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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPROCESSUS CURSO DE DIREITO DIREITO DO TRABALHO PROF. MANOEL VERAS 1ª Pesquisa Acadêmica – Conceito, Divisão, Natureza jurídica, Autonomia e Interdisciplinaridade do Direito do Trabalho. Breve evolução histórica. Fontes e Princípios do Direito do Trabalho. (2º sem.2024) 1. Acerca da natureza jurídica do Direito do Trabalho, assinale a alternativa correta. A) Prevalece na doutrina a Teoria do Direito Público segundo a qual classifica-se o Direito do Trabalho no ramo do direito público na medida em que nas relações de trabalho, a livre manifestação da vontade das partes é substituída pela vontade do Estado que intervém na relação jurídica entre empregador e empregado, por meio de leis cogentes e irrenunciáveis. B) Para a Teoria do Direito Privado, doutrinariamente majoritária, a raiz do Direito de Trabalho encontra-se no Direito Civil, especificamente nas locações de serviços. Sendo certo que, embora existam normas cogentes sobre a matéria, estas não afastam a natureza privada da relação jurídica, haja vista que os contratantes nessa relação jurídica são livres para estipular as regras de seu pacto de emprego. C) Para a teoria do Direito Misto, que prevalece na doutrina justrabalhista, o Direito do Trabalho engloba relações privadas e relações públicas, de modo que se enquadra em uma categoria classificatória sui generis. D) O Direito do Trabalho é gênero distinto do direito público e do direito privado na medida em que prevalece sempre o interesse coletivo da sociedade, cujas normas trabalhistas tem por finalidade proteger a parte hipossuficiente na relação de emprego, que é o empregado. E) De acordo com a Teoria do Direito Coletivo, as normas trabalhistas são de natureza mista (público e privado), mas com uma finalidade social: garantir os direitos sociais previstos na Constituição Federal. Fundamentação As principais teorias para classificar a natureza jurídica do Direito do Trabalho são: ● Direito público; ● Direito privado; ● Direito misto; ● Direito social e ● Direito unitário. Teoria do direito público: os que defendem referida tese apresentam quatro argumentos: a) o direito do trabalho possui norma de natureza administrativa, por exemplo, fiscalização e segurança do trabalho; b) possui normas imperativas que limitam à vontade das partes; c) os direitos, na maioria, são irrenunciáveis; d) intervenção estatal que restringe a vontade individual; Teoria do direito privado: é a mais aceita pela doutrina, dentre seus adeptos, Delgado. São argumentos que sustentam referida teoria: a) os sujeitos da relação são empregados e empregador, o Estado quando participa o faz na condição de empregador; b) a maioria das normas é de ordem privada; c) a prestação de serviço tem origem do Direito Civil, portanto, privado. Apesar de aceita pela doutrina majoritária referida tese tem contra si os mesmos argumentos da teoria do direito público. Teoria do direito misto: por essa teoria há confusão entre direito privado e público não fazendo imperar o princípio da liberdade, pois a legislação limita, muitas vezes, aos princípios inderrogáveis. A crítica a essa teoria é que inexiste direito híbrido que possa ser denominado de direito misto. Teoria do direito social: para essa teoria todas as normas protegem as pessoas economicamente hipossuficientes e, por isso, o Direito do Trabalho e o Direito da Seguridade Social estariam classificados como ramificação de tal teoria. Teoria do direito unitário: também denominada de misto com unicidade conceitual. Por essa teoria, o Direito do Trabalho é resultado de fusão do direito privado e do público totalmente diferente destes que lhe originaram. A crítica é que inexiste um todo orgânico e absolutamente desvinculado do direito público ou privado. Assim, a teoria que prevalece é a de Direito Privado com origem no Direito Civil 2. À luz da legislação social e do direito do trabalho, julgue o item a seguir: o direito do trabalho disciplina as relações entre empregador e empregado e tem por finalidade a proteção do operariado, evitando sua exploração por aquele que é economicamente mais forte. V (X ) ou F ( ) Fundamentação O Direito do Trabalho realmente tem como uma de suas finalidades principais a proteção do trabalhador, buscando equilibrar as relações entre empregado e empregador e evitar a exploração do primeiro pelo segundo, que é economicamente mais forte. Esta proteção é realizada por meio de um conjunto de normas jurídicas que regulamentam as relações de trabalho, assegurando direitos mínimos e condições justas de trabalho. 3. Sobre o Direito do Trabalho assinale a alternativa correta: A) tem por finalidade assegurar melhores condições econômicas da empresa; B) tem por objeto o estudo da relação insubordinada entre empregado e empregador; C) tem por finalidade proteger o empregador, polo mais vulnerável da relação de trabalho; D) tem por objeto o trabalhador, qualificado como objeto de direito, e não sujeito de direito; E) tem por finalidade estabelecer regras mínimas de proteção ao trabalhador. Fundamentação O objeto precípuo do direito do trabalho é a relação jurídica decorrente do trabalho subordinado típico (relação de emprego) e, na forma da lei, de outras relações de trabalho subordinado atípico, como as relações de trabalho avulso, doméstico, do técnico estrangeiro etc Curso de Direito do Trabalho / Carlos Henrique Bezerra Leite. – 14. ed. – São Paulo : SaraivaJur, 2022, página 76 (livro em PDF) 4. Segundo a doutrina, em sentido amplo, a área jurídica trabalhista pode ser dividida em: direito material do trabalho e direito público do trabalho. O direito material do trabalho compreende dois segmentos: o direito individual do trabalho e o direito coletivo do trabalho, enquanto o direito público do trabalho abrange: direito processual do trabalho; direito administrativo do trabalho e direito previdenciário e acidentário do trabalho. É controvertida a inclusão do direito penal do trabalho como segmento do direito público do trabalho. V ( X) ou F ( ) Fundamentação Segundo Godinho: Área justrabalhista em sentido amplo: 1) Direito material do Trabalho - Direito Individual do Trabalho - Direito Coletivo do Trabalho 2) Direito Constitucional do Trabalho 3) Direito Internacional do Trabalho 4) Direito Público do Trabalho - Direito Processual do Trabalho - Direito administrativo do Trabalho - Direito Previdenciário e acidentário do Trabalho - Direito Penal do Trabalho (?) Área justrabalhista em acepção restrita: Direito (material) do trabalho 1) Direito Individual do Trabalho 2) Direito Coletivo do Trabalho 5. Como ramo autônomo da ciência jurídica, o direito do trabalho tem por objeto as relações jurídicas que envolvem a prestação de serviços por trabalhadores considerados empregados e eventuais. V ( ) ou F (X ) Fundamentação O Direito do Trabalho tem por objeto as relações jurídicas de prestação de serviço nas quais estejam presentes os requisitos caracterizadores da relação de emprego (arts. 2º e 3º da CLT) que são: alteridade, subordinação jurídica, pessoalidade na prestação do serviço, onerosidade, e continuidade ou não eventualidade na prestação do serviço. As demais relações de trabalho, como o avulso ou o eventual, não são o objeto principal do Direito do Trabalho, e são reguladas normalmente por outras normas, que não a CLT. O trabalho avulso e o eventual não são consideradas relação de emprego, pois não possuem todos os requisitos necessários, conforme explicado acima. 6. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, apenas pela jurisprudência, por analogia, por equidade, pelo direito comparado e outros princípios e normas gerais de direito, admitindo-se, excepcionalmente, que um interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. V ( ) ou F (X ) Fundamentação Art. 8º da CLT: "As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na faltaeram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa do mesmo grupo econômico do empregador de Jorge. Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, bem como as disposições da CLT, assinale a afirmativa correta. A) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, por se tratar de liberalidade. B) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, porque relacionados a produtos de terceiros. C) Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de Jorge. D) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, uma vez que ocorreram dentro do horário normal de trabalho, para o qual Jorge já é remunerado pelo banco. Fundamentação: 12. Leônidas trabalha 44 horas semanais como churrasqueiro em um restaurante e recebe salário de R$ 2.000,00 mensais. Considerando o aumento da clientela, o restaurante contratou Vinícius, também como churrasqueiro, a tempo parcial, para que ele cumpra jornada de 22 horas semanais e receba R$ 700,00 por mês. Diante da hipótese retratada e de acordo com a CLT e o entendimento do TST, assinale a afirmativa correta. A) O salário pago a Vinicius é ilegal porque inferior ao salário mínimo nacional, cabendo então reivindicar a diferença correspondente. B) O salário é de livre estipulação em cada contrato, daí porque não cabe ao Judiciário interferir nos valores fixados livremente pelas partes. C) A situação retrata discriminação salarial, pois não pode haver divergência salarial entre empregados que exercem a mesma função. D) É possível a estipulação do salário de Vinicius nessa base, pois ele guarda relação com o de Leônidas, que cumpre a jornada constitucional. Fundamentação: 13. O pagamento de salário, quando houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado A) até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. B) até o décimo dia útil do mês subsequente ao vencido. C) até o último dia do próprio mês trabalhado. D) em duas parcelas, sendo um adiantamento até o vigésimo dia do próprio mês trabalhado e o restante até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. E) em duas parcelas, sendo um adiantamento até o vigésimo quinto dia do próprio mês trabalhado e o restante até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Fundamentação: Da forma, do tempo e do local do pagamento A periodicidade do pagamento deverá ocorrer em intervalos não superiores a um mês, exceto o pagamento das gratificações, comissões e percentagens. O salário poderá ser pago por dia, semana, quinzena ou mês. Se fixado por mês, o pagamento deve ser efetuado até o 5° dia útil subsequente ao mês vencido. Ressalta-se que, se o último dia coincidir com o sábado ou o domingo, por não haver expediente bancário, prorroga-se para segunda-feira ou para o próximo dia útil. Não é possível a celebração de acordo, nem mesmo em âmbito coletivo, para prorrogar esse prazo de pagamento de salário. Nesse sentido: 14. De acordo com a jurisprudência do STF, a proibição de vinculação do salário mínimo para qualquer fim não impede a sua utilização como índice de correção de contratos. V ( ) ou F ( ) Fundamentação: 15. Em relação às parcelas que compõem a remuneração e o salário, A) o transporte concedido pelo empregador para o deslocamento do empregado de sua residência ao trabalho, e vice-versa, não configura salário utilidade, ainda quando haja transporte público servindo o mesmo percurso. B) a habitação concedida pelo empregador como condição necessária para a execução do contrato detém natureza salarial, sendo que o valor correspondente, para os fins reflexos devidos, não pode ser arbitrado em montante superior a 25% do salário contratual do empregado. C) as comissões vinculadas a transações firmadas em prestações sucessivas, exigíveis apenas após o pagamento de cada uma das parcelas convencionadas, integram a remuneração do empregado, não gerando qualquer repercussão sobre férias e gratificações natalinas. D) os valores gastos com a educação do empregado, excepcionados os relativos a livros e outros materiais didáticos, integram o salário do empregado para todos os efeitos legais. E) as gorjetas, espontaneamente concedidas pelos clientes ou cobradas aos clientes como adicional nas contas, a qualquer título, e destinadas à distribuição aos empregados, integram o salário do empregado, devendo ser consideradas para o cálculo das horas extras eventualmente prestadas. Fundamentação: Item: A) Este item não corresponde ao gabarito da banca Análise: O item não está de acordo com o gabarito da banca. As gorjetas, de fato, integram o salário do empregado, mas elas devem ser consideradas para o cálculo de todas as verbas salariais, não apenas das horas extras. Fundamentação: Art. 457, § 3º da CLT Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o adicional cobrado pela empresa ao cliente, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados. Item: B) Este item não corresponde ao gabarito da banca Análise: O item não está de acordo com o gabarito da banca. A habitação concedida pelo empregador pode ter natureza salarial, mas o valor correspondente não pode ser arbitrado em montante superior a 25% do salário contratual do empregado apenas se a habitação for concedida gratuitamente. Fundamentação: Art. 458, § 3º da CLT Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. § 3º A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário contratual. Item: C) Este item não corresponde ao gabarito da banca Análise: O item não está de acordo com o gabarito da banca. As comissões vinculadas a transações firmadas em prestações sucessivas integram a remuneração do empregado e geram repercussão sobre férias e gratificações natalinas. Fundamentação: Art. 457, §1º da CLT Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. Item: D) Este item não corresponde ao gabarito da banca Análise: O item não está de acordo com o gabarito da banca. Os valores gastos com a educação do empregado não integram o salário do empregado para todos os efeitos legais, exceto se forem concedidos sem finalidade educacional ou se o curso ou aprimoramento tiver relação direta com o contrato de trabalho. Fundamentação: Art. 458, §2º, IV da CLT Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: IV - educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático. Item: E) Este item corresponde ao gabarito da banca Análise: O item está de acordo com o gabarito da banca. O transporte concedido pelo empregador para o deslocamento do empregado de sua residência ao trabalho, e vice-versa, não configura salário utilidade, ainda quando haja transporte público servindo o mesmo percurso.Fundamentação: Art. 458, §2º, II da CLT Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: II - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público. 16. No que concerne ao salário e à remuneração, assinale a opção correta. A) O salário complessivo, por meio do qual se busca preservar a identidade específica de cada parcela paga ao empregado, é aceito pela jurisprudência trabalhista brasileira. B) Diferentemente das diárias, a ajuda de custo tem, em regra, natureza salarial. C) As gorjetas cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes integram a remuneração do empregado, servindo de base de cálculo para aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. D) A natureza das gratificações é indenizatória, podendo ser suprimidas caso o empregado seja destituído do cargo que ocupava, salvo se ele as tenha recebido por mais de dez anos. E) Conforme jurisprudência pacificada do TST, para efeitos de equiparação salarial, é desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita. Fundamentação: Item: A) Este item corresponde ao gabarito da banca Análise: A assertiva está correta de acordo com a jurisprudência pacificada do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Para efeitos de equiparação salarial, é desnecessário que, ao tempo da reclamação, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita. Fundamentação: Súmula 6, item VIII, do TST: 'VIII - É desnecessário que o reclamante e o paradigma estejam a serviço do estabelecimento, ao tempo da reclamação, desde que o pedido se relacione com situação pretérita.' Item: B) Este item não corresponde ao gabarito da banca Análise: A assertiva está incorreta. O salário complessivo, que busca preservar a identidade específica de cada parcela paga ao empregado, não é aceito pela jurisprudência trabalhista brasileira. Fundamentação: Súmula 91 do TST: 'Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância, englobando vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.' Item: C) Este item não corresponde ao gabarito da banca Análise: A assertiva está incorreta. Diferentemente das diárias, a ajuda de custo não tem natureza salarial, conforme estabelecido na legislação trabalhista. Fundamentação: Art. 457, § 2º, da CLT: '§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado.' Item: D) Este item não corresponde ao gabarito da banca Análise: A assertiva está incorreta. As gorjetas cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes integram a remuneração do empregado, mas não servem de base de cálculo para aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. Fundamentação: Art. 457, § 3º, da CLT: '§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados.' Item: E) Este item não corresponde ao gabarito da banca Análise: A assertiva está incorreta. A natureza das gratificações não é indenizatória, e elas podem ser suprimidas caso o empregado seja destituído do cargo que ocupava, salvo se ele as tenha recebido por mais de dez anos, conforme jurisprudência do TST. Fundamentação: Súmula 372, item I, do TST: 'I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira.' 17. Remuneração é a soma do salário contratualmente estipulado (mensal, por hora, por tarefa etc.) com outras vantagens percebidas na vigência do contrato de trabalho como horas extras, adicional noturno, adicional de periculosidade, insalubridade, comissões, percentagens, gratificações, diárias para viagem entre outras. V (X ) ou F ( ) Fundamentação: 18. Os empregados de uma empresa pública de águas e esgotos negociaram coletivamente um reajuste salarial, que, no entanto, não foi implantado pela empresa. Os empregados realizaram uma paralisação, até que uma sentença do Tribunal Regional do Trabalho garantiu o repasse do reajuste obtido na negociação coletiva. A solução do caso envolveu o conceito de salário A) complessivo B) mínimo C) normativo D) profissional E) substituição Fundamentação: Salários profissionais e normativos Algumas profissões organizadas possuem patamar mínimo fixado em lei. São os chamados salários profissionais. Esses salários independem de negociação coletiva (acordo ou convenção). De acordo com Mauricio Godinho, o salário normativo é aquele pago aos empregados de determinada categoria profissional. Nesse sentido, pode ser dividido em : salário normativo em sentido estrito, que é aquele fixado em sentença normativa, e salário convencional, determinado por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho. Cumpre ressaltar que o autor menciona que o piso salarial corresponde a essas fixações de salário para certas categorias profissionais mediante negociação coletiva. Dessa forma, podemos entender como sinônimas as expressões piso salarial e salário convencional 19. Assinale a alternativa correta. A) Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei, de acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho. B) Em caso de dano culposo causado pelo empregado, o desconto será lícito, mesmo que esta possibilidade não tenha sido acordada expressamente. C) O salário pode ser pago em moeda estrangeira, desde que seja mais benéfico ao trabalhador. D) Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas e indenizações pela adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) que receber. E) Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, ajudas de custo, assim como as diárias para viagem, desde que não excedam de 50% do salário percebido pelo empregado. Fundamentação: Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) § 2º - É vedado à emprêsa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) § 3º - Sempre que não fôr possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela Emprêsa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício das empregados. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) § 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às emprêsaslimitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispôr do seu salário. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 20. Relativamente a integração do salário utilidade à remuneração do trabalhador, assinale a alternativa INCORRETA. A) O veículo fornecido ao empregado, quando indispensável para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que utilizado também em atividades particulares. B) Valor pago pela empresa, pela utilização em serviço, de veículo de propriedade do empregado, não configura salário utilidade. C) A alimentação fornecida pelo empregador, mediante cobrança de "preço de custo", integra a remuneração do trabalhador. D) A moradia fornecida como contraprestação integra a remuneração do trabalhador para todos os efeitos legais, não integrando, entretanto, a base de cálculo das férias. E) Se fornecido para atendimento do Programa de Alimentação do Trabalhador ou por força de preceito convencional que lhe confira natureza idêntica ao PAT, o auxílio alimentação não se reveste de natureza salarial. Fundamentação: Auxílio-Alimentação De acordo com a atual redação do art. 457, parágrafo 2 da CLT, o auxílio-alimentação é parcela de natureza indenizatória. No entanto, o dispositivo veda seu pagamento em dinheiro: Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art462 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art462 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art462 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art462 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art462 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art462 § 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. Se o empregador conceder o auxílio alimentação, não haverá integração ao salário, desde não seja realizado o pagamento em dinheiro. Ressalta-se, portanto, que com a inclusão do auxílio-alimentação como verba de natureza indenizatória, a alimentação deixa, na maioria das hipóteses, de ser considerada salário in natura. Quando concedida por meio de auxílio-alimentação, não integrará o salário. Permanece, contudo, como salário quando concedido o valor em dinheiro ou quando o empregador, por exemplo, oferece churrascos ou jantares aos empregados como contraprestação pelos serviços. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPROCESSUS CURSO DE DIREITO DIREITO DO TRABALHO PROF. MANOEL VERAS Fundamentação Fundamentação (1) Conforme dispões o no Art. 7 inciso XXXII – Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos Fundamentação (2) Fundamentação (3) Fundamentação (4) Fundamentação (5) Fundamentação (6) Fundamentação (7) Fundamentação (8) Fundamentação (9) Fundamentação (10) Fundamentação (11) Fundamentação (12) Fundamentação (13) Fundamentação (14) Fundamentação (15) Fundamentação (16) Fundamentação (17) Fundamentação (18) Art. 448 da CLT- A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Art. 10-A da CLT - O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada ... Fundamentação (19)de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público." A questão excluiu deliberadamente (expressão "apenas") os "usos e costumes". Ainda, a questão está incorreta porque menciona ser possível que um interesse de classe/particular prevaleça sobre o interesse público, contrariando o art. 8º da CLT. 7. O artigo 8º da Consolidação das Leis do Trabalho elenca algumas fontes subsidiárias ou supletivas do Direito do trabalho, NÃO se incluindo A) direito comparado. B) jurisprudência. C) analogia. D) usos e costumes. E) convenção coletiva de trabalho. Fundamentação Art. 8º da CLT: "As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público." 8. Em relação ao conceito e à formação histórica do Direito do Trabalho é INCORRETO afirmar que A) os fatores que influíram na formação do Direito do Trabalho no Brasil foram externos, relacionados às transformações que ocorreram na Europa, ocasionando a crescente elaboração legislativa de proteção ao trabalhador e o compromisso assumido pelo Brasil em ingressar na OIT, criada em 1919; sendo que neste contexto, o Código Civil de 1916 não trazia nenhum instituto que serviu de supedâneo para elaboração do Direito do Trabalho pátrio. B) o Direito do Trabalho destaca-se por seu caráter teleológico, incorporando em seu conjunto de princípios, regras e institutos um valor finalístico essencial, objetivando a melhoria das condições de pactuação da força de trabalho na ordem socioeconômica. C) o nome de “constitucionalismo social” é dado ao movimento da inclusão das leis trabalhistas nas Constituições de alguns países, sendo que a primeira Constituição do mundo que dispõe sobre Direito do Trabalho é a do México de 1917. D) o marco histórico do nascimento do Direito do Trabalho foi o advento da sociedade industrial e o trabalho assalariado, sendo que a principal causa econômica foi a Revolução Industrial do século XVIII. E) a partir da Constituição brasileira de 1934, todas passaram a ter normas de Direito do Trabalho, sendo que a Constituição de 1988 valorizou o direito coletivo e introduziu regras que favorecem o caminho da normatização autônoma. Fundamentação Evidentemente que os fatores externos auxiliaram na formação do Direito do Trabalho, porém, não foram exclusivos. Houve fatores internos e movimentos sociais a influenciar o ordenamento jurídico. Ademais, o CC 16 trazia sucedâneo referente ao Direito do Trabalho, como a prestação de serviços. Daí a incorreção. As demais assertivas retratam a evolução do Direito do Trabalho e os mais importantes marcos de consolidação do ramo laboral. É importante, contudo, ainda mencionar que as afirmações de que o Brasil teve apenas influencia externa fez surgir o denominado “mito da outorga”. O Getulismo tinha como base política os movimentos sociais. Então, como resposta aos anseios dos trabalhadores, o Governo passa a ter uma atividade legislativa e administrativa, porém, na busca pelo sufocamento do sindicalismo. Isso porque com padrões mínimos na relação de trabalho ele evita os movimentos sociais. Por isso um governo intervencionista e repressivo quando controla com sindicato ceifando sua liberdade coletiva. A evolução trabalhista no Brasil – com nítida intervenção do Estado em um período mais robusto de sua consolidação – fez surgir o denominado “mito da outorga”. Segundo essa falácia, a concessão dos Direitos trabalhistas no Brasil foi reconhecida sem luta e sem movimento social se comparado à Europa. Afinal, o Estado (GOVERNO) de forma intervencionista, “presenteava” os trabalhadores, por meio de normas com o reconhecimento dos direitos. Contudo, o que o Governo fez e, exatamente por isso o “mito da outorga”, foi trazer para si as conquistas trabalhistas enraizadas em movimentos sociais e lutas. Com isso, ele media os movimentos sociais e negava o conflito existente no Brasil. Daí o popularismo de Getúlio Vargas considerado – com seu governo – um “pai” dos trabalhadores. 9. Sobre fontes do direito do trabalho, assinale a alternativa CORRETA. A) A lei ordinária é fonte formal autônoma. HETERÔNOMA B) A sentença normativa é fonte formal heterônoma. C) O acordo coletivo é fonte material. FORMAL AUTÔNOMA D) O costume é fonte formal heterônima. AUTÔNOMA Fundamentação Fontes do Direito do Trabalho Fontes FORMAIS 1 - Fontes Heterônomas CF, Leis, Tratados e convenções da OIT, Decretos, Portarias, Instruções Normativas e outros atos; Sentenças Normativas proferidas pela Justiça do Trabalho; Usos e Costumes; Laudo Arbitral em negociação coletiva frustrada; Súmulas vinculantes... 2 - Fontes Autônomas Derivam da autonomia das partes, sendo elaboradas pelos próprios signatários do contrato de trabalho. Convenção Coletiva de Trabalho CTT, Acordo Coletivo de Trabalho ACT; Fontes MATERIAS Representa o momento pré-jurídico, ou seja, antecede a formação da norma. Ex.: pressão feita pelos trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho; greves; Movimento sindical, Movimento político dos operários. 10. Dentre as fontes formais do Direito do Trabalho NÃO se incluem: A) a sentença que decide a ação civil pública e os fenômenos sociais, econômicos e políticos. B) as sentenças normativas e os tratados internacionais ratificados pelo Brasil. C) os acordos e as convenções coletivas de trabalho. D) as leis ordinárias e as leis complementares. E) os decretos e as medidas provisórias Fundamentação - Os acordos, as Convenções Coletivas de trabalho, as Leis ordinárias, as leis complementares, os decretos, as medidas provisórias, as sentenças normativas e os tratados internacionais ratificados pelo Brasil são fontes FORMAIS, uma vez que são formas pelas quais se estabelecem as fontes materiais como uma norma jurídica. - A sentença que decide a ação civil pública e os fenômenos sociais, econômicos e políticos são fontes MATERIAIS, pois são um conjunto de fenômenos sociais, históricos e econômicos que ensejam o direito. Lembre-se, nesses casos a sentença não serve para defender direitos e interesses privados ou disponíveis, mas para defender e proteger direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos. E mais, esse tipo de ação não é meio apto a garantir cumprimento de decisões judiciais. 11. Julgue o próximo item, no que se refere a princípios e fontes do direito do trabalho. A consolidação das leis trabalhistas prevê expressamente que o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. V (X ) ou F ( ) Fundamentação Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. Por exemplo, quando um juiz precisa decidir um caso para o qual não existe uma lei específica, ele pode recorrer a fontes subsidiárias, como decisões judiciais anteriores (jurisprudência), doutrina jurídica ou princípios gerais do direito, para fundamentar sua decisão. Em resumo, as fontes subsidiárias são instrumentos auxiliares queajudam a preencher lacunas na legislação ou a interpretar as normas de forma mais abrangente. 12. O princípio da primazia da realidade ou do contrato realidade autoriza a descaracterização de uma pactuada relação civil de prestação de serviços, instrumentalizada em documento escrito, desde que, no cumprimento do contrato, despontem, objetivamente, todos os elementos fático-jurídicos da relação de emprego. V (X ) ou F ( ) Fundamentação: I – Certo. O princípio da primazia da realidade, também chamado de princípio do contrato realidade, estabelece que, para o Direito do Trabalho, prevalecem os fatos sobre as formas. O que importa é o que realmente aconteceu, e não o que está escrito, está previsto, inclusive, no Código Civil (art. 112). II – Errado. O princípio da intangibilidade salarial, visto que o salário possui natureza alimentar, o assegura a intangibilidade ao salário, tornando-o inalcançável. III – Errado. O princípio da continuidade da relação de emprego valoriza a permanência do empregado no mesmo vínculo empregatício, dadas as vantagens queisso representa, estabelecendo, como regra, que os contratos trabalhistas sejam firmados com prazo indeterminado. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado (Súmula n. 212 do TST). IV – Certo. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados (art. 448, CLT). 13. Quanto às fontes do Direito do Trabalho, assinale a alternativa correta. A) A lei é uma fonte autônoma do direito do trabalho, visto que as regras nela contidas são produzidas pelo Poder Legislativo e não pela vontade própria dos entes sociais. B) A Constituição Federal bem como as convenções coletivas de trabalho são exemplos de fonte estatal no direito do trabalho. C) O regulamento de uma empresa não pode ser considerado como fonte de direito do trabalho, ainda que vise a garantir a observância de regras de compliance, códigos de conduta, proteção de dados pessoais. D) O Acordo Coletivo é uma fonte formal heterônoma. E) As fontes formais do direito do trabalho podem ser divididas em dois grupos: heterônomas e autônomas. Fundamentação A) Incorreto, pois a lei é uma fonte HETERÔNOMA, já que é criada pelo Estado ou terceiros alheios à relação jurídica do contrato de trabalho. B) Incorreto, pois as convenções coletivas não são fontes (heterônomas), uma vez que não decorrem diretamente da atuação do Estado. Ou seja, são fontes autônomas. C) Incorreto, pois o regulamento de uma empresa pode sim ser considerado fonte de direito do trabalho, já que esse é um dos tipos de fontes autônomas. D) Incorreto, pois os acordos coletivos não são fontes estatais (heterônomas), uma vez que não decorrem diretamente da atuação do Estado. Ou seja, são fontes autônomas. 14. No que concerne às fontes do Direito do Trabalho, assinale a alternativa incorreta. A) Sentenças normativas são as decisões proferidas em dissídios coletivos. Em sua qualidade jurídica de atos-regra, criam regras gerais, abstratas, impessoais e obrigatórias e constituem fontes formais heterônomas do Direito do Trabalho B) Os acordos coletivos de trabalho são fontes formais do Direito do Trabalho, pois criam normas jurídicas a partir da intervenção direta dos destinatários das mesmas, no caso o sindicato dos trabalhadores e o polo do empregador, representado por seu sindicato - C) Os costumes, consubstanciados em práticas reiteradas de condutas, identificadas como adequadas aos deveres jurídicos impostos à sociedade, representam uma das fontes formais do Direito do Trabalho, também porque, tanto os costumes quanto os usos, de sua iterativa aplicação social, não raro fazem surgir a própria norma legal D) A posição majoritária da doutrina aponta para o acolhimento dos Tratados e convenções internacionais com a qualidade de fontes formais do direito, desde que ratificados pelo Brasil, hipótese em que ingressam no ordenamento jurídico, no mínimo, com o status de lei ordinária Fundamentação A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é um acordo celebrado entre o sindicato de trabalhadores e o sindicato patronal. Este ato jurídico também pode envolver federações de empregados e de empregadores. Com a CCT, regras nas relações de trabalho são estabelecidas. Já o Acordo Coletivo de Trabalho é a celebração de um acordo entre o sindicato e uma empresa especifica. As cláusulas diferentes da CCT que valem para toda categoria, no ACT é válido somente para os trabalhadores daquela empresa. 15. Quanto ao direito do trabalho e às suas fontes, julgue o item. Os costumes podem ser considerados uma das fontes do direito do trabalho. V (X ) ou F ( ) Fundamentação Fontes do direito do trabalho: Fontes formais autônomas (Elaboradas entre as partes): ● Convenção coletiva ● Acordo coletivo ● Costumes Fontes formais heterônomas (Origem estatal): ● CF ● Leis ● MP ● Súmulas vinculantes ● tratados internacionais ● Sentenças normativas 16. Quanto ao direito do trabalho e às suas fontes, julgue o item. As convenções coletivas de trabalho, por serem de origem privada, não são capazes de criar regras jurídicas. V ( ) ou F (X ) Fundamentação Fontes do direito do trabalho: Hierarquia: ● Constituição Federal ● Leis ● Decretos ● Convenções e acordos coletivos de trabalho ● Normas Regulamentadoras ● Usos e costumes Convenções coletivas de trabalho: ● Acordos entre sindicatos de trabalhadores e entidades patronais. ● Definem normas que regulam as relações de trabalho em uma determinada categoria profissional. ● Possuem força jurídica vinculante para todos os membros da categoria, inclusive para aqueles que não são sindicalizados. Prevalência sobre a lei: ● Em caso de conflito entre a convenção coletiva e a lei, a convenção prevalece, desde que não contrarie normas de ordem pública. Exemplos de normas previstas em convenções coletivas: ● Salário mínimo ● Jornada de trabalho ● Férias ● Adicionais de periculosidade e insalubridade ● Plano de saúde Importância das convenções coletivas de trabalho: Instrumento de proteção dos trabalhadores: ● Garantem melhores condições de trabalho e salariais. ● Promovem a igualdade entre os trabalhadores. ● Fomentam a negociação coletiva: ● Estimulam o diálogo entre trabalhadores e empregadores. ● Contribuem para a pacificação das relações de trabalho. Observação: É importante ressaltar que as convenções coletivas de trabalho não podem violar princípios fundamentais do direito do trabalho, como a irredutibilidade do salário mínimo e a proteção contra a despedida imotivada. 17. A respeito dos princípios do direito do trabalho, julgue o item seguinte. O princípio da proteção estabelece que o direito do trabalho estrutura em seu interior, com suas regras, institutos, princípios e presunções próprias, uma teia de proteção à parte vulnerável e hipossuficiente na relação empregatícia — o obreiro —, visando retificar, no plano jurídico, o desequilíbrio inerente ao plano fático do contrato de trabalho. V (X ) ou F ( ) Fundamentação: Segundo Maurício Godinho Delgado: “O Princípio da Proteção informa que o Direito do Trabalho estrutura em seu interior, com suas normas, institutos, princípios e presunções próprias, uma teia de proteção à parte hipossuficiente na relação empregatícia — o obreiro — visando retificar (ou atenuar), no plano jurídico, o desequilíbrio inerente ao plano fático do contrato de trabalho”. 18. A norma celetista não prioriza a formalidade exteriorizada nos atos e negócios jurídicos, o que permite o reconhecimento da relação de emprego quando presentes os pressupostos legais. A jurisprudência trabalhista, contudo, para decidir o litígio, examina o contexto fático real existente entre as partes, em vista do princípio jurídico especial trabalhista do princípio da A) Primazia da Realidade.B) Universalidade das Formas. C) Irrenunciabilidade dos Direitos. D) Continuidade da Relação de Emprego. Fundamentação: O princípio da primazia da realidade é observado nas relações jurídico trabalhistas pela prevalência dos fatos (realidade), independentemente de qualquer disposição contratual escrita, por exemplo. Logo, caso o empregador apresente comprovante de pagamento do salário, mas o empregado demonstre depósitos mensais de parte do salário tendo sido pago “por fora”, o que prepondera é a realidade dos fatos sobre os holerites de pagamentos mensais apresentados. 19. No Direito do Trabalho o princípio da proteção do empregado pode ser desdobrado nos seguintes subprincípios: A) O in dubio pró-operário, o da aplicação da norma mais favorável ao trabalhador e o da aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador. B) O in dubio pró-operário, o da aplicação da norma mais favorável ao trabalhador e o do jus variandi do empregador. C) O do jus variandi do empregador, da continuidade da relação de emprego e o da primazia da realidade. D) O do poder diretivo do empregador, o da subordinação técnica e o da aplicação da lei norma mais favorável. E) O da aplicação da norma mais favorável ao trabalhador, o da aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador e o do diretivo do empregador. Fundamentação: O in dubio pro operário, o da aplicação da norma mais favorável ao trabalhador e o da aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador. Estes três princípios são desdobramentos do princípio da proteção ao trabalhador no Direito do Trabalho: 1. **In dubio pro operario**: Este princípio afirma que, em caso de dúvida na interpretação de uma norma jurídica, deve ser escolhida a interpretação mais favorável ao trabalhador. 2. **Aplicação da norma mais favorável ao trabalhador**: Este princípio determina que, em caso de conflito entre duas ou mais normas trabalhistas, deve ser aplicada aquela que for mais benéfica ao trabalhador. 3. **Aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador**: Este princípio estabelece que, quando uma condição de trabalho mais benéfica é concedida ao trabalhador, ela não pode ser retirada, mesmo que a norma que a estabeleceu tenha sido alterada ou revogada. Os demais princípios citados nas outras alternativas, tais como o jus variandi do empregador, a continuidade da relação de emprego, a primazia da realidade e o poder diretivo do empregador, são princípios importantes do Direito do Trabalho, mas não são considerados desdobramentos do princípio da proteção. 20. São fontes heterônomas do Direito do Trabalho, dentre outras, A) as Convenções Internacionais e as Convenções Coletivas de Trabalho. B) o Contrato Coletivo de Trabalho e os Acordos Coletivos. C) as Convenções Coletivas de Trabalho e os Acordos Coletivos. D) os Tratados, as Convenções Internacionais e a Constituição Federal. E) a Constituição Federal e os Usos e Costumes. Fundamentação Segundo Maurício Godinho Delgado: Fontes Heterônomas: 1 - Constituição; 2 - Lei (medidas provisórias); 3 - Tratados e Convenções Internacionais; 4 - Regulamento Normativo (decreto); 5 -Portarias, avisos, instruções, circulares e; 6 - Sentença normativa. Fontes Autônomas: 1 - Convenção coletiva de trabalho; 2 - Acordo coletivo de trabalho; 3 - Contrato coletivo de trabalho e; 4 - Usos e Costumes. FONTES DIRETAS E INDIRETAS DO DIREITO DO TRABALHO Art. 8º CLT • As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Fontes DIRETAS: → LEIS TRABALHISTAS Fontes INDIRETAS [JA É PUC]: → JURISPRUDÊNCIA; → ANALOGIA; → EQUIDADE; → PRINCÍPIOS E NORMA GERAIS DO DIREITO; → USOS E COSTUMES; → DIREITO COMPARADO; CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPROCESSUS CURSO DE DIREITO DIREITO DO TRABALHO PROF. MANOEL VERAS 2ª Pesquisa Acadêmica – Relação de Trabalho e Relação de Emprego. Sujeitos da Relação de Emprego: Empregado e Empregador. Contrato Individual de Trabalho 1. Uma sociedade empresária do ramo de confecções publicou um anúncio em jornal de grande circulação informando que admitiria vários profissionais para o seu quadro de funcionários, a título de contrato de experiência, desde que comprovada a seguinte exigência profissional: para costureiras, experiência comprovada de cinco meses na função; para estoquistas, experiência comprovada de um ano na função; para auxiliar de serviços gerais, experiência comprovada de dois meses na função; e para administradores, experiência mínima de dois anos na função. Diante da situação apresentada e dos termos da CLT, informe o prazo máximo admissível no contrato de experiência. Fundamentação Contrato de Experiência: é um contrato de trabalho que tem por finalidade proporcionar às partes do contrato de trabalho – empregado e empregador – um período de verificação das condições de trabalho. Poderá ser constituído por um período máximo de 90 dias (art. 445, § 1º, da CLT). Porém, se for constituído por período inferior, poderá ser prorrogado uma única vez dentro desse prazo (art. 451, da CLT). Logo, se for constituído, por exemplo, por 30 dias, poderá sofrer apenas uma prorrogação de até, no máximo, 60 dias. Se o contrato de trabalho for prorrogado irregularmente, passará a vigorar como contrato de trabalho a prazo indeterminado. Não se deve confundir contrato de experiência com experiência profissional, que está prevista no art. 442-A, da CLT, que estabelece que, para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. 2. Segundo a Constituição Federal, assinalar a alternativa que apresenta um dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais: A) Remuneração do trabalho noturno igual à do diurno. IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; B) Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de quinze dias. XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; C) Redutibilidade do salário. V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; D) Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos. Fundamentação Conforme dispões o no Art. 7° inciso XXXII – Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos 3. Na relação de trabalho e na relação de emprego, qual a principal característica que diferencia uma da outra: A) A presença ou ausência de um contrato por escrito. B) A subordinação jurídica e hierárquica presente na relação de emprego. C) A duração do vínculo, sendo mais longa na relação de emprego. D) O nível de remuneração, sendo mais elevado na relação de trabalho. Fundamentação Relação de trabalho se trata de qualquer prestação de serviço, seja de empregado (funcionário registrado), seja de um trabalhador autônomo ou eventual. Já a relação de emprego é proveniente do vínculo empregatício. Em outras palavras, regula apenas o trabalho existente entre o empregador e o empregado, quando estiverem presentes os quatros requisitos para configuração de emprego, sendo estes: pessoalidade, habitualidade, subordinação e onerosidade. 4. Tícius é advogado e possui escritório próprio. Ele foi contratado, na qualidade de profissional liberal, pela empresa XM Ltda., do ramo varejista, para revisão de 2 (dois) contratos empresariais, tendo as partes ajustado: preço, forma de pagamento e prazo,além de outras condições formalizadas por escrito. Nessa linha, em relação ao regime de contratação mantido com a referida empresa XM Ltda, afirma-se que Tícius, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei nº 5.452, de 01/05/1943): A) enquadra-se como empregado B) não se enquadra como um empregado C) enquadra-se como um empregado sazonal D) não se enquadra como um prestador autônomo de serviços Fundamentação A relação de emprego é o vínculo jurídico dotado de pessoalidade, subordinação, onerosidade, não eventualidade e alteridade formado entre o empregado e o empregador. Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. ) Perceba que não há caracterização de subordinação. Ademais, o contrato possui finalidade específica – revisão de 2 contratos. Trata-se de contratação de prestação de serviço autônomo: Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. 5. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. V ( X) ou F ( ) Fundamentação Conforme está disposto no Art. 444 Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. 6. Ao contrário dos demais trabalhadores (hipossuficientes), os hipersuficientes possuem nível superior e um padrão remuneratório igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do regime geral da Previdência Social. Para eles, na composição das cláusulas contratuais, de determinado contrato de trabalho, é válida a plena autonomia de vontade, em nível individual, para todas as matérias previstas no art. 611-A, CLT (prevalência do modelo legislado em relação ao modelo legal) V ( X ) ou F ( ) Fundamentação Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 7. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente ou tacitamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. V ( ) ou F ( X) Fundamentação Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do instrumento de contrato individual de trabalho. § 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. § 2º Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual. § 3º O empregador não será responsável pelas despesas resultantes do retorno ao trabalho presencial, na hipótese de o empregado optar pela realização do teletrabalho ou trabalho remoto fora da localidade prevista no contrato, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. 8. O poder do empregador voltado à organização e ao funcionamento do negócio de forma a determinar as condições da prestação de serviços do empregado em decorrência do contrato de trabalho é denominado A) poder diretivo. B) poder hierárquico. C) poder fiscalizatório. D) poder disciplinar. E) poder de controle. Fundamentação O poder diretivo do empregador reside em coordenar, ordenar e fiscalizar o trabalho do empregado. Perceba que são critérios objetivos que não interferem na subjetividade do indivíduo (vida privada) a fim de evitar qualquer ato discriminatório. Por sua vez, esses critérios não precisam ser constantes na prestação de trabalho, basta à possibilidade de serem impostos ao empregado para configurar a subordinação jurídica A relação de emprego é subordinada juridicamente, isto é, são dadas prerrogativas ao empregador que o permitem dirigir a prestação de serviço cujo fundamento se retira do próprio contrato de trabalho. Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Pois bem, o poder empregatício pode ser dividido em duas modalidades: Disciplinar (punições) e Diretivo (regulamentar e fiscalizar); O poder diretivo é aquele que permite a organização da estrutura e do espaço interno da empresa, seja ao regular (fixar regras gerais), seja ao fiscalizar (vigilância em relação ao ambiente interno e ao modo de prestação dos serviços) Esse poder diretivo, mais precisamente, fiscalizatório, possui limitações, baseados nos direitos individuais previstos na CF/88. O poder disciplinar é aquela atribuição dada ao empregador a permitir penalizar o empregado por infrações disciplinares previstas expressamente em lei. ) As penalidades aplicáveis – previstas sempre em lei – são a demissão justificada e a suspensão. Já a advertência (verbal ou escrita) não possui previsão legal, porém, costumeiramente é aceita por ser mais branda (benéfica). Os demais itens estão incorretos porque tratam do poder de punição, não cobrado pelo enunciado. 9. Em relação ao direito do trabalho, julgue o seguinte item. Para efeitos exclusivos da relação de emprego, equiparam‑se ao empregador as instituições de beneficência, as associações recreativas e outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados, mas não os profissionais liberais nessa mesma condição. V ( X ) ou F ( ) Fundamentação Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 10. Considera-se empregador: A) A empresa individual ou coletiva que admite trabalhadores como empregados, dirigindo suas atividades e com eles dividindo os riscos do empreendimento. B) As associações recreativas que, mesmo não objetivando lucro, contratam trabalhadores avulsos. C) Os profissionais liberais que atuam em suas próprias residências, contando com o auxílio de secretárias. D) Solidário a empresa que, embora não contratando trabalhadores como empregados, integra o mesmo grupo econômico de outra, que conta com o auxílio de empregados. E O tomador de serviços eventuais prestados em atividadesnecessárias aos melhores resultados de seu empreendimento. Fundamentação Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 11. Não é considerado empregado(a): A) O trabalhador que presta serviços habituais, onerosos e subordinados a determinada instituição de beneficência, mantida com contribuições e doações de terceiros. B) A costureira que presta serviços em seu domicílio a determinada empresa de confecção, comparecendo uma vez por semana à sede da empresa, tendo seu trabalho controlado em razão das cotas de produção estabelecidas e da qualidade das peças produzidas. C) O trabalhador que presta serviços como mordomo em determinada residência familiar, de forma pessoal, contínua e onerosa. D) O trabalhador contratado por empresa especializada em fornecer mão-de-obra temporária a outras empresas, em razão de necessidades transitórias de substituição de pessoal regular ou para atender a acréscimo extraordinário de tarefas. E) A pessoa física que exerce por conta própria, de modo pessoal e habitual, atividade urbana em favor de determinada empresa. Fundamentação Art. 3º da CLT - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Art. 1° da Lei complementar 150 - Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. 12. Em relação às normas gerais de tutela do trabalho, disciplinada na Consolidação de Leis do Trabalho, assinalar a alternativa INCORRETA: A) O empregador terá o prazo de cinco dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. B) As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. C) É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. D) O trabalhador deverá ter acesso às informações da sua CTPS no prazo de até 24 horas a partir de sua anotação. Fundamentação Art. 29 da CLT: O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. §1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. § 4o É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 8º O trabalhador deverá ter acesso às informações da sua CTPS no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a partir de sua anotação. 13. Em relação ao direito do trabalho, julgue o item a seguir. ) O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para a prestação de trabalho intermitente. V ( X ) ou F ( ) Fundamentação Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. 14. Acerca do contrato de trabalho intermitente, assinale a alternativa correta. A) Aplica-se a qualquer tipo de atividade do empregado ou empregador, exceto para os aeronautas. B) Pode ser celebrado de forma escrita ou verbal, tácita ou expressa. C) Ao receber a convocação para a prestação do serviço, o empregado terá o prazo de três dias corridos para responder ao chamado. D) Durante o período de inatividade, o empregado receberá pelo período, pois se trata de interrupção do contrato de trabalho. ) E Não há possibilidade de usufruir férias nessa hipótese de contratação. Fundamentação Art. 443 da CLT: O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. § 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. 15. Em relação ao teletrabalho, A) a responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão acordadas entre empregado e empregador, através de previsão em contrato escrito. o comparecimento do empregado às dependências do empregador para a realização de atividades específicas descaracteriza o regime de teletrabalho. B) o fato de o empregador instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes do trabalho, impede a responsabilização do mesmo em caso de infortúnio com o teletrabalhador. C) a alteração do regime de teletrabalho para o presencial depende da concordância do empregado sob pena de nulidade. D) é considerada como teletrabalho a prestação de serviços fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação de propriedade do empregado, que também tem a responsabilidade em relação à sua conservação e manutenção. Fundamentação Art. 75-D da CLT. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito Parágrafo único. do art. 75-B da CLT - O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho. Não impede a responsabilização do empregador se o empregado demonstrar, por exemplo, que as orientações foram insuficientes ou inadequadas, ou que os meios de teletrabalho ao longo do tempo sofreram alterações e as informações e precauções não foram atualizadas. A alteração de regime de teletrabalho para o presencial independe da vontade do empregado - Art. 75-C, § 2º, da CLT. Art. 75-B da CLT. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. ) 16. O contrato de trabalho por prazo determinado, previsto na Consolidação das Leis do Trabalho, A) pode ser celebrado verbalmente, tendo em vista a ausência de vedação legal. B) precisa ser celebrado de forma escrita, sob pena de serconsiderado inexistente. C) pode ser prorrogado apenas uma vez, desde que o prazo total não supere 4 (quatro) anos. D) depende exclusivamente da existência de serviço cuja natureza justifique a predeterminação do prazo. E) não pode superar três meses quando se tratar do contrato de experiência. Fundamentação Art. 443 da CLT: O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. 17. De acordo com a legislação trabalhista, julgue o item. Suponha-se que uma empresa tenha contratado um colaborador pelo período máximo previsto por lei em um contrato por tempo determinado. Nesse caso, para que o colaborador receba um novo contrato pela mesma empresa, no mesmo formato de contratação, é necessário que haja um intervalo mínimo de seis meses. V (X ) ou F ( ) Fundamentação Art. 452 da CLT: Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. 18. No Município de Várzea Grande/MT, as sociedades empresárias do setor atacadista formam entre si um grupo econômico por subordinação, enquanto outras sociedades empresárias do setor turístico formam entre si um grupo econômico por coordenação. Além disso, na localidade formou-se um consórcio de empregadores rurais. De acordo com as normas de regência, assinale a opção que apresenta, corretamente, a responsabilidade dessas sociedades empresárias e dos produtores rurais em relação aos créditos trabalhistas. A) No consórcio de empregadores rurais haverá responsabilidade subsidiária e nos grupos econômicos por subordinação e por coordenação, solidária. B) Em todos os casos haverá responsabilidade subsidiária. C No grupo econômico por subordinação a responsabilidade é solidária, enquanto no grupo econômico por coordenação e no consórcio de empregadores rurais, subsidiária. D) Em todos os casos haverá responsabilidade solidária. Fundamentação Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. ) Art. 25-A da Lei 8.212/91 - Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos. 19. Assinale a alternativa que trata corretamente da sucessão de empregadores nos exatos termos da CLT. A) Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa afetará diretamente os direitos adquiridos por seus empregados. B) O sócio retirante responderá subsidiariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. C) O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, em ações ajuizadas até dois anos antes de averbada a modificação do contrato. D) O sócio retirante responde solidariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato. E) O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. Fundamentação Art. 448 da CLT- A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Art. 10-A da CLT - O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes. 20. No que tange aos conceitos relacionados a empregador e empregado, marque o item CORRETO: A) Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. B) Não se considera empregador o profissional liberal mesmo que admita trabalhadores como empregado, em razão da divergência de regime jurídico estabelecido no Código Civil. C) Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza, ainda que eventual, a empregador, mas que esteja sob a dependência deste e receba um salário. D) Não se computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar. ) Fundamentação Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. Art. 3º da CLT - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Art. 4º, parágrafo 1º da CLT - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPROCESSUS CURSO DE DIREITO DIREITO DO TRABALHO PROF. MANOEL VERAS 3ª Pesquisa Acadêmica – Salário e Remuneração; Equiparação Salarial e Salário Substituição 1.Maria Lúcia é empregada da empresa Maravilha S.A. e recebe, mensalmente, além de ajuda de custo, diárias para viagem de 20% do seu salário quando precisa se deslocar pela empresa para local distante, tendo de prestar contas dos gastos. À luz da legislação e da jurisprudência do TST, é correto afirmar que: A) nenhuma das parcelas citadas integrará o salário da empregada, dada a natureza indenizatória delas; B) somente integrará o salário de Maria Lúcia o valor recebido a título de ajuda de custo, por ter natureza salarial; C) uma vez que as diárias excedem 10% do salário da empregada, o que extrapola esse limite terá natureza salarial, ou seja, os outros 10%; D) Maria Lúcia terá direito à integração de ambas as parcelas ao seu salário para todos os efeitos legais, já que elas têm natureza contraprestativa; E) a ajuda de custo não se inclui no salário da empregada, mas o valor das diárias deve integrá-lo para todos os efeitos legais, enquanto perdurarem as viagens. Fundamentação: Diárias para viagem (Reforma Trabalhista ) As diárias para viagem compreendem a parcela recebida em razão das despesas gastas pelo emprego em viagens. Antes da Reforma Trabalhista, se as diárias excediam a 50% do salário do empregado, havia a presunção de fraude, a neste caso teria natureza salarial. Com as modificações trazidas pela Reforma Trabalhista, as diárias são sempre consideradas parcelas semnatureza salarial, inexistindo percentual máximo para alteração de sua natureza jurídica. Art. 457, parágrafo 2°, CLT: 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. As diárias distinguem-se da ajuda de custo, uma vez que esta última corresponde a um pagamento único efetuado ao empregador por ocasião de transferência 2. A sociedade empresária Gardênia Azul Ltda. aprovou acordo coletivo junto ao sindicato de classe dos seus empregados prevendo um plano de cargos e salários. Nele, as promoções seriam feitas no máximo a cada dois anos, exclusivamente pelo critério de antiguidade. No período de vigência dessa norma, Walter ajuizou uma ação requerendo equiparação salarial a Fernando, referente ao período do acordo coletivo. Diante da situação concreta e da jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta. A) O pedido de equiparação salarial não é possível juridicamente porque a sociedade empresária possui plano de cargos e salários. B) A equiparação salarial é possível se atendidos os demais requisitos legais, porque o plano de cargos e salários em questão não tem validade. C) A observância ou não ao acordo ficará a cargo de cada juiz, porque inexiste previsão legal ou jurisprudencial a respeito. D) O plano de cargos e salários, por ser fruto de negociação coletiva e atender aos requisitos legais, precisa ser observado pelo magistrado. Fundamentação: À época da aplicação da prova, vigiam os seguintes dispositivos da CLT: CLT, art. 461, § 2º – Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento. § 3º – No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antingüidade, dentro de cada categoria profissional. 418. EQUIPARAÇÃO SALARIAL. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS. APROVAÇÃO POR INSTRUMENTO COLETIVO. AUSÊNCIA DE ALTERNÂNCIA DE CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE E MERECIMENTO. (DEJT divulgado em 12, 13 e 16.04.2012) Não constitui óbice à equiparação salarial a existência de plano de cargos e salários que, referendado por norma coletiva, prevê critério de promoção apenas por merecimento ou antiguidade, não atendendo, portanto, o requisito de alternância dos critérios, previsto no art. 461, § 2º, da CLT. Posto isso, o plano de cargos e salários não impede a equiparação salarial se não obedecer o critério de alternância. Assim, a alternativa B foi considerada correta. No entanto, a Reforma Trabalhista alterou os dispositivos acima mencionados, os quais passaram a ter a seguinte redação: CLT, art. 461, § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. 3. Considerando a Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), NÃO integram a remuneração do empregado, não se incorporando ao contrato de trabalho e não constituindo base de incidência de qualquer encargo trabalhista, EXCETO A) o auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro. B) as gratificações legais. C) as diárias para viagem. D) os prêmios. E) a ajuda de custo. Fundamentação: Parcelas sem natureza salarial Art. 457, parágrafo 2°, CLT: 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. Nota-se, assim, que a atual redação aumentou significativamente o rol de parcelas de natureza indenizatória, que não integram o salário do empregado ainda que recebidas de forma habitual, e que não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. Essas modificações são prejudiciais aos trabalhadores, pois as parcelas pagas pelo empregador que deixaram de ter natureza salarial, serão pagas sem que haja reflexos nas demais verbas trabalhistas, como 13° salário, FGTS, férias, etc. Ressalta-se que, por aplicação do princípio da primazia da realidade, caso comprovadas que a parcela foi paga como contraprestação pelo serviço prestado substituindo o salário recebido, deverá ser reconhecida sua natureza salarial é devida a integração no cálculo das demais verbas. 4. À luz da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), julgue o item a seguir, referentes a aspectos pertinentes ao contrato de trabalho. Conforme a CLT, empregado que recebe gratificação de função há mais de dez anos perderá tal retribuição caso seja revertido ao cargo efetivo anteriormente ocupado. V (X ) ou F ( ) Fundamentação: Gratificações (Reforma Trabalhista) Caso ocorra o pagamento da gratificação, em razão de função de confiança na empresa (gerente, por exemplo), ela poderá ser retirada, com o retorno do empregado ao cargo anterior. A reversão não configura alteração ilícita do contrato, conforme art. 468, parágrafo único da CLT. Referida reversão poderá se dar a qualquer tempo, sendo que o valor recebido a título de gratificação de função não incorporará ao salário do empregado, nos termos das alterações trazidas pela Lei n° 13.467/17: Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia § 1o Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. § 2o A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. De acordo com a regulamentação anterior realizada pela Súmula n° 372 do TST o empregado que exercia função de confiança há 10 anos ou mais anos na empresa não poderia ter gratificação retirada, sem justo motivo. Após o período de 10 anos, a gratificação incorporava definitivamente o salário do empregado. Embora não houvesse à época previsão legal específica nesse sentido, o TST entendia que a conduta do empregador em retirar a gratificação afrontaria o princípio da estabilidade financeira do trabalhador. Caso o trabalhador cometesse conduta que contrariasse a confiança nele depositada, poderia ser retirada a gratificação, pois o empregador teria, nesse caso, justo motivo: SÚMULA Nº 372 - GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO. LIMITES I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. II - Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação. Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 A Súmula prevê a incorporação do salário-condição, em situação sequer prevista em lei. Já defendemos antes da alteração proposta pela Reforma que não nos parece justo ou razoável que o empregado receba gratificação de função sem ocupar o cargo respectivo Nesse sentido, A reforma inseriu o parágrafo2° ao artigo 468 da CLT, para estabelecer que a reversão do empregado, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito de manter o pagamento da gratificação de função. O valor não será, em hipótese alguma, incorporado ao salário do empregado, independentemente do tempo de exercício de função. Portanto, ainda que o empregado trabalhe por períodos superiores a 10 anos em função de confiança, não terá o direito à incorporação da gratificação de função recebida caso for revertido ao cargo efetivo anteriormente ocupado. 5. Paulo foi contratado como empregado da empresa Fábrica de Doces Celestes para exercer as funções de ajudante geral, recebendo um salário mínimo mensal. Após um ano de trabalho, Paulo foi chamado pelo gerente que o informou que, em razão das dificuldades econômicas da empresa, seu salário seria reduzido para meio salário mínimo mensal. A atitude da empresa A) não está correta, pois o salário é irredutível, salvo previsão em convenção ou acordo coletivo. B) não está correta, pois o salário é impenhorável, salvo previsão em convenção ou acordo coletivo. C) não está correta, pois a redução de salário depende de lei. D) está correta, pois a redução de salário é permitida, se comprovado que o empregador está em situação econômica difícil. está correta, pois a redução de salário é permitida após o empregado completar um ano de serviço. Fundamentação: Art. 7°, VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 6. Em relação à remuneração, é INCORRETO afirmar: A) Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. B) Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias que não excedam a cinquenta por cento do salário do empregado. C) Não se incluem nos salários as ajudas de custo e as gratificações ajustadas. D) Integram o salário, além da importância fixa estipulada, as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem e abonos pagos pelo empregador. E) O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a um mês, salvo o que concerne a comissões, percentagens e gratificações. Fundamentação: Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. § 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. Item A) Correto, segundo o caput do art. 457 da CLT. Item B) Correto, conforme o § 2º do art. 457 da CLT. Item C) Incorreto. Segundo os § 1º e § 2º do art. 457, as ajudas de custo não se incluem no salário, porém, as gratificações ajustadas sim. Item D) Correto, nos termos do art. 457, § 1º. Item E) Correto, segundo o caput do art. 459 da CLT. 7. De acordo com a legislação trabalhista é correto afirmar que o salário complessivo, por meio do qual se busca preservar a identidade específica de cada parcela paga ao empregado, é aceito pela jurisprudência trabalhista brasileira. V ( ) ou F (X ) Fundamentação: Salário Complessivo O pagamento do salário deve ser realizado de forma clara e transparente. Desse modo, o empregado saberá exatamente o que está recebendo. É vedado o salário complessivo, ou seja, o pagamento sem que haja discriminação, detalhamento de cada uma das verba recebidas: SÚMULA Nº 9 - AUSÊNCIA DO RECLAMANTE A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Exemplo: o contracheque do empregado deverá estar devidamente detalhado, especificando cada uma das parcelas: R$ 700,00 de salário, R$ 250,00 de horas extras etc. Se a empresa não detalhar as parcelas, poderá pagar duas vezes pela mesma quantia (art 9° da CLT), a menos que demonstre, de forma clara, quais foram as parcelas pagas ao empregado *Condição diferenciada ao Aeronautas 8. As gratificações constituem contraprestações pagas pelo serviço prestado em certas condições, ou em ocasiões especiais diferenciadas, como a gratificação de função, a gratificação de tempo etc. Com a Reforma Trabalhista, apenas as gratificações legais integram o salário. Se pagas mensalmente, não refletem no descanso semanal remunerado, pois no pagamento dessas gratificações já está incluído o repouso semanal remunerado V (X ) ou F ( ) Fundamentação: Gratificações Trata-se de contraprestações pagas pelo serviço prestado em certas condições, ou em ocasiões especiais diferenciadas, como a gratificação de função, a gratificação de tempo etc. Com a Reforma Trabalhista, apenas as gratificações legais integram o salário. Se pagas mensalmente, não refletem no descanso semanal remunerado, pois no pagamento dessas gratificações já está incluído o repouso semanal remunerado 9. De acordo com a legislação trabalhista é correto afirmar que as gorjetas cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes integram a remuneração do empregado, servindo de base de cálculo para aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. V ( ) ou F (X ) Fundamentação: Gorjetas As gorjetas são parcelas pagas de forma espontânea ou obrigatória, não integrando o salário, mas a remuneração do empregado. Esse valor calculado sobre a média, reflete nas demais verbas trabalhistas, calculadas com base na remuneração, como: férias + ⅓, décimo terceiro salário e FGTS. Não integra, contudo, as seguintes verbas calculadas com base no salário: aviso-prévio, adicional noturno, hora extra e descanso semanal remunerado. Assim sendo, não há reflexo sobre elas do valor das gorjetas SÚMULA Nº 354 - GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 10. De acordo com a legislação trabalhista são permitidos os descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. V (X ) ou F ( ) Fundamentação: SUMULA Nº 342 - DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 11. Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$ 7.000,00 mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e previdência oferecido e aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com suas atividades de caixa, computando-se o desempenho para suas metas e da agência. Os produtos em referência não