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Caderno de questões-PMMG

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PMMG
SOLDADO(CFSd QPPM - INTERIOR)
 Língua Portuguesa e Redação
 Noções de Direito Penal
 Noções de Direito Constitucional
 Noções de Direito Penal Militar
 Direitos Humanos
 Legislação Extravagante
 Noções de Estatística
GG EDUCACIONAL EIRELI
SIA TRECHO 3 LOTE 990, 3º ANDAR, EDIFÍCIO ITAÚ – BRASÍLIA-DF
CEP: 71.200-032
TEL: (61) 3209-9500
faleconosco@editoragrancursos.com.br
Bruno Pilastre
Rodrigo Larizzatti
Ivan Lucas
Hêlbert Borges
Wilson Garcia / Leonardo de Medeiros
Roberto Vasconcelos
PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro
DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado
CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e João Dino
DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira
SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano
DIAGRAMAÇÃO: Charles Maia, Oziel Candido da Rosa e Washington Nunes Chaves
REVISÃO: Carolina Fernandes, Emanuelle Alves Melo, Hudson Maciel, Luciana Silva e Sabrina Soares
CAPA: Pedro Wgilson
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19/02/1998, nenhuma parte 
deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de 
informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio 
consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.
09/2015 – Editora Gran Cursos
GS1: 789 862 062 0 431
4
BRUNO PILASTRE
Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília. 
Professor de Redação Discursiva e Interpretação de 
Textos.
Autor dos livros Guia Prático de Língua Portuguesa e 
Guia de Redação Discursiva para Concursos pela editora 
Gran Cursos.
HÊLBERT BORGES
Bacharel em Direito e Ciências Sociais pela AEUDF, Gra-
duado e Pós-graduado em Segurança Pública pela Academia 
de Polícia Militar de Brasília e Pós-graduado em Segurança 
Pública e Cidadania pela Universidade de Brasília/UnB. Pos-
suidor do Curso de Altos Estudos Estratégicos em Segurança 
Pública e Cidadania pela Academia de Polícia Militar de Brasília. 
É professor há mais de 18 anos, lecionando na Acade-
mia de Polícia Militar de Brasília, no Centro de Formação e 
Aperfeiçoamento de Praças da PMDF, e em cursos prepa-
ratórios para concursos, nas áreas de Direito Penal, Direito 
Processual Penal, Direito Penal Militar, Direitos Humanos, 
Legislação Penal Extravagante, Técnicas de Ensino, Técni-
cas Policiais, Técnicas de Segurança, Teoria e Normas de 
Segurança, Relações Públicas, Assessoria de Imprensa, 
Comunicação Social, Legislação, Regulamento e Regime 
Jurídico (Estatutos) da PMDF e do CBMDF, sendo um dos 
responsáveis pela formação, habilitação, aperfeiçoamento e 
especialização do efetivo da Polícia Militar do Distrito Fede-
ral. Atualmente é Oficial Superior no posto de Tenente Coro-
nel do quadro de oficiais policiais militares combatentes. Foi 
subcomandante do 4º Batalhão de Polícia Militar no Guará, 
juiz militar pela Auditoria Militar do TJDF, chefe do Centro de 
Comunicação Social da PMDF. Atualmente é chefe da Seção 
de Legislação do Estado Maior da Polícia Militar do DF e 
encontra-se realizando o Curso Superior de Política e Estra-
tégia pela Escola Superior de Guerra das Forças Armadas.
É autor, pela Editora Gran Cursos, do livro Comentários 
ao Estatuto da Polícia Militar do Distrito Federal.
IVAN LUCAS
Pós-graduando em Direito de Estado pela Universidade 
Católica de Brasília, Ivan Lucas leciona Lei 8.112/90, Direito 
Administrativo e Direito do Trabalho. Ex-servidor do Superior 
Tribunal de Justiça, o professor atualmente é analista do Tri-
bunal Regional do Trabalho da 10ª Região.
Possui grande experiência na preparação de candidatos 
a concursos públicos. 
É autor, pela Editora Gran Cursos, das obras: Direito do 
Trabalho para concursos – Teoria e Exercícios; Lei n. 8.112/90 
comentada – 850 exercícios com gabarito comentado; Lei n. 
8.666/1993 – Teoria e Exercícios com gabarito comentado; 
Atos Administrativos – Teoria e Exercícios com gabarito 
comentado; 1.500 Exercícios de Direito Administrativo; 1.000 
Exercícios de Direito Constitucional; Legislação Administra-
tiva Compilada, dentre outras.
LEONARDO DE MEDEIROS
É advogado e foi professor da UFPE. 
Leciona em cursos preparatórios para concursos em 
Brasília e no Paraná.
ROBERTO VASCONCELOS 
Engenheiro Civil formado pela Universidade Fede-
ral de Goiás, pós-graduado em Matemática Financeira e 
Estatística. Leciona exclusivamente para concursos há 18 
anos, minis trando: Matemática, Raciocínio Lógico e Estatís-
tica. Autor dos livros Matemática Definitiva para Concursos 
e Raciocínio Lógico Definitivo para Concursos pela editora 
GranCursos.
RODRIGO LARIZZATTI 
Bacharel em Direito e Ciências Sociais pela Universi-
dade Paulista/SP (1996). Pós-graduado em MBA/Metodolo-
gia do Ensino Superior pela Universidade Católica de Brasí-
lia – UCB (2001) e MBA/Gestão de Polícia Judiciária pelas 
Faculdades Fortium (2008). É Delegado de Polícia Civil 
do Distrito Federal, professor de cursos preparatórios com 
larga experiência e ex-professor universitário, lecionando 
as dis ciplinas de Direito Penal, Legislação Penal Extra-
vagante e Direito Processual Penal. Ingressou na Polícia 
Civil do Estado de São Paulo no ano de 1991, no cargo 
de Agente Policial, tendo em 1992 sido novamente apro-
vado em cer tame para a função de Investigador de Polícia, 
que exer ceu até 1996. Aprovado em 1997 para o cargo de 
Agente de Polícia Federal, optou pela carreira jurídica de 
Delegado de Polícia Civil do Distrito Federal, ingressando 
nos quadros da PCDF em 1999, onde permanece até hoje. 
Atuou na advo cacia, nas áreas Criminal, Administrativa e 
Constitucional. Autor do livro Compêndio de Direito Penal 
pela editora Gran Cursos.
AUTORES
5
WILSON GARCIA
Bacharel em Direito pela UCDB, Pós-Graduado em 
Direito Público pela UCDB, Curso da Escola Superior do 
Ministério Públicos/MS.
Ministra aulas de Direito Administrativo, LODF e Código 
de Defesa do Consumidor, das Leis 8.112/90, 8.429/92, 
8.666/93, 9.784/99, 8.987/95, LC 840/11-DF, e outras legis-
lações.
Professor em diversos cursos preparatórios para con-
cursos e preparatório para a OAB. 
Diretor do site: sites.google.com/site/professorwilson-
garcia;
Grupo do facebook: Alunos do Prof. Wilson Garcia.
Autor das obras: Série – A Prova – LODF pela Editora 
Gran Cursos, Direito Civil e Processual Civil. Volume 13, da 
Apostila Digital: “Resumão do Wilsão” - Direito Administra-
tivo, do Artigo “Prescrição e Decadência no Direito Civil” - 
Revista Síntese, 
Autor dos livros digitais, pela Editora Saraiva, Principais 
Pontos – Volume I – Lei 8.429/92 – Improbidade Administrativa 
– 2º edição; Principais Pontos – Volume II – LODF –2º edição; 
Principais Pontos – Volume IV – LC 840 em Exercícios;
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO ..............................................................................................................7
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ......................................................................................................................107
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................................233
NOÇÕES DE DIREITO PENAL MILITAR .......................................................................................................383
DIREITOS HUMANOS .................................................................................................................................443
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ....................................................................................................................447
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA ...........................................................................................................................615
ÍNDICE GERAL
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
LINGUAGEM: COMO INSTRUMENTO DE AÇÃO E INTERAÇÃO PRESENTE EM TODAS AS ATIVIDADES 
HUMANAS; FUNÇÕES DA LINGUAGEM NA COMUNICAÇÃO; DIVERSIDADE LINGUÍSTICA (LÍNGUA 
PADRÃO, LÍNGUA NÃO PADRÃO) ..........................................................................................................52/77LEITURA: CAPACIDADE DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DO CONTEXTO SOCIAL, ECONÔMI-
CO E CULTURAL (LEITURA DE MUNDO) .....................................................................................................57
TEXTO: OS DIVERSOS TEXTOS QUE SE APRESENTAM NO COTIDIANO, ESCRITOS NAS MAIS DIFE-
RENTES LINGUAGENS VERBAIS E NÃO-VERBAIS (JORNAIS, REVISTAS, FOTOGRAFIAS, ESCULTURAS, 
MÚSICAS, VÍDEOS, ENTRE OUTROS) ...........................................................................................................64
ESTRUTURA TEXTUAL: ORGANIZAÇÃO E HIERARQUIA DAS IDEIAS: IDEIA PRINCIPAL E IDEIAS SE-
CUNDÁRIAS; RELAÇÕES LÓGICAS E FORMAIS ENTRE ELEMENTOS DO TEXTO: A COERÊNCIA E A 
COESÃO TEXTUAL; DEFESA DO PONTO DE VISTA: A ARGUMENTAÇÃO E A INTENCIONALIDADE; 
ELEMENTOS DA NARRATIVA; DISCURSO DIRETO; DISCURSO INDIRETO E INDIRETO LIVRE; SEMÂN-
TICA: O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS E DAS SENTENÇAS: LINGUAGEM DENOTATIVA E CONOTATI-
VA; SINONÍMIA, ANTONÍMIA E POLISSEMIA ...............................................................................................59
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
8
PARTE 1 – GRAMÁTICA
CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA
ORTOGRAFIA OFICIAL
Iniciamos nossos trabalhos com o tema Ortografia 
Oficial. Sabemos que a correção ortográfica é requisito ele-
mentar de qualquer texto. Muitas vezes, uma simples troca 
de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de 
toda uma frase. Em sede de concurso público, temos de 
estar atentos para evitar descuidos. 
Nesta seção, procuraremos sanar principalmente um 
tipo de erro de grafia: o que decorre do emprego inade-
quado de determinada letra por desconhecimento da grafia 
da palavra.
Antes, porém, vejamos a distinção entre o plano 
sonoro da língua (seus sons, fonemas e sílabas) e a 
representação gráfica (escrita/grafia), a qual inclui sinais 
gráficos diversos, como letras e diacríticos. 
É importante não confundir o plano sonoro da língua 
com sua representação escrita. Você deve observar que 
a representação gráfica das palavras é realizada pelo sis-
tema ortográfico, o qual apresenta características especí-
ficas. Essas peculiaridades do sistema ortográfico são res-
ponsáveis por frequentes divergências entre a forma oral 
(sonora) e a forma escrita (gráfica) da língua. Vejamos três 
casos importantes:
I – Os dígrafos: são combinações de letras que repre-
sentam um só fonema. 
II – Letras diferentes para representar o mesmo fone-
ma.
III – Mesma letra para representar fonemas distintos.
Para ilustrar, selecionamos uma lista de palavras para 
representar cada um dos casos. O quadro a seguir apre-
senta, na coluna da esquerda, a lista de palavras; na coluna 
da direita, a explicação do caso.
Exemplos Explicação do caso
Achar
Quilo
Carro
Santo
Temos, nessa lista de palavras, exemplos de dígra-
fos. Em achar, as duas letras (ch) representam um 
único som (fricativa pós-alveolar surda). O mesmo 
vale para a palavra quilo, em que o as duas letras 
(qu) representam o som (oclusiva velar surda). 
Exato
Rezar
Pesar
Nessa lista de palavras, encontramos três letras 
diferentes (x, z e s) para representar o mesmo 
fonema (som): fricativa alveolar sonora.
Xadrez
Fixo
Hexacanto
Exame
Próximo
Mesma letra para representar fonemas distintos. A 
letra x pode representar cinco sons distintos: (i) con-
soante fricativa palatal surda; (ii) grupo consonantal 
[cs]; (iii) grupo consonantal [gz]; (iv) consoante frica-
tiva linguodental sonora [z]; e consoante fricativa 
côncava dental surda.
Há, também, letras que não representam nenhum 
fonema, como nas palavras hoje, humilde, hotel. 
DICA PARA A PROVA!
Os certames costumam avaliar esse conteúdo da se-
guinte forma:
1. O vocábulo cujo número de letras é igual ao de fone-
mas está em:
a. casa.
b. hotel.
c. achar.
d. senha.
e. grande.
Resposta: item (a).
Palavras-chave!
Fonema: unidade mínima das línguas naturais no nível fonê-
mico, com valor distintivo (distingue morfemas ou palavras com 
significados diferentes, como faca e vaca).
Sílaba: vogal ou grupo de fonemas que se pronunciam numa só 
emissão de voz, e que, sós ou reunidos a outros, formam pala-
vras. Unidade fonética fundamental, acima do som. Toda sílaba 
é constituída por uma vogal. 
Escrita: representação da linguagem falada por meio de signos 
gráficos.
Grafia: (i) representação escrita de uma palavra; escrita, trans-
crição; (ii) cada uma das possíveis maneiras de representar por 
escrito uma palavra (inclusive as consideradas incorretas); por 
exemplo, Ivan e Ivã; atrás (grafia correta) e atraz (grafia incor-
reta); farmácia (grafia atual) e pharmacia (grafia antiga); (iii) 
transcrição fonética da fala, por meio de um alfabeto fonético 
('sistema convencional').
Letra: cada um dos sinais gráficos que representam, na transcri-
ção de uma língua, um fonema ou grupo de fonemas.
Diacrítico: sinal gráfico que se acrescenta a uma letra para 
conferir-lhe novo valor fonético e/ou fonológico. Na ortografia do 
português, são diacríticos os acentos gráficos, a cedilha, o trema 
e o til.
EMPREGO DAS LETRAS
EMPREGO DE VOGAIS
As vogais na língua portuguesa admitem certa varie-
dade de pronúncia, dependendo de sua intensidade (isto é, 
se são tônicas ou átonas), de sua posição na sílaba etc. Por 
haver essa variação na pronúncia, nem sempre a memó-
ria, baseada na oralidade, retém a forma correta da grafia, a 
qual pode ser divergente do som. 
Como podemos solucionar esses equívocos? Temos 
de decorar todas as palavras (e sua grafia)? Não. A leitura e 
a prática da escrita são atividades fundamentais para evitar 
erros. 
Para referência, apresentamos a lista a seguir, a qual 
não é exaustiva. Em verdade, a lista procura incluir as difi-
culdades mais correntes em língua portuguesa. 
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
 E
 R
ED
A
Ç
Ã
O
9
E ou I?
Palavras com E, e não I.
imbuir
imergir (mergulhar)
imigrar (entrar em país 
estrangeiro)
iminente (próximo)
imiscuir-se
inclinar
incorporar (encorpar)
incrustar (encrostar)
indigitar
infestar
influi(s) 
inigualável
iniludível
inquirir (interrogar)
intitular
irrupção
júri
linimento (medicamento 
untuoso)
meritíssimo
miscigenação
parcimônia
possui(s)
premiar
presenciar
privilégio
remediar
requisito
sentenciar
silvícola
substitui(s) 
verossímil
acarear
acreano (ou acriano)
aéreo
ante-
antecipar
antevéspera
aqueduto
área
beneficência
beneficente
betume
boreal
cardeal
carestia
cedilha
cercear
cereal
continue
de antemão
deferir (conceder)
delação (denúncia)
demitir
derivar
descortinar
descrição
despender
despensa (onde se 
guardam comestíveis)
despesa
elucidar
embutir
emergir (para fora)
emigrar (sair do país)
eminência (altura, exce-
lência)
empecilho
empreender
encômio (elogio)
endireitar
entonação
entremear
entronizar
enumerar
estrear
falsear
granjear
hastear
homogêneo
ideologia
indeferir (negar)
legítimo
lenimento (que suaviza)
menoridade
meteorito
meteoro(logia)
nomear
oceano
palavreado
parêntese (ou parênte-
sis)
passeata
preferir
prevenir
quase
rarear
receoso
reentrância
sanear
se
senão
sequer
seringueiro
testemunha
vídeo
Palavras com I, e não E.
aborígine
acrimônia
adiante
ansiar
anti- 
arqui- 
artifício
atribui(s) 
cai
calcário
cárie (cariar)
chefiar
cordial
desigual
diante
diferir (divergir)
dilação (adiamento)
dilapidar
dilatar (alargar)
discrição (reserva)
discricionário
discriminar (discernir, 
separar)
dispêndio
dispensa (licença)
distinguir
distorção
dói
feminino
frontispício
O ou U?
Palavras com O, e não U.
abolir
agrícola
bobina
boletim
bússola
cobiça(r)
comprido (extenso, longo)
comprimento (extensão)
concorrência
costume
encobrir
explodir
marajoara
mochila
ocorrência
pitoresco
proeza
Romênia
romeno
silvícola
sortido (variado)
sotaque
tribo
veio
vinícola
Palavras com U, e não O.
acudir
bônus
cinquenta
cumprido (realizado)
cumprimento (saudação)
cúpula
Curitiba
elucubração
embutir
entabular
légua
lucubração
ônus
régua
súmula
surtir (resultar)
tábua
tonitruante
trégua
usufruto
vírgula
vírus
ENCONTROS VOCÁLICOS
EI ou E?
Palavras com EI, e nãoE.
aleijado
alqueire
ameixa
cabeleireiro
ceifar
colheita
desleixo
madeireira
B
R
U
N
O
 P
ILA
STR
E
10
peixe
queijo
queixa(r-se)
reiterar
reivindicar
seixo
treinar
treino
Palavras-chave!
Vogal: som da fala em cuja articulação a parte oral 
do canal de respiração não fica bloqueada nem constrita 
o bastante para causar uma fricção audível. Diz-se de ou 
cada uma das letras que representam os fonemas vocá-
licos de uma língua. Em português são cinco: a, e, i, o, 
u, além do y, acrescentado pelo Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa de 1990.
Semivogal: som da fala ou fonema que apresenta 
um grau de abertura do canal bucal menor do que o das 
vogais e maior do que o das consoantes, e que ocorre no 
início ou fim da sílaba, nunca no meio (as mais comuns 
são as semivogais altas fechadas i e u, em pai, quadro, 
pau); semiconsoante, vogal assilábica.
Ditongo: emissão de dois fonemas vocálicos (vogal 
e semivogal ou vice-versa) numa mesma sílaba, carac-
terizada pela vogal, que nela representa o pico de sono-
ridade, enquanto a semivogal é enfraquecida. Além do 
ditongo intraverbal – no interior da palavra, como pai, 
muito –, ocorre em português também o ditongo inter-
verbal, entre duas palavras (por exemplo, na sequência 
Ana e Maria), que exerce papel importante na versifica-
ção portuguesa.
Tritongo: grupo de três vogais em uma única sílaba. 
Hiato: grupo de duas vogais contíguas que perten-
cem a sílabas diferentes (por exemplo: aí, frio, saúde).
EMPREGO DE CONSOANTES
De modo semelhante ao emprego das vogais, há algu-
mas consoantes – especialmente as que formam dígrafos, 
ou a muda (h), ou, ainda, as diferentes consoantes que 
representam um mesmo som – constituem dificuldade adi-
cional à correta grafia. 
A lista a seguir é consultiva. 
 
Emprego do H: com o H ou sem o H?
Palavras com E, e não EI.
adrede
alameda
aldeamento (mas aldeia)
alhear (mas alheio)
almejar
azulejo
bandeja
calejar
caranguejo
carqueja
cereja
cortejo
despejar, despejo
drenar
embreagem
embrear
enfear
ensejar, ensejo
entrecho
estrear, estreante
frear, freada
igreja
lampejo
lugarejo
malfazejo
manejar, manejo
morcego
percevejo
recear, receoso
refrear
remanejo
sertanejo
tempero
varejo
OU ou O?
Palavras com OU, e não O.
agourar
arroubo
cenoura
dourar
estourar
frouxo
lavoura
pouco
pousar
roubar
tesoura
tesouro
Palavras com O, e não OU.
alcova
ampola
anchova (ou enchova)
arroba
arrochar, arrocho
arrojar, arrojo
barroco
cebola
desaforo
dose
empola
engodo
estojo
malograr, malogro
mofar, mofo
oco
posar
rebocar
Haiti
halo
hangar
harmonia
haurir
Havaí
Havana
haxixe
hebdomadário
hebreu
hectare
hediondo
hedonismo
Hégira
Helesponto
hélice
hemi- (prefixo = meio)
hemisfério
hemorragia
herança
herbáceo (mas erva)
herdar
herege
hermenêutica
hermético
herói
hesitar
hiato
híbrido
hidráulica
hidravião (hidroavião)
hidro- (prefixo = água)
hidrogênio
hierarquia
hieróglifo (ou hieroglifo)
hífen
higiene
Himalaia
hindu
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
 E
 R
ED
A
Ç
Ã
O
11
hino
hiper- (prefixo = sobre)
hipo- (prefixo = sob)
hipocrisia
hipoteca
hipotenusa
hipótese
hispanismo
histeria
hodierno
hoje
holandês
holofote
homenagear
homeopatia
homicida
homilia (ou homília)
homogeneidade
homogêneo
homologar
homônimo
honesto
honorários
honra
horário
horda
horizonte
horror
horta
hóspede
hospital
hostil
humano
humilde
humor
Hungria
O fonema /s/: C, Ç ou S ou SS ou X ou XC?
Palavras com C, Ç, e não S, SS, ou SC.
O fonema /ž/: G ou J?
Palavras com G, e não J.
adágio
agenda
agiota
algema
algibeira
apogeu
argila
auge
Bagé (mas bajeense)
Cartagena
digerir
digestão
efígie
égide
Egito
egrégio
estrangeiro
evangelho
exegese
falange
ferrugem
fuligem
garagem
geada
gelosia
gêmeo
gengiva
gesso
gesto
Gibraltar
gíria
giz
herege
impingir
ligeiro
miragem
monge
ogiva
rigidez
sugerir
tangente
viageiro
viagem
vigência
Palavras com J, e não G.
ajeitar
eles viajem (forma verbal)
encoraje (forma verbal)
enjeitar
enrijecer
gorjeta
granjear
injeção
interjeição
jeca
jeito
jenipapo
jerimum
jesuíta
lisonjear
lojista
majestade
majestoso
objeção
ojeriza
projeção
projetil (ou projétil)
rejeição
rejeitar
rijeza
sujeito
ultraje
à beça
absorção
abstenção
açaí
açambarcar
acender (iluminar)
acento (tom de voz, 
símbolo gráfico)
acepção
acerbo
acerto (ajuste)
acervo
acessório
aço (ferro temperado)
açodar (apressar)
açúcar
açude
adoção
afiançar
agradecer
alçar
alicerçar
alicerce
almaço
almoço
alvorecer
amadurecer
amanhecer
ameaçar
aparecer
apreçar (marcar preço)
apreço
aquecer
arrefecer
arruaça
asserção
assunção
babaçu
baço
balança
Barbacena
Barcelona
berço
caça
cacique
caçoar
caiçara
calça
calhamaço
cansaço
carecer
carroçaria (ou carroceria)
castiço
cebola
cê-cedilha
cédula
ceia
ceifar
célere
celeuma
célula
cem (cento)
cemitério
cenário
censo (recenseamento)
censura
centavo
cêntimo
centro
cera
cerâmica
cerca
cercear
cereal
cérebro
cerne
cerração (nevoeiro)
cerrar (fechar, acabar)
cerro (morro)
certame
certeiro
certeza, certidão
certo
cessação (ato de cessar)
cessão (ato de ceder)
cessar (parar)
cesta
ceticismo
cético
chacina
chance
chanceler
cicatriz
ciclo
ciclone
cifra
cifrão
cigarro
cilada
cimento
cimo
cingalês (do Ceilão)
Cingapura (tradicional: 
Singapura)
cínico
cinquenta
cinza
cioso
ciranda
circuito
circunflexo
círio (vela)
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cirurgia
cisão
cisterna
citação
cizânia
coação
cobiçar
cociente (ou quociente)
coerção
coercitivo
coleção
compunção
concelho (município)
concertar (ajustar, har-
monizar)
concerto (musical, acordo)
concessão
concílio (assembleia)
conjunção
consecução
Criciúma
decepção
decerto
descrição (ato de des-
crever)
desfaçatez
discrição (reserva)
disfarçar
distinção
distorção
docente
empobrecer
encenação
endereço
enrijecer
erupção
escaramuça
escocês
Escócia
esquecer
estilhaço
exceção
excepcional
exibição
expeço
extinção
falecer
fortalecer
Iguaçu
impeço
incerto (não certo)
incipiente (iniciante)
inserção
intercessão
isenção
laço
liça (luta)
licença
lucidez
lúcido
maçada (importunação)
maçante
maçar (importunar)
macerar
maciço
macio
maço (de cartas)
maçom (ou mação)
manutenção
menção
mencionar
muçulmano
noviço
obcecação (mas obsessão)
obcecar
opção
orçamento
orçar
paço (palácio)
panaceia
parecer
peça
penicilina
pinçar
poça, poço
presunção
prevenção
quiçá
recender
recensão
rechaçar
rechaço
remição (resgate)
resplandecer
roça
ruço (grisalho)
sanção (ato de sancionar)
soçobrar
súcia
sucinto
Suíça, suíço
taça
tapeçaria
tecelagem
tecelão
tecer
tecido
tenção (intenção)
terça
terço
terraço
vacilar
viço
vizinhança
Palavras com S, e não C, SC, ou X.
adensar
adversário
amanuense
ânsia, ansiar
apreensão
ascensão (subida)
autópsia
aversão
avulso
balsa
bolso
bom-senso
canhestro
cansaço
censo (recenseamento)
compreensão
compulsão
condensar
consecução
conselheiro (que aconselha)
conselho (aviso, parecer)
consenso
consentâneo
consertar (remendar)
contrassenso
contraversão
controvérsia
conversão
convulsão
Córsega
defensivo
defensor
descansar
descensão, descenso 
(descida)
desconsertar (desarranjar)
despensa (copa, armário)
despretensão
dimensão
dispensa(r)
dispersão
dissensão
distensão
diversão
diverso
emersão
espoliar
estender (mas extensão)
estorno
estorricar
excursão
expansão
expensas
extensão (mas estender)
extorsão
extrínseco
falsário
falso, falsidade
farsa
imersão
impulsionar
incompreensível
incursão
insinuar
insípido
insipiente (ignorante)
insolação
intensão (tensão)
intensivo
intrínseco
inversão
justapor
mansão
misto, mistura
obsessão (mas obce-
cação)
obsidiar
obsoleto
pensão
percurso
persa
Pérsia
persiana
perversão
precursor
pretensão
propensão
propulsão
pulsar
recensão
recensear, recenseamento
remorso
repreensão
repulsa
reverso
salsicha
Sansão
seara
sebe
sebo
seção (ou secção)
seda
segar (ceifar, cortar)
sela (assento)
semear
semente
senado
senha
sênior
sensato
senso
série
seringa
sério
SUMÁRIO
NOÇÕES DE DIREITO PENAL
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL. ..............................................................................108
A LEI PENAL NO TEMPO .............................................................................................................................110A LEI PENAL NO ESPAÇO ............................................................................................................................113
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL .................................................................................................................116
INFRAÇÃO PENAL: ESPÉCIES ......................................................................................................................180
SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO DA INFRAÇÃO PENAL .......................................................................181
TIPICIDADE, ILICITUDE, CULPABILIDADE, PUNIBILIDADE ........................................................................194
EXCLUDENTES DE ILICITUDE E DE CULPABILIDADE .................................................................................206
IMPUTABILIDADE PENAL ............................................................................................................................205
CONCURSO DE PESSOAS ...........................................................................................................................211
DAS PENAS ..................................................................................................................................................219
CRIMES CONTRA A PESSOA .......................................................................................................................126
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO .............................................................................................................138
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .......................................................................................159
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b) recolher-se à habitação em hora fixada (art. 132, § 
2º, alínea b da LEP);
c) não frequentar determinados lugares (art. 132, § 2º, 
alínea c da LEP).
Prevê a lei, ainda, que as condições judiciais poderão 
ser modificadas pelo juiz, podendo ser agravadas ou atenu-
adas, mas sempre fundamentadamente. E se o condenado 
não aceitar as condições impostas ou alteradas pelo Juízo 
da Execução, o livramento condicional restará sem efeito.
1.3. Revogação do benefício
O livramento condicional poderá ou deverá ser revo-
gado pelo juiz, de acordo com as diversas situações previs-
tas no ordenamento jurídico-penal. 
A revogação assume caráter obrigatório quando o libe-
rado é condenado, por sentença irrecorrível, à pena priva-
tiva de liberdade, por crime cometido durante a vigência do 
benefício ou por delito anterior.
No primeiro caso – crime cometido durante a vigência 
do benefício, uma vez revogado o livramento, não se des-
conta da pena o tempo em que o condenado ficou solto, 
devendo ele cumprir, integralmente, o que já restava da 
sanção imposta na sentença quando da concessão do bene-
fício. Já se a revogação for causada por condenação irre-
corrível por delito praticado antes da vigência do livramento 
condicional, se este for revogado computar-se-á como 
tempo de cumprimento da pena o período em que o benefi-
ciário ficou em liberdade.
A revogação será facultativa quando o liberado for irre-
corrivelmente condenado por crime ou contravenção a pena 
que não seja privativa de liberdade; ou quando ele deixar de 
cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença 
concessiva do benefício.
De acordo com o art. 88 do CPB, uma vez revogado 
o livramento condicional, obrigatória ou facultativamente, 
não mais poderá ser concedido, devendo ser considerado, 
porém, o art. 141 da LEP 1. As duas penas a que se refere 
o dispositivo são a que estava sendo descontada pelo livra-
mento condicional e a imposta pelo crime praticado antes da 
vigência do benefício.
1.4. Prorrogação e extinção
Assim como no sursis, o prazo do livramento condicio-
nal ficará prorrogado enquanto não transitar em julgado a 
sentença no processo em que responde o liberado por crime 
praticado durante a vigência do benefício. Se houver conde-
nação, o benefício será revogado, mesmo após o decurso 
do período de prova inicial, devendo o condenado voltar ao 
cárcere para cumprir o que restava da pena anteriormente 
aplicada, somada à nova sanção imposta. Mas se a decisão 
for absolutória, restará extinta a pena do crime anterior.
1 LEP – Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal anterior 
à vigência do livramento, computar-se-á como tempo de cumprimento da 
pena o período de prova, sendo permitida, para a concessão de novo livra-
mento, a soma do tempo das 2 (duas) penas.
Porém, não há que se falar em prorrogação se o libe-
rado estiver sendo processado por crime que tenha come-
tido antes da vigência do benefício, sendo que ao término 
do período de prova o juiz deverá decretar a extinção da 
pena. Isso ocorre porque se trata de crime praticado antes 
da vigência do livramento condicional, onde o tempo em que 
o agente esteve solto é computado na pena a ser cumprida. 
Assim, mesmo em caso de revogação, estaríamos diante de 
uma pena já cumprida, justamente por ter sido computado o 
tempo em que o beneficiário esteve solto.
Se o lapso temporal do período de prova transcorrer 
sem qualquer motivo de revogação do benefício, será decla-
rada extinta a pena privativa de liberdade.
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1. (Juiz de Direito/TJPR) Constitui característica da teoria 
da prevenção geral positiva relativa à pena:
a. a consideração da pena como imperativo categó-
rico.
b. o propósito de reeducação e ressocialização do 
condenado.
c. a proposta de utilização de tanta pena quanta seja 
necessária para intimidar as pessoas para que não 
cometam delitos.
d. a pretensão de afirmar a validade da norma desa-
fiada pela prática criminosa.
2. (Juiz de Direito/TJSE) Assinale a opção correta a res-
peito das penas.
a. O princípio da transcendência estabelece que ne-
nhuma pena passará da pessoa do condenado, 
contudo a obrigação de reparar o dano se estende 
aos sucessores ilimitadamente.
b. Não haverá pena de morte, salvo em caso de guer-
ra declarada.
c. Não haverá penas de caráter perpétuo, de bani-
mento, cruéis ou pecuniárias.
d. A pena será cumprida preferencialmente em esta-
belecimentos distintos, de acordo com a natureza 
do delito e as condições socioeconômicas do ape-
nado.
e. É assegurado aos presos o respeito à integridade 
física, moral e material, sendo vedada pena que 
implique perda ou privação de bens.
3. (Juiz Substituto/TJDFT) Conforme jurisprudência pre-
dominante, a pena-base, fixada no mínimo, pode ser 
reduzida pela presença de circunstâncias atenuantes? 
a. Não. 
b. Sim, desde que o crime não tenha sido cometido 
mediante grave ameaça ou violência à pessoa. 
c. Sim. 
d. Sim, desde que a pena-base não supere 4 (quatro) 
anos. 
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4. (Juiz de Direito/TJMG) É CORRETO afirmar que, na 
fixação da pena-base, deverá o Juiz levar em conta:
a. as circunstâncias atenuantes e agravantes.
b. culpabilidade, antecedentes, conduta social e con-
sequências do crime em relação à vítima.
c. a reincidência, a menoridade e a intensidade de 
dolo.
d. a situação econômica, o estado de ânimo (emoção 
e paixão) e o grau de escolaridade do réu.
e. personalidade, causas de aumento e de diminuição 
e gravidade do crime.
5. (Juiz de Direito/TJMG) Em relação à aplicação da 
pena, é INCORRETO afirmar que:
a. o desconhecimento da lei é circunstância que ate-
nua a pena.
b. a pena de multa pode ser aumentada até o triplo, 
se o juiz considerar que, em virtude da situação 
econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no 
máximo.
c. na fixação da pena-base o juiz fará a apreciação 
conjunta das circunstâncias judiciais e legais.
d. mesmo com a substituição ou suspensão da pena, 
o juiz deverá fixar o regime inicial de cumprimento 
da pena privativa de liberdade.
6. (Juiz de Direito/TJMG) Com relação à aplicação da 
pena é CORRETO afirmar que:
a. se o réu é primário e de bons antecedentes, a pena 
deve ser fixada no mínimo legal.
b. as circunstânciasatenuantes e agravantes devem 
ser levadas em consideração na fixação da pena- 
base.
c. a circunstância atenuante pode reduzir a pena 
aquém do mínimo legal, assim como a agravante 
pode aumentá-la além do máximo cominado.
d. é possível considerar as circunstâncias que qualifi-
cam o homicídio com as que o tornam privilegiado, 
desde que sejam aquelas de natureza objetiva.
7. (Juiz de Direito/TJRR) No cálculo da pena:
a. a redução pela menoridade do acusado deve inci-
dir após o acréscimo pelo crime continuado.
b. o aumento pelo concurso formal deve preceder a 
diminuição pela confissão espontânea.
c. o acréscimo pela má antecedência do acusado 
deve incidir antes da redução pela tentativa.
d. o aumento pela reincidência deve ser posterior à 
redução pela participação de menor importância.
e. a diminuição pelo arrependimento posterior deve 
incidir antes do aumento em razão de o crime ha-
ver sido praticado contra ascendente.
8. (Delegado de Polícia/PCBA) É efeito da condenação: 
a. a perda do produto do crime para a União. 
b. a perda do produto do crime para o Estado onde foi 
cometida a infração. 
c. a obrigação de indenizar a vítima. 
d. a perda dos instrumentos do crime desde que es-
ses sejam coisas cujo fabrico ou posse sejam ilí-
citos. 
e. a incapacidade para o exercício do pátrio poder, 
nos crimes cometidos contra filho, desde que de-
clarado tal efeito na sentença condenatória.
9. (Promotor de Justiça Adjunto/MPDFT) As penas priva-
tivas de liberdade têm seus limites estabelecidos:
a. na parte geral do Código Penal.
b. no capítulo referente à cominação das penas.
c. na sanção correspondente a cada tipo legal de cri-
me.
d. no capítulo da aplicação da pena.
e. no capítulo dos efeitos da condenação.
10. (OAB/DF) Sobre a pena de morte no direito brasileiro, 
assinale a alternativa CORRETA.
a. é admitida para agentes de crimes hediondos de 
que resulte morte.
b. é admitida para agentes de crimes de tortura (Lei 
n. 9.455/97), desde que reincidentes em fatos da 
mesma natureza.
c. não é admitida.
d. é admitida para agentes de determinados crimes 
militares, em tempo de guerra declarada.
11. (Promotor de Justiça Adjunto/MPDFT) As penas classi-
ficadas como restritivas de direitos (prestação de ser-
viços à comunidade, interdição temporária de direito 
etc.) são consideradas como:
a. subsidiárias às penas privativas de liberdade. 
b. penas autônomas, substitutivas das penas privati-
vas de liberdade. 
c. penas que só podem ser aplicadas se concedido 
o sursis. 
d. penas autônomas, aplicadas cumulativamente às 
privativas de liberdade.
12. (OAB) Entre as penas restritivas de direitos previstas 
no Código Penal, não está incluída:
a. a interdição permanente de direitos.
b. a prestação de serviço a entidades públicas.
c. a prestação pecuniária.
d. a perda de bens e valores.
13. (Advogado Criminal/CET-SP) As penas de interdição 
temporária de direitos previstas no código penal são 
as seguintes:
a. proibição do exercício de cargo, função ou ativida-
de pública, proibição do exercício de profissão e 
limitação de final de semana.
b. proibição do exercício de cargo função, ou profis-
são, suspensão de habilitação para dirigir veículo e 
limitação de final de semana.
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c. proibição do exercício de cargo, função ou ativi-
dade pública, proibição do exercício de profissão, 
suspensão de habilitação para dirigir veículo e proi-
bição de frequentar determinados lugares.
d. suspensão de habilitação para dirigir veículo proi-
bição de frequentar determinados lugares e presta-
ção de serviços à comunidade.
14. (OAB/DF) Quanto ao tempo de duração da execução 
de pena privativa de liberdade, assinale a opção cor-
reta.
a. Não poderá ser superior a trinta anos.
b. Poderá ser perpétua, se assim dispuser lei com-
plementar.
c. Quando fixada em mais de um processo, a pena 
total resultará do somatório de todas as condena-
ções, sem restrição quanto ao limite mínimo ou 
máximo.
d. Quando fixadas em mais de um processo, as pe-
nas devem ser cumpridas a começar por aquelas 
aplicadas para o crime de menor gravidade e as-
sim, progressivamente, até o de maior gravidade, 
não havendo previsão legal para o tempo do en-
cerramento.
15. (OAB/DF) Em relação à penas no Código Penal brasi-
leiro, assinale a alternativa CORRETA.
a. Existem penas principais e acessórias.
b. O sistema brasileiro é o duplo binário.
c. A pena de multa, se não cumprida pelo condenado, 
pode ser transformada em pena privativa de liber-
dade.
d. Para aplicação da medida de segurança é preciso 
estar provada a autoria e materialidade do crime, 
não houver nenhuma causa excludente da ilicitude 
e o autor do fato ser absolvido.
16. (OAB/DF) Os regimes de cumprimento de pena priva-
tiva de liberdade previstos no atual ordenamento jurí-
dico penal são:
a. regime de reclusão, detenção e prisão simples.
b. regime fechado, semiaberto e aberto.
c. regime de segurança máxima e média.
d. regime integral e parcial.
17. (Analista Judiciário/TRF 2ª Reg.) Sobre as penas res-
tritivas de direitos, é absolutamente correto afirmar que 
são dessa espécie:
a. perda de bens e valores; multa e prestação de ser-
viços à comunidade.
b. internação em Casa de Custódia; recolhimento do-
miciliar e prestação pecuniária.
c. prestação pecuniária; perda de bens e valores e 
limitação de fim de semana.
d. limitação de fim de semana; permissão para saída 
temporária e internação em escola agrícola.
e. cesta básica; prestação pecuniária e multa.
18. (Analista Judiciário Executor de Mandados/TRF 5ª 
Reg.) A prestação pecuniária e a limitação de fim se 
semana são penas:
a. restritivas de direito.
b. de multa e privativa de liberdade, respectivamente.
c. de multa e restritiva de direito, respectivamente.
d. restritiva de direito e privativa de liberdade, respec-
tivamente.
e. de multa.
19. (Juiz de Direito/TJRR) A pena de prestação pecuniária:
a. não pode exceder a trezentos e sessenta salários 
mínimos.
b. não pode ser deduzida de eventual condenação 
em ação de reparação civil, ainda que coincidente 
os beneficiários.
c. é cabível apenas em favor da vítima ou de seus 
descendentes.
d. não é substitutiva da privativa de liberdade.
e. é fixada em dias-multa.
20. (OAB/DF) Analise as proposições abaixo e, após, mar-
que a alternativa correta.
I – As penas restritivas de direitos são autônomas e 
substituem as privativas de liberdade quando o réu 
não for reincidente em crime doloso. 
II – As penas restritivas de direitos podem substituir as 
privativas de liberdade quando o crime não tiver 
sido cometido com violência ou grave ameaça à 
pessoa. 
III – As penas restritivas de direitos podem substituir as 
privativas de liberdade quando a culpabilidade, os 
antecedentes e a conduta social e a personalida-
de do condenado, bem assim os motivos e as cir-
cunstâncias indicarem que essa substituição seja 
suficiente. 
IV – As penas restritivas de direitos podem substituir as 
privativas de liberdade quando a pena aplicada for 
privativa de liberdade com tempo não superior a 
quatro anos, ou, qualquer que seja a pena aplicada, 
se tratar-se de crime culposo. 
a. Somente as proposições “I”, “II” e “IV” são verda-
deiras.
b. Todas as proposições são falsas.
c. Todas as proposições são verdadeiras.
d. Somente a proposição “III” é verdadeira.
21. (OAB/DF) Remição penal:
a. ocorre quando, através do trabalho, em regime 
fechado ou semiaberto, o condenado poder remir 
parte do tempo da execução da pena, na propor-
ção de um dia de pena por três dias de trabalho.
b. é a possibilidade de quitar todos os débitos civis 
antes de ser recolhido à prisão para que não incor-
ra em mora.
c. é a concessão do cumprimento de pena no regime 
de prisão aberta em residência particular (prisão 
domiciliar) aos maiores de setenta anos, gestantes 
e deficientes físicos ou mentais.
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d. é a possibilidade de se cumprir a pena privativa de 
liberdade em regime semi-aberto,após já ter cum-
prido um terço da mesma, em regime fechado.
22. (OAB/DF) No tocante à remição penal, assinale a alter-
nativa CORRETA.
a. A remição tem como objetivo básico, o de abreviar, 
pelo tempo de prisão provisória, parte do tempo da 
condenação.
b. Na remição penal, 1 (um) dia de trabalho corres-
ponde a três (3) dias de resgate da condenação.
c. O tempo remido poderá ser computado para a con-
cessão do livramento condicional da pena.
d. O agente que está submetido à medida de segu-
rança de internação em hospital de custódia e tra-
tamento psiquiátrico tem direito à remição penal.
23. (Promotor de Justiça/MPCE) No que concerne à remi-
ção, correto afirmar que:
a. Admissível para o sentenciado que cumpra pena 
em regime aberto, semiaberto ou fechado.
b. Também pode obtê-la o condenado que trabalhar du-
rante o livramento condicional.
c. Deve ser declarada por sentença, dispensada a oi-
tiva do Ministério Público.
d. O tempo remido será computado para a concessão 
de indulto.
e. Cabível apenas para o caso de trabalho do senten-
ciado, inexistindo decisões que o estendam para 
o estudo.
24. (Promotor de Justiça/MPPE) Por detração penal com-
preende-se:
a. a possibilidade que tem o preso, em regime fecha-
do ou semiaberto, de descontar parte da execução 
da pena pelo trabalho.
b. o cômputo no prazo da pena privativa de liberdade, 
do tempo de prisão provisória ou administrativa.
c. a atenuação da pena por ato do Poder Executivo.
d. a conversão da pena restritiva de direito em pena 
privativa de liberdade.
e. a substituição da pena privativa de liberdade por 
multa.
25. (OAB/DF) Detração penal significa:
a. a análise da conduta do criminoso para saber se 
agiu com dolo ou culpa;
b. o cômputo, na pena privativa de liberdade, do tem-
po de prisão provisória;
c. punição para o condenado que tenta evadir-se do 
presídio;
d. o cumprimento da pena e, regime mais rigoroso, em 
virtude de nova condenação.
26. (Juiz de Direito/TJMG) Quanto à detração penal é 
CORRETO afirmar que:
a. na detração penal computa-se na pena privativa 
de liberdade e na medida de segurança o tempo 
de prisão, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão 
administrativa e o de internação em hospital ou ma-
nicômio.
b. detração penal é o cômputo na pena privativa de 
liberdade do tempo da prisão provisória ou admi-
nistrativa, não abrangendo a medida de segurança.
c. admite-se a aplicação da detração penal quando o 
fato criminoso pelo qual houve condenação tenha 
sido praticado posteriormente ao delito que trouxe 
a prisão provisória e a absolvição.
d. tendo em vista que a lei penal é elaborada para 
viger dentro dos limites em que o Estado exerce a 
sua soberania, na pena privativa de liberdade e na 
medida de segurança computa-se o tempo de pri-
são provisória, à exceção da cumprida no estran-
geiro, o de prisão administrativa e o de internação 
em hospitais ou manicômio.
27. (OAB) Não se computará, na pena privativa de liberda-
de imposta ao condenado, o tempo de:
a. prisão provisória no estrangeiro.
b. internação em hospital ou manicômio.
c. prisão preventiva no Brasil ou no estrangeiro.
d. prisão temporária no Brasil.
28. (Analista Judiciário/TRF 2ª Reg.) Réu NÃO reincidente 
condenado à pena de 05 anos e 04 meses por crime de 
moeda falsa, poderá cumpri-la, desde o início em:
a. regime aberto.
b. regime semiaberto.
c. liberdade condicional.
d. regime fechado.
e. casa do albergado.
29. (Juiz Substituto/TJDFT) Condenado o réu à pena de re-
clusão de 4 (quatro) anos, sendo-lhe favoráveis as cir-
cunstâncias judiciais, mas sendo reincidente, qual re-
gime prisional se indica seja-lhe imposto na sentença? 
a. Semiaberto. 
b. Aberto. 
c. Fechado. 
d. Integralmente fechado. 
30. (Promotor de Justiça/MPCE) Se o condenado for rein-
cidente em crime doloso:
a. deverá, necessariamente, iniciar o cumprimento da 
pena privativa de liberdade em regime fechado.
b. é vedada a imposição do regime aberto.
c. não cabe, em qualquer situação, a substituição da 
pena privativa de liberdade por restritiva de direi-
tos.
d. é incabível a concessão do sursis, ainda que a con-
denação anterior tenha sido à pena de multa.
e. só poderá obter o livramento condicional após o 
cumprimento de 2/3 da pena, independentemente 
da natureza do crime praticado. 
31. (Promotor de Justiça/MPRO) Com relação às penas, 
assinale a opção correta.
a. De acordo com o CP, a pena restritiva de direitos 
não pode ser convertida em pena privativa de li-
berdade, mas constitui título executivo judicial, po-
dendo ser executada pela fazenda pública ou pela 
vítima e seus representantes legais.
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b. As medidas de segurança são previstas no CP 
para os inimputáveis, podendo ser detentivas (in-
ternação) ou consistirem em tratamento ambulato-
rial. Em relação aos semi-imputáveis, o CP prevê 
a redução da pena de um a dois terços, vedada a 
conversão da pena em medida de segurança.
c. Segundo recente entendimento do STF, aplica-se 
a analogia in bonam partem para aplicar às penas 
restritivas de direito o mesmo lapso prescricional 
previsto no CP para a pena de multa, isto é, dois 
anos, desde que a pena restritiva de direito seja de 
natureza pecuniária e seja a única cominada.
d. Réu condenado definitivamente a pena de deten-
ção superior a oito anos, reincidente e com maus 
antecedentes, deverá iniciar o cumprimento da 
pena em regime fechado.
e. De acordo com o entendimento mais recente do 
STJ, se o sistema prisional mantido pelo Estado 
não possui meios para manter, em estabelecimen-
to apropriado, o condenado a pena de detenção em 
regime aberto, deve-se autorizar, excepcionalmen-
te, que a pena seja cumprida em prisão domiciliar.
32. (Promotor de Justiça/MPPR) Assinale a alternativa correta.
a. A lei penal estabelece a regra da excepcionalidade 
do delito culposo, porque, salvo os casos expressos 
em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto 
como crime, senão quando o pratica dolosamente. 
Em razão de tal especificidade é que, no campo pe-
nal, se admite a compensação de culpas, quando 
concorrentes.
b. A pena contravencional, como regra geral, não pos-
sui o mesmo efeito estigmatizante que tem a lei pe-
nal, pois não é considerada para fins de reincidên-
cia, não impede a suspensão condicional da pena e 
o livramento condicional. Contudo, a ignorância ou 
erro escusável sobre a lei não é passível de gerar a 
exclusão da pena.
c. As leis de anistia, consideradas leis descriminaliza-
doras anômalas, extinguem a ação penal, porque 
não se pode prosseguir a pretensão punitiva acer-
ca de um fato que perdeu a tipicidade, e também 
tornam inexigíveis quaisquer direitos de particula-
res à indenização.
d. O condenado por crime contra a Administração Pú-
blica terá a progressão de regime do cumprimento 
da pena condicionada à reparação do dano que 
causou, ou à devolução do produto do ilícito prati-
cado, com os acréscimos legais.
e. Leis (ou normas) penais em branco classificadas 
como próprias (em sentido estrito), são aquelas em 
que o complemento se acha contido na mesma lei, 
ou em outra, porém emanada da mesma instância 
legislativa.
33. (Analista Processual/MPU) Ao condenar alguém pela 
prática de uma infração, o juiz impõe-lhe a sanção pe-
nal que a lei prevê. Além dessa sanção, é efeito extra-
penal genérico da condenação:
a. a perda de cargo, função pública ou mandato ele-
tivo, quando aplicada pena privativa de liberdade 
por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes 
praticados com abuso de poder ou violação de de-
ver para com a Administração Pública.
b. A incapacidade para o exercício do pátrio poder, 
tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à 
pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado 
ou curatelado.
c. A inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado 
como meio para a prática de crime doloso.
d. Tornar certa a obrigação de indenizar o dano cau-
sado pelo crime.
e. A perda de qualquer valor, em favor da União, inde-
pendentemente deter sido ele auferido pelo agente 
com a prática do fato criminoso.
34. (Promotor de Justiça/MPPR) Examine as afirmativas 
abaixo e responda:
I – Na fixação da pena-base, além da culpabilidade, 
dos antecedentes, da conduta social, da perso-
nalidade do agente, dos motivos, circunstâncias 
e consequências do crime, o juiz deverá atender 
também ao comportamento da vítima.
II – Para efeito de reincidência não prevalece a con-
denação anterior, se entre a data do cumprimento 
ou extinção da pena e a infração posterior tiver de-
corrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, 
computado o período de prova da suspensão ou do 
livramento condicional, se não ocorrer revogação.
III – A prescrição superveniente é espécie de prescri-
ção executória porque regulada pela pena in con-
creto, sendo também chamada de intercorrente ou 
subsequente, e constitui-se em hipótese excepcio-
nal, tendo seu marco final, a teor do art. 110 do Có-
digo Penal, no trânsito em julgado para a acusação 
ou no improvimento de seu recurso.
IV – Quando, por acidente ou erro no uso dos meios 
de execução, o agente, ao invés de atingir a pes-
soa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, 
responde como se tivesse praticado o crime contra 
aquela, não se considerando as condições ou qua-
lidades da vítima, senão as da pessoa contra quem 
o agente queria praticar o crime, respondendo, en-
tretanto, por concurso formal no caso de atingir 
também a pessoa que pretendia ofender.
V – A proibição do exercício do cargo, função, atividade 
pública ou mandato eletivo” e “tornar certa a obri-
gação de indenizar o dano causado pelo crime”, 
são considerados efeitos secundários extrapenais 
específicos da condenação e, diversamente dos 
efeitos genéricos, não são automáticos e devem, 
em razão disso, ser motivados na sentença.
a. Todas as afirmativas estão corretas.
b. Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas.
c. As afirmativas III e V são as únicas incorretas.
d. As afirmativas II e III são as únicas incorretas.
e. Todas as afirmativas são incorretas.
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35. (Delegado de Polícia/PCSP) Estudando o nosso Có-
digo Penal verifica-se que as causas de aumento de 
pena são encontradas na sua:
a. Parte Geral e na sua Parte Especial.
b. Parte Geral, mas não existem essas causas na 
Parte Especial.
c. Parte Especial nos respectivos tipos penais e não 
na Parte Geral.
d. Parte Especial nos respectivos tipos penais e em 
apenas uma hipótese controvertida na Parte Geral 
que é a da embriaguez preordenada.
36. (Defensor Público/DP MS) Com relação à pena de mul-
ta, considere as seguintes assertivas e assinale a alter-
nativa que corresponde ao texto do Código Penal.
I – Na hipótese de concurso de crimes, sua aplicação 
segue as regras do concurso formal, concurso ma-
terial e crime continuado.
II – A situação econômica do réu é critério para sua fi-
xação.
III – Sua prescrição dar-se-á em 2 (dois) anos, quando 
for a única cominada ou aplicada.
a. Todas são erradas.
b. Apenas II é correta.
c. Apenas III é errada.
d. Apenas I é errada.
37. (Procurador do Estado/PGECE) Assinale a opção cor-
reta com relação à pena de multa criminal, após o trân-
sito em julgado da sentença penal condenatória.
a. A multa é considerada dívida ativa de valor, apli-
cando-se as normas da legislação relativa à dívida 
ativa da fazenda pública.
b. No que concerne às causas interruptivas da pres-
crição, aplicam-se as normas do Código Penal 
(CP).
c. No que se refere às causas suspensivas da prescri-
ção, aplicam-se as normas do CP.
d. A multa pode ser convertida em prisão, caso o con-
denado não a pague.
e. Cabe habeas corpus contra decisão condenatória à 
pena exclusivamente de multa.
38. (OAB) Entre as circunstâncias que sempre atenuam a 
pena, não está incluído o fato de o agente:
a. desconhecer a lei.
b. ter cometido o crime sob coação a que pudesse 
resistir.
c. ter cometido o crime sob a influência de multidão 
em tumulto, se não o tiver provocado.
d. ter cometido o crime em ocasião de incêndio, inun-
dação ou qualquer calamidade pública.
39. (OAB) Acerca da execução das penas, assinale a op-
ção correta.
a. O sentenciado a que sobrevier doença mental, 
verificada por perícia médica, será imediatamente 
posto em liberdade.
b. Extinta a pena, o condenado será posto, imediata-
mente, em liberdade, mediante alvará do juiz.
c. Se impostas cumulativamente penas privativas da 
liberdade, poderá ser executada primeiramente a 
de detenção e depois, a de reclusão.
d. A recaptura do réu evadido depende de prévia or-
dem judicial.
40. (Analista Judiciário/TRE GO) Considerando a hipótese 
de um indivíduo ter sido denunciado e condenado pelo 
crime de homicídio, assinale a opção correta em rela-
ção às regras referentes à substituição da pena. 
a. Se a pena não for superior a quatro anos de reclu-
são, o indivíduo terá direito à substituição da pena 
privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos, 
ainda que o crime tenha sido doloso e cometido com 
violência ou grave ameaça à pessoa.
b. Em hipótese alguma, se o réu for reincidente, será 
possível a substituição da pena privativa de liber-
dade pela pena restritiva de direitos.
c. Se o crime for culposo, o réu terá direito à substi-
tuição da pena privativa de liberdade, ainda que o 
crime tenha sido cometido com violência à pessoa.
d. O juiz, constatando a possibilidade de substituição 
da pena privativa de liberdade, poderá substituí-la 
por duas penas restritivas de direito, não podendo 
a execução ter duração inferior à pena privativa de 
liberdade substituída.
41. (Procurador/TCEAL) A perda de função pública consti-
tui efeito da condenação quando aplicada pena privati-
va de liberdade igual ou superior a:
a. quatro anos, nos crimes praticados com abuso de 
poder ou violação de dever para com a Administra-
ção Pública, independentemente de motivação na 
sentença.
b. quatro anos, nos crimes praticados com abuso de 
poder ou violação de dever para com a Adminis-
tração Pública, desde que a sentença apresente a 
necessária motivação.
c. um ano, nos crimes praticados com abuso de poder 
ou violação de dever para com a Administração Pú-
blica, desde que a sentença apresente a necessária 
motivação.
d. um ano, para qualquer crime, desde que a sentença 
apresente a necessária motivação.
e. um ano, nos crimes praticados com abuso de po-
der ou violação de dever para com a Administra-
ção Pública, independentemente de motivação na 
sentença.
42. (Procurador de Contas/TCERR) Sobre os efeitos da 
condenação penal, é correto afirmar que a perda de 
cargo ou função pública é:
a. efeito automático na condenação por crime funcio-
nal próprio.
b. cabível na condenação a pena privativa de liberdade 
por crime praticado com abuso de poder ou violação 
de dever para com a Administração Pública, nos cri-
mes funcionais próprios ou impróprios, desde que a 
pena seja igual ou superior a um ano.
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c. efeito automático da condenação quando for apli-
cada pena privativa de liberdade superior a quatro 
anos, ressalvados os crimes funcionais.
d. cabível na condenação a pena privativa de liberda-
de por crime praticado com abuso de poder ou vio-
lação de dever para com a Administração Pública, 
nos crimes funcionais próprios ou impróprios, des-
de que a pena seja igual ou superior a dois anos.
e. cabível na condenação a qualquer pena por crime 
praticado com abuso de poder ou violação de de-
ver para com a Administração Pública, nos crimes 
funcionais próprios ou impróprios.
43. (Procurador do Estado/PGECE) Assinale a opção cor-
reta acerca dos efeitos da condenação e da reabilita-
ção.
a. É efeito da condenação a perda, em favor da 
União, independentemente do direito de terceiro de 
boa-fé, de qualquer valor que constitua proveito au-
ferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
b. É efeito automático da condenação a perda do car-
go público, quando for aplicada a servidor público 
penaprivativa de liberdade por tempo superior a 
quatro anos.
c. De acordo com o CP, constitui efeito não-automá-
tico da condenação, devendo ser motivadamente 
declarada na sentença, a inabilitação para dirigir 
veículo, quando utilizado como meio para a prática 
de crime doloso.
d. A reabilitação alcança a pena privativa de liberda-
de e a restritiva de direitos aplicadas em sentença 
definitiva, e não cabe tal pedido em caso de conde-
nação a pena exclusivamente de multa.
e. A reabilitação não atinge os efeitos da condenação.
44. (Juiz de Direito/TJMG) Das alternativas abaixo, ape-
nas uma está correta. Assinale-a.
a. No concurso formal de crimes, aplica-se a mais 
grave das penas cabíveis, aumentada de um sexto 
até metade, ainda que dolosa a ação ou omissão e 
os crimes concorrentes resultem de desígnios au-
tônomos.
b. A perda de cargo, função pública ou mandato ele-
tivo não é efeito automático da condenação, sendo 
necessário declará-la explicitamente na sentença 
condenatória.
c. A fictio juris da continuidade delitiva não é aceita se 
os crimes da mesma espécie forem praticados con-
tra vítimas diferentes e mediante violência ou grave 
ameaça.
d. A suspensão condicional da pena deve ser obri-
gatoriamente revogada quando o beneficiário des-
cumpre alguma das condições estabelecidas, ou é 
irrecorrivelmente condenado, por crime ou contra-
venção.
e. Para obtenção do livramento condicional nos cha-
mados crimes hediondos é necessário o cumpri-
mento por parte do sentenciado de no mínimo me-
tade da pena imposta.
45. (Juiz de Direito/TJSE) Assinale a opção correta em re-
lação aos efeitos da condenação e da reabilitação.
a. A perda de cargo público decorrente da condena-
ção à pena privativa de liberdade superior ao prazo 
previsto em lei é efeito automático da condenação.
b. A incapacidade para o exercício da tutela é efeito 
específico da condenação por crime doloso ou cul-
poso cometido contra o tutelado.
c. A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas 
em sentença definitiva e poderá atingir os efeitos 
da condenação, por exemplo, restaurando a habili-
tação para dirigir veículo.
d. Negada a reabilitação, esta poderá ser requerida 
novamente após o decurso do prazo previsto em 
lei e desde que o pedido seja instruído com novos 
elementos de prova.
e. A reabilitação será revogada em caso de nova con-
denação transitada em julgado à pena privativa de 
liberdade ou de multa.
G A B A R I T O
1. D
2. B
3. A
4. B
5. C
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24. B
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34. C
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36. D
37. A
38. D
39. B
40. C
41. C
42. B
43. C
44. B
45. C
SUMÁRIO
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS .............................................................................................................234
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, 
NACIONALIDADE) .......................................................................................................................................242
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA, UNIÃO, ESTADOS 
FEDERADOS, MUNICÍPIOS, DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, MILITARES DOS ESTADOS, DISTRITO 
FEDERAL E TERRITÓRIOS) ...........................................................................................................................281
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..................................................................................................................290
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES: PODER EXECUTIVO, PODER LEGISLATIVO, E PODER 
JUDICIÁRIO ...................................................................................................................................331/311/336
DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS (ESTADO DE DEFESA E ESTADO DE 
SÍTIO, FORÇAS ARMADAS, SEGURANÇA PÚBLICA) ...................................................................................366
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático 
de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre ini-
ciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, 
que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição.
O art. 1º da Constituição coloca, em seu caput, as 
principais características do Estado brasileiro: forma de 
Estado: Federação; forma de Governo: República; Sistema 
de Governo: Presidencialista; característica do Estado brasi-
leiro: Estado democrático de direito; e os entes que compõe 
a Federação: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Forma de Estado: 
– Estado Federal
– Estado Unitário
A forma de Estado que se adota no Brasil é a federa-
ção, ou seja, existem em um mesmo território unidades que 
são dotadas de autonomia política e que possuem compe-
tências próprias. O art. 1º da Constituição, em seu caput, 
aponta que a República Federativa do Brasil é formada 
pela união indissolúvel, que significa que não pode haver 
separação ou secessão, dos Estados, Municípios e Distrito 
Federal.
Ressalte-se que no art. 18, a Carta Maior estabelece, 
de forma complementar, que “a organização político-admi-
nistrativa da República Federativa do Brasil compreende a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição”.
Cabe observar que a forma federativa de Estado, no 
Brasil, é cláusula pétrea, não podendo ser objeto de deli-
beração propostas de emendas constitucionais tendentes a 
aboli-la.
A Federação brasileira constitui-se de um poder central 
(União), poderes regionais (estados), e locais (municípios), 
além de possuir um ente híbrido (DF), que acumula os pode-
res regionais e locais. Por isso, afirma-se que o Brasil possui 
o federalismo tríade (ou de 3º grau), qual seja:
• União: entidade de 1º Grau;
• Estados: entidades de 2º Grau;
• Municípios: entidades de 3º Grau; e por fim o Dis-
trito Federal, que é considerado entidade de grau 
misto ou sui generis (2º e 3º grau).
Importante mencionar também que Existe a forma 
de Estado Unitário, onde o poder político é centralizado, 
havendo apenas uma esfera de poder. Ex.: Portugal.
DIREITO CONSTITUCIONAL
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Conceito de Direito Constitucional
O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público 
Interno, que tem como função precípua organizar o funcio-
namento do Estado, no que tange à distribuição das esferas 
de competência do poder político, bem como no tocante aos 
direitos fundamentais dos indivíduos para com o Estado, ou 
como membros da comunidade política.
Conceito de Constituição 
Nas palavras do ilustre doutrinador Alexandre de 
Moraes, Constituição latu sensu, é o ato de constituir, de 
estabelecer, de firmar; ou, ainda, o modo pelo qual se cons-
titui uma coisa, um ser vivo, um grupo de pessoas; organiza-
ção, formação. Juridicamente, porém, Constituição deve ser 
entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, 
que contém normas referentes à estruturação do Estado, à 
formação dos poderes públicos, forma de governo e aqui-
sição do poder de governar, distribuição de competências, 
direitos, garantias e deveres dos cidadãos. Além disso, é a 
Constituição que individualiza os órgãos competentes para 
a edição de normas jurídicas, legislativas ou administrativas.
Conceito de Estado
A moderna acepção de Estado que conhecemos tem 
suas origens na famosa obra de Nicolau Maquiavel, intitu-
lada, “O Príncipe”. 
Nesse sentido, podemos definir o Estado como uma 
organização jurídica, social e política de um povo em um 
determinado território, dirigido por um governo soberano.
Portanto, esses 3 elementos reunidos formamo Estado: 
povo, território e soberania.
Ressalte-se que o Estado é um ente personalizado que 
se apresenta, tanto nas relações internacionais, no conví-
vio com outros Estados, quanto internamente, como sujeito 
capaz de adquirir direitos e contrair obrigações. 
Não obstante, a vontade do Estado é manifesta pelo 
exercício de seus Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciá-
rio. Esses poderes são independentes e harmônicos entre 
si. A função típica do Poder Executivo é a aplicação das leis 
ao caso concreto – função administrativa; o Legislativo tem 
as funções de legislar e fiscalizar – função normativa; e o 
Judiciário tem as funções de aplicar a lei a situações concre-
tas e litigiosas, e proteger as Constituições Federal e Esta-
duais e a Lei Orgânica do DF no julgamento de controle de 
constitucionalidade – função judicial aplicando a lei de forma 
coativa.
ELEMENTOS PODERES
Povo Legislativo
Território Executivo
Governo Soberano Judiciário
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Estado Unitário: somente um poder político central 
exerce sua competência por todo o território nacional e 
sobre toda a população, e, ainda, controla todas as cole-
tividades regionais e locais. Nesta forma de Estado é que 
ocorre a centralização política.
Brasil → Federação
Forma de Governo: 
• República 
• Monarquia
A forma de governo representa o modo como os gover-
nantes são escolhidos. Hoje prevalece a classificação de 
Maquiavel, onde os Estados ou são principados (monarquias) 
ou repúblicas. Temos, portanto, a Monarquia e a República. 
A monarquia é caracterizada pelos princípios da 
hereditariedade e vitaliciedade. O Chefe de Estado, que no 
caso será o rei ou monarca, é escolhido pelo princípio da 
hereditariedade e irá deter o poder de forma vitalícia. 
Já a República é caracterizada pela alternância entre 
os poderes, pela eletividade e temporariedade dos manda-
tos. Por eletividade podemos entender que a escolha dos 
governantes se dará por meio de eleição, em que quaisquer 
cidadãos que preencham os requisitos legais poderão con-
correr a um mandato, e tais mandatos terão prazos prede-
terminados. A palavra República vem do latim, res publicae, 
e significa coisa pública, ou seja, o governante deve buscar 
o bem público, e não os interesses próprios.
O Brasil adota a República como forma de governo e tal 
forma de governo não é cláusula pétrea.
Obs.: Consequências decorrentes da forma republi-
cana de governo: obrigação de prestação de contas por 
parte dos administradores; alternância entre os poderes; 
igualdade de todos perante a lei. 
Brasil → República
Sistema de Governo: 
• Presidencialista
• Parlamentarista
O sistema de governo representa a maneira com que 
os poderes estão relacionados, como eles se interagem. 
No sistema presidencialista os poderes de chefia de Estado 
(representação internacional do Estado) e chefia de Governo 
(gerenciar e administrar assuntos internos) se concentram no 
Presidente da República, ou seja, em uma mesma pessoa. 
Nesse caso, o Chefe do Executivo pode governar de forma 
diferente das concepções adotadas pelos membros do legis-
lativo, o que implica em um equilíbrio maior entre os pode-
res, não existindo dependência entre eles, como no caso do 
parlamentarismo. 
Já no sistema parlamentarista as funções de chefia de 
Estado e chefia de Governo são de pessoas distintas, ao 
Rei ou Presidente é atribuída à chefia de Estado e ao Pri-
meiro Ministro a chefia de Governo. No parlamentarismo, o 
Primeiro-Ministro depende do apoio parlamentar para esta-
bilidade de seu governo, causando certa supremacia do Par-
lamento.
Importante destacar que no presidencialismo a funções 
de chefia de Estado e Chefia de Governo se referem a uma 
mesma pessoa, enquanto que no parlamentarismo trata-se 
de pessoas distintas.
Obs.:� A República pode ser tanto presidencialista quanto 
parlamentarista; a Monarquia também pode adotar 
um dos dois sistemas de governo.
Brasil → Presidencialista
Característica do Estado Brasileiro: Estado Demo-
crático de Direito
O “Estado Democrático de Direito” traz a ideia de impé-
rio da lei e do Direito, ou seja, todos, indivíduos e poderes, 
estão sujeitos a esse império. O poder do Estado fica limi-
tado a estas leis e ao Direito, ou seja, ninguém está acima 
da lei, das normas jurídicas e da Constituição.
Regime Político 
O regime político traduz a forma com que o poder é 
exercido. Têm-se duas formas, a ditadura, em que não temos 
a participação do povo; ou democracia, em que o poder é 
exercido pelo povo. Esta, por sua vez, divide-se em Demo-
cracia Direta, Democracia Indireta e Democracia Semidireta.
Democracia Direta
O povo participa diretamente do 
processo de tomada de deci-
sões.
Democracia Indireta (ou 
Representativa)
O povo elege seus representan-
tes, os quais tomarão decisões 
em seu nome.
Democracia Semidireta
É uma mistura da democracia 
direta e indireta, na qual além 
dos representantes eleitos pelo 
povo, temos também a parti-
cipação do povo nas decisões 
políticas do Estado, por meio 
dos institutos da democracia 
direta (plebiscito, referendo e 
iniciativa popular).
O art. 1º da Constituição permite concluir que o Brasil 
adota a democracia semidireta, ou participativa, ou seja, no 
Brasil o povo exerce o poder por meio de seus representan-
tes eleitos ou diretamente.
Vale destacar que no parágrafo único do art. 1º da 
Constituição temos que “todo o poder emana do povo, que 
o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição”, o povo tem, portanto, a titu-
laridade do poder.
Brasil → Democracia Semidireta
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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Forma de 
Estado: Federado Descentralização política
Forma de 
Governo: Republicano
Eletividade, temporariedade 
de mandato e responsabilização 
do governante 
Sistema 
de 
Governo:
Presidencialismo
Presidente da República: 
Chefe de Estado e Chefe de 
Governo 
Fundamentos da República Federativa do Brasil:
Soberania
Significa que o poder do Estado brasileiro não é supe-
rado por nenhuma outra forma de poder, e no âmbito inter-
nacional, o Estado brasileiro encontra-se em igualdade com 
os demais Estados.
Cidadania
Essa expressão foi utilizada de forma abrangente. Não 
expressa apenas os direitos políticos ativos e passivos do 
indivíduo, votando, sendo votado, e interferindo na vida polí-
tica do Estado. Temos cidadania como forma de integração 
do indivíduo na vida estatal, fazendo valer seus direitos e 
cobrando-os de seus representantes.
Dignidade da pessoa humana
A razão de ser do Estado brasileiro consagra-se na 
pessoa humana. Conforme nos ensina Alexandre de Moraes, 
“esse fundamento afasta a ideia de predomínio das concep-
ções transpessoalistas de Estado e Nação, em detrimento 
da liberdade individual”. Reconhece-se que o ser humano 
detém um mínimo de direitos que são invioláveis. Diversos 
direitos decorrem deste fundamento, como direito à vida, à 
imagem, à intimidade etc. 
Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
Esse inciso compatibiliza a livre iniciativa com a valori-
zação do trabalho humano. O trabalho é entendido como um 
instrumento da dignidade humana e a livre iniciativa carac-
teriza o direito de propriedade, a existência do mercado e o 
regime capitalista. Esse capitalismo, porém, não se refere a 
sua forma mais liberal, mas sim na forma socialdemocrata.
Pluralismo político
Esse fundamento não se resume apenas ao pluripar-
tidarismo, ele visa reconhecer e garantir que as diversas 
formas de pensamento, grupos que representem interesses 
e ideologias políticas sejam tidas como legítimas para demo-
cracia, à exceção das que contrariem a Carta Magna. 
Jurisprudência: “O Estado de Direito viabiliza a preservação das 
práticas democráticas e, especialmente, o direito de defesa. Direito 
a, salvo circunstâncias excepcionais, não sermos presos senão 
após a efetiva comprovação da prática de um crime. Por isso, usu-
fruímosa tranquilidade que advém da segurança de sabermos que, 
se um irmão, amigo ou parente próximo vier a ser acusado de ter 
cometido algo ilícito, não será arrebatado de nós e submetido a 
ferros sem antes se valer de todos os meios de defesa em qualquer 
circunstância à disposição de todos. [...] O que caracteriza a socie-
dade moderna, permitindo o aparecimento do Estado moderno, é, 
por um lado, a divisão do trabalho; por outro, a monopolização da 
tributação e da violência física. Em nenhuma sociedade na qual 
a desordem tenha sido superada, admite-se que todos cumpram 
as mesmas funções. O combate à criminalidade é missão típica e 
privativa da administração (não do Judiciário), através da polícia, 
como se lê nos incisos do art. 144 da Constituição, e do Ministério 
Público, a quem compete, privativamente, promover a ação penal 
pública (art. 129, I).” (HC 95.009, Rel. Min. Eros Grau, julgamento 
em 06.11.2008, Plenário, DJE de 19.12.2008)
“Inexistente atribuição de competência exclusiva à União, não 
ofende a CB norma constitucional estadual que dispõe sobre apli-
cação, interpretação e integração de textos normativos estaduais, 
em conformidade com a Lei de Introdução ao Código Civil. Não há 
falar-se em quebra do pacto federativo e do princípio da interde-
pendência e harmonia entre os Poderes em razão da aplicação de 
princípios jurídicos ditos ‘federais’ na interpretação de textos norma-
tivos estaduais. Princípios são normas jurídicas de um determinado 
direito, no caso, do direito brasileiro. Não há princípios jurídicos apli-
cáveis no território de um, mas não de outro ente federativo, sendo 
descabida a classificação dos princípios em ‘federais’ e ‘estaduais’.” 
(ADI 246, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 16.12.2004, Plenário, 
DJ de 29.04.2005)
“Se é certo que a nova Carta Política contempla um elenco menos 
abrangente de princípios constitucionais sensíveis, a denotar, com 
isso, a expansão de poderes jurídicos na esfera das coletividades 
autônomas locais, o mesmo não se pode afirmar quanto aos princí-
pios federais extensíveis e aos princípios constitucionais estabeleci-
dos, os quais, embora disseminados pelo texto constitucional, posto 
que não é tópica a sua localização, configuram acervo expressivo 
de limitações dessa autonomia local, cuja identificação – até mesmo 
pelos efeitos restritivos que deles decorrem – impõe-se realizar. A 
questão da necessária observância, ou não, pelos Estados-mem-
bros, das normas e princípios inerentes ao processo legislativo, 
provoca a discussão sobre o alcance do poder jurídico da União 
Federal de impor, ou não, às demais pessoas estatais que integram 
a estrutura da Federação, o respeito incondicional a padrões hete-
rônomos por ela própria instituídos como fatores de compulsória 
aplicação. [...] Da resolução dessa questão central, emergirá a defi-
nição do modelo de Federação a ser efetivamente observado nas 
práticas institucionais.” (ADI 216-MC, Rel. p/ o ac. Min. Celso de 
Mello, julgamento em 23.05.1990, Plenário, DJ de 07.05.1993)
“As ‘terras indígenas’ versadas pela CF de 1988 fazem parte de um 
território estatal-brasileiro sobre o qual incide, com exclusividade, 
o Direito nacional. E como tudo o mais que faz parte do domínio 
de qualquer das pessoas federadas brasileiras, são terras que se 
submetem unicamente ao primeiro dos princípios regentes das 
relações internacionais da República Federativa do Brasil: a sobe-
rania ou ‘independência nacional’ (inciso I do art. 1º da CF). [...] 
Há compatibilidade entre o usufruto de terras indígenas e faixa de 
fronteira. Longe de se pôr como um ponto de fragilidade estrutu-
ral das faixas de fronteira, a permanente alocação indígena nesses 
estratégicos espaços em muito facilita e até obriga que as institui-
ções de Estado (Forças Armadas e Polícia Federal, principalmente) 
se façam também presentes com seus postos de vigilância, equi-
pamentos, batalhões, companhias e agentes. Sem precisar de 
licença de quem quer que seja para fazê-lo. Mecanismos, esses, 
a serem aproveitados como oportunidade ímpar para conscientizar 
ainda mais os nossos indígenas, instruí-los (a partir dos conscri-
tos), alertá-los contra a influência eventualmente malsã de certas 
organizações não governamentais estrangeiras, mobilizá-los em 
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defesa da soberania nacional e reforçar neles o inato sentimento de 
brasilidade. Missão favorecida pelo fato de serem os nossos índios 
as primeiras pessoas a revelar devoção pelo nosso país (eles, os 
índios, que em toda nossa história contribuíram decisivamente para 
a defesa e integridade do território nacional) e até hoje dar mostras 
de conhecerem o seu interior e as suas bordas mais que ninguém.” 
(Pet 3.388, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 19.03.2009, Ple-
nário, DJE de 1º.07.2010)
“A pesquisa científica com células-tronco embrionárias, autorizada 
pela Lei 11.105/2005, objetiva o enfrentamento e cura de patologias 
e traumatismos que severamente limitam, atormentam, infelicitam, 
desesperam e não raras vezes degradam a vida de expressivo con-
tingente populacional (ilustrativamente, atrofias espinhais progres-
sivas, distrofias musculares, a esclerose múltipla e a lateral amio-
trófica, as neuropatias e as doenças do neurônio motor). A escolha 
feita pela Lei de Biossegurança não significou um desprezo ou 
desapreço pelo embrião in vitro, porém uma mais firme disposição 
para encurtar caminhos que possam levar à superação do infortúnio 
alheio. Isto, no âmbito de um ordenamento constitucional que desde 
o seu preâmbulo qualifica ‘a liberdade, a segurança, o bem-estar, 
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça’ como valores supre-
mos de uma sociedade mais que tudo ‘fraterna’. O que já significa 
incorporar o advento do constitucionalismo fraternal às relações 
humanas, a traduzir verdadeira comunhão de vida ou vida social 
em clima de transbordante solidariedade em benefício da saúde e 
contra eventuais tramas do acaso e até dos golpes da própria natu-
reza. Contexto de solidária, compassiva ou fraternal legalidade que, 
longe de traduzir desprezo ou desrespeito aos congelados embri-
ões in vitro, significa apreço e reverência a criaturas humanas que 
sofrem e se desesperam. Inexistência de ofensas ao direito à vida 
e da dignidade da pessoa humana, pois a pesquisa com células-
-tronco embrionárias (inviáveis biologicamente ou para os fins a que 
se destinam) significa a celebração solidária da vida e alento aos 
que se acham à margem do exercício concreto e inalienável dos 
direitos à felicidade e do viver com dignidade (Min. Celso de Mello). 
[...] A Lei de Biossegurança caracteriza-se como regração legal a 
salvo da mácula do açodamento, da insuficiência protetiva ou do 
vício da arbitrariedade em matéria tão religiosa, filosófica e etica-
mente sensível como a da biotecnologia na área da medicina e da 
genética humana. Trata-se de um conjunto normativo que parte do 
pressuposto da intrínseca dignidade de toda forma de vida humana, 
ou que tenha potencialidade para tanto. A Lei de Biossegurança não 
conceitua as categorias mentais ou entidades biomédicas a que 
se refere, mas nem por isso impede a facilitada exegese dos seus 
textos, pois é de se presumir que recepcionou tais categorias e as 
que lhe são correlatas com o significado que elas portam no âmbito 
das ciências médicas e biológicas.” (ADI 3.510, Rel. Min. Ayres 
Britto, julgamento em 29.05.2008, Plenário, DJE de 28.05.2010)
“Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, 
por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade 
por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal 
do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato pro-
cessual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do 
Estado.” (Súmula Vinculante 11)
“A cláusula da reserva do possível – que não pode ser invocada, 
pelo

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