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Caso concreto com gabarito prova AV 1 E AV 2 Plano_de_Aula_processo_penal_I

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CASO 01 
Zé Pequeno, 19 anos de idade, morador de 
um Resposta: Esse processo não é valido 
tem nulidade absoluta. O sistema adotado 
em nosso ordenamento jurídico é do tipo 
acusatório, previsto no art. 129, inciso I 
CF., em que possui como características 
marcantes o combate entre as duas partes 
adversa, es que as funções de acusar, 
julgar e defender estão distribuídas a órgão 
distintos. Ele teria constitucionalmente a 
segurado a garantia a uma defesa, ao 
contraditório, não há que se falar em 
processo valido e instaurado em que o réu 
seja assistido por um defensor público o 
que seja constituído um advogado. O órgão 
julgador será imparcial, os atos 
processuais serão em regra publico, o 
sistema de prova adotado é do livre 
convencimento motivado. 
CASO 02 
Na tentativa de identificar a autoria de vários 
Resposta: Caberá o habeas corpus 
impetrado devendo ser considerado tendo 
em vista o principio constitucional da 
inadmissibilidade das provas obtidas por 
meio ilícito, previsto no art. 5º inciso LIII CF 
e também na inadmissibilidade das provas 
ilícitas por derivação previsto no art. 157§1º 
do CPP. 
Caso 03 
Um transeunte anônimo liga para a 
Resposta: Não. A simples denuncia 
anônima não pode da ensejo a instauração 
de inquérito, a que se ter a verificação da 
procedência das informações conforme 
estabelece art. 5º § 3º CPP. 
Caso 04 
Joaquim e Severino, por volta de 13h de 
Resposta: Sim desde que haja a imediata 
perseguição dos agentes logo após o crime, 
conforme art. 302 inciso III do CPP. Nesta 
hipótese não importa o tempo que demore a 
perseguição, desde de que seja continua e 
ininterrupta autorizará a prisão em flagrante. 
Caso 05 
João e José são indiciados em IP pela prática do 
RESPOSTA: A doutrina majoritária é 
radicalmente contra o arquivamento implícito 
com um arquivamento razoável e, não há 
previsão legal para este. Pois, o art. 28 CPP, 
exige que o pedido de arquivamento de inquérito 
policial seja expresso e fundamentado. Porém, 
alguns autores entendem que se deve buscar um 
mecanismo para estabilizar a situação do 
Caso 07 
Paula, com 16 anos de idade é injuriada e 
difamada por Estevão. Diante do exposto, 
pergunta-se : 
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad 
processum para a propositura da queixa? 
Resposta: Ela possui a legitimidade ad causam. 
b) Caso Paula fosse casada, estaria 
dispensada a representação por parte do 
cônjuge ou do seu ascendente? Em caso 
positivo por quê? Em caso negativo quem seria 
seu representante legal? 
Resposta: De acordo com a melhor doutrina 
ainda que emancipada pelo casamento Paula é 
inimputável, já que a emancipação só gera 
efeitos cíveis e por isso se ela fizesse afirmações 
falsas não estaria sujeito as sanções pela pratica 
do crime de denunciação caluniosa. Sendo 
assim é necessário a intervenção de 
representante legal e caso não haja devera ser 
nomeado um curador especial de acordo com o 
artigo 33 do CPP. 
c) Se na data da ocorrência do fato Paula 
possuísse 18 anos a legitimidade para a 
propositura da ação seria concorrente ou 
exclusiva? 
Resposta: A legitimidade para poropositura da 
ação seria exclusiva. 
CASO 08 
Determinado prefeito municipal, durante o 
Resposta: Sumula 208 STJ. Compete a 
justiça fedreal processar e julgar prefeito 
municipal por disivio de verbas sujeitas a 
prestação de contas perante a órgão federal. 
Então compete a justiça federal julgar o 
prefeito conforme sumula 208 do STJ. Vara 
criminal federal por que ele não exerce mais 
a função de prefeito. 
CASO 09 
Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de 
a)Qual o Juízo com competência para julgar o 
fato? 
Resposta:Os dois respondera no Tribunal de 
Justiça no município de Campinas no Estado de 
São Paulo Art. 77 inciso I C/C 79 CPP ou sumula 
704 STF. 
b)Caso fosse crime doloso contra a vida, como 
ficaria a competência para o julgamento? 
Resposta: Se o Crime fosse doloso. Vai separa o 
julgamento o Juiz responde no Tribunal de 
Justica e o secretario vai responder no tribunal 
do júri no município de Campinas/SP. 
Caso 10 
Deoclécio, pistoleiro profissional, matou um 
desafeto 
indiciado, ou seja, enquanto não existe denúncia 
não há a culpabilidade; Razão pela qual 
esboçam três espécies de arquivamento 
implícito: SUBJETIVO - quando duas pessoas 
são indiciadas, uma delas é denunciada e o MP 
se omite com relação a outra; o juiz recebe a 
denúncia e também se omite com relação a 
outra; OBJETIVO - quando alguém é indiciado 
por dois crimes; o MP oferece a denúncia com 
relação a um dos crimes e se omite com relação 
ao outro; o juiz recebe a denúncia com relação a 
um dos crimes e também se omite com relação 
ao outro; DERIVADO - quando alguém é 
indiciado por um tipo derivado de crime; por 
exemplo, homicídio qualificado e o MP oferece a 
denúncia com relação ao tipo simples (homicídio 
simples), omitindo-se com relação à 
qualificadora; o juiz recebe a denúncia e também 
se omite quanto à qualificadora. Conclui-se que 
para haver o arquivamento implícito, deve 
obrigatoriamente existir novas provas que sejam 
o suficiente para que ocorra o desarquivamento. 
SIM já que depois do IP arquivado somente com 
provas novas pode haver o desarquivamento: 
STF Súmula nº 524 - Arquivamento do Inquérito 
Policial - Ação Penal Reiniciada - Novas Provas - 
Admissibilidade - Arquivado o inquérito policial, 
por despacho do juiz, a requerimento do 
Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser 
iniciada, sem novas provas. 
Só que essa Teoria do arquivamento implícito 
não é adotada no nosso ordenamento jurídico 
não é aceito pelo STF, pela jurisprudência e nem 
é aceito pela maioria dos autores. Porque a 
maioria dos autores afirma que o arquivamento 
no nosso ordenamento jurídico é expresso está 
previsto no art. 28 do CPP. Só há o que se falar 
em arquivamento de inquérito quando você têm 
o requerimento do Ministério Público e a 
determinação do juiz. 
Sendo assim no caso concreto não houve nada 
disso e portanto para que o José seja 
responsável, para que seja aditada a denuncia 
incluindo José nesse processo tem que oferecer 
uma nova denuncia somente em face de José 
sem precisar falar em novas provas por que não 
houve arquivamento do inquérito policial. Então 
portanto não há que se falara na súmula 524 do 
STF. 
Caso 06 
João, operário da construção civil, agride 
sua Não, Pois o caso em tela trata-se de 
ação penal publica incondicionada, sendo 
assim presente as condições o MP 
obrigatoriamente devera oferecer a 
a)A hipótese é de conexão ou continência? 
 
Resposta: Conexão entre os crimes de 
homicídio + ocultação de cadáver ( art. 76, II 
CPP) 
 Continência em relação a Deoclécio e Pezão 
art. 77, I do CPP. 
 
b)Haverá reunião das ações penais em um só 
juízo? 
 
Resposta: Sim. Art. 78, I do CPP. 
 
c)Qual será o juízo competente para julgar 
Cabeção, Pezão e Lindomar? 
 
Resposta: Tribunal de Juri Art. 78,I do CPP 
Caso 11 
O Promotor de Justiça com atribuição 
requereu 
 
 Resposta: Em principio a descisão de 
arquivamento do Inquerito Policial faz coisa 
julgada formal, ou seja, quando o inquérito é 
arquivado por exemplo pois não há justa causa 
para a ação penal (ausência de indícios de 
autoria ou prova de materalidade). Porem 
quando a descição que determina o 
arquivamento do inquérito policial se 
fundamentar na atipicidade da conduta, tanto a 
doutrina quanto a jurispruencia entende que 
essa descição fara coisa julgada material, 
impossibilitando o ajuizamento de uma nova 
ação este entendimento também é aplicado 
quando a descisão se fundamenta na extinção 
de punibilidade pela prescrição. 
CASO 12 
João foi condenado por crime de latrocínio a 
uma Resposta: Se a doença mental surgir na fazi 
de execução da pena caberá a o juiz da execução 
suspenderá a execução da pena determinando a 
internação do condenado em manicômio 
judiciário ou a falta deste em estabelecimento 
adequado (art. 154 do CPP c/c art. 682 do CPP e 
art. 108 da Lei 7.210/84 da LEP. Se a doença 
mentalfor superveniente ao crime o processo 
ficará suspenso até que o acusado se 
restabeleca conforme art. 152 do CPP. Porem se 
a doença mental já existia no momento da 
pratica da infração o processo tramitará 
normalmente sendo o réu considerado 
inipultavel aplicando-se a ele uma medida de 
segurança art. 151 do CPP. 
CASO 13 
Seguindo denúncia anônima sobre 
denuncia Lei 11340/06 art. 16 
Caso 14 
Após uma longa investigação da delegacia de 
polícia RESPOSTA: Inicialmente cumpre 
esclarecer que a CRFB/88 estabelece que ordem 
judicial só poderá ser cumprida durante o dia, 
art. 5º, XI. A prisão temporária tem um prazo de 
05 dias, prorrogáveis por mais 05, e se for crime 
hediondo, o prazo será de 30 dias prorrogáveis 
por mais 30 (art. 2º da lei 7960/89 e art. 2º, p. 4º 
da lei 8072/90). A teor do que dispõe o art. 1º, III 
da lei 7960/89, não cabe prisão temporária em 
crime de descaminho. Prisão ilegal é cabível o 
relaxamento de prisão. Só se fala em liberdade 
provisória quando se está diante de uma prisão 
em flagrante legal, porém desnecessária (art. 310 
do CPP). 
existência de Resposta: A Lei de drogas 
apresenta uma particularidade em seu art. 
33 do CP, apresentando vários núcleos 
entre ele o de guardar, ter em deposito 
trazer com sigo ou transportar são 
considerados permanentes. Assim apesar 
de tal atividade aparentar ilegal, havendo 
qualquer dessas modalidades ocorrerar a 
situação de flagrante delito afastando 
qualquer violação de domicilio art. 303 do 
CPP e art. 5º inciso XI da CF. 
 
 
 
QUESTÕES DAS PROVAS (AV1 e AV2) DE 
PROCESSUAL PENAL I 
 
AV1 – 1 - Em nosso ordenamento jurídico é INCORRETO afirmar: 
(D) - Na ação penal privada subsidiária da pública se o querelante deixa de pedir a condenação NÃO será lícito ao 
Juiz proferir decisão condenatória. (ART. 60, CPP – queixa crime substitutiva – será lícito – Principio da 
indisponibilidade) 
2 - Absolvido no juízo criminal por sentença transitada em julgado, ao fundamento de legítima defesa putativa, o 
ofendido: 
(B) – Pode acionar o autor do fato no cível, porque a culpa civil é independente da criminal. (art. 28, CPP – 
Arquivamento inquérito policial / art. 18, CPP – desarquivamento/ SÚMULA 524, STF.) 
3 – No Título III, do Livro 1 do Código de Processo Penal encontramos a ação penal. Referente a esta matéria, 
analise as questões abaixo: 
 I – Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da união, estado e 
Município, a ação penal será pública. 
 IV - O órgão do MP dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o 
habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 dias. 
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA: 
(D) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
 
4 – São princípios que regem a ação privada (oportunidade, disponibilidade, indivisibilidade e intrancedente) (A) 
DISPONIBILIDADE e INDIVISIBILIDADE 
5 - A denúncia ou queixa será rejeitada em todas as seguintes hipóteses, EXCETO: (D) – A narrativa do fato estiver 
divorciada da classificação dada ao crime. 
6 - Relativamente ao inquérito policial assinale a alternativa correta: (A) – O ofendido ou seu representante legal, 
e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, q sempre será realizada. 
 
 
AV1 (cont). 1 - No curso de ação penal iniciada por queixa substitutiva (ação penal privada subsidiária da pública), o 
acusador particular, por já estar ressarcido dos seus prejuízos desinteressa-se de prosseguir com a persecução 
penal, deixando o processo paralisado por mais de 90 dias. O imputado atravessa petição ao juízo, sustentando ter 
havido perempção, e requer que esteja extinta a punibilidade. Solucione a questão, a luz da doutrina pátria. 
RESPOSTA: Com base no art. 29, do CPP, a ação poderá ser retomada como parte principal a todo o momento, no 
caso de negligência do querelante. 
2 – Depois de bem examinar o inquérito policial, o promotor de justiça requer o seu arquivamento, ao argumento 
de inexistir elementos capazes de formar sua opinio delict. O juiz discordando do órgão ministerial, a ele devolve o 
inquérito para que ofereça denúncia. Diga sobre o acerto ou desacerto da atuação do magistrado, apontando o 
dispositivo legal pertinente. FUNDAMENTE: 
RESPOSTA: O juiz acertou, pois a decisão de requerer arquivamento de inquérito policial cabe somente ao juiz 
caso discorde do pedido de arquivamento formulado pelo Ministério Público ou no caso de considerar 
improcedentes as razões invocadas pelo MP é do juiz e, só ele estará obrigado a requerer o arquivamento depois 
de cumpridos todos os tramites do Art. 28 do CPP. 
 Prova da AV2 
 
AV2 – 1 - Roberto mediante emprego de arma de fogo subtraiu o relógio de Maria na cidade de Teresópolis. Após a 
subtração vendeu o produto do ilícito penal para Fernando na cidade do Rio de Janeiro...Onde serão processados e 
julgados os crimes? (B) – Na Justiça Federal do Rio de Janeiro. 
2 - O art. 5º, inciso LV, da Constituição da República assegura aos acusados em geral o contraditório e a ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Com apoio nesse dispositivo, o acusado: (C) Tem direito de estar 
pessoalmente presente nos atos processuais, além do interrogatório, como exercício da sua autodefesa. 
3 – A Constituição Federal estipula varias disposições pertinentes ao processo penal, com eficácia imediata. A 
natureza jurídica da necessidade do decreto de uma prisão cautelar, sob este viés, é o de: (B) Medida excepcional. 
4 – Suspeitando que Talarico Amâncio da Silva estaria praticando ilícitos para sustentar sua notória ociosidade, a 
policia pôs-se a vigiá-lo mais de perto. Foi assim que, em certa noite, logo após Talarico entrar no seu barraco, ...(B) 
a apreensão do material encontrado no barraco de Talarico não serve como prova, por vicio insuperável no meio 
de sua realização. 
5 – Acerca das PRISÕES CAUTELARES, assinale a opção correta: (D) – São pressupostos da prisão preventiva: 
garantia da ordem pública ou da ordem econômica; conveniência da instrução criminal; garantiade aplicação da 
lei penal; prova da existência do crime. 
6 – Acerca de EXCEÇÕES, assinale a opção correta. (C) – Podem ser opostas exceções de suspeição, incompetência 
de juízo, litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada e, caso a parte oponha mais de uma, deverá fazê-lo 
em uma só petição ou articulado. 
7 – Com relação ao sequestro como medida assecuratória, assinale a opção correta. De acordo com o CPP. (D) - Se 
for julgada a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado, o sequestro será levantado. 
AV2 (cont.) 8 – Kelly foi vítima de ação penal privada praticada por Hugo, José e Luiz, seus vizinhos de longa data. O 
crime ocorreu no dia 10/01/06, quando Kelly estava em uma festa na casa dos réus. No dia 08/05/06, a ofendida 
ofertou queixa-crime... RESPOSTA: EXISTEM TRES CORRENTES: 1ª- O MP poderá editar a queixa para negar incluir 
o autor do crime indevidamente afastado pela querelante que é o acusador particular./ 2ª- O aditamento feito 
pelo MP viola o Principio de oportunidade ou conveniência, quem irá decidir é o ofendido. Ao invés de editar a 
queixa, o MP percebendo a violação teria que se manifestar no sentido da rejeição da queixa crime pela renuncia 
tácita, e esta renuncia se estenderá a todos os querelados./ 3º - O MP deverá requerer ao juiz a intimação da 
querelante para, se for o caso, editar a queixa sob pena, aí sim da extinção da punibilidade. // O que fica claro no 
caso em tela é que a ofendida tinha total conhecimento da culpa de Luiz, pois consta que a mesma propôs queixa 
apenas em nome de Hugo e José, uma vez que Luiz era muito seu amigo e ela não queria prejudicá-lo nos 
estudos. 
9 – a) REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA – Se no decorrer do processo o juiz verificar a falta de motivos para 
manter a prisão preventiva o juiz pode revogá-la, uma vez que não mais subsistem os motivos, já não estão mais 
presentes os motivos para manter a prisão preventiva. (Art. 316, CPP) 
b) RELAXAMENTO DE PRISÃO - Se dá quando a prisão for ilegal e também quando a formalização do titulo 
prisional for ilegal. Relaxamento de prisão é uma ordem que só pode ser emanada pelo Juiz, e possui o condão de 
encerrar, acabar com uma prisão efetuada. Em outras palavras, o relaxamento de prisão coloca um preso em 
liberdade. A prisão pode ser relaxada em casos de: Excesso de prazo, Incompetência da Autoridade coatora, 
Prisão manifestamente ilegal, e outras. 
c) LIBERDADE PROVISÓRIA - Trata-se de uma medida processual que assegura o direito de manter-se em 
liberdade durante o curso do processo até o trânsito em julgado impondo-se condições, podendo ser revogada a 
qualquer momento.A liberdade provisória é obrigatória. Estando os requisitos presentes, o juiz deve concedê-
la.Significa o direito subjetivo do acusado, sendo incabível seu indeferimento, incide para os crimes que não 
tenham pena privativa de liberdade, ou cuja pena não exceda 3 meses. (art. 310 § único CPP); 
10 – Após roubar um carro na cidade de Belo Horizonte, o réu o levou para o RJ, onde o vendeu. A polícia mineira, 
em inquérito já instaurado, apurou o roubo e sua autoria e a policia carioca também apurou o crime de receptação 
e sua autoria. Discorra se o autor do roubo deve ser processado criminalmente em BH e se o receptador deve ser 
processado no Rio de Janeiro, tendo em vista o disposto no artigo 69, I do CPP. Aponte eventuais dispositivos legais 
pertinentes: 
RESPOSTA: Ambos deveriam ser condenados e julgados no Rio de janeiro (Art. 157, parágrafo 2º, IV, CPP) - Local 
da consumação dos crimes foi no RJ (art. 76, III, CPP) 
 
Prova AV2 
 
 
Quando se tratar de acusação relativa à prática de infração penal de menor potencial ofensivo, 
cometida por estudante de direito, a competência jurisdicional será determinada pelo(a): 
(a) natureza da infração praticada e pela prevenção 
(b) natureza da infração praticada. 
(c) natureza da infração praticada e pelo local em que tiver se consumado o delito. 
(d) local em que tiver se consumado o delito. 
Gabarito oficial: C 
Tendo em vista o enunciado da súmula vinculante n. 14 do Supremo Tribunal Federal, 
quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial 
poderá negar ao advogado 
(A) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido documentados no 
procedimento investigatório. 
(B) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente. 
(C) a vista dos autos, sempre que entender pertinente. 
(D) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos depoimentos prestados 
pelas vítimas, se entender pertinente. 
A autoridade policial representa ao magistrado, objetivando a decretação da prisão 
temporária de Bartolino Raposo, que, como indiciado, estaria embaraçando investigação 
no inquérito policial instaurado para apurar um crime de furto qualificado por 
arrombamento, notadamente intimidando testemunhas oculares do fato. Acrescentou o Dr. 
Delegado que o indiciado registrava antecedentes em crimes da mesma espécie, 
conforme registros em sua FAC. 
(A)A representação da autoridade policial pode ser acolhida, porque amparada na lei. 
(B)O magistrado pode decretar a prisão temporária independentemente de representação 
da autoridade policial. 
(C)O simples fato de já estar indiciado ensejaria o decreto de prisão temporária. 
(D)Somente o Ministério Público pode postular o decreto de prisão temporária. 
(E)A representação policial carece de amparo legal. 
 
A Constituição Federal estipula várias disposições pertinentes ao processo penal, 
com eficácia imediata. A natureza jurídica da necessidade do decreto de uma 
prisão cautelar, sob este viés, é o de 
a) pena antecipada, sendo considerada, em caso de condenação, no seu tempo 
de cumprimento. 
b) medida excepcional. 
c) instrumentalidade do processo penal justo. 
d) medida necessária, ainda que não esteja previsto o requisito do periculum in 
mora. 
e) medida necessária, ainda que não esteja previsto o requisito do fumus boni 
juris. 
Maria, que tem 16 anos de idade, casada, foi vítima de crime que é processado 
mediante ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa 
situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto que o direito de 
ação é concorrente em face da dependência financeira e inicia-se a partir da data em que o 
crime tenha sido consumado. 
b) Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de procedibilidade da 
ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do ministro da justiça. 
c) Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação 
penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública. 
d) Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus pais não 
requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal. 
Pedro, advogado de defesa reiteradamente envolvido em conflitos pessoais no 
foro, provocou séria discussão com o juiz durante o interrogatório de seu 
constituinte, ofendeno o magistrado e quase chegando as vias de fato, ensejando 
intervenção do Ministério Público para conter os contendentes. Após, o juiz 
representou à OAB. No curso do processo, o juiz passou a indeferir 
sistematicamente todas as diligências requeridas por Pedro. Pedro opôs exceção 
de suspeição, alegando inimizade cpital com o magistrado. O juiz não aceitou a 
suspeição e remeteu os autos ao tribunal (artigo 100 do CPP). O tribunal, ao julgar 
a exceção. 
a) Deverá acolhê-la, por não ostentar o juiz isenção no processo. 
b) Deverá rejeitá-la, porque o advogado provocou a inimizade e por ser esta posterior 
ao início do processo, mas deverá impor ao juiz que se julgue impedido. 
 c) Deverá acolhê-la, porque o juiz, ao demonstrar profunda hostilidade ao advogado, 
trata a parte como inimiga. 
 d) Deverá rejeitá-la, porque a simplesantipatia do juiz pelo advogado não dá 
ensejo à suspeição. 
7 - Regiclécio da Silva foi preso em flagrante por violação à norma do artigo 157, 
parágrafo 2, I e II do CP. Por oportunidade da lavratura do auto de prisão em 
flagrante, a Autoridade Policial, por despacho devidamente fundamentado, 
determinou a incomunicabilidade do indiciado, ressaltando que tal medida era 
conveniente para a investigação, uma vez que ainda era necessaria a 
identificação de outros individuos envolvidos na pratica do crime. 
Inconformados, os familiares do preso procuram você e ingdagam se tal 
incomunicabilidade é admissível nos dias atuais. O que você responderia? 
Fundamente a sua resposta, apontando eventuais dispositivos legais 
pertinentes. 
Resposta: Sim. A incomunicabilidade do indiciado é admissível quando o 
interesse da sociedade ou conveniência da investigação o exigir, só que não vai 
poder passar de três dias. Art. 21 Paragrafo Único CPP. 
8 - Em crime de ação pública ocorrido em 10/01/12, com indiciado solto, o 
inquerito policial foi concluido em encaminhado ao Ministerio Publico em 
10/02/12. A vítima levando em consideração a demora na conclusão das 
investigações e cansada de esperar uma atitude do Ministério Publico propõe a 
queixa no dia 13/02/12. No curso do processo por já estar ressarcida dos seus 
prejuízos, desinteressa-se de prosseguir com a persecução penal, deixando o 
processo paralisado por mais de noventa dias. O querelado atravessa petição ao 
juizo sustentando ter havido perempção, e reguer que seja julgada extinta a 
punibilidade. Diante do exposto responda indicando os dispositivos legais. 
A) De quem é a titularidade para propositura da ação penal? 
Resposta: O Ministerio Publico 
B) A vítima poderia ter oferecido a queixa no caso concreto? Fundamente. 
Resposta: Não. Pois o inquérito Policial foi encaminhado para o Ministerio 
Publico no dia 10/02/12, sendo assim o Minsterio Publico tem até 15 dias para 
oferecer adenuncia porque o indiciado está solto. 
C) A pretensão do querelado merece ser acolhida Fundamente. 
Sim.Pois uma vez que o querelante deixa de promover o andamento do processo 
por 30 dias seguidos, a perempção é automática; 
 
Promotor de Justiça da Comarca X, invocando dispositivos da CRFB, da Lei nº 
8.625/93 e da Lei Complementar nº 75/1993, diante da suspeita da prática de 
vários crimes por policiais civis emilitares, lotados naquela comarca, entre os 
quais formação de quadrilha armada, tráfico ilícito de entorpecentes, instaurou 
procedimento investigativo e passou a inquirir várias pessoas no ambienteda 
própria promotoria, além de colher documentos que lhe foram entregues por 
supostas vítimas (comerciantes locais). Alicerçado nesses elementos de 
informação, requisitou perícia, para, a seguir,ofertar denúncia, que mereceu 
recebimento no juízo competente. A defesa constituída pelos imputados 
impetrou ordem de habeas corpus, argumentando ser ilícita a atividade 
investigativa diretamente peloMinistério Público, que, com tal proceder, 
usurpara a função constitucionalmente reservada à polícia judiciária, 
postulando, ao final, o trancamento da ação penal por ausência de justa causa. 
Diga seassiste razão o pleito da defesa. 
RESPOSTA: Existem 2 posicionamentos 1 minoritário diz que não pode , porque 
viola o art.144 § 4º. da Constituição Federal , somente a polícia civil pode 
investigar e uma corrente majoritária que é a Teoria dos Poderes implícitos que 
autoriza a investigar com base no art. 129 da CRFB inciso I , teoria oriunda do 
Direito Norte Americano , quem tem poder para processar, estaria autorizado de 
forma de forma implícita a investigar, uma vez que um ato depende do outro, no 
art.129 da CRFB inciso III, inquérito civil são diligencias que visam buscar 
provas para o ajuizamento de uma ação civil publica, se o promotor pode 
investigar no âmbito civil, pode analogia pode no penal e art.129 CRFB inciso 
VIII a própria Constituição autoriza a investigar. 
Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz que Toninho, 
comerciante local, está repassando a seus clientes notas de R$ 50,00 falsas. A simples 
delatio deu ensejo a instauração de inquérito policial com o indiciamento de Toninho 
pelo crime previsto no art. 289, p. 1º do CP, na modalidade introduzir na circulação 
moeda falsa. Pergunta-se: é possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia 
anônima? Responda, orientando-se pela doutrina e jurisprudência. 
Resposta: Não. A simples denuncia anônima não pode da ensejo a instauração de inquérito, 
a que se ter a verificação da procedência das informações conforme estabelece art. 5º § 3º 
CPP. 
 
 
 
1. AÇÃO PENAL PRIVADA 
 
1.1. Conceito 
É a ação proposta pelo ofendido ou seu representante legal. O Estado, titular exclusivo do 
direito de punir (artigo 129, inciso I, da Constituição Federal), por razões de política criminal, outorga ao 
ofendido o direito de ação. O ofendido, em nome próprio, defende o interesse do Estado na repressão 
dos delitos. 
 
1.2. Substituição Processual 
O Estado é o titular exclusivo do direito de punir. Nas hipóteses de ação penal privada, ele 
transfere ao particular a iniciativa da ação, mas não o direito de punir. O ofendido, portanto, em nome 
próprio, defende interesse alheio (legitimação extraordinária). Na ação penal pública, ocorre 
legitimação ordinária porque é o Estado soberano, por meio do Ministério Público, que movimenta a 
ação. 
 
1.3. Titular 
Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não 
tiver representante legal, ou seus interesses colidirem com os deste último, o direito de queixa poderá 
ser exercido por curador especial, nomeado para o ato (artigo 33 do Código de Processo Penal). Se 
maior de 18 e menor de 21 anos, o direito de queixa é titularizado por cada um deles, 
independentemente, conforme a Súmula 594 do Supremo Tribunal Federal. Se maior de 21 anos, a 
queixa será exercida apenas pelo ofendido, excluindo-se a figura do representante legal, salvo, é claro, 
se mentalmente incapaz. 
No caso de morte do ofendido, ou de declaração de ausência, o direito de queixa, ou de dar 
prosseguimento à acusação, passa a seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (artigo 31). 
Exercida a queixa pela primeira delas, as demais se acham impedidas de fazê-lo, só podendo assumir a 
ação no caso de abandono pelo querelante, desde que o façam no prazo de sessenta dias, observada a 
preferência do artigo 36 do Código de Processo Penal, sob pena de perempção (artigo 60, inciso II). A 
doutrina considera esse rol taxativo e preferencial. 
No caso de ação penal privada personalíssima, o direito de ação é intransferível. 
 
1.4. Espécies de Ação Penal Privada 
 Ação penal exclusivamente privada: é aquela proposta pelo ofendido ou seu representante 
legal, que permite, no caso de morte do ofendido, a transferência do direito de oferecer 
queixa ou prosseguir na ação ao cônjuge, ao ascendente, ao descendente ou ao irmão 
(artigo 31 do Código de Processo Penal). 
 Ação penal privada personalíssima: é aquela que só pode ser promovida única e 
exclusivamente pelo ofendido. Exemplo: adultério (artigo 240 do Código Penal), 
induzimento a erro essencial (artigo 236, parágrafo único, do Código Penal). Assim, 
falecendo o ofendido, nada há que se fazer a não ser aguardar a extinção da punibilidade 
do agente. 
 Ação penal privada subsidiária da pública: aquela proposta pelo ofendido ou por seu 
representante legal na hipótese de inércia do Ministério Público em oferecer a denúncia. 
Conforme entendimento pacífico do Supremo Tribunal Federal, a ação subsidiária não tem 
lugar na hipótese de arquivamento de inquérito policial. 
 
1.5. Prazo 
Em regra, o prazo para o oferecimento da queixa é de seis meses a contar do conhecimento da 
autoria. Tratando-se de ação penal privada subsidiária, o prazo será de seis meses a contardo 
encerramento do prazo para o Ministério Público oferecer a denúncia. É um prazo decadencial, pois seu 
decurso leva à extinção do direito de queixa. A decadência não extingue o direito de punir (o que leva 
tal direito à extinção é a prescrição). A decadência extingue o direito de ação (queixa) e o direito de 
representação (nas ações públicas condicionadas). 
 Trata-se de prazo de direito material contado de acordo com o artigo 10 do Código Penal, 
computando-se o dia do começo e excluindo-se o do final; não se prorroga se terminar no domingo ou 
feriado. Interrompe-se com o oferecimento da queixa, e não com o seu recebimento. O recebimento 
interrompe a prescrição. 
A decadência do direito de queixa subsidiária não extingue a punibilidade, só extingue o direito 
de ação, portanto, o Ministério Público pode oferecer a denúncia a qualquer tempo, mesmo após os seis 
meses. 
 
1.6. Princípios da Ação Penal Privada 
 
1.6.1. Princípio da conveniência ou oportunidade 
O ofendido tem a faculdade, não o dever de propor a ação penal. 
 
1.6.2. Princípio da disponibilidade 
O ofendido pode desistir ou abandonar a ação penal privada até o trânsito em julgado da 
sentença condenatória, por meio do perdão ou da perempção (artigos 51 e 60 do Código de Processo 
Penal, respectivamente). A desistência com a aceitação do ofendido equivale ao perdão. 
 
1.6.3. Princípio da indivisibilidade 
 O ofendido é obrigado a incluir na queixa todos os ofensores. Não é obrigado a apresentar a 
queixa, mas, se o fizer, é obrigado a interpor contra todos (artigo 48 do Código de Processo Penal). A 
exclusão voluntária na queixa-crime de algum ofensor acarreta a rejeição da peça inicial em face da 
ocorrência da renúncia tácita no tocante ao não incluído – esta causa extintiva da punibilidade 
comunica-se aos demais querelados (artigo 49 do Código de Processo Penal). 
 O Ministério Público não pode aditar a queixa para nela incluir os outros ofensores, porque 
estaria invadindo a legitimação do ofendido. Para Tourinho Filho, entretanto, o aditamento é possível 
com base no artigo 46, § 2.º, do Código de Processo Penal. Mirabete entende que no caso de não-
inclusão involuntária de ofensor na queixa-crime (por desconhecimento da identidade do co-autor, por 
exemplo), o Ministério Público deve fazer o aditamento, nos termos do artigo 45 do Código de Processo 
Penal. 
 
1.6.4. Princípio da intranscendência 
 Trata-se de princípio constitucional que impõe que a ação penal só pode ser ajuizada contra o 
autor do fato e nunca contra os seus sucessores. 
 
2. DENÚNCIA E QUEIXA 
 
2.1. Requisitos da Denúncia (artigo 41 do Código de Processo Penal) 
 Endereçamento: o endereçamento equivocado caracteriza mera irregularidade, sanável 
com a remessa dos autos ao juiz competente. 
 Descrição completa dos fatos em todas as circunstâncias: no processo penal, o réu 
defende-se dos fatos a ele imputados, sendo irrelevante a classificação jurídica destes. O 
que limita a sentença são os fatos; sua narração incompleta acarreta a nulidade da 
denúncia, se a deficiência inviabilizar o exercício do direito de defesa. A omissão de alguma 
circunstância acidental não invalida a queixa ou a denúncia, podendo ser suprida até a 
sentença (artigo 569 do Código de Processo Penal). Na hipótese de concurso de agentes 
(co-autoria e participação), sempre que possível, é necessária a descrição da conduta de 
cada um. A jurisprudência já abriu exceções para não inviabilizar a persecução penal, como 
nos seguintes casos: 
 crimes de autoria coletiva (praticados por multidão); 
 delitos societários (diretores se escondem atrás da pessoa jurídica). 
 Classificação jurídica dos fatos: a correta classificação do fato imputado não é requisito 
essencial da denúncia, pois não vincula o juiz que pode dar aos fatos definição jurídica 
diversa. O réu se defende dos fatos e não da acusação jurídica (juria novit curia – o juiz 
conhece o direito). 
O juiz não pode, ao receber a denúncia, dar uma classificação jurídica diversa da 
contida na exordial porque a fase correta para isso é a sentença (artigo 383 do Código de 
Processo Penal); o recebimento é uma decisão de mera prelibação, sem o exame 
aprofundado da prova; não há ainda prova produzida pelo crivo do contraditório. 
 Qualificação do denunciado: individualização do acusado. Não havendo dados para a 
qualificação do acusado, a denúncia deverá fornecer seus dados físicos (traços 
característicos), desde que possível. 
 Rol de testemunhas: a denúncia é o momento oportuno para o arrolamento das 
testemunhas, sob pena de preclusão. Perdida a oportunidade, o rol poderá ser 
apresentado aguardando-se que o juiz proceda à oitiva considerando as testemunhas 
como suas. 
 Pedido de condenação: não se exige fórmula sacramental (“peço a condenação”), basta 
que fique implícito o pedido. A falta acarreta mera irregularidade. 
 Nome, cargo e posição funcional do denunciante: só haverá nulidade quando essa falta 
inviabilizar por completo a identificação da autoria da denúncia. 
 Assinatura: a falta não invalida a peça se não houver dúvidas quanto a sua autenticidade. 
 
 Denúncia alternativa é a descrição alternativa de fatos, de maneira que, não comprovado o 
primeiro fato, pede-se a condenação do segundo subsidiariamente (princípio da eventualidade). A 
denúncia alternativa é inepta, pois inviabiliza o direito de defesa. Segundo a Súmula n. 1 das mesas de 
Processo Penal da Universidade de São Paulo, a denúncia alternativa não deve ser aceita. 
 
2.2. Requisitos da queixa 
 São os mesmos requisitos da denúncia, acrescida a formalidade do artigo 44 do Código de 
Processo Penal. Na procuração, devem constar os poderes especiais do procurador, o fato criminoso e o 
nome do querelado. A finalidade de a procuração outorgada pelo querelante conter o nome do 
querelado e a descrição do fato criminoso é a de fixar eventual responsabilidade por denunciação 
caluniosa no exercício do direito de queixa. O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que a assinatura do 
querelante na queixa, em conjunto com seu advogado, isentará o procurador de responsabilidade por 
eventual imputação abusiva, não sendo, nessa hipótese, necessária procuração. 
 
2.3. Omissões 
 Podem ser suprimidas até a sentença (artigo 569 do Código de Processo Penal). 
 
2.4. Prazo para a Denúncia (artigo 46 do Código de Processo Penal) 
 O prazo é de 15 dias se o indiciado estiver solto. Se estiver preso, o prazo é de 5 dias. O excesso 
de prazo não invalida a denúncia, podendo provocar o relaxamento da prisão. 
 Prazos especiais: 
• crime eleitoral: 10 dias; 
• crime contra a economia popular: 2 dias; 
• abuso de autoridade: 48 horas; 
• crime previsto na lei de tóxico: 3 dias (salvo no caso dos crimes definidos nos artigos 12, 
13 e 14, em que o prazo será de 6 dias) 
2.5. Prazo para a Queixa (artigo 38 do Código de Processo Penal) 
 Seis meses, contados do dia em que o ofendido vier a saber quem é o autor do crime. No caso 
de ação penal privada subsidiária, o prazo será de seis meses, a contar do esgotamento do prazo para o 
oferecimento da denúncia. 
 
2.6. Aditamento da Queixa 
 O Ministério Público pode aditar a queixa para nela incluir circunstâncias que possam influir na 
caracterização do crime e na sua classificação, ou ainda na fixação da pena (artigo 45 do Código de 
Processo Penal). 
 O Ministério Público não poderá incluir na queixa outros ofensores se o querelante optou por 
não processar os demais, pois estaria invadindo a legitimidade do ofendido. Nesse caso, de não inclusão 
injustificada, há renúncia tácita do direito de queixa e conseqüente extinção da punibilidade dos que 
não foram processados, que se estende aos querelados, por força do princípio da indivisibilidade (artigo 
48 do Código de Processo Penal). No caso de não inclusão justificada (desconhecimento da identidade 
do co-autor, por exemplo), nãose trata de renúncia tácita. Tão logo se obtenham os dados 
identificadores necessários, o ofendido deverá aditar a queixa incluindo o indigitado, sob pena de, agora 
sim, incorrer em renúncia tácita extensiva a todos. 
 O prazo para aditamento da queixa pelo Ministério Público é de três dias, a contar do 
recebimento dos autos pelo órgão ministerial. Aditando ou não a queixa, o Ministério Público deverá 
intervir em todos os termos do processo, sob pena de nulidade. 
 Tratando-se de ação penal privada subsidiária da pública, o Ministério Público poderá, além de 
aditar a queixa, repudiá-la, oferecendo denúncia substitutiva (artigo 29 do Código de Processo Penal). 
 
2.7. Causas de Rejeição da Denúncia ou Queixa 
 
2.7.1. Quando o fato narrado evidentemente não constituir crime 
 O juiz rejeitará a denúncia quando concluir que o fato narrado é atípico ou que está acobertado 
por causa de exclusão de ilicitude, porque falta uma condição da ação – uma verdadeira impossibilidade 
jurídica do pedido. O artigo 43, inciso I, do Código de Processo Penal faz coisa julgada material (não pode 
ser oferecida a denúncia novamente). 
 
 
2.7.2. Quando já estiver extinta a punibilidade do agente 
 Falta uma condição da ação, que é o interesse de agir. Faz coisa julgada material (artigo 43, 
inciso II, do Código de Processo Penal). 
 
2.7.3. Ilegitimidade de parte 
 Quando se verifica impertinência subjetiva da ação (artigo 43, inciso III, do Código de Processo 
Penal). Ocorre, por exemplo, quando o Ministério Público oferece queixa em ação privada. Haverá 
também ilegitimidade quando um menor de 18 anos ingressar com a queixa em uma ação privada. 
Nesse caso, opera-se a chamada ilegitimidade ad processum (incapacidade processual). 
 
2.7.4. Quando faltar condição de procedibilidade 
 Exemplo: apresentar a denúncia sem representação quando esta for exigida por lei (artigo 43, 
inciso III, 2.ª parte, do Código de Processo Penal). 
 
2.7.5. Quando faltar justa causa para a denúncia 
 É preciso um mínimo de lastro da existência do crime ou sua autoria (artigo 648, inciso I, do 
Código de Processo Penal). 
 
2.8. Renúncia 
É a abdicação do direito de oferecer queixa ou representação. Só é possível renunciar a uma 
ação penal privada ou a uma ação penal pública condicionada, tendo em vista que o Ministério Público 
jamais pode renunciar a qualquer ação pública. 
A renúncia é unilateral, ou seja, não depende da aceitação do agente, sendo causa extintiva da 
punibilidade. A renúncia, no entanto, é extraprocessual, só poderá existir antes da propositura da ação. 
Existem duas formas de renúncia: 
 expressa: quando houver uma declaração assinada pela vítima; 
 tácita: quando a vítima praticar ato incompatível com a vontade de processar (exemplo: o 
casamento da vítima com o agressor). 
 
A renúncia concedida a um réu estende-se a todos, ou seja, quando houver vários réus, a 
renúncia com relação a um deles implica, obrigatoriamente, renuncia a todos. 
No caso de dupla titularidade para propositura da ação, a renúncia de um titular não impede a 
propositura da ação pelo outro. 
Não se deve confundir renúncia com desistência, tendo em vista que aquela ocorre antes da 
propositura da ação e esta depois da propositura da ação. A única situação de desistência da ação está 
prevista no artigo 522 do Código de Processo Penal. 
Pergunta: A aceitação por parte da vítima da indenização civil gera renúncia? 
Resposta: Não, por expressa previsão do artigo 104, parágrafo único, do Código Penal. No caso 
de infração penal de menor potencial ofensivo, contudo, a homologação judicial do acordo civil, 
realizada na audiência preliminar, implica renúncia ao direito de queixa ou representação (artigo 74, 
parágrafo único, da Lei n. 9.099/95). 
 
2.9. Perdão do Ofendido 
É possível somente na ação penal privada, tendo em vista que o Ministério Público não 
pode perdoar o ofendido. O perdão aceito obsta o prosseguimento da ação, causando a extinção da 
punibilidade. Verifica-se o perdão após o início da ação, pois, tecnicamente, o perdão antes da ação 
configura renúncia. Admite-se o perdão até o trânsito em julgado final. 
Existem duas formas de perdão: 
 expresso: quando houver uma declaração assinada pelo querelante; 
 tácito: quando o querelante praticar ato incompatível com a vontade de processar. 
O perdão é bilateral, depende sempre da aceitação do querelado. Caso não haja aceitação, o 
processo prosseguirá. A lei assegura ao querelado o direito de provar sua inocência. A aceitação do 
querelado poderá ser: 
 expressa: quando houver uma declaração assinada; 
 tácita: se não se manifestar em três dias. 
O perdão concedido a um co-réu estende-se a todos, entretanto, se algum dos co-réus não o 
aceitar, o processo seguirá somente para ele. A doutrina entende que é possível o perdão parcial, como, 
por exemplo, perdoar por um crime e não perdoar por outro (a lei é omissa a esse respeito). 
Se a vítima for maior de 18 e menor de 21 anos (caso em que há dupla titularidade), o perdão 
concedido por um titular, havendo oposição do outro, não produzirá efeitos e o processo prosseguirá. 
Assim, prevalece a vontade de quem não quer perdoar (artigo 52). 
No caso de o querelado ser menor de 21 anos, a aceitação só produz efeitos se houver 
concordância do seu representante legal (artigo 54 do Código de Processo Penal). Assim, prevalece a 
vontade de quem não quer aceitar. 
 
2.10. Perempção 
Significa a “morte” da ação penal privada em razão da negligência do querelante. 
São hipóteses de perempção (artigo 60 do Código de Processo Penal): 
 quando o querelante deixa de promover o andamento do processo por 30 dias seguidos, a 
perempção é automática; 
 quando morre o querelante ou torna-se incapaz e nenhum sucessor aparece para dar 
prosseguimento à ação, em 60 dias; 
 quando o querelante deixa de comparecer a ato em que deveria pessoalmente estar 
presente; 
 quando o querelante deixa de pedir a condenação do querelado nas alegações finais; 
 quando o querelante é pessoa jurídica que se extingue sem deixar sucessor; 
 quando morre o querelante na ação penal privada personalíssima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO. 
1. O direto como regulador dos conflitos existentes na sociedade. 
2. A impossibilidade da vingança privada (exercício arbitrário das próprias 
razões como conduta típica prevista no art. 345 do CP) surgindo o Estado como 
titular de direito de punir (Jus Puniendi). 
3. A necessidade do processo penal para imposição de uma pena. 
4. O processo penal como instrumento de garantia dos direitos individuais 
contra qualquer arbítrio do Estado em um Estado Democrático de Direito. 
5. Observação dos Princípios Constitucionais. 
6. A aplicação do Direito Penal em conformidade com a Constituição da 
República. 
7. O direito de punir do Estado, aliados ao dever de observar as garantias 
pela Lei Maior. 
 
Os conflitos sociais existentes são regulados pelo Direito, assim o direito 
possui como função primordial ordenar a vida em sociedade, restabelecendo a paz 
social. 
O Direito Penal serve como instrumento de manutenção da paz social em sua 
função de prevenir infrações jurídicas no futuro. Porém, é despido de coerção direta, 
ou seja, não tem atuação nem realidade concreta fora do processo correspondente. 
A titularidade do poder de punir por parte do Estado surge no momento em que 
é suprimida a vingança privada e são implantados os critérios de justiça. A pena é uma 
reação estatal contra a vontade individual e não é possível a aplicação da reprovação 
sem o prévio processo, nem mesmo no caso do consentimento do acusado. Assim, o 
processo é o caminho necessário para se chegar a uma pena. Mas além de servir 
como instrumento para aplicação da pena, será também um instrumento de garantidas 
dos direitos e liberdades individuais, assegurando os indivíduos contra os atos 
abusivosdo Estado, estruturando-se de modo a garantir plena efetividade aos direitos 
individuais constitucionalmente previstos. 
O moderno processo penal tem duplo fundamento que justifica a sua 
existência: Instrumentalidade e garantido. Por maio desses dois postulados realiza a 
dupla função do Direito Penal, ou seja, torna viável a realização da justiça corretiva e 
aplicação da pena e por outro lado serve como efetivo instrumento de garantia dos 
direitos e liberdades individuais. 
Sistema Processual 
A organização de uma sociedade política irá exercer sobre os seus 
desenvolvimentos uma poderosa influência e aonde reina a democracia domina o 
processo de acusação, respeitando-se as garantias existentes contra todos os abusos 
possíveis. 
Sistemas processuais são princípios e regras constitucionais, de acordo com o 
momento político de cada Estado, que estabelece as diretrizes a serem seguidas para 
aplicação do direito penal. Etmologicamente, sistema no aspecto jurídico é o conjunto 
de normas que funcionam como uma estrutura organizada dentro do Ordenamento 
Jurídico. Os Sistemas Processuais são concepções teóricas a respeito de uma 
realidade, de uma experiência real sobre como administrar as questões penais. Em 
outras palavras, o que fazer quando se tem a notícia de um crime? Como dar a 
resposta ao cidadão? O Sistema Processual adotado será crucial para tais 
indagações. 
SISTEMAS ANTAGÔNICOS 
 
SISTEMA ACUSATÓRIO ≠ SISTEMA INQUISITORIAL/INQUISITÓRIO. 
 Sistema Acusatório. 
O Sistema adotado em nosso Ordenamento Jurídico é o Acusatório (art. 129, I 
da CRFB/88 - Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, 
privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;), nele existe um verdadeiro 
combate entre duas partes adversas, eis que as funções de acusar, julgar e defender 
estão distribuídas a Órgãos distintos. Há a observância dos Princípios da Ampla 
Defesa e do Contraditório, Contraditório como a ciência bilateral de todos os atos 
realizados no processo. O órgão julgador será imparcial, pois a imparcialidade do Juiz 
é uma garantia de justiça para as partes, sendo um requisito de validade processual, 
inserido no Devido Processo Legal, como uma conquista do processo penal 
democrático. Os atos processuais serão em regra públicos conforme dispõe o art. 792 
do CPP (Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, 
públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos 
escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e hora 
certos, ou previamente designados. § 1º - Se da publicidade da audiência, da sessão 
ou do ato processual, puder resultar escândalo, inconveniente grave ou perigo de 
perturbação da ordem, o juiz, ou o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou a 
requerimento da parte ou do Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a 
portas fechadas, limitando o número de pessoas que possam estar presentes. § 2º - 
As audiências, as sessões e os atos processuais, em caso de necessidade, poderão 
realizar-se na residência do juiz, ou em outra casa por ele especialmente designada). 
E por fim o Sistema de Prova adotado é o do livre convencimento motivado do Juiz 
previsto no art. 155 do CPP (Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre 
apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar 
sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, 
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Parágrafo único. 
Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas 
na lei civil.), ou seja, o Juiz é livre para apreciar todas as provas produzidas em juízo. 
Não há hierarquia entre os meios de provas, assim todas possuem um mesmo valor. 
 Sistema Inquisitorial 
O Sistema Inquisitorial predominou até finais do Séc. XVIII e inicio do Séc. XIX 
surgindo assim o Sistema acusatório, fundado nos ideias Iluministas, liberdade, 
igualdade e separação dos poderes. 
O Sistema Inquisitorial possui características marcantes, tais como: 
procedimento secreto, formal e escrito; as funções de acusar, julgar e defender 
concentradas nas mãos do inquisitor; procedimento sem contraditório. O órgão 
julgador além de decidir o litígio, era incumbido de elaborar a acusação penal 
produzindo as provas. O procedimento investigatório secreto era utilizado pelo Juiz 
acusador para obter elementos que pudessem ratificar a acusação por ele próprio 
elaborada. Adotava-se o Sistema da Prova Legal ou Tarifada. Neste o Legislador 
estabelece previamente o valor de cada prova assim como a hierarquia entre elas, 
vinculando a atividade de apreciação das provas pelo julgador. 
Verifica-se no Sistema Inquisitorial uma busca e uma supremacia da verdade 
real em detrimento aos demais valores e interesses. Para alcançar essa verdade era 
comum a pratica da tortura e consequentemente a confissão. A tortura era um meio 
para se conseguir a verdade e uma vez obtida a confissão, o inquisitor não precisa de 
mais nada pois esta era considerada a rainha das provas. 
 
 Princípios Constitucionais (Processo Penal). 
1. Principio do devido processo legal - Art. 5º, LIV da CRFB - de acordo 
com tal Principio devem ser respeitados todas as formalidades previstas em lei. 
É uma garantia que decorre da própria dignidade da pessoa humana prevista 
no art. 1º, III da CRFB/88. Há que se diferenciar o devido processo legal 
procedimental do substancial. No 1º busca-se um processo justo, asseguradas 
as garantias processuais constitucionais. Cita-se como um exemplo a garantia 
processual da parte dês ser julgada por um Juiz imparcial. Já no tocante ao 
devido processo legal substancial perquire-se a razoabilidade da atividade legal 
e administrativa. 
Em suma, o devido processo legal será interpretado como um processo justo 
em que seja assegurado um tratamento isonômico, ou contraditório equilibrado 
buscando um resultado efetivo em um prazo razoável (art. 5º, LXXVIII da CRFB/88). 
Art. 5º da CRFB/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal; 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. 
 
2. Principio da igualdade das partes - Art. 5º CAPUT da CRFB - o 
contraditório significa a ciência bilateral de todos os atos realizados no 
processo. 
"Art. 5º da CRFB/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes...”. 
3. Principio da ampla defesa e do contraditório - Art. 5º, LV da CRFB. 
Art. 5º da CRFB/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em 
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
4. Principio da iniciativa das partes / Principio do impulso oficial - Art. 24, 
29 e 30 do CPP. 
Art. 24 do CPP. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por 
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do 
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para 
representá-lo. 
§ 1º - Nocaso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão 
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou 
irmão. 
§ 2º - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou 
interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. 
Art. 29 do CPP. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se 
esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, 
repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, 
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência 
do querelante, retomar a ação como parte principal. 
Art. 30 do CPP. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo 
caberá intentar a ação privada. 
 
5. Principio da publicidade dos atos processuais - Art. 5º, LX, 93, IX da 
CRFB e Art. 792 do CPP. 
Art. 5º da CRFB/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a 
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
Art. 93 da CRFB/88. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal 
Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a 
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente 
a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no 
sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
Art. 792 do CPP. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em 
regra, públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos 
escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e hora 
certos, ou previamente designados. 
§ 1º - Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder 
resultar escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o juiz, ou 
o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou a requerimento da parte ou do 
Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o 
número de pessoas que possam estar presentes. 
§ 2º - As audiências, as sessões e os atos processuais, em caso de 
necessidade, poderão realizar-se na residência do juiz, ou em outra casa por ele 
especialmente designada. 
6. Principio da Verdade Real / Verdade Processual. 
Art. 156 do CPP. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, 
porém, facultado ao juiz de ofício: 
I - ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de 
provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e 
proporcionalidade da medida; 
II - determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a 
realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. 
7. Principio da presunção de inocência - Art. 5º, LVII da CRFB. 
Art. 5º da CRFB/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença 
penal condenatória; 
OBS: Súmula Nº 9 - A exigência da prisão provisória, para apelar, não ofende 
a garantia constitucional da presunção de inocência. 
(Vide Súmula 347 do STJ) A prisão processual é constitucional, conforme Art. 
5º, LXI, da CRFB e Art. 312 do CPP. 
Continuação da Aula Passada. 
8. Principio do Favor Rei (FAVOR LIBERTATIS) - IN DÚBIO PRO RÉU. 
Art. 386, VI; 617 e 621 do CPP - é um principio de interpretação, essa 
interpretação deve ser de forma para beneficiar o acusado. 
Art. 386 do CPP. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte 
dispositiva, desde que reconheça: 
VI - existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena 
(arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver 
fundada dúvida sobre sua existência; 
 
Art. 617 do CPP. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao 
disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser 
agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença. 
Art. 621 do CPP. A revisão dos processos findos será admitida: 
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal 
ou à evidência dos autos; 
II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou 
documentos comprovadamente falsos; 
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do 
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da 
pena. 
OBS.: Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da 
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para 
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e 
indício suficiente de autoria. 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso 
de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas 
cautelares (art. 282, § 4o). (Alterado pela Lei 12.403/2011). 
Sobre o Art. 617 do CPP traz o principio da proibição da reformatio in pejus. 
Quando o MP não recorre de sentença Condenatória e o Réu recorre a sentença não 
pode ser aumentada. É como se para o MP tivesse ocorrido o trânsito em julgado da 
sentença. 
Atenção. 
A ação de revisão criminal prevista no art. 621 do CPP só é admitida em favor 
do condenado, jamais em favor da sociedade. A sentença absolutória transitada em 
julgado faz coisa soberanamente julgada. 
OBS.: 
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador 
legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão. 
9. Principio da correlação ou adistrição ou congruência entre pedido e a 
sentença - Art. 128 do CPC, Art. 383 e 384 do CPP. 
Art. 128 do CPC. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-
lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a 
iniciativa da parte. 
Art. 383 do CPP (Emendatio libelli). O juiz, sem modificar a descrição do fato 
contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda 
que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 
§ 1º - Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade 
de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o 
disposto na lei. 
§ 2º - Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão 
encaminhados os autos. 
Art. 384 do CPP (Mutatio libelli). Encerrada a instrução probatória, se entender 
cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos 
de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério 
Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude 
desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a 
termo o aditamento, quando feito oralmente. 
§ 1º - Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o 
art. 28 deste Código. 
§ 2º - Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o 
aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para 
continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do 
acusado, realização de debates e julgamento.§ 3º - Aplicam-se as disposições dos §§ 1º e 2º do art. 383 ao caput deste 
artigo. 
§ 4º - Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, 
no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do 
aditamento. 
§ 5º - Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. 
10. Principio da inadimissibilidade das provas obtidas por meio ilícito - Art. 
5º, LVI da CRFB. 
Art. 5º da CRFB/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
11. Principio do juiz natural - Art. 5º, XXXVII, LIII da CRFB. 
Art. 5º da CRFB/88 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente; 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS: 
Existência: Juiz, Partes e Pedido/Demanda. 
Validade: Juiz Competente, Partes Capazes e Pedido/Demanda Original/ Novo 
(Litispendencia/Coisa Julgada). 
Competência - Natureza Jurídica de pressuposto de validade. 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPECO E NO TEMPO. 
• Eficácia da Lei processual penal no espaço (Principio da Territorialidade - 
vide art. 5º e 7º do CPP) 
Art. 5º do CPP. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I - de ofício; 
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 1º - O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de 
convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de 
impossibilidade de o fazer; 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
§ 2º - Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito 
caberá recurso para o chefe de Polícia. 
§ 3º - Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de 
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, 
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, 
mandará instaurar inquérito. 
§ 4º - O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de 
representação, não poderá sem ela ser iniciado. 
§ 5º - Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá 
proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
Art. 7º do CPP. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido 
praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução 
simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
O processo está disciplinado pelas normas do Estado a que pertence o órgão 
judiciário que o dirige. (CANELUTTI). 
Ex: art. 1º do CPP. 
Art. 1º do CPP, O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por 
este Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros 
de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do 
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade. 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial; 
V - os processos por crimes de imprensa. 
 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos 
nos IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO. 
Art. 2º do CPP - Principio da Aplicação Imediata da norma TEMPUS REGIT 
ACTUM. 
Art. 2º do CPP A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da 
validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
Fundamento: As novas regras processuais visam uma melhoria da qualidade 
da prestação jurisdicionais. 
Normas Híbridas; Mistas: Normas Processuais com conteúdo material. 
Ex: Art. 366 do CPP. 
Art. 366 do CPP. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, 
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes 
e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
§ 1º - Revogado. 
§ 2º - Revogado. 
Acusado citado por edital: 
Se não comparecer - Suspensão do Processo. 
Se não constituir advogado - Suspensão da Prescrição. 
Normas Híbridas ou Mistas. 
A Irretroatividade da lei X Principio da aplicação imediata da Lei. 
O STF sempre se posicionou no sentido de que sempre que estivermos diante 
de normas híbridas ou mistas (aquelas que contém tanto um aspecto processual mas 
também um aspecto material ou penal, ampliando ou limitando direitos ou garantias 
constitucionalmente assegurados), o que irá determinar a retroaplicação ou não dessa 
norma será o seu aspecto material penal. Assim, se o conteúdo material for mais 
benéfico toda a norma irá incidir aos processos iniciados antes mesmo da sua 
vigência. Isto porque o Principio que rege a aplicação da lei penal no tempo está 
previsto na própria CRFB/88, em seu art. 5º, XL, sendo assim prevalece sobre o 
Principio da Aplicação Imediata da Lei previsto no art. 2º do CPP. 
- Prazo para interposição do recurso e conflito de leis processuais penais no 
tempo. 
Os prazos já vencidos sobre a lei antiga não poderão ser dilatados ou 
reabertos mesmo que tenham SDI ampliados pela Lei nova. 
E quando a Lei nova ampliar ou reduzir os prazos dos recurso anteriormente 
existentes, desde que tais prazos ainda não tenham se iniciado ou ainda estejam em 
curso, qual a Lei a ser aplicada? 
Resposta: prevalece o entendimento de que os prazos recursais iniciados 
segundo a lei antiga por ela deverão continuar a fluir até o seu termino. Assim, a nova 
disciplina legal, no que toca aos prazos recursais em andamento não terá qualquer 
influência nem,para alongá-los nem para abreviá-los. 
Inquérito Policial 
 
Persecução Penal - 2 fases. 
- Investigação Criminal 
- Ação Penal 
Art. 395 do CPP. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com 
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais 
se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das 
testemunhas. 
 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
Parágrafo único. Revogado. 
 
 Conceito do Inquérito Policial: Trata-se de um processo administrativo 
investigatório no qual serão realizadas diligência para apurar a existência do crime e 
respectiva autoria, dando suporte à uma futura ação penal. 
No processo penal há que se ter a presença da justa causa, ou seja, um 
suporte probatório mínimo de indícios de autoria e prova da materialidade do fato. 
 Natureza Jurídica 
 Características 
A. Inquisitório - art. 6º e 14 do CPP. 
Art. 6º do CPP. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a 
autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato,após liberados pelos 
peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas 
circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no 
Capítulo III do Título VII, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por 
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a 
quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se 
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, 
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e 
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a 
apreciação do seu temperamento e caráter. 
Art. 14 do CPP. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão 
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
A. Sigiloso - art. 20 do CPP (ver sumula vinculaste n.º 14 do STF). 
Art. 20 do CPP. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à 
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. 
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a 
autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a 
instauração de inquérito contra os requerentes. (Redação dada pela Lei nº 
12.681/2012) 
SUMULA VINCULANTE N.º 14 DO STF. É direito do defensor, no interesse do 
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em 
procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, 
digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
A. Escrito, Formal - art. 9º do CPP 
Art. 9º do CPP. Todas as peças do inquérito policial serão, num só 
processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela 
autoridade. 
A. Dispensável - art. 27, 39 §5º, 40, 46 §1º do CPP. 
Art. 27 do CPP. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do 
Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, 
informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de 
convicção. 
Art. 39 do CPP. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente 
ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita 
ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. 
§ 5º - O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a 
representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, 
e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 
Art. 40 do CPP. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou 
tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério 
Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia. 
Art. 46 do CPP. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, 
será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos 
do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, 
se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da 
data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. 
§ 1º - Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o 
oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de 
informações ou a representação 
 Formas de instauração do Inquérito Policial 
Notícia crime é o conhecimento pela autoridade policial de um fato tido como 
criminoso. Ela pode se dar por meio de atividades rotineiras feitas pela autoridade 
policial e seus agentes, como também por jornais, investigadores. Dá-se o nome de 
cognição (conhecimento) direta ou imediata. Este conhecimento pode ocorrer por 
requerimento da vitima, representação do ofendido ou por requisição do Ministério 
Publico, é a denominada cognição indireta ou mediata. E por fim, pode-se ocorrer a 
cognição forçada que se da através de uma prisão em flagrante. 
• Crimes de ação penal publica incondicionada (art. 5º do CPP) 
• De oficio pela autoridade policial 
• Requisição do MP/Juiz (ver art. 40 do CPP) 
Art. 40 do CPP. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou 
tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério 
Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia. 
• Requerimento do ofendido. 
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I - de ofício; 
II - mediante requisição da autoridade judiciária (JUIZ- não podendo requisitar 
instauração de inquérito, pois caracteriza como participante do processo, violando ao 
principio da imparcialidade, onde na qual sua função é julgar) ou do Ministério Público, 
ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 1º - O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de 
convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de 
impossibilidade de o fazer; 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
§ 2º - Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito 
caberá recurso para o chefe de Polícia. 
• Crimes de ação penal publica condicionada - art. 5º §4º do CPP 
§ 4º - O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de 
representação, não poderá sem ela ser iniciado. 
• Crimes de ação penal privada - art. 5º §5º do CPP 
§ 5º - Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá 
proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
• Denuncia anônima X instauração do inquérito policial 
§ 3º - Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de 
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, 
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, 
mandará instaurar inquérito. 
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO - LEI 9.099/95 X 
INVESTIGAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - Vide ARTS. 69 e §Ú DA LEI 9.099/95. 
Art. 69 da LEI 9.099/95. A autoridade policial que tomar conhecimento da 
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, 
com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais 
necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for 
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele 
comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de 
violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu 
afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. 
PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - VER ART. 10 DO 
CPP 
Prazo é em regra prazos 10 dias se preso 
específicos em leis especiais 30 dias se solto 
- ver art. 798 §1º do CPP (regra geral) X Art 10 do CPP (exceção a regra 
geral 
 Procedimental) 
 O dia da prisão será computado no prazo para a 
 Conclusão do inquérito Policial. 
 
Art. 10 do CPP. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o 
indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o 
prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no 
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
§ 1º - A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará

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