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Processo Penal l - RESUMO 1ºB

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Processo Penal l - 26/02 – Aula 1 – 1ºB
· Noção geral
· Sociedade - Poder - Estado
· Sociedade: para viver em sociedade e dentro do limite, consiste em liberdade para que assim se possa viver em coletividade;
· Poder: esses poderes nos entregamos para alguém, sendo o Estado;
· Estado: que faz a gestão, com funções básicas > exercendo essas atividades: 
· 1 > função é administrativa: de gestão
· 2 > criar leis, normas, legislativas.
· 3 > tem que ter a atribuição de julgar > função jurisdicionais.
· E para cada uma destas, ele criou um órgão:
· Poder executivo:
· Poder legislativo:
· Poder judiciário:
· Terrorismo da tripartição. Separação de poderes que hoje em dia é criticado, porque o poder é único.
· E estamos dentro da jurisdicional > Processo > e monopólio do Estado. É o Estado que administra a justiça, e se esse processo Penal for fruto deste processo do Estado, é válido. E somente ele que exerce essa função.
· Art. 345 > se for você mesmo atuando > é crime.
· A existência do processo é extraordinário, sucessão de atos é importante tanto para a cidade, como para o Estado. Ele evita o caos > Evita o abuso.
· O processo é uma garantia, inibindo assim, o abuso do Estado.
· Processo toma varias facetas, de acordo com o que vai ser discutido pelo poder judiciário: depende da ação, como os exemplos: do trabalho, civil, penal.
· Instrumento que vai verificar a viabilidade ou não, do Estado em punir. E pra que ele exerça esse direito, ele vai ter que visualizar o processo > Jus Puniendi > ao mesmo tempo em que nós vivemos, temos o direito de solicitar ao Estado, esse direito de punir, desde que nós nascemos temos essa garantia de direito: garantias individuais > ser livre.
· Deveria ter uma instabilidade nesse processo, entre direito de punir com direitos de garantias individuais.
“Verifica-se, então, o dilema existencial do processo penal: a efetividade da coerção penal x direito fundamentais, sendo que, para se obter uma maior efetividade daquela, é necessária a limitação destes. Ao revés, amplia-los importa inviabilizar a efetividade da coerção.
Procura-se, assim, desesperadamente, um ponto de equilíbrio,pois em um Estado Democrático e de Direito,como o nosso, os fins nunca justificam os meios, devendo, portanto, a eficácia da coerção penal ser buscada com ética e respeito ao conteúdo mínimo dos direitos e garantias fundamentais, sem radicalismo para uma ou outra correnta de pensamento, para que assim o processo penal tente alcançar a desejada perfeição”. (Américo B. Jr e Gustavo Senna)
· Conceito
“Conjunto de normas e princípios que regulam a aplicação jurisdicional do Direito Penal objetivo, a sistematização dos órgãos de jurisdição e respectivos auxiliares, bem como da persecução penal”. (Frederico Marques)
· Quais são as nossas caraterísticas: quem sou eu, processo penal? 
· Autonomia > é um ramo autônomo do direito, não dependo de nenhum outro ramo: legal, com minhas próprias normas, científica. É uma autonomia nova, dos últimos séculos.
· Instrumentalidade > a minha finalidade é dar vida ao penal, da vida ao direito penal. Somos também um ramo do direito público, e o Estado é partícipe. “Tornar realidade o direito Penal”. (Tourinho Filho)
· Ramo do Direito Público > pertence sempre ao direito público.
· Entretanto, há uma relação com todos os ramos do direito > Dto Constitucional > penal sempre vai buscar alguma informação na constituição. > Dto Penal > somos instrumentos pra ele. Dto Civil > nossas decisões, influenciam no processo civil também. Dto Administrativo > na primeira fase de um inquérito, e tudo administrativo. Dto Internacional e assim por diante. (Item3)
· Porque o nosso processo penal é tão próximo da constituição: Cpp/41 antigo, que baseado em fascista, totalitário e ultrapassado. A Constituição é extremamente o oposto > defende a sociedade com garantias.
· Sempre devo ter um julgamento com o processo penal com a constituição em mãos.
“O processo Penal é um instrumento a serviço do Direito, mas essencialmente a serviço da Constituição”. (Aury Lops Jr.)
Princípios Norteadores 
Princípios constitucionais explícitos : estão explícitos em nossa constituição.
1. Presunção de inocência/ não culpabilidade: réu e sempre inocente, somente se torna culpável quando houver uma condenação em trânsito julgado. Dado a presunção da inocência, o ônus da prova é o da acusação. Ele que deve provar.
Art. 5º, LVII, CF: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
2. Ampla Defesa/ contraditório: todo o acusado ele tem a defesa absoluta. Com defesa técnica, com alta defesa também. Conta também com o contraditório: os mesmos direitos se estendem a ele também: toma lá dá cá.
Art. 5º, Cf, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
3. Devido processo legal: todo e qualquer processo, deve seguir o trâmite legal: garantia legal.
Art. 5º, Cf, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
4. Juiz Natural: princípios constitucionais: temos dois caminhos: julgado pelo juiz competente, legal e afirma que ninguém pode ser julgado por exceção. Tribunal criado depois do crime, não pode.
Art. 5º,Cf, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; e, LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
5. Inadmissibilidade de Provas ilícitas : os fins nunca justificam os meios: não se admite julgamento cm base em provas ilícitas.
Art. 5º,Cf, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
6. Publicidade e Fundamentação das Decisões: dê-se ser fundamentada.
Art. 5º,Cf, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; Art. 93, IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
7. Duplo grau de jurisdição: razoável duração do processo.
Art. 5º,Cf, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Princípios Constitucionais Implícitos 
1. ‘Favor Rei’: mais vale que 100 culpados soltos, que um inocentes: sempre quando houver dúvidas, o juiz deve absorver: in dubio pro reu: 
Art. 386.Cpp, - O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: VII - não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
2. Nemo Tenetur se detegere: direito ao silêncio.
Art.5, Cf, LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
3. Imparcialidade do Juiz: ele deve sempre ser imparcial.
Art. 252. CPP - O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
Art. 254. - O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado porqualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
4. Duplo grau da jurisdição: impede que uma causa julgue a mesma causa
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário.
Princípios Constitucionais Ordinários
1. Verdade Real/Material: no processo penal buscamos a verdade verdadeira, diferentes do formal do civil. O juiz ele tem o poder instrutória, poder de produzir provas, independentemente de comunicar as partes > se o juiz quer ter mais provas, ele pode determinar mais provas, até ele ter clareza da causa.
Art. 155. CPP. - O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008).
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
Art. 156. - A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008).
I - ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
II - determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
2. Persuasão Racional ou Livre Consentimento: o juiz ao decidir, ele não tem uma hierarquia de provas. Ele usa qual ele achar mais pertinentes. Livre arbítrio. 
Art. 156. - A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
I - ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
II - determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
3. Igualdade das partes: mesmos direitos.
Art. 263. - Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
4. Identidade física: necessariamente o juiz que sentencia, deve ser o mesmo que conduziu o caso, que colheu as provas.
Ordinários: estão na lei ordinária, no processo penal.
 questões
1) (OAB-PR/2004) Assinale a alternativa incorreta:
a) O processo penal é o meio pelo qual o Estado busca a solução de conflitos, isso lhe atribui a característica de instrumentalidade;
b) O direito processual penal é autônomo científica e legalmente, segundo a Constituição Federal de 1988, e por isso não se relaciona com nenhum outro ramo do Direito;
c) A autotutela, em que pese consistir em figura típica penalmente, é uma das formas de resolução de conflitos que pode ser citada na evolução histórica do direito processual penal;
d) As regras processuais penais não se encontram previstas exclusivamente no CPP.
2) (OAB-PR/2003) Assinale a alternativa correta:
a) O direito processual penal obedece a princípios próprios, especiais e particulares, sendo autônomo em relação a outros ramos do direito.
b) O direito processual penal é denominado de direito adjetivo, face à sua dependência do direito penal.
c) O direito processual penal é denominado de direito acessório por depender de um direito principal, qual seja, o direito penal.
d) O direito processual penal e o direito penal não guardam nenhuma relação de complementaridade visto serem, respectivamente, ramos do direito público e do direito privado. 
Processo Penal l - 28/02 - Aula 2
Norma Penal x Norma Processual Penal
Norma Penal: retroagem fora do Brasil, não admite analogia. ‘estabelece crimes e contravenções e tratam da punibilidade material do agente’. 
Norma processual Penal: não tem nada haver com a norma penal; norma penal é puramente a lei, e estabelece a pena etc. E a norma processual penal, dita regras de como será a tratativa da ação em si, ‘regulam o início, o desenvolvimento e o fim do processo’.
Onde ela funciona: 
· Tempo: basicamente vamos discutir quando inicia a norma, e vamos ver se ela pode retroagir, se vai pra frente, ou ela só se aplica aos novos casos. No processo penal, a regra é simples: iniciou hoje, publicou, ela passa a valer desta data pra frente. Sem possibilidade de retroagir, inclusive para os processo em andamento. (Ex.: Se deu início em um processo e teve o interrogatório, nasce então nesse momento, uma nova norma, onde diz que o interrogatório será realizado ao final do processo, sendo assim, devo seguir a nova norma e interrogando novamente no caso). 
Art. 2º, CPP, A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
· Direito Penal: Retroatividade da Lei mais benéfica: Art. 5º, Cf, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
· E: Obs. Existe um cara, Júnior, defende a norma processo penal que a norma deve retroagir. E no novo Cpp permanece a ideia de não retroagir, mas se a instrução teve início, então deve acatar essa norma.
· “A Lei processual Penal aplica-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei Anterior (CPP, Art.2º)”.
· Espaço: se aplica somente no Brasil. Princípio da territorialidade. Qualquer ato dentro do território brasileiro se aplica a norma nacional. Ex. Um brasileiro que pratica um ato no Paraguai aplica a norma processual do Paraguai. Se nesse processo, solicitar que tenha uma testemunha no Brasil, e é solicitado que façam um interrogatório com essa testemunha, aplica se a norma processual do Brasil. Um adendo: princípio da unicidade: em todo o Brasil as normas tem o valor de maneira igual.
· Interpretação: autêntica: o próprio legislador fala, ele dirá a interpretação doutrinal:
· Gramatical: como diz a norma, e clara. Como se lê puramente.
· Lógica: com finalidade, o que ele quis com a norma; quer dizer;
· Sistemática: analisar a norma dentro do sistema que ela rege. Na qual está inserida.
· Essas modalidades acima valem para todo o ramo do direito. 
· “Interpretar a Lei é revelar o pensamento que anima as suas palavras” – Clóvis Bevillaqua.
· “A Lei Processual Penal admitira interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais do Direito – CPP, Art. 3”. 
· “Embora o art. 475, do cpp se refira expressamente a documento, possível é sua interpretação extensiva, porque objetiva assegurar a igualdade das partes no plenário do Júri, evitando surpresas ou cerceamento a qualquer uma delas (TJSP)”.
· O que diferencia o processo penal dos demais é:
· Extensiva: (forma de interpretar um documento, como cd, pendrive, foto, etc..todas são extensivas.
· Progressiva: se adapta a linguagem da lei. Ex.: Chefe de polícia é delegado; tribunais de apelação, que não existe mais, e sim, tj. Ou tri.)
· Analógica: uma situação em que posso fazer uma analogia admitindo outra norma. Por ex.: pegar uma norma administrativae fazer analogia no caso concreto em processo penal.
Sistemas Processuais Penais
Todos os estados precisam de um sistema para regimentar como irão ser regidas as normas, os processos.
· Sistema inquisitivo/Acusatório: completamente autoritário, onde tudo é feita para punição.
· O Brasil é o sistema misto: mistura de inquisitivo com o acusatório, a momentos nesse caso em que aparece um pouco de cada.
· O processo penal é somatório de duas fases distintas:
· Investigação: inquérito, o delegado pode tudo, sigilo, não tem possibilidade de contraditório, o advogado não pode participar de outras investigações, não pode perguntar nada > titular da ação vai promover a persecução penal > quando começa em juízo, passa a ser o sistema acusatório (publicidade, ampla defesa, liberdade etc.).
	Sistema inquisitivo
	Sistema acusatório
	Juiz: concentração das funções de dirigir o processo, acusar e julgar
	Juiz: é apenas o árbitro, sem acusar ou investigar.
	Processo: Secreto e não-contraditório
	Processo: Público e contraditório
	Prova: Prova legalmente tarifada
	Prova: Livre convicção
	Regra: Prisão Provisória
	Regra: Liberdade
 sistema misto/napoleônico
“A doutrina brasileira costuma referir-se ao modelo brasileiro de sistema processual (...) como um sistema de natureza mista, isto é, com feições acusatórias e inquisitoriais. Alguns alegam que a existência de inquérito policial na fase pré-processual já seria, por si só, indicativa de um sistema misto.” (Eugênio Pacelli de Oliveira)
“(...) não há como negar que o encontro dos dois lados da moeda (Constituição e CPP) resultou no hibridismo que temos hoje. Sem dúvida que se trata de um sistema complicado, pois é resultado de um Código de forte alma inquisitiva, iluminado por uma Constituição Federal imantada pelos princípios democráticos do sistema acusatório.” (Guilherme de Souza Nucci)
Novo CPP
Projeto de Lei N.156, art. 4. > nesse caso, ele vai sair de processo misto, para processo acusatório.
d) projeto de lei n.º 156:
“Art. 4º. O processo penal terá estrutura acusatória, nos limites definidos neste Código, vedada a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.”
“[...] a opção pela base do Sistema Acusatório é uma prestação de contas com a realidade, principalmente porque depois de 1988 não faz mais sentido – começando pela inconstitucionalidade – nenhum ordenamento que se coloque de forma incompatível com a Constituição” (Jacinto Coutinho)
 questões
1) (MAG.PR/2003) Em tema de lei processual penal no tempo, é correto afirmar que a lei nova:
a) incide sobre os processos em andamento, sem efeito retroativo;
b) não incide sobre os processos em andamento;
c) incide sobre os processos em andamento, alcançando os atos já realizados;
d) incide apenas sobre os processos que venham a ser instaurados a partir de sua vigência.
2) (OAB-PR/2004) Assinale a alternativa correta:
a) A norma processual penal tem aplicação imediata e retroativa;
b) A norma processual penal tem aplicação retroativa se ela for mais favorável ao réu do que a norma anterior;
c) A norma processual penal não tem aplicação imediata;
d) A norma processual penal tem aplicação imediata nos processos em andamento, sem prejuízo dos atos já praticados de acordo com a lei anterior.
3) (OAB-PR/2003) Assinale a alternativa incorreta:
a) O Direito Processual Penal brasileiro apresenta características que podem ser identificadas como originárias tanto do sistema acusatório quanto do sistema inquisitório.
b) O sistema acusatório não procura estabelecer a publicidade dos julgamentos, tampouco a paridade de armas entre os envolvidos.
c) Quanto ao sistema acusatório, com facetas parecidas às do Código de Processo Civil, podem ser citadas como características, dentre outras, o ônus probatório e a busca da igualdade entre os envolvidos, e tendo como regra a publicidade e a fundamentação das decisões.
d) Como características do sistema inquisitório podem ser citadas, dentre outras: a condensação das funções do acusador, instrutor e julgador, em um único órgão ou representante, o sigilo e a tarifação das provas. 
4) (OAB – XI Exame Unificado – 2013) Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo e evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ªVara Federal Criminal de Arroizinho determina a expedição de carta rogatória para os Estados Unidos da América, a fim de que seja interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o tribunal americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao se deparar com o teor do ato praticado, requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as garantias processuais brasileiras para o réu. Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espaço, a alegação do advogado está correta?
a) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas fora do território nacional.
b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras só se aplicam no território nacional.
c) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas em qualquer território.
d) Não, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicas fora no território nacional.
Direto Processo Penal I - 07/03
Inquérito, que é de via de regra policial.
Processo penal + fase preliminar + ação penal
· Noção Geral
“Já sabemos que o Estado é titular do ‘jus puniendi’. Pois bem: quando se verifica uma infração, o titular do direito de punir, quer dizer, o Estado, desenvolve, inicialmente, uma agitada atividade por meio de órgãos próprios, atividade essa que visa a colher informações sobre o fato tido como infracional e a respectiva autoria. Essa investigação, ou, se quiserem, essa primeira atividade persecutória do Estado, que, grosso modo, é realizada pela Polícia Judiciária, é informada de uma série de diligências, tais como: buscas e apreensões, exames de corpo de delito, exames grafoscópicos, interrogatórios, depoimentos, declarações, acareações, reconhecimentos que, reduzidos a escrito ou datilografados, constituem os autos do inquérito policial.” (Tourinho Filho). 
· Inquérito: 
Policial: Fase preliminar, administrativa – Sistema inquisitorial.
Ação Penal: Fase Judicial, contraditório – Sistema acusatório.
O estado tem o poder de investigar para poder punir.
· Fase 1º do processo penal é o inquérito = investigação. É o procedimento que acontece logo depois do crime, tudo que envolva esse fato, junta aos altos de inquérito e é entregue ao titular ação penal, para que ele possa prover essa ação.
· Função: dar elementos para que o titular visualize se entra com ação ou não.
· É informal, e não tem qualquer rito a seguir.
· 1 - ponto em destaque: qual polícia que investiga: Quando se fala em inquérito é a polícia judiciária: polícia civil e federal. No inquérito jamais terei a figura do réu. Aqui ele é suspeito, indiciado, investigado etc.
· 2 - valor probatório que foi produzido no inquérito: serve para justa causa, para que possa ajuizar o fato. O juiz jamais vai poder se utilizar de provas que foram produzidas na investigação, como elementos exclusivos para a ação penal. A prova somente é tida para iniciar a ação penal. Cpp. Art. 155.
· Polícia militar é a que atua antes do crime.
· Mas esse inquérito que é policial, a investigação também pode ser feita por outras entidades, como por exemplo: as CPIS, que fazem o mesmo da investigação. Crimes contra ordem tributária também possui a investigação que é feita por áreas correspondentes, colhendo as provas, investigando para propor a ação.
· Em regra para crimes de autoria conhecidas eu irei a uma delegacia mais próxima, caso contrário, irei a uma especializada.
· Finalidade: “apuraçãoda existência da infração penal e respectiva autoria”.
· Conceito: “O conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração de uma infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em Juízo.”
· Nomenclatura: Investigado/indiciado
· Valor probatório: cpp, art. 155
· Competência:
· Regra Geral: Art. 4º, CPP, A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995). 
· Exceção: Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.
Características:
· Inquérito é um Processo administrativo, nada de poder judiciário. O juiz até pode decidir algum inquérito, mas é sempre executivo, inquisitivo.
· “O inquérito policial é expediente administrativo e inquisitorial, nele não havendo defesa, pois o indiciado não é sujeito de direitos, mas objeto de investigação.” (TARS)
· Inquisitorial: ausência de contraditório:
Art. 14. - O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
Art. 107. - Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
· “A inaplicabilidade da garantia do contraditório ao procedimento de investigação policial tem sido reconhecida tanto pela doutrina quanto pela jurisprudência dos Tribunais, cujo magistério tem acentuado que a garantia da ampla defesa traduz elemento essencial e exclusivo da persecução penal em juízo (STF)
· Juridicamente o inquérito é inquisitivo, e posso colocar meu irmão.
· Processo Escrito: para que tenhamos autos de inquérito e entregar ao titular da ação.
Art. 9º, CPP - Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
· Processo sigiloso: STF editou a súmula vinculante 14. 1* e 2* da folha.
Art. 20. Cpp - A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. (Redação dada pela Lei nº 12.681, de 2012)
“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.” (Súmula Vinculante n. 14). 
· Na intimação do cliente: é em declarações (testemunha); interrogatório (já tem algo contra ele) e depoimento/esclarecimentos (ele pode ao final, ser taxado de investigação, acusado de alguma coisa).
· Procedimento dispensado: o inquérito não é obrigado, sendo ele dispensado. 
Art. 12. CPP - O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
Art. 27. CPP - Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
“Não é essencial ao oferecimento da denúncia a instauração de inquérito policial, desde que a peça acusatória esteja sustentada por documentos suficientes à caracterização da materialidade do crime e de indícios suficientes de autoria.” (STF)
“A falta de inquérito policial não é óbice para o oferecimento da denúncia, se atentarmos para o caráter subsidiário desta.” (STJ) 
· IMPORTANTE!!!
· Obs.: Art. 21: quando for preso, ele pode ficar incomunicável. Inconstitucional. Na constituição O estado de sítio- 136: parg 3: IV.
· A questão da Incomunicabilidade: Art. 21. - A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963) (Redação dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966).
questões
1) (MAG.PR/2003) Sobre o inquérito policial, é correto afirmar:
a) A sua natureza administrativo-inquisitorial e informativa da ação penal.
b) A sua imprescindibilidade ao oferecimento da denúncia.
c) A sua sujeição aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
d) A sua suficiência para a decisão condenatória.
2) (OAB-PR/2003) Assinale a alternativa incorreta:
a) A investigação criminal é a atividade preparatória para o exercício da ação penal, procurando elementos sobre a autoria e materialidade, bem como as circunstâncias que envolvem o delito.
b) O inquérito policial é uma das formas de investigação criminal, não tem rito pré-estabelecido e nem é providência prévia indispensável ao início da persecução penal em juízo.
c) O Ministério Público não pode oferecer denúncia com base em peças de informação, mesmo se estas forem suficientes a indicar elementos de autoria e materialidade de determinado fato típico, sendo necessário requisitar a instauração de inquérito policial.
d) O termo circunstanciado, o inquérito parlamentar, e o inquérito penal militar são, também, formas de investigação preliminar.
3) (MAG.PR/2001) São características do inquérito policial:
a) Sigiloso, escrito, preparatório da ação penal e contraditório;
b) Escrito, contraditório e presidido pelo escrivão designado;
c) Sigiloso, oral e preparatório dos crimes de ação pública;
d) Escrito, sigiloso, preparatório da ação penal e inquisitivo. 
4) (OAB – VIII Exame Unificado – 2012) Um Delegado de Polícia determina a instauração de inquérito policial para apurar a prática do crime de receptação, supostamente praticado por José. Com relação ao Inquérito Policial, assinale a afirmativa que não constitui sua característica.
a) Escrito.	b) Inquisitório.	c) Indispensável.	d) Formal.
5) (OAB – V Exame Unificado – 2011) Tendo em vista o enunciado da súmula vinculante n. 14 do Supremo Tribunal Federal, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial poderá negar ao advogado:
a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente.
b) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido documentados no procedimento investigatório.
c) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente.
d) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos depoimentos prestados pelas vítimas, se entender pertinente.
Direito Processual I - 12/03
Inquérito Policial II - ‘Notitia Criminais’ 
Modalidade de abertura de inquérito Policial e ‘Delatio Cirminis’
· Notitia Criminis: notícia de um crime que irei relatar as autoridades. Pode ser feito na forma escrita, relato oral > BO.
(Preciso saber sobre as modalidades de uma ação).
· Ação penal pública incondicionado: quando for o estado, recorre por meio do Ministério Público, (titular) e é incondicionado independente da vítima. Quem pode pedir a instauração de inquérito: vítima, Juiz/MP, ofícios e qualquer pessoa (delator criminis).
· Art. 100. CP - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). (homicídio, estelionato, roubo, furto, evasão de divisas, falsidade ideológica, etc.).
NOTITIA CRIMINIS
Cognição imediata (abertura de inquérito do ofício) - Art. 1º - CPP - O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II -as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V - os processos por crimes de imprensa. Vide ADPF nº 130
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
Art. 2º - A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
	Delatios Criminis (Qualquer do povo pode requerer) – Art. 5º - CPP, § 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
Impossibilidade de “Delatio Criminis” Anonimo – Art. 5º - Cf - IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; e Art. 340. - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
· Ação Penal Pública Condicionada: por não ser tão grave, o ministério público só atua, quando for ofendido ou instigado pelo terceiro. > representante > requisição do Ministério Público. 
Art. 100, § 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). (violação de segredo profissional, ameaça, perigo de contágio venéreo, lesão corporal leve, crime contra a honra do Presidente, etc.).
NOTITIA CRIMINIS 
· Cognição Mediata (Representação/Requerimento): Art. 5º, CPP - § 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
Momento da Representação: perante a autoridade policial ou em Juízo.
Prazo de Representação: Decadencial: Art. 38. CPP - Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
· A petição inicial do ministério público chama se Denúncia.
· Ação Penal Privada: são crimes Nampula tem titularidade do ofendido, ou de se representante legal. Petição inicial se chama queixa crimes, para essa ultima.
· Art. 100, § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
· § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). (crimes contra a honra, exercício arbitrário das próprias razões, dano, etc.).
· Cognição Mediata (Queixa) – Art. 5º, CPP - § 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
· Momento da representação: Somente em juízo.
· Prazo de representação: DECADENCIAL – Art. 38. CPP - Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
· Requerimento de Abertura de Inquérito:
· Requisitos: Art. 5º, CPP - § 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
· “Recurso” – Art. 5º, CPP - § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
· Qualquer pessoa do povo pode solicitar uma abertura de inquérito;
· Sempre que for a uma delegacia, realizar uma queixa/denúncia, a identificação será sempre com os documentos.
· Condicionado: é só a vítima, ou representante legal poderá apresentar a instauração do inquérito financeiro. > e sendo, a representação é condicionada.
· Ação Penal Privada: vítima e representante legal.
· É através da portaria que instaura o processo.
A AUTORIDADE POLICIAL TEM O DEVER OU A FACULDADE DE INSTAURAR IMQUÉRITO?
Regra Geral: Art. 5º, CPP, Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício; 
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Dever: Art. 319.
Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
· Notitia Criminis: pode ser acatada pelo delegado ou ser rejeitada. Para os rejeitado, existe um recurso administrativo. Na maioria das vezes, o delegado sempre vai acatar a denúncia. Quando o delegado pode rejeitar um caso.
· “É com a ‘notitia criminis’ que a Autoridade Policial dá início às investigações. É, assim, através dela que se inicia a persecução penal.” (Tourinho Filho).
Exemplos:
Pública incondicionada: Art. 168. CP, Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
I - em depósito necessário;
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
III - em razão de ofício, emprego ou profissão.	
Privada: Art. 138. CP, - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
	Condicionada: Art. 147. CP, - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
questões
1) (OAB-DF/2000 – ad.) Analise as proposições a seguir e assinale a correta:
I) Para a instauração de inquérito por crime de ação privada personalíssima, o ofendido ou seu representante legal deverá oferecer queixa na delegacia;
II) A finalidade do inquérito policial é a apuração de fato que configure infração penal e respectiva autoria, para que a autoridade policial possa propor a instauração da ação penal;
III) é vedada a delatio criminis anônima no ordenamento jurídico brasileiro;
IV) O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
a) apenas as alternativasI e III estão corretas;
b) apenas as alternativas II e IV estão corretas;
c) apenas as alternativas I e IV estão corretas;
d) apenas as alternativas III e IV estão corretas.
2) (OAB-PR/2008) Assinale a opção correta de acordo com o CPP:
a) Com a aplicação imediata da lei processual penal, os atos realizados sob a vigência da lei anterior perdem sua validade.
b) A lei processual penal não admite interpretação extensiva.
c) Caso a autoridade policial tome conhecimento de um crime de ação penal privada, ela poderá instaurar, de ofício, o inquérito policial.
d) Caso a autoridade policial tome conhecimento da prática de infração penal, ela deve averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, bem como quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
3) (OAB – XII Exame Unificado – 2013) Quanto ao inquérito policial, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O inquérito policial poderá ser instaurado de ofício pela Autoridade Policial nos crimes persequíveis por ação penal pública incondicionada. 
b) O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá ser iniciado sem ela. 
c) Nos crimes de ação penal privada, não caberá instauração de inquérito policial, mas sim a lavratura de termo circunstanciado. 
d) O inquérito policial, mesmo nos crimes hediondos, poderá ser dispensável para o oferecimento de denúncia.
Processo Penal - 19/03 – Aula 5
Inquérito Policial
· Diligências, providências, conclusão é controle externo da atividade.
· Diligências: ausência completa de ordem para as diligências. Quaisquer diligências, desde que lícitas podem ser utilizadas e praticadas pelas diligências. - Art. 6º, CPP - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: - I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei nº 5.970, de 1973).
· Autoridade pode ir ao local dos fatos para apurar, ou não permitir alteração, modificação do estado das coisas. I
· Ele pode apreender os objetos, itens que irá ser parte do crime. II, Art. 11 - II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994).
· Colheitas das provas que possam ser colhidos. III - III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
· Ouvir o ofendido, vítimas. IV - IV - ouvir o ofendido;
· Ouvir o indiciado. V. É quando o delegado entende que encontrou o suspeito, e então ele escolhe em ouvi ló em condição de indiciado (Lei: 12830/13). - V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
· Reconhecimentos de pessoas e coisas, possível de se realizar nessa fase de inquérito. Até mesmo acareações. - VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
· Exames periciais aqui também poderão ter todos os exames periciais nessa fase. - VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
· Identificação policial, ordenar essa identificação para juntar aos atos. Foto geral do envolvido. Datiloscópica. - VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
· Averiguação da vida pregressa. - IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
· Reprodução simulada dos fatos é quando o policial vai juntar aos fatos acorridos, e faz a reprodução simulada. - Art. 7º, CPP - Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
“O suposto autor do ilícito penal não pode ser compelido, sob pena de caracterização de injusto constrangimento, a participar de reprodução simulada do fato delituoso. O magistério doutrinário, atento ao princípio que concede a qualquer indiciado ou réu o privilégio contra a auto-incriminação, resulta a circunstância de que é essencialmente voluntária a participação do imputado ao ato – provido de indiscutível eficácia probatória – concretizador da reprodução simulada de fato delituoso.” (STF)
· Outras diligências possíveis, desde que lícitas. - Art. 13, CPP - Incumbirá ainda à autoridade policial:
 I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos;
 II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
 III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
 IV - representar acerca da prisão preventiva.
Art. 14, CPP - O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
· É aplicável o Art. 15 do Cpp? > não tem qualquer aplicação na atualidade.
Art. 15,CPP - Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.
· Conclusão do Inquérito: quando o delegado, após todas as diligências ele faz o relatório. Ele é um facilitador do titular da ação penal.
· O relatório deve ser descritivo, relatando o máximo de informação para o titular da ação. Sem valorativo.
· Prazo: 10 dias para presos e 30 dias para quando estiver solto e esse prazo pode ser prorrogado indefinido, e se ele não terminar, o delegado vai ao juiz para pedir mais prazos.
· **No Paraná esse prazo é fixado pelo ministério público, e não pelo juiz. O prazo deve ser sempre pelo juiz.
· Art. 10, CPP - O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
· Art. 66, LEI 5010/66 - O prazo para conclusão do inquérito policial será de quinze dias, quando o indiciado estiver prêso, podendo ser prorrogado por mais quinze dias, a pedido, devidamente fundamentado, da autoridade policial e deferido pelo Juiz a que competir o conhecimento do processo.
· Parágrafo único. Ao requerer a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, a autoridade policial deverá apresentar o prêso ao Juiz.
· Art. 51, LEI 11,343/06 - O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único.  Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
Art. 10, CPP - § 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
Art. 10, CPP - § 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
· Exceções:
· Quanto ao prazo > Se for Polícia federal, 5010/66 > prazo é de 15 dias para preso. E mantém o 30 se estiver solto
· Crimes de drogas: prazo e de 30 dias para o preso e de 90 dias para o solto.
· Encaminhamento:
· Terminados esse inquérito, os atos são encaminhados ao ministério público, e após ele estudar esse inquérito, ele pode fazer três atos: 
· Intender que existe elementos suficientes para oferecer a denúncia, e assim, vira ação penal,
· Ele podeestudar o caso, e verifica que o delegado deixou de realizar um procedimento importante. Assim, ele devolve para o delegado corrigir esses atos, para novas diligencias. 
Art. 16, CPP - O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
· Ministério Público lê o inquérito e entende que não tem crime, ou ele, não vê nexo suficiente para existir um crime. Então ele vai pedir o arquivamento desta petição. O único que pode arquivar o inquérito é o juiz. 
Art. 17, CPP - A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
· E então o juiz vai ter duas alternativas: ele aceita e arquiva, e/ou não é o caso de arquivamento. E assim, aplica o procedimento do Art. 28, CPP > nessa situação o juiz deve encaminhar o inquérito ao superior do ministério, ou seja, ao procurador geral e ele irá terá três alternativas: a) o juiz tem razão e ofereço a denúncia, b) designar outro promotor para analisar o caso e c) ele pode insistir no arquivamento, e o juiz é obrigado a arquivar.
Art. 28, CPP - Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
· Obs.: posso reabrir um inquérito Arquivado? Sim, desde que surjam novas provas. Não provas do tempo (datas após o arquivamento), e sim, uma desconhecida. 
Art. 18, CPP - Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
· Ação penal privada > Art. 19, CPP - Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
questões
1) (OAB-PR/2003) Sobre o inquérito policial, assinale a alternativa incorreta:
a) Deve ter assegurado o sigilo necessário à investigação dos fatos.
b) Ordenado o seu arquivamento por falta de base para a denúncia, somente poderá a autoridade policial proceder novas pesquisas se de outras provas tiver notícias.
c) Sendo o indiciado menor não é mais obrigatória a nomeação de curador pela autoridade policial.
d) Sendo o delito de menor importância, pode a autoridade policial determinar o arquivamento.
2) (OAB-PR/2003) Assinale a alternativa correta:
a) Se o indiciado tiver sido preso em flagrante, o prazo para a conclusão do inquérito é de 5 (cinco) dias.
b) Estando o indiciado solto, o prazo para conclusão do inquérito é de 30 (trinta) dias.
c) Estando o indiciado preso preventivamente, o prazo para a conclusão do inquérito será de 5 (cinco) dias, contado do dia em que for cumprido o mandado de prisão.
d) Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao Ministério Público a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo promotor.
3) (OAB-PR/2004) Assinale a alternativa correta:
a) O inquérito policial é indispensável para o exercício do direito de ação pelo representante do Ministério Público;
b) Nas hipóteses de ação penal de iniciativa privada, o inquérito policial só pode ser instaurado a requerimento daquele que tem legitimidade para propor a referida ação.
c) Se o crime é apenado com detenção, a própria autoridade policial pode decidir sobre o arquivamento do IP.
d) O Inquérito Policial, em qualquer hipótese de réu preso, deve terminar em 10 (dez) dias.
4) (OAB/2015 – XVII Exame Unificado) No dia 01/04/2014, Natália recebeu cinco facadas em seu abdômen, golpes estes que foram a causa eficiente de sua morte. Para investigar a autoria do delito, foi instaurado inquérito policial e foram realizadas diversas diligências, dentre as quais se destacam a oitiva dos familiares e amigos da vítima e exame pericial no local. Mesmo após todas essas medidas, não foi possível obter indícios suficientes de autoria, razão pela qual o inquérito policial foi arquivado pela autoridade judiciária por falta de justa causa, em 06/10/2014, após manifestação nesse sentido da autoridade policial e do Ministério Público. Ocorre que, em 05/01/2015, a mãe de Natália encontrou, entre os bens da filha que ainda guardava, uma carta escrita por Bruno, ex-namorado de Natália, em 30/03/2014, em que ele afirmava que ela teria 24 horas para retomar o relacionamento amoroso ou deveria arcar com as consequências. A referida carta foi encaminhada para a autoridade policial. Nesse caso:
a) nada poderá ser feito, pois o arquivamento do inquérito policial fez coisa julgada material.
b) a carta escrita por Bruno pode ser considerada prova nova e justificar o desarquivamento do inquérito pela autoridade competente.
c) nada poderá ser feito, pois a carta escrita antes do arquivamento não pode ser considerada prova nova.
d) pela falta de justa causa, o arquivamento poderia ter sido determinado diretamente pela autoridade policial, independentemente de manifestação do Ministério Público ou do juiz.  
Processo Penal I - 21/03 – Aula 6
Ação Penal: Teoria da ação, classificação e ação penal pública incondicionado: 
· Ação é um direito que todos nós temos de pleitear a solicitação ao Estado. 
· Teoria da Ação
· Fundamentação do Direito de Ação:
“Se é o Estado que distribui justiça e, para tanto, instituiu órgãos adequados, é claro que aqueles que dela necessitam têm o direito subjetivo de levar-lhe ao conhecimento um litígio, invocando-lhe a aplicação da norma. Aí está, pois, o direito de ação. Direito que todos nós temos de nos dirigir ao Estado-Juiz, invocando-lhe a garantia da tutela jurisdicional.”
(Tourinho Filho)
· Base Constitucional - Cf. Art. 5, - XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
· Conceito: “Direito de invocar-se o Poder Judiciário para aplicação do Direito Objetivo” (Magalhães Noronha).
· Ação Penal
· Distinção com ação civil: pretensão do autor
· Ação penal: é solicitada para o Estado. Sempre é no sentido de pedir a condenação.
· Conceito: “Direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do Direito Penal objetivo” (Tourinho Filho)
· Classificação da ação Penal
· Tutela Jurisdicional Invocada: Com elementos subjetivos, seguindo os critérios do processo civil.
· Ação penal de conhecimento: modalidades de ação penal seguindo todos os trâmites normais.
· Ação penal cautelar: abrem mão da cognição, e nem analiso tanto as provas. É preciso uma rapidez, e o Estado abre mão destes segmentos, ex. Habeas Corpus.
· Ação penal de execução: toda e qualquer medida criminal;
· Essas são as que nos interessa: as que estão na lei.
· Elemento Subjetivo (de acordo com o titular da ação):
· Pública: quando é o poder público o titular > MP > pode ser uma ação pública incondicionada. Independentemente do querer das partes.
· Utiliza-se esse elemento, quando envolvi a sociedade, tem influência coletivamente.
· Ação pública, mas condicionada: são graves, devem uma resposta e para que o Estado exerça essa ação, ele irá precisar de uma representação das partes, ou uma requisição (Ministério Público).
· Iniciativa privada: quando o titular do direito de ação é um indivíduo particular. Ela será pura.
· Ação privada subsidiária Pública: só será utilizada, quando o ministério público deixa de atuar.
· Ação pública incondicionada 
· Repercussão social
· Regra geral: Art. 24; CPP - § 2º Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993).
· Desnecessidade de inquérito: Art.27, CPP - Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
· Princípios Norteadores
· Oficialidade: “pertence ao Estado”, pode exercer de ofício.
“O princípio da oficialidade informa no sentido de que o órgão encarregado de movimentar a máquina judiciária e promover a ação penal nas infrações penais de iniciativa pública é oficial, isto é, faz parte da estrutura do Estado.” (Levy Emanuel Magno).
· indisponibilidade: Art. 42; Cpp. O ministério público, promotor, não pode desistir de uma ação penal. Porque ela é oficial, pertence ao Estado. Não significa dizer que lá no final em alegações finais, ele não pode solicitar a absolvição do réu.
“O Ministério Público não poderá desistir da ação penal” (CPP, art. 42).
“Não pode dispor, o Ministério Público, daquilo que não lhe pertence.” (Paulo Rangel).
· Legalidade/Obrigatoriedade: se existir materialidade, justa causa, base para a denúncia, ele tem o dever de propor a ação. Ele não pode ignorar uma ação pública, quando se tenha argumentos para propor a ação. Não tem nada ver com inquérito, isso não é critério para aceitar uma ação.
“O Ministério Público é o ‘dominus litis’ da ação penal pública (...) estando sujeito ao princípio da obrigatoriedade (ou da legalidade, ou necessidade), não ficando a seu arbítrio ou discricionariedade a propositura da ação penal pública (TJAM)”.
“Não podemos confundir a liberdade de agir que tem o Ministério Público (...) com a obrigação de promover ação de qualquer maneira. Não. Dever de agir, desde que presentes os requisitos que viabilizam o curso do processo. Assim, pode e deve o Ministério Público deixar de promover a ação desde que o fato apurado no inquérito seja atípico ou, embora típico, não haja justa causa.” (Paulo Rangel).
· Intranscendência: Pública e privadas > não pode transcender a pessoa do acusado/ réu. Ninguém assumi o crime de outro, dívidas etc.
· indivisibilidade : Art. 48; Cpp, somente para ações penais privadas. No entanto, na doutrina, ele vale também para as públicas. ?? - o titular da ação privada, é obrigado a propor a ação contra todos os envolvidos, não pode propor somente para um, ou escolher um entre eles.
· A divergência sobre a indivisibilidade
“A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.” (CPP, art. 48)
*	*	*
“A denúncia tem de abranger todos os participantes do crime, não podendo abstrair nenhum. A divisibilidade da ação penal acarreta, irremediavelmente, a nulidade do processo, por se tratar de falta insanável.” (TJMT)
*	*	*
“O princípio da indivisibilidade – peculiar à ação de iniciativa privada – não se aplica às hipóteses de perseguibilidade mediante ação penal pública.” (STF)
questões
1) (OAB-PR/2004) Assinale a alternativa correta:
a) O delegado é o presidente do inquérito policial e o titular da ação penal nos casos de contravenção penal;
b) Toda a ação penal deve ser proposta pelo Ministério Público;
c) O Ministério Público não poderá desistir da ação penal;
d) A representação da vítima é requisito necessário para toda a ação penal pública condicionada.
2) (OAB – X Exame Unificado – 2013) Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, o Promotor deverá:
A) arquivar os autos. 
B) oferecer denúncia. 
C) determinar a baixa dos autos. 
D) requerer o arquivamento.
3) (OAB – X Exame Unificado – 2013) Um professor na aula de Processo Penal esclarece a um aluno que o Ministério Público, após ingressar com a ação penal, não poderá desistir dela, conforme expressa previsão do Art. 42 do CPP. O professor estava explicando ao aluno o princípio da 
A) indivisibilidade. 
B) obrigatoriedade. 
C) indisponibilidade. 
D) intranscedência.
4) (MP-SP/2005) Os princípios da ação penal pública são:
a) obrigatoriedade, indisponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e intranscedência.
b) obrigatoriedade, disponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e intranscedência.
c) oportunidade, disponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e transcendência.
d) oportunidade, disponibilidade, iniciativa da parte, indivisibilidade e transcendência.
e) oportunidade, indisponibilidade, iniciativa da parte, individualidade e intranscedência.
Processo Penal I - 26/03 – Aula 7
Ação Penal Pública Condicionada
· Para que o estado exerça sua opção de ação, ele depende de uma provocação de credibilidade.
· Conceito:
“Se a propositura da ação penal, pelo órgão do Ministério Público, depender de representação do ofendido ou de quem o represente legalmente, ou de requisição do Ministro da Justiça, diz-se que a ação penal é pública condicionada. Pública, porque promovida pelo órgão do Ministério Público; condicionada, porque este não poderá promovê-la sem que esteja satisfeita a condição exigida pela lei: representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça.” (Tourinho Filho).
· Ração de ser:
“O pressuposto genérico de se condicionar a propositura da ação à manifestação de vontade do ofendido repousa na divisão que se faz dos crimes: a) uns afetam sobremaneira o interesse geral. Nesses casos, a ação penal é pública incondicionada. b) Outros afetam imediatamente o interesse do particular e mediatamente o interesse geral. Nesses casos, quem promove a ação penal é o Ministério Público, desde que haja consentimento, permissão do ofendido. É a ação penal pública condicionada. C) Finalmente, outros afetam tão imediata e profundamente o interesse privado que o Estado nem exerce o ‘jus accusationis’. Transfere-o ao ofendido (ação privada).” (Tourinho Filho).
· Rol exemplificativo:
· Lesão corporal leve ou culposa: Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
Qual é e o que é a Representação?
· Conceito: Manifestação de vontade do ofendido ou de quem legalmente o represente, a fim de ser instaurado o processo. 
· Natureza Jurídica: instituto de processo penal. Ela é uma condição de procedibilidade > condições secundárias da ação. Tenho algumas condições específicas de ação, que vale para algumas. Sinal verde para que o Ministério Público exerça sua ação
· Endereçamento: a quem, para quem deve dirigir minha solicitação: (condicionada)
· Delegado, autoridade policial;
· Direto, junto ao ministério público;
· Juízo, diretamente. Durante uma audiência, posso sofrer alguma afronta.
· Art. 39, CPP - O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
· Conteúdo:
· Oralmente, escrita. Quando fizer um boletim de ocorrência. Art. 39; §1 e §2.
· § 1º A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
· § 2º A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria.
· Legitimidade: quem pode exercer o direito a representação?
· Regra geral: pode exercer: a própria vítima, ou procurador com poderes especiais. Art. 39; Art. 24; §1 e Art. 36. Mesmo após a morte da vítima, os representantes podem solicitar, eles estão no rol no Cpp.
· Art. 39, CPP - O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmenteou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
· Art. 24, § 1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993).
· Art. 36, CPP - Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.
· Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
· Ofendido menor: Cpp, Art. 34;; Art. 33. Se não tiver representante legal, ou se houver uma conivência de interesses, o Estado nomeia um curador pra que haja essa oferta de representação. Menor: Art. 34 está revogado. Regra geral acima de tudo. Se estiver o menor, deve o representante legal.
· Art. 33, CPP - Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal.
· Art. 34, CPP - Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal.
· Possibilidade ou não de Retratação:
· Exercer o meu direito de representação, e me arrepender, posso fazer a retratação, até o oferecimento da denúncia. Se houver o oferecimento, o ministério público não poderá haver mais a retratação. * oferecendo já vale para não haver a retratação.
· Art. 25, CPP - A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
· Prazo para representação: Prazo DECADÊNCIA – Prazo Penal.
· Sendo vítima de uma lesão culposa, e quero oferecer a representação: será que tenho um prazo ou não? - sim, tenho um prazo decadencial de seis meses contados a partir da ciência da autoria do crime. Art. 38. Esse prazo não é processual. E sendo assim, a contagem, é no mesmo dia que inicia. É um prazo de seis mesmos, não contados a partir do fato, e sim, do momento que eu sei quem é Autor do fato. O prazo está contando a partir da ciência da autoria do fato, não é da data que recebeu a notícia, ou ocorreu o fato.
· Art. 38, CPP - Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
· Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
· Questões Relevantes:
· a) é obrigatória a regra do cpp, art. 39,§4o?
· Não é obrigatória.
· b) é possível a retratação da retratação?
· Não tem resposta, depende da jurisprudência. Para a doutrina a esmagadora diz que não.
· c) a pessoa que faz a representação é obrigada a definir juridicamente o fato?
· Não, o mais simples possível.
· d) feita a representação apenas contra um, poderá ser oferecida denúncia contra os demais partícipes do mesmo fato?
· Não tem resposta. Depende.
· e) se durante a fluência do prazo de representação, a vítima atingir a maioridade civil, terá integralmente os seis meses ou apenas o tempo restante?
· 
· f) se após o prazo de seis meses a vítima completa 18 anos, ela pode representar?
· 
· Requisição ao do Ministro da Justiça: 
· Conceito: “A requisição nada mais é senão mera autorização para proceder, permissão para ser instaurado o processo, manifestação de vontade que tende a provocar a atividade processual. Ela é, por assim dizer, a representação política” . 
· Os crimes nessa requisição, todos são por politicagem.
· Todo o regra desta requisição e doutrinária.
· A representação ela pode ser retratada até uma.
· Prazo: não tem para.
· Hipóteses: a) nos crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7o, §3o, ‘b’), b) nos crimes contra a honra cometidos contra Chefe de Governo estrangeiro (CP, art. 141, I c/c art. 145, p. ún.), c) nos crimes de injúria praticados contra o Presidente da República (CP, art. 141, I c/c art. 145, p. ún); d) nos crimes contra a honra cometidos por meio da imprensa cometidos contra Ministro do Estado ou Ministro do STF.
· Início da Ação Penal Pública:
· Denúncia: Peça inaugural da ação penal nas ações penais públicas (condicionadas ou incondicionadas).
· Conteúdo: ela é uma peça do titular da ação e deve ter os ditames do artigo 41.
· Art. 41, CPP - A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
· Para crimes de sociedades econômicas (sócios):
· Essa denúncia deve ser oferecida, logo que receber nessa solicitação, o líder tiver qualquer item do Art. 46.
· Se o Ministério Público não oferece dentro deste prazo, é tratado como uma simples irregularidade.
· Art. 46, CPP - O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
· § 1º Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação.
· § 2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.
“Quando se trata de crime societário, a denúncia não pode ser genérica. É necessária a descrição pormenorizada de condutas.” (STF)
*	*	*
“Não há necessidade de individualizar condutas nos crimes societários.” (STJ).
questões
1) (OAB-PR/2001) Assinale a alternativa correta:
a) O inquérito da ação penal pública incondicionada não pode ser provocado por qualquer pessoa do povo.
b) A ação penal pública condicionada pode ser iniciada por representação do cônjuge supérstite da vítima.
c) A representação, mesmo depois de oferecida a denúncia, pode ser retratada.
d) A representação é irretratável a qualquer tempo.
2) (OAB-SP/2000) Nos crimes em que se processa mediante ação penal pública condicionada à representação, com a morte do ofendido, é correto dizer que:
a) o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão do ofendido;
b) o direito de representação é intransferível, devendo ser arquivado o inquérito policial;
c) a requerimento dos parentes do ofendido, por escritura pública, poderá ser nomeado advogado para promover a ação penal;
d) o Ministério Público, dominus litis, poderá promover a ação penal.
(OAB – XII Exame Unificado – 2013) João e José, músicos da famosa banda NXY, se desentenderam por causa de uma namorada. João se descontrolou e partiu para cima de José, agredindo-o com socos e pontapés, vindo a ser separado de sua vítima por policiais militares que passavam no local, e lhe deram voz de prisão em flagrante. O exame de corpo de delito revelou que dois dedos da mão esquerda do guitarrista José foram quebrados e o braço direito, luxado, ficandoimpossibilitado de tocar seu instrumento por 40 dias. 
Na hipótese, trata-se de crime de ação penal: 
A) privada propriamente dita. 
B) pública condicionada à representação. 
C) privada subsidiária da pública. 
D) pública incondicionada.  
Processo Penal I - 02/04 – Aula 8
· Ação Penal Privada
· Oposto da ação pública, aqui o titular do direito da ação é o próprio ofendido. Quem deve promover é o próprio.
· Críticas: tecnicamente é errado chamar de ação penal privada, deveria ser chamada de ação penal de iniciativa privada, está na cf.
· Não faz sentido nenhum o Estado tipificar algum crime, mas no processo penal, ele diz que apesar de considerar crime, ele não irá fazer nada.
· Novo código penal, não teremos ação penal privada. 
· Conceitos: “Nos casos expressamente previstos em lei, e que correspondem àquelas situações em que o interesse particular é de tal monta que prepondera sobre o social, somente a parte ofendida ou seu representante legal poderão intentar a ação penal correspondente. Esta é a ação penal privada.” (Walter P. Acosta)
· Justificativa > Razão de Ser: “Já vimos, inicialmente, que toda ação penal é pública. Entretanto, no Direito pátrio, à maneira do que ocorre em várias legislações, admite-se a ação penal privada, atendendo-se àquelas razões já aduzidas: 
· a) a tenuidade da lesão à sociedade; 
· b) o assinalado caráter privado do bem jurídico tutelado; 
· c) o ‘strepitus judicii’ (o escândalo do processo, a publicidade dada ao fato em decorrência do processo), que pode ser muito mais prejudicial ao interesse da vítima que a própria impunidade do culpado. (Tourinho Filho)”.
· Rol exemplificativo: Crimes contra a honra (CP, arts. 138 a 140), esbulho possessório (CP, art. 161), dano (CP, art. 163), violação de direito autoral (CP, art. 184), crimes contra a propriedade intelectual (Lei n. 9.279/96), exercício arbitrário das próprias razões (CP, art. 345).
· Localização Legislativa: Art. 100, CP - § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
· § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
· Princípios:
· Princípio da oportunidade/conveniência: nota de oportunidade, se eu quiser somente.
· Princípio da disponibilidade: o ofendido pode dispor da ação a qualquer tempo, abrir mão. Ele pode dar pelos três tipos de institutos:
· Renúncia: 1- renúncia antecede a ação penal, 2- essa renúncia eu posso fazer de maneira expressa ou de maneira tácita, quando eu deixo de registar a queixa, 3- RENUNCIO a queixa em prol de um, todos entram nessa renúncia, pelo fato de ser indivisível o meu direito de queixa. Art. 49, CPP – A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
· Perdão: 1- é posterior a ação penal, audiência, recurso, ou durante. 2- tal qual a renúncia, e pelos mesmos motivos, o perdão em relação a um, automaticamente se estende aos demais. 3- só ira surtir efeito caso a outra parte aceite. Art. 51, CPP – O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
· Perempção: “perdão tácito” é considerado um descaso por parte do autor. Acima de 30, ou deixei de comparecer. Art. 60, CPP – Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I – quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II – quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III – quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV – quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
· Esses três itens são a aplicação real da ação.
· Se eu abro mão da queixa, antes de registrar a queixa, é renúncia. Se for após a queixa, ajuizado ela é perdão.
· Principio da indivisibilidade: Cpp, Art. 48: se eu sou uma vítima de um crime cometido por varias pessoas, eu tenho a obrigatoriedade de oferecer a queixa contra todos. Não posso deixar um suposto réu fora desta ação.
· Princípio da intranscendência: o herdeiro não responde pelas ações dos pais. Os herdeiros do réu não herdam a ação.
· Divisão da ação penal privada:
· Ação privada propriamente dita: pura
· Ação penal privada personalíssima: Art. 240; §2 somente em situações previstas em que é a vitima própria que irá efetivar essa ação. (Ex. Crime de adultério). Art. 236> único personalíssimo.
· Ação penal privada subsidiária da pública: é quando o público deixa de oferecer a denúncia, e então o privado chama pra si, o direito de ação privada.
· Queixa-crime: O titular da ação é chamado de querelante (autor), e o réu é querelado (réu).
· Conceito: Manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante, a fim de ser instaurada ação privada.
· Endereçamento: só ao juízo. Exclusivamente.
· Conteúdo: precisa conter nessa queixa, exatamente as mesmas coisas da denúncia. Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
· Legitimidade: aproxima se da representação, regra geral e o próprio ofendido, através do procurador com poderes especiais (Se houver a morte desta vítima, o direito de contratar um advogado passa ao rol de pessoas). Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. Art. 31.No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.
· Poderes especiais: procurações com poderes: Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
· Ofendido for menor: Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal. Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal.
· A mulher casada: Cpp, Art. 35 – revogado.
· Pessoa Jurídica: 
· Prazo para oferecer: decadencial de seis meses, contados a partir da ciência do fato. Prazo penal. - Art. 3, CPP - As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
· O problema da prova na contagem do prazo: Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso

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