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HISTORIA DA ARTE_modulo_1-3

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MÓDULO - 1 
 
 
 
 
 APRESENTAÇÃO 
 1-PRÉ-HISTÓRIA 
 2-ARTE EGÍPCIA 
 3-ARTE GREGA 
 4-ARTE ROMANA 
 5-ARTE PALEO CRISTÃ 
 6 -ARTE BIZANTINA 
 7-ARTE GÓTICA 
 
 
 
Caro aluno 
 
DESCOMPLICANDO A ARTE é um curso que irá apresentar a evolução das 
expressões artísticas, a constituição e a variação das formas, dos estilos e dos 
conceitos transmitidos através das obras de arte. 
Este curso foi desenvolvido em 3 (três) módulos, de forma a oportunizar um primeiro 
contato com a arte contextualizando o período histórico em que foi produzida. 
Estudos de arte tradicionalmente levam em consideração a evolução da história da 
arte ocidental. Ao se considerar a cultura ocidental como elemento fundamental de 
nossa cultura faz-se necessário os estudos deste curso, a fim de se compreender o 
alcance da arte ao redor do mundo, recebendo influências e sendo influenciada por 
outros movimentos. 
Os historiadores de arte, críticos e estudiosos classificam os períodos, estilos ou 
movimentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções 
artísticas. 
Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois a partir de 1848 
consideramos o início da Arte Moderna e o movimento Pop Art o início da Arte Pós-
Moderna. Porém, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo 
histórica, por considerarmos ser mais didática De nenhum movimento artístico é 
possível dizer em que data exata nasceu, uma vez que se trata de um processo 
construído paulatinamente, de uma síntese de fatores convergentes que vão aos 
poucos ganhando corpo e se definindo. 
A arte é o reflexo do social e ao analisar uma obra de arte percebemos a dinâmica 
de acontecimentos sociais que a cerca. Arte é, portanto uma constante e o estudo 
de seu contexto histórico irá ajudar a perceber de forma ampla suas produções. 
 
 Um ótimo estudo! 
 Prof. Wanderson Lima Amaral 
 
Por que o mundo necessita de arte? 
 
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função 
da arte. Pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo 
(naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a 
história, para ser usada na cura doenças e para ajuda a explorar o mundo. 
Eduardo Galeano *1 consegue de forma poética descrever esta necessidade 
 
“ função da arte” 
 
Diego não conhecia o mar. 
O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. 
Viajaram para o Sul. 
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. 
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, 
depois de muito 
caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a 
imensidão do mar, e tanto fulgor, 
que o menino ficou mudo de beleza. 
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu 
ao pai: 
Me ajuda a olhar! 
 
*1- Eduardo Hughes Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940) jornalista e escritor uruguaio. 
Como conseguimos ver as transformações do mundo 
através da arte? 
 
Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira 
estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as 
mudanças que o mundo teve, para podermos entender estas transformações 
estaremos neste curso apresentando diversos períodos da historia onde “os 
objetos de arte” foram resultantes destas mudanças. 
Vamos observar as esculturas abaixo e verificar suas semelhanças e diferenças: 
entre 26 000 e 
24 000 anos 
sua datação ficaria 
entre 150-50 a.C 
(1885) (1997) 
Venus de Lespugne Venus de Miló Toalete de Venus - 
Rodin 
Mulher grávida – 
Ron Mueck 
 1 - ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA 
 
 
O estudo sobre a arte feita pelos primeiros habitantes humanos da terra depende 
da análise de restos de armas, pinturas, utensílios, desenhos e ossos. 
Compreende-se como arte rupestre os rastros de atividades humana que tem sido 
gravadas (petroglifos) ou pintadas (pictoglifos) sobre superfícies rochosas, bem como 
esculturas e objetos utilitários e ou adornos criados pelo homem cerca de 40.000 a 
3.500 anos atrás . 
A denominação destes objetos como arte, não significa que se trate de objetos 
artísticos nos termos e com a finalidade que entendemos em nossa cultura ocidental. 
Esta é só mais uma das formas de tentar definir o significado destas elaborações. 
Pintura pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, Argentina Pintura pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, Argentina 
 Petroglifos 
 
Também conhecidos como gravuras rupestres são manifestações que consiste em 
deferir na superfície rochosa instrumentos mais duros como pontas de pedras e outros 
materiais preparados para gravar imagens. 
Quanto a temática são imagens geometrizadas e representações simbólicas, 
geralmente associadas, que registram fatos e mitos 
 
 
 
 Petróglifo perto do rio Columbia, Petróglifos no Vale do Encanto, 
 Washington, (EUA) (Chile) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pictoglifo 
 
Mais conhecida como pintura rupestre, caracteriza em utilizar substancias como 
óxidos minerais e pigmentos a base de vegetais afim de produzir pinturas eles 
retratavam nestas cenas do cotidiano como, por exemplo, a caça, animais, plantas, 
descobertas, rituais etc. 
 
Para que eram feitas as pinturas rupestres? 
 
 Nem sempre, a imagem representa aquilo que 
 aparenta. Por trás de sua descrição formal 
 podem se esconder elementos simbólicos cujos 
 significados não são possíveis de serem 
 resgatados é o caso das pinturas rupestres, 
 sendo assim, surgem através de estudos 
 antropológicos e arqueológicos, as teorias .Uma 
 vez que são desconhecidos seus significados, é 
 o caso das pinturas pré-históricas. 
 Podemos encontrar dessas pinturas por todo o 
 mundo,embora as cavernas de 
 Altamira(Espanha) e Laucaux (França) sejam as 
 mais conhecidas. 
 
O homem pré histórico tinha como principal temática em seus trabalhos 
pictográficos a representação de animais e é se alimentando deles que garantia sua 
subsistência. A caça é antes de tudo um ritual, e sua importância é demonstrada pela 
enorme quantidade e variedade de expressões a ela referentes através das pinturas 
rupestres. A temática mais utilizada na pré-história eram os relacionados com a caça. 
Portanto a teoria mais plausível quanto ao objetivo destas pinturas, baseada em 
estudos de sociedades mais recentes de caçadores-coletores, é que as pinturas foram 
feitas por xamãs. 
O xamã é tido como um profundo 
conhecedor da natureza humana, tanto 
na parte física quanto psíquica. Assim 
eles se retiravam para as cavernas, 
onde entrariam em estado de transe e 
pintariam, então, imagens de suas 
visões, talvez com alguma intenção de 
extrair força das paredes da caverna 
para eles mesmos uma espécie de ritual 
mágico religioso a fim de assegurar uma 
caçada bem sucedida. 
 
Escultura 
 
 
 
Conhecidas como “Venus esteotopígicas” denominação dada por parte do corpo 
cientifico que acredita que elas correspondiam a um ideal de beleza do homem pré-
histórico. 
são estatuetas esculpidas em: ossos, madeira, pedra, marfim, metais, entre outros. 
Essas figuras femininas eram estilizadas, com formas acentuadas. Acredita-se que o 
artista talvez quisesse ressaltar as características da fertilidade feminina: por isso 
acentuava-lhes os volumes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vênus de Willendorf 
 
Hoje também conhecida como Mulher de Willendorf, é uma estatueta com 11,1 cm 
de altura representando estilisticamente uma mulher. 
Descoberta no sítio arqueológico do paleolítico situadoperto de Willendorf, na 
Áustria, em 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Está esculpida em calcário, material 
que não existe na região, e colorido com ocre vermelho. Calcula-se que tem entre 22000 
à 24 000 anos. 
 2 - ARTE EGÍPCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Anúbis mumifica Sennedjem, um dos nobres da 
 corte do faraó. Pintura tumular de Deir-el-Medina 
 
 
Consideramos arte egipcia edifícios, pinturas, esculturas e artes aplicadas, da pré-
história à conquista romana no ano 30 a.C. A história do Egito foi a mais longa de todas 
as civilizações antigas que floresceram em torno do Mediterrâneo, estendendo-se, 
quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 3000 a.C. até o século IV d.C. 
A arte egípcia assombrou gregos, romanos e civilizações que se sucederam ao longo 
da historia tanto pela sua magnitude e complexibilidade de engenharia, escrita, ciências 
etc. Quanto por seus mistérios. 
Uma arte sagrada 
 
 
É a partir da compreensão que a religião 
assumia no Egito antigo é que se pode 
entender a arte deste povo Toda a produção 
artística estava subordinada a pessoa do 
faraó e tudo que lhe dizia respeita era 
portanto sagrado. 
Como expressão religiosa a arte egípcia não 
se dedicavas aos vivos, mas aos mortos, 
sendo por essa razão uma arte funerária, 
para os egípcios a morte não significava uma 
ruptura da vida, mas uma transição. 
Os deuses 
 
As pessoas no Antigo Egito acreditavam na existência de seres superiores e eram 
politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Esses normalmente possuíam 
características de animais e também uma junção entre características animais e humanas. 
Os faraós egípcios criam na idéia de que também eram deuses e que possuíam poderes 
mágicos havia inúmeros deuses cultuados no Egito. 
A - Horus, filho de Osíris, 
intimamente ligada deus do 
céu com o rei. 
B - Set inimigo, de Hórus e 
Osíris, deus das 
tempestades. 
C - Thoth, o deus da lua e 
deus da escrita, contagem 
e sabedoria. 
D - Khnum, o deus carneiro 
e seus homens que formas 
kas na roda Sua oleiro. 
E - Hathor, deusa do amor, 
nascimento e morte. 
F - Sobek, o deus 
crocodilo, Senhor do 
Faiyum. 
G - Rá, o deus do sol na 
histórica 
muitas formas. 
Pirâmides 
 
As pirâmides são construções destinadas aos mortos, e estão espalhadas por todo 
mundo, no Egito as primeiras pirâmides eram conhecidas como mastabas e tinham um 
formato em degraus, as pirâmides mais famosas do mundo são as de Gizé, Keóps e 
Miquerinos ambas localizadas na regigao conhecida hoje como Cairo. Gizé é a maior 
das três sua altura original era de 146,6 metros, mas atualmente é de 137,16 m pois 
falta parte do seu topo e o Revestimento .O nome pirâmides vem do grego pyra = fogo 
Midas = medida, simbolizando que a pirâmide deveria ter a forma de um raio solar. 
Os sarcófagos 
A múmia era colocada em um sarcófago, que podia ser em pedra, de madeira com 
materiais preciosos, ou simplesmente de madeira. Inicialmente, os sarcófagos, eram 
retangulares, porém, mais tarde foram construídos com o formato de ser humano Muitos 
decorados com grandes pedras preciosas e as vezes forrados com ouro, como no caso 
da tumba de Tutancâmon. 
O processo de mumificação 
 
Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que se retiram os 
principais órgãos, além do cérebro do cadáver, dificultando assim a sua decomposição. 
Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos e envoltos por faixas de algodão 
ou linho. Após o processo ser concluído são chamadas de múmias. 
 
Embalsamando o corpo 
 
Parte 1 
 
Primeiro, o corpo era levado para um local 
conhecido como 'ibu' ou o 'lugar da 
purificação'. Lá os embalsamadores 
lavavam o corpo com essências aromáticas, 
e com água do Nilo. 
Uma haste comprida em forma de anzol era 
usada para fisgar o cérebro e puxá-lo 
através do nariz. 
 
Parte 2 
 
Embalsamado e removia os órgãos 
internos. Isso era importante porque essas 
partes do corpo são as primeiras a entrar 
em decomposição. 
O coração – reconhecido como o centro da 
inteligência e força da vida – era 
mantido no lugar mas o cérebro era 
retirado através do nariz e jogado fora. – 
No passado, os órgãos internos eram 
armazenados em jarras canópicas. 
Em seguida, o corpo era empacotado e 
coberto com natro, um tipo de sal, e 
largado para desidratar durante 40 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após esse período era empacotado com linho ensopado de resina, natro e essências 
aromáticas e as cavidades do corpo eram tampadas. Finalmente, ele era coberto de 
resina e enfaixado, com os sacerdotes colocando amuletos entre as camadas. Todo o 
processo – acompanhado de orações e encantamentos – levava cerca de 70 dias mas 
preservava os corpos durante milhares de anos. 
Parte 3 
 
DADO CURIOSO ~ Egípcios comuns não 
eram mumificados, mas enterrados em 
sepulturas, onde as condições do deserto 
quente e seco mumificavam os corpos 
naturalmente. O corpo era empacotado e 
coberto com natro, um tipo de sal, e 
largado para desidratar durante 40 dias. Os 
órgãos remanescentes eram armazenados 
em jarras canópicas, para serem 
sepultados junto com a múmia. 
 
 
 
 
 
Parte 4 
 
Após 40 dias o corpo era lavado com 
água do Nilo. Depois era coberto com 
óleos aromáticos para manter a pele 
elástica. 
Parte 5 
 
Os órgãos internos desidratados eram 
enrolados em linho e recolocados na múmia. 
O corpo também era recoberto com serragem 
e folhas secas. 
 
 
 
 
Parte 6 
 
No passado, os órgãos internos 
retirados das múmias eram 
armazenados em jarras canópicas. 
A escrita 
 
Hieróglifo é um termo que junta duas palavras gregas: ἱερός (hierós) "sagrado", 
e γλύφειν (glýphein) "escrita". Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos 
cargos, e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados" 
Desvendando os Hieróglifos 
egípcios 
 
A expedição militar e científica que o 
imperador Napoleão realizou ao Egito 
trouxe consigo, entre outras inúmeras 
antiguidades, uma pedra encontrada em 
agosto de 1799 por soldados franceses 
que trabalhavam sob as ordens de um 
oficial chamado Bouchard. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na luta contra ingleses e turcos, eles estavam restaurando e preparando os alicerces 
para ampliação de um antigo forte medieval, posteriormente chamado de Forte de São 
Juliano, nas proximidades da cidade egípcia de Rachid (que significa Roseta, em 
árabe), localizada à beira do braço oeste do Nilo, perto de Alexandria, junto ao mar. 
Dois anos depois, pelo Tratado de Alexandria, o achado foi cedido aos ingleses e hoje 
se encontra no Museu Britânico de Londres. 
Tendo ficado conhecida como Pedra de Roseta, é uma estela de basalto negro, de 
forma retangular, medindo 112,3 cm de altura, 75,7 cm de largura e 28,4 cm de 
espessura e que numa das faces, bem polida, mostra três inscrições em três caracteres 
diferentes, em parte gastas e apagadas em virtude do contato com a areia por milênios. 
Na parte superior, destruída ou fraturada em grande parte, vê-se uma escrita hieroglífica 
com 14 linhas; o texto intermediário contém 22 linhas de uma escrita egípcia cursiva, 
conhecida como demótico, e a terceira e última divisão da pedra é ocupada por uma 
inscrição de 54 linhas em língua e caracteres gregos. Os três textos reproduzem o 
mesmo teor de um decreto do corpo sacerdotal do Egito, reunido em Mênfis, em 196 
a.C., para conferir grandes honras ao rei Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.), por 
benefícios recebidos. Apesar da aparência insignificante da pedra, os estudiosos logo 
perceberam o seu valor pelo fato de apresentar textos egípcios acompanhados por sua 
tradução em uma língua conhecida, o que vinha, enfim, estabelecer pontos de partida e 
de comparação tão numerosos quanto incontestáveis. Por ordemde Napoleão 
Bonaparte a estela foi reproduzida e litografada e várias cópias enviadas a diversos 
especialistas em línguas mortas. Entretanto, passaram-se 23 anos desde a data de sua 
descoberta até que um homem, Jean-François Champollion, pudesse decifrar 
integralmente o seu conteúdo. 
A Pedra de Roseta estará eternamente ligada 
ao nome de Champollion, pois foi ela que serviu 
de base aos estudos que o levaram finalmente à 
decifração dos hieróglifos. A verdade é que, 
ajudado pelo fato de que aquela estela continha 
o mesmo texto grafado em hieróglifos, demótico 
e grego, ele reconheceu nela o nome de 
Ptolomeu em grego e demótico e, assim, pode 
identificar o cartucho com o mesmo nome em 
hieróglifos, dando, assim, um passo 
importantíssimo na solução do enigma. Mas 
afinal, o que estava escrito nessa famosa Pedra 
de Roseta? Pelo que diz o texto, o faraó 
Ptolomeu V Epifânio havia concedido ao povo a 
isenção de uma série de impostos e o fat, 
evidentemente, agradara a todos. Em sinal 
agradecimento os sacerdotes resolveram erguer 
uma estátua de Ptolomeu V em cada templo e 
organizar festividades anuais em sua honra. 
Para deixar registrada para sempre tal decisão, 
gravaram-na em várias estelas comemorativas 
e colocaram uma delas em cada templo 
importante da época. 
 
 
 3 - ARTE GREGA 
 
 “ O homem é a medida de todas as coisas” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daremos prosseguimento a nossa descoberta da arte antiga observando as 
manifestações artísticas no mundo greco-romano: Do períodos arcaico até o 
esplendor da arte grega. Veremos a trajetória da arte romana a partir dos 
etruscos e a nova configuração artística surgida pela ascensão do Cristianismo 
no Império Romano, a arte Paleo-cristã. 
 
 
 
 Cópia romana - Discóbolo (Lançador de discos) 
 é uma famosa estátua do escultor grego Miron 
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, 
pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam 
ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. 
Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, 
exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria 
uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia 
ideal. 
ARQUITETURA 
 
As edificações que despertaram maior 
interesse são os templos. A 
característica mais evidente dos templos 
gregos é a simetria entre o pórtico de 
entrada e o dos fundos. O templo era 
construído sobre uma base de três 
degraus. O degrau mais elevado 
chamava-se estilóbata e sobre ele eram 
erguidas as colunas 
Veja o vídeo ao lado do templo de 
Parthenon em Atenas. . 
 
 
 
 
 
 
-Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era 
monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. 
Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o 
pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas 
gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, 
empresta uma idéia de solidez e imponência 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto 
e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel 
jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. 
Sugere luxo e ostentação. 
As Ordens Arquitetônicas 
 
As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a 
arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os 
modelos da ordem dórica, jônica e coríntia. 
 
 
 
 
- Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna 
apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente 
sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era 
formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem 
dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma 
da mulher. 
Teatro grego 
 
Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três 
partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou 
arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, 
construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas 
ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca 
de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCULTURA 
 
A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na 
escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As 
estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento. 
 
No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de 
homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, 
com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua 
é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Período Clássico passou-se a procurar 
movimento nas estátuas, para isto, se começou a 
usar o bronze que era mais resistente do que o 
mármore, podendo fixar o movimento sem se 
quebrar. Surge o nu feminino, pois no período 
arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre 
vestidas. 
 
Imagem - kritios 
 
 
 
 
Período Helenístico podemos 
observar o crescente naturalismo: 
os seres humanos não eram 
representados apenas de acordo 
com a idade e a personalidade, 
mas também segundo as 
emoções e o estado de espírito 
de um momento. O grande 
desafio e a grande conquista da 
escultura do período helenístico 
foi a representação não de uma 
figura apenas, mas de grupos de 
figuras que mantivessem a 
sugestão de mobilidade e fossem 
bonitos de todos os ângulos que 
pudessem ser observados. 
 
Imagem - Lacoonte e os filhos 
 
 4- ARTE ROMANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Coloseu em Roma , Itália 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A arte romana desenvolve-se durante os quase seis séculos que vão 146 A.C. ao séc. 
IV D.C., quando perde a originalidade e se divide na cristã-primitiva, e na bizantina. 
 
Para sua formação contribuíram elementos gregos e etruscos ,os romanos, souberam 
adaptar estes elementos a seu gosto e moldaram um estilo que, muito embora 
derivado, não deixa de ser inconfundivelmente romano. 
 
 
Arquitetura romana 
 
Os romanos usaram como inspiração a arquitetura etrusca e grega para desenvolver 
seus projetos. Porém, não podemos falar em cópia, pois a arquitetura romana possuía 
muitos elementos inovadores e avanços nas técnicas de arquitetura. 
São características da arquitetura romana: Uso do arco nas construções; Uso da 
abóbada (construção em forma de arco que preenche espaços entre arcos, muros e 
outros tipos de espaços); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 imagem - 
 aqueduto 
Anfiteatros romanos 
Os anfiteatros romanos diferentemente dos teatros gregos, situados em declives 
naturais ,foram construídos sobre uma estrutura de pilares e abóbadas e, dessa 
maneira, puderam ser instalados no coração das cidades. 
Os gregos em seus teatros realizavam representações de dramas e comédias, 
que na maioria dos casos formavam parte de festas em homenagem às 
divindades , já os romanos preferiam as lutas, os enfretamentos entre homens e 
animais. Para ver espetáculos tão diferentes, os espaços construídos deveriam 
ser construídos de forma circular para que o publico pudesse visualizaras lutas 
de qualquer ângulo . 
 
 
 
 
 
 
Gladiador era um lutador escravo treinado 
na Roma Antiga. O nome "Gladiador" 
provém da espada curta usada por este 
lutador, o gladius (gládio). Eles se 
enfrentavam para entreter o público, e o 
duelo só terminava quando um deles 
morria, ficava desarmado ou ferido sem 
poder combater. Nesse momento do 
combate é que era determinado por quem 
presidia aos jogos, se o derrotado morria 
ou não, frequentemente influenciado pela 
reacção dos espectadores do duelo. 
Escultura Romana 
 
A escultura romana começa pelo retrato, 
que em suma se baseia no culto dos 
antepassados: o rosto do morto é 
reproduzido num material perdurável, e 
assim preservado. 
Desenvolve-se ainda o estilo a que se 
chamou de Flaviano. A escultura de 
retratos atinge então o naturalismo. 
Imagem – escultura de Augustus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retrato de Marco Aurélio. 
 
 
 
 5 - ARTE PALEO CRISTÃ 
 
 Afresco na catacumba romana 
 
 
 
Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os ombros 
dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação evangelizadora se 
restringiu ao perímetro da região da Judéia, local onde o próprio Jesus teria 
realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, com o passar do tempo, a 
ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a divulgação dos valores 
cristãos para outras partes do Império Romano. 
 
 
Para o Império Romano, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça aos 
valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de 
divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de 
Roma. 
O conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à 
imposição governamental. Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos , 
torturados publicamente, lançados nos anfiteatros para serem mortos por animais 
violentos e ate mesmo crucificados. 
 
Apesar de não ser considerado propriamente um estilo artístico , consideramos artes 
paleo-crista , toda a produção dos adeptos da nova religião do século I ao V d.C . 
Podemos ainda dividir esta produção em dois momentos distintos, antes e depois da 
liberação da religião pelo império romano . 
 
Fase Catacumbária 
 Para redimir e orar pelos seus mártires, os 
 cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas 
 catacumbas. Estas funcionavam como 
 túmulos subterrâneos onde os cristãos 
 poderiam entoar canções e pintar imagens 
 que manifestavam sua confissão religiosa. 
 imagem - catacumba de Santa Domitila, em 
Roma 
 
A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que 
indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. A representação do peixe era 
bastante comum, pois seria o acróstico do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da 
frase iesus cristus theo yos soter “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. 
 
 
 Essa fase inicial da arte primitiva não 
 conseguimos identificar nenhum artista 
 específico. 
 As representações foram executadas por 
 anônimos que desejavam expressar suas 
 crenças. A falta de técnica dos executores dos 
 trabalhos marcou essa fase inicial da arte cristã 
 com formas simples. 
 
 
 
Fase crista primitiva 
 
A expansão do cristianismo pelo Império Romano estabeleceu outra fase no 
desenvolvimento das expressões artísticas ligadas a essa nova crença a Fase crista 
primitiva . O Imperador Constantino aceita o cristianismo e assim passava a ser uma 
religião reconhecida pelo Estado romano. Após essa determinação, as igrejas cristãs se 
proliferaram e abrem espaço para um novo campo de expressão artística. 
 
 
 6 - ARTE BIZANTINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mosaico de Justiniano , San Vitale, Ravena, 546 d.C 
 
 
A arte Bizantina surge a partir da divisão do império romano em ocidental e oriental .A 
cidade Bizâncio passa a se chamar de Constantinopla , onde então seria a nova capital 
do Império Romano, a arte bizantina desenvolveu-se a princípio incorporando 
características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. 
 
A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por 
Teodósio não fez com que a grandeza do Imperador fosse sufocada pelo poder de Deus 
, pelo contrario atraves da arte deixava-se claro a intençao de demonstrar que os 
imperadores governavam em nome de Deus. 
 
 
 
 
 
 
Arquitetura 
 
O grande destaque da arquitetura 
foi a construção de Igrejas. A 
necessidade de construir Igrejas 
espaçosas e monumentais, 
determinou a utilização de cúpulas 
sustentadas por colunas, onde 
haviam os capitéis, trabalhados, 
destacamos nessas construçoes a 
influência grega. 
 
 
A tentativa de preservar o caráter 
universal do Império fez com que o 
cristianismo no oriente se 
destacasse, podemos ver na figura 
o imperador Constantino com uma 
aureola na cabeça e a cidade de 
Constantinopla nas mãos. 
 
Hagia Sophia 
 
A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, nela trabalharam 
mais de dez mil homens durante quase seis anos. Em sua fachada o templo era muito 
simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de 
mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho. 
 
Mosaicos 
 
O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino, 
principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de 
uma figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma 
parede. A arte do mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, destacando-
se ainda a figura Pantocrator (Παντοκράτωρ) é uma palavra de origem grega que 
significa "todo-poderoso" ou "onipotente". 
 
 
 7 - ARTE GÓTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Catedral de Notre-Dame. Paris .1163 
 
 
 
 
No século XII, entre os anos 1150 e 1500, A vida no campo da lugar a cidade, 
com o aparecimento da burguesia tem-se início uma economia fundamentada no 
comércio. 
A arquitetura predominante ainda é a românica, mas em meados do século XII 
mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que irá conduzir a uma 
mudança profunda na arquitetura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A rosácea é um elemento arquitetônico 
muito característico do estilo gótico e está presente 
em quase todas as igrejas construídas entre 
os séculos XII e XIV, podemos ver a beleza deste 
elemento nesta rosácea da catedral de Saint Denis - 
França. 
Outros elementos característicos da arquitetura 
gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais 
que filtram a luminosidade para o interior da igreja. 
. 
 
 
 
Podemos verificar na igreja gótica três 
portais que dão acesso à três naves do 
interior da igreja. 
As catedrais góticas mais conhecidas 
são: Catedral de Notre Dame de Paris 
e a Catedral de Notre Dame de 
Chartres 
ARQUITETURA GÓTICA 
CAROS ALUNOS 
 
Finalizamos o primeiro módulo do curso HISTORIA DA ARTE – 
Descomplicando a Arte , onde pudemos aprofundar nosso conhecimento nas 
produções artisticas da pré-história a idade média. 
Espero que tenham gostado do curso e aguardo vocês para uma nova viagem 
ao mundo da arte . 
 
PRÓXIMOS MÓDULOS 
 
 MÓDULO 2 
 
 
 RENASCIMENTO 
 BARROCO 
 ROMANTISMO 
 IMPRESSIONISMO 
 EXPRESSIONISMO 
 CUBISMO 
 SURREALISMO 
 MODERNISMO 
Prof. Wanderson Lima Amaral 
 
 
 MÓDULO 3 
 
 
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 ARTE INDIGENA. 
 PERFORMANCE 
 INTERFERENCIA 
 INSTALAÇÃO 
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