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Livro-Texto Unidade COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL UNIP

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Prévia do material em texto

Autora: Profa. Solimar Garcia
Colaboradores: Prof. Franklin de Oliveira Lacerda
 Prof. André Galhardo Fernandes
Comunicação Empresarial 
Professora conteudista: Solimar Garcia
Graduada em Marketing (2017), em Publicidade e Propaganda (1984) e em Jornalismo (1987) pela Fundação Cásper 
Líbero, com especializações em Educação, Ensino Superior e Educação a Distância. Possui mestrado em Comunicação 
e MBA em Comunicação e Marketing na ESPM (1999).
É doutora em Engenharia da Produção, pesquisadora nessa área e também em Educação a Distância e Marketing Digital.
Passou por diversos órgãos de imprensa, como o jornal O Estado de S. Paulo, Agência Estado, A Gazeta e revistas 
especializadas. Atuou em várias organizações na área de Comunicação e Marketing e empreendeu nesse campo por 
muitos anos. É coordenadora e docente presencial e a distância em diversas instituições, em cursos de Graduação e 
Pós-Graduação. Na UNIP, é pesquisadora, professora e coordena o curso de Gestão Comercial na modalidade EaD. 
Na área acadêmica, possui vasta produção em publicações nacionais e internacionais, além de diversos artigos e livros.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
U500.95 – 20
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
G216 Garcia, Solimar
Comunicação Empresarial. / Solimar Garcia. 2. ed. São Paulo: 
Editora Sol. 2020.
188 p. il.
Notas: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1.Escrever Bem 2.Falar Bem 3.Público Interno I.Título
CDU 658.012.45
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Vitor Andrade
 Rose Castilho
Sumário
Comunicação Empresarial 
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 A COMUNICAÇÃO E SEUS PRINCIPAIS ELEMENTOS ......................................................................... 11
1.1 Elementos do processo de comunicação e ruídos .................................................................. 12
1.2 Signo linguístico e ruído na comunicação ................................................................................ 14
1.3 Dificuldades na comunicação ......................................................................................................... 15
1.4 Comunicação verbal e não verbal ................................................................................................. 16
1.5 Linguagem escrita e falada .............................................................................................................. 17
1.6 Níveis de linguagem ............................................................................................................................ 18
1.7 Tópico frasal ........................................................................................................................................... 22
1.8 Parágrafo ................................................................................................................................................. 23
1.8.1 Como iniciar os parágrafos? ............................................................................................................... 23
1.8.2 Desenvolvimento de parágrafos ....................................................................................................... 25
1.8.3 Conclusão do parágrafo ....................................................................................................................... 26
2 PARA ESCREVER MELHOR ........................................................................................................................... 29
2.1 Montagem do texto ............................................................................................................................ 30
2.2 Coerência textual ................................................................................................................................. 31
2.3 Clareza e ambiguidade ....................................................................................................................... 31
2.4 Coesão ....................................................................................................................................................... 35
2.5 Concisão ................................................................................................................................................... 38
2.6 Correção ................................................................................................................................................... 39
2.7 Expressão ................................................................................................................................................. 40
2.8 Propriedade ............................................................................................................................................. 42
2.9 Componentes de um texto ............................................................................................................... 42
2.10 Organização ......................................................................................................................................... 43
2.11 Estrutura, conteúdo e expressão .................................................................................................. 44
Unidade II
3 TIPOS DE TEXTO ................................................................................................................................................ 50
3.1 Descrição .................................................................................................................................................. 50
3.2 Narração ................................................................................................................................................... 55
3.2.1 Discurso direto e discurso indireto .................................................................................................. 60
3.3 Dissertação .............................................................................................................................................. 63
3.4 Resumo ..................................................................................................................................................... 66
3.5 Resenha crítica e os textos acadêmicos...................................................................................... 71
3.6 Fichamento ............................................................................................................................................. 75
3.7 Referências..............................................................................................................................................76
3.7.1 Considerações sobre conteúdo da internet ................................................................................. 78
4 FUNÇÕES DA LINGUAGEM APLICADAS À COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ............................. 79
4.1 Como escrever bem textos empresariais .................................................................................... 79
4.2 Função referencial ou denotativa .................................................................................................. 81
4.3 Função conativa ou apelativa ......................................................................................................... 83
4.4 Função fática .......................................................................................................................................... 84
4.5 Função emotiva ou expressiva ........................................................................................................ 85
4.6 Função poética ...................................................................................................................................... 86
4.7 Função metalinguística ...................................................................................................................... 87
Unidade III
5 A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ............................................................................................................. 93
5.1 Públicos de interesse: os stakeholders ......................................................................................... 94
5.2 Desafios em comunicação empresarial ....................................................................................... 96
5.3 Comunicação institucional ............................................................................................................... 98
5.3.1 Branding e relações públicas............................................................................................................100
5.3.2 Responsabilidade social empresarial ............................................................................................104
5.3.3 Sustentabilidade ....................................................................................................................................104
5.3.4 Marketing social ....................................................................................................................................107
5.3.5 Funções de relações públicas ...........................................................................................................107
5.3.6 Profissional para comunicação institucional .............................................................................111
5.4 Customer Relationship Management (CRM) e relacionamento .....................................111
5.5 Comunicação e atendimento ao cliente ...................................................................................112
5.5.1 Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) ........................................................................113
5.5.2 Ombudsman e ouvidoria ...................................................................................................................115
5.5.3 A internet e as redes sociais ............................................................................................................. 118
5.5.4 Sites de reclamação .............................................................................................................................119
6 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA ................................................................................120
6.1 Fatores que influenciam a comunicação interna nas organizações .............................121
6.2 Fluxos da comunicação ....................................................................................................................122
6.3 Rede formal e rede informal..........................................................................................................123
6.4 Canais ou veículos de comunicação interna...........................................................................124
6.5 Endomarketing ....................................................................................................................................126
6.6 Comunicação administrativa .........................................................................................................128
6.6.1 Veículos de redação administrativa .............................................................................................. 128
6.6.2 Boas práticas no uso da internet na empresa ......................................................................... 130
6.7 Correspondência com órgãos oficiais ........................................................................................131
6.8 Relatório .................................................................................................................................................132
6.9 Currículo ................................................................................................................................................134
Unidade IV
7 A COMUNICAÇÃO MERCADOLÓGICA ...................................................................................................140
7.1 Propaganda ...........................................................................................................................................144
7.2 Promoção de vendas .........................................................................................................................145
7.3 Ações no ponto de venda – merchandising ............................................................................146
7.4 Patrocínio ...............................................................................................................................................148
7.5 Eventos e experiências .....................................................................................................................148
7.6 Venda pessoal ......................................................................................................................................149
7.7 Marketing direto .................................................................................................................................149
7.8 Marketing digital ................................................................................................................................149
8 COMUNICAÇÃO ORAL .................................................................................................................................150
8.1 Apresentações pessoais profissionais .........................................................................................150
8.1.1 Quais recursos de apoio serão utilizados? ................................................................................. 153
8.2 Sugestões para organizar a apresentação ...............................................................................155
8.2.1 Começando a desenvolver o assunto .......................................................................................... 155
8.2.2 Postura e movimentação .................................................................................................................. 157
8.2.3 Contato visual e voz ........................................................................................................................... 158
8.2.4 Vícios de linguagem e artifícios da fala ..................................................................................... 160
8.3 Na hora da apresentação ................................................................................................................161
8.4 Debates ...................................................................................................................................................164
8.5 Exercícios de dicção para melhorar a voz ................................................................................1678.6 Plano Integrado de Comunicação Empresarial (Pice) ..........................................................168
8.7 Modelo básico do Pice......................................................................................................................169
9
APRESENTAÇÃO
A comunicação representa uma espécie de gargalo nas companhias atualmente. Nunca tivemos 
tantos meios de comunicação à disposição, tantas e tão rápidas formas para chegar às pessoas com 
as informações necessárias. Todavia, nunca foi tão difícil fazer com que a notícia chegue intacta, sem 
deformações, onde precise chegar, na hora exata e com o tom necessário.
Comunicação empresarial é uma disciplina fundamental em todos os cursos superiores e traz um 
amplo panorama sobre como se comunicar melhor, escrevendo, falando e atuando em uma empresa.
A disciplina Comunicação Empresarial tem como objetivos principais expandir a capacidade de 
leitura e interpretação de textos técnicos e teóricos, consolidar a habilidade julgamento e crítica 
para elaborar textos técnicos e acadêmicos, bem como ampliar sua aptidão em comunicação verbal 
e não verbal.
Espera-se que o aluno desenvolva capacidade reflexiva para atuar em um mercado competitivo e 
dinâmico, caracterizado por mudanças rápidas e vertiginosas.
O conteúdo deste livro-texto capacitará o estudante a saber ouvir, para compreender e interpretar 
com exatidão o conteúdo da mensagem transmitida e a intenção do seu emissor, favorecendo o 
retorno da informação, que marca o início do diálogo, que, por sua vez, poderá garantir a qualidade 
do relacionamento humano. Sem dúvida, promoverá a melhoria dos processos de comunicação nos 
relacionamentos humanos e empresariais. Assim, vai colaborar com o pensamento e a concepção 
de interpretação crítica da realidade. Sem dúvida, será base de sustentação à sua vida acadêmica e 
profissional no que tange à redação de trabalhos e às suas respectivas apresentações orais.
INTRODUÇÃO
Ao ler os objetivos desta disciplina, notamos que destaca um vasto campo de estudos, que envolve 
comunicação interna, externa ou mercadológica, institucional e administrativa.
Inicialmente, vamos conhecer os principais elementos da comunicação e seu processo, pautando-se 
na língua portuguesa, ajudando o aluno a escrever melhor, como coesão, coerência e clareza.
A unidade II aborda informações a respeito dos tipos de texto e trata da descrição, narração, 
dissertação, textos acadêmicos e resumos. Acentua as funções da linguagem e a importância de as 
aplicarmos adequadamente para os textos empresariais.
A unidade III adentra no universo da comunicação empresarial propriamente dita, ilustrando seus 
desafios e suas oportunidades: a comunicação interna e a institucional, que zela pelo bom nome e 
reputação da companhia, o desafio do atendimento a clientes e como contornar suas reclamações. 
Estudamos caminhos da comunicação dentro da organização e a comunicação do dia a dia empresarial, 
por meio da redação comercial ou administrativa.
10
Por fim, a unidade IV traz as ferramentas de comunicação mercadológica para que a empresa possa 
mostrar seus produtos e serviços da melhor maneira, bem como a forma para gerenciar as ações de 
comunicação, por meio do plano integrado de comunicação empresarial. Nessa unidade, você ainda vai 
conhecer as melhores dicas para fazer boas apresentações orais, profissionais e pessoais.
Trata-se de assunto instigante, com rico conteúdo e uma gama de informações que levarão você a 
conhecer muitas ferramentas interessantes para o seu trabalho e para sua vida pessoal.
Aproveite o conteúdo!
11
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Unidade I
1 A COMUNICAÇÃO E SEUS PRINCIPAIS ELEMENTOS
A comunicação é talvez uma das necessidades humanas mais antigas, observada desde os primórdios 
da humanidade, quando ainda não era possível a fala, as interações sociais mais elaboradas, tampouco 
os relacionamentos. Quando alguém, em algum momento, resolveu trocar uma ideia, combinar algo 
com outra pessoa, a comunicação começou a ser desenvolvida.
Após essas tentativas iniciais, o desenvolvimento da linguagem foi acontecendo, pois era preciso 
combinar entre as pessoas o que cada situação representaria, ou como cada objeto ou elemento deveria 
ser tratado. A comunicação também guarda uma grande ligação com a evolução tecnológica.
Com a linguagem, o homem pôde perpetuar sua história, passando de geração a geração os 
conhecimentos atribuídos em sua época. Antes de a linguagem aparecer, os nossos ancestrais tinham 
que “começar do zero” toda vez que nascia um novo membro na comunidade, na tribo ou no grupo de 
pessoas de seu convívio.
A invenção da escrita, há cerca de 5 mil anos, alterou a relação dos indivíduos entre tempo e espaço. 
Foi possível, desde então, registrar e transportar informações e mantê-las mesmo após a morte das 
pessoas. Antes dela, o conhecimento ia embora com quem o detinha.
A tipografia, criada há mais ou menos cinco séculos, proporcionou um outro crescimento importante 
para a história do homem. Se antes tudo era registrado por meio de manuscritos, o novo sistema, por 
meio da prensa de tipos, permitiu reproduzir textos em escala maior e para muitas pessoas. Para alguns, 
esse foi o início da comunicação de massa.
A palavra comunicar vem do latim comuniccare, que significa “pôr em comum”. Comum, do latim 
communis, quer dizer “pertencente a todos ou a muitos”. Filosoficamente explicando o conceito, 
podemos pensar que a comunicação humana perpassa todas as nossas ações em relação aos outros, 
e para isso é preciso compreender o que se está comunicando, e, assim, poder tornar comuns ideias, 
experiências e contextos, almejando o entendimento entre os homens! Podemos dizer que comunicar 
é buscar as explicações para as questões existenciais mais profundas, como: “De onde viemos?”; “Para 
onde vamos?”; “O que está além do que vemos?”.
12
Unidade I
 Saiba mais
Alguns filmes mostram de maneira brilhante essas realidades primordiais 
que não fazem parte do nosso cotidiano. É o caso do longa a seguir, baseado 
no livro de Umberto Eco, que mostra a rotina de monges que copiavam os 
livros na Idade Média.
O NOME da rosa. Dir. Jean-Jacques Annaud. Itália: Neue Constantin 
Film, 1986. 131 minutos.
1.1 Elementos do processo de comunicação e ruídos
Tomasi e Medeiros (2014) ilustram o histórico do modelo mecanicista, que foi desenvolvido por C. F. 
Shannon e Weaver em 1949. Ele não se ocupa especificamente da comunicação humana, que é muito 
mais complexo e depende de fatores sociais, ambientais, pessoais e psicológicos.
Fonte de ruído
Sinal MensagemMensagem
Fonte de 
informação Transmissor Receptor Receptor
Sinal recebido
Figura 1
Ao adaptarmos o modelo para a comunicação humana, podemos pensar que para transmitir as 
mensagens um receptor precisa de um código, que nada mais é do que um conjunto organizado de signos. 
Então, deve-se transformar o que se pretende comunicar em um código, isto é, codificar a mensagem. 
Por exemplo, em uma mensagem escrita, deve-se escrever o texto em um suporte qualquer, um papel, 
uma tela de computador, com a linguagem escolhida; em nosso caso, o código é a língua portuguesa.
Emissor Codificação Decodificação Receptor
RespostaFeedback
Ruído
Mensagem
Meio
Figura 2 – Imagem do processo de comunicação
13
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A mensagem precisa de um meio para ser transmitida, que pode ser um papel, um meio 
eletrônico, como televisão, rádio, telefone, internet e outros. Esse suporte é também chamado de 
canal de comunicação.
O receptor, por sua vez, precisa decodificar a mensagem, realizar o processo inicial de forma 
contrária, ou seja, entender o que o codificador quis dizer com a mensagem. Quando a decodificação da 
mensagem se dá de forma adequada, dizemos que houve comunicação, ou seja, o receptor compreendeu 
a mensagem e deu um retorno (feedback), reatroalimentando o emissor com ela.
Tudo isso ocorre, é bom lembrar, num ambiente, num contexto, conhecido como referente,por 
meio do qual a comunicação acontece. Veja o exemplo da aula a distância: é possível que uma aula de 
comunicação empresarial seja diferente nesse contexto virtual quando comparada à forma presencial.
Quando a comunicação não se completa, dizemos que houve ruídos (gaps), quando a pessoa não 
a entende por problemas em algum dos elementos do processo de comunicação, como no próprio 
receptor, no canal, no código, na mensagem ou no emissor.
Problemas de ordem psicológica, como preocupações e estresse, podem afetar o estado de emissor 
e de receptor. A formação escolar da pessoa, sua cultura, religião, ou seja, sua percepção em relação 
à comunicação fica prejudicada por causa de sua visão de mundo, preconceitos e outros. Outra 
adversidade ainda pode ocorrer por questões fisiológicas, como dor, mal-estar físico, dificuldade de 
visão e de audição.
No ambiente, os ruídos podem se dar por falta de condições mínimas para compreensão da mensagem, 
como muito barulho, ausência de luz, intensa movimentação de pessoas, entre outros. Por exemplo, 
pelo tipo de linguagem usada, vocabulário inadequado, a sequência em que a mensagem aparece e a 
velocidade da emissão.
Os elementos que compõem o processo de comunicação são:
• Fonte: iniciadora do ciclo da comunicação (máquina, pessoa, organização, instituição).
• Emissor: protagonista do ato da comunicação, codifica e emite uma mensagem para um receptor.
• Receptor: outro protagonista, para quem a mensagem é dirigida, recebe a informação e a decodifica.
• Mensagem: objeto da comunicação, é uma estrutura organizada de sinais que servem para comunicar.
• Ruído: sinal indesejado que atrapalha a comunicação e perturba a compreensão da mensagem.
• Canal: meios de comunicação.
• Contexto: situação a que a mensagem se refere, chamado também de referente.
14
Unidade I
• Código: conjunto de signos, escrita.
• Signos: combinação de um significado com um significante (ideia mais objeto).
Figura 3 – As linguagens são formadas por conjuntos de sinais
Exemplo de aplicação
A respeito do avanço tecnológico e da compreensão das linguagens, a internet possui vídeos 
interessantes sobre a inserção do livro na sociedade. Pesquise alguns conteúdos e procure avaliar a 
evolução da comunicação e do livro. Você vai se divertir muito ao ver um suporte técnico dos tempos 
em que o livro foi inserido na sociedade.
1.2 Signo linguístico e ruído na comunicação
Existem muitas formas de linguagem: a oral, a escrita, a científica, a musical e outras. Os meios de 
combinação dos elementos, bem como as regras e convenções sobre os usos adequados de cada um 
deles é que determinam que outras pessoas possam entender a linguagem.
A linguagem é, portanto, um conjunto de signos com regras para serem combinados. O signo é 
qualquer coisa que faz referência a outra coisa ou ideia. Ele possui significado, ou seja, maneira pela 
qual as pessoas o compreendem. Também faz parte do signo o significante, que é a forma concreta do 
que ele representa, como a palavra, o gesto, o som e outros.
15
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Linguagem Conjuntos de signos Signos
Regras próprias
Referência às coisas
Significado
Maneira como é 
entendido
Significante
Palavra
Gesto 
Som
Figura 4
Se eu disser a palavra casa, você imediatamente vai pensar abstratamente em uma casa. Pode ser a 
sua ou a casa que você viu pela manhã quando passou por determinada rua. Essa é a ideia de casa que 
você tem, é o significado dessa palavra. Por outro lado, a representação da casa pode ser feita por uma 
fotografia, uma imagem, que é o significante da palavra casa.
Os signos têm significados diferentes conforme o contexto. Em português, temos muitas palavras 
assim. Por exemplo: manga pode ser de camisa ou referir-se à fruta manga; podemos ter um documento 
legal e um encontro legal.
Pimenta (2015) apresenta vários tipos de significados para os signos:
— Significado gramatical, que depende da relação com os outros signos.
— Significado contextual, que varia conforme o contexto em que está 
inserido. O que as flores significam em um casamento, em um velório 
ou em nosso quintal?
— Significado referencial, o sentido atribuído às palavras pelo dicionário, 
ou seja, o conceito referente.
— Significado denotativo, quando o signo indica um objeto ou suas 
qualidades, como quando se conta um sonho.
— Significado conotativo, quando se enriquece a palavra com outros 
significados, como os metafóricos, em “nuvens de algodão”, “pérolas 
da língua portuguesa”.
1.3 Dificuldades na comunicação
Após esse breve relato sobre a comunicação, sua função e seu processo, você deve estar pensando 
na relevância que ela tem e como é difícil nos comunicarmos com clareza, condição vital para que a 
comunicação seja completa e cause o efeito esperado, ou seja, o resultado (feedback).
16
Unidade I
 Observação
Se na vida é difícil nos comunicarmos, em casa, com os filhos, o cônjuge, 
imagine esse elemento pensado a partir de uma organização empresarial, 
que se comunica com uma infinidade de públicos, com o uso de várias 
ferramentas, e com objetivos tão diversos. Pense como é difícil fazer a 
comunicação acontecer corretamente em uma instituição.
1.4 Comunicação verbal e não verbal
Há muitos tipos de interferência que podem ocorrer quando pronunciamos as palavras. Nesse 
processo, deve-se prestar atenção ao conteúdo da informação não verbal presente na comunicação. 
Importa mais o que se faz ou o que se deixa de fazer enquanto falamos do que o conteúdo propriamente 
dito da mensagem.
A leitura do não verbal muitas vezes complementa a compreensão da comunicação verbal. Com isso, 
vemos que o sucesso de nossa comunicação não depende só da habilidade com que usamos as palavras. 
O ser humano faz uso de muitos signos universais da comunicação. A palavra é essencial, mas apenas 
um desses signos.
Outras formas que expressam a comunicação são os gestos, os movimentos com a cabeça, a expressão 
dos olhos e da face, a postura, a aparência e outros símbolos.
• Expressão facial.
• Movimento dos olhos: dependendo do contexto, pode significar ameaça, provocação ou interesse. 
Desviar os olhos pode significar desinteresse ou submissão.
• Movimentos da cabeça: acompanham a emissão de mensagens.
• Postura e movimentos do corpo: o corpo comunica mais claramente do que a expressão facial, por 
exemplo, pode mostrar a posição hierárquica e a classe social.
• Comportamentos não verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) pode se 
revelar importante para o processo de comunicação. Será que uma voz agitada e rápida comunica 
da mesma forma do que uma voz tranquila e serena?
• A aparência: destaca a imagem que a pessoa gostaria de transmitir, por meio de roupas, penteado, 
maquiagem, acessórios, postura, gestos, jeito de falar, entre outros.
Você já deve ter ouvido a expressão “o corpo fala”. Muitas vezes falamos algo, mas nosso corpo 
comunica outra coisa. Esses sinais não verbais servem para facilitar e encadear as interações sociais e 
17
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
para expressar emoções e atitudes entre os envolvidos. Observe que cada indivíduo apresenta a imagem 
como gostaria de ser reconhecido e espera que os outros possam respeitar isso. Esse é um bom caminho 
para boas relações interpessoais.
A junção entre a comunicação verbal e a não verbal é que possibilitará o sucesso da comunicação empresarial. 
Tudo que envolve o processo da comunicação é essencial: o que falar ou escrever e como o fazemos.
É bom ter em mente que a língua é dinâmica e vai se modificando com o passar dos anos. Obviamente, 
ao lermos um romance antigo, um texto do fim do século XVIII, por exemplo, é bem provável que 
tenhamos a impressão de que foi escrito em outra língua, dado o número de palavras diferentes 
utilizadas no texto, bem como formas de tratamento e maneira de escrever.
Isso porque o vocabulário se enriquece com novas palavras, novos produtos, novos hábitos, novas 
criações artísticas. “O vocabulário cresce coma evolução da sociedade” (NADÓLSKIS, 2013, p. 77). 
Além disso, a gíria, a linguagem coloquial, a mídia, as ciências e as artes contribuem com suas novas 
denominações para o que criaram ou, simplesmente, dão novos nomes para coisas antigas, explica o 
autor. Já o modo de falar sofre simplificações, como reduções de palavras, pronúncia descuidada e falta 
de conhecimento das regras gramaticais da língua.
Exemplo de aplicação
Faça o seguinte exercício. Você deve relatar um acontecimento recente em sua vida num texto escrito 
para um e-mail. Depois, deverá contar o mesmo fato de forma verbal para um amigo. Em seguida, relate 
o mesmo episódio oralmente para seu chefe. Em cada uma das propostas você escreverá e falará de 
modo distinto, não é mesmo?
1.5 Linguagem escrita e falada
Assim como quando estamos em casa nos vestimos com uma roupa qualquer, ficamos à vontade, 
sem nos preocuparmos com nossa aparência, quando vamos sair para um passeio, logo colocamos uma 
roupa melhor, calçamos sapatos, as mulheres até arriscam uma maquiagem – se for uma festa, então... o 
capricho é maior ainda! –, assim é com nossa fala. Podemos comparar a fala (linguagem oral) a estarmos 
mais à vontade em casa e a língua escrita aos cuidados que temos quando vamos passear.
Falar é muito diferente de escrever. Ao falarmos, nós nos permitimos erros e formas gramaticais 
e de tratamento impensáveis ao escrevermos. Isso se dá porque as duas formas não têm o mesmo 
vocabulário nem a mesma gramática, a não ser que estejamos falando oralmente um texto escrito. Para 
Nadólskis (2013, p. 76), “o sistema linguístico é o mesmo, mas a efetivação é diferente. Não se fala como 
se escreve nem se escreve como se fala”. O autor explica que a sonoridade, os gestos e a expressão facial 
são recursos próprios da fala.
O texto escrito, no entanto, como supera os limites do espaço e do tempo, tem a tendência de ser mais 
bem elaborado e sempre é feito de maneira formal, conforme os elementos envolvidos e sua finalidade.
18
Unidade I
Em ambos os casos, quem está transmitindo a mensagem deve escolher a modalidade mais adequada 
para executá-la da maneira mais conveniente.
É bom observar que um nível não é melhor que o outro, ou seja, o formal não é superior ao informal. 
O importante é utilizar o nível adequado ao momento da comunicação. O ideal é que todo falante domine 
todos os níveis de linguagem para empregá-los de acordo com as exigências do contexto.
Veja que a mesma mensagem pode ser transmitida usando-se diferentes níveis de linguagem:
• Que odor desagradável!
• Que mau cheiro!
• Que fedor!
• Que catinga!
1.6 Níveis de linguagem
As línguas possuem elementos que as fazem ser uniformes, e isso as distingue umas das outras. 
Entretanto, não existem duas pessoas que falem da mesma forma, cada pessoa utiliza os recursos de 
modo diferente, o que traz diversidade à língua.
Mais do que na escrita, na língua falada essa oposição uniformidade/diversidade é mais percebida 
por não obedecer a padrões tão rígidos impostos pela norma culta da gramática, por exemplo.
Essa diversidade é resultado de vários motivos, conforme Nadólskis (2013, p. 77):
— Diferenças regionais: a pronúncia é o primeiro sinal de regionalismo 
que se nota. O vocabulário e o uso de normas gramaticais também 
apresentam diferenças.
— Diferenças socioculturais: idade, sexo, cultura, profissão, posição 
social, nível de estudos.
— Diferenças contextuais: assunto, tema, lugar, momento, relações entre 
os interlocutores.
Fatores regionais
A variação regional, o regionalismo, diz respeito ao modo como se fala de forma distinta até mesmo 
dentro do país. Aqui no Brasil fala-se de maneira diversa em vários estados. Há diferenças entre o Sul, 
o Norte e o Nordeste. Dentro das regiões há ainda variações por estados e cidades. O português de 
Portugal é diferente do que é falado no Brasil.
19
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Exemplos:
• A la pucha, tchê!
• O índio está mais por fora do que cusco em procissão (cusco: cão pequeno e sem raça).
• O negócio hoje é a tal de comunicação, seu guasca! (caipira).
• Mas que guapa! (bonita).
Fatores culturais
Entre os fatores culturais, também chamados sociológicos, que mais influenciam na maneira de falar 
estão o grau de escolarização das pessoas e a formação cultural. Uma pessoa culta, estudada, como 
dizem, utiliza a língua de maneira diferente da pessoa inculta ou com baixo grau de escolarização.
Esses fatores também estão ligados a elementos como idade, sexo e profissão.
Veja os exemplos a seguir:
• O senhô vai armoçá gorinha memo?
• Eu ponhei a chave bem dibaxo do tapetinho.
• Despois nóis vorta.
• Vós poderíeis dizer-me que estou equivocado. Entretanto, saberíeis dizer exatamente em 
que aspecto?
Fatores contextuais
Neste caso, dependendo do ambiente, assunto, ouvinte, da relação entre os interlocutores, entre 
outros, o falante altera o registro de sua fala conforme a situação em que se encontra.
Exemplos:
• Cara, eu conheço ele desdos tempos do colégio!
• A gente vai almuçá sempre junto. Você já tinha visto ele?
• Cê vai lá hoje de noite?
20
Unidade I
 Saiba mais
Todos esses fatores vão influenciar e muito a forma de as pessoas se 
comunicarem. Você se lembra do personagem Viktor Navorski (Tom Hanks) 
no filme O Terminal? Ele era um cidadão da Europa Oriental que viaja 
rumo a Nova York justamente quando seu país sofre um golpe de Estado, 
anulando seu passaporte. Ele passa por muitas situações complicadas por 
causa da dificuldade com a língua e a comunicação.
O TERMINAL. Dir. Steven Spielberg. EUA: Parkes/MacDonald Productions, 
2004. 128 minutos.
Segundo Nadólskis (2013, p. 78), as normas da linguagem podem assim ser pensadas:
• norma culta, que é a linguagem padrão, que conhecemos pela gramática;
• norma comum, a mais geral, que leva em conta a cultura média;
• norma coloquial, que é a fala mais familiar das pessoas cultas;
• norma vulgar, que é a fala de quem tem pouca instrução formal.
Há ainda o que se chama de linguagem de nível popular, em que se usa entonação e se afasta das 
regras gramaticais. Nesse caso, observa-se muito o uso de frases feitas e repetições, além de gírias e 
obscenidades. Repetem-se muito as ideias, fenômeno chamado de redundância. Geralmente, nesse caso, 
a linguagem caminha para o vulgar, é informal demais e sempre desvalorizada no ambiente familiar e, 
principalmente, no ambiente profissional.
 Observação
O que é gíria e que tipo de linguagem representa?
A gíria serve para esconder uma identidade e manter um segredo 
de determinados grupos sociais – malandragem, contrabando, tráfico 
de drogas.
Veja um exemplo da linguagem de nível popular na literatura brasileira:
Aí a turma rodeou ele, dizendo que ele estava se fazendo de tampinha 
de refrigerante, que só dá prêmio de automóvel de dez em dez anos, 
mas Sebastião nem deu pelota, de cabeça baixa, sentado, enxugando 
21
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
a batida. Aí a mulher do Lindolfo, aquela ruiva compridona que eu 
não vejo charme nenhum nela, dizem que tem, eu não vejo, chegou 
perto dele e disse assim com açúcar: “Sebastião, se eu pedir para você 
tocar, você me nega?” Aí Sebastião baixou mais a cabeça, enxugou 
outra batida, todo mundo estava chateado, porque ele no violão é o 
máximo, aí a Santuza compridona, porque o nome dela é Santuza, 
disse assim para todos ouvirem: “Sebastião já foi Sebastião, hoje não 
toca nem apito”. Aí Sebastião levantou o queixo, sacudiu a cabeleira, 
enxugou o copinho de uma golada, tocou o violão. Menina, foi uma 
coisa (ANDRADE, 1983, p. 97).
Na fala das pessoas, encontramos o reflexo desses fatores, e isso gera os diferentes níveis de fala ou 
de linguagem, que podem ser classificados em:
• Nível formal (culto): são obedecidas as regras prescritas pela gramática normativa, que 
normalmente são encontrados em:
— discursos acadêmicos;
— trabalhos científicos;
— língua escrita em textos literários e didáticos;
— comunicação empresarial em cartas, documentosoficiais e outros.
• Nível informal (coloquial ou popular): oposto ao formal, não segue estritamente a norma 
gramatical, apresentando gírias e formas contraídas. É a linguagem familiar ou espontânea, usada 
no dia a dia, e que a maioria das pessoas utiliza no cotidiano. Exemplos:
— bilhetes;
— cartas pessoais;
— diários íntimos;
— conversas com amigos.
Alguns autores ainda fazem outra divisão, criando os níveis:
• Técnico ou profissional: trata-se do jargão, da linguagem específica de alguns grupos profissionais, 
como economistas, advogados, analistas de sistemas, médicos, entre outros.
• Norma vulgar: fala de quem tem instrução rudimentar.
22
Unidade I
1.7 Tópico frasal
Agora vamos falar sobre como escrever melhor, começando por aprender a escrever parágrafos. Para 
entender o parágrafo, precisamos conhecer o que é tópico frasal.
Trata-se da ideia central, a ideia-chave de seu parágrafo. A partir dele, girará todo o seu 
parágrafo. Um parágrafo é uma ideia acompanhada de ideias secundárias ao assunto. O tópico 
frasal praticamente resume a ideia de seu parágrafo. Suponhamos que você faça um resumo do 
seu texto após escrevê-lo. É bem possível que nesse resumo figurem apenas as ideias centrais dos 
parágrafos, os tópicos frasais.
Segundo a maioria dos autores, o tópico frasal é a introdução do parágrafo, e ele deve ser seguido de 
desenvolvimento e conclusão. Veja, então, que um parágrafo precisa ser um minitexto completo. Deve 
ter início, meio e fim. Introdução, desenvolvimento e conclusão.
Vamos a um exemplo de um parágrafo e de tópico frasal:
Figurando frequentemente na mídia, o tema da sustentabilidade 
passou a fazer parte da vida das pessoas nos últimos anos. As 
propagandas dessa e de outras empresas têm disseminado os temas da 
sustentabilidade e a responsabilidade social, alterando o entendimento e a 
relação que as pessoas estabelecem com estas temáticas (GARCIA, 2009b).
Veja que o tópico frasal está na primeira e na segunda linha do texto. É nesse trecho que se entende 
do que o texto vai tratar, apresenta-se a ideia central do parágrafo, o tópico frasal. A partir dele é que 
o parágrafo vai se desenvolver. Quando se opta por fazer esse tipo de parágrafo, é mais fácil escrever e 
também compreender o texto.
Figura 5 
23
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
1.8 Parágrafo
Para quem não está habituado a escrever, seja por prazer, seja por exigência profissional, pode achar 
que isso seja uma dificuldade intransponível. Há uma possibilidade, no entanto, que pode facilitar a 
vida de quem tem essa dificuldade: treinar, treinar e treinar. Apenas com a prática é possível aprender a 
escrever corretamente e com fluência.
Vamos estudar a estrutura interna de um texto, aprendendo a escrever bons parágrafos.
Segundo Nadólskis (2013, p. 158) “o parágrafo é um segmento que constitui uma unidade da redação. 
Nele se desenvolve, por meio de um ou mais períodos, uma ideia principal que pode ser ampliada por 
ideias secundárias”.
Sempre se deve guardar uma distância da margem, marcada por um espaço em branco, chamado 
de branco paragráfico, um espaço de até dez toques. Algumas publicações não usam esse espaço em 
branco, usam o que é chamado de escrita em bloco. Também não existe um número determinado de 
linhas para caracterizar um parágrafo. Ele pode ir de algumas linhas a várias páginas, dependendo da 
particularidade de cada autor.
Se você não é um talento raro para a escrita, não se arrisque a escrever parágrafos muito longos. 
Em textos escritos, o menos vale mais. Isso porque você pode se perder em suas ideias e não escrever 
um parágrafo compreensível. Quanto menos divisões das ideias, maior é a facilidade em errar ao 
escrever. Frases mais curtas facilitarão sua vida, certamente.
E quando é que mudamos de parágrafo? Isso vai depender do que você planejou escrever. Planejar o 
texto é fundamental para escrever com qualidade. Em geral, novas ideias, novos parágrafos. Quando se 
pretende escrever sobre um assunto em especial, é importante conhecê-lo, pesquisá-lo, estudar sobre 
ele. Assim, garantem-se parágrafos interessantes, bem construídos e compreensíveis. Podemos dizer que 
cada nova ideia-chave deve ser posta em um novo parágrafo.
1.8.1 Como iniciar os parágrafos?
Há várias formas para começar a escrever um parágrafo. Por exemplo, segundo o Portal Educação,
[...]a Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise de algumas 
alternativas de investimentos ou financiamentos de bens de consumo. 
A ideia básica é simplificar a operação financeira a um Fluxo de Caixa e 
empregar alguns procedimentos matemáticos (MATEMÁTICA..., [s.d.]).
Observe que iniciar um parágrafo por meio de uma definição faz com que o autor tenha que depois 
provar, mostrar porque se trata de uma ferramenta útil para analisar investimentos e financiamentos. 
A partir daí, precisa exemplificar, analisar para completar sua ideia ou, ainda, apontar opiniões pessoais 
ou de outras pessoas para escrever um bom parágrafo.
24
Unidade I
Declaração
Pode-se começar um parágrafo também por uma declaração: “Pesquisas atuais indicam que mais 
de 80% das decisões de compra das famílias brasileiras são feitas por mulheres”. Depois disso, deve-se 
tentar explicar os contrastes existentes nessa declaração, ou colocar ideias secundárias como exemplos, 
e concluir com argumentos. Veja o exemplo.
• Pesquisas atuais indicam que mais de 80% das decisões de compra das famílias brasileiras são 
feitas por mulheres. A sociedade atual é caracterizada por um alto consumo de todo tipo de 
produto por parte das pessoas. Prova disso é que as vendas de automóveis batem recordes todos 
os meses, as vendas nos supermercados crescem à ordem de 7% todos os meses. Dessa forma, 
consumir parece ser a tônica da população atual.
Divisão de conteúdo
O parágrafo apresenta algumas ideias no tópico frasal, que devem ser desenvolvidas seguindo a 
ordem que tiveram na apresentação.
• No setor bancário, os projetos primordiais se referem ao atendimento ao cliente, à eliminação 
das filas e à redução de perdas causadas por golpes. Atendimento ao cliente já é um assunto 
recorrente no setor desde o início do Código do Consumidor, há mais de vinte anos. Eliminar filas 
também faz parte desse tópico, mas é tratado de forma diferenciada, pois há legislações que 
punem os bancos quando as filas se perpetuam. A prevenção de perdas causadas por golpes é 
estudada por grupos de trabalho em todos os bancos, pois sempre há uma especialização maior 
dos bandidos, em detrimento das soluções apresentadas pelo setor. Parece um problema sem fim.
Citação
Pode-se construir tópicos frasais por alusão a uma opinião alheia, um autor, uma referência a um fato 
histórico ou a uma obra de arte, e geralmente apela para a capacidade de associação de ideias do leitor.
• “Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas”, escreveu Machado de Assis, em Quincas 
Borba. Seria essa a postura esperada de um vencedor num cargo eletivo qualquer. Vencida a etapa 
de luta e disputa eleitoral, urnas apuradas, a raiva pela derrota aos vencidos, e ao vencedor, o 
melhor dos tempos possíveis, doravante.
Interrogação
Também se pode iniciar um parágrafo por meio de uma pergunta, um questionamento que deverá 
ser respondido pelo próprio autor no decorrer do texto.
• O que esperar dessa geração de meninos e meninas que vivem nas ruas? Que tenham algum 
tipo de assistência do governo ou da sociedade para que não debandem para a violência, para as 
drogas nem para a bandidagem. Espera-se que tenham o direito a um futuro digno.
25
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Exclamação
Uma exclamação pode ser o início de um parágrafo.
• Ora! O que se discute aqui é o que vai ter de sobremesa ou a independência do Brasil? Claro que é 
uma discussão ampla e que não deve deixar de fora nenhum dos sabores apropriados para a data. 
Discute-se a independência moral de um povo que sofre.
 Lembrete
Lembre-se que um parágrafo é um pequeno texto que precisa ser 
completo, com começo,meio e fim.
1.8.2 Desenvolvimento de parágrafos
Os parágrafos podem se desenvolver por exemplificação, quando o autor opta por apontar exemplos 
sobre o tema estudado. Também é possível optar por partir de “uma premissa maior, geral, seguida 
de uma premissa menor, particular, para finalizar com a conclusão” (NADÓLSKIS, 2013, p. 162). Outra 
forma é a pormenorização descritiva, que enumera componentes do assunto, por semelhanças e por 
contrastes e que mostra as relações de causalidade.
Destacar exemplos, ir do maior para o menor, explicar em detalhes, falar de semelhanças ou de 
diferenças, além de falar sobre causa e efeito são possibilidades para a construção de parágrafos. Como 
fazer isso? Tentando, treinando e escrevendo. Não há outra forma.
Veja o exemplo de desenvolvimento por exemplificação mostrado por Nadólskis (2013, p. 55) em 
Linhas Tortas, de Graciliano Ramos (1980):
E não tendo visto o operário no serviço, dificilmente acreditamos que ele 
manifeste ódio a um patrão invisível e queira vingar-se. Em Suor, de Jorge 
Amado, as personagens descansam e se exercitam nos movimentos de greve, 
e em Jubiabá mexe-se uma gente vagabunda, que vive de pequenos furtos 
e contrabandos. O trabalho aparece aí quase como um prazer e torna meio 
inconsequente esse livro notável, que tem passagens como a sentinela de 
defuntos, uma das melhores páginas escritas no Brasil.
Neste caso, a exemplificação fica por conta dos romances de Jorge Amado. No trecho seguinte, há 
uma criação de parágrafo em que há silogismo, ou seja, uma premissa maior, geral, seguida por uma 
premissa menor, particular, para finalizar com a conclusão.
O Brasil é um país fundamentalmente carnavalesco. Palmeira é uma cidade 
essencialmente brasileira. Grande parte dos defeitos e das virtudes que 
no brasileiro se encontram, em geral, o palmeirense possui, em particular. 
26
Unidade I
Reproduz-se entre nós, em ponto pequeno, o que o país em ponto grande 
produz (NADÓLSKIS, 2013, p. 55).
Pormenorização descritiva
Na pormenorização descritiva desenvolve-se o parágrafo enumerando os componentes necessários 
para mostrar as características importantes.
Sob a janela vicejava fartamente uma horta, com repolho, feijoal, talhões de 
alface, gordas folhas de abóbora rastejando. Uma eira, velha e mal alisada, 
dominava o vale, de onde já subia tenuamente a névoa de algum fundo 
ribeiro. Toda a esquina do casarão desse lado se encravava em laranjal. E 
duma fontinha rústica, meio afogada em rosas tremedeiras, corria um longo 
e rutilante fio de água (QUEIRÓS, 1958, p. 439).
Semelhanças ou contrastes
É possível desenvolver parágrafos por semelhanças ou por contrastes. Nos contrastes de ideias, 
exploram-se exposições que estabelecem contrastes entre si, apresentando-se, por exemplo, comparações, 
ideias paralelas e outras. No desenvolvimento por semelhanças, ideias análogas ou comparação, o 
redator vale-se de expressões que indicam semelhança, por exemplo: à semelhança; da mesma forma; 
do mesmo modo; de igual modo e outros. Vejamos o excerto a seguir, de um autor desconhecido:
O melhor seria não generalizar, porque cada qual tem o seu jeito próprio de 
viver e de trabalhar. Mas, tomando por base a vida daqueles de quem me 
tornei amigo e confidente, eu diria que ser correspondente no estrangeiro 
é cometer adultérios múltiplos. É trair a mulher ou o homem amando […]
Pode-se ainda desenvolver os parágrafos por razões, causas, consequências e efeitos. Nesse tipo de 
construção, notam-se as causas e os efeitos, os motivos e as suas consequências. Sempre cabe uma 
explicação para as razões. Veja o texto de Aristóteles ([s.d.], p. 83 apud NADÓLSKIS, 2009, p. 164):
Entre as formas comuns a todos os discursos, a amplificação é, em geral, a que 
melhor se presta aos discursos demonstrativos, porque nela o orador toma os fatos 
por aceites e só lhe resta revesti-los de grandeza e de beleza. Em compensação, os 
exemplos acomodam-se mais ao gênero deliberativo, pois que nos servimos das 
conjeturas tomadas no passado para nos pronunciarmos sobre o porvir.
1.8.3 Conclusão do parágrafo
O parágrafo tem um início, marcado pelo tópico frasal, um desenvolvimento e deverá ter um fim. 
Aqui a dificuldade é em terminar o parágrafo, tendo o cuidado de não encerrar o texto, se ainda não 
for este o momento mais adequado. Parágrafos devem ter sua conclusão, encerrando o assunto dele e 
dando a ideia de que um novo assunto virá na próxima linha.
27
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
O leitor finaliza
Há várias maneiras de findar um parágrafo. Alguns parágrafos também podem aparecer sem uma 
conclusão. O autor pode deixar para o leitor a tarefa de concluir, de fechar a ideia, como em casos em 
que existem longas enumerações e descrições. Veja:
• Na casa da minha avó tinha sempre um monte de primas a brincar nos domingos. Elas 
chegavam com seus pais, de manhã bem cedinho, e era logo aquela algazarra, que só findava 
no fim da tarde, quando ela, minha avó, servia o chá, o café, o bolo, o pão com manteiga, o 
presunto e o queijo.
Registro de impressão
Observe a finalização de um parágrafo pelo registro de impressão deixada pelos seus elementos 
acentuados no desenvolvimento e anunciada no tópico frasal:
• Era uma tarde fria e garoenta. Na cidade, os carros quase não andavam atravancados pela 
dificuldade causada pelo excesso de veículos, o trânsito caótico, e os semáforos desligados. 
Na janela da casa, a chuva fininha batia anunciando que viria muito frio por aquelas bandas. 
A garoa parecia trazer maus agouros aos transeuntes e aos moradores da casa amarela.
Transcrição de falas no fim do parágrafo
• E por todas essas razões, já tão conhecidas da família, logo que chegaram à casa, as três 
crianças assustadas, com medo de serem castigadas, foram logo dizendo: – Não fui eu! Não 
fui eu! Não fui eu!
Por exclamação
• Já não podendo conter as lágrimas, os moradores da ruazinha que viram o acidente começaram a 
rezar em voz baixa, deram-se as mãos, e quando acabaram a reza, alguém disse: – Aleluia!
Finalizar com uma interrogação
Ilustramos dois exemplos:
• Ainda que continuassem a beber, aqueles homens todos que iam chegando no bar nem pensaram 
em como iriam para a casa depois da queda da barreira. Eles se dirigiram para o dono do bar e 
pediram uma nova rodada. O homem, entre assustado e alegre por causa do alto consumo da 
noite, gritou com os clientes. E por que não poderia ser assim mais uma vez?
28
Unidade I
Figura 6 
• O menino já ficou intrigado quando sua mãe não o cumprimentou pelo aniversário logo pela 
manhã, naquele ano. Passou o dia pensando em qual seria o seu presente. E qual não foi sua 
surpresa, quando chegou em casa e seu pai veio sorridente ao seu encontro com um pirulito nas 
mãos a sorrir. – Um pirulito? Mas por que um pirulito no dia do meu aniversário?
Reticências
A finalização com reticências indica que o término das ideias ficou suspenso.
• Além do bem e do mal, seguiam os advogados que acabaram de ganhar a causa, perante o corpo 
do júri, perante o juiz, foram logo avisando que não falariam com a imprensa. Ou melhor, falariam 
dessa vez, e nenhuma mais...
Declaração sintetizadora
Representada quase como um pequeno resumo do parágrafo, encerra de forma argumentativa 
o assunto.
• Candidatos palhaços, slogans de fácil assimilação e um pouquinho de tempo na televisão bastam 
para construir um campeão de votos nas eleições para deputados. Esta realidade, infelizmente, 
deixa claro a falta de atenção dos brasileiros para com a eleição de seus representantes no 
Poder Público. São as falcatruas e propinas distribuídas descaradamente que levam candidatos 
inaptos ao poder.
Como planejar um parágrafo?
• ler e entender o enunciado;
• pesquisar sobre o tema proposto;
• fazer o planejamento;
29
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
• produzir uma frase-núcleo, um tópico frasal;
• desenvolver a ideia central sem se afastar dela;
• conectá-la logicamente às ideias secundárias;
• ler o que foi escrito e eliminar as incorreçõesgramaticais.
Quadro 1 
Parágrafo eficiente Parágrafo ineficiente
Tem unidade, desenvolve-se em torno de uma 
ideia central. Evolui a partir da ideia central. Agrega várias ideias novas à ideia central. 
Apresenta harmonia entre as ideias. 
Permanece sempre repetindo a mesma informação, 
tautologicamente (de modo desnecessário, por exemplo, “desceu 
para baixo”).
Ideias secundárias decorrem logicamente da 
ideia central.
São acrescidas ideias que não conservam nexo lógico entre si. 
Ideias secundárias não têm imediata relação com a ideia central.
Como identificar os tipos de parágrafos?
Parágrafo narrativo
Quando identificamos no parágrafo, em princípio, os participantes (personagens) que criam uma 
tensão e um clímax, já que a matéria-prima da narração é um fato. É utilizado para narrar fatos.
Parágrafo descritivo
Já que a matéria-prima da descrição é a caracterização de um objeto, ou pessoa ou animal, esse 
parágrafo é atemporal, e o autor deverá transmitir a imagem mais próxima da realidade daquilo que foi 
descrito; deve caracterizar com riqueza de detalhes pessoas, objetos, animais, paisagens e outros.
Parágrafo dissertativo
Como a argumentação é a matéria-prima da dissertação, esse parágrafo deverá apresentar o assunto a ser 
discutido, seu desenvolvimento com as ideias secundárias e a conclusão. Parágrafo é a unidade de composição 
do texto que acentua uma ideia básica, à qual se agregam ideias secundárias relacionadas pelo sentido.
2 PARA ESCREVER MELHOR
Comunicar-se bem tem sido a busca do homem ao longo da história, e, se sob alguns aspectos 
a inovação tecnológica ajuda bastante, por exemplo, o aparecimento e a disseminação dos meios 
digitais, que popularizou e colocou a informação ao alcance da maioria das pessoas, por outros, 
afastou ainda mais as pessoas umas das outras, e a proximidade é um dos elementos importantes que 
facilitam a comunicação.
30
Unidade I
Do ponto de vista prático, todos podem escrever, apresentar fatos e disseminar conteúdos como bem 
entender, se souber ou não escrever, isso é apenas um detalhe que quase não é levado em consideração.
Notemos que a comunicação precisa ser adequada ao público, ao ambiente, e todos os elementos 
que a constituem devem estar em sintonia para evitar os gaps, e o processo de comunicação possa se 
cumprir adequadamente. Nos textos escritos isso é mais importante ainda, pois não temos elementos 
de contato visual e interpessoal para ajudar.
2.1 Montagem do texto
Ilustramos agora algumas ideias para a montagem de um texto. Note que são regras bem gerais, que, 
se observadas, ajudam a construir textos corretamente.
• Sempre inicie um texto na afirmativa.
• Use os termos técnicos essenciais, ou seja, aquelas estruturas que não podem ser substituídas 
(significado entre parêntesis).
• Não escreva o que você não diria.
• Cuidado com expressões de valor absoluto e muito enfático, tais como certos adjetivos, superlativos 
e verbos.
• Deve-se ter uma especial atenção também com os termos coloquiais ou gírias, estes apenas 
podendo ser usados em casos muito especiais.
• Cuidado com os gerúndios.
• Faça o encadeamento dos leads de maneira harmoniosa com os parágrafos seguintes.
• Quando um parágrafo não está conectado com o seguinte, ele se torna difícil de acompanhar e 
chato de ler.
• Após terminar a redação do texto, faça uma leitura silenciosa de todo o conteúdo, corrigindo-o e 
fazendo as alterações necessárias.
 Lembrete
Conhecer a estrutura possível para escrever um texto vai ajudar você 
a escrever melhor sempre, seja em seus textos pessoais, seja em seus 
textos profissionais.
31
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
2.2 Coerência textual
Algumas definições que o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa confere à palavra coerência 
são: “ligação, nexo ou harmonia entre dois fatos ou duas ideias; conexão, harmonia de uma coisa 
com o fim a que se destina”. Por essa definição, percebe-se porque um texto deve ter coerência. 
Ela está ligada à organização de todo o texto. Pela coerência textual, podemos observar se o texto 
tem delimitado adequadamente suas três partes principais: o início, o meio e o fim. Além disso, um 
texto coerente guarda adequação entre a linguagem e o tipo de texto de que se trata.
Para Andrade e Henriques (2010), os textos científicos e técnicos, escritos no âmbito acadêmico ou 
empresarial, primam pela coerência por meio das comprovações científicas, nas estatísticas e no relato 
de experiências. Nesse tipo de texto, o mais comum é que retome o pensamento de uma outra pessoa, 
e que contenha citações que comprovem esse pensamento. Esse tipo de texto é bastante explicativo e 
contém travessões, índices e exemplos.
Nos textos informativos, a qualidade primeira exigida é a objetividade, a linguagem simples, que 
facilita a compreensão. A linguagem objetiva é eminentemente denotativa (que tem sentido claro), o 
que leva à maior coerência textual.
Alguns tipos de textos que não precisam ser coerentes, ou pelo menos não tão coerentes, são os 
poéticos, que utilizam a linguagem figurada, livres associações de ideias e palavras conotativas, ou seja, 
nem sempre o significado das palavras é o real significado.
Agora que vimos como deve ser um texto coerente, vamos observar como é um texto que não 
tem coerência. Isso acontece quando não há concatenação, ou seja, as palavras não se juntam numa 
sequência lógica nem tem argumentação que leve a provas e comprovação do que se está escrevendo. 
Textos incoerentes também não guardam semelhança com a realidade, são inverossímeis.
2.3 Clareza e ambiguidade
Observe o que diz Andrade e Henriques (2004): a clareza é a expressão exata dos pensamentos. 
Muitas vezes, ao escrevermos, não colocamos claramente o que queremos dizer. O texto demonstra a 
confusão da cabeça de quem está escrevendo. Se a ideia não está clara, faltará clareza no texto. Fica um 
vaivém desnecessário, que não facilita em nada a leitura.
Para ter clareza do que se vai escrever, é preciso refletir sobre o assunto que será tratado. Em geral, 
consegue-se isso na fase de planejamento do texto, como mostrado anteriormente. Um texto claro é 
aquele que evita a ambiguidade, a obscuridade de sentido das palavras ou formas de expressão. Também 
devem ser evitados o pedantismo e o esnobismo, que geralmente são conseguidos com palavras fora de 
uso corrente ou que ninguém domina ou que apenas uma categoria profissional as conhece.
Estilo claro significa uso de sintaxe correta e de vocabulário ao alcance do receptor. A clareza da linguagem 
obtém-se com a simplicidade; por isso não se deve temer o uso de palavras simples e exatas para transmitir 
ideias, o que permite a compreensão rápida do que se pretende dizer com determinado texto.
32
Unidade I
A língua possui algumas formas que transmitem ambiguidade, ou seja, têm duplo sentido e confundem 
a leitura. Quando um texto possui ambiguidade, oferece uma leitura trucada. O leitor precisa ir e voltar para 
compreender o que o autor pretende dizer. Por essa razão, vale a pena esforçar-se para escrever com clareza.
Um médico, afastando-se do leito de uma dama enferma, diz a seu marido: “Não gosto da aparência 
dela”. “Também não gosto e já há muito tempo”, apressou-se o marido em concordar (atribuída ao 
filósofo Fischer).
No exemplo citado, a ambiguidade ocorre na frase do médico que menciona um sentimento, e o 
marido entende outra situação. Veja mais este exemplo, mostrado por Pellegrini e Ferreira (1996, p. 116):
Nós compramos o cartão do menino.
Esta frase é ambígua, pois possibilita algumas interpretações:
O menino nos vendeu um cartão.
Compramos o cartão que estampava a figura do menino.
Nós compramos o cartão feito pelo menino.
É preciso evitar esse tipo de construção que leva à ambiguidade.
A ambiguidade é um fenômeno comum da linguagem verbal. No texto escrito, por alguma razão 
sintática, semântica, sonora ou ligada ao contexto, pode haver duas ou mais significações. Quando 
usado com criatividade, enriquece o texto. Apublicidade dá muitos exemplos disso. Quando não, pode 
comprometer a clareza do texto.
Observe um exemplo ocorrido em 2005, anunciado pela marca de cremes dentais Sensodyne: uma atriz 
reclama de dentes sensíveis, e aparece um dentista, que explica que ela deve usar essa marca para resolver 
o problema. No fim, aparece a atriz dizendo: Hoje, além do dentista, eu uso e recomendo Sensodyne!
Ora! Ficou bastante duvidoso o que é que ela usa, não acha?
Acompanhe este divertido exemplo de ambiguidade, em Veríssimo (1978, p. 43-44), que brinca com 
o duplo sentido das palavras:
Conto Erótico nº 1
— Assim?
— É. Assim.
— Mais depressa?
— Não. Assim está bem. Um pouco mais para...
— Assim?
— Não, espere.
— Você disse que...
— Para o lado. Para o lado!
33
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
— Querido...
— Estava bem, mas você...
— Eu sei. Vamos recomeçar. Diga quando estiver bem.
— Estava perfeito e você...
— Desculpe.
— Você se descontrolou e perdeu o...
— Eu já pedi desculpa!
— Está bem. Vamos tentar outra vez. Agora.
— Assim?
— Quase. Está quase!
— Me diga como você quer. Oh, querido...
— Um pouco mais para baixo.
— Sim.
— Agora para o lado. Rápido!
— Amor, eu...
— Para cima! Um pouquinho...
— Assim?
— Aí! Aí!
— Está bom?
— Sim. Oh, sim. Oh yes, sim.
— Pronto.
— Não. Continue.
— Puxa, mas você...
— Olhaí. Agora você...
— Deixa ver...
— Não, não. Mais para cima.
— Aqui?
— Mais. Agora para o lado.
— Assim?
— Para a esquerda. O lado esquerdo!
— Aqui?
— Isso! Agora coça.
Figura 7 
34
Unidade I
Leia as frases a seguir e avalie se são ambíguas. Note que cada uma das escolhas leva a um tipo de 
texto diferente.
• A esposa sai de casa todos os dias às 5 horas da tarde.
• Dizem que a esposa sai de casa todos os dias às 5 horas da tarde.
• A esposa? Sai de casa todos os dias às 5 horas da tarde.
• A esposa sai de casa todos os dias às 5 horas da tarde?
• A esposa sai de casa todos os dias às 5 horas da tarde!
Para manter a coerência e a clareza, observe as dicas de Andrade e Henriques (2010):
• A simplicidade deve prevalecer sobre a linguagem rebuscada. Palavras cujo significado não seja 
familiar devem ser evitadas.
— Ana Clara é uma excelente quiropedista (pedicuro).
— Participamos de um jantar opíparo (farto, esplêndido).
• Evitar palavras ou expressões vagas, como negócio, coisa, cara, veja bem, até porque e outras.
— A vida é um negócio sério.
— Tacha é uma coisa pontuda.
— “Essa coisa faz uma coisa...” (Clodovil).
• Evitar o uso de palavras ou expressões ambíguas.
— A especialidade da loja é vender cama para crianças de ferro.
— Despediram-se os empregados.
— É proibido dirigir um carro ébrio.
• Evitar pleonasmos (tautologia), repetição da mesma ideia.
— Isto acontece com os velhos já idosos.
— Família patriarcal em que o pai é o centro.
— Parasita que vive às custas dos outros.
35
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Na língua falada, até há permissão para falar algumas dessas expressões que são qualificadas como 
tautológicas, embora fique bastante esquisito. Ao escrever, elas nunca devem ser usadas, pois repetem 
as ideias. Conheça uma lista de expressões que devem ser evitadas:
Quadro 2 
 Infraestrutura básica. 
Machismo masculino. 
Poder aquisitivo de adquirir bens.
Elo de ligação
Certeza absoluta
Acabamento final
Quantia exata
Juntamente com
Expressamente proibido
Fato real
Encarar de frente
Multidão de pessoas
Amanhecer o dia
Criação nova
Retornar de novo
Empréstimo temporário
Sintomas indicativos
Há anos atrás
Outra alternativa
Detalhes minuciosos
A razão é porque
Anexo junto à carta
De sua livre escolha
Todos foram unânimes
Conviver junto
Escolha opcional
Planejar antecipadamente
A seu critério pessoal
2.4 Coesão
Um texto coeso é o que está bem concatenado em suas partes. Um texto coerente é o que se 
apresenta adequado e verossímil em suas informações. Toda redação deve primar pela clareza, 
objetividade, coerência e coesão.
A coesão utiliza recursos para fazer a ligação entre as partes do texto, seja entre as frases, entre as 
orações de um período ou entre os parágrafos de um texto. Trata-se da costura do texto, da “colinha” 
que junta as partes e o torna fácil de compreender.
36
Unidade I
A coesão referencial permite a recuperação dos termos do texto, evitando repetições. Os pronomes, 
os advérbios ou locuções adverbiais e os sinônimos são os recursos linguísticos mais usados para obter 
a coesão referencial. Por meio desse recurso, é possível identificar ao que determinado termo se refere.
Texto em destaque
Charles Chaplin (1889-1977) foi um ator, dançarino, diretor e produtor inglês. Também 
conhecido por Carlitos. Foi o mais famoso artista cinematográfico da era do cinema mudo. 
(Ele) ficou notabilizado por suas mímicas e comédias do gênero pastelão. O personagem 
que mais marcou sua carreira foi O Vagabundo (The Tramp), um andarilho pobretão com 
as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro, vestido com um casaco esgarçado, 
calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu coco, uma bengala 
e seu marcante bigode.
Fonte: Frazão ([s.d.]).
As palavras em negrito se referem a outra, substituem o referente: o mais famoso artista do cinema 
mudo se refere a Carlitos (referente), que se refere a Charles Chaplin (referente). Ele se refere a Chaplin. 
O andarilho pobretão se refere ao Vagabundo. Todas as vezes que precisarmos retomar o referente no 
texto, podemos usar outras palavras para recuperar a ideia inicial.
As figuras de construção e de sintaxe são usadas para a coesão referencial: anáforas, catáforas, 
elipses e as correferências anafóricas (contiguidades e reiteração).
 Saiba mais
Consulte no portal do MEC a aplicação dessas figuras de construção em:
ANGELO, R. de C.; DIAS, E.; OLIVEIRA, L. G. de. As diferentes estratégias 
de coesão textual. In: Portal do Professor, 25 nov. 2014. Disponível em: 
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=58818>. 
Acesso em: 30 out. 2018.
A coesão sequencial é responsável pela progressão e continuidade do texto. É representada pelas 
flexões de tempo e de modos verbais, e as conjunções perfazem a coesão sequencial no texto para que 
as partes possam estar relacionadas entre si. A coesão garante ainda uma boa articulação entre as ideias, 
informações e argumentos, contribuindo para a coerência do texto.
Além da constante referência entre palavras do texto, observa-se na coesão a propriedade de unir 
termos e orações por meio de conectivos, que são representados, na Gramática, por inúmeras palavras e 
expressões. A escolha errada desses conectivos pode ocasionar a deturpação do sentido do texto.
37
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A coesão pode ser referencial ou sequencial.
A seguir, uma lista dos principais elementos conectivos, agrupados pelo sentido, baseado em 
Garcia (2009a).
• Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em princípio, 
primeiramente, acima de tudo, precipuamente, principalmente, primordialmente, sobretudo, a 
priori (itálico), a posteriori (itálico).
• Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade): então, enfim, logo, 
logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco 
depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente, 
hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, 
sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio 
tempo, nesse hiato, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, 
desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nem bem.
• Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, da mesma forma, assim também, do 
mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, 
de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, 
tanto quanto, como, assim como, como se, bemcomo.
• Condição, hipótese: se, caso, eventualmente.
• Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por 
outro lado, também, e, nem, não só... mas também, não só... como também, não apenas... como 
também, não só... bem como, com, ou (quando não for excludente).
• Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.
• Certeza, ênfase: decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem 
dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.
• Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, de súbito, subitamente, de repente, 
imprevistamente, surpreendentemente.
• Ilustração, esclarecimento: por exemplo, para ilustrar, para exemplificar, isto é, quer dizer, em 
outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás.
• Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de, 
com o intuito de, para que, a fim de que, para.
• Lugar, proximidade, distância: perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, mais adiante, 
aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.
38
Unidade I
• Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, 
assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte, destarte, assim sendo.
• Causa e consequência (explicação): por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, 
por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, 
porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), 
de tal sorte que, de tal forma que, haja vista.
• Contraste, oposição, restrição, ressalva: pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, 
mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto 
que, posto, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que.
• Ideias alternativas: ou, ou... ou, quer... quer, ora... ora.
 Observação
Os conetivos é que vão dar a ideia do sentido da frase que você vai construir, 
expondo suas opiniões a respeito, ajudando com a argumentação do texto.
2.5 Concisão
A concisão diz respeito a escrever mais com menos palavras, transmitir muito dizendo o mínimo. 
O famoso “enrolar” não cabe nos bons textos. Os que estão escritos de forma correta não precisam de 
elementos para encher linhas apenas. Devem estar cravados de conteúdo correto e interessante, sem 
partes que não sejam estritamente necessárias. A concisão dispensa clichês, lugares-comuns e chavões.
É muito frequente na produção de redações que algumas pessoas utilizem chavões, muletas, clichês, 
lugares-comuns, ou o nome que você preferir, para dar ao texto um ar mais culto ou uma falsa segurança 
naquilo que se diz.
O quadro a seguir traz exemplos, destacando alguns clichês, lugares-comuns e chavões:
Quadro 3 
Temos o prazer de informar a todos os trabalhadores desta empresa que, em virtude das sucessivas defasagens salarias causadas 
por oscilações inflacionárias e por mudanças constantes nos rumos da economia nacional, a presidência oferece um substancial 
aumento salarial de 8% nos quadros de todo o funcionalismo que entrará em vigor a partir do próximo mês.
Eu cheguei no local, aí quando a moça me viu, me chamou, aí eu olhei pra ela, aí eu respondi, mas ela não me entendeu 
bem, aí eu pedi desculpas e repeti, aí foi quando ela me explicou tudo. 
O diabo foge da cruz.
Dar a volta por cima.
Em alto e bom tom.
Deixou a desejar.
39
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Figura 8
“Fechar com chave de ouro” é um clichê, fato, mas por que o usamos? Porque não sabemos como 
começar a frase, ou finalizar, então usamos fórmulas prontas, já batidas pelo uso exagerado.
2.6 Correção
A correção que se busca num texto diz respeito ao uso correto das normas gramaticais, ortografia 
e pontuação adequadas para atingirmos um texto bem escrito e sem erros. Para tal, é preciso observar 
alguns pontos:
• evitar gírias, termos estrangeiros, chavões e outros vícios de linguagem;
• evitar abreviaturas;
• grafar números por extenso;
• pontuação adequada – cuidado com os parênteses;
• ordem direta da frase – sujeito + predicado + complementos;
• frases curtas, uma ideia de cada vez;
• evitar períodos longos;
• evitar repetição de ideias;
40
Unidade I
• muito cuidado com gerúndio, principalmente no início dos períodos;
• a ordem das frases deve corresponder à ordem das ideias;
• separar.
2.7 Expressão
Para se expressar bem, é preciso ainda ter criatividade e originalidade. Aí você pode pensar: então, 
nunca vou conseguir, pois nem sempre sou criativo ou original. Nada disso! Escrever se aprende treinando, 
tentando, escrevendo, errando e acertando!
Criatividade
Para ser criativo ao escrever, deve-se tentar ser diferente de tudo o que as outras pessoas escrevem. O que é 
clichê? “Frase frequentemente rebuscada que se banaliza por ser muito repetida, transformando-se em unidade 
linguística estereotipada, de fácil emprego pelo emissor e fácil compreensão pelo receptor; lugar-comum, 
chavão” (HOUAISS, 2009). Quem utiliza esses chavões demonstra falta de criatividade.
Veja algumas dicas de Andrade e Henriques (2010):
• Evitar o uso de chavões, lugares-comuns, como:
— Desde os tempos mais remotos...
— Hoje em dia esse assunto é muito debatido.
— A cada dia que passa.
— Eu não tenho palavras.
— Fazer das tripas coração.
— A nível de (nunca usar, esta construção é errada).
— A grosso modo.
— Encerrar com chave de ouro.
— Solução para este problema.
— Colocar os pingos nos is.
— Subir os degraus da glória.
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
— Sair com as mãos abanando.
— Com a voz embargada pela emoção.
— Fazer fé em.
— Da melhor maneira possível.
— Em todos os cantos do mundo.
— Pedra sobre pedra.
— Muita gente pensa que.
— Dos males o menor.
— Encher os bolsos.
— Agora ou nunca.
— Isto quer dizer que.
— Contorcendo-se em dores.
— Uma vergonha.
— Chorando copiosamente.
• Evitar os “clichês estilísticos”:
— Era uma cena dantesca.
— Nesta radiante manhã de sol.
— Neste momento solene.
— O acontecimento memorável.
• Substituir os possessivos pelos pronomes pessoais correspondentes é elegante:
— O frio percorreu sua espinha. O frio percorreu-lhe a espinha.
— Enchia minha alma aquela maravilha da criação. Enchia-me a alma aquela maravilha da criação.
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Unidade I
• Trocar a palavra que por oração reduzida:
— Tinha um comportamento que tendia à depressão. Tinha um comportamento tendente à depressão.
Evitar a repetição de termos ou expressões como devido ao, devido à, que podem ser substituídas 
por: em virtude de, em razão de, em vista de, em face de, à vista de. Em lugar de muitas vezes, pode-se 
empregar vezes e vezes, vezes sem conta, muitas das vezes, vezes muitas, muita vez.
 Saiba mais
Para conhecermos mais sobre a Língua Portuguesa, há alguns filmes 
interessantes:
CARLOTA Joaquina, Princesa do Brasil. Dir. Carla Camurati. Brasil: Warner 
Bros Pictures, 1995. 100 minutos.
CENTRAL do Brasil. Dir. Walter Salles. Brasil: Europa Filmes, 1998. 113 minutos.
DOM. Dir. Moacyr Góes. Brasil: Warner Home Video, 2003. 91 minutos.
2.8 Propriedade
Escrever com propriedade é utilizar palavras e expressões adequadas ao assunto, evitando a 
impropriedade vocabular.
• “A cachorra também é um ser humano.” (A.R. Magri).
• O paralítico andava sobre a cadeira de rodas.
• A exuberante alta dos preços.
• O ser humano nasce cru.
• Vamos ordenhar os nossos pensamentos.
• O prazo dado para Saddam evacuar a área...
2.9 Componentes de um texto
Uma redação comporta três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
A introdução serve para situar o leitor dentro do assunto a ser desenvolvido, 
não apresentando fatos ou razões, pois sua finalidade é predispor o espírito 
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
do leitor para o que vier a seguir.

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