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AULA 2 ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO E COMÉRCIO EXTERIOR Prof. João Alfredo Lopes Nyegray 02 CONVERSA INICIAL O que será que teríamos à nossa disposição, enquanto consumidores, caso pudéssemos contar apenas com os produtos fabricados em nosso país? Sem dúvidas, nossa alimentação seria muito rica: como os maiores produtores do mundo de grãos e proteínas animais, teríamos muito o que comer. Além disso, os incríveis vinhos tintos da Serra Gaúcha, ou então os saborosos espumantes produzidos no vale do rio São Francisco dariam às nossas refeições uma grande quantidade de alegria. Mas, e em termos de tecnologia? Vestuário? Nesse ponto, você pode pensar que somos autossuficientes em vestuário. Mas não, não somos. Importamos uma grande quantidade de peças ainda que tenhamos polos, como Minas Gerais, Cianorte, Brusque e tantos outros espalhados pelo país. Ou seja: teríamos uma incrível abundância de um lado, e uma falta de produtos básicos de outro, como microchips, celulares, tablets e outros itens que são fabricados aqui, mas em pequenas quantidades. O resultado final disso seria que alguns itens, hoje baratos, como roupas e brinquedos, teriam seu valor aumentado drasticamente pela redução na oferta. Isso nos leva à nossa primeira conclusão: a internacionalização não é benéfica apenas para as empresas, é benéfica também para os consumidores! CONTEXTUALIZANDO Quantas marcas estrangeiras você viu em seu último passeio ao shopping? Além daquelas de tecnologia, da qual já falamos a respeito na aula anterior, existem também outras de alimentação, vestuário, hotelaria, automobilismo, aviação, e até mesmo redes de lavanderias! Se essas marcas estão hoje no mercado brasileiro, algumas plenamente consolidadas e outras não, sua entrada aqui se deu por meio de um processo de internacionalização. Essa internacionalização, por outro lado, iniciou-se com um projeto que serviu para dar vazão a uma estratégia empresarial de ampliação e crescimento. Vamos ver melhor como isso funciona? TEMA 1 – INTERNACIONALIZAÇÃO As várias modalidades existentes de envolvimento internacional são formas pelas quais a internacionalização acontece. Toda vez que você escuta que 03 alguma empresa importou ou exportou; ou ainda quando uma empresa estrangeira contrata ou abre fábrica no Brasil, estamos vendo a internacionalização de empresas se materializar. A verdade é que, cada uma dessas formas de internacionalizar pode corresponder a uma determinada necessidade ou a um interesse específico da empresa que está buscando mercados estrangeiros. Ou seja: cada forma de internacionalizar pressupõe uma estratégia diferente. Figura 1 – Perceba como as várias formas de envolvimento internacional da empresa são também formas de internacionalização Mas, afinal, se exportações, joint ventures e investimento estrangeiro direto são formas de internacionalização, o que é a internacionalização em si? A internacionalização, enquanto fenômeno, pode ter várias definições. Uma primeira definição pode ser como o “o movimento de indivíduos e empresas para operações internacionais” (Welch, Loustarinen, 1988). Outra definição possível é como “a transferência de bens e serviços através de fronteiras entre países utilizando métodos diretos e indiretos” (Leonidou, Katsikeas, 1996). Uma terceira definição seria como o “processo através do qual as empresas aumentam sua consciência em relação às influências diretas e indiretas das transações internacionais em seu futuro, e por isso, passam a estabelecer e conduzir operações e transações com empresas de outros países” (Beamish, Morisson, 2002). Essa definição é interessante, pois trata da internacionalização como algo natural para o futuro e para o crescimento das empresas. INTERNACIO NALIZAÇÃO Investimento Estrangeiro Exportações Joint Ventures 04 A essas três definições podem somar-se várias outras que, de alguma maneira, descrevem a internacionalização como um fenômeno ou processo por meio do qual as empresas buscam o exterior e as operações internacionais. É interessante notar que a internacionalização é tratada como um processo, ou seja, uma concatenação de atos. Isso significa que ela não ocorre do dia para a noite, mas abrange diversas fases. Existem também outros autores que percebem na internacionalização um processo empreendedor. Ou seja, por meio dessa visão, a busca por mercados internacionais viria de uma característica comportamental do empresário, e não de motivações econômicas ou políticas. As motivações que levam empresas e empresários a buscar o mercado internacional, são alvo das teorias da internacionalização que serão vistas na próxima parte! TEMA 2 – TEORIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Agora que você já entendeu o que é a internacionalização, resta outra pergunta: como e porque as empresas internacionalizam? Essa pergunta busca ser respondida pelas teorias de internacionalização, que estudam casos e empresas diversas. Uma das primeiras teorias de internacionalização foi escrita pelo estadunidense Raymond Vernon, em 1966. Observando os Estados Unidos da época, Vernon percebeu que, em seu país, abundavam produtos tecnologicamente inovadores, assim como mão de obra qualificada. Essa mão de obra qualificada e bem remunerada seria capaz de desenvolver cada vez mais produtos inovadores. Como as pessoas são bem remuneradas, têm condições de comprar os produtos novos. Assim, as empresas que produzissem produtos inovadores e de maior valor, deveriam estar próximos de seus consumidores. Ou seja, para Vernon, apenas empresas em países desenvolvidos produziriam produtos inovadores, e sua internacionalização se daria para estar próxima de seus consumidores. Depois de Vernon, os autores Buckley e Casson também se debruçam sobre a internacionalização, em 1976 e em 1992. Os autores percebem que muitas empresas produzem bens únicos e inovadores. Assim sendo, tais empresas possuem uma vantagem competitiva sobre os demais concorrentes. Se uma empresa assim for internacionalizar, ela não deve optar por licenciar sua produção ou por efetuar algum tipo de parceria, pois se o fizesse seria obrigada a compartilhar sua vantagem com outra empresa que, no futuro, pode tornar-se 05 concorrente. Por outro lado, produtos ou serviços mais simples, como redes de fast-food ou lavanderias, podem ser internacionalizadas via franquias ou licenciamento, visto que seus produtos ou serviços não são altamente complexos, e podem ser transferidos. Mais tarde, são os professores Bruce Kogut e Udo Zander que propõem uma teoria de internacionalização. Esses autores também pautam-se pelo conhecimento necessário para produzir um determinado bem como condicionante da internacionalização: “assim, se o conhecimento a ser explorado é complexo demais para um licenciado ou um franqueado dominarem e explorarem a baixo custo num país estrangeiro, a firma tenderá a optar pela propriedade” (Amatucci, 2009). Ainda que todas essas teorias se apliquem em determinados contextos, a teoria que ganhou maior aceitação foi criada na Suécia, na Universidade de Uppsala, em 1977. Seus autores, Johansson e Vahlne, perceberam que, muitas vezes, as empresas iniciam suas atividades internacionais pelas exportações. Caso tenham sucesso, essas exportações que eram esparsas tendem a se tornar mais e mais frequentes, até que surge a necessidade de contratar um representante comercial ou um agente de vendas no país de destino. Esse representante ou agente se encarrega de organizar pedidos, prospectar clientes, e impulsionar o crescimento das vendas. Se esta pessoa tiver sucesso, logo, logo a empresa necessitará colocar uma subsidiária de vendas no exterior, na qual possa manter um pequeno estoque dos produtos mais vendidos.Por fim, chega um momento no qual nem mesmo a subsidiária de vendas dá conta da quantidade de pedidos, e essa empresa decide por instalar uma subsidiária de produção. Para Johansson e Vahlne, essa lógica demonstra o envolvimento gradual da empresa nos negócios internacionais e, conforme aumentam as vendas, aumenta também o conhecimento de mercado e a experiência dessa organização no trato com clientes de outros países. TEMA 3 – POR QUE INTERNACIONALIZAR É IMPORTANTE? Muito circula nos noticiários dados e fatos sobre a complexidade do sistema aduaneiro brasileiro. Nosso comércio exterior é pautado por mais de 3.500 normas diferentes. Sendo assim um cenário tão complexo, muitos se questionam: mas, afinal, por que internacionalizar? Não é bem mais prático ficar como estou, focado em meu mercado doméstico? 06 Sem dúvidas que é mais prático. E é mais cômodo também. No entanto, não é da praticidade e da comodidade que vem o sucesso, não é mesmo? Justamente por isso que, a partir desse raciocínio começam a surgir diversas explicações gerenciais para a busca das empresas pela internacionalização. A mais comum refere-se à sazonalidade de um determinado mercado ou às crises econômicas nacionais. É frequente que crises econômicas afetem diversos participantes de um determinado mercado nacional. Em momentos de crise, gerentes e diretores confrontam-se com decisões difíceis, como a necessidade de demitir, reduzir a produção e cortar gastos. No entanto, uma alternativa viável para manter empregos e a produção, é a busca por outros mercados. Se, por exemplo, o mercado brasileiro está em crise, o mercado argentino pode não estar. Assim, vender meus produtos ou serviços em outros países pode ser uma saída interessante. Outra motivação frequente refere-se à sazonalidade nas vendas de determinados produtos. Por exemplo: brinquedos são mais vendidos em datas próximas ao dia das crianças e ao natal. E chocolates e sorvetes? Chocolates têm seu ponto alto na páscoa, enquanto que sorvetes tem seu ponto alto nas estações mais quentes, como primavera e verão. Apesar de alguns de nós comerem chocolates e sorvetes durante todo o ano, esses produtos têm venda sazonal, ou seja, maior em certas épocas. Agora, imagine que você fabrica sorvetes. O que você pode fazer no outono e no inverno? Bem, nessas épocas você pode, quem sabe, vender seus sorvetes para o hemisfério norte, onde será primavera e verão quando no Brasil e no hemisfério sul for outono e inverno. E quais outras motivações existem para internacionalizar? Mais dezenas! Vamos imaginar as características do consumidor europeu ou norte-americano. Trata-se de um público conhecidamente mais exigente. Sabendo disso, muitas empresas brasileiras buscam vender seus bens nesses locais, o que as forçará a incrementar sua produção e melhorar o resultado do produto final. Nesses locais – Europa e América do Norte – é comum que, pelo alto nível de exigência dos consumidores, as empresas ofereçam produtos diferenciados. Surge, então, outra resposta para a pergunta “por que internacionalizar?”: algumas organizações buscam realizar parcerias com empresas europeias ou estadunidenses para trocar tecnologias e melhorar o seu resultado. Dessa forma, ao realizar uma parceria com uma empresa do exterior, essa empresa brasileira pode ter acesso à tecnologia, mão de obra e design diferenciado, o que melhorará suas chances de sucesso não só no exterior, mas 07 também aqui no Brasil. Perceba, existem diversas razões para que as empresas internacionalizem, e à cada qual corresponde um projeto diferente que permitirá à empresa chegar aonde quer da melhor maneira. E onde você trabalha, quais dessas razões justificaria melhor a internacionalização? TEMA 4 – MODOS DE ENTRADA E OPERAÇÃO EM MERCADOS INTERNACIONAIS Você aprendeu que existem vários possíveis modos de entrada num mercado estrangeiro, que vão desde exportações até investimentos diretos estrangeiros, passando por joint ventures, franquias e licenciamentos. A cada uma dessas formas, corresponde um projeto diferente que deverá ser elaborado e executado pela empresa interessada. Aqui, então, nos defrontamos com outra questão: agora que você já sabe quais são os modos de entrada no exterior, assim como já sabe o que é internacionalização, por qual modo de entrada optar? Essa é uma pergunta difícil de ser respondida. Em primeiro lugar, pois depende de empresa para empresa, de produto para produto ou de serviço para serviço. Antes de mais nada, você deve entender a realidade da organização na qual trabalha, e as expectativas do cliente. Atento a essas questões, cabe escolher a forma que mais se adapte à sua situação. Deve-se ter em mente também o seguinte: Cada estratégia de entrada possui vantagens e desvantagens, apresentando demandas específicas sobre os recursos gerenciais e financeiros da empresa. De modo geral, as exportações, o licenciamento e a franquia exigem um nível relativamente baixo de comprometimento gerencial e de alocação de recursos. Por outro lado, o IDE e as iniciativas colaborativas com participação acionária necessitam de um nível mais elevado de comprometimento e recursos. (Cavusgil, Knight, Riesenberger, 2010) Além disso, é necessário que você cogite também um outro ponto: a necessidade de mudanças ou adaptações no seu produto ou serviço. Essas mudanças vão desde o idioma da embalagem ou do manual do usuário, até questões relativas à legislação do local para aonde esse produto ou serviço está sendo exportado. Por exemplo, no Brasil, não se pode oferecer às crianças produtos pintados com tintas que tenham metais pesados em sua composição. Assim como nós, brasileiros, devemos respeitar essa regulamentação, as empresas estrangeiras que quiserem vender brinquedos aqui, também precisarão respeitá-las. 08 Outros produtos, por outro lado, são padronizados, como peças para automóveis ou computadores. Tudo depende, como dito anteriormente, do produto ou serviço e do cliente. O seu projeto internacional deverá levar todos esses fatores em consideração, e efetuar as mudanças necessárias com o mínimo dispêndio de recursos. Tenha em mente que cada modo de entrada e operação corresponde à uma estratégia e, consequentemente, um projeto: as características específicas de um produto ou serviço, tais como sua composição, fragilidade, perecibilidade e razão entre seu valor e peso, podem afetar de modo significativo o tipo de estratégia de internacionalização a ser adotada. (Cavusgil, Knight, Riesenberger, 2010) É entendendo bem a sua empresa e as expectativas do cliente que seu projeto terá mais chances de sucesso. Não se esqueça que, ao buscar clientes no exterior, você concorre com rivais locais, com aquelas empresas do país de destino, já bem ambientadas e acostumadas com os gostos e costumes locais. Por mais difícil e trabalhoso que pareçam os projetos internacionais, quando conduzidos corretamente, tais projetos são altamente rentáveis e nos ensinam muito! TEMA 5 – A BUSCA DE OPORTUNIDADES PARA INTERNACIONALIZAR E OS PROJETOS INTERNACIONAIS Depois que você já se familiarizou com os conteúdos tratados aqui, deve estar se perguntando: mas como encontrar oportunidades para internacionalizar a minha empresa? Novamente, esta não é uma pergunta de fácil resposta. Ainda assim, existem mecanismos que nos permitem estar mais atentos às oportunidades, e que nos permitem percebê-las ou criá-las com maior facilidade. Mas, afinal de contas, o que é uma oportunidade? “É uma situação na qual mudanças na tecnologia ou nas condições políticas, sociais e demográficas geram potencial para criar algo novo” (Baron, Shane, 2013). Esse “algo novo” pode ser um produto, um serviço, ou uma nova maneira de fazer algo. Um fato gerador de oportunidades são as leis e mudanças políticas. Por exemplo: o novo presidenteda Argentina retirou a proibição de meios de comunicação estrangeiros atuarem no país. Isso abre uma oportunidade para meios de comunicação brasileiros. Outro exemplo: é proibido remanufaturar pneus no Brasil. No Paraguai, por outro lado, é permitido. Assim, uma empresa que remanufaturava no Brasil, pode fazê- lo no Paraguai. 09 Outra fonte de oportunidades são novos conhecimentos. Antigamente, não se sabia dos benefícios à saúde trazidos pelo Goji Berry. Hoje, por outro lado, esses benefícios são amplamente conhecidos. Assim, as empresas podem oferecer produtos com Goji Berry para vários mercados, como iogurtes, pães ou barras de cereais. O mesmo vale para o crescimento de uma determinada classe social. Hoje, em alguns lugares do mundo, a classe C está crescendo rapidamente, o que gera oportunidades para oferecer produtos e serviços destinados a esse público, conhecido como o público da “base da pirâmide”: O preço é uma parte importante da base para crescimento em mercados da base da pirâmide. Telefones GSM eram vendidos por US$ 1.000,00 na Índia. O mercado, obviamente, era limitadíssimo. Como o preço médio caiu para US$ 300,00 as vendas aumentaram. Entretanto, quando a Reliance, uma provedora de telefones celulares lançou sua promoção “Monsoon Hungama” (ou “batalha das monções”), que oferecia 100 minutos de ligações gratuitas na compra de um telefone móvel multimídia, com entrada de US$ 10,00 e prestações mensais de US$ 9,25 a empresa recebeu 1 milhão de pedidos em dez dias. (Prahalad, 2010) Da mesma forma que o crescimento da classe C constitui uma oportunidade para negócios, o crescimento das demais classes também. Pode-se oferecer produtos e serviços mais caros, de maior valor agregado para as classes mais abastadas, por exemplo. Ser capaz de perceber essas particularidades de crescimento social e econômico, regulamentações políticas e novos conhecimentos é essencial para o profissional de relações internacionais. Nesse caso, muitos ficam em dúvida: “mas então eu tenho que ler todos os jornais do mundo para saber de todas as novidades?”. Claro que não! Mas você precisa estar atento ao mundo que lhe cerca para encontrar oportunidades para internacionalizar sua empresa. Olhe, por exemplo, os países que mais importam aquilo que sua empresa fabrica ou os países mais carentes do serviço que sua empresa presta. Você pode começar a partir daí um projeto de internacionalização! FINALIZANDO A internacionalização, enquanto fenômeno, pode ter várias definições. Uma primeira definição pode ser como “o movimento de indivíduos e empresas para operações internacionais” (Welch, Loustarinen, 1988). Outra definição possível é como “a transferência de bens e serviços através de fronteiras entre países utilizando métodos diretos e indiretos” (Leonidou, Katsikeas, 1996). É interessante notar que a internacionalização é tratada como um processo, ou seja, uma 010 concatenação de atos. Isso significa que ela não ocorre do dia para a noite, mas abrange diversas fases. E por que as empresas internacionalizam? Essa pergunta busca ser respondida pelas teorias de internacionalização, que estudam casos e empresas diversas. Uma das primeiras teorias de internacionalização foi escrita pelo estadunidense Raymond Vernon, em 1966. Depois de Vernon, os autores Buckley e Casson também se debruçam sobre a internacionalização em 1976 e em 1992. Mais tarde, são os professores Bruce Kogut e Udo Zander que propõe uma teoria de internacionalização. Ainda que todas essas teorias apliquem-se em determinados contextos, a teoria que ganhou maior aceitação foi criada na Suécia, na Universidade de Uppsala, em 1977. E por que internacionalizar? É frequente que crises econômicas afetem diversos participantes de um determinado mercado nacional. Em momentos de crise, gerentes e diretores confrontam-se com decisões difíceis, como a necessidade de demitir, reduzir a produção e cortar gastos. No entanto, uma alternativa viável para manter empregos e a produção, é a busca por outros mercados. Se, por exemplo, o mercado brasileiro está em crise, o mercado argentino pode não estar. Assim, vender meus produtos ou serviços em outros países pode ser uma saída interessante. E quais outras motivações para internacionalizar existem? Mais dezenas! Vamos imaginar as características do consumidor europeu ou norte-americano. Trata-se de um público conhecidamente mais exigente. Sabendo disso, muitas empresas brasileiras buscam vender seus bens nesses locais, o que as forçará a incrementar sua produção e melhorar o resultado do produto final. Agora que você já sabe quais são os modos de entrada no exterior, assim como já sabe o que é internacionalização, por qual modo de entrada optar? Essa é uma pergunta difícil de ser respondida. Em primeiro lugar, pois depende de empresa para empresa, de produto para produto ou de serviço para serviço. Antes de mais nada, você deve entender a realidade da organização na qual trabalha, e as expectativas do cliente. Atento a essas questões, cabe escolher a forma que mais se adapte à sua situação. Depois que você já se familiarizou com os conteúdos tratados aqui, deve estar se perguntando: mas como encontrar oportunidades para internacionalizar a minha empresa? Novamente, esta não é uma pergunta de fácil resposta. Ainda assim, existem mecanismos que nos permitem estar mais atentos às oportunidades, e que nos permitem percebê-las ou criá-las com maior facilidade. 011 Um fato gerador de oportunidades são as leis e mudanças políticas. Outra fonte de oportunidades são novos conhecimentos. 012 REFERÊNCIAS AMATUCCI, M. Teorias de negócios internacionais e a economia brasileira: de 1850 a 2007. In: Internacionalização de Empresas. São Paulo: Editora Atlas, 2009. CAVUSGIL, S. T.; KNIGHT, G.; RIESENBERGER, J. Negócios Internacionais: estratégia, gestão e novas realidades. Pearson: São Paulo, 2010. DUARTE, R. G.; TANURE, B. O impacto da Diversidade Cultural na Gestão Internacional. In: DUARTE, R. G.; TANURE, B. (Orgs). Gestão Internacional. São Paulo: Saraiva, 2006. FERREIRA, M. P.; REIS, N. R.; SERRA, F. R. Negócios Internacionais e Internacionalização para as Economias Emergentes. Lidel: Lisboa, 2011. HOBSBAWM, E. A era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. MAGNOLI, D.; SERAPIÃO JR., C. Comércio Exterior e Negociações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2012. SARFATI, G. Manual de Diplomacia Corporativa: a construção das relações internacionais da empresa. São Paulo: Atlas, 2007. SEITENFUS, R. Manual das Organizações Internacionais. 4. ed. Porto Alegre: Livraria e Editora do Advogado, 2005.
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