Buscar

Filosofando- introdução a filosofia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Filosofando: Introdução a Filosofia 
A física aristotélica 
Os corpos são classificados a partir da teoria dos quatro elementos: 
terra, água, ar e fogo. No universo, todos os corpos estão disposto de 
modo bem determinado, possuindo um lugar natural conforme sua 
essência, partindo desta analise, Aristóteles constrói a teoria da 
queda dos corpos. A terra e a água por serem copos pesados têm 
seu lugar natural embaixo, o ar e o fogo sendo corpos leves tem seu 
lugar natural em cima. O movimento natural é aquele em que as 
coisas retornam ao seu lugar na ordem estática do cosmos. 
Todo ser é constituído de matéria e forma, princípios indissociáveis. 
Enquanto a forma é o princípio inteligível, a essência comum aos 
indivíduos de uma mesma espécie, a matéria é pura passividade, 
contendo a forma em potência. Através disto que se explica o devir (o 
movimento), sendo a passagem da potência para o ato, “é o ato de 
um ser em potência enquanto tal”, é a potencia se atualizando. O 
movimento também pode ser compreendido como movimento 
qualitativo, pelo qual o corpo tem uma qualidade alterada. As causas 
do movimento variam: a causa material, a causa eficiente, a causa 
formal, e a causa final. 
A concepção aristotélica da natureza é finalista ou teológica. Na 
metafísica, Aristóteles admite a necessidade de um motor que esteja 
em ato. Todo movimento supondo um motor faz a física desemborcar 
numa teologia: de causa em causa, é preciso parar numa primeira 
causa, num primeiro motor. 
A astronomia aristotélica 
Dês dos tempos antigos já houve preocupação com a movimentação 
dos astros, povos como os babilônios já tinham o conhecimento da 
astronomia. Porém, foram os gregos que pela primeira vez tentaram 
explicar racionalmente o movimento dos astros. Para eles o 
movimento uniforme é considerado perfeito, sempre dando volta 
entre ele sem ter fim sendo um movimento sem mudança. 
O geocentrismo. 
O modelo astronômico de Aristóteles baseia-se na cosmologia de 
Eudoxo ( 400 – 347 a. C.). Conhecido como “modelo das esferas 
homocêntricas”, e os sete corpos celestes (lua, sol e cinco planetas) 
cravados na sua própria esfera, para que as intermediárias possam 
fornecer ligações mecânicas necessárias para a reprodução do 
movimento, existindo 55 esferas. 
Todos os modelos propostos pelos gregos colocavam a Terra no 
centro do universo sendo geocêntricos. A única exceção foi Aristarco 
de Samos ( 310 – 230 a.C.), nunca aceitou considerando subversivo. 
A hierarquização do cosmos 
Aristóteles considerava que a natureza do céu é superior à natureza 
da Terra. Sendo o universo dividido em: 
·1 Mundo supralunar, constituído pelos “Céus”, que incluem na 
ordem: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno e a esfera 
das estrelas fixas. Corpos constituídos de uma substância 
denominada Éter, sendo cristalina, inalterável, imperecível, 
transparente e imponderável, também conhecido como “quinta-
essência”. Seu movimento é o circular chamado de “movimento 
perfeito”. 
·2 Mundo sublunar, correspondente à região da Terra, embora imóvel 
é o local dos corpos em constantes mudanças, por tanto perecíveis, 
corruptíveis, sujeitos a movimentos retilíneos para baixo e para cima. 
Seus elementos constitutivos são terra, água, ar e fogo. 
3. Algumas considerações sobre Aristóteles. 
A astronomia e a física de Aristóteles sofreu uma separação pela 
hierarquia do cosmo, quando dividiu o mundo. A partir dessa divisão 
os gregos associam a perfeição ao equilíbrio, ao repouso, é a 
descrição do cosmo é a de um mundo estável. 
A física de Aristóteles é qualitativa, pois, é construída sobre o 
principio que define as coisas, a partir dos quais deduzem-se as 
conseqüências. Trata-se da valorização do método dedutivo, cujo 
modelo de rigor se encontra na matemática. Aristóteles não recorre a 
experiências. Sua contribuição para biologia foi de fundamental 
importância, sendo filho de medico, herdou o gosto pela observação. 
Capítulo 12 
A ciência medieval 
Século VI, bizantino, inicio da idade Média, os pintores mostram 
sempre o poder divino dos reis como centro de tudo, já no século 
XIV, é introduzido o movimento na expressão de situações em que o 
drama humano se coloca de maneira mais significativa. 
1. Introdução 
Com a queda do império Romano (séc. V), os bárbaros são 
paulatinamente convertidos ao cristianismo, a Igreja transforma-se 
em soberana, a cultura quase desaparece. Os monges únicos 
letrados. 
Nem todo período foi de obscuridade, houve momentos em que a 
cultura de tão heterogênea, torna-se difícil reduzir o período 
chamando-o de pensamento medieval. Seu ideal era tentar conciliar 
a razão e a fé. 
A filosofia patrística 
 Regida pelos Padres da Igreja século III, auxilia a exposição racional 
da doutrina religiosa. Sua principal preocupação era a relação entre a 
fé e a ciência, a natureza e Deus, alma e a vida moral. Principal 
figura foi Santo Agostinho, bispo de Hipona, seguindo a tradição 
platônica, pensa numa iluminação pela qual a verdade é infundida no 
espírito humano por Deus. 
A escolástica 
Se desenvolveu do século IX até o Renascimento. È a especulação 
filosófico-teológica, começaram a surgir às escolas, primeiro com 
Carlos Magno fundando as escolas monacais e catedrais onde o 
2 
 
ensino era voltado para trivim e o quadrivium. A partir do século XI, 
surgem as universidades tornando-se focos fecundos de reflexão 
filosófica. 
A igreja condena de início o pensamento aristotélico, pois no século 
XII começam a aparecer às traduções das obras, sendo traduzidos 
do grego para diversos idiomas assim ficando deformados ao 
chegarem na Europa. São Tomás de Aquino recupera o seu 
pensamento original e fax adaptações à visão cristã escrevendo uma 
obra chamada Suma teológica, onde as questões de fé são 
abordadas pela “luz da razão” e a filosofia é o instrumento que auxilia 
o trabalho teológico. 
2. A ciência medieval 
Voltada para a discussão racional e continuava desligada da técnica 
de indagação empírica. Os instrumentos de trabalho são 
rudimentares: para conhecer os corpos, só se têm os olhos; para 
avaliar o frio e o quente, só se tem a pele. O desenvolvimento e a 
valorização só se farão notar com o início da expansão do comercio, 
a partir do século XIII. 
A ciência medieval não é experimental, tampouco se utiliza de 
matemática, o que ocorrera apenas na Idade Moderna, 
permanecendo qualitativa. 
Embora conhecidos desde o século X, até o Renascimento o uso dos 
algarismos arábicos não se acha generalizado, de modo que 
continua sendo costume o recurso aos algarismos romanos, 
dificultando os cálculos. 
3. Algumas exceções à tradição medieval 
Roger Bacon 
Roger Bacon ( séc. XIII), padre franciscano que pertencia à Escola de 
Oxford, foi perseguido em varias ocasiões devido a aplicar métodos 
matemáticos à ciência da natureza, fez diversas tentativas para 
torná-la experimental sobretudo no campo óptico. 
A alquimia 
De uma tremenda importância para a descoberta de novas 
substâncias químicas foi revivida no século XIII. 
A igreja denunciava o caráter herético de tais praticas, suas 
descobertas eram guardadas em segredo e documentos difíceis de 
ler, criavam uma série de superstições e uma aura mística que 
prejudicava a avaliação objetiva das reais descobertas. 
Os árabes 
Na idade media estes não tiveram contribuições, conheciam a cultura 
grega, iniciaram sua divulgação através de traduções e da criação de 
centros de estudos. Seus pensadores Al Kindi, Al farabi , Avicena, 
Averroés. Na ciência transmitiram conhecimentos antigos. Na 
matemática instrutores dos algarismos arábicos e são criadores da 
álgebra. Alquimia efetuaram a passagem do ocultismo para o estudo 
racional. Na astronomia aperfeiçoaram os métodos trigonométricos 
introduzindo o conceito seno. Na medicina transmitiram obras de 
Hipócrates e Galeno. 
4. Qual o lugar da ciênciano mundo medieval? 
Há relutância em incorporar as tentativas de experimentação e 
matematização das ciências da natureza. A preocupação com a vida 
depois da morte faz prevalecer o interesse pelas discussões 
religiosas. 
5. A decadência da escolástica 
Do século XIV em diante, a escolástica sofre um processo de 
autoritarismo de nefastas influências no pensamento filosófico e 
científico. Posturas dogmáticas, contrarias a reflexão, obstruem as 
pesquisas e a livre investigação. 
Capítulo 13 
A ciência na Idade Moderna 
A revolução cientifica do século XVII 
Quando se deu a substituição da teoria geocêntrica, aceita durante 
mais de vinte séculos, a nova teoria Heliocêntrica não retirou apenas 
a Terra do centro do universo, mas também esfacelou uma 
construção estética que ordenava os espaços e hierarquizava o 
mundo superior dos Céus e o mundo inferior e corruptível da Terra. 
Galileu geometrizou o universo, igualando todos os espaços. Ao 
descobrir a Via-Láctea, contrapôs, a um mundo fechado e finito, a 
idéia da infinitude do céu. 
Ocorre o surgimento de um novo homem, cujo valor não se encontra 
mais na família ou linhagem, mas no prestigio resultante do seu 
esforço e capacidade de trabalho. O modo de produção passo a ser 
capitalista. 
A ciência deixa de ser serva da teologia, não mais um saber 
contemplativo, forma e finalista, para que, indissoluvelmente ligada à 
técnica, possa servir à nova classe. 
1. Características do pensamento moderno 
Racionalismo 
Desenvolvendo a mentalidade crítica, questiona a autoridade da 
Igreja e o saber aristotélico. Assume uma atitude polemica perante a 
tradição. Só a razão é capaz de conhecer. 
Antropocentrismo 
O homem moderno coloca a si próprio no centro dos interesses e 
decisões. Dá-se a laicização do saber, da moral, da política, 
estimulada pela capacidade de livre exame. 
Enquanto o pensamento antigo e medieval parte da realidade 
inquestionada do objeto e da capacidade do homem de conhecer, 
surge na Idade Moderna à preocupação com a “consciência da 
consciência”. 
Saber ativo 
3 
 
O conhecimento não parte de noções e princípios, mas da própria 
realidade observada e submetida a experimentações. Da mesma 
forma, este saber deve retornar ao mundo para transformá-lo. Dá-se 
a aliança da ciência com a técnica. 
2. A física na Idade Moderna 
Seu introdutor foi Galileu Galilei responsável pela superação do 
aristotelismo e advento da moderna concepção de ciência. Contribuiu 
não apenas na astronomia como também na física, onde 
empreendeu uma mudança radical. 
3. A astronomia na Idade Moderna: o heliocentrismo 
O universo medieval era geocêntrico, finito, esférico, hierarquizado. O 
modelo copernicano subverte a ordem hierarquizada do cosmo 
aristotélico, mas conserva ainda alguns conceitos antigos, como as 
órbitas circulares e o céu das estrelas fixas, o qual contempla um 
universo finito. 
4. As transformações produzidas pelo sistema heliocêntrico 
Secularização da consciência: Significa justamente abandonar a 
dimensão religiosa que permeia todo saber medieval. 
Descentralização do cosmos 
O sistema passa a não ser mais a Terra o centro do universo nem o 
Sol, agora a Terra não passa de um grão de areia perdido no 
universo, com muitos sistemas, questiona-se o lugar do homem no 
mundo. 
Geometrização do espaço 
Galileu geometriza o espaço, o espaço heterogêneo dos lugares 
naturais se torna homogêneo, é despojado das qualidades e passa a 
ser quantitativo, mensurável e dessacralizado. 
Mecanicismo 
A ciência moderna compara a natureza e o próprio homem a uma 
máquina, um conjunto de mecanismos cujas leis precisam ser 
descobertas. As explicações passam a ser baseadas em um 
esquema mecânico cujo modelo preferido é o relógio. 
Capítulo 14 
 
O método científico 
É a ordem que se segue na investigação da verdade, no estudo feito 
por uma ciência, ou para alcançar um fim determinado. 
1. O método na Idade Moderna 
Voltado para as questões de conhecer, Descartes questiona a 
realidade do mundo seguindo rigorosamente o caminho, o método 
estabelecido, reconhecer como indubitável o ser do pensamento. 
Preocupa-se com sujeito cognoscente mias do que com o objeto 
conhecimento. 
Outros filósofos se dedicaram ao assunto, dando diferentes 
encaminhamentos, como Bacon, Locke, Hume, Spinoza etc. é o 
próprio Galileu. 
2. O método experimental 
Há dificuldades na abordagem do assunto, pois nunca ocorre tal 
como é descrito, e há várias afirmações discutíveis. 
Observação 
Nela faz-se necessário à rigorosidade, a orientação das explicações 
dos fatos. 
Esses fatos são inúmeras informações caoticamente recebidas, onde 
selecionamos os mais relevantes para a solução de um problema 
essa é a observação. 
Hipótese 
É uma explicação provisória dos fenômenos observados, uma 
interpretação antecipada que deverá ser ou não confirmada. Propõe 
uma solução, reorganiza os fatos de acordo com uma ordem e tenta 
explicá-la provisoriamente. Há várias formas de raciocínio usadas 
pelos cientistas para formular a hipótese: a indução, o raciocínio 
hipotético-dedutivo e a analogia. 
Para ser cientifica deve ser passível de verificação. 
Experimentação 
É o estudo dos fenômenos em condições que foram determinadas 
pelo experimentador. Trata-se de uma observação provocada para 
fim de controle da hipótese. 
Sua importância é que ela se faz em condições privilegiadas, nem 
sempre é simples ou viável. 
Generalização 
Estabelecem relações constantes, o que permite enunciar. Analises 
dos fenômenos levam a formular leis , que são enunciados que 
descrevem regularidades ou normas. As leis podem ser de dois tipos: 
Generalizações empíricas ou leis particulares são inferidas 
observações de alguns casos particulares, nem sempre é possível 
atingir uma regularidade rigorosa, daí existirem leis estatísticas 
baseadas em probabilidades. 
Leis teóricas são mais gerais e abrangentes que reúnem as diversas 
leis particulares sob uma perspectiva mais ampla. 
3. O conceito de modelo 
O conceito de modelo não é claramente estabelecido, modelo pode 
ser de varias coisas que levam a uma teoria ou não, que também 
pode ter diversos modelos. 
Modelo representacional é uma representação física tridimensional 
de algo. 
4 
 
Modelo teórico é um conjunto de pressupostos sobre um objeto ou 
um sistema. 
4. As ciências após o século XVII 
A descoberta do método cientifico no século XVII aumentou no 
homem a confiança na possibilidade de a ciência conhecer 
os segredos da natureza. 
A síntese newtoniana 
Newton (1642 – 1727) elaborou o primeiro exemplo de teoria 
cientifica encontrado na ciência moderna: a teoria da gravitação 
universal. Seu sistema cobre a totalidade de um certo setor da 
realidade e , portanto, realiza a maior síntese cientifica sobre a 
natureza do mundo físico. 
A química 
 No século XVII, Boyle deu o primeiro exemplo de um ideal 
moderno de química, baseado em uma nova concepção da natureza 
e das leis naturais, mais foi apenas no século XVIII que a química se 
tornou uma ciência, no sentido moderno da palavra. 
A biologia 
No século XIX foi o desenvolvimento das ciências biológicas e da 
medicina. O feito mais notável da biologia foi o estabelecimento e a 
comprovação da teoria da evolução orgânica. O primeiro a 
desenvolver uma hipótese sistemática foi Lumarck, suja teoria 
superada por Darwin com uma hipótese mais cientifica, publicada em 
1859 na famosa obra a origem das espécies, onde considera a 
variação e a seleção natural os fatores principais na origem de novas 
espécies. A moderna biologia quis calcar seus princípios e métodos 
naqueles que deram resultado nas ciências da matéria inerte: assim 
é que a linguagem matemática e sobretudo o determinismo físico-
químico foram introduzidos nessa ciência. 
As ciência humanas 
No século XIX o desenvolvimento das ciências da natureza atinge adiscussão os fatos humanas se desliguem do pensamento filosófico. 
A primeira ciência humana a se desenvolver foi à economia, que até 
o século XVII tinha sido, com a teoria mercantilista, uma simples 
constatação da existências de certas relações de troca entre 
indivíduos e países. No século XVIII, Adam Smith foi o primeiro a 
explicar o funcionamento de um sistema econômico em termos 
matemáticos, embora com muitos conceitos ainda obscuros. 
Outra ciência humana que surgiu que surgiu no século XIX foi à 
sociologia, iniciada por Augusto Comte. Designa, por essa palavra, 
uma ciência positiva: a ciência dos fatos sociais, isto é, das 
instituições, dos costumes, das crenças coletivas. 
Outras ciências humanas que colocaram em questão os seus 
métodos foram à etnologia, a geografia, a história e a psicologia. 
5. A crise da ciência no final do século XIX. 
As concepções clássicas da ciência foram rudemente alteradas no 
final do século XIX, e inicio do século XX, de tal forma o novo 
pensamento se coloca antiteticamente às posições tradicionais: 
geometria não-euclidiana, física não-newtoniana. 
As geometrias não-euclidiana 
No final do século XIX, dois matemáticos, Lobatchevski e Riemann, 
separadamente, partiram de postulados diferentes dos euclidianos e 
montaram geometrias igualmente coerentes e rigorosas. 
A física não-newtoniana 
Na década de 1920, descobertas de De Broglie no campo da física 
quântica, considerada o elétron um sistema ondulatório, permitiram a 
Heisenberg a formulação do principio da incerteza, segundo o qual 
constitui uma impossibilidade a determinação simultânea e com igual 
precisão da localização e da velocidade de um elétron. O 
aparecimento desse irracionalismo na ciência foi um duro golpe para 
a exaltação positiva do século XIX. 
6. As novas orientações na epistemologia contemporânea 
Outros pensadores já tinham posto em duvida os métodos das 
ciências da natureza: Duhem (1861-1916), Poincaré (1853-1912), 
Mach (1838-1916). O que ocorre no início do século é uma 
necessidade de reavaliação do conceito de ciência, dos critérios de 
certeza, da relação entre ciência e realidade, da realidade dos 
modelos científicos. 
O círculo de Viena 
O círculo de Viena surgiu com a intenção de investigar até que ponto 
as teorias, através de analise da sua estrutura lógica, têm 
probabilidade de ser verdade. 
Refletindo a influencia positiva, os lógicos do círculo de Viena têm a 
convicção de que a lógica, a matemática e as ciências empíricas 
esgotam o domínio do conhecimento possível. O principio de 
verificabilidade, identificando significado e condições empíricas de 
verdade, excluía a filosofia do domínio do conhecimento do real. 
A reação de Popper 
Sofreu inicialmente a influência de Carnap e do Círculo de Viena, 
mas teceu diversas críticas a eles. Para ele o cientista deve estar 
mais preocupado com o levantamento de possíveis teorias que a 
refutem, para ele somente a corroboração nos diz qual de nossas 
teorias descrevem o mundo real. 
A posição de Kuhn 
Contrapôs sua teoria à de Popper, negando que o desenvolvimento 
da ciência tenha sido levado a efeito pelo ideal da refutação. Ao 
contrário, a ciência progride pela tradição intelectual representada 
pelo paradigma, que é a visão de mundo expressa numa teoria. 
Outras posições além do debate Popper-Kuhn 
5 
 
Feyerabend (1924), criticando as posições positivas, defende o 
pluralismo metodológico: as metodologias normativas não são 
instrumentos de descoberta. Ele queria dizer que não existe norma 
de pesquisa que tenha sido violada, e é mesmo preciso que o 
cientista faça que lhe agrada mais. 
Capítulo 15 
O problema do conhecimento 
1. Racionalismo e emperismo 
Introdução 
O século XVII, representa na história do homem, um momento 
culminação de um processo em que se subverteu a imagem que ele 
tinha de si próprio e do mundo. A nova classe burguesa determina a 
nova realidade cultural, a ciência física que se experimenta 
matematicamente. A atividade filosofia reinicia um novo trajeto, uma 
reflexão cujo plano de fundo é a existência dessa ciência. 
Procurando evitar o erro surge a questão do método, isso centraliza 
as reflexões não apenas no conhecimento do ser, mas sobretudo no 
problema do conhecimento. A filosofia tem uma atitude realista, na 
idade moderna isso inverte centralizando o sujeito a questão do 
conhecimento, criando dois pólos o sujeito cognoscente e o objeto 
conhecido. 
Se o pensamento que o sujeito tem do objeto concorda com o objeto 
dá-se o conhecimento, com isso surge a questão como saber que o 
pensamento concorda com o objeto? Isso será a teoria do 
conhecimento que vai propor e solucionar vendo os critérios, as 
maneiras e os métodos que se pode valer o homem para ver se um 
conhecimento é ou não verdadeiro, estas soluções dão origem a 
duas correntes o empirismo e o racionalismo. 
O recionalismo cartesiano 
René Descartes é considerado o pai da filosofia moderna, sua obra 
Discurso do método e meditação metafísica expressão as 
preocupações com o problema do conhecimento, começa dividindo 
tudo, das afirmações do senso comum, dos argumentos da 
autoridade, do testemunho dos sentidos, das informações da 
consciência, das verdades deduzidas pelo raciocínio, da realidade do 
mundo exterior e da realidade do seu próprio corpo. 
O cogito 
Se duvido, penso; se penso, existo: “Cogito, ergo sum”, Penso, logo 
existo. Es ai o ponto de partida onde ele começa a construir todo seu 
pensamento. A partir disto a existência do ser que pensa, que é 
indubitável, ele distingue diversos tipos de idéias, percebendo que 
algumas são confusas e outras claras e distintas. 
Deus 
O pensamento desse objeto – Deus – é a idéia de um ser perfeito; se 
um ser é perfeito, deve ter a perfeição da existência, senão lhe 
faltaria algo para ser perfeito, portando ele existe. 
O mundo 
A existência de Deus é garantia de que os objetos pensados por 
idéias claras e distintas são reais, portanto o mundo tem realidade. O 
que caracteriza a natureza do mundo é a matéria e o movimento, em 
oposição à natureza espiritual do pensamento. Neste relato há 
tendências fortes e absolutas de valorização da razão, do 
entendimento, do intelecto. Admitindo idéias inatas, que são idéias da 
razão, vem de fora formada pela ação dos sentidos e outras 
formadas pela imaginação, idéias claras e distintas portanto 
verdadeiras. 
Conseqüência do cogito 
Caráter originário, auto-evidência do sujeito pensante e o princípio de 
todas as evidências. 
Caráter absoluto e universal da razão, só com suas próprias forças 
pode chegar a descobrir todas as verdades possíveis. 
Dualismo psicofísico, o homem é um ser duplo composto de uma 
substância pensante e uma substância extensa. 
Estabelecem-se, então, dois domínios diferentes: o corpo, objeto de 
estudo da ciência, e a mente, objeto apenas de reflexão filosófica. 
O Empirismo inglês 
Francis Bacon, seu lema “Saber é poder” mostra como ele procura, 
bem no espírito da nova ciência, não um saber contemplativo e 
desinteressado, que não tenha um fim em si, mas um saber 
instrumental, que possibilite a dominação da natureza. Desenvolve 
um estudo pormenorizado da indução a partir do caráter estéril do 
silogismo e insiste na necessidade da experiência e da investigação 
segundo métodos precisos. 
Falhou ao não construir um sistema completo, e seus exemplos de 
indução são menos exatos que os de Galileu, sua física permanece 
nas qualidades corporais, não recorrendo a matemática. 
John Locke, sua reflexão a respeito da teoria do conhecimento parte 
da leitura da obra de Descartes e consiste em saber “qual é a 
essência, qual a origem, qual o alcance do conhecimento humano”. 
Seguindo a psicologia, distingue duas fontes possíveis para nossas 
idéias: a sensação e a reflexão. A sensação é o resultado da 
modificação feita na mente através dos sentidos. A reflexãoé a 
percepção que a alma tem daquilo que nela ocorre. 
Idéia simples na mente é ocasionada pela qualidade do objeto, tendo 
qualidade primária, que são objetivas, pois realmente existem nas 
coisas, e qualidade secundária que variam de sujeito para sujeito e, 
como tais, são relativas e subjetivas. 
Idéias complexão que vem das idéias simples, são formadas pelo 
intelecto, não têm validade objetiva, seu valor é prático e não 
cognitivo. 
6 
 
Locke enfatiza o papel do objeto. É diz que o conhecimento só 
começa após a experiência sensível. 
Conclusão 
No século XVII, surgem duas correntes opostas: o racionalismo e o 
empirismo. 
O racionalismo é o sistema que consiste em limitar o homem ao 
âmbito da própria razão, não exclui a experiência sensível, mas esta 
está sujeita a enganos. Confia na capacidade do homem de atingir as 
verdades universais, eternas. 
O empirismo limita ao âmbito da experiência sensível, que é 
fundamental, questiona o caráter absoluto da verdade, já que o 
conhecimento parte de uma realidade transformação constante, tudo 
relativo ao espaço, ao tempo, ao humano. 
 Citações 
“A natureza é o que tende para um fim, em movimento contínuo, em 
virtude de um principio imanente.” Pág. 128 
“O silêncio desses espaços infinitos me apavora.” (Pascal) Pág. 140. 
“A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente 
se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode 
compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres 
com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os 
caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras 
geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente 
as palavras; sem eles nós vagamos perdidos dentro de um obscuro 
labirinto” Galileu, pág. 143. 
“Á natureza não se vence, senão quando se lhe obedece” (Francis 
Bacon) Pág. 149. 
“Os descobrimentos até agora feitos de tal modo são que, quase só 
se apóiam nas noções vulgares. Para que se penetre nos estratos 
mais profundos e distantes da natureza, é necessário que tanto as 
noções quanto os axiomas sejam abstraídos das coisas por um 
método mais adequado e seguro, e que o trabalho do intelecto se 
torno melhor e mais correto” (Francis Bacon) Pág. 149. 
“O observador escuta a natureza, o experimentador a interroga e a 
força a se desvenda.” ( Cuvier) Pág. 153 
“Em determinado momento de suas elucubrações juvenis, Newton 
teve subitamente a idéia de uma forca de atração de todos os corpos 
no universo, e seu gênio foi capaz de deduzir dessa simples 
possibilidade as leis da gravitação universal, segundo as quais a foca 
de atração é proporcional às massas e inversamente proporcional ao 
quadrado das distâncias. Com essa formulação básica e os 
postulados da inércia, pôde derivar um novo sistema do universo que 
encerrou, para o mundo científico, a antiga controvérsia de saber se 
o sistema de Copérnico era melhor ou mais verdadeiro do que o de 
Ptolomeu, se Aristóteles tinha mais razão do que Galileu ou se a 
condenação deste último foi justa ou injusta. As leis do universo 
podiam ser deduzidas de um punhado de axiomas ou postulados de 
maneira analógica à geometria de Euclides ou à estática de 
Arquimedes.” (Rocha e Silva) Pág. 157. 
“Primeiramente, considero haver em nós certas noções primitivas, as 
quais são como originais, sob cujo padrão formamos todos os nossos 
outros conhecimentos.” (Descartes) Pág. 165. 
 
“De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? 
A isso respondo, numa palavra, da experiência.” (Locke) Pág. 165 
“...penso não haver mais dúvida que não há princípios práticos com 
os quais todos os homens concordam e, portanto, nenhum é inato.” 
(Locke) Pág. 165. 
“Por intuição entendo não o testemunho mutável dos sentidos ou o 
juízo falaz (enganoso) de uma imaginação que compõe mal o seu 
objeto; mas a concepção de um espírito puro e atento, tão fácil e 
distinta, que nenhuma dúvida resta sobre o que compreendemos.” 
(Descartes) Pág. 166. 
“Os ídolos da tribo “estão fundados na própria natureza humana, na 
própria tribo ou espécie humana. (...) Todas as percepções, tanto dos 
sentidos como da mente, guardam analogia com a natureza humana 
e não com o universo”. Isso significa que muitos dos nossos enganos 
derivam da tendência ao antropomorfismo. 
Os ídolos da caverna “são os dos homens enquanto indivíduos. Pois, 
cada um – além das aberrações próprias da natureza em geral – tem 
uma caverna ou uma cova que intercepta e corrompe a luz da 
natureza: seja devido à natureza própria e singular de cada um; seja 
devido à educação ou conversação com os outros”. 
Os ídolos do foro são os provenientes, de certa forma, das relações 
estabelecidas entre os homens devido ao comércio. “Com efeito, os 
homens se associam graças ao discurso, e as palavras são 
cunhadas pelo vulgo. E as palavras, impostas de maneira imprópria e 
inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto. (...) E os homens são, 
assim, arrastados a inúmeras e inúteis controvérsias e fantasias.” 
Os ídolos do teatro são os “ídolos que imigraram para o espírito dos 
homens por meio das diversas doutrinas filosóficas e também pelas 
regras viciosas da demonstração. (...) Ademais, não pensamos 
apenas nos sistemas filosóficos, na sua universalidade, mas também 
nos numerosos princípios e axiomas das ciências que entraram em 
vigor, mercê da tradição, da credulidade e da negligência”.” (Bacon) 
Pág.169. 
“A origem de uma idéia, como idéia de esfera, pode ser considerada 
psicologicamente ou logicamente. Psicologicamente estudaremos as 
sensações, as percepções que puderam produzir naturalmente, 
biologicamente, em nós a noção de esfera; por exemplo, ter visto 
objetos dessa forma, naturais ou artificiais. Mas outro sentido da 
palavra origem é considerada a esfera como originada pelo 
movimento de meia circunferência girando ao redor do diâmetro.” 
(Morente) Pág.170. 
Bibliografia 
7 
 
 ARANHA, MARTINS. M. L . A , M. H . P. Filosofando: Introdução a 
Filosofia. São Paulo, Moderna, 1986. 443 p. 
Autoria: Suelem Cabral Valadão

Continue navegando

Outros materiais