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Contabilidade Geral e Avançada - Aula 22

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Curso: Contabilidade 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 1 de 72 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 22 
Curso: Contabilidade 
Professor: Feliphe Araújo 
 
http://www.exponencialconcursos.com.br/
 Curso: Contabilidade 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo 
 
 
Profs. Feliphe Araújo 2 de 72 
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1. Introdução .................................................................................. 3 
2. Efeitos nas Mudanças da Taxa de Câmbio .................................... 4 
3. Objetivo....................................................................................... 4 
4. Alcance ........................................................................................ 5 
5. Definições ................................................................................... 6 
5.1 Moeda Funcional ............................................................................ 7 
5.2 Investimento Líquido em Entidade no Exterior ................................... 8 
5.3 Itens Monetários e Não Monetários ................................................... 8 
6. Apresentação de Transação em Moeda Estrangeira na Moeda 
Funcional ............................................................................................. 9 
6.1 Reconhecimento Inicial ................................................................... 9 
6.2 Apresentação ao término de períodos de reporte subsequentes .......... 10 
6.3 Reconhecimento de variação cambial .............................................. 10 
7. Conversão das Demonstrações Contábeis ................................. 12 
7.1 Cálculo do Ajuste Acumulado de Conversão (AAC) ............................ 15 
7.2 Dividendos Recebidos de Investimento no Exterior ........................... 17 
8. Baixa total ou parcial de entidade no exterior ........................... 17 
9. Divulgação................................................................................. 17 
10. Resumo da Aula ......................................................................... 19 
11. Questões comentadas ............................................................... 25 
CESPE ................................................................................................. 25 
FCC ..................................................................................................... 35 
FGV .................................................................................................... 50 
Outras Bancas ...................................................................................... 56 
12. Lista de Exercícios ..................................................................... 58 
13. Gabarito .................................................................................... 72 
 
 
Aula 22 – CPC 02 - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e 
conversão de demonstrações contábeis. 
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 Curso: Contabilidade 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo 
 
 
Profs. Feliphe Araújo 3 de 72 
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1. Introdução 
Olá queridos alunos, tudo bem? 
Sejam bem-vindos a mais uma aula. 
A aula de hoje é sobre o CPC 02 – Efeitos das mudanças nas taxas 
de câmbio e conversão de demonstrações contábeis. 
 Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. 
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o 
nosso curso. 
Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para 
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. 
Treinar é preciso. 
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! 
Vamos começar a nossa aula! 
Um forte abraço, Feliphe Araújo. 
 
 
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2. Efeitos nas Mudanças da Taxa de Câmbio 
Os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de 
demonstrações contábeis são disciplinados pelo PRONUNCIAMENTO TÉCNICO 
CPC 02 (R2). 
O CPC 02 cuida dos registros nas demonstrações individuais das 
entidades no Brasil com ativos e passivos em moeda estrangeira, da 
equivalência patrimonial de entidades no Brasil com investimentos em 
entidades no exterior, da consolidação quando de controladas no exterior e 
da consolidação proporcional quando de investidas com controle 
compartilhado no exterior. 
 
3. Objetivo 
Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas 
formas. Ela pode ter transações em moedas estrangeiras (por exemplo, 
empréstimos em dólar) ou pode ter operações no exterior (por exemplo, 
investimento em coligadas e controladas estabelecidas em outros países). 
Adicionalmente, a entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em 
uma moeda estrangeira (por exemplo, ter que apresentar as suas 
demonstrações contábeis em dólar sendo que as transações foram realizadas 
em real). 
O objetivo deste Pronunciamento Técnico é orientar acerca de como 
incluir transações em moeda estrangeira e operações no exterior nas 
demonstrações contábeis da entidade e como converter demonstrações 
contábeis para moeda de apresentação. 
Os principais pontos envolvem quais taxas de câmbio devem ser 
usadas e como reportar os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio nas 
demonstrações contábeis. 
Resumindo e esquematizando: 
 
 
O Pronunciamento não cuida dos ajustes necessários para que as 
demonstrações contábeis tenham que se adaptar às normas e aos padrões 
contábeis de outro país para a aplicação da equivalência patrimonial, da 
consolidação e da consolidação proporcional, partindo do princípio de que, antes 
O Objetivo do 
CPC 02 é 
orientar sobre 
como
incluir transações em moeda estrangeira e 
operações no exterior nas demonstrações contábeis 
da entidade 
converter demonstrações contábeis para moeda de 
apresentação.
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da conversão, tais ajustes tenham já sido implementados. Essas conversões são 
normalmente necessárias para que a investidora registre, via equivalência 
patrimonial, seu investimento em outra empresa no exterior e os resultados 
dele derivados, bem como para que possa proceder à consolidação, plena ou 
proporcional, das demonstrações de controlada no exterior. 
 
4. Alcance 
O CPC 02 deve ser adotado: 
 (a) na contabilização de transações e saldos em moeda estrangeira, 
exceto para aquelas transações com derivativos e saldos dentro do alcance do 
CPC 48 – Instrumentos Financeiros; (Alterada pela Revisão CPC 12) 
(b) na conversão de resultados e posição financeira de operações no 
exterior que são incluídas nas demonstrações contábeis da entidade por meio 
de consolidação ou pela aplicação do método da equivalência patrimonial; 
e (Alterada pela Revisão CPC 03) 
(c) na conversão de resultados e posição financeira de uma entidade 
para uma moeda de apresentação. 
 
O CPC 48 é aplicável a muitos derivativos em moeda estrangeira e, por 
via de consequência, tais instrumentos derivativos estão fora do alcance 
do CPC 02. Entretanto, aqueles derivativos em moeda estrangeira que 
estão fora do alcance do CPC 48 (exemplo: alguns derivativos em moeda 
estrangeira embutidos em outros contratos) estão dentro do alcance do 
CPC 02. 
Adicionalmente, o CPC 02 deve ser aplicado quando a entidade converte 
saldos relativos a derivativos de sua moeda funcional para a moeda de 
apresentação. (Alterado pela Revisão CPC 12) 
Na conversão de informaçõesfinanceiras para moeda estrangeira que não 
atenda às exigências dos Pronunciamentos Contábeis, o CPC 02 requer que 
sejam divulgadas informações específicas. 
O CPC 02 não é aplicado: 
1. na contabilidade de operações de hedge para itens em moeda 
estrangeira, incluindo o hedge de investimento líquido em entidade no 
exterior. O CPC 48 deve ser aplicado à contabilidade de operações de hedge. 
2. na apresentação da demonstração dos fluxos de caixa para aqueles 
fluxos de caixa advindos de transações em moeda estrangeira, ou para a 
conversão de fluxos de caixa da entidade no exterior (ver Pronunciamento 
Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa). 
 
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5. Definições 
Vamos agora ver as definições de termos usados pelo CPC 02: 
Taxa de fechamento é a taxa de câmbio à vista vigente ao término do período 
de reporte, ou seja, taxa vigente na data do encerramento do exercício. 
Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um número 
específico de unidades em uma moeda para outra moeda, a diferentes taxas 
cambiais. 
Taxa de câmbio é a relação de troca entre duas moedas. 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria 
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre 
participantes do mercado na data de mensuração (ver Pronunciamento Técnico 
CPC 46). 
Moeda estrangeira é qualquer moeda diferente da moeda funcional da 
entidade (no caso de utilizar o Real, são exemplos de moeda estrangeira o Euro, 
o Dólar, a Libra etc.). 
Entidade no exterior é uma entidade que pode ser controlada, coligada, 
empreendimento controlado em conjunto ou filial, sucursal ou agência de uma 
entidade que reporta informação, por meio da qual são desenvolvidas atividades 
que estão baseadas ou são conduzidas em um país ou em moeda diferente 
daquelas da entidade que reporta a informação. 
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a 
entidade opera (em regra, as entidades brasileiras utilizam o Real). 
Grupo econômico é uma entidade controladora e todas as suas controladas. 
Itens monetários são unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e 
passivos a serem recebidos ou pagos em um número fixo ou determinado de 
unidades de moeda. 
Investimento líquido em entidade no exterior é o montante que representa o 
interesse (participação na maior parte das vezes) da entidade que reporta a 
informação nos ativos líquidos dessa entidade. 
Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contábeis são 
apresentadas. 
Taxa de câmbio à vista é a taxa de câmbio normalmente utilizada para 
liquidação imediata das operações de câmbio. 
 
 (FCC/Contador – Infraero/2009) No processo de 
conversão, a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera 
é denominada moeda 
(A) equivalente. 
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(B) externa. 
(C) de apresentação. 
(D) funcional. 
(E) do fechamento. 
Resolução: 
De acordo com CPC 02 (R2), moeda funcional é a moeda do ambiente 
econômico principal no qual a entidade opera. 
Gabarito: Letra D. 
 
5.1 Moeda Funcional 
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual 
a entidade opera. 
O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente 
aquele em que principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve 
considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional: 
(a) a moeda: 
(i) que mais influencia os preços de venda de bens e serviços 
(geralmente é a moeda na qual os preços de venda para seus bens e serviços 
estão expressos e são liquidados); e 
(ii) do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na 
determinação dos preços de venda para seus bens e serviços; 
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-
prima e outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente 
é a moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados). 
 
Os seguintes fatores também podem servir como evidências para 
determinar a moeda funcional da entidade: 
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de 
financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações). 
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades 
operacionais são usualmente acumulados. 
 
No caso do Brasil, em regra, a moeda funcional utilizada é o Real. 
Porém, em situações excepcionais, uma entidade brasileira utilizará a moeda 
estrangeira como sua moeda funcional. Por exemplo, isso pode ocorrer quando 
a maior parte das receitas ganhas e das despesas incorridas da entidade são 
em moeda estrangeira. 
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A moeda funcional da entidade reflete as transações, os eventos e as 
condições subjacentes que são relevantes para ela. Assim, uma vez 
determinada, a moeda funcional não deve ser alterada a menos que tenha 
ocorrido mudança nas transações, nos eventos e nas condições subjacentes. 
No caso de alteração na moeda funcional da entidade que reporta a 
informação ou de entidade no exterior significativa, esse fato e a razão para a 
alteração na moeda funcional devem ser divulgados. 
Quando há alteração na moeda funcional da entidade, a entidade deve 
aplicar, prospectivamente (efeitos futuros), os procedimentos de conversão 
requeridos à nova moeda funcional a partir da data da alteração. 
 
5.2 Investimento Líquido em Entidade no Exterior 
Investimento líquido em entidade no exterior é o montante que 
representa o interesse (participação na maior parte das vezes) da entidade que 
reporta a informação nos ativos líquidos dessa entidade. 
A entidade pode possuir valores a receber ou contas a pagar junto a uma 
entidade no exterior. Por exemplo, caso não seja provável ocorrer a liquidação 
da obrigação, tampouco esteja planejada para um futuro previsível, o valor de 
contas a pagar deve ser tratado como parte do investimento líquido da entidade 
nessa entidade no exterior. 
Referidos itens monetários podem contemplar contas a receber de longo 
prazo e empréstimos de longo prazo. Eles não contemplam contas a receber e 
contas a pagar relacionados a operações comerciais normais. 
 Conforme CPC 02, a entidade que possui item monetário a receber de 
entidade no exterior ou item monetário a pagar para entidade no exterior pode 
ser qualquer controlada do grupo econômico. 
Por exemplo, uma entidade possui duas controladas: “A” e “B”. A 
controlada “B” é uma entidade no exterior. A controlada “A” concede um 
empréstimo à controlada “B”. O empréstimo que a controlada “A” tem a receber 
da controlada “B” será considerado parte do investimento líquido da 
controladora na controlada “B” se a sua liquidação não for provável de ocorrer, 
tampouco estiver planejada para um futuro previsível. Do mesmo modo esse 
entendimento valeria se a controlada “A” fosse por completo uma entidade no 
exterior. 
 
5.3 Itens Monetários e Não Monetários 
A característica essencial de item monetário é o direito a receber (ou 
a obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de 
moeda. Alguns exemplos incluem: passivos de planos de pensão ou outros 
benefícios a empregados a serem pagos com caixa; provisões que devem ser 
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www.exponencialconcursos.com.brliquidadas em caixa; e dividendos a serem distribuídos com caixa, que são 
reconhecidos como passivos. Da mesma forma, um contrato que preveja o 
direito a receber (ou a obrigação de entregar) um número variável de 
instrumentos patrimoniais da própria entidade ou uma quantidade variável de 
ativos, cujo valor justo a ser recebido (ou a ser entregue) iguala-se a um 
número fixo ou determinável de unidades de moeda, é considerado item 
monetário. 
Por outro lado, a característica essencial de item não monetário é a 
ausência do direito a receber (ou da obrigação de entregar) um número 
fixo ou determinável de unidades de moeda. Alguns exemplos incluem: 
adiantamento a fornecedores de mercadorias; adiantamento a prestadores de 
serviços; aluguéis antecipados; goodwill; ativos intangíveis; estoques; 
imobilizado; e provisões a serem liquidadas mediante a entrega de ativo não 
monetário. 
 
6. Apresentação de Transação em Moeda Estrangeira na 
Moeda Funcional 
Vamos ver como deve ser apresentado uma transação em moeda 
estrangeira na moeda funcional. 
 
6.1 Reconhecimento Inicial 
Uma transação em moeda estrangeira é a transação que é fixada ou 
requer sua liquidação em moeda estrangeira, incluindo transações que são 
originadas quando a entidade: 
(a) compra ou vende bens ou serviços cujo preço é fixado em moeda 
estrangeira; 
(b) obtém ou concede empréstimos, quando os valores a pagar ou a 
receber são fixados em moeda estrangeira; ou 
(c) de alguma outra forma, adquire ou desfaz-se de ativos, ou assume 
ou liquida passivos fixados em moeda estrangeira. 
 
Uma transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida 
contabilmente, no momento inicial, pela moeda funcional, mediante a 
aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda 
estrangeira, na data da transação, sobre o montante em moeda estrangeira. 
A data da transação é a data a partir da qual a transação se qualifica 
para fins de reconhecimento, de acordo com as práticas contábeis adotadas 
no Brasil. Por motivos práticos, a taxa de câmbio que se aproxima da taxa 
vigente na data da transação é usualmente adotada, como, por exemplo, a 
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taxa de câmbio média semanal ou mensal que pode ser aplicada a todas as 
transações, em cada moeda estrangeira, ocorridas durante o período. 
Contudo, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, a 
adoção da taxa de câmbio média para o período não é apropriada. 
 
6.2 Apresentação ao término de períodos de reporte subsequentes 
Ao término de cada período de reporte: 
(a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser 
convertidos, usando-se a taxa de câmbio de fechamento; 
(b) os itens não monetários que são mensurados pelo custo 
histórico em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de 
câmbio vigente na data da transação; e 
(c) os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em 
moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se as taxas de câmbio 
vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado. (Alterada pela 
Revisão CPC 03) 
 
6.3 Reconhecimento de variação cambial 
Variação Cambial de Itens Monetários 
Quando itens monetários são originados de transações em moeda 
estrangeira e há mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data 
da liquidação, surge uma variação cambial. Quando a transação é liquidada 
dentro do mesmo período contábil em que foi originada, toda a variação cambial 
deve ser reconhecida nesse mesmo período. Entretanto, quando a transação é 
liquidada em período contábil subsequente, a variação cambial reconhecida em 
cada período, até a data de liquidação, deve ser determinada pela 
mudança nas taxas de câmbio ocorrida durante cada período. 
a) Se a moeda nacional se desvalorizar em relação à moeda na qual foi realizado 
o negócio, as atualizações com base nas taxas cambiais geram: 
 Variação monetária passiva (despesa) nas obrigações; e 
 Variação monetária ativa (receita) nos direitos a receber. 
 
b) Se, no período a que se referir à atualização cambial, a moeda nacional se 
valorizar diante da moeda estrangeira, o comportamento da variação monetária 
será ao contrário, isto é: 
 Os direitos geram variação monetária passiva; e 
 As obrigações geram variação monetária ativa. 
 
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Esquematização: 
Item Taxa de câmbio aumenta¹ Taxa de câmbio diminui² 
Ativos Monetários 
Exemplos: 
Disponibilidades e 
Valores a Receber. 
Variação Cambial Ativa 
(Receita financeira) 
Variação Cambial Passiva 
(Despesa financeira) 
Passivos Monetários 
Exemplos: 
Empréstimos e 
Financiamentos. 
Variação Cambial Passiva 
(Despesa financeira) 
Variação Cambial Ativa 
(Receita financeira) 
1 – Desvalorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se valorizou 
em relação do real. 
2 – Valorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se desvalorizou 
em relação do real. 
 
Variação Cambial de Itens Não Monetários 
Quando um ganho ou uma perda sobre itens não monetários for 
reconhecido em conta específica de outros resultados abrangentes, qualquer 
variação cambial atribuída a esse componente de ganho ou perda deve ser 
também reconhecida em conta específica de outros resultados abrangentes. Por 
outro lado, quando um ganho ou uma perda sobre item não monetário for 
reconhecido na demonstração do resultado do período, qualquer variação 
cambial atribuída a esse ganho ou perda deve ser também reconhecida na 
demonstração do resultado do período. 
 
 (CESPE/Contador - MJ/2013) Julgue o item a seguir, 
referente aos impactos provocados por fatos contábeis no patrimônio de uma 
companhia aberta. 
No caso de disponibilidades em moeda estrangeira, a variação cambial 
decorrente do ajuste do saldo em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na 
data de atualização da demonstração contábil deve ser reconhecida na conta 
ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
As disponibilidades em moeda estrangeira devem ter seus saldos contábeis 
convertidos para a moeda nacional com base na taxa de câmbio corrente na 
data do balanço. 
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Meus amigos, não podemos confundir os ajustes de avaliação patrimonial com 
a atualização das disponibilidades em moedas estrangeiras. 
A Lei das S/A em seu artigo 182, parágrafo 3º, diz o seguinte: 
§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, 
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao 
regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de 
valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua 
avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência 
conferida pelo § 3o do art. 177. 
 
Logo, ajustes de avaliação patrimonial são as avaliações que trazem os 
componentes do ativo e passivo ao valor justo, quando permitidos por lei. 
Já a atualização dos valores das disponibilidades em moedas estrangeiras na 
data da demonstração contábil deve ser registrada como variações cambiais 
ativas (receita) ou variações cambiais passivas (despesas). 
Gabarito: Errado. 
 
7. Conversão das Demonstrações Contábeis 
A entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em qualquer 
moeda (ou moedas). Se a moedade apresentação das demonstrações 
contábeis difere da moeda funcional da entidade, seus resultados e sua 
posição financeira devem ser convertidos para a moeda de 
apresentação. Por exemplo, quando um grupo econômico é composto por 
entidades individuais com diferentes moedas funcionais, os resultados e a 
posição financeira de cada entidade devem ser expressos na mesma moeda 
comum a todas elas, para que as demonstrações contábeis consolidadas possam 
ser apresentadas. 
Os resultados e a posição financeira da entidade, cuja moeda funcional 
não é moeda de economia hiperinflacionária, devem ser convertidos para moeda 
de apresentação diferente, adotando-se os seguintes procedimentos: 
(a) ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado 
(incluindo os balanços comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a 
taxa de câmbio de fechamento na data do respectivo balanço; 
(b) receitas e despesas para cada demonstração do resultado 
abrangente ou demonstração do resultado apresentada (incluindo as 
demonstrações comparativas) devem ser convertidas pelas taxas de 
câmbio vigentes nas datas de ocorrência das transações; e 
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(c) todas as variações cambiais resultantes devem ser reconhecidas em 
outros resultados abrangentes. 
Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio 
vigentes nas datas das transações, por exemplo, a taxa média para o período, 
pode ser normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa. 
Entretanto, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, o uso da taxa 
de câmbio média para o período é inapropriado. 
 
Resumindo: 
1. As contas de ativo e passivo da sociedade investida serão 
convertidas pela taxa cambial da data do balanço de fim de período, 
mantendo-se as contas do patrimônio líquido inicial pelos mesmos valores 
convertidos no balanço do final do período anterior; as mutações do patrimônio 
líquido que não o resultado serão convertidas pelas taxas das datas dessas 
mutações. 
2. As contas da demonstração do resultado poderão ser 
convertidas pela taxa cambial média do período, mas no caso de receitas 
ou despesas não homogeneamente distribuídas ou no de câmbio com oscilações 
significativas terá que a conversão ser com base na data da competência 
de tais receitas e despesas. 
 
As diferenças cambiais entre as receitas e despesas convertidas e os 
valores obtidos pela sua conversão pela taxa de fechamento do período, 
bem como as variações entre os valores originais convertidos do patrimônio 
líquido inicial e seus valores convertidos pela taxa de final de período serão 
reconhecidas diretamente no patrimônio líquido (na conta Ajuste de 
Acumulado de Conversão). As mutações patrimoniais que não o resultado 
gerarão ganhos ou perdas cambiais entre a data de sua ocorrência e o final do 
período, se aumentos (como o aumento de capital), e entre a data de 
fechamento do período anterior e a data de sua ocorrência, se diminuições 
(como distribuição de dividendos). No caso de presença de sócios minoritários 
na investida, sua parte proporcional nesses ganhos ou perdas será a eles 
alocada. 
No caso de demonstrações em moeda funcional de país com economia 
hiperinflacionária, primeiramente aplicam-se as técnicas da correção integral 
para depois se efetuar a conversão. Esta será feita com a aplicação da taxa de 
encerramento do período a todos os componentes do balanço e do resultado. 
Com isso, a variação cambial de investimentos no exterior avaliados pelo 
Método de Equivalência Patrimonial tem as seguintes taxas a serem utilizadas: 
Taxas de Conversão: 
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Taxa Histórica: É a taxa de câmbio vigente na data da operação (ou 
transação). 
Taxa Média: É a taxa de câmbio obtida por meio de uma média ponderada das 
taxas de câmbio vigente durante um período (em regra, semanal ou mensal). 
A data da transação é a data a partir da qual a transação se qualifica para fins 
de reconhecimento, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Por 
motivos práticos, a taxa de câmbio que se aproxima da taxa vigente na data da 
transação é usualmente adotada, como, por exemplo, a taxa de câmbio média 
semanal ou mensal que pode ser aplicada a todas as transações, em cada 
moeda estrangeira, ocorridas durante o período. Contudo, se as taxas de câmbio 
flutuarem significativamente, a adoção da taxa de câmbio média para o período 
não é apropriada. 
Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio vigentes 
nas datas das transações, por exemplo, a taxa média para o período, pode ser 
normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa. 
Taxa de fechamento é a taxa de câmbio à vista vigente ao término do período 
de reporte, ou seja, taxa vigente na data do encerramento do exercício. 
 
Esquematizando: 
 
 
Para resolução das provas, lembrar que: 
 
 
Na investidora, o resultado de equivalência patrimonial de 
investimentos em moeda estrangeira será desdobrado em duas parcelas: 
Taxa Histórica Data da Transação
Taxa de Fechamento Data das Demonstrações Contábeis 
Taxa Histórica PL Inicial
Taxa de Fechamento
▪ Ativos e Passivos
▪ PL Final
Taxa Média Contas de Resultado (receitas e despesas)
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 Uma registrada no resultado (resultado de equivalência 
patrimonial), representando o efetivo resultado da investida devidamente 
convertido; e 
 Outra registrada no patrimônio líquido da investidora (na 
conta Ajuste de Acumulado de Conversão) para alocação ao seu resultado 
no futuro, correspondente às variações cambiais tratadas em conta especial no 
patrimônio líquido das demonstrações convertidas da investida. 
 
7.1 Cálculo do Ajuste Acumulado de Conversão (AAC) 
As variações cambiais dos investimentos em controladas ou coligadas 
devem ser registrado na conta Ajuste Acumulado de Conversão, classificada no 
Patrimônio Líquido. Esta conta pode ter saldo devedor (retificadora do PL) ou 
credor (PL) e será apropriada para o resultado do exercício somente quando o 
investimento for baixado. 
Nas provas, pode ser cobrado o valor da Conta Ajuste Acumulado de 
Conversão a ser registrado no PL da investidora. Utilizaremos uma das fórmulas 
abaixo para resolver as questões: 
AAC = % [PL Inicial x (Tx de fechamento – Tx Histórica) + Resultado x (Tx de fechamento – Tx 
Média) 
Ou 
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado x Tx Média) 
O % representa o percentual de participação da investidora na investida. 
 
Vamos ver como isso ocorre na prática. 
 (FCC/Contador – Infraero/2011) A Cia. Gama criou uma 
subsidiária integral no exterior, investindo a quantia de 500.000 dólares 
americanos a título de integralização de capital, sendo que a cotação do dólar, 
na época, era de R$ 1,50. No final do exercício, essa subsidiária apresentou um 
lucro de 100.000 dólares americanos, data em que a cotação do dólar havia 
aumentado para R$ 1,60. A contabilização do ajuste, segundo o Pronunciamento 
Técnico do CPC, deverá ser, em R$, 
(A) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) ................. 210.000,00 
C. Ajuste de conversão cambial (Patrimônio Líquido) ..................... 50.000,00 
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ....................... 160.000,00 
(B) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) .................. 150.000,00D. Ajuste de conversão cambial (redutora do Patrimônio Líquido) ..... 50.000,00 
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ........................ 200.000,00 
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(C) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) .................. 210.000,00 
D. Ajuste de conversão cambial (redutora do Patrimônio Líquido) ..... 50.000,00 
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ....................... 260.000,00 
(D) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) ................. 100.000,00 
C. Ajuste de conversão cambial (Patrimônio Líquido) ..................... 50.000,00 
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ........................ 150.000,00 
(E) D Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) ................ 160.000,00 
D. Ajuste de conversão cambial (redutora do Patrimônio Líquido) .... 50.000,00 
C Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ....................... 210.000,00 
Resolução: 
Se a investida teve lucro, a investidora deve reconhecer uma receita de 
equivalência patrimonial proporcionalmente a participação que possui no capital 
da investida. Como é um investimento no exterior, a empresa irá utilizar a taxa 
de câmbio vigente na data do cálculo do lucro. 
Receita de Equivalência Patrimonial = 100% x US$ 100.000 x 1,60 
Receita de Equivalência Patrimonial = R$ 160.000,00 
A única alternativa correta é a letra A, pois somente ela tem o valor creditado 
de R$ 160.000,00 para a Receita de Equivalência Patrimonial. 
Além disso, a empresa teria que calcular o valor do Ajuste Acumulado de 
Conversão. 
Ajuste Acumulado de Conversão = US$ 500.000 x (1,60 – 1,50) = R$ 50.000,00 
Ou 
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado x Tx Média¹) 
AAC = 100% x [(600.000,00 x 1,60) – (500.000 x 1,50) – (100.000,00 X 1,60)] 
AAC = 100% x (960.000 – 750.000 – 160.000) = R$ 50.000,00 
1. Como não temos a taxa média, deverá ser utilizado a taxa vigente na data de apresentação 
do lucro. 
 
Assim, como o dólar valorizou em relação ao real, tivemos um Ajuste Acumulado 
de Conversão Credor. 
Lançamento: 
D - Investimentos no exterior (Ativo Não Circulante) ................. 210.000,00 
C - Ajuste de conversão cambial (Patrimônio Líquido) .................. 50.000,00 
C - Receita da equivalência patrimonial (Resultado) ................... 160.000,00 
Gabarito: Letra A. 
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7.2 Dividendos Recebidos de Investimento no Exterior 
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo 
método de equivalência patrimonial devem ser registrados como redução 
da conta de investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido 
para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. Se o registro 
do dividendo se der, antes do recebimento, por declaração de dividendo pela 
entidade no exterior, a taxa de câmbio será, inicialmente, a da data do registro, 
com as atualizações periódicas necessárias até o seu recebimento reconhecidas 
tão-somente na conta relativa ao valor a receber utilizada e na conta de 
equivalência patrimonial, não podendo ser reconhecidas no resultado ou 
diretamente no patrimônio líquido. 
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo 
método do custo devem ser registrados como receita pelo valor recebido 
em moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na 
data do recebimento, a não ser quando relativos a lucros na pré-aquisição do 
investimento, quando devem ser registrados como redução do custo de 
aquisição do investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira 
convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. 
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo valor 
de mercado devem ser registrados como receita pelo valor recebido em 
moeda estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data 
do recebimento. 
 
8. Baixa total ou parcial de entidade no exterior 
Na baixa de entidade no exterior, o montante acumulado de variações 
cambiais relacionadas a essa entidade no exterior, reconhecido em outros 
resultados abrangentes e registrado em conta específica do patrimônio 
líquido (na conta Ajuste Acumulado de Conversão), deve ser transferido 
do patrimônio líquido para a demonstração do resultado (como ajuste de 
reclassificação) quando o ganho ou a perda na baixa for reconhecido. 
 
9. Divulgação 
A entidade deve divulgar: 
(a) o montante das variações cambiais reconhecidas na demonstração 
do resultado, com exceção daquelas originadas de instrumentos financeiros 
mensurados ao valor justo por meio do resultado, de acordo com o CPC 48; e 
(Alterada pela Revisão CPC 12) 
(b) variações cambiais líquidas reconhecidas em outros resultados 
abrangentes e registradas em conta específica do patrimônio líquido, e 
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a conciliação do montante de tais variações cambiais, no início e no final do 
período. 
 
Quando a moeda de apresentação das demonstrações contábeis for 
diferente da moeda funcional, esse fato deve ser relatado juntamente com a 
divulgação da moeda funcional e da razão para a utilização de moeda de 
apresentação diferente. 
Quando houver alteração na moeda funcional da entidade que reporta a 
informação ou de entidade no exterior significativa, esse fato e a razão para a 
alteração na moeda funcional devem ser divulgados. 
Resumindo, deverão ser divulgadas a movimentação da conta especial 
de patrimônio líquido, a data desde quando esse procedimento está sendo 
utilizado, a moeda funcional e sua eventual mudança, bem como opções 
utilizadas quando de adoção antecipada do Pronunciamento. 
 
Por hoje é só. Apresento um resumo com os principais pontos vistos na 
nossa aula para futuras revisões. Bons estudos!!! 
 
 
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10. Resumo da Aula 
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 02 (R2) - Efeitos das Mudanças nas 
Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis 
Objetivo: 
Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas formas. 
Ela pode ter transações em moedas estrangeiras ou pode ter operações no 
exterior. Adicionalmente, a entidade pode apresentar suas demonstrações 
contábeis em uma moeda estrangeira. O objetivo deste Pronunciamento Técnico 
é orientar acerca de como incluir transações em moeda estrangeira e operações 
no exterior nas demonstrações contábeis da entidade e como converter 
demonstrações contábeis para moeda de apresentação. 
Os principais pontos envolvem quais taxas de câmbio devem ser usadas e como 
reportar os efeitos das mudanças nas taxas de câmbio nas demonstrações 
contábeis. 
Definições: 
Entidade no exterior é uma entidade que pode ser controlada, coligada, 
empreendimento controlado em conjunto ou filial, sucursal ou agência de uma 
entidade que reporta informação, por meio da qual são desenvolvidas atividades 
que estão baseadas ou são conduzidas em um país ou em moeda diferente 
daquelas da entidade que reporta a informação. 
Grupo econômico é uma entidade controladora e todas as suas controladas. 
Itens monetários são unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e 
passivos a serem recebidos ou pagos em um número fixo ou determinado deunidades de moeda. 
Investimento líquido em entidade no exterior é o montante que representa o 
interesse (participação na maior parte das vezes) da entidade que reporta a 
informação nos ativos líquidos dessa entidade. 
Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contábeis são 
apresentadas. 
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a 
entidade opera. 
O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente aquele 
em que principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve considerar 
os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional: 
(a) a moeda: 
(i) que mais influencia os preços de venda de bens e serviços (geralmente 
é a moeda na qual os preços de venda para seus bens e serviços estão expressos 
e são liquidados); e 
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(ii) do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na 
determinação dos preços de venda para seus bens e serviços; 
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima e 
outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a moeda 
na qual tais custos estão expressos e são liquidados). 
 
Os seguintes fatores também podem servir como evidências para determinar 
a moeda funcional da entidade: 
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de 
financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações). 
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades 
operacionais são usualmente acumulados. 
 
A moeda funcional da entidade reflete as transações, os eventos e as 
condições subjacentes que são relevantes para ela. Assim, uma vez 
determinada, a moeda funcional não deve ser alterada a menos que tenha 
ocorrido mudança nas transações, nos eventos e nas condições subjacentes. 
Quando há alteração na moeda funcional da entidade, a entidade deve aplicar, 
prospectivamente (efeitos futuros), os procedimentos de conversão 
requeridos à nova moeda funcional a partir da data da alteração. 
 
Variação Cambial 
Variação Cambial de Itens Monetários 
Quando itens monetários são originados de transações em moeda estrangeira e 
há mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data da liquidação, 
surge uma variação cambial. Quando a transação é liquidada dentro do 
mesmo período contábil em que foi originada, toda a variação cambial deve ser 
reconhecida nesse mesmo período. Entretanto, quando a transação é liquidada 
em período contábil subsequente, a variação cambial reconhecida em cada 
período, até a data de liquidação, deve ser determinada pela mudança nas 
taxas de câmbio ocorrida durante cada período. 
 
a) Se a moeda nacional se desvalorizar em relação à moeda na qual foi realizado 
o negócio, as atualizações com base nas taxas cambiais geram: 
 Variação monetária passiva (despesa) nas obrigações; e 
 Variação monetária ativa (receita) nos direitos a receber. 
 
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b) Se, no período a que se referir à atualização cambial, a moeda nacional se 
valorizar diante da moeda estrangeira, o comportamento da variação monetária 
será ao contrário, isto é: 
 Os direitos geram variação monetária passiva; e 
 As obrigações geram variação monetária ativa. 
 
Esquematização: 
Item Taxa de câmbio aumenta¹ Taxa de câmbio diminui² 
Ativos Monetários 
Exemplos: 
Disponibilidades e 
Valores a Receber. 
Variação Cambial Ativa 
(Receita financeira) 
Variação Cambial Passiva 
(Despesa financeira) 
Passivos Monetários 
Exemplos: 
Empréstimos e 
Financiamentos. 
Variação Cambial Passiva 
(Despesa financeira) 
Variação Cambial Ativa 
(Receita financeira) 
1 – Desvalorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se valorizou 
em relação do real. 
2 – Valorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se desvalorizou 
em relação do real. 
 
Variação Cambial de Itens Não Monetários 
Quando um ganho ou uma perda sobre itens não monetários for reconhecido 
em conta específica de outros resultados abrangentes, qualquer variação 
cambial atribuída a esse componente de ganho ou perda deve ser também 
reconhecida em conta específica de outros resultados abrangentes. Por outro 
lado, quando um ganho ou uma perda sobre item não monetário for reconhecido 
na demonstração do resultado do período, qualquer variação cambial atribuída 
a esse ganho ou perda deve ser também reconhecida na demonstração do 
resultado do período. 
 
Variação Cambial de Investimentos Avaliados pelo MEP 
Taxas de Conversão: 
Taxa Histórica: É a taxa de câmbio vigente na data da operação (ou 
transação). 
Taxa Média: É a taxa de câmbio obtida por meio de uma média ponderada das 
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A data da transação é a data a partir da qual a transação se qualifica para fins 
de reconhecimento, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Por 
motivos práticos, a taxa de câmbio que se aproxima da taxa vigente na data da 
transação é usualmente adotada, como, por exemplo, a taxa de câmbio média 
semanal ou mensal que pode ser aplicada a todas as transações, em cada 
moeda estrangeira, ocorridas durante o período. Contudo, se as taxas de câmbio 
flutuarem significativamente, a adoção da taxa de câmbio média para o período 
não é apropriada. 
Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio vigentes 
nas datas das transações, por exemplo, a taxa média para o período, pode ser 
normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa. 
Taxa de fechamento é a taxa de câmbio à vista vigente ao término do período 
de reporte, ou seja, taxa vigente na data do encerramento do exercício. 
 
Esquematizando: 
 
 
Para resolução das provas, lembrar que: 
 
 
Cálculo do Ajuste Acumulado de Conversão (AAC): 
As variações cambiais dos investimentos em controladas ou coligadas deve ser 
registrado na conta Ajuste Acumulado de Conversão, classificada no Patrimônio 
Líquido. Esta conta pode ter saldo devedor (retificadora do PL) ou credor (PL) e 
será apropriada para o resultado do exercício somente quando o investimento 
for baixado. 
Taxa Histórica Data da Transação
Taxa de Fechamento Data das Demonstrações Contábeis 
Taxa Histórica PL Inicial
Taxa de Fechamento
▪ Ativos e Passivos
▪ PL Final
Taxa Média Contas de Resultado (receitas e despesas)
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Nas provas, pode ser cobrado o valor da Conta Ajuste Acumulado de Conversão 
a ser registrado no PL da investidora. Utilizaremos uma das fórmulas abaixo 
para resolver as questões: 
AAC = % [PL Inicial x (Tx de fechamento – Tx Histórica) + Resultado x (Tx de fechamento – Tx 
Média) 
Ou 
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado x Tx Média) 
O % representa o percentual de participação da investidora na investida. 
 
Dividendos Recebidos de Investimentos no Exterior 
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método de 
equivalência patrimonial devem ser registrados como redução da conta de 
investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para reais à 
taxa de câmbio vigente na data do recebimento. Se o registrodo dividendo 
se der, antes do recebimento, por declaração de dividendo pela entidade no 
exterior, a taxa de câmbio será, inicialmente, a da data do registro, com as 
atualizações periódicas necessárias até o seu recebimento reconhecidas tão-
somente na conta relativa ao valor a receber utilizada e na conta de equivalência 
patrimonial, não podendo ser reconhecidas no resultado ou diretamente no 
patrimônio líquido. 
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método do 
custo devem ser registrados como receita pelo valor recebido em moeda 
estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do 
recebimento, a não ser quando relativos a lucros na pré-aquisição do 
investimento, quando devem ser registrados como redução do custo de 
aquisição do investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira 
convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. 
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo valor de 
mercado devem ser registrados como receita pelo valor recebido em moeda 
estrangeira convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do 
recebimento. 
 
Ficamos por aqui!!! Vamos agora treinar o seu aprendizado por meio de 
exercícios de concursos anteriores. Em seguida temos as questões comentadas. 
Se você preferir responder antes de olhar os comentários, vá direto para a lista 
de exercícios e depois retorne para verificar os comentários das questões. 
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. 
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o 
nosso curso. 
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! 
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11. Questões comentadas 
CESPE 
01. (CESPE/AJ - Apoio Especializado – Contadoria - STJ/2015) Com 
relação aos critérios de avaliação de ativos de companhias abertas, julgue o 
item a seguir. 
As disponibilidades em moeda estrangeira devem ter seus saldos contábeis 
convertidos para a moeda nacional com base na taxa de câmbio corrente na 
data do balanço. As variações cambiais resultantes dessa conversão devem ser 
registradas em conta de receita, caso haja valorização do real em relação à 
moeda estrangeira, ou em conta de despesa, se houver desvalorização do real 
em relação à moeda estrangeira. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
A primeira parte está correta: “As disponibilidades em moeda estrangeira 
devem ter seus saldos contábeis convertidos para a moeda nacional com 
base na taxa de câmbio corrente na data do balanço”. 
O erro está na segunda parte. No caso dos bens e direitos monetários 
do ativo, a exemplo das disponibilidades e dos valores a receber, ocorre o 
inverso do registro das variações cambiais decorrentes de itens do passivo. 
Vamos exemplificar. 
A empresa Aprovados S/A possui, em 01/08/2016, em espécie 10.000 dólares 
no seu caixa. Nesta data, a taxa de câmbio vigente era de R$ 2,00 por dólar. 
Memória de cálculo: 
Disponibilidades = US$ 10.000 
Taxa de câmbio do dia 01/08/2016 = R$ 2,00 por cada dólar 
Conversão para moeda nacional = R$ 1.000 x 2,00 = R$ 20.000.00 
 
A entidade deverá registrar em conta de disponibilidades o valor de R$ 
20.000,00, conforme abaixo: 
01/08/2016 
Ativo Circulante 
Disponibilidades em moeda estrangeira R$ 20.000,00 
 
Ao final de 2016, a companhia precisará ajustar as disponibilidades em moeda 
estrangeira à taxa de câmbio do dia do balanço e reconhecer eventuais receitas 
ou despesas dela decorrentes. Digamos que, em 31/12/2016, a taxa de câmbio 
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do dia seja de R$ 2,15 para cada dólar (desvalorização do real em relação ao 
dólar): 
Disponibilidades em moeda estrangeira = US$ 10.000 
Taxa de câmbio em 31/12/2016 = R$ 2,15 por cada dólar 
Conversão para moeda nacional = R$ 10.000 x 2,15 = R$ 21.500.00 
 
Observação: no caso do ativo, essa desvalorização é boa, pois aumenta o 
valor a receber em contrapartida a uma receita. Contrário acontece com as 
obrigações, pois a desvalorização da moeda nacional em relação à moeda 
estrangeira gera uma dívida maior em contrapartida a uma despesa. 
Notem que, após a conversão com base na taxa de câmbio em vigor na data do 
balanço, o saldo da conta disponibilidades em moeda estrangeira aumentou de 
R$ 20.000,00 (registrado inicialmente quando do recebimento) para R$ 
21.500,00, em razão do aumento da taxa de câmbio. Como consequência, a 
entidade precisará reconhecer uma variação cambial ativa (receita). 
Registro da variação cambial ativa de R$ 1.500,00: 
D – Disponibilidades em moeda estrangeira 
C – Variações cambiais ativas (receita) 1.500 
 
Portanto, a segunda parte da afirmação está invertida. O correto seria: 
As variações cambiais resultantes dessa conversão (as disponibilidades) devem 
ser registradas em conta de receita, caso haja DESvalorização do real em 
relação à moeda estrangeira, ou em conta de despesa, se houver VALORIZAÇÃO 
do real em relação à moeda estrangeira. 
 
Resumindo: 
a) Se a moeda nacional se desvalorizar em relação à moeda na qual foi realizado 
o negócio, as atualizações com base nas taxas cambiais geram: 
 Variação monetária passiva (despesa) nas obrigações; e 
 Variação monetária ativa (receita) nos direitos a receber. 
 
b) Se, no período a que se referir à atualização cambial, a moeda nacional se 
valorizar diante da moeda estrangeira, o comportamento da variação monetária 
será ao contrário, isto é: 
 Os direitos geram variação monetária passiva; e 
 As obrigações geram variação monetária ativa. 
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Esquematização: 
Item Taxa de câmbio aumenta¹ Taxa de câmbio diminui² 
Ativos Monetários 
Exemplos: 
Disponibilidades e 
Valores a Receber. 
Variação Cambial Ativa 
(Receita financeira) 
Variação Cambial Passiva 
(Despesa financeira) 
Passivos Monetários 
Exemplos: 
Empréstimos e 
Financiamentos. 
Variação Cambial Passiva 
(Despesa financeira) 
Variação Cambial Ativa 
(Receita financeira) 
1 – Desvalorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se valorizou 
em relação do real. 
2 – Valorização do real frente ao dólar é o mesmo que dizer que o dólar se desvalorizou 
em relação do real. 
Gabarito 1: Errado. 
 
02. (CESPE/Contador - FUB/2015) Por ocasião do balanço patrimonial, 
eventuais saldos remanescentes de Imposto sobre operações financeiras (IOF) 
sobre importações a prazo a pagar devem ser atualizados pela variação cambial 
registrada no período. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
Atualização Monetária do IOF a Pagar 
Pode ocorrer que, entre a data do recebimento do bem e a determinação do 
custo respectivo e a data da liquidação do contrato de câmbio, haja variação na 
taxa cambial. Nesse caso, a diferença de IOF causada por essa variação deverá 
ser contabilizada como despesas financeiras (variações monetárias). Da mesma 
forma, a conta IOF a Pagar deverá ser atualizada na data do balanço em 
função da variação ocorrida na taxa cambial. 
FIPECAFI. Manual de contabilidade societária, 2ª edição. Editora Atlas, 2013. 
Gabarito 2: Certo. 
 
03. (CESPE/Contador - CADE/2014) Com base nos pronunciamentos do CPC 
e nos seus reflexosna elaboração e divulgação das demonstrações contábeis, 
julgue o item a seguir. 
Empresas que possuem itens não monetários mensurados pelo valor justo em 
moeda estrangeira devem realizar a conversão monetária utilizando as taxas de 
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câmbio vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado e for 
evidenciado no balanço patrimonial em moeda funcional. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
CPC 02, item 23: 
Apresentação ao término de períodos de reporte subsequentes 
23. Ao término de cada período de reporte: 
(a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-
se a taxa de câmbio de fechamento; 
(b) os itens não monetários que são mensurados pelo custo histórico em moeda 
estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de câmbio vigente na data 
da transação; e 
(c) os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em 
moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se as taxas de 
câmbio vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado. 
(Alterada pela Revisão CPC 03) 
Gabarito 3: Certo. 
 
04. (CESPE/Perito Criminal – Polícia Federal/2013) No item a seguir é 
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Uma companhia brasileira é investidora de uma companhia estrangeira, que 
elabora suas demonstrações financeiras usando o dólar norte-americano. Nessa 
situação, para realizar a conversão das demonstrações para a moeda funcional 
da investidora, utilizando o método da taxa corrente, a investidora deverá 
converter os valores dos ativos e passivos pela taxa de fechamento do dólar na 
data do respectivo balanço. As receitas e as despesas deverão ser convertidas 
pelas taxas cambiais em vigor nas datas das transações ou pela taxa média do 
período, sendo reconhecidas as variações cambiais resultantes em conta 
específica do patrimônio líquido. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
Sumário do CPC 02: 
Conversão das demonstrações contábeis 
18. As contas de ativo e passivo da sociedade investida serão 
convertidas pela taxa cambial da data do balanço de fim de período, 
mantendo-se as contas do patrimônio líquido inicial pelos mesmos valores 
convertidos no balanço do final do período anterior; as mutações do patrimônio 
líquido que não o resultado serão convertidas pelas taxas das datas dessas 
mutações. 
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19. As contas da demonstração do resultado poderão ser convertidas 
pela taxa cambial média do período, mas no caso de receitas ou despesas 
não homogeneamente distribuídas ou no de câmbio com oscilações 
significativas terá que a conversão ser com base na data da competência 
de tais receitas e despesas. 
 
Esquematizando: 
 
 
Para resolução das provas, lembrar que: 
 
Gabarito 4: Certo. 
 
05. (CESPE/Contador - TJ RR/2012) Com a aplicação de critérios contábeis 
homogêneos advindos das normas internacionais de contabilidade e dos 
pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas 
e os contadores procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões 
contábeis em relação ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A 
respeito desse assunto, julgue o item. 
Suponha que, para o reconhecimento do investimento societário no exterior, 
determinada investidora tenha recebido os dados constantes da tabela abaixo. 
Taxa Histórica Data da Transação
Taxa de Fechamento Data das Demonstrações Contábeis 
Taxa Histórica PL Inicial
Taxa de Fechamento
▪ Ativos e Passivos
▪ PL Final
Taxa Média Contas de Resultado (receitas e despesas)
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Nesse caso, se o total dos tributos sobre o lucro contabilizados durante o período 
foi de USD 3.000,00 e se a investidora detém 90% do investimento societário 
no exterior, então, após as conversões necessárias, a investidora terá 
contabilizado uma receita de equivalência superior a $ 28.000,00. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
1. As contas de receitas e despesas devem ser convertidas pela taxa média. 
Inicialmente, vamos calcular a taxa média: 
Taxa média = (1,90 + 1,95 + 2,00)/3 = 1,95 
 
2. Depois, vamos calcular o lucro da investida em USD. 
 
Receitas = 15.500 + 18.000 + 20.000 = 53.500 
Custos = 7.000 + 8.500 + 10.100 = 25.600 
Despesas = 2.500 + 2.800 + 3.250 = 8.550 
Total dos tributos = 3.000 
 
Lucro do período = Receitas – Custos – Despesas – Tributos 
Lucro do período = 53.500 – 25.600 – 8.550 – 3.000 
Lucro do período = USD 16.350,00 
 
3. Antes de finalizar, precisamos calcular o lucro pela taxa de câmbio média: 
Lucro em R$ = 16.350 x 1,95 = R$ 31.882,50 
 
4. Cálculo da Receita de Equivalência Patrimonial (REP) 
REP = 90% x 31.882,50 = R$ 28.694,25 
 
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Portanto, confirmamos que o gabarito da questão está correto, uma vez que a 
investidora contabilizará uma receita de equivalência no montante de R$ 
28.694,25, que é superior a $ 28.000,00. 
Gabarito 5: Certo. 
 
06. (CESPE/Analista - Contabilidade e Finanças - BACEN/2013) Para 
conversão de participações de entidades no exterior, deve-se utilizar a taxa de 
câmbio mais próxima da taxa vigente na data da transação, que pode ser 
expressa pela taxa média semanal ou mensal, mesmo em períodos de 
significativa flutuação de câmbio. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
Segundo o CPC 02: 
Conversão para a moeda de apresentação 
Os resultados e a posição financeira da entidade, cuja moeda funcional não é 
moeda de economia hiperinflacionária, devem ser convertidos para moeda de 
apresentação diferente, adotando-se os seguintes procedimentos: 
(a) ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado (incluindo os 
balanços comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a taxa de câmbio 
de fechamento na data do respectivo balanço; 
(b) receitas e despesas para cada demonstração do resultado abrangente ou 
demonstração do resultado apresentada (incluindo as demonstrações 
comparativas) devem ser convertidas pelas taxas de câmbio vigentes nas 
datas de ocorrência das transações; e 
(c) todas as variações cambiais resultantes devem ser reconhecidas em outros 
resultados abrangentes. 
 
40. Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio 
vigentes nas datas das transações, por exemplo, a taxa média para o 
período, pode ser normalmente utilizada para converter itens de receita e 
despesa. Entretanto, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, o uso 
da taxa de câmbio média para o período é inapropriado. 
 
Portanto, para fins de conversão das demonstrações contábeis, os itens de 
receita e de despesa são convertidos com base na taxa de câmbio na data da 
transação, porém, também é aceitável utilizar a taxa média desde que as 
taxas de câmbio não apresentem flutuação significativa. 
Gabarito 6: Errado. 
 
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07. (CESPE/Auditor de Controle Externo - TCE-ES/2013) Considere que, 
em novembro de 2012, determinada empresa tenha comprado mercadoria do 
exterior pelo valor de 50.000 euros, com a paridadeda moeda de €1,00 = R$ 
3,00. Considere, ainda, que, no final do exercício, essa mercadoria continue em 
estoque e que a cotação do euro tenha sido igual a R$ 2,80. Nessa situação, é 
correto afirmar que, no final do exercício, período em que foi realizado um 
lançamento para registrar o efeito da variação cambial, o balanço patrimonial 
evidenciou o estoque da referida mercadoria no valor de R$ 140.000,00. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
Depois de estar na empresa em condições de vendas, o estoque de mercadorias 
não é mais atualizado pela taxa de câmbio. Após isso, a variação cambial afeta 
apenas o resultado em contrapartida a uma obrigação, no caso de a compra ter 
sido a prazo. 
Câmbio em novembro de 2012 --> €1,00 = R$ 3,00 
Estoque de Mercadorias = 50.000 x 3,00 = R$ 150.000,00 
 
Portanto, o balanço patrimonial evidenciou o estoque da referida mercadoria no 
valor de R$ 150.000,00. 
Gabarito 7: Errado. 
 
08. (CESPE/Contador - TJ RR/2012) Com a aplicação de critérios contábeis 
homogêneos advindos das normas internacionais de contabilidade e dos 
pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas 
e os contadores procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões 
contábeis em relação ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A 
respeito desse assunto, julgue o item. 
Considere que a Cia Alfa tenha fechado o seu balanço patrimonial, em USD, em 
31/12/X2, com os saldos constantes da tabela a seguir. 
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Nesse caso, se o capital social foi integralizado em 1.º/1/X2, cuja taxa de 
câmbio era de $ 1,50, se o valor relativo à conversão do resultado do exercício 
foi de $ 3.500,00 e se a taxa de fechamento do câmbio na data do balanço 
(31/12/X2) era de $ 2,00, então, após a conversão do balanço patrimonial, o 
saldo relativo ao ajuste acumulado de conversão, nesse exercício, foi de $ 
10.500,00. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
Como o examinador não informou a participação da investidora na investida, 
vamos presumir que é de 100%. 
O ativo e o passivo são convertidos pela taxa de fechamento, que é de $ 2,00. 
O patrimônio líquido inicial que, neste caso, coincide com o capital social deve 
ser convertido pela taxa histórica ($ 1,50). 
O lucro é convertido pela taxa média. Porém, o enunciado já traz o valor do 
lucro em moeda nacional convertido pela taxa média, que é de $ 3.500,00. 
Ativo = 41.000 x 2,00 = R$ 82.000 
Passivo = (7.000 + 12.000) x 2,00 = 19.000 x 2,00 = R$ 38.000 
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PL inicial = 20.000 x 1,50 = R$ 30.000 
Ajuste Acumulado de Conversão (AAC) = 100% x (82.000 – 38.000 – 30.000 – 
3.500) 
Ajuste Acumulado de Conversão (AAC) = 100% x 10.500 = R$ 10.500 
 
Outra forma de responder é utilizando as fórmulas. Leve elas para a prova e 
utilize um dos métodos. 
Antes de aplicar as fórmulas, vamos encontrar o PL Inicial, o Ativo, o Passivo e 
o PL Final da Investida em moeda estrangeira (USD): 
PL Inicial = Capital Social = USD 20.000 
Ativo = USD 41.000 (o que importa é o valor total do ativo) 
Passivo = 7.000 + 12.000 = USD 19.000 
PL Final = Capital Social + Lucro = 20.000 + 2.000 = USD 22.000 
 
Antes, é preciso explicar que a taxa média é de R$ 1,75, pois a banca já fez o 
cálculo direto informando no enunciado que o valor relativo à conversão do 
resultado do exercício foi de $ 3.500,00: 
Taxa média = R$ 3.500 / USD 2.000 = R$ 1,75 
 
Assim, temos que: 
AAC = % [PL Inicial x (Tx de fechamento – Tx Histórica) + Resultado x (Tx de fechamento – Tx 
Média) 
AAC = 100% x [20.000 x (2,00 – 1,50) + 2.000 x (2,00 – 1,75)] 
AAC = 100% x (10.000 + 500) = 100% x 10.500 = R$ 10.500 
Ou 
AAC = % [(PL Final x Tx de fechamento) – (PL Inicial x Tx Histórica) – (Resultado x Tx Média) 
AAC = 100% x [(22.000 x 2,00) – (20.000 x 1,50) – (2.000,00 X 1,75)] 
AAC = 100% x (44.000 – 30.000 – 3.500) = 100% x 10.500 = R$ 10.500 
No dia da prova, escolha um dos métodos. 
Gabarito 8: Certo. 
 
09. (CESPE/Especialista - ANAC/2012) Acerca dos aspectos relacionados a 
operações entre sociedades e ao comércio exterior, julgue o item a seguir. 
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método de 
equivalência patrimonial devem ser registrados como receita do exercício em 
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que efetivamente ocorrerem, pelo valor recebido em moeda estrangeira, 
convertido para reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
Os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo método de 
equivalência patrimonial devem ser registrados como redução da conta de 
investimento pelo valor recebido em moeda estrangeira convertido para 
reais à taxa de câmbio vigente na data do recebimento. 
 
Portanto, os dividendos de investimentos no exterior reconhecidos pelo 
método de equivalência patrimonial não integram o resultado da entidade, 
pois são lançados com contrapartida a conta de investimentos. 
Gabarito 9: Errado. 
 
FCC 
10. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade - TRT 20ª/2016) Em 
30/12/20x1, a Cia Endividada contrata um empréstimo de U$ 3 milhões, nas 
seguintes condições: prazo total de 60 meses, juros de 1% ao mês, com 
carência de principal e juros de 2 anos e pagamento em 3 parcelas anuais de 
principal e juros, após o período de carência pagos no primeiro dia útil do 
período seguinte. Nessas condições a empresa deverá 
(A) registrar como Despesa Financeira os juros incidentes sobre o contrato a 
partir de 30/12/20x3 logo após a extinção do período de carência dos juros. 
(B) somente atualizar o saldo devedor e iniciar o registro da variação cambial 
do contrato por ocasião do efetivo pagamento do principal e dos juros. 
(C) reconhecer a variação cambial do valor do principal como encargos a 
apropriar no período de carência. 
(D) identificar e registrar a variação cambial incidente sobre os valores da 
operação apropriando mensalmente os juros contratuais mesmo quando não 
pagos. 
(E) no período de carência de juros, registrar em conta devedora de juros a 
apropriar o valor mensal desses encargos. 
Resolução: 
A questão trata dos registros em uma operação de empréstimo em moeda 
estrangeira. As demonstrações contábeis de empresas do Brasil têm de ser 
apresentadas na moeda nacional, ou seja, em Real. Com isso, precisamos fazer 
a conversão da moeda estrangeira (por exemplo, dólar, euro etc.) para a moeda 
do Brasil. 
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Na data da contratação do empréstimo deve ser utilizada a taxa de câmbio 
vigente no dia da transação. Além disso, na data do balanço, utilizamos a taxa 
de fechamento, ou seja, a taxa de câmbio vigente no dia do fechamento das 
demonstrações contábeis, o que vai gerar variação cambial. 
Além disso, a empresa deve reconhecer os juros. 
Com isso, independente do momento do pagamento do principal e dos juros dos 
empréstimos, uma vez que temos carência, as despesas financeiras relativas 
aos juros e aos registros das variações cambiais (podem ser ativas (receitas 
financeiras) ou passivas (despesas financeiras)) serão reconhecidas a cada 
período, mensal ou anual, de acordo com o regime de competência. 
Vamos analisar cada alternativa: 
a) incorreta. A empresadeve registrar como Despesa Financeira os juros 
incidentes sobre o contrato a partir de 30/01/20x2, pois a taxa de juros 
sobre o empréstimo é mensal. 
b) incorreta. A empresa deve atualizar o saldo devedor e iniciar o registro da 
variação cambial do contrato a partir do primeiro período, mensal ou anual, 
após a contratação do empréstimo. 
c) incorreta. A empresa deve reconhecer a variação cambial do valor do principal 
e dos juros como despesa ou receita financeira, a depender da taxa de câmbio. 
d) correta. A empresa deve identificar e registrar a variação cambial incidente 
sobre os valores da operação apropriando mensalmente os juros contratuais 
mesmo quando não pagos. 
(E) incorreta. No período de carência de juros, a empresa deve registrar em 
conta de despesa financeira o valor meio. 
 
Os juros, encargos e variações devem ser lançados mensalmente, de acordo 
com o regime de competência. 
Gabarito 10: D. 
 
11. (FCC/Contador - ALEMS/2016) Em 10/05/2016, a Cia. Brasileira 
realizou uma venda a prazo no valor total de US$ 200.000,00. Sabendo que a 
taxa de câmbio em 10/05/2016 era R$ 3,50/US$, em 30/05/2016 era R$ 
3,30/US$ e a taxa de câmbio média do mês de maio de 2016 foi R$ 3,40/US$, 
a Cia. Brasileira reconheceu, no mês de maio de 2016, Receita de Vendas de 
(A) R$ 700.000,00, apenas. 
(B) R$ 660.000,00 apenas. 
(C) R$ 680.000,00 apenas. 
(D) R$ 680.000,00 e despesa financeira de R$ 20.000,00. 
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(E) R$ 700.000,00 e despesa financeira de R$ 40.000,00. 
Resolução: 
Em 10/05/2016, a Receita de Vendas em R$ deve ser convertida com base 
na taxa de câmbio da data da operação: 
Valor da Receita = US$ 200.000,00 
Câmbio no dia da venda (10/05/2016) = R$ 3,50/US$ 
Valor da Receita em R$= US$ 200.000,00 x R$ 3,50 = R$ 700.000,00 
Podemos eliminar as letras B, C e D. 
 
Lançamento contábil em 10/05/2016: 
D – Valores a Receber ou Clientes .................... R$ 700.000,00 
C – Receita de Vendas .................................... R$ 700.000,00 
Em 30/05/2016, a empresa precisa avaliar qual o valor do seu direito com base 
na taxa de câmbio do final de maio: 
Valores a Receber em Dólar = US$ 200.000,00 
Câmbio em 30/05/2016 = R$ 3,30/US$ 
Valores a receber em 30/05/2016 = US$ 200.000,00 x R$ 3,30 = R$ 660.000,00 
 
Observem que o direito da empresa diminuiu de R$ 700.000,00 para R$ 
660.000,00, gerando uma variação cambial passiva (ou despesa financeira) no 
valor de R$ 40.000,00 (700.000 – 660.000). 
Lançamento contábil em 30/05/2016: 
D – Despesa Financeira ........................ R$ 40.000,00 
C – Valores a Receber ou Clientes .......... R$ 40.000,00 
 
Com isso, o nosso gabarito é a letra E. 
 
Vamos demonstrar para melhor fixação o razonete da conta Valores a Receber: 
 Valores a Receber 
10/05/2016 R$ 700.000,00 R$ 40.000,00 30/05/2016 
Saldo em 30/05/16 R$ 660.000,00 
Gabarito 11: E. 
 
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12. (FCC/Analista – Contabilidade – CNMP/2015) No dia 01/12/2013 a 
empresa Endividada S.A. obteve um empréstimo do exterior no valor total de 
US$ 1.000.000,00 (um milhão de dólares), para ser pago integralmente 
(principal e juros) em 01/12/2014. A taxa de juros contratada foi 1% ao mês e 
as informações sobre as cotações da taxa de câmbio, em várias datas, eram as 
seguintes: 
 
 
Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial da 
empresa Endividada S.A., em 31/12/2013, referente a este empréstimo foi, em 
reais, 
a) 2.650.000,00. 
b) 2.727.000,00. 
c) 2.706.800,00. 
d) 2.676.500,00. 
e) 2.929.000,00. 
Resolução: 
Para responder esta questão, é importante lembrar o que dispõe o artigo 184 
da Lei nº 6.404/76: 
Art. 184. As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade 
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor 
na data do balanço; 
 
Como a questão solicita o valor apresentado no Balanço Patrimonial referente 
ao empréstimo em 31/12/2013, precisamos calcular os juros referente a um 
mês (01/12/2013 à 31/12/2013) antes de aplicar a taxa de câmbio para 
conversão. 
1. Cálculo dos juros: 
Juros no período = US$ 1.000.000,00 * 1% a.m. = US$ 10.000,00 
Montante da dívida em 31/12/2013 = 1.000.000 + 10.000 = US$ 1.010.000,00 
 
2. Data do balanço patrimonial (31/12/2014): 
Valor da dívida = US$ 1.010.000,00 
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Câmbio no dia do balanço (31/12/2013) = 2,70 
Valor da dívida em R$ (31/12/2013) = US$ 1.010.000,00 x R$ 2,70 
Valor da dívida em R$ (31/12/2013) = R$ 2.727.000,00 
Gabarito 12: B. 
 
13. (FCC/Julgador Administrativo Tributário-SEFAZ PE/2015) A Cia. 
Empréstimos S.A. obteve, em 01/12/2014, um empréstimo de US$ 500.000,00, 
para ser pago integralmente em 01/12/2015. Não há incidência de juros sobre 
o empréstimo e na data da obtenção a taxa de câmbio era R$ 2,65/US$ 1,00. 
Em 31/12/2014, a taxa de câmbio era R$ 2,70/US$ 1,00 e a taxa de câmbio 
média do mês de dezembro de 2014 foi R$ 2,68/US$ 1,00. 
Em 31/12/2014, a taxa de câmbio projetada para 01/12/2015 era R$ 2,90/US$ 
1,00. Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial 
da Cia. Empréstimos S.A. referente a este empréstimo foi 
a) R$ 1.325.000,00, em 31/12/2014. 
b) R$ 1.350.000,00, em 31/12/2014. 
c) R$ 1.340.000,00, em 31/12/2014. 
d) R$ 1.450.000,00, em 31/12/2014. 
e) R$ 1.340.000,00, em 01/12/2014. 
Resolução: 
As obrigações em moeda estrangeira ficam registradas pela taxa de 
fechamento, ou seja, a taxa vigente no dia do encerramento do balanço ou no 
dia que a questão mencionar. 
1. Data da aquisição do empréstimo (01/12/2014): 
Valor da dívida = US$ 500.000,00 
Câmbio no dia da contratação = R$ 2,65 
Valor da dívida = US$ 500.000,00 x R$ 2,65 = R$ 1.325.000,00 
Podemos eliminar a letra E. 
 
2. Data do balanço patrimonial (31/12/2014): 
Valor da dívida = US$ 500.000,00 
Câmbio no dia do balanço (31/dez) = 2,70 
Valor da dívida em R$ (31/dez) = US$ 500.000,00 x R$ 2,70 = R$ 1.350.000,00 
Gabarito 13: B. 
 
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Teoria e Questões comentadas 
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14. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade - TRT - 16ª REGIÃO 
(MA)/2014) A Cia. Internacional S.A. obteve, em 31/12/2013, um empréstimo 
de US$300.000,00 atualizado apenas pela variação cambial, para ser liquidado 
em uma única parcela em 31/12/2015. Na data da obtenção do empréstimo a 
taxa de câmbio era R$2,40/US$1,00 e em 31/01/2014, a taxa de câmbio era 
R$2,45/US$1,00. A taxa de câmbio média do mês de janeiro de 2014 foi R$2,50 
/US$1,00. 
 
Sabendo que em 31/01/2014 a taxa de câmbio projetada para 31/12/2015 era 
R$2,35/US$1,00, é correto afirmar que o valor apresentado no Balanço 
Patrimonial da Cia. Internacional S.A., referente a este empréstimo, foi 
a) R$ 705.000,00, em 31/01/2014. 
b) R$ 705.000,00, em 31/12/2013. 
c) R$ 720.000,00, em 31/01/2014. 
d) R$ 735.000,00, em 31/01/2014. 
e) R$ 750.000,00, em 31/01/2014. 
Resolução: 
As obrigações em moeda estrangeira ficam registradas pela taxa de 
fechamento, ou seja, a taxa vigente no dia do encerramento do balanço ou no 
dia que a questão mencionar. 
1. Data da aquisição do empréstimo (31/12/2013): 
Valor da dívida = US$ 300.000,00 
Câmbio no dia da contratação = R$ 2,40 
Valor da dívida

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