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Materiais dúcteis X frágeis Resistência dos Materiais 1 OBJETIVO Porque falham os materias? Projeto inadequado; Fratura dúctil X frágil. 2 Fratura Definição: É a separação de um corpo em duas partes devido à uma tensão aplicada, a temperaturas abaixo do ponto de fusão. Etapas da fratura: Nucleação propagação Dois modos de fratura: dúctil e frágil depende da habilidade do material em absorver energia até a ruptura ou experimentar uma deformação plástica. 3 Fratura Fratura taça-cone no Al Fratura frágil: aço médio C Metais dúteis na ruptura (ouro, chumbo) Metais, polímeros, vidros inorgânicos a altas T. A B C B é o mais comum. 4 Fratura 5 Ocorre, normalmente de maneira dúctil há um aviso do material antes do rompimento A fratura pode ocorrer de maneira dúctil por: - transgranular (crescimento plástico-fratura em taça ou cone) - intergranular (presença de vazios nos contornos de grão) - cisalhamento - formação de um pescoço (deformação plástica) Se ocorrer de maneira frágil (geralmente T muito baixas): - clivagem - intergranular Materiais metálicos 5 6 Grupo de fadiga e materiais aeronáuticos Fratura Diferenciada para cada tipo de material 6 7 Fratura taça-cone Pescoço microcavidades Trincas coalescendo Propagação de trincas Fratura final por cisalhamento Fibras arrancadas indicando deformação plástica. Carregamento-Tração Carregamento-Cisalhamento Dimples esféricos centro Dimples Parabólicos borda Grupo de fadiga e materiais aeronáuticos 7 Fratura 8 Dúctil: extensa deformação plástica na vizinhança de uma trinca que está avançando Frágil: ocorre sem qualquer deformação apreciável através de uma rápida propagação da trinca Fractografias: fornecem informações como modalidade da fratura, estado de tensão e ponto de início da trinca 8 Fratura 9 Transgranular 9 Fratura 10 Intergranular 10 Fratura 11 Superfície de fratura por clivagem de aço carbono em uma válvula de alívio de emergência. A fratura foi atribuída à corrosão sob tensão (~250X) Materiais metálicos 11 12 Microestrutura de um aço inoxidável: corrosão no contorno de grão provocando a fratura intergranular pelo excesso da temperatura no tratamento térmico em aço inoxidável 316L. Fratura Materiais metálicos 12 13 Marcas de sargento em forma de V Origem da trinca Superfície de Fratura Frágil Origem da trinca Nervuras radiais em formato de leque 13 Ensaio de Impacto 14 Causa: aumento da temperatura transição numa junta de solda devido ao crescimento de grão 2500 unidades 150 falharam no porto 300 falhas sérias Aumento T trans região solda 14 15 - Influenciado: - ENTALHE - TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO Impacto Ensaios: Charpy Izod 15 16 TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO Temperatura característica onde ocorre a transição dúctil- frágil dos materiais Baixas temperaturas trinca se propaga mais velozmente que os mecanismos de deformação plástica pouca energia é absorvida Temperaturas elevadas fratura é precedida de uma deformação que consome energia Mudança brusca no comportamento característico de metais CCC Temperatura de transição varia com a taxa de carregamento Impacto 16 17 Impacto Al e Cu Mais dúctil Mais Frágil 17 18 Impacto 18 Ensaio de Dureza Definição 19 ESCALA DE DUREZA BRINELL (HB) “Consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço temperado, de diâmetro D, sobre uma superfície plana, polida e limpa de um metal, por meio de uma carga F, durante um tempo t, produzindo uma calota esférica de diâmetro d. VANTAGENS DO ENSAIO BRINELL: é usado especialmente para avaliação de dureza de metais não ferrosos, ferro fundido, aço, produtos siderúrgicos em geral e de peças não temperadas; É o único ensaio utilizado e aceito para ensaios em metais que não tenham estrutura interna uniforme (materiais heterogêneos); É feito em equipamento de fácil operação. DESVANTAGENS O uso deste ensaio é limitado pela esfera empregada. Usando-se esferas de aço temperado só é possível medir dureza até 500 HB, pois durezas maiores danificariam a esfera. ESCALA DE DUREZA ROCKWELL (HR) É a mais utilizada internacionalmente Norma Brasileira + usada: NBR-6671 Norma americana + usada: ASTM E18-94 PRÉ-CARGA CARGA Rockwell Comum 10 Kgf 60 Kgf 100 Kgf 150 Kgf Rockwell Superficial 3 Kgf 15 Kgf 30 Kgf 45 Kgf Vantagens do Método Rockwell: •As superfícies não necessitam de polimento; •Pequenas irregularidades são eliminadas pela pré-carga; •Não necessita de sistema óptico; •Equipamento mais simples. Desvantagens: •Escala C só para aços temperados; •Necessidade de usar muitas escalas e esferas diferentes para abranger toda a gama de materiais possíveis. ESCALA DE DUREZA VICKERS (HV) Características: •Utiliza um penetradorde diamante, o que torna o ensaio aplicável a todos os tipos de materiais; •A área da impressão é proporcional à força aplicada, o que torna o ensaio insensível à força aplicada. Vantagens: Escala contínua de dureza Impressões de dureza extremamente pequenas Deformação nula do indentador Aplicação para qualquer espessura Relação com a resistência à tração Desvantagens Necessidade de preparação cuidadosa da superfície Processo lento Sujeito a erros do operador Dureza 27 28 29 Exemplo 1 Qual o material de maior dureza? 30 Fadiga 31 É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas Falha com tensões muito inferiores à tensão de escoamento A fratura ou rompimento do material por fadiga geralmente ocorre com a formação e propagação de uma trinca. A trinca inicia-se em pontos onde há uma imperfeição estrutural ou de composição e/ou um ponto concentrador de tensões (que ocorre geralmente na superfície) 31 32 as tensões cíclicas aplicadas podem ser: - axiais - de flexão - de torção modos de flutuação de tensão: Variação da tensão com o tempo (a) tensões contrárias (b) tensões repetidas (c) tensões aleatórias ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À FADIGA Fadiga 32 Fadiga 34 Curva S x N de um aço comum ao carbono (com limite de fadiga) e de um alumínio (sem limite de fadiga). CURVA TÍPICA DE FADIGA S - N Fadiga 34 35 1. Nucleação da trinca: início por deterioração por fadiga nucleação da trinca ocorre pois a deformação plástica não é um processo reversível PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS QUE OCORREM EM UM METAL DÚCTIL DURANTE A FADIGA Fadiga 35 36 2. Crescimento de bandas e deslizamento de fadiga: a deformação plástica em uma direção alterna-se com a deformação plástica na direção contrária, surgem sulcos (extrusões e intrusões de deslizamento) e bandas de deslizamento persistentes irregularidades superficiais e bandas de deslizamento originam trincas na superfície, que se propagam para o interior do corpo-de-prova Fase I do crescimento velocidade de de trinca crescimento muito baixa (10-10 m/ciclo) Fadiga 36 37 3. Crescimento da trinca em planos com tensão de tração elevada: na fase I, em um metal policristalino, a trinca cresce alguns diâmetros de grão, após toma a direção perpendicular à tensão de tração máxima aplicada ocorre a propagação de uma trinca bem definida com velocidade elevada (ordem de m), surgindo estrias com o avanço da trinca as estrias são úteis para a origem e a direção da propagação das trincas Fase II do crescimento de trinca velocidade de crescimento elevada 4. Fratura final trinca percorreu uma área suficiente e o material não consegue suportar a carga aplicada, ocorre a fratura 37 Mecanismo de formação de estria Como estas tensõesresiduais de compressão normalmente são maiores que o limite de escoamento do material deformam a ponta da trinca formando as estrias Após propagação estável entra-se no estágio II, a taxa de extensão da trinca aumenta e passa a ser per pendicular à aplicação da carga. processo repetitivo de abaulamento plástico e afilamento na ponta da trinca 38 38 39 FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA À FADIGA 1. Concentração de tensão: a resistência à fadiga é reduzida por concentradores de tensão como: entalhes; irregularidades; poros. Portanto, quanto mais lisa (menos rugosa) for a superfície da amostra maior a resistência à fadiga como a fratura inicia-se na superfície do material, qualquer alteração na superfície do material afeta a resistência à fadiga 2. Ambiente: o ataque ou interações de natureza químico acelera a velocidade com que a trinca de fadiga se propaga: UMIDADE para cerâmicos Superfície de um corpo cerâmico, salientando-se defeitos. 39 40 FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA À FADIGA 3. Tratamentos na superfície: a resistência à fadiga pode ser influencia após tratamentos na superfície Cromo Cromo + Ni 40 41 Fadiga Estrias(nível microscópico) Marcas de praia (nível macroscópico) 41 42 Grupo de fadiga e materiais aeronáuticos Fadiga – Flexão rotativa 42 Fluência 43 Fluência 44 min max s s s - = i 2 min s s s + = máx m max min s s = R 2 2 min max s s s s - = = i a
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