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Meio Ambiente e Sustentabilidade

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EAD
MEIO AMBIENTE E 
SUSTENTABILIDADE
Helder Henrique Jacovetti Gasperoto
 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
A temática a ser desenvolvida na disciplina Meio Ambiente e Sustentabilidade é sobre a 
caracterização ambiental, consciência ambiental e, conhecer as principais leis 
ambientais, expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho 
ambiental e sua atuação para com a sociedade, caro aluno, a consciência para uma 
utilização sustentável da água. 
 
Queremos transmitir a você conhecimentos indispensáveis a sua formação, mas 
almejamos, com toda nossa convicção, de que, no futuro, não possamos ver cenas 
como a que se verifica abaixo. 
 
 
Foto: Hélder Henrique J. Gasperoto 
 
Bons Estudos 
Helder Henrique Jacovetti Gasperoto 
 
 
PROGRAMA: 
Ementa: Ecologia e meio ambiente. A crise ambiental. O movimento ecológico. Eco 
desenvolvimento. “Desenvolvimento Sustentável”. Legislação, gestão, planejamento e 
políticas ambientais. Impacto ambiental – caracterização ambiental (meios físico, 
biológico e antrópico). Diagnóstico ambiental, avaliação de impacto ambiental, ações 
mitigadoras. 
 
Objetivos 
 Compreender a dinâmica do desenvolvimento econômico e o meio ambiente 
 Compreender a dinâmica do gerenciamento 
 Identificar e diagnosticar os problemas socioambientais 
 
Conteúdo Programático da Disciplina 
 Histórico da evolução da questão ambiental – Interação homem-natureza 
 Visão sistêmica no funcionamento da natureza 
 Educação Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável 
 O atual modelo de desenvolvimento econômico 
 Conceito e evolução do Gerenciamento Ambiental 
 Legislação Ambiental (mecanismos de controle) 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas, São Paulo: Gaia, 2000 
GUERRA, A. J. T; CUNHA, S. B. da (orgs) A questão ambiental. Rio de Janeiro: Bertand do 
Brasil, 2003. 
VEIGA, J. E. Meio ambiente e desenvolvimento. São Paulo: Senac, 2006. 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
BARBIERI, J.C. Desenvolvimento e Meio Ambiente. Petrópolis – RJ: Vozes, 1997. 
_______, Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, métodos e instrumentos. São Paulo: 
Saraiva, 2007. 
CALLENBACH, E.; ET AL, Gerenciamento Ecológico: Ecomanagement. São Paulo: 
Cultrix,1993. 
 CORSON W. H. Manual Global de Ecologia, São Paulo: Augustus, 1996. 
DREW, D. Processos interativos homem- meio ambiente. São Paulo, Contexto, 1977. 
GUERRA, A. J. T; CUNHA, S. B. da (orgs) Impactos ambientais Urbanos no Brasil. Rio de 
Janeiro: Bertand do Brasil, 2005. 
SANCHEZ, L. E. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: 
Oficina de textos, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 01 - CONCEITOS GERAIS ..................................................................................................... 5 
UNIDADE 02 - HISTÓRIA SOBRE A VISÃO DO MEIO AMBIENTE .............................................. 9 
UNIDADE 03 - PRINCIPAIS CONFERÊNCIAS SOBRE O MEIO AMBIENTE ............................. 13 
UNIDADE 04 - PRINCIPAIS CONFERÊNCIAS SOBRE O MEIO AMBIENTE / RIO + 20 ....... 17 
UNIDADE 05 - SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL CONHECENDO A 
PROPOSTA DA UNIDADE .................................................................................................................... 22 
UNIDADE 06 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE ................................................................................. 27 
UNIDADE 07 - CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS .......................................................................... 31 
UNIDADE 08 - GESTÃO AMBIENTAL ............................................................................................... 36 
UNIDADE 09 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ....................................................................................... 40 
UNIDADE 10 - AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL .............................................................. 44 
5 
 
Biodiversidade- grande variação de 
espécies 
UNIDADE 01 - CONCEITOS GERAIS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Verificar os principais conceitos ligados ao meio ambiente. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Hoje, faz-se necessária uma prática ambiental de forma a pensar num mundo melhor e 
mais consciente. Para que isso aconteça, dependemos de uma melhor gestão da 
biodiversidade, interagindo o meio ambiente e os ambientes modificados para atender 
o Homem. 
 
O crescimento econômico comanda o mundo de forma a dividi-lo de maneira desigual, 
pois ele não elimina a pobreza e nem repassa as tecnologias, aumentando a 
desigualdade entre as nações do mundo e dentro do próprio país. 
 
o desenvolvimento que seja social, econômico e ambientalmente sustentável é 
um desafio, mesmo sem o aquecimento global. O crescimento econômico é 
necessário mas não o suficiente para reduzir a pobreza e aumentar a 
igualdade de oportunidades. Deixar de preservar o meio ambiente ameaça as 
realizações econômicas e sociais. (BANCO MUNDIAL, 2010, p 39). 
 
Vamos agora ver alguns conceitos básicos para entendermos melhor a aula: 
Abiótico – É o componente não vivo do meio ambiente, também pode ser considerada 
a vida latente. 
Antrópica – Relativo ao Homem e sua intervenção no meio, isto é, uma paisagem 
modificada pelo homem. 
Biodiversidade – É a diversidade de espécies, incluindo todas as formas de vida. 
Bioma - É uma comunidade maior composta de todos os vegetais, animais e 
comunidades, incluindo os estágios de sucessões da área. As comunidades de um 
6 
 
bioma possuem certa semelhança e análogas condições vegetais. É a unidade ecológica 
imediatamente superior ao ecossistema. 
Biosfera – Todo local da Terra onde se desenvolve a vida. É onde se reúne todos os 
ecossistemas. 
Biota – relativo à fauna e flora de dos ecossistemas. 
Meio Ambiente - circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, 
solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. (ISO 14001: 
2004) 
Ecossistemas – veja o gráfico abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Mico leão (Leontopithecus chrysopygus) é típico da Mata Atlântica, ele é um primata 
endêmico deste habitat e está sob ameaça de extinção. 
 
Foto Hélder Henrique J. Gasperoto 
7 
 
No mapa abaixo, encontra-se a representação dos principais biomas do Brasil. Vamos 
conhecê-los. 
 
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=169 
Floresta Amazônica: floresta latifoliada, perenifólia, hidrófita, higrófita, heterogênea. 
Podemos destacar três tipos de matas nas terras baixas amazônicas, a mata de igapó, 
mata de várzea, que ocupam as planícies de inundação, e a mata de terra firme (ou 
mata de caaetê), ocupando as áreas mais elevadas. 
 
Mata Atlântica (Mata Tropical Atlântica): floresta latifoliada, perenifólia, higrófita, 
heterogênea. Localizada ao longo da costa brasileira desde o Rio Grande do Norte até 
o Rio Grande do Sul adentrando a região Sudeste. 
 
Mata das Araucárias: floresta aciculifoliada, homogênea e aberta. Localizada na região 
Sul do país, principalmente, no Estado do Paraná no planalto de Ponta Grossa e de 
Curitiba. 
 
8 
 
Cerrado: vegetação arbustiva com troncos retorcidos, cascas grossas, raízes profundas 
no estrato superior e no estrato inferior gramíneas. É uma vegetação típica da região 
Centro oeste, parte do Sudeste e da região Norte. 
 
Caatinga: vegetação de xerófitas (savana espinhenta), adaptada à região semiárida, com 
clima quente e seco chuvas escassas e mal distribuídas com longos períodos de 
estiagem. Vegetação típica do sertão nordestino e norte de Minas Gerais. É uma 
vegetação heterogênea, com diversidade de espécies. 
 
Campos (pampas): vegetação rasteira com gramíneas, típica do extremo Sul do Brasil, 
sul do Mato Grosso do Sul e de Roraima. 
 
Pantanal: é um mosaico de biomas, havendodiversos biomas interagindo como o 
Cerrado, a Caatinga, Campos; é típico da planície do rio Paraguai quando o rio inunda 
essa região, é denominada planície do pantanal matogrossense (MS), e do rio Guaporé 
(MT). Devido a essa inundação periódica seu solo é rico em nutrientes. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
Faça uma pesquisa da geografia Amazônica nos links: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_do_Amazonas 
 Assista ao vídeo que apresenta a fauna e a flora da floresta Amazônica: 
http://www.youtube.com/watch?v=n9_byIgpXrM 
 Veja a reportagem que mostra um pouco dos Biomas do Brasil: 
http://www.youtube.com/watch?v=w-q30_fY-Gw&list=PL672FBF46DA720576&index=2 
 
9 
 
UNIDADE 02 - HISTÓRIA SOBRE A VISÃO DO MEIO AMBIENTE 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Conhecer a evolução do pensamento mundial sobre o meio ambiente e suas 
conferências. A crise ambiental deixou de ser problema específico de um determinado 
local, estendendo-se à esfera mundial. Conhecer em especial nesta unidade à 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 
Estocolmo na Suécia. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Em 1972, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, em Estocolmo na Suécia. A conferência de Estocolmo foi um grande 
passo para o entendimento a respeito da crise que estava vigente entre o ambiente e o 
modo de desenvolvimento econômico mundial. 
 
Por outro lado, ela também mostrou que o mundo estava ainda imaturo para discutir 
um processo mais aprofundado, sendo caracterizada pelo confronto entre os países 
desenvolvidos (ricos) e subdesenvolvidos (pobres). 
 
Os países ricos preocupavam-se com o esgotamento de energia e matérias primas, 
com a poluição dos grandes centros urbanos industrializados e criticavam duramente 
os países pobres pela exploração predatória que prejudicava intensamente o meio 
ambiente. 
 
Os países pobres, que exploravam suas reservas minerais e energéticas a todo custo 
para tentar assim se desenvolverem, acusavam os países ricos de limitarem seu 
10 
 
Desenvolvimento Sustentável: “é 
aquele que atende às 
necessidades do presente, sem 
comprometer a possibilidade de 
as gerações futuras atenderem a 
suas próprias necessidades”. 
 
desenvolvimento. A intensa exploração praticada pelos países pobres era justificada 
como medida de saneamento da pobreza. Na sua concepção, a maior poluição era 
uma questão social denominada pobreza da sua população. 
 
 
 
Após este impasse gerado em Estocolmo, os ambientalistas, apoiados pela ONU, 
representante dos países no mundo, começam a trabalhar um paradigma ambiental 
para a ordem mundial. Surge, então, um novo modelo de desenvolvimento econômico, 
que não fosse tão desigual e que protegesse as gerações futuras e o próprio meio 
ambiente. 
 
Esse trabalho foi desenvolvido pela Comissão 
Brundtland que fazia parte da Comissão Mundial 
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(CMMAD). Eles elaboram, na década de 1980, o 
Desenvolvimento Sustentável 
 
a Comissão Brundtland tinha os seguintes objetivos: 1) propor estratégias 
ambientais de longo prazo para obter um desenvolvimento sustentável por 
volta do ano 2000 e daí em diante; 2) recomendar maneiras para que a 
preocupação com o meio ambiente se traduza em maior cooperação entre os 
países em desenvolvimento e entre os países em estágios diferentes de 
desenvolvimento econômico e social e leve à consecução de objetivos comuns 
e interligados que considerem as interrelações de pessoas, recursos, meio 
ambiente e desenvolvimento; 3) considerar meios e maneiras pelos quais a 
comunidade internacional possa lidar mais efetivamente com as preocupações 
11 
 
de cunho ambiental; 4) ajudar a definir noções comuns relativas a questões 
ambientais de longo prazo e os esforços necessários para tratar com êxito os 
problemas da proteção e da melhoria do meio ambiente (CMMAD; 1988 –xi, 
apud BARBIERI 1997, p. 24) 
 
Para atender às necessidades da atual geração, sem um comprometimento das 
gerações futuras, a Comissão de Brundtland propõe uma mudança no modelo de 
desenvolvimento econômico vigente. Esse modelo ajudaria a diminuir as diferenças 
entre as nações ricas e pobres que ficou notória na conferência de Estocolmo. Essa é a 
ideia de um mundo com um desenvolvimento de uma economia sustentável. 
 
(DIAS, 2000, p.120 - adaptado) 
 
O DS é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a 
possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades. 
(Comissão Brundtland - Nosso Futuro Comum, 1988) 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Conheça um pouco mais sobre Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, em Estocolmo na Suécia. 
12 
 
 http://www.brasilescola.com/geografia/estocolmo-72.htm 
Faça uma pesquisa sobre a Conferência de Estocolmo no vídeo a seguir: 
http://www.youtube.com/watch?v=ylguAe_qWJA 
 
 
 
 
13 
 
UNIDADE 03 - PRINCIPAIS CONFERÊNCIAS SOBRE O MEIO AMBIENTE 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Conhecer a evolução do pensamento mundial sobre o meio ambiente e suas 
conferências. Conhecer em especial nesta unidade a Conferência das Nações Unidas 
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Eco – 92. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Após o lançamento da ideia sobre um mundo com desenvolvimento sustentável, em 
1987, foi realizada, no Rio de Janeiro, a ECO – 92, em que ocorreu a Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) e a realização 
do Fórum Global das ONGs. 
 
A Eco - 92 trouxe à tona muitas discussões que pairavam no mundo há muito tempo, 
como, por exemplo, o que estaria acontecendo com o clima no mundo, devido ao 
modelo de desenvolvimento econômico, os desmatamentos predatórios das florestas 
tropicais e a perda da biodiversidade. Essas questões levaram à formulação de 
princípios para a implantação do desenvolvimento sustentável que ficou conhecido 
como Agenda 21. 
 
Em resumo ECO – 92 do Rio de Janeiro sobre o meio ambiente e o desenvolvimento 
aprovou: 
- Conservação sobre mudanças climáticas. 
- Declaração de princípios sobre as florestas. 
- Conservação sobre a biodiversidade. 
- Agenda 21 (antigo programa 21). 
14 
 
 
Após a ECO – 92, ocorreu a Conferência de Kyoto, no Japão, em 1997. O mundo volta-
se para a problemática das emissões dos gases estufa, resultantes, principalmente, na 
época da queima dos combustíveis fósseis (carvão e petróleo). 
 
Essa preocupação com a grande emissão de gases estufa levou à assinatura de um 
protocolo, por meio do qual os países ricos se comprometiam em estabelecer cotas 
progressivamente menores de emissão de gases estufa. Esse protocolo ficou conhecido 
como Protocolo de Kyoto. 
 
Com o Protocolo de Kyoto são estabelecidos metas e prazos relativos à redução ou 
limitação das emissões futuras de dióxido de carbono e de outros gases responsáveis 
pelo efeito estufa. 
 
O MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) foi uma dessas medidas, ele propõe o 
pagamento dos países poluidores, para os países que mantém um menor índice de 
poluição, países que conservem suas matas e poluam menos. 
 
 
ARTIGO 12 
1. Fica definido um mecanismo de desenvolvimento limpo. 
2. O objetivo do mecanismo de desenvolvimento limpo deve ser assistir às 
Partes não incluídas no Anexo I para que atinjam o desenvolvimento 
sustentável e contribuam para o objetivo final da Convenção, e assistir às 
Partes incluídas no Anexo I para que cumpram seus compromissos 
quantificados de limitação e redução de emissões, assumidos no Artigo 3. 
 
ARTIGO 3 
1. As Partes incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, 
assegurar que suas emissões antrópicas agregadas, expressas em dióxido de 
carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Anexo A não 
15 
 
excedam suas quantidades atribuídas, calculadas em conformidade comseus 
compromissos quantificados de limitação e redução de emissões descritos no 
Anexo B e de acordo com as disposições deste Artigo, com vistas a reduzir 
suas emissões totais desses gases em pelo menos 5 por cento abaixo dos 
níveis de 1990 no período de compromisso de 2008 a 2012. 
http://www.onu-brasil.org.br/doc_quioto1.php 
 
 
Foto Hélder H. J. Gasperoto 
 
Foto: Hélder H. J. Gasperoto 
16 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Um dos principais problemas do aquecimento global é a emissão de poluentes pela 
frota automobilística. O excesso de carros e caminhões movidos à gasolina e diesel, 
leva a uma grande emissão de gases estufa na atmosfera. 
 
Qual seria a solução para esse problema? 
 
Pesquise na internet e vejas as principais soluções. 
 
Segue algumas sugestões de sites para a pesquisa: 
http://www.mma.gov.br/estruturas/sedr_proecotur/_arquivos/idec%2005%20transporte
s%20b.pdf 
 
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10001747.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
UNIDADE 4 - PRINCIPAIS CONFERÊNCIAS SOBRE O MEIO AMBIENTE / RIO 
+ 20 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Conhecer a evolução do pensamento sobre o meio ambiente;. 
 
Nesta unidade, abordamos as diferentes percepções a respeito do Meio Ambiente além 
de conhecer a evolução do pensamento mundial sobre à sustentabilidade e suas 
conferências em especial nesta unidade conhecer a Conferência Rio + 20. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Visão sobre o Meio Ambiente na década de 1920  a ecologia funcionava como uma 
ciência natural e da área da biologia, e a partir da conferência de Chicago ela passa a 
ser vista como uma ecologia voltada para a visão humana no espaço urbano, a cidade 
é vista como um o ponto de partida dos estudos para o meio ambiente, a cidade é 
considerada um enorme organismo vivo a ser estudado. 
 
Visão sobre o Meio Ambiente na década de 1960  o espaço urbano passa a ser 
estudado com critérios científicos delimitados, esses critérios científicos passam a ser 
definidos dentro do espaço urbano, já que este é um grande gerador de problemas 
para o meio ambiente. 
 
Visão sobre o Meio Ambiente na década de 1980  o meio ambiente torna-se um 
tema explicitamente um termo político, ideológico e científico com preocupações 
sociológicas, urbanista, religiosas, filosóficas e naturais. Está subordinado à nova 
finalidade política global da sociedade, que passa pelas novas tecnologias, pela 
18 
 
ISO 14000- Padrão adotado para a 
melhoria da gestão ambiental 
racionalidade científica e soluções dos problemas. No entanto, há que se destacar que 
essas soluções são isoladas na maioria das vezes. Nessa fase, as empresas também 
começam a se preocupar com o meio ambiente e passam a fazer um gerenciamento 
com a preocupação de despertar uma consciência ambiental. 
A visão de ecologia como preservacionismo dá 
lugar ao conservacionismo. Surge, então, o que 
chamamos de gestão ambiental. A crise ambiental faz com que as empresas ligadas ao 
meio ambiente adotem a ISO 14000 (atualizada em 2004). A gestão ambiental caminha 
a passos curtos e com grande choque de interesses entre o individual e o coletivo. 
duas grandes vertentes podem ser identificadas no interior do movimento 
ambientalista quando se fala em estratégias de conservação da biodiversidade 
e proteção de ecossistemas e de suas funções ecológicas. De um lado, estão 
aqueles identificados com ações que objetivam a proteção da natureza em seu 
estado original, intocado, sem interferência humana, aqui chamados de 
preservacionistas. De outro lado, encontram-se aqueles que advogam a 
implementação de estratégias de uso sustentável dos recursos naturais, em 
que as populações locais possam fazer uso dos recursos naturais com vistas a 
garantir sua subsistência e a vender produtos no mercado, adotando 
estratégias de manejo que evitem a degradação dos ecossistemas em que 
vivem, aqui chamados de conservacionistas. (GUERRA, 2003, p. 63) 
 
 Em resumo, a ideia de meio ambiente no passado ficava restrita à biologia 
praticamente, pois só se considerava a fauna e flora, com o passar do tempo o homem 
entra em cena e a cidade passa a fazer parte integrante dos estudos sobre o meio 
ambiente. Hoje além do espaço urbano que é um grande gerador de poluentes temos 
uma disputa ideológica e política em relação ao meio ambiente. 
19 
 
 
http://www.sustentech.com.br/wordpress/tag/rio-20/ 
Veja uma notícia sobre o Rio+20 uma conferência mundial realizada no Rio e Janeiro 
no ano de 2012, com o intuito fazer com que o planeta se desenvolvesse de forma 
sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://topicos.estadao.com.br/rio-20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estadão.com.br 
Vinte anos depois da Eco-92, representantes de ONGs, empresas, de setores da sociedade civil chefes 
de Estado e de governo voltaram a se reunir para debater quais os rumos o planeta deve tomar para 
manter um crescimento sustentável e reduzir as agressões ao meio ambiente, na tentativa de reverter 
uma situação quase limite no que diz respeito à natureza. Chegava a hora da Conferência das Nações 
Unidas para o Desenvolvimento Sustentável - a Rio+20 - que aconteceu dos dias 13 a 22 de junho no 
Rio de Janeiro de 2012. 
O resultado é o documento O Futuro Que Queremos, documento considerado pela presidente Dilma 
Rousseff como um avanço em relação aos elaborados em outras convenções da ONU e como um 
fracasso por ser pouco ambicioso por delegações e ONGs ambientais. 
Tendo a crise financeira como pano de fundo, o desafio foi, essencialmente, estabelecer diretrizes para 
que crescimento econômico, justiça social e conservação ambiental caminhem juntos. Em outras 
palavras, definir como todos os países, juntos, podem promover o chamado desenvolvimento 
sustentável, “que atenda às necessidades das gerações presentes sem comprometer a habilidade das 
gerações futuras de suprirem suas próprias necessidades”, segundo a definição oficial, de 1987. 
Apesar das divergências, as autoridades brasileiras comemoraram o consenso geral entre as 
delegações, que aprovaram o documento no último dia do encontro. Fica agora a esperança de que os 
termos acordados serão implementados e que os compromissos assumidos pelos governos não ficarão 
apenas no papel. O tempo passa para o planeta e os únicos que podem mudar essa situação somos 
nós mesmo. 
 
21 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Conheça um pouco a história sobre consciência ambiental no link: 
http://www3.unip.br/ensino/pos_graduacao/strictosensu/lab_producao_meioambiente/l
inha_tempo.aspx?gclid=CKn7tIqGxLwCFZTm7AodYGEAfw 
 
Veja um relatório sobre a sustentabilidade do planeta elaborado no Rio + 20 no link: 
http://www.rio20.gov.br/ 
 
Veja um vídeo sobre os desafios da Conferência Mundial Rio + 20 no link: 
http://www.youtube.com/watch?v=dX-tu2ODL5g 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
UNIDADE 05 - SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Conhecer a evolução da Educação Ambiental (EA), e as críticas feitas ao atual 
modelo de desenvolvimento econômico. 
Questões ambientais deixaram de ser problema político e ganham corpo na educação. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
 Os Grandes Eventos Sobre Educação Ambiental 
A Conferência de Belgrado 
A Conferência de Belgrado foi realizada na própria cidade, a capital da antiga Iugoslávia 
(hoje (Sérvia). Nesse evento elaboram-se as bases para a Educação Ambiental, 
denominada de Programa Internacional de Educação Ambiental – PIEA (IEEP). 
 
Trechos da carta de Belgrado: 
 
nossa geração tem testemunhado um crescimento econômico e um progresso 
tecnológico sem precedentes, os quais, ao tempo em que trouxeram 
benefícios para muitas pessoas, produziram também sérias conseqüências 
ambientais e sociais. As desigualdades entre pobres e ricos, nos países e entre 
países, estãocrescendo, e há evidências de crescente deterioração do 
ambiente físico, numa escala mundial. Essas condições, embora primariamente 
causadas por um número relativamente pequeno de países, afetam toda a 
humanidade. [1] (DIAS: 2000, p. 101) 
 
Pela carta de Belgrado, notamos uma preocupação com a forma como o 
desenvolvimento econômico e tecnológico está sendo conduzido e com as 
desigualdades geradas por ele, separando ricos e pobres seja na forma populacional ou 
geopolítica. A proposta é que todos tenham acesso a essas melhorias, aumentando, 
assim, a qualidade de vida da população. 
23 
 
nós necessitamos de uma nova ética global – uma ética que promova atitudes 
e comportamentos para os indivíduos e sociedades, que sejam consonantes 
com o lugar da humanidade dentro da biosfera; que reconheça e responda, 
com sensibilidade, às complexas e dinâmicas relações entre a humanidade e a 
natureza e entre os povos. Mudanças significativas devem ocorrer em todas as 
nações do mundo, para assegurar o tipo de desenvolvimento racional que será 
orientado por essa nova idéia global – mudanças que serão direcionadas para 
uma distribuição eqüitativa dos recursos da Terra, e atender mais às 
necessidades dos povos. [4] (DIAS: 2000, p. 102) 
 
Após a conferência de Belgrado, ocorreu a Primeira Conferência Intergovernamental 
sobre Educação Ambiental, na Geórgia, conhecida como Conferência de Tbilisi 
 
Essa conferência ficou marcada pela crítica feita ao modelo de desenvolvimento 
econômico que leva à degradação irreparável do meio ambiente. 
 
segundo esse documento, nos últimos decênios, o homem, utilizando o poder 
de transformar o meio ambiente, modificou rapidamente o equilíbrio da 
natureza. Como resultado, as espécies ficaram freqüentemente expostas a 
perigos que poderiam ser irreversíveis. (DIAS: 2000, p. 104) 
 
 
24 
 
O atual Modelo de Desenvolvimento Econômico está embasado na relação capitalista 
lucro-produção, produção-lucro. Essa relação pode conduzir a dois caminhos 
ambíguos, gerando de um lado uma sociedade de consumo; do outro, uma sociedade 
excluída. De qualquer forma, o caminho é único: a degradação ambiental, com a perda 
da qualidade de vida e a perda da qualidade de experiência humana. Perder a 
qualidade da experiência humana é perder parte de sua própria identidade. 
 
Esse modelo de desenvolvimento econômico, baseado na relação lucro-produção-
consumo, age de forma a aumentar a demanda sobre os recursos naturais que leva a 
uma intensa degradação ambiental. 
 
O Modelo Atual de Desenvolvimento Econômico podem assim ser retratado, veja o 
quadro abaixo: 
 
 
PRODUÇÃO 
 
LUCRO 
quanto maior a produção –
maior o lucro
quanto maior o lucro maior 
a produção 
MAIOR A DEGRADAÇÃO 
AMBIENTAL E MAIOR 
EXPLORAÇÃO DOS 
RECURSOS NATURAIS
 
25 
 
A Educação Ambiental é muito importante, pois pode permitir o desenvolvimento de 
um maior conhecimento, o que ajudaria a mudar os valores da sociedade pela adoção 
de novas atitudes. 
 
CATEGORIAS DE OBJETIVOS DA EA: 
1. Consciência:... ajudar os indivíduos e grupos sociais a sensibilizarem-se e a 
adquirirem consciência do meio ambiente global e suas questões; 
2. Conhecimento:... a adquirirem diversidade de experiências e compreensão 
fundamental sobre o meio ambiente e seus problemas; 
3. Comportamento:... a comprometerem-se com uma série de valores, e a 
sentirem interesse pelo meio ambiente, e participarem da proteção e melhoria 
do meio ambiente; 
4. Habilidades:... adquirirem as habilidades necessárias para identificar e 
resolver problemas ambientais; 
5. Participação: proporcionar... a possibilidade de participarem ativamente das 
tarefas que têm por objetivo resolver os problemas ambientais. 
(DIAS, 2000, p. 111) 
 
 
Os objetivos da Educação Ambiental é mostrar uma nova realidade social, econômica, 
política, cultural que leve a uma visão holística. Esse é o novo paradigma um mundo 
com uma visão da totalidade, isto é, de um todo integrado, não mais uma visão 
cartesiana das partes, uma visão fracionada sem fazer associações. Além disso, ela deve 
promover um maior conhecimento para que a sociedade mude seus hábitos, costumes 
e comportamentos. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Conheça um pouco mais sobre a Conferência de Belgrado pesquisando no site: 
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/27424/conferencia-de-belgrado-
1975 
26 
 
 
A Conferência de Belgrado foi realizada na própria cidade, a capital da antiga Iugoslávia 
(hoje (Sérvia). Nesse evento elaboram-se as bases para a Educação Ambiental, 
denominada de Programa Internacional de Educação Ambiental – PIEA (IEEP). 
Veja o vídeo que mostra a importância da Conferência de Belgrado: 
http://www.youtube.com/watch?v=yTZySQ4XAUU 
 
 
27 
 
UNIDADE 6 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO 
ECONÔMICO 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Conhecer a relação educação ambiental e o modelo de desenvolvimento 
econômico. 
 
Nesta unidade objetivamos estabelecer uma relação entre educação ambiental e 
desenvolvimento econômico. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
O Brasil, na década de 1960 – 1970, era um país subdesenvolvido industrializado e, para 
chegar o patamar dos países desenvolvidos, necessitava fazer uma modernização, para 
crescer e empregar a numerosa mão de obra que saía do campo em direção à cidade. 
Tal modernização estava atrelada a uma tecnologia oriunda dos países do centro do 
sistema capitalista, mas gerava emprego, ainda que houvesse a penetração das 
multinacionais. 
 
Nessa concepção, a tecnologia se torna o fator fundamental para o crescimento 
econômico do país e vem ao encontro do pensamento Brasil potência, do Brasil grande. 
O que realmente importava era o crescimento do país, mesmo com grande sacrifício da 
população. 
 
Esse foi o modelo de desenvolvimento do país, um modelo concentrador de renda e de 
um lado, uma minoria da população com grande capacidade de acúmulo, de consumo, 
de desperdício; do outro lado, havia um grande contingente da população sem acesso 
28 
 
a uma boa renda, com baixo poder aquisitivo, propiciando uma grande disparidade 
social. 
 
Além disso, esse modelo de desenvolvimento estava atrelado à dependência do 
sistema central dos países ricos e suas tecnologias. Era um típico desenvolvimento 
dependente da relação centro – periferia. Hoje, pode-se dizer que, na relação norte rico 
e sul pobre, em que os países do norte rico desenvolvem tecnologias e repassam aos 
países do sul pobre, observa-se o surgimento da mão de obra barata, oriunda dos 
países pobres. 
 
Para alcançar o novo paradigma, é preciso mudar essa concepção de educação 
colocada até então. Nesse contexto, a Educação Ambiental passa a nortear essa visão 
que deve romper com a antiga e conservadora modernização. 
 
 
essa Educação Ambiental que se está procurando balizar é crítica aos 
paradigmas cientificistas que informam a sociedade moderna urbano-
industrial, ao seu modelo de desenvolvimento que se concretiza em sua 
proposta de uma modernização que é conservadora, porque mantém o status 
quo (situação atual), e que procura, de acordo com sua 
racionalidade,direcionar uma compreensão sobre desenvolvimento 
sustentável. (GUERRA, 2003, p. 82). 
 
 
Com o avanço da preocupação com as questões ambientais, novas críticas são feitas ao 
modelo de desenvolvimento econômico, que passa a ser questionado cada vez mais. 
 
A sociedade também sofre pressão com o novo modelo que começa a surgir, ela passa 
a ser questionada pelo seu individualismo e materialismo do verbo ter, em que sua 
essência não está sendo valorizada, isto é, o Homem, enquanto ser, é menos 
importante que o Homem e seu poder de acumulação de bens. 
 
29 
 
A nova Educação, juntamente com a Educação Ambiental, deve ser crítica, voltada para 
os valores da sociedade moderna que pensa e reflete sobre os principais problemas 
dessa sociedade eo seu meio ambiente. Essa Educação está muito além dos livros, pois 
ela busca sustentabilidade, de acordo com sua sociedade, com sua cultura e com o 
meio ambiente em que estamos inseridos. 
 
Bem, para que possamos trabalhar melhor a Educação Ambiental faltou o principal 
questionamento desse módulo, que veremos abaixo. 
 
O que é Educação Ambiental? 
Segundo a nossa constituição a Lei n° 9795/1999 
 
 
CAPÍTULO I 
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais 
o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, 
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio 
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e 
sua sustentabilidade. 
 
 
Dentre as diretrizes que orientam a Educação Ambiental podemos destacar a 
transversalidade e a interdisciplinaridade. 
 
Segundo a nossa constituição a Lei n° 9795/1999 
 
 
CAPÍTULO II 
DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Seção I 
30 
 
Disposições Gerais 
 Art. 6o É instituída a Política Nacional de Educação Ambiental. 
 Art. 7o A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera 
de ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de 
Meio Ambiente - Sisnama, instituições educacionais públicas e privadas dos 
sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e organizações não-governamentais com atuação 
em educação ambiental. 
 
 
 
http://anjoazulfabiana.blogspot.com.br/2011/06/educac
ao-ambiental.html#!/2011/06/educacao-ambiental.html 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Faça uma pesquisa mais detalhada das leis ambientais no link: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm 
 
O vídeo abaixo faz uma pequena síntese sobre os pontos principais das leis ambientais: 
http://www.youtube.com/watch?v=k8eOc1g5Eks 
 
Visite também o blog Anjo Azul, esse blog trata de assuntos relacionados ao meio 
ambiente que busca demonstrar valores conscientes e éticos que nos traz um 
crescimento evolutivo entre homens e as demais espécies que habitam o planeta, esse 
conceito de aprendizagem harmônica conscientiza o individuo na preservação do meio 
ambiente. 
http://anjoazulfabiana.blogspot.com.br/2011/06/educacao-
ambiental.html#!/2011/06/educacao-ambiental.html 
31 
 
Latifoliada – folhas grandes, 
largas 
Perenifólia – sempre verde 
Hidrófita – dentro da água 
Higrófita – gosta de água 
UNIDADE 07 - CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Identificar as principais características dos biomas brasileiros e a ação 
antrópica sobre eles. 
 
Já sabemos o que bioma, mas é necessário conhecer as suas características, o que 
faremos nesta unidade. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Iniciamos nosso estudo, a partir das paisagens vegetais. Vamos a elas? 
Floresta Amazônica: floresta latifoliada, 
perenifólia, hidrófita, higrófita, heterogênea. 
 Podemos destacar três tipos de matas 
nas terras baixas amazônicas, a mata de igapó, 
mata de várzea, que ocupam as planícies de 
inundação, e a mata de terra firme (ou mata 
de caaetê), ocupando as áreas mais elevadas. 
 
na Amazônia existem florestas de inundação e florestas de terra firme. As 
florestas de inundação podem ser divididas em dois tipos: as matas 
permanentemente inundadas (igapós dos rios de águas claras e pretas) e as 
florestas de inundação periódica (as matas de várzea dos rios de água branca). 
(ROSS, 2006, p. 2006). 
 
a) A mata de Igapó é uma mata que fica sempre inundada denominada hidrófita. 
 
b) A mata de várzea inunda com as cheias do rio, denominada de higrófita. 
32 
 
 
c) A mata de terra firme está em uma área que não inunda, mas as chuvas são intensas, 
podemos denominá-la de higrófita e perenifólia. Essa mata ocupa a maior parte da 
área da bacia amazônica 
 Rio Amazonas 
 terra firme teso várzea várzea teso terra firme 
Planície 
do rio Amazonas 
 caaetê não inunda 
várzea inundada no período da 
cheias 
 igapó constantemente inundadas 
 
Mata Atlântica (Mata Tropical Atlântica): floresta latifoliada, perenifólia, higrófita, 
heterogênea. Localizada ao longo da costa brasileira desde o Rio Grande do Norte até 
o Rio Grande do Sul adentrando a região Sudeste. 
 
Mata das Araucárias: floresta aciculifoliada, homogênea e aberta. Localizada na região 
Sul do país, principalmente, no Estado do Paraná no planalto de Ponta Grossa e de 
Curitiba. 
 
Cerrado: vegetação arbustiva com troncos retorcidos, cascas grossas, raízes profundas 
no estrato superior e no estrato inferior gramíneas. É uma vegetação típica da região 
Centro oeste, parte do Sudeste e da região Norte. 
 
Caatinga: vegetação de xerófitas (savana espinhenta), adaptada à região semiárida, com 
clima quente e seco chuvas escassas e mal distribuídas com longos períodos de 
33 
 
estiagem. Vegetação típica do sertão nordestino e norte de Minas Gerais. É uma 
vegetação heterogênea, com diversidade de espécies. 
 
Campos (pampas): vegetação rasteira com gramíneas, típica do extremo Sul do Brasil, 
sul do Mato Grosso do Sul e de Roraima. 
 
Pantanal: é um mosaico de biomas, havendo diversos biomas interagindo como o 
Cerrado, a Caatinga, Campos; é típico da planície do rio Paraguai quando o rio inunda 
essa região, é denominada planície do pantanal matogrossense (MS), e do rio Guaporé 
(MT). Devido a essa inundação periódica seu solo é rico em nutrientes. 
 
Mangue: essa vegetação litorânea é denominada de plantas Halófitas (adaptadas ao 
solo salino e pobre em oxigênio), com raízes aéreas e pneumatóforos. Está localizado 
nas zonas costeiras e desembocadura dos rios, havendo um contato da água salgada e 
doce, ele é rico em nutrientes. 
 
Hoje além do tradicional bioma brasileiro encontramos também as Ecorregiões 
estipuladas pelo IBAMA, veja o mapa abaixo e reflita sobre as novas características 
proposta. 
34 
 
 
1.Sudoeste da Amazônia 2. Várzeas de Iquitos 
3. Florestas do Caqueta 4. Campinaranas de Alto Rio Negro 
5. Interflúvio do Japurá/Solimões-Negro 6. Interflúvio do Solimões/Japurá 
7. Várzeas do Purus 8. Interflúvio do Juruá/Purus 
9. Interflúvio do Purus/Madeira 10. Várzeas de Monte Alegre 
11. Interflúvio do Negro/Branco 12. Florestas de Altitude das Guianas 
13. Savanas das Guianas 14. Florestas das Guianas 
15. Tepuis 16. Interflúvio do Uamatá/Trombetas 
17. Interflúvio do Madeira/Tapajós 18. Interflúvio do Tapajós/Xingu 
19. Várzeas do Gurupá 20. Interflúvio do Xingu/Tocantins-Araguaia 
21. Várzeas do Marajó 22. Interflúvio do Tocantins-Araguaia/Maranhão 
23. Florestas Secas de Chiquitano 24. Cerrado 
25. Pantanal 26. Chaco Úmido 
27. Campos Sulinos 28. Florestas de Araucária 
29. Florestas do Interior do Paraná/Paranaíba 30. Florestas Costeiras da Serra do Mar 
31. Campos Ruprestes 32. Florestas Costeiras da Bahia 
33. Florestas do Interior da Bahia 34. Florestas Costeiras de Pernambuco 
35. Florestas do Interior de Pernambuco 36. Brejos Nordestinos 
37. Caatinga 38. Manguezais do Amapá 
39. Manguezais do Pará 40. Restingas Costeiras do Nordeste 
41. Manguezais da Bahia 42. Manguezais do Maranhão 
43. Restingas da Costa Atlântica 44. Manguezais da Ilha Grande 
45. Manguezais do Rio Piranhas 46. Manguezais do Rio São Francisco 
47. Florestas Secas do Mato Grosso 48. Florestas Secas do Nordeste 
49. Florestas de Babaçu do Maranhão 
http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/ecoregioes.htm 
 
35 
 
 
Foto Hélder H. J. Gasperoto 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Veja o vídeo no link abaixo, que apresenta os Biomas Brasileiros a partir da 
viagem que um jovem, chamado Zeca, faz pelo país. Procura apresentar algumas 
considerações sobre vida, dando enfoque às interações entre os seresvivos e o 
ambiente como sendo uma das características da vida. Durante a viagem de Zeca é 
trabalhado também o conceito de Bioma, a partir das características que definem os 
Biomas Brasileiros. São mostradas ainda as modificações que os Biomas sofrem, as 
consequências dessas modificações e ações para a sua conservação. 
http://www.youtube.com/watch?v=IA6u9PKgnnw 
 O link abaixo mostra algumas definições sobre os Biomas brasileiros: 
http://www.suapesquisa.com/geografia/biomas_brasileiros.htm 
 
 
 
 
 
 
36 
 
UNIDADE 8 - GESTÃO AMBIENTAL 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: verificar a evolução da gestão ambiental e a responsabilidade social e das 
empresas. 
 
Gestão Ambiental requer a participação das empresas. Mas será que as empresas estão 
comprometidas com isso? 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Sistema de Gestão Ambiental é a parte do sistema de gestão global que inclui estrutura 
organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, 
processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e 
manter a política ambiental. (ISO 14001: 2004) 
 
É possível elencar alguns exemplos de gestão ambiental: 
 Produção mais limpa 
 Ecoeficiência 
 Projeto para o meio ambiente 
 Modelos baseados na natureza: metabolismo industrial 
 
A Gestão Ambiental deve estar embasada por pressupostos de uma ética ambiental e 
estar preocupada com o bem estar de gerações futuras. Essa visão ética do meio 
ambiente fez com que as empresas repensassem seus valores, mudando sua visão 
mecanicista fracionada em partes dissociadas, para uma visão mais ampla e integrada 
com o ambiente, isto é, uma visão holística. 
37 
 
 
o objetivo do gerenciamento ecológico é minimizar o impacto ambiental e 
social das empresas, e tomar todas as suas operações tão ecológica mente 
corretas quanto possível. (CALLENBACH, et al: 1993, p.86) 
 
Para o funcionamento desse novo paradigma, fazem-se necessárias mudanças nos 
projetos da linha de produção, com responsabilidade e sobre o impacto ambiental que 
o seu produto está produzindo. 
 
Deve haver uma melhor utilização (otimização) de energia, água, matérias primas que 
são elementos essenciais para as empresas e principalmente para a sociedade. 
 
Essa crise ecológica está associada a uma crise da própria sociedade e de seu sistema 
econômico. Nas últimas décadas, o desenvolvimento tecnológico está cada vez mais 
veloz, levando a uma acentuada separação entre o mundo rico e o mundo pobre. 
 
A crise ecológica atinge o atual modelo de desenvolvimento econômico, fazendo o 
mundo pensar numa nova vestimenta para o meio ambiente. Nessa perspectiva, a 
gestão ambiental deve garantir a sociedade como um todo e que as ações geradas 
pelas empresas tenham um menor impacto ambiental. 
 
A Gestão Ambiental acompanha essa evolução da sociedade e do seu pensamento 
atual global que se preocupa cada vez mais com a utilização dos recursos naturais e 
com a degradação que possa ser causada a ele. A Gestão Ambiental age também na 
recuperação de área já degrada. 
 
A Gestão Ambiental busca minimizar os impactos ambientais provocados pela ação do 
homem, isto é, das empresas recuperando áreas degradas. 
 
38 
 
Uma ocupação de uma encosta sem planejamento pode causar danos ambientais e 
sociais irreparáveis, como se pode observar na imagem abaixo. 
 
Foto Hélder H. J. Gasperoto 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Acesse o site História das coisas - Versão brasileira e reflita sobre a temática nele 
expressa. 
 
Veja o trabalho cientifico no link abaixo a Gestão Ambiental Empresarial: um 
Levantamento da Produção Científica Brasileira Divulgada em Periódicos da Área de 
Administração entre 1996 e 2005, trabalhado realizado por Charbel José Chiappetta 
Jabbour, Fernando César Almada Santos e José Carlos Barbieri. 
http://www.scielo.br/pdf/rac/v12n3/05.pdf 
 
39 
 
Assista ao vídeo do programa “Consicente" da Tv Cultura que mostra uma entrevista 
com consultora do SEBRAE-SP em gestão ambiental. São discutidos assuntos sobre o 
tema, bem como apresentados os resultados positivos obtidos pelas empresas 
atendidas pelo SEBRAE-SP. 
http://www.youtube.com/watch?v=DbgJRei67E4 
 
 
40 
 
UNIDADE 09 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: conhecer as principais leis ambientais, expondo suas intenções e princípios 
em relação ao seu desempenho ambiental e sua atuação para com a sociedade. 
 
As coisas que fogem ao controle natural requerem legislação própria. Com questões 
relativas ao Meio Ambiente, não é nada diferente. Vamos estudar as leis e refletir sobre 
elas nesta unidade. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
A Constituição Federal, documento máximo a nos reger, explicita a ideia de meio 
ambiente, como se pode depreender abaixo. 
 
“Constituição Federal - Art. 225. Todos têm direito ao meio 
 ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum 
 do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se 
 ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
 preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” 
 
O Brasil vem se preocupando cada vez mais com a questão ambiental. Isso é notório na 
nossa legislação, como, por exemplo, na Política Nacional do Meio Ambiente, na 
Resolução CONAMA, o Código Florestal (que está sendo reformulado), na Lei da 
Natureza do IBAMA, na Política Nacional da Biodiversidade e Conservação da 
Biodiversidade dentre outras. 
 
A legislação Ambiental brasileira teve um avanço significativo, a partir de 1981, com a 
criação da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6938 de 31 de agosto de 1981), cujo 
objetivo é: “a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à 
41 
 
vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos 
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”. 
Política ambiental declaração da organização, expondo suas intenções e 
princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que provê uma 
estrutura para ação e definição de seus objetivos e metas ambientais. (NBR ISO 
14001) 
Meta ambiental requisito de desempenho detalhado, quantificado sempre que 
exeqüível, aplicável à organização ou partes dela, resultante dos objetivos 
ambientais e que necessita ser estabelecido e atendido para que tais objetivos 
sejam atingidos. (NBR ISO 14001) 
 
As nossas cidades vêm sofrendo com o problema 
dos resíduos sólidos e seu destino final. Trata-se 
de um dos principais problemas ambientais da 
atualidade. Essa problemática está enfatizada na 
resolução CONAMA/86. 
 
Foto: Hélder H. J. Gasperoto 
 
 
 
 
42 
 
 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfRkgAK/ed-ciencias-ambiente 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
 Veja o que falam os especialistas em leis ambientais em reportagem do G1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2013/10/em-evento-no-ap-especialista-diz-que-leis-ambientais-devem-
reeducar.html 
Em evento no AP, especialista diz que leis ambientais 'devem reeducar' 
Afirmação é do desembargador aposentado do TJSP em Macapá.
Amapá sedia V Congresso de Direito Ambiental até sexta-feira (4). 
Durante o V Congresso Internacional de Direito Ambiental, que acontece em Macapá, o 
desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e professor universitário de 
Direito, Gilberto de Freitas, afirmou que mais importante que punir, as leis ambientais devem 
reeducar a população. O evento iniciou na quarta-feira (2) e segue até sexta-feira (4). 
"Os juízes aplicando bem a legislação ambiental, que não prevê apenas punição, vai ensinar as 
pessoas a respeitar o meio ambiente. A legislação penal não prevê cadeia para crimes ambientais. O 
infrator paga apenas multas e prestação de serviços a comunidade, como algo pedagógico. Por isso 
elas devem servir para reeducara população", explicou Freitas durante a palestra com o tema "A 
Importância da Proteção Penal do Meio Ambiente", realizada no Teatro das Bacabeiras. 
Para o professor universitário, a educação ambiental deve ser inserida nos currículos escolares para 
pensar em um resultado positivo a longo prazo. "Algumas escolas atualmente tem a disciplina de 
Educação Ambiental, onde as crianças aprendem, e por incrível que pareça, elas também ensinam os 
pais", destacou Freitas. 
43 
 
Assista o vídeo com a entrevista com o delegado de policia da cidade de Apiaí/SP, Dr. 
Walmir Oliveira Barbosa, que nos fala sobre leis ambientais, e a quem procurar no caso 
de algum crime cometido contra o meio ambiente. Com a aprovação da Lei de Crimes 
Ambientais, os órgãos ambientais e o Ministério Público passaram a contar com um 
instrumento que lhes garantirá agilidade e eficácia na punição aos infratores do meio 
ambiente. Pode-se afirmar: a lei é boa, mas, para ficar ótima, todos devem participar da 
sua implementação, seja através de denúncias ao IBAMA, ao órgão ambiental do 
Estado ou ao Ministério Público, seja através do exercício diário dos direitos de cidadão. 
Afinal, a Constituição garante que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é bem 
de uso comum do povo e que incumbe ao poder público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
http://www.youtube.com/watch?v=cLJyAn9Jjrs 
 
44 
 
UNIDADE 10 - AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: identificar os principais métodos de avaliação ambiental. 
 
Nesta unidade, nossa atenção será sobre a identificação de métodos para avaliação do 
meio ambiente. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Os recursos naturais que o homem tanto utiliza para a manutenção de sua vida social e 
econômica são extraídos do nosso ambiente, onde se insere a vida, a biodiversidade, os 
biomas, os meios abióticos e bióticos. Por isso, o termo ambiente é muito amplo sendo 
necessário especificá-lo. Ressalte-se que a avaliação de impacto ambiental ajuda-nos a 
delimitar a abrangência do termo ambiente. 
 
conceituar o termo “ambiente” está longe de ter somente relevância 
acadêmica ou teórica. O entendimento amplo ou restrito do conceito 
determina o alcance de políticas públicas, de ações empresariais e de 
iniciativas da sociedade civil. No campo da avaliação de impacto ambiental, 
define abrangência dos estudos ambientais, das medidas mitigadoras ou 
compensatórias, dos planos e programas de gestão ambiental. (SANCHEZ, 
2008, p 19) 
 
 
Agora veremos alguns conceitos embasados na ISO 14001, pois ela se tornou um ponto 
de referência para que possamos entender melhor os estudos dessa área. 
 
Meio Ambiente - circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, 
solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. (ISO 14001: 
2004) 
45 
 
 
Aspecto Ambiental - elemento das atividades, produtos ou serviços de uma 
organização que pode interagir com o meio ambiente. NOTA - Um aspecto ambiental 
significativo é aquele que tem ou pode ter um impacto ambiental significativo. (ISO 
14001: 2004) 
Muitas vezes, confundimos Impacto Ambiental com Aspecto Ambiental. Vamos 
desfazer essa confusão? Um Impacto é quando se observa uma significância dentro do 
Aspecto Ambiental. Por exemplo, uma irrigação pode ser considerada uma atividade 
agrícola que leva a um grande consumo de água que é o Aspecto Ambiental, já a 
redução dos recursos hídricos é o Impacto Ambiental. 
 
Vamos verificar agora o Impacto Ambiental. 
 
Impacto Ambiental - qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, 
que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma 
organização. (ISO 14001: 2004) 
 
Para entendermos a questão do Impacto Ambiental recorremos à ISO 14001 por ser ela 
uma grande referência no meio da Gestão Ambiental e de organizações que trabalham 
nessa área. 
 
Veremos os importantes estudos relacionados à Avaliação de Impactos Ambientais, 
pois tais estudos são fundamentais para o Meio Ambiente e sua conservação. 
 
O Estudo de Impacto Ambiental – EIA é um estudo detalhado da área onde ocorre um 
Impacto Ambiental, com descrições e detalhamentos extremamente técnicos. 
 
46 
 
O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA é um documento simplificado do EIA, sendo 
acessível para os leigos. Ele seria uma espécie de resumo. 
 
O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As 
informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, 
quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possa 
entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as conseqüências 
ambientais de sua implementação. (Resolução Conama 001/86). 
 
o EIA é o estudo mais amplo, envolvendo identificação e classificação de 
impactos, predição de efeitos, pesquisas de campo, análise laboratoriais, 
valoração monetária dos recursos ambientais, avaliação de alternativas, entre 
outros trabalhos. O RIMA deve expressar todos esses trabalhos de modo 
conclusivo, trazendo uma avaliação valorativa que identifique se o projeto é 
ou não nocivo ao meio ambiente e em que grau. Deve incluir também 
medidas mitigatórias dos impactos negativos programas de acompanhamento 
e monitoramento dos impactos e recomendações quanto às alternativas mais 
favoráveis. BARBIERI: 2007, p. 302) 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Se você quiser conhecer um RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), acesse o site, e 
veja o Relatório sobre a transposição do rio São Francisco. 
47 
 
 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://3.bp.blogspot.com/ 
Estudos do painel de especialistas constituído por pesquisadores e cientistas de diversas 
áreas, mostram que "tanto os peixes que se movimentam na direção de jusante para 
montante da barragem (em busca de sítios para desova), como também os que se 
movimentam no sentido inverso, de montante a jusante serão afetados. "O 
empreendimento AHE Belo Monte, do ponto de vista da ictiofauna (conjunto das 
espécies de peixes que existem numa determinada região biogeográfica), é 
tecnicamente inviável, visto que vai destruir uma grande extensão de ambiente de 
corredores tanto no trecho de vazão reduzida quanto na área do lago. Não existe 
compensação ambiental à altura desses impactos sobre a ictiofauna". 
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110315/not_imp692016,0.php 
 
O objetivo das unidades já apresentadas foi difundir o pensamento ambiental de forma 
a estimular a conscientização em relação ao cuidado com o meio ambiente, para isso é 
48 
 
necessário que a sociedade pense de forma sociológica, desta forma faremos um 
estudo mais profundo das questões de analise crítica da sociedade. 
 
 
 
 
 
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