Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Moldes Professor: Edimar Livro adotado Moldes são ferramentas facilitadoras na produção de determinadas peças. As peças injetadas podem ser de termoplástico, termofixo, alumínio e zamak. Os moldes são conceituados em três tipos: Moldes para materiais termoplásticos Moldes para materiais termofixos Moldes para injeção de zamak e alumínio Moldes para materiais termoplásticos Esses moldes trabalham com sistema de refrigeração em suas cavidades e machos. Material termoplástico pode ser fundido e solidificado várias vezes, que é um ponto favorável para a reciclagem. Exemplos de materiais termoplásticos: Polietileno (PE) → É o mais simples, barato e comum (frascos para produtos químicos, juntas de vedação, engrenagens, cabos de ferramentas, etc). Poliestireno (PS) → Transparente e com boa estabilidade dimensional (garrafas, copos, pratos, brinquedos,etc). Policloreto de vinila (PVC) → Empregado em válvulas, elementos isolantes, paletas de ventiladores, etc. Poliamida (PA) náilon → Possui ótima resistência ao desgaste e é inerte ao corpo humano (parafusos, engrenagens, pulseiras de relógios, velcros, etc). Processo para injeção de termoplástico https://www.youtube.com/watch?v=4wGKWWLDEbg https://www.youtube.com/watch?v=mY5qVtvsRIA Moldes para materiais termofixos Esses moldes trabalham com sistema de aquecimento em suas cavidades e machos para mantê-los sempre quentes, na temperatura de fusão do material. Existem 3 processos para moldagem de materiais termofixos: Por compressão Por transferência Por injeção Ao contrário dos termoplásticos, os termofixos recebem um aquecimento até ficar no estado pastoso, quando atinge o máximo aquecimento ele amolece totalmente e logo após endurece. OBS¹: Os materiais termofixos amolecem no calor e endurecem no calor. OBS²: Os materiais termofixos não tem recuperação, a partir do momento que endurece não amolece mais. Exemplos de objetos fabricados com termofixos: Cabo de panela, tampa de distribuidor (automóvel), cinzeiros, cabos de alguns ferros de passar roupa, volantes e alavancas de máquinas operatrizes, etc. Moldes para injeção de zamak e alumínio São classificados em dois tipos: Molde de câmara fria → É projetado para a injeção sob pressão do alumínio e zamak. As características gerais da fundição sob pressão em câmara fria são: O sistema de injeção não fica mergulhado no metal líquido. Cada vez mais utilizado em função das exigências crescentes quanto a qualidade das peças injetadas. Utilizado para ligas com maiores pontos de fusão: Cu, Al, Mg, Zn. Os componentes principais de uma máquina de fundição sob pressão em câmara fria são: O sistema de alimentação da máquina com câmara fria com metal líquido pode ser: Manual com um cadinho Por forno basculante e canal de alimentação Mediante um cadinho hermeticamente fechado e no qual atua uma pressão pneumática sobre o banho. Por meio de uma bomba Por um braço mecânico com dosador. Detalhes do sistema de injeção: Produtividade: 2 a 5 injeções por minuto Acionamento do pistão por pressão de óleo ou água A classificação das máquinas de câmara fria de acordo com seu princípio construtivo pode ser: Máquina de câmara fria horizontal Máquina de câmara fria vertical Assistir vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=OJrV_XoWT8E https://www.youtube.com/watch?v=KI9_LqnTYos https://www.youtube.com/watch?v=HP_u3ffX6_s https://www.youtube.com/watch?v=romidx7APpo A sequência de trabalho de uma máquina de câmara fria é: Fechamento do molde Introdução do material na câmara de pressão Injeção do material Abertura do molde Extração da peça Retrocesso do êmbolo de pressão O ciclo do processo de fundição sob pressão em máquina de câmara fria horizontal pode ser ilustrado a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=dfzOmUfyHAM O ciclo do processo de fundição sob pressão em máquina de câmara fria vertical pode ser ilustrado a seguir: A injeção do material no molde pode ser separada em três estágios: 1º estágio → O pistão avança com velocidade lenta O avanço lento do pistão é para impedir que o metal líquido sofra qualquer turbulência, evitando que bolhas de gases venham a ser aprisionadas e injetadas para dentro da cavidade do molde. O 1º estágio termina quando todo volume hidráulico da câmara está ocupada pelo metal líquido 2º estágio → O metal preenche a cavidade do molde Neste estágio, a velocidade do pistão é maior para compensar a rápida troca de calor entre a superfície do molde e o metal líquido. OBS: Peças com paredes finas e formas complexas podem exigir velocidades maiores. O curso de injeção é calculado sempre a partir da posição inicial do pistão que deve facear o orifício de alimentação da câmara. 3º estágio → É a fase de compactação do metal na cavidade, chamada de recalque. É responsável por compensar a contração de solidificação do material e a diminuição de porosidades. O recalque ocorre quando o material ainda se encontra no estado semi-sólido. Neste estágio pode ser regulada a pressão específica de injeção de acordo com a exigência técnica do produto como segue: Peças de pouca exigência → 200 a 400 kgf/cm² Peças de média exigência → 400 a 600 kgf/cm² Peças de alta exigência → 600 a 1000 kgf/cm² Molde de câmara quente → É projetado para a injeção sob pressão do zamak. OBS: A injeção do alumínio não se faz por câmara quente pois necessita de temperatura mais elevada e maior pressão de injeção. O sistema de injeção encontra-se mergulhado no metal líquido. É utili- zado para ligas com baixo ponto de fusão Até 485°C: Zn,Sn, Pb. Zamak É uma liga metálica, o nome vem de: Zink, Aluminium, Magnesium e Kupfer. A variação do teor desses metais resulta em uma liga com propriedades mecânicas diferentes. O Zamak é um material de baixo custo utilizado na fundição de peças que necessitam de pouca resistência mecânica. É encontrado em carburadores automotivos, válvulas reguladoras de pressão, acessórios para instalações elétricas (caixas de passagem, curvas, buchas, etc), puxadores de armários e gavetas, maçanetas, chaveiros, brinquedos, Fivelas de roupas, etc. O zamak é um excelente material para tratamento superficial por eletrodeposição (zincagem, cobreação, niquelação e cromeação) ou pintura (tintas e vernizes). O baixo ponto de fusão (em torno de 400°) e boa fluidez favorecem seu emprego em moldes de injeção a pressão. No Brasil predomina o uso das ligas de zamak Nº 3 e Nº 5. Por isso chamamos de zamak 3 e zamak 5. A diferença está no teor de zinco, cobre, alumínio e magnésio. Existem cores predominantes para as diferentes ligas de zamak: Existem cores predominantes para as diferentes ligas de zamak: Zamak 3 (verde) Zamak 5 (azul ou a cor da própria barra) Zamak 8 (amarelo) OBS: A densidade do zamak 5 é de 6,6 g/cm³ Principais características dos metais encontrados no zamak Zinco → É o elemento principal no zamak, por isso podemos chamar o zamak de uma liga de zinco. Aumenta na liga a resistência a corrosão e ao desgaste. Ajuda a aumentar a resistência mecânica. Alumínio → Ao misturar-se com o zinco aumenta a fluidez e refina o grão. Magnésio → É o metal de menor concentração. Reduz os efeitos das impurezas na liga, tende a aumentar a dureza do material e diminui a ductilidade. Cobre → Aumenta a resistência mecânica, dureza e resistência a fluência. Tabela comparativa das ligas mais comercializadas Produtos fabricados em zamak
Compartilhar