ínica se in i-
cia rap id amente após o inicio da administração 
oral de acido nicotinico. As queixas mentais se 
resolvem nas primeiras 24 a 48 horas, já as quei-
xas cutâneas podem demorar até q uatro sema-
nas para desaparecerem. 
Alternativa B: INCORRETA. Nos principais livros e ar-
tigos de referênoa não é citado sobre a regres-
são de sintomas Intestinais e mucosas. 
Alternativa C: CORRETA. A pelagra é uma dermatose 
nutricional causadil pela deficiência de vitami-
na B3, niacina; pede ser secundária à ba ixa in-
gestão de proteínas animais, vegetais verdes e 
frutas, assim como pacientes alcoólatras, usuá-
rios de drogas, doenças com baixa absorção 
intestinal. O quadro clínico se caracteriza pela 
ocorrência de lesões cutâneas eritematopruri-
ginosas, que evoluem pa ra lesões edematosas, 
podendo formar bolhas e crostas, posterior-
mente descamativas, hiperpigmentadas e com 
fissuras. Acometem, tipicamente, áreas fotoe-
xpostas, sendo bem del im itadas. Também po-
dem se associar a lesões labiais, genitais e em 
língua. Alterações gastrointestinais, como glos-
sodínea, inapetência e diarre ia, são associadas 
às lesões cutâneas, assim como as alterações 
neuropsiquiátricas, como d epressão, irritabili-
dade, perda de memória, polineuropatia, atro-
fia de nervo óptico e até mielinólise pontina. O 
tratamento é realizado com reposição d e ácido 
nicotfnico via oral. 
Alternativa D: INCORRETA. O tratamento na maioria 
dos casos é rea lizado por via oral. A via parente-
ralé reservada apenas para casos graves. 
32 Criança de dezoito meses apresenta pele seca e e ritema, púrpura e hipe:rpig-
mentaçâo nas áreas de fraldas e de saliências 
ósseas além de cabelos com "sinal da b andei-
ra~ Essa criança provavelmente também apre-
senta: 
® Facies simiesca. 
@ Edema. 
© Fotofobia. 
@ Hiperplasia gengiva!. 
Alternativa A: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa 8: CORRETA. O kwashiorkoré um quadro 
d e desnutrição proteica, que pode vir ou não 
acompanhado de desnutrição calórica. Surge 
geralmente em crianças a partir dos seis me-
ses, quando a amamentação por leite materno 
geralmente é reduzida e, consequentemente, a 
oferta proteica é menor. Quadro mais comum 
em países com baixo nível de desenvolvimento. 
O quadro clínico varia de descamação e xerose 
cutânea a quadros mais graves, de aspecto pe-
lagroide, com eritema, púrpura, pigmentação, 
comuns nas áreas de fraldas e saliências ósseas. 
Devido à hipoalbuminemia, pode haver edema 
nas extremidades. Outro achado comum é o 
"sinal da bandeira~ representado por alterações 
na coloração dos cabelos em faixas, sendo as 
áreas mais claras correspondentes aos perío-
dos de desnutrição, e as áreas mais escuras 
relacionadas aos períodos de melhor nutrição 
d o paciente. Associado ao quadro cutâneo, ob-
serva-se apatia, anorexia, irritabilidade, retardo 
de crescimento, alterações psicomotoras, infec-
ções frequentes, hipoalburninemia, edema ge-
neralizado, diarreia e hepatomegalia. 
Alternativa C: INCORRETA. Não se aplica. 
Alternativa D: INCORRETA. Não se aplica. 
33 Criança de dois anos de idade, com pele e cabelos claros e olhos azuis, apresenta 
retardo mental e alterações neurológicas com 
hiperreflexia e convulsões. O quadro dermato-
lógico é de e rupção eczematosa tipo eczema 
atópico. O d iagnóstico será confirmado pela 
pesquisa d e: 
® Ácido homogentísico na urina. 
® Aminoácidos do grupo monoaminoca rboxil 
na urina. 
© Tirosina, metionina ou succinilacetona no 
sangue. 
@ Fenilalanina no sangue ou urina. 
-
•• 
rru•a LvvJ 1.:1 
Alternativa A: INCORRETA. A positividade de ácido 
homogentísico na urina é o achado laboratorial 
d iagnóstico da afcaptonúria. Também chama-
da de ocronose endógena, é uma doença se-
cundária ao acúmulo do ácid o homogentísico 
no organismo. A suspeita cllnica decorre da 
presença de escurecimento da urina e do suor, 
em crianças, assim como o steoartrite e acome-
timentode outros órgãos, em adultos. Tai~ al-
terações decorrem da deposição da substância 
nos órgãos (olhos, ouvidos, pele cor azul acin-
zentada, sistemas geniturinário, cardiovascular 
e musculoesq uelético). 
Alternativa 8: INCORRETA. A detecção de aminoáci-
dos do grupo monoaminocarboxil na urina leva 
ao diagnóstico da doença de Hartnup. ~ uma 
desordem autossómica reces~IVa, que leva à 
deficiência na produção de niacina - vitamina 
83, com quadro clínico cutâneo semelhante à 
pe lagra e a a lterações neurológicas. 
Alternativa C: INCORRETA. O acúmulo de tirosina, 
metionina ou succinilacetona no sangue, pode 
ser detectado no screening neonatal deTirosine-
mia 1, doença do metabo lismo da tirosina, que 
leva a problemas hepáticos, re:nais e alteração 
do desenvolvimento, nas crianças acometidas. 
Alternativa 0: CORRETA. A fenilcetonúria é uma 
doença autossõmica recessiva, que decorre 
do acúmulo de fenilalan ina não convertida a 
tirosina, por deficiência da enzima fenilalani-
na hidroxilase. A doença se desenvolve aind a 
nos primeiros meses de vida, e o diagnóstico 
se dá pela detecção de fenilalanina no sangue 
e urina. Entre as ca racterísticas clínicas estão o 
clareamento de cabelos e pelos (devido a uma 
redução da produção da melanina), retardo do 
desenvolvimento neuropsicomotor (efeito tóxi-
co da fenilalanina no SNC), pele seca com ecze-
ma e distúrbios neuropsiquiátricos. 
O tratamento consiste em dieta sem fenilalani-
na e reposição de tirosina. 
34 Das a lternativas abaixo, indique a situa-ção em que a estomatite angular NÃO é 
característica clínica: 
® Escorbuto. 
®8eriberi. 
© Deficiência de 86. 
@ Pelagra . 
30 Questões Comentadas de Provas e Concursos em Dermatologia 
, 
" 
Alternativa A: CORRETA. O escorbuto é causado pela 
deficiência de vitamina C. cujas alterações clíni-
cas são: e ri tema, edema e pontos hemorrágicos 
na mucosa oral, além de hipertrofia gengiva!. 
Na pele há petéquias foliculares, equimoses, 
edema nos membros inferiores, hiperquerato-
se follcular. Podem ocorrer equimoses, febre, 
anemia, letargia, dificuldade de cicatrização de 
feridas. Sistemicamente pode ocorrer fraqueza 
muscular, dores nos membros inferiores, pseu-
doparalisia e fraturas. 
Alternativa 8: INCORRETA. O beriberi é causado pela 
deficiência de vitamina Bl (tiamina), cujos sin-
tomas são astenia, apatia, anorexia, constipa-
ção intestinal, sinais de insuficiência cardíaca e 
polineuroparia sensitiva periférica progressiva. 
As alterações cutâneas comumente encontra-
das são dermatite seborreica, queratodermia 
palmoplantar com fissuras, onicosquizia, glos-
site, glossodínea e estomatite angular. 
Alternativa C: INCORRETA. A deficiência de vitamina 
86 (pi ridoxina) causa anemia, llnfopenia e eo-
sinofilia; anorexia, náuseas, vômitos, fraqueza 
muscular; neuropatia periférica, tonturas, con-
vulsões; quadro de dermatite seborreica-símile 
na face, glossite, estomatite angular e queilose; 
conjuntivite e intertrigo. 
Alternativa D: INCORRETA. A pelag ra é a desordem 
nutricional causada pela deficiência de vitamina 
83 ou niacina. A clínica caracteriza-se por erup-
ção cutânea com fotossensibilldade, eritema 
vivo nas áreas fotoexpostas, evoluindo com cor 
violácea, bolhas, hiperpigmentação e atrofia da 
pele. Nas mucosas, ocorre estomatite angular, 
edema doloroso da mucosa bucal, lesões peri-
neais, com fissuras dolorosas. Surgem alterações 
nas mucosas gástricas e intestinal, levando à 
diarreia e, consequentemente, à instalação de 
má absorção. Doença conhecida como a tríade 
dos 3D: dermatite, diarreia e demência. 
35 O desencadeamento da partiria cutânea tardia pode ser devido às condições rela-
cionadas abaixo, EXCETO: 
@Anticoncepcionais orais ou reposição de es-
trógenos. 
® Hiperandrogenismo ou te rapêutica andro-
gênica. 
© Hemocromatose e alcoolismo. 
© Hepatite C e infecção pelo HIV. 
Alternativa A: CORRETA. A partiria cutâr· ea tardia 
é uma doença, hereditária ou adqufrida, cau-
sada por deficiência da uroporfobilinogênio 
decarboxilase, constituinte de todos os tecidos, 
principalmente hemácias e fibroblastos. Clini-
camente o paciente se man1festa com lesões 
eritematosas, podendo evoluir com bolhas, 
principalmente em face, pescoço, dorso de 
mãos (areas fotoexpostas). Podem t voluir com 
lesões cicatriciais, miliuns, hiperpigmentação 
e hipopigmentação mosqueteada, associado 
à fragilidade cutânea. Tambtm são descritas 
hipertricose facial característica, assim como 
lesões cutâneas escleroderm1fo rmes. O d iag-
nóstico se dá pelo aumento de uroporfirinas 
e cropoportirinas urinárias. 1socoproporfirinas 
fecais, assim como anatomopatolôgico e imu-
nofluorescência direta compativei ~ . São drogas 
descritas como desencadeantes da doença: 
contraceptivos hormonais orais (principalmen-
te estrogênios), barbitúricos, hexaclorobenze-
no, derivados fenólicos, feno l hidrazina, andré-
genes, metotrexate, griseofulvina, quinidina, 
colchicina e ferro. O tratamento consiste em 
suspender ingestão de álcool e drogas relacio-
nadas, fotoproteção, hidroxicloroquina em bai-
xas doses e, em alguns casos, sangrias. 
Alternativa 8: INCORRETA. Apesar da associação 
mais frequente e típica ser com estrógenos, 
autores citam andrógenos em raríssimos casos. 
Alternativa D: CORRETA. O álcool é um dos princi-
pais desencadeantes, já a hemocromatose tem 
sido relatada em associação com a doença. Diá-
lise em pacientes com insuficiência renal crôni-
ca também é citada como desencadeante. 
Alternativa D: CORRETA. Infecção pelos vírus da he-
patite C e HIV podem ser desencadeantes da 
doença. 
36 Nos diagnósticos diferenciais das ma-nifestações dermatológicas da gota, 
podem ser consideradas as condições abaixo, 
EXCETO: 
® Calcinose. 
® Nódulo reumático. 
© Disidrose. 
~Xantoma. 
Alternativa A: CORRETA. Os quadros de calcinose 
cutânea ocorrem devido à deposição de com-
ponentes insolúveis de cálcio na pele, devido 
a condições sistémicas ou locais. Forma-se, en-
tão, nódulos subcutâneos endurecidos sem al-
terações da pele suprajacente, podendo ou não 
ocorrer ulceração. Causas: colagenoses, panicu-
lites, doenças genéticas, tumores benignos ou 
malignos, processos infecciosos (como parasi-
tas), entre outros. Diagnóstico diferencia l: tofo 
gotoso, granuloma anular profundo. xantomas 
profundos. 
Alternativa 8: CORRETA. O nódulo reumatoide é a 
manifestação extra-articular mais comum da 
artrite reumatoide, geralmente nos pacientes 
com artrite soropositiva severa. São mais co-
muns na superfície extensora dos antebraços, 
cotovelos, joelhos e dedos das mãos. Carac-
terizado po r nódulo profundo endurecido, 
cujo AP apresenta reação histiocitária em pa-
liçada em torno de material fibrinoide amor-
fo. Diagnóstico diferencial: granuloma anular 
profundo, tofo gotoso, calcinose, xantomas 
profundos. 
Alternativa C: INCORRETA. A disidrose é um tipo de 
eczema vesicular palmoplantar, caracterizado 
por surtos de vesfculas palmoplantares, sem fa-
tores etiológicos bem estabelecidos, mas rela-
cionadas a estresse. Pode ocorrer descamação 
das mãos nas áreas acometidas. O diagnósti-
co diferencial é fe ito com eczema de contato, 
eczema atópico das mãos, infecções fúngicas, 
psoríase palmoplantar, entre outros. 
Alternativa D: CORRETA. Os xantomas tendinosos 
apresentam-se como nódulos subcutâneos, 
de pele normal su.prajacente, firmes, princi-
palmente nas áreas extensoras de articula-
ções. Causados pela deposição de ésteres de 
colesterol na superfície dos tendões, podem 
ser encontrados em p-acientes com desordens 
metabólicas. Diagnóstico diferencial: nódulo 
reumatoide, tofo gotoso, granuloma anular 
profundo, tendinite e bursite. 
Prova 2009 31 
37 Na dermatopatia diabética, as lesões: 
® Ocorrem mais comumente em mulheres. 
®Predominam em áreas de dobras. 
<S' Evoluem com

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