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DESAFIO PROFISSIONAL 6º

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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO: LICENCIATURA EM Pedagogia
DESAFIO PROFISSIONAL
Disciplinas: Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança; Didática da Alfabetização e do Letramento; Didática de Língua Portuguesa; Educação de Jovens e Adultos; Prática Pedagógica: Investigação Cientifica.
GISELE VEGAS FAVACHO JORGE – RA 2370661506
JOELMA DE JESUS ROSA – RA 2370655900
KATIA RAFAELA DE SOUZA – RA 2370560206
QUITERIA APARECISA ROMERO MONTES – RA 2370599606
RAQUEL CRISTINA DAMASCENO – RA 2370662606
	
Leme/SP
2019
GISELE VEGAS FAVACHO JORGE 
JOELMA DE JESUS ROSA 
KATIA RAFAELA DE SOUZA 
QUITERIA APARECISA ROMERO MONTES 
RAQUEL CRISTINA DAMASCENO 
Desafio Profissional apresentado à Anhanguera - Uniderp, como requisito parcial para o aproveitamento das disciplinas Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança; Didática da Alfabetização e do Letramento; Didática de Língua Portuguesa; Educação de Jovens e Adultos; Prática Pedagógica: Investigação Cientifica da 5ª/6º série do Curso Licenciatura em Pedagogia.
Tutor a Distância: Maria Fernanda Cunha Oliveira, Jackeline Rodrigues Gonçalves Guerreiro, Andressa Aparecida Lopes, Vilze Vidotte Costa Camila Aparecida Pio.
Leme/SP
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................04
DESENVOLVIMENTO.......................................................................................06
Plano de ação...................................................................................................06
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................08
ANEXOS............................................................................................................09
REFERENCIAS.................................................................................................11
INTRODUÇÃO
Ao compreender as leis educacionais que regem o país passa-se a ter uma ideia de qual público pretende-se atingir, pois considerar o pleno desenvolvimento da pessoa é dar oportunidades de se construir uma base onde o indivíduo possa adquirir conhecimentos norteados por um fundamento curricular. Assim compreende-se que a educação é para todos, independentemente de idade, etnia ou sua crença.
	Contudo é muito significativo afirmar que, desde que exista a EJA é fato que essa educação perpassou tempo e espaço, pois já que ela existe pressupõe que alguns indivíduos não tiveram oportunidade, em sua idade certa, de poder usufruir de uma educação escolar. 
	De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o EJA (2000) espera-se atender suas especificidades e particularidades, priorizando as cultura, origem, experiências de vida que esse público traz consigo para, assim, oferecer e possibilitar o construir e ressignificar conhecimentos de etapas anteriores que ficaram sem aprender. Fazer a junção do aprendizado externo com o currículo dos bancos escolares é fundamental para o desenvolvimento do ensino/aprendizagem de jovens e adultos. 
	De acordo com o documento que rege as leis educacionais a idade mínima para ingresso na EJA é entre 15 a 18 anos a fim de concluir a Educação Básica. Porém, o que se percebe em uma classe de EJA é que a idade dos alunos vai muito além disso. Pessoas que não tiveram oportunidade, que precisaram para de estudar para trabalhar ou mesmo ajudar no sustento da família.
A partir de 2002 foi criado o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) com o objetivo de uma referência nacional, como meio de avaliação de conteúdos e processos formativos apenas visando a certificação do Ensino Fundamental.
É necessário porém, uma política educacional mais efetiva, que se importe realmente com as pessoas que fazem parte dessa classe, ou seja, pessoas que não tiveram oportunidade e que agora veem a chance de conseguir uma educação secular. De ter o direito de saber reconhecer seus nome, sua cultura e exercer seu direito de cidadão. 
	Ler o mundo, de acordo com Paulo Freire (2011, pg.15) é um ato que precede o aprendizado da leitura e da escrita propriamente ditos. É ler o que está ao seu redor, o que o cerca. 
O mais importante na educação de Jovens e Adultos é valorizar o saber que o aluno traz em sua vivência, uma sabedoria própria do sujeito, vivida por ele, por meio de sua própria experiência de vida. 
Levar o aluno a pensar na hipótese de leitura como aquisição de conhecimento e inserção no mundo letrado é o que faz o aluno se esforçar e conseguir seu objetivo. Numa ação continua e contextualizada, buscando o interesse e tendo como ponto de partida as própria experiência que o aluno traz. O esforço é dele, mas os meios é o professor que proporciona por meio da cumplicidade professor/aluno. 
	Alfabetização, de acordo com Soares (2007) significa levar à aquisição do alfabeto, ou seja, ensinar a ler e a escrever. O objetivo da alfabetização é levar o educando a decifrar o código alfabético e ortográfico e de posse dessa aquisição fazer usos em suas diferentes funções e usos da língua.
Letramento se refere, ainda de acordo com Soares (2003), o processo da relação das pessoas com a cultura escrita. Todas as pessoas estão em contato com o mundo escrito, mas existem diferentes níveis de letramento. Isso acontece por razão da realidade cultural do país. 
Muitas pessoas apenas decodificam os símbolos, palavras, mas a dificuldade está na interpretação do texto dentro de um contexto. A isso dá-se o nome de letramento, ou seja, há uma ausência de letramento na alfabetização das pessoas. 
Numa relação mais estreita entre letramento e alfabetização é correto dizer que ambas devem caminhar lado a lado, pois mesmo antes de se alfabetizar a pessoa já tem uma leitura de mundo, do que o cerca, de sua vivencia e quando se alfabetiza ela consegue se expressar, por meio da escrita todo esse contexto de sua vida. 
De acordo com Freire (1996) o papel do professor está confesso no desenvolvimento do pensamento do aluno de forma crítica, fundamentada no discernimento, na sua capacidade de análise e construção do pensamento no qual ele defende suas ideias e coloca em prática seus direitos como cidadão. 
DESENVOLVIMENTO – PLANO DE AÇÃO
TEMA: As diferentes maneiras do falar.
OBJETIVOS:
- Refletir sobre o uso da língua;
- Analisar diferentes textos;
- Observar a aplicação do modo correto da língua em diferentes situações. 
JUSTIFICATIVA:
De acordo com o trabalho proposto e o levantamento do caso foi necessário responder à questão surgida: “Professora, porque é que nascemos no mesmo país, mas falamos de modo diferente? Já percebi que cada aluno da sala fala de um jeito diferente...” Pensando nesta interrogativa pode-se trabalhar com a variação linguística existente no país, que é muito rica e distinta. Percebe-se que cada região do país tem seus costumes e características próprias. De uma maneira geral o país foi povoado por diferentes imigrantes, que se instalaram em pontos, ou regiões, de acordo com seu país de origem e costumes, pela variação climática, etc. Diante disso cada um trouxe sua bagagem, sua cultura e é isso que faz do país seus jeito único e ao mesmo tempo tão diferente culturalmente. 
AÇOES E ESTRATEGIAS
1- Fazer um levantamento prévio sobre questões inerentes ao tema:
- Por que vocês acham que as pessoas tem diferentes maneiras de falar? Qual está certa? Qual está errada? Como se chama a maneira correta de falar? (Norma culta) E o nome que se dá a essa maneira mais popular? (Coloquial) Onde podemos encontrar as palavras corretamente escritas? (Uso do dicionário) 
2- Após fazer todo esse levantamento sobre as questões, registrá-las num cartaz e toda vez que for mencionar algo ir lembrando os alunos.
3-Fazer com os alunos uma lista de palavras nas quais se usa a fala coloquial e juntamente com o dicionário (agrupar os alunos em pares para o uso do mesmo), procurar no dicionário a forma correta de escrita e comparar.
4-Na atividade seguinte entregarpara os alunos (novamente em duplas) alguns textos escritos de forma errada e pedir para que leiam e façam as correções. Uma piada, escrita de modo bem “caipira”, como os mineiros falam (mostrando a cultura mineira) e o outro a música Cuitelinho (mostrando a cultura pantanal).
5-Já ter o mesmo texto escrito de forma correta em um cartaz para fazer a correção posteriormente, assim que os alunos terminarem. 
6-Depois da elaboração das atividades, fazer um feedback socializando onde cada aluno dá sua opinião sobre o assunto. 
7-Mostrar aos alunos que há uma grande diversidade linguística, porém não existe um melhor ou maior que o outro e que as diferenças é que faz de um país uma cultura rica e única. 
OBS: As atividade poder ser trabalhadas em aulas de 50 minutos, de acordo com o calendário de aulas. E juntamente com essa atividade seria interessante levar um mapa físico do país e mostrar, no mapa, as diferentes regiões e os estados que o compõe. 
MATERIAIS 
- Folhas de monobloco (papel pardo), quadro negro, giz, folhas xerocadas, lápis, borracha, rádio, CD, mapa do Brasil com as regiões. 
AVALIAÇÃO
É feita por meio da observação direta do aluno, bem como sua participação oral e na realização das tarefas escritas. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação de jovens e adultos vai muito além da proposta curricular, visa contribuir também para a inclusão social. Por isso é importante que o trabalho seja voltado para o desenvolvimento focado no âmbito pessoal, social e profissional, utilizando metodologias criativas e envolventes, transmitindo não somente o ensino letrado, mas também uma consciência crítica e política., de forma que fortaleça seus vínculos familiares, de solidariedade e de tolerância recíproca, elementos indispensáveis à vida social, e que não desvaloriza seus conhecimentos, sua cultura e sua identidade. 
Freire (2002) ressalta que educador deverá possuir autoestima, humildade e alegria para, finalmente, haver possibilidade em exercer um ensino de qualidade. 
Ensinar exige antes de tudo, que o educador esteja consciente em relação à educação e seja dinâmico em sua prática; portanto cabe ao professor trabalhar tanto o conhecimento quanto o aprimoramento de sua prática, se deixar valorizar o lado humano de todo o processo de aprendizagem. 
Buscar a evolução independente apesar de um seu cansaço físico e emocional, mesmo assim enfrentam com disposição um lugar em uma sala de aula depois de um dia cansativo no trabalho 
ANEXOS:
1- Piada de mineiro
2- Musica Cuitelinho
Música brasileira com origem no folclore do Pantanal de Mato Grosso (Hoje, Mato Grosso do Sul). Considerada uma das mais lindas músicas do cancioneiro popular brasileiro, Cuitelinho (denominação regional para Beija-flor) conta, à maneira do povo, uma pequena história de saudade, que pode ser interpretada como a saudade de um soldado brasileiro que lutou na Guerra do Paraguai. A letra foi recolhida por Paulo Vanzolini durante uma pescaria, e interpretada por grandes nomes da música popular brasileira, como Nara Leão, Milton Nascimento, Renato Teixeira e os sertanejos Pena Branca e Xavantinho. Foi composta originalmente por volta de 1932 por Bento Costa.
Letra da música:
Cheguei na beira do porto onde as ondas se 'espaia'
As 'garça' da meia-volta e senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta, que o botão de rosa caia
Ai quando eu vim da minha terra despedir da 'parentaia'
Eu entrei no Mato Grosso bem em terras Paraguaias
la tinha revolução, enfrentei forte 'bataia'
A tua saudade corta como aço de 'navaia'
o coração fica 'afrito', bate uma e a outra 'faia'
E o 'zoio' se enchem d'água que até a vista se 'atrapaia'
A tua saudade corta como aço de 'navaia'
o coração fica 'afrito', bate uma e a outra 'faia'
E o 'zoio' se enchem d'água que até a vista se 'atrapaia'
REFERENCIAS
BARBOZA, L. da S. Variação Linguística e o Ensino de Língua Materna: Uma análise de livros didáticos na Educação de Jovens e Adultos - EJA. Revista do Centro de Educação, Letras e Saíde da Unioeste. V. 16, n. 2, 2014. Disponível em http://e-revista.unioeste.br/index.php/ideacao/article.viex/7879; Acesso em 02 out. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos. Brasília: MEC, 2000. Disponível em http://portal.mec.br/secad/arquivos/pdf/eja/legislacao/parecer_11_2000.pdf. Acesso em 06/10/2019.
DIOGO, E. M.; GORETE, M. DA S. Letramento e Alfabetização: uma prática pedagógica de qualidade. X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. I Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5806 2767.pdf;Acesso em 02 out. 2019.
FEITOSA, S. C. S. Educação de Jovens e Adultos: memórias e lutas. Direcional Educador, São Paulo, ed. 122, ano 11, p.24-25, mar.2015,
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo, Cortez, 25ªed. 2010.
FREIRE. P. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessárias a uma prática educativa. São Paulo : Paz e Terra, 1996.
FREIRE, P. Conscientização – Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 
JULIÃO, E. F.; BEIRAL, H. J. V.; FERRARI, G. M. 	As políticas de Educação de Jovens e adultos na atualidade como desenvolvimento da constituição e da LDB. POIÉSIS – Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, v. 11, n.19, p. 40-57, jan/jun. 2017. Disponível em http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index;php/Poiesis/article/view/4725. Acesso em 01 out.2019
MOREIRA, R. M.; SOUZA, M. das D. A. A leitura de mundo como ponto de partida para a leitura da palavra: desafio da formação e prática de educadores de programas de alfabetização de jovens e adultos. V Seminário Nacional – Formação de Educadores de Jovens e Adultos, 13 a 15 de maio – Faculdade de Educação – UNICAMP, Campinas, SP. Disponível em http://sistemas3ad.ufscar.br/snfee/indes.php/snfee/article/viex/209. Acesso em 02 out. 2019.
SOARES, M. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Trabalho apresentado na 26ª Reunião Anual da ANPED, Minas Gerais, 2003.
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Musica Cuitelinho https://www.google.com/. Acesso em 07/10/2019.
Piada de mineiro. Disponível em https://momentoskatia.blogs.sapo.pt/61386.html. Acesso em 07/10/2019.
Musica Cuitelinho. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Cuitelinho. Acesso em 07/10/2019.

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