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Cultura Africana: Manifestações e Influência

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CULTURA AFRICANA - O QUE É, COMO SE MANIFESTA E QUAL SUA INFLUÊNCIA?
A cultura africana se espalhou pelo mundo com a prática da escravidão e mudou os conceitos e crenças de muitos povos, como ocorreu no Brasil Colonial.
A cultura africana é uma pluralidade de manifestações folclóricas e culturais envolvendo toda a África. O velho continente é uma mescla de crenças, ritmos, temperos e cores que o fazem peculiar.
Espalhada pelo mundo através do tráfico de escravos, acabou influenciando a cultura de muitas nações. Ela se mesclou, por exemplo, na dança, culinária e religião.
Grandes festas brasileiras, como o Carnaval e o Maracatu, têm suas bases em ritos africanos. Sua religião se misturou às crenças católicas e daí surgiram o Candomblé e a Umbanda.
Contexto Histórico
As evidências arqueológicas mostram ser a África o primeiro território que o ser humano habitou na Terra. Tantos milhares de anos de história, por óbvio, resultaram numa mistura formidável de povos. Surgiu daí uma combinação de muitos idiomas, religiões, organizações sociais, políticas e econômicas.
Entre os séculos XV e XVI, iniciou-se o tráfico de escravos da África, posto que o território foi conquistado por europeus. Com isso houve a disseminação da cultura africana pelos tantos países mundo afora onde esses escravos foram utilizados.
De colonização portuguesa, o Brasil foi uma colônia de exploração para onde foram enviados milhares de africanos. E eles acabaram influenciando o idioma português, a culinária, festas tradicionais etc.
No século XIX, através da Conferência de Berlim (1884-1885), a África foi partilhada entre as nações mais industrializadas. Essa divisão durou até o final da Segunda Guerra Mundial, quando os países obtiveram sua independência.
Após muitas guerras, golpes e genocídios, a África vai se estabilizando politicamente. Soma hoje mais de cinquenta países, com a população de aproximadamente um bilhão de habitantes.
Consciência Negra – História, importância social e cultural afro-brasileira
A dança é uma expressão corporal
A dança africana se caracteriza pelos movimentos corporais enérgicos dos quadris, pernas e ombros. E com o tráfico de escravos, esse meneio de corpo se espalhou pelas regiões para onde foram enviados.
Cuba mesclou a intensa música do colonizador espanhol, com o movimento sensual dos corpos africanos. E foi assim que surgiram a salsa e a rumba, duas danças bem ativas e peculiares.
No Brasil, uma mistura do batuque com a polca, assim como o maxixe, deu origem ao samba. Da África também vieram várias danças dos Estados Unidos, qual o sapateado, charleston, funk, como também o moderno hip hop.
A história numa roda de capoeira
A capoeira é uma grande expressão da cultura afro-brasileira, posto que mistura ginga, dança e música. Ela veio dos escravos africanos que por aqui aportaram e que, para disfarçar as lutas, acrescentaram a dança. Hoje é equivocado dizer que se luta capoeira, já que o correto é jogar.
Famosa no mundo todo, a capoeira é uma cultura africana que só cresce e atrai pessoas de diferentes nações. O jogo transcorre ao ritmo de tambor, berimbau e palmas, enquanto se canta as músicas tradicionais das apresentações.
Embora hoje seja uma manifestação disputada, principalmente na Bahia e no Rio de Janeiro, nem sempre foi assim. Tal qual o samba, a capoeira foi perseguida pela polícia, e jogá-la era sinônimo de bandidagem e vagabundagem. Somente mais recentemente esse estigma foi superado.
A miscigenação religiosa
A África sempre foi um continente de muitos credos, rituais, deuses, sacerdotes e magos. Com a tráfico negreiro, essas crendices se fundiram a elementos de outras religiões.
No Brasil, há o Candomblé, que tem suas bases no culto aos Orixás, além da Umbanda, um misto de elementos africanos, Espiritismo e Catolicismo.
O Vodu é uma religião da qual participam pessoas de Cuba, Haiti, República Dominicana, além do Estado americano da Louisiana. Na Jamaica se praticam: Obeah, em que se cultuam os ancestrais africanos, bem como Kumina, uma mistura de religião, música e dança do Congo.
A culinária africana
A culinária também pode ser inserida dentro da cultura africana, principalmente no que se refere a temperos. De lá vieram, por exemplo, o hábito de temperar comida com pimenta, azeite de dendê e leite de coco.
O feijão-preto, tão apreciado nas senzalas, foi servido nos banquetes da casa grande em saborosas feijoadas. As baianas atualmente são famosas mundialmente por servirem acarajé, vatapá e caruru.
Os Estados Unidos também sofreram forte influência gastronômica africana, posto que ali se criou a expressão sool foods. Os alimentos da alma, na tradução, são comidas influenciadas pela culinária africana.
A cultura africana celebrada em muitas festas
O Carnaval é uma festa que no Brasil se baseia nas tradições africanas, posto que recheado o samba e a marcha. O Maracatu de Pernambuco mescla as culturas dos africanos, indígenas e europeias, que originaram uma apresentação colorida.
Tem igualmente o Bumba-meu-boi, encenação que lembra uma lenda da África a respeito da morte e ressurreição de um boi. A Festa de Iemanjá, de caráter religioso, deposita nas águas oferendas para a Rainha do Mar.
Também na América do Norte há diversos festivais sobre a cultura negra, além de manifestações que vão da dança ao cinema. E podemos citar como exemplos: o Black Dance, em Saint Louis, assim como o Afro Punk Fest, em Nova York.
Fonte: Wikipédia, Culinária, Culinária no Mundo, Cidadania e Cultura, Afreaka, Cultura Afro-brasileira, Educação, Geledés.
Fonte das imagens: Catraca Live, Guasca, História Afro Brasileira, Wanderlust, Candomblés, Printerest, Informativo.
CONTEXTO HISTÓRICO
A África tem como característica a diversidade cultural e sua História está bastante ligada à História do Brasil.
Os africanos, que foram trazidos para nosso país como escravos, entre os séculos XVI e XIX, enriqueceram a cultura brasileira com seus costumes, rituais religiosos, culinária, danças etc.
Somente no século XIX, com o movimento abolicionista, os negros ganharam a liberdade com a assinatura da Lei Áurea (1888).
O continente africano é um território banhado pelo Oceano Atlântico, pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Índico, onde provavelmente surgiram os primeiros seres humanos. Os mais antigos fósseis de hominídeos foram encontrados na África e têm cerca de cinco milhões de anos. Esse tipo de hominídeo, que habitava o sul e o leste da África, há cerca de 1,5 milhão de anos evoluiu para formas mais avançadas: o Homo habilis e o Homo erectus. O primeiro homem africano, o Homo sapiens, data de mais de 200.000 anos.
O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estado foram sucedendo-se neste continente, ao longo dos séculos. Além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos de outros continentes, que buscavam as suas riquezas como sal e ouro. A atual divisão territorial da África, no entanto, é muito recente – de meados do século XX – e resultou da descolonização europeia.
No fim da década de 70, quase toda a África havia se tornado independente. Os jovens Estados africanos enfrentam vários problemas básicos, como o desenvolvimento econômico, o neocolonialismo e a incapacidade de se fazerem ouvir nos assuntos internacionais. A maioria dos Estados africanos é considerada parte do Terceiro Mundo.
INFLUÊNCIA AFRICANA NA CULTURA BRASILEIRA
Moleque, quiabo, fubá, caçula e angu. Cachaça, dengoso, quitute, berimbau e maracatu. Todas essas palavras do vocabulário brasileiro têm origem africana ou referem-se a alguma prática desenvolvida pelos africanos escravizados que vieram para o Brasil durante o período colonial e imperial. Elas expressam a grande influência africana que há na cultura brasileira.
A existência da escravidão no Brasil durante quase quatrocentos anos, além de ter constituído a base da economia material da sociedade brasileira, influenciou também sua formação cultural.A miscigenação entre africanos, indígenas e europeus é a base da formação populacional do Brasil. Dessa forma, a matriz africana da sociedade tem uma influência cultural que vai além do vocabulário.
O fato de as escravas africanas terem sido responsáveis pela cozinha dos engenhos, fazendas e casas-grandes do campo e da cidade permitiu a difusão da influência africana na alimentação. São exemplos culinários da influência africana o vatapá, acarajé, pamonha, mugunzá, caruru, quiabo e chuchu. Temperos também foram trazidos da África, como pimentas, o leite de coco e o azeite de dendê.
No aspecto religioso os africanos buscaram sempre manter suas tradições de acordo com os locais de onde haviam saído do continente africano. Entretanto, a necessidade de aderirem ao catolicismo levou diversos grupos de africanos a misturarem as religiões do continente africano com o cristianismo europeu, processo conhecido como sincretismo religioso. São exemplos de participação religiosa africana o candomblé, a umbanda, a quimbanda e o catimbó.
Algumas divindades religiosas africanas ligadas às forças da natureza ou a fatos do dia a dia foram aproximadas a personagens do catolicismo. Por exemplo, Iemanjá, que para alguns grupos étnicos africanos é a deusa das águas, no Brasil foi representada por Nossa Senhora. Xangô, o senhor dos raios e tempestades, foi representado por São Jerônimo.
O samba, afoxé, maracatu, congada, lundu e a capoeira são exemplos da influência africana na música brasileira que permanecem até os dias atuais. A música popular urbana no Brasil Imperial teve nos escravos que trabalhavam como barbeiros em Salvador e Rio de Janeiro uma de suas mais ricas expressões. Instrumentos como o tambor, atabaque, cuíca, alguns tipos de flauta, marimba e o berimbau também são heranças africanas que constituem parte da cultura brasileira. Cantos, como o jongo, ou danças, como a umbigada, são também elementos culturais provenientes dos africanos.
Idioma vocabulário africano com significado 
abará: bolinho de feijão.
acará: peixe de esqueleto ósseo.
acarajé: bolinho de feijão frito (feijão fradinho).
agogô: instrumento musical constituído por uma dupla campânula de ferro, produzindo dois sons.
angu: massa de farinha de trigo ou de mandioca ou arroz.
B
bangüê: padiola de cipós trançados na qual se leva o bagaço da cana.
bangulê: dança de negros ao som da puíta, palma e sapateados.
banzar: meditar, matutar.
banzo: nostalgia mortal dos negros da África.
banto: nome do grupo de idiomas africanos em que a flexão se faz por prefixos.
batuque: dança com sapateados e palmas.
banguela: desdentado.
berimbau: instrumento de percussão com o qual se acompanha a capoeira.
búzio: concha.
C
cachaça: aguardente.
cachimbo: aparelho para fumar.
cacimba: cova que recolhe água de terrenos pantanosos.
Caculé: cidade da Bahia.
cafife: diz-se de pessoa que dá azar.
cafuca: centro; esconderijo.
cafua: cova.
cafuche: irmão do Zumbi.
cafuchi: serra.
cafundó: lugar afastado, de acesso difícil.
cafuné: carinho.
cafungá: pastor de gado.
calombo: quisto, doença.
calumbá: planta.
calundu: mau humor.
camundongo: rato.
Candomblé: religião dos negros iorubás.
candonga: intriga, mexerico.
canjerê: feitiço, mandinga.
canjica: papa de milho verde ralado.
carimbo: instrumento de borracha.
catimbau: prática de feitiçaria .
catunda: sertão.
Cassangue: grupo de negros da África.
caxambu: grande tambor usado na dança harmônica.
caxumba: doença da glândula falias.
chuchu: fruto comestível.
cubata: choça de pretos; senzala.
cumba: forte, valente.
Cumbe: povoação em Angola.
D
dendê: fruto do dendezeiro.
dengo: manha, birra.
diamba: maconha.
E
efó: espécie de guisado de camarões e ervas, temperado com azeite de dendê e pimenta.
Exu: deus africano de potências contrárias ao homem.
Formação Da Cultura Africana
 
Entre 25 de novembro de 1884 e 16 de fevereiro de 1885 realizou-se a Conferência de Berlim que mudaria a história do povo africano.
Esta conferência dividiu arbitrariamente o continente africano, desconsiderando os diferentes grupos étnicos, bem como idiomas e culturas distintas, o que fez, em muitos casos, com que grupos inimigos entre si fosse unidos em um mesmo território.
Desse modo, um mesmo grupo ficou espalhado por várias nações, gerando alterações na consciência nacional. Foi essa divisão que definiu a geografia atual, ou seja, foram mais de trinta anos de processo de independência, bastante sangrento por sinal. Porém, mesmo após a libertação das colônias pouco ou nada mudou para a população que já havia sofrido com guerras civis e miséria.
As barreiras sociais eram imensas. O negro ainda era visto como um ser inferioridade, enquanto o branco era superior em todos os sentidos. A situação econômica era precária: enquanto uma diminuta parcela da população pertencente à elite africana se dava ao luxo de consumir sem controle, fato que contribuiu para o aumento da fome, o restante da população morria na miséria.
No início dos nos 80 o regime militar instaurou-se em grande parte da África e seus “dirigentes mostraram-se tão incompetentes e corruptos quanto os civis que haviam atuado anteriormente” (Ribeiro, 1996).
Como se não bastasse, a pilhagem se alastrava pelo pelos países (só o tráfico de escravos tirou do continente entre 40 e 100 milhões de indivíduos), reduzindo drasticamente a população africana.
Assim, numa tentativa de fugir da miséria, grande parte da população migrou da zona rural para os centros urbanos. Tal fato contribuiu imensamente para o rompimento de estruturas originais, por exemplo, os ofícios tradicionalmente transmitidos por via oral no interior dos grupos familiares, alguns deles associados a processos iniciáticos, vão perdendo sua força e sendo substituídos pela busca de novos graus de escolaridade ou especialização que tornem possível o ingresso no complexo produtivo industrial (Ribeiro, 1996). Esta migração fez com que antigos valores fossem pouco a pouco abandonados e substituídos por valores da sociedade industrial e consumista.
Resumindo, o continente africano, nos últimos cinco séculos, enfrentou as mais desumanas e cruéis formas de exploração e degradação. E até hoje ainda luta para se recuperar, mas a recuperação é lenta, pois longo foi o tempo de destruição.
E foi por tudo isso que a ideia da inferioridade africana foi construída. Já no século XIX Hegel postulou a tese de que “A África não é uma parte histórica do mundo. Não tem movimentos, progressos a mostrar, movimentos históricos próprios” (HEGEL, citado por ARNAUT e LOPES, 2005). Em 1963, um professor da Universidade de Oxford, Sir Trevor-Hoper afirmou o fato de afirmou, em 1963, “não haver uma história da África subsaariana, mas tão-somente uma história dos europeus no continente, porque o resto era escuridão, e a escuridão não é matéria da história” (SILVA, 2003, p.229).
A ideia de que há seres inferiores e superiores prevaleceu por séculos, e ainda hoje vemos as consequências desse conceito (a segunda Guerra Mundial é um exemplo bem claro do que pode acontecer quando se crê em tal concepção). A intenção não é supervalorizar um e desvalorizar o outro, mas sim mostrar que a África, como qualquer outro continente é uma mistura, uma sobreposição de ‘raças’ e culturas. Por isso, talvez, devêssemos repensar o conceito de ‘raça’.
Assim, temos o surgimento de uma cultura híbrida, afinal, citando apenas o caso africano, algumas culturas se misturaram às manifestações culturais dos povos com os quais entraram em contato (como o caso da cultura afro-indígena surgida no Brasil do contato entre escravos africanos e índios nativos).
Portanto, a África pode ser compreendida como um mosaico de expressões, no qual diferentes culturas convivem entre si, lado a lado. São as chamadas culturas híbridas, nascidas dos contatos entre povos no decorrer dos tempos, formando um rico e vasto legado, que devemos preservar e que serão vistos em textos futuros.
É no sentido de desmitificar esse racismo histórico que uma educação antirracista foi instaurada nas escolas brasileiras,portanto,
Esse movimento, instigante e inovador, sobretudo para os estudantes, pode – e deveria - ser acompanhado de análises históricas e sociológicas do continente, o que nem sempre ocorre. Essa exclusão da análise propriamente histórica e sociológica tem, por vezes, contribuído para um retorno ao que seria uma África ancestral, mítica, a-histórica ou compreendida apenas por seus traços considerados valiosos no seio da positivação da autoestima dos brasileiros afro-descendentes. (História e cultura africana volume I)
Comidas Africanas
É extremamente difícil analisar e separar as verdadeiras comidas tradicionais africanas, já que o país sempre contou com uma enorme dominação de países europeus e asiáticos. Mas sua cultura na arte de cozinhar está certamente em pratos únicos e irresistíveis, como os feitos a partir de alimentos essencialmente particulares de sua cultura local, como os legumes, frutas, carnes e grãos, esses semelhantes à produção no Brasil por serem muito cultivados em regiões tropicais.
Comida Africana
O milho e as nozes são as principais fontes de preparação das refeições, sejam elas doces ou salgadas, as frutas tornam-se únicas no modo de produção e cultivo, gerando sempre uma boa exportação, e não deixando muitos alimentos nas regiões mais pobres da África.
Um tipo afro-brasileira
Inspirado na preparação de comidas africanas, o Brasil manteve-se como um dos primeiros países a se dedicar a produção de pratos antes já tradicionais na África. Exemplos de degustação e aprovação por maior parte da população brasileira é o feijão preto, o cuscuz, a canjica, todos esses trazidos pelos escravos africanos em plena época de colonização, A caça também na época por peixes como faziam os índios foi substituídos por animais que oferecem maior qualidade e gordura, como o boi, porco e galinha, carnes essas utilizadas ainda nas aldeias africanas como símbolo de força e motivação a trabalhos de peso grande, como o africano que trabalha no campo.
Produtos africanos
História
Ainda hoje na culinária mundial são muitos os adeptos a produtos que foram trazidos por escravos africanos como forma de tempero e maior aprimoramento dos típicos pratos já existentes. O famoso óleo de dendê, o leite de coco, a noz moscada, todos esses são produtos típicos africanos que atualmente são indispensáveis em muitos pratos mundiais.
O leite de coco e o dendê são marcas da comida baiana aqui no Brasil, principalmente na preparação de muquecas a base de frutos do mar, como camarões ou até mesmo peixes. Por incrível que pareça são todos alimentos de base africana que reinam em uma vasta culinária por muitos continentes.
Mandioca
Tradição
A culinária africana ainda desconhecida e não muito definida em suas especialidades traz muitos alimentos e pratos que no Brasil são fonte de energia, saúde e requinte como a mandioca, alimento esse utilizados pelos africanos como um meio de diminuir a morte causada por desnutrição.
Aspectos
A África é, sem dúvida, o continente que apresenta os piores indicadores sociais do mundo. O continente africano abriga, atualmente, cerca de 930 milhões de habitantes. Desse total, grande parte se concentra na Nigéria, Egito, Etiópia, República Democrática do Congo e África do Sul, que são países mais populosos.
As regiões que apresentam maiores densidades demográficas são aquelas que possuem solos férteis, como o vale fluvial e o delta dos rios Nilo e Níger, além da costa litorânea, lugar com boa incidência de chuvas.
As regiões da África que apresentam baixa densidade demográfica compreendem as áreas desérticas, como o deserto do Saara (África Islâmica), deserto da Namíbia e do Calaari e nas florestas do Congo (África Subsaariana).
Atualmente, o continente tem passado por um intenso processo de urbanização, mesmo assim, são restritos os centros urbanos de grande porte, as maiores cidades são Cairo (Egito), com cerca de 7 milhões de habitantes; Alexandria (Egito), com 4 milhões; Lagos (Nigéria), com 7 milhões; Casablanca (Marrocos), com 3,7 milhões; Kinshasa (República Democrática do Congo), com 9 milhões; Argel (Argélia), com 2,5 milhões; e Cidade do Cabo (África do Sul), com 3,4 milhões.
Os países africanos possuem as piores taxas de mortalidade (13,5%), além de apresentar elevada taxa de natalidade (35,2%) e o maior crescimento vegetativo do mundo (2,17%), mostrando que a qualidade de vida da população é decadente. A fome e a AIDS são problemas que atingem a África quase que na totalidade.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas, cerca de 150 milhões de africanos não ingerem a quantidade mínima de calorias diárias, e mais 23 milhões correm o risco de morrer de fome.
Todos os problemas sociais identificados na África (miséria, fome, desemprego, guerras, dentre muitas outras) podem ser agravados, tendo em vista que se o crescimento vegetativo continuar no mesmo passo (cerca de 1,9% ao ano), em 2015 a população africana será de 1 bilhão de habitantes. Fato que irá desencadear um aumento pela procura de alimentos, aumentando a fome.
Divindade Religiosas
Todos os anos, no dia 2 de fevereiro, a cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia, realiza uma bela e colorida procissão de barcos em homenagem a Iemanjá, a rainha das águas. Os pescadores depositam no mar flores e presentes, pedindo sorte e uma pescaria farta.
Iemanjá é muito conhecida. Ela pode ser representada como uma sereia de longos cabelos ao vento. Sua cor favorita é o azul-claro e o sábado é o dia da semana que lhe é consagrado. Ela é uma das divindades do candomblé, uma das religiões de origem africana que se desenvolveu no Brasil, em especial na Bahia. A cultura brasileira recebeu grande influência dos escravos trazidos da África.
Assim como Iemanjá, muitos outras divindades de origem africana, como Oxum, Xangô, Oxalá, Oxóssi e Exu, passaram a fazer parte da vida de todos nós, e não apenas dos adeptos do candomblé ou da umbanda, outra religião afro-brasileira. Chamadas de orixás (palavra de origem ioruba que significa divindade), fazem parte da cultura brasileira, com seu significado místico e simbólico, suas festas, comidas, cores e símbolos.
Cada orixá tem sua história, sua personalidade e domina um aspecto da realidade. Como nós, os orixás têm sentimentos: amam, sofrem, ficam tristes, alegres ou com raiva. Os orixás estão ligados às forças da natureza, como a água, o ar, a terra e o fogo. Em equilíbrio, essas forças movem nosso destino. O espaço habitado pelos orixás chama-se orum e o mundo dos homens chama-se aiê. O grande pai responsável pela criação de todas as coisas é Olorum.
MUSICA AFRICANA
A música tradicional na maior parte do continente é transmitida oralmente (ou auditivamente) e não está escrita. Nas tradições musicais da 
de duas, como uma trinca tocada contra notas retas. Além da natureza rítmica da música, a música africana difere da música ocidental, na medida em que as várias partes da música não combinam necessariamente de forma harmoniosa. Os músicos africanos, ao contrário dos músicos ocidentais, não procuram combinar sons diferentes de um modo que agrade aos ouvidos. Em vez disso, seu objetivo é expressar a vida, em todos os seus aspectos, por meio do som. Cada instrumento ou parte pode representar um aspecto particular da vida ou um caráter diferente; a linha de passagem de cada instrumento / peça é mais importante do que como os diferentes instrumentos e partes se encaixam. Compreender a música africana torna-se ainda mais difícil quando se considera que não existe uma tradição escrita; há pouca ou nenhuma música para estudar ou analisar. Isso torna quase impossível anotar a música - especialmente as melodias e harmonias - usando a equipe ocidental. Existem diferenças sutis no tom e na entonação que não se traduzem facilmente para a notação ocidental. Dito isto, a música africana é a que mais se aproxima das escalas tetratônicas (três notas), pentatônicas (cinco notas), hexatônicas (seis notas) e heptatônicas (sete notas). A harmonização da melodia é realizadacantando em terços, quartos ou quintas paralelos. Outra forma distintiva da música africana é a sua natureza chamada-e-resposta: uma voz ou instrumental toca uma pequena frase melódica, e essa frase é ecoada por outra voz ou instrumento. A natureza de chamada-e-resposta se estende ao ritmo, onde um tambor vai tocar um padrão rítmico, ecoado por outro tambor tocando o mesmo padrão. A música africana também é altamente improvisada. O padrão rítmico central é tipicamente tocado, com os bateristas improvisando novos padrões sobre os padrões originais estáticos.
Instrumentos Musicais Africanos
O Continente africano vive em pauta na mídia e, na maioria das vezes, por seus problemas sociais, econômicos, políticos, conflitos entre grupos separatistas, diversas doenças, entre outros aspectos negativos. No entanto, pouco se destaca sobre a pluralidade cultural que o povo desse continente apresenta, contribuindo com elementos culturais em várias outras nações do mundo, e fortemente ligados ao Brasil.
As principais características dos africanos são a musicalidade e suas danças compostas por diferentes ritmos e instrumentos. A criatividade proporcionou a criação de vários instrumentos musicais, entre eles podemos destacar:
Afoxé – é um instrumento musical de percussão formado por uma cabaça redonda coberta por uma rede de bolinhas ao redor de seu corpo. O som é produzido quando se giram as bolinhas em um sentido, e o cabo no sentido oposto. É um instrumento musical muito utilizado nos rituais de umbanda e pelos grupos de samba e reggae.
Agogô – instrumento musical percussivo composto de duas a quatro campânulas (objeto em forma de sino) de tamanhos diferentes, ligadas entre si pelos vértices. É o instrumento mais antigo do samba.
Berimbau – é um instrumento de corda usado para fazer percussão na capoeira. É um arco feito de uma vara de madeira, de comprimento aproximado de 1,20m a 1,60m, e um fio de aço (arame) preso nas extremidades da vara. Em uma das extremidades do arco é fixada uma cabaça que funciona como caixa de ressonância. Para a realização do som, é necessária a utilização de uma pedra ou moeda, vareta e caxixi.
Berimbau
Caxixi – é um instrumento de percussão que corresponde a um pequeno cesto de palha trançada contento sementes ou arroz para a produção do som. Esse objeto é um complemento do berimbau.
Cuíca – consiste numa espécie de tambor com uma haste de madeira presa no centro da membrana de couro, pelo lado interno. O polegar, o indicador e o dedo médio seguram a haste no interior do instrumento com um pedaço de pano úmido, os ritmos são articulados pelo deslizamento deste tecido ao longo do bambu. A outra mão segura a cuíca e com os dedos exerce uma pressão na pele. Quanto mais forte a haste for segurada e mais pressão for aplicada na pele, mais altos serão os tons obtidos.
Kora – instrumento musical formado por 21 cordas. Tem uma caixa de ressonância feita de cabaça e suas cordas eram originalmente feitas de pele de antílope. O instrumentista usa somente o polegar e o indicador de ambas as mãos para dedilhar as cordas da Kora, sendo que os dedos restantes seguram o instrumento. O som produzido pela kora é semelhante ao da harpa.
Kora
Reco-reco – objeto musical feito de madeira ou bambu com ranhuras transversais que são friccionados por uma vareta. O som é obtido através da raspagem de uma baqueta sobre as ranhuras transversais.
CONTOS
A MENINA QUE NÃO FALAVA
Certo dia, um rapaz viram uma rapariga muito bonita e apaixonou-se por ela. Como se queria casar com ela, no outro dia, foi ter com os pais da rapariga para tratar do assunto. — Essa nossa filha não fala. Caso consigas fazê-la falar, podes casar com ela, responderam os pais da rapariga. O rapaz aproximou-se da menina e começou a fazer-lhe várias perguntas, a contar coisas engraçadas, bem como a insultá-la, mas a miúda não chegou a rir e não pronunciou uma só palavra. O rapaz desistiu e Foi-se embora. Após este rapaz, seguiram-se outros pretendentes, alguns com muita fortuna, mas, ninguém conseguiu fazêla falar. O último pretendente era um rapaz sujo, pobre e insignificante. Apareceu junto dos pais da rapariga dizendo que queria casar com ela, ao que os pais responderam: — Se já várias pessoas apresentáveis e com muito dinheiro não conseguiram fazê-la falar, tu é que vais conseguir? Nem penses nisso! O rapaz insistiu e pediu que o deixassem tentar a sorte. Por fim, os pais acederam. O rapaz pediu à rapariga para irem à sua machamba, para esta o ajudar a sachar. A machamba estava carregada de muito milho e amendoim e o rapaz começou a sachá-los. Depois de muito trabalho, a menina ao ver que o rapaz estava a acabar com os seus produtos, perguntou-lhe: — O que estás a fazer? O rapaz começou a rir e, por fim, disse para regressarem a casa para junto dos pais dela e acabarem de uma vez com a questão. Quando aí chegaram, o rapaz contou o que se tinha passado na machamba. A questão foi discutida pelos anciãos da aldeia e organizou-se um grande casamento. 
A GAZELA E O CARACOL
Uma gazela encontrou um caracol e disse-lhe: — Tu, caracol, és incapaz de correr, só te arrastas pelo chão. O caracol respondeu: — Vem cá no Domingo e verás! O caracol arranjou cem papéis e em cada folha escreveu: «Quando vier a gazela e disser "caracol", tu respondes com estas palavras: "Eu sou o caracol"». Dividiu os papéis pelos seus amigos caracóis dizendo-lhes: — Leiam estes papéis para que saibam o que fazer quando a gazela vier. No Domingo a gazela chegou à povoação e encontrou o caracol. Entretanto, este pedira aos seus amigos que se escondessem em todos os caminhos por onde ela passasse, e eles assim fizeram. Quando a gazela chegou, disse: — Vamos correr, tu e eu, e tu vais ficar para trás! O caracol meteu-se num arbusto, deixando a gazela correr. Enquanto esta corria ia chamando: — Caracol! E havia sempre um caracol que respondia: — Eu sou o caracol. Mas nunca era o mesmo por causa das folhas de papel que foram distribuídas. A gazela, por fim, acabou por se deitar, esgotada, morrendo com falta de ar. O caracol venceu, devido à esperteza de ter escrito cem papéis. 
Danças Africanas
As danças africanas integram a extensa cultura do continente africano e representam uma das muitas maneiras de comunicação cultural.
Esse tipo de manifestação é de extrema importância para o seu povo, constituindo parte essencial da vida.
É uma maneira de estarem sempre conectados com seus antepassados e carrega uma poderosa carga espiritual, emocional e artística, além do entretenimento e diversão.
Apresentação de Dança Africana em Porto Elizabeth, África do Sul
Características das Danças Africanas
As danças africanas tradicionais são realizadas em ocasiões importantes. Destacam-se as cerimônias em rituais de passagem, nascimento, casamento, morte, colheita, guerra, alegria, tristeza, doenças e agradecimentos.
Apesar de o continente africano ter uma grande extensão com diversos países e culturas diferentes, podemos destacar como pontos comuns na dança da maioria dos povos africanos:
· a organização em círculos, semicírculos ou fileiras;
· a participação de todos, independente da idade ou escala social na comunidade;
· o acompanhamento de música produzida pelo som de instrumentos de percussão e batuques de tambores.
A partir do estilo de dança africano evoluíram ritmos hoje bastante conhecidos pelo brasileiro, como a capoeira e o próprio samba.
Festas Africanas
O povo africano, assim como aqueles que emergiram a partir da chegada de escravos africanos levados para diferentes partes do mundo por europeus, carrega consigo uma grande força cultural, baseada em suas tradições e, especialmente, crenças religiosas.
É exatamente por isso que, na África do Sul, as festas tradicionais tem como uma de suas principais características um cenário totalmente baseado e voltado para a fé desse povo nas histórias que desenvolveram e gostam de contar.
Se você tem como destino a África do Sul para realizar seu curso de inglês,separamos algumas das principais festas tradicionais que você não pode perder uma vez que estiver por lá. Confira!
Festival Internacional de Música Africada
Nada orgulha mais os africanos do que poder tocar e mostrar para o mundo sua própria música, que faz parte de sua cultura local. É exatamente por isso que o Festival Internacional de Música Africada, realizado na capital da África do Sul, Jhoannesburgo, é uma das festas tradicionais imperdíveis do país.
Nesse festival é possível mergulhar de cabeça no que a África tem de melhor no aspecto musical e entender a forte relação desse povo com sua cultura.
Festival de Artes Nacionais
Não apenas a música tem presença forte no cenário cultural sul africano. As artes plásticas e culturais também tem seu evento em larga escala: o Festival de Artes Nacionais, realizado em Grahamstown. Nesse evento é possível conhecer o que o país produz de melhor no universo das artes plásticas e como esse movimento influencia várias tendências em todo o mundo.
Festival de Filmes Sul Africanos
A África do Sul não vive somente de artes plásticas e música. Existe uma cultura de cinema que está cada vez mais forte no país, produzindo películas únicas e bastante elogiadas pela crítica mundial.
Você pode conferir esse avanço no cinema sul-africano ao participar do Festival de Filmes Sul Africanos que ocorre na cidade de Durban – e pode esticar essa experiência ao conferir outros festivais de cinema que ocorrem na cidade de Cape Town.
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