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Fontes III
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
www.grancursosonline.com.br
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ES
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
FONTES III
COSTUME
• Elemento material – prática geral, uniforme e constante;
• Elemento psicológico (opinio iuris sive necessitatis);
• Lapso temporal.
O costume internacional possui dois elementos que precisam se aperfeiçoar 
para que ele exista; elemento material e elemento psicológico.
O elemento material consiste numa prática que pode ser uma ação ou uma 
omissão geral, uniforme e constante. Uma prática geral aceita pelos Estados 
como um todo. É difícil que fatos se repitam, um dia, exatamente iguais, porque 
quando se trabalha com conceitos, trabalha-se com uniformidade (atos com o 
mesmo fim e da mesma natureza). A constância é o que gera a consolidação 
do entendimento de que os vários Estados entendem como a formação de uma 
norma jurídica. 
O costume é uma prática feita que irradia por toda a sociedade internacional: 
um Estado repete, um outro Estado repete, e assim por sequência; assim se dá 
o seu reconhecimento.
A representação gráfica de um tratado seriam várias setas convergindo para 
um mesmo ponto. No costume é diferente: essa prática se irradia.
A norma jurídica é a manifestação da vontade por meio de atos. Não é 
expressa, ela é tácita por meio dos atos que são operados.
O ato é praticado na consciência de que ali está uma obrigação jurídica, uma 
necessidade: uma obrigação jurídica não é uma cortesia. Há toda uma dificul-
dade de prova do costume porque se trabalha com o elemento subjetivo, psi-
cológico, de uma entidade que não é subjetiva. O Estado é uma instituição que 
age por meio dos seus agentes estatais e que por meio de comunicados e notas 
oficiais é que percebe esse entendimento do reconhecimento dessas normas. 
Por essa razão o costume caiu em desuso, por ser uma norma natural que 
se pratica e reconhece. É sociológica, mas há uma dificuldade de provar: o que 
alega tem que provar, com exceção dos costumes universais que são aceitos. 
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Fontes III
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
www.grancursosonline.com.br
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
A confluência do elemento material e do elemento psicológico deve ocorrer 
num lapso temporal significativo para a consolidação dessa prática.
Quanto tempo?
Não há um tempo determinado, há a necessidade de se verificar a repercus-
são dessa prática, a própria importância de determinada norma jurídica que está 
sendo criada e os sujeitos envolvidos. 
O costume internacional também é conhecido como norma extra convencio-
nal, aquele que se dá por meio da própria prática.
O costume internacional está em desuso porque os tratados internacionais 
dão mais segurança jurídica, maior facilidade de prova. A década de 90, que 
muitos autores classificam como a “Década das Conferências”, foi período de 
maior encontro, de intensificação do processo de globalização e muitos tratados 
são elaborados e consolidados em várias áreas do Direito Internacional. 
É muito mais fácil identificar no tratado a interpretação, o entendimento das 
partes e, claro, a celebração de tratados dá a entender que a sociedade interna-
cional está mais próxima do diálogo e da própria diplomacia parlamentar. 
1) TIPOS
a) UNIVERSAL: por exemplo, passagem inocente;
b) REGIONAL: por exemplo, concessão de asilo político reconhecido como 
formado na América Latina em razão das perseguições políticas;
c) BILATERAL: por exemplo, um caso da Corte entre Portugal e Índia.
Costume Universal
Caso do Estreito de Corfu (1946)
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Fontes III
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
O caso do Estreito de Corfu, em 1946, foi o primeiro caso da Corte Interna-
cional da Justiça (CIJ). O Direito Internacional é muito permeável pelo aspecto 
político. Nesse caso, a Corte foi muito sensível no sentido de não querer gerar 
um novo problema internacional que possa ocasionar uma 3ª. Guerra Mundial.
A Inglaterra e a Albânia se envolveram numa disputa. Dois navios de guerra 
inglesa, dois destróieres passavam pelo Estreito de Corfu. Essa passagem não 
tinha nada de inocente, os destróieres buscavam minas. Em determinado ponto 
havia um observatório militar que poderia ter avisado os destróieres dos peri-
gos existentes naquelas águas. Os destróieres explodem, com perdas de vidas 
humanas. A Albânia reclama quanto à invasão das suas águas territoriais, mas 
a Corte só reconhece o ocorrido e a Albânia responde por omissão. A Corte 
também reconhece o direito de passagem inocente, o trânsito rápido pelo mar 
territorial.
Os dois destróieres, ao procurar as minas, não estavam em passagem ino-
cente. A Corte aliviou, a Albânia se revoltou, abandonou o caso, foi considerada 
revel e foi obrigada a indenizar a Inglaterra. 
Costume Bilateral
Caso do Direito de Passagem (1957)
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
No caso de Portugal e Índia, havia dois enclaves que possuíam população 
portuguesa, regulamento português e as pessoas que lá viviam diferiam, no seu 
entorno, da Índia, que entendeu que tinha direito a efetuar uma cobrança pelo 
direito de passagem pelo seu território. Não apenas a passagem, mas também 
a cobrança de impostos. Os portugueses, baseado num instituto denominado 
endosso, representou os particulares numa instituição internacional contra a 
Índia comprovando que, na verdade, havia essa prática constante, uniforme, 
geral, por um lapso temporal razoável, dando a entender que as pessoas esta-
vam no exercício de uma prerrogativa. Portugal venceu a demanda.
O vínculo de nacionalidade traz direitos e deveres tantos dos Estados quanto 
dos seus cidadãos. E um dos deveres do Estado é defender o interesse desses 
cidadãos. 
Atenção!
Reduzir a escrito não retira sua característica de costume.
Não havendo hierarquia entre essas fontes, em teoria, o costume pode revo-
gar um tratado como um tratado pode revogar o costume. O direito de passagem 
inocente é um costume já arraigado há muito tempo e que diz respeito à pró-
pria navegabilidade, a cooperação entre os povos. O Estado tolera porque ele 
também precisa que os seus navios comerciais, civis, navios de guerra (desde 
que em tempos de paz) façam as suas passagens. 
A passagem inocente permite até atracar. O que não é permitido é pescar, 
explorar recursos, buscar minas, mas no caso do Estreito de Corfu a Corte enten-
deu que não. 
A passagem inocente já é considerada como um costume onde não há a pre-
sença de uma hierarquia (por ser escrito, ser mais respeitado). 
Direto do concurso
Asilo político e refúgio são temas muito em alta e que as bancas cobram muito 
na 3ª fase. 
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
2) PROVA DO COSTUME
A prova do costume é feita através de atos, comunicados, notas oficiais, dis-
cursos, pareceres e várias outras formas por meio das quais o governo emite 
suas opiniões. 
3) OPOSITOR PERMANENTE
Há uma forma para o Estado, que não queira se vincular ao costume, possa 
fazê-lo: desde que seja um opositor permanente, desde o início. Não pratique os 
atos e faça um protesto, demonstre a sua não conformidade com aquela deter-
minada prática. Exemplo de protesto: nota emitida pela Venezuela de repúdio e 
protesto.
Se for uma norma universal, um costume que interesse a todos, há de con-
siderar a oposição. A depender da importância da norma e da quantidade dos 
Estados que são vinculados, a figura do opositor permanente não tem muita vali-
dade em relação a costumes universais.
Com relação aos costumes regionais e bilaterais, o opositor permanente é 
essencial. 
No citado exemplo de Portugal x Índia, se a Índia tivesse se oposto, desde o 
início, provavelmente teria o ganho dessa causa. 
PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO
Nações civilizadas?
A infelicidadefoi escrever “Nações Civilizadas”, mas nações civilizadas são 
consideradas todas aquelas que fazem parte do sistema internacional atual.
• Princípios internacionais (artigo 2º da Carta da ONU);
• Princípios comuns aos Estados: a boa-fé centrada na Convenção de 
Viena que versa a respeito do Direito dos Tratados, efeitos interpars, pacta 
sunt servanda. O Direito Internacional existe, ele é aplicado;
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• Prova de existência: os vários tratados que nos seus preâmbulos citam os 
discursos bem presentes, as notas oficiais. Os representantes do governo 
dos Estados Unidos, por exemplo, iniciam sempre os discursos ressaltando 
os valores que são inerentes à própria defesa da sociedade, prevalência da 
democracia. 
������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pela professora Blenda.

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