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Nome: Ana Carolina L. Galvão Bueno RGM: 292347 Profª: Milene Secomandi DIR117BN Direito do trabalho TRABALHADOR/EMPREGADO – Sergio Pinto Martins 1. Conceito: Empregado pode ser considerado, em um sentido amplo, aquele que está pregado na empresa o que é por ela utilizado, sendo considerado sujeito da relação de emprego e não objeto. Conforme dispõe o art. 3a da CLT que “considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. Trabalhador é todo aquele que presta serviços de forma autônoma e esporádica a uma pessoa (física ou jurídica), devendo concretizar a execução de sua tarefa nos termos e prazos combinados, recebendo um pagamento. Todo empregado é trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado, como os autônomos. 2. Requisitos: Os requisitos para a definição de empregado se dar por: pessoa física; não eventualidade na prestação de serviços; dependência; pagamento de salário e prestação pessoal de serviços. O serviço prestado pelo empregado deve ser de caráter não eventual, e o trabalho deve ser de natureza contínua, não podendo ser episódico, ocasional. Um dos requisitos do contrato de trabalho é a continuidade na prestação de serviços, pois aquele pacto é um contrato de trato sucessivo, de duração, que não se exaure numa única prestação, como ocorre com a venda e compra, em que é pago ó preço e entregue a coisa. Muitas vezes, é o que ocorre com advogados que são contratados como empregados para dar plantão em sindicatos duas ou três vezes por semana, em certo horário, em que a pessoa é obrigada a estar naquele local nos períodos determinados. Às vezes, isso é o que ocorre com os médicos. A CLT não usa a expressão trabalho cotidiano, diário, mas mostra continuidade, habitualidade. Pode ocorrer também o requisito chamado subordinação, que significa submissão, sujeição. A submissão ou sujeição não podem, porém, levar o trabalhador à escravidão ou à servidão. Mas que quer dizer estar debaixo de ordens, estar sob as ordens de outrem. Expresso no art. 3º da CLT a denominação dependência. Sendo subordinação a palavra mais aceita na doutrina e na jurisprudência. É a obrigação que o empregado tem de cumprir as ordens determinadas pelo empregador em decorrência do contrato de trabalho. É no estado jurídico que se encontra o empregado em relação ao empregador. É o objeto do contrato de trabalho. 3. Espécies de trabalhadores: 3.1 Empregado domicilio: O trabalho em domicílio é originário do trabalho artesanal, da pequena indústria caseira. A confecção era feita em casa, por vários membros da família, sendo vendida ao consumidor final ou a intermediários que a revendiam. 3.2 Empregado aprendiz: A Constituição proíbe o trabalho do menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. Aprendiz é a pessoa que está entre 14 e 24 anos (art. 428 da CLT) e que irá se submeter à aprendizagem. O menor aprendiz não poderá perceber menos de que um salário-mínimo por mês, calculado à base horária. 3.3 Empregado doméstico: Entende-se por empregado doméstico aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa, e pessoal e de finalidade não lucrativa a pessoa ou família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana, conforme dispõe o art. 1º da Lei Complementar nº 150/2015, que dispõe acerca do contrato de trabalho doméstico. 3.4 Empregado rural: A Convenção na 141 da OIT, de 1975, define trabalhador rural como toda pessoa que se dedica, em região rural, a tarefas agrícolas ou artesanais ou a serviços similares ou conexos, compreendendo não só os assalariados, mas também aquelas pessoas que trabalham por conta própria, como arrendatários, parceiros e pequenos proprietários. No Brasil, a Lei de 4.214, de 2-3-63, tratava do tema chamado Estatuto do Trabalhador Rural, que estabelecia quase os mesmos direitos trabalhistas do trabalhador urbano. O trabalho rural era disciplinado pelo Estatuto da Terra (Lei na 4.504, de 30-11-64). Os avulsos, provisórios ou volantes, após um ano de serviço passavam a ser considerados empregados permanentes (art. 6º da Lei na 4.214/63). 3.5 Empregado público: O empregado público é o servidor da União, Estados, municípios, suas autarquias e fundações que seja regido pela CLT, tendo todos os direitos igualados aos do empregado comum. Não é regido por estatuto do funcionário público. No âmbito da União, foi instituído o regime jurídico único pela Lei nº 8.112, de 11- 12-90, que trata de funcionários estatutários. Funcionário público ocupa cargo. Empregado público tem função. Funcionário público tem regime legal, estatutário. Empregado público tem regime contratual, o da CLT. O funcionário público é regido pelo Direito Administrativo. O empregado público é regido pelo Direito do Trabalho. 4. Consolidação das Leis do Trabalho: O Brasil não possui um Código de Trabalho. Por isso há existência da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, que representam um estatuto próprio e independente, além da publicação de um grande número de leis esparsas tratando de matéria trabalhista; diversos doutrinadores têm reconhecido a autonomia legislativa do Direito do Trabalho brasileiro. A relação de trabalho é a relação jurídica objetiva, que cria direitos e obrigações derivados da prestação de trabalho. A relação é o conteúdo do contrato. O contrato é a estrutura jurídica da relação. O contrato de trabalho dá origem a relação de trabalho. O contrato de trabalho, na verdade, já é uma relação jurídica de trabalho, mesmo não existindo prestação de serviços, pois gera direitos e obrigações. Se para a existência da relação de emprego é preciso um ajuste, ainda que verbal ou tácito, mesmo que não expresso, há uma interação entre o contrato e a relação e um não pode subsistir sem o outro. A relação é o efeito do contrato e não a causa. Todo contrato de trabalho é uma relação de trabalho, mas nem sempre a relação de trabalho é um contrato de trabalho, como no caso do trabalho autônomo, do eventual etc. 5. Subordinação: Se o trabalhador é colaborado; não tem subordinação, mas sim autonomia. O empregado é uma pessoa que recebe salários pela prestação de serviços ao empregador. É da natureza do contrato de trabalho ser este oneroso. Não existe contrato de trabalho gratuito. Assim, o empregador recebe a prestação de serviços por parte do empregado. Em contrapartida, deve pagar um valor pelos serviços que recebeu daquela pessoa. Exemplo o padre não é empregado da Igreja, pois apesar de estar subordinado a uma hierarquia, não recebe nenhum valor da Igreja pelo trabalho que faz. Se o eclesiástico passa a lecionar ou trabalhar em escola ou hospital, não em decorrência de ofício da Igreja, mas recebendo remuneração e subordinado a horário, haverá vínculo de emprego. 6. Contrato de trabalho: A prestação de serviços deve ser feita com pessoalidade. O contrato de trabalho é feito com certa pessoa, daí se dizer que é intuitu personae. O empregador conta com certa pessoa específica para lhe prestar serviços. Se o empregado faz-se substituir constantemente por outra pessoa, como por um parente, inexiste o elemento pessoalidade na referida relação. Esse elemento é encontrado na parte final da definição de empregador (art. 2º da CLT). Assim, conceituar empregado como a pessoa física que presta serviços de natureza contínua a empregador; sob subordinação deste, mediante pagamento de salário e pessoalmente. A CLT não exige como requisito à configuração da relação de emprego que o empregado preste serviços no próprio estabelecimento do empregador; tanto que existe o empregado em domicilio, que presta serviços em sua própria residência. Dispõe o art. 129 da Lei na 11.196 que “Para fins fiscais e previdenciários, a prestação de serviços intelectuais, inclusive os de naturezacientífica, artística ou cultural, em caráter personalíssimo ou não, com ou sem a designação de quaisquer obrigações a sócios ou empregados da sociedade prestadora de serviços, quando por esta realizada, se sujeita tão somente à legislação aplicável às pessoas jurídicas, sem prejuízo da observância do disposto no art. 50 da Lei na 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.” 7. Vantagens sobre a prestação de serviços: As vantagens da prestação de serviços por pessoa jurídica são: a) a pessoa jurídica pode pagar o Imposto de Renda pelo lucro presumido à razão de 12% e mais o imposto sobre serviços; b) a retenção na fonte do Imposto de Renda é 1,5% e não 15 ou 27,5% em relação à prestação de serviços por pessoas físicas; c) pode deduzir despesas operacionais, que não seria possível na declaração de imposto de renda da pessoa física. Deverá o sócio recolher a contribuição previdenciária como segurado contribuinte individual. As desvantagens para o trabalhador são: a) perde férias mais 1 /3 ,13a salário, repouso semanal remunerado, intervalos, licenças, hora extra, adicional noturno e FGTS; b) assume riscos do seu negócio, arcando com despesas e prejuízos. O dispositivo em comentário não faz referência a fins trabalhistas, mas apenas a aspectos fiscais e previdenciários. Nome: Ana Carolina L. Galvão Bueno RGM: 292347 Profª: Milene Secomandi DIR117BN Direito do trabalho TRABALHADOR/EMPREGADO – Sergio Pinto Martins 1. Conceito: Empregado pode ser considerado, em um sentido amplo, aquele que está pregado na empresa o que é por ela utilizado, sendo considerado sujeito da relação de emprego e não objeto. Conforme dispõe o art. 3a da CLT que “considera-se empregada toda pessoa f... Trabalhador é todo aquele que presta serviços de forma autônoma e esporádica a uma pessoa (física ou jurídica), devendo concretizar a execução de sua tarefa nos termos e prazos combinados, recebendo um pagamento. Todo empregado é trabalhador, mas nem ... 2. Requisitos: Os requisitos para a definição de empregado se dar por: pessoa física; não eventualidade na prestação de serviços; dependência; pagamento de salário e prestação pessoal de serviços. O serviço prestado pelo empregado deve ser de caráter não eventual, e o trabalho deve ser de natureza contínua, não podendo ser episódico, ocasional. Um dos requisitos do contrato de trabalho é a continuidade na prestação de serviços, pois aquele pac... Pode ocorrer também o requisito chamado subordinação, que significa submissão, sujeição. A submissão ou sujeição não podem, porém, levar o trabalhador à escravidão ou à servidão. Mas que quer dizer estar debaixo de ordens, estar sob as ordens de outre... 3. Espécies de trabalhadores: 3.1 Empregado domicilio: O trabalho em domicílio é originário do trabalho artesanal, da pequena indústria caseira. A confecção era feita em casa, por vários membros da família, sendo vendida ao consumidor final ou a intermediários que a revendiam. 3.2 Empregado aprendiz: A Constituição proíbe o trabalho do menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. Aprendiz é a pessoa que está entre 14 e 24 anos (art. 428 da CLT) e que irá se submeter à aprendizagem. O menor aprendiz ... 3.3 Empregado doméstico: Entende-se por empregado doméstico aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa, e pessoal e de finalidade não lucrativa a pessoa ou família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana, c... 3.4 Empregado rural: A Convenção na 141 da OIT, de 1975, define trabalhador rural como toda pessoa que se dedica, em região rural, a tarefas agrícolas ou artesanais ou a serviços similares ou conexos, compreendendo não só os assalariados, mas também a... 3.5 Empregado público: O empregado público é o servidor da União, Estados, municípios, suas autarquias e fundações que seja regido pela CLT, tendo todos os direitos igualados aos do empregado comum. Não é regido por estatuto do funcionário público. No... 4. Consolidação das Leis do Trabalho: O Brasil não possui um Código de Trabalho. Por isso há existência da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, que representam um estatuto próprio e independente, além da publicação de um grande número de leis esparsas tratando de matéria trabalhista; ... A relação de trabalho é a relação jurídica objetiva, que cria direitos e obrigações derivados da prestação de trabalho. A relação é o conteúdo do contrato. O contrato é a estrutura jurídica da relação. O contrato de trabalho dá origem a relação de tra... 5. Subordinação: Se o trabalhador é colaborado; não tem subordinação, mas sim autonomia. O empregado é uma pessoa que recebe salários pela prestação de serviços ao empregador. É da natureza do contrato de trabalho ser este oneroso. Não existe contrato de trabalho grat... Assim, o empregador recebe a prestação de serviços por parte do empregado. Em contrapartida, deve pagar um valor pelos serviços que recebeu daquela pessoa. Exemplo o padre não é empregado da Igreja, pois apesar de estar subordinado a uma hierarquia, n... 6. Contrato de trabalho: A prestação de serviços deve ser feita com pessoalidade. O contrato de trabalho é feito com certa pessoa, daí se dizer que é intuitu personae. O empregador conta com certa pessoa específica para lhe prestar serviços. Se o empregado faz-se substituir c... 7. Vantagens sobre a prestação de serviços: