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BIOLOGIA – 2ºANO 2 – MEMBRANA PLASMÁTICA Profª Valéria Zerbetto Modelo do Mosaíco Fluído Composição Química • Estrutura celular extremamente fina; • Lipoproteíca (lipídios e proteínas); • Duas camadas de lipídios (fosfolipídios), contendo proteínas inseridas nessas camadas; • Membrana de animais e protozoários, a camada voltada para o meio extracelular apresentam moléculas de carboidratos aderidas a alguns lipídios e a algumas proteínas, formando respectivamente glicolipídios e glicoproteínas; • Essa camada de carboidratos é denominada glicocálix. GLICOCÁLIX • Está envolvido com proteção, retenção de nutrientes e com reconhecimento celular; • No reconhecimento celular, moléculas de glicocálix podem servir de receptores de outras moléculas que funcionam como mensageiros químicos (proteínas, hormônios, etc.), desencadeando reações químicas no meio intracelular; • Os carboidratos que compõem o glicocálix podem variar de indivíduo para indivíduo, podendo desencadear reações imunológicas quando existir incompatibilidade entre eles, se transferidos entre organismos diferentes. Ex.indivíduos com sangue tipo A apresentam no glicocálix da membrana plasmática das hemácias um tipo de carboidrato diferente dos indivíduos do tipo sanguíneo B. ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA • A membrana plasmática apresenta diferenciações que facilitam a realização de algumas funções: • Microvilosidades – expansões semelhantes a “dedos de luvas”, que aumentam a superfície de absorção de substâncias. São encontradas em células intestinais e dos túbulos renais. • Desmossomos – são placas arredondadas formadas pelas membranas das células vizinhas. São o local de “ancoragem” de filamentos de proteínas que fornecem adesão entre células vizinhas. Ocorrem nos epitélios de revestimento. • Interdigitações: são dobras das membranas plasmáticas de células vizinhas, que se encaixam e aumentam a adesão entre elas. São observadas em células epiteliais. MECANISMOS DE TRANSPORTE • TRANSPORTE PASSIVO • Ocorre sempre a favor do gradiente, no sentido de se igualarem as concentrações nas duas faces da membrana; • Não envolve gasto de energia; • 1- Difusão Simples • O soluto (íons, oxigênio, gás carbônico, etc.) passa do local onde está em maior quantidade (hipertônico) para o local onde está em menor quantidade (hipotônico); • As partículas atravessam as duas camadas de lipídios sem o auxílio de proteínas transportadora. Ex. Oxigênio e Gás Carbônico • 2- Difusão Facilitada • Também segue o gradiente de concentração, porém é necessário o auxílio de uma proteína carreadora que facilite a entrada e a saída para a célula ou para o ambiente. Ex. glicose, vitaminas, alguns íons e aminoácidos. • 3- Osmose • Tipo de transporte passivo especial, em que somente a água passa pela membrana; • A passagem da água se dá de um meio menos concentrado (hipotônico) para um meio mais concentrado (hipertônico); • É um importante mecanismo que regula a quantidade de água dentro das células dos seres vivos. 3.1 – Osmose em célula animal • As hemácias (glóbulos vermelhos) no plasma sanguíneo estão em equilíbrio osmótico com seu meio extracelular (isotonia – meios com concentração iguais); • Em solução isotônica, a quantidade de água que a célula ganha do plasma é a mesma que ela perde do plasma; • Em solução hipertônica (mais concentrada) as hemácias perdem água, sofrendo redução do volume celular (murcha). Nesta situação, falamos que a hemácia sofreu crenação. • Em solução hipotônica (menos concentrada) as hemácias ganham água, sofrendo aumento do volume celular. O aumento exagerado do volume da hemácia pode provocar o fenômeno da hemólise, que é o rompimento da membrana, causando sua morte. 3.2 Osmose na célula vegetal • Ocorre de forma similar à osmose das células animais, contudo, exixtem algumas diferenças devido à presença da parede celular. • Quando a célula vegetal está numa solução isotônica dizemos que a célula está flácida. Nessa situação a célula está em equilíbrio osmótico com o meio externo. • Se a célula vegetal for colocada numa solução hipotônica, ocorrerá a entrada de água na célula, causando a distensão da parede celular. Essa distensão ocorrerá até certo limite, e passará a existir uma força contrária à entrada de água na célula. Quando a célula atingir um volume máximo, será chamada de túrgida. Como a célula não se distente mais, não haverá lise; • Se a célula estiver em solução hipertônica, ela perderá água, ocorrendo uma retração da membrana plasmática. Esse fenômeno é chamado de plasmólise. TRANSPORTE ATIVO • Ocorre contra o gradiente de concentração, ou seja, no sentido de tornar as concentrações dos meios diferentes; • Há gasto de energia (ATP) e ocorre com auxílio de proteínas carreadoras; • As proteínas carreadoras recolhem substâncias em uma das faces da membrana e soltam na outra face; • Um exemplo desse tipo de transporte é a bomba de sódio e potássio, em que a proteína carreadora recolhe íons sódio no meio intracelular (dentro da célula) e os transporta para o meio extracelular (fora da célula) e recolhe íons potássio de fora da célula e os transporta para o lado de dentro; • A energia empregada pelos mecanismos de transporte ativo vem do ATP, produzido nas mitocôndrias, durante a respiração celular.