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CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 02 - OPERAÇÕES EXTRAORÇAMENTÁRIAS: RESTOS A PAGAR PROCESSADOS E NÃO PROCESSADOS. DESPESAS DE EVERCÍCIOS ANTERIORES. VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ATIVAS E PASSIVAS INDEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA. Olá amigos (as) concurseiros (as)!!! Antes de começar a nossa aula, faremos retificações à aula anterior: 1. A emissão de títulos públicos foi enumerada como exemplo de receita efetiva, no entanto, Emissão de títulos públicos (venda de títulos públicos) é uma receita não efetiva, como está afirmado no exercício 01. 2. No quadro resumo comparando a receita efetiva com a receita não efetiva, foi colocado que na receita efetiva os fatos são modificativos diminutivos, quando na verdade são modificativos aumentativos. Vide quadro correto. RECEITA ORÇAMENTÁRIA RECEITA EFETIVA RECEITA NÃO EFETIVA • Altera o patrimônio líquido • Fatos modificativos aumentativos • É receita no conceito contábil • Não produz mutação patrimonial • Não altera o patrimônio líquido • Oriunda de fatos permutativos • Não é receita no conceito contábil • Produz mutação patrimonial Agora, podemos começar o nosso assunto de hoje! CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 2 Restos a Pagar são as despesas empenhadas, pendentes de pagamento na data do encerramento do exercício financeiro e que constituirão a Dívida Flutuante. Dívida Flutuante, no balanço patrimonial, é o passivo financeiro que, conforme art. 105, § 3º da Lei 4.320/64, representa os compromissos exigíveis cujo pagamento independe de autorização orçamentária. Só para esclarecer, falaremos um pouco também sobre Dívida Fundada. A dívida fundada compreende todos os compromissos com exigibilidade superior a 12 meses, contraídos para atender desequilíbrios orçamentários ou ao financiamento de obras ou serviços. Sempre é necessária a autorização legislativa para a sua realização e resgate. A dívida fundada é desdobrada no balanço patrimonial em interna, em títulos ou em contratos; e externa em títulos ou em contratos. Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. IMPORTANTE! Os serviços da dívida são considerados também como restos a pagar. Também integram a dívida pública consolidada, por força da LRF, as operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado da Lei Orçamentária Anual – LOA. A dívida flutuante integra o passivo financeiro do balanço patrimonial e a dívida fundada integra o passivo permanente do balanço patrimonial. As receitas de operações de crédito geram a dívida fundada. OPERAÇÕES EXTRAORÇAMENTÁRIAS: RESTOS A PAGAR PROCESADOS E NÃO PROCESSADOS CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 3 Esses conceitos voltarão a ser vistos quando estudarmos o Balanço Patrimonial (Aula 06). Prosseguindo com os Restos a Pagar... De acordo com Lei 4.320/64, art. 36 e o Decreto 93.872/86, art. 67, “consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas”. E qual a diferença entre despesa processada e não processada? Vejamos: A despesa, como vimos na aula anterior, em sua etapa de execução, passa por três estágios, quais sejam: empenho, liquidação e pagamento. A despesa processada é aquela que ainda não foi paga, mas já transcorreu o estágio da liquidação. É a despesa realizada. Trata-se de uma despesa empenhada, liquidada e não paga. Uma despesa é considerada realizada, relativa à compra de material, quando este for recebido, relativa a serviço, quando este for prestado, e relativa a obras, quando medidas ou verificadas. A despesa não processada é aquela cujo serviço encontra-se em execução, não existindo ainda o direito líquido e certo do credor. Trata- se de despesa empenhada, não liquidada e não paga Ressaltamos, porém que somente poderá ser lançado em Restos a Pagar a despesa que tenha alcançado a fase de emissão de empenho, ou seja, aquela que já se encontre legalmente empenhada. Vejamos algumas considerações importantes sobre os Restos a Pagar: INSCRIÇÃO A inscrição de Restos a Pagar é feita na data do encerramento do exercício financeiro de emissão da nota de empenho e terá validade até 31 de dezembro do ano subsequente, quando o credor deverá habilitar-se ao recebimento do que lhe é devido. É vedada a reinscrição. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 4 PRESCRIÇÃO A prescrição relativa ao direito do credor ocorre em cinco anos, contados da data da inscrição. CANCELAMENTO Os Restos a Pagar Processados não podem ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e a administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar sob pena de estar deixando de cumprir os Princípios da Moralidade que rege a Administração Pública. Já a Inscrição dos Restos a Pagar não processados tem a validade de um ano. Se após esse período eles não forem pagos, deverão ser cancelados. Essa previsão está no art. 35 do Decreto 93.872/86, com as suas exceções. Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja, de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior. Estes cancelamentos podem ocorrer durante ou no final do exercício financeiro seguinte ao da inscrição. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 5 DÍVIDAS CONTRAÍDAS NO ÚLTIMO ANO DO MANDATO Conforme o art. 42 da Lei Complementar nº 101/2000, “é vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigações de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito”. Isso significa que nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, obrigação de despesa que não possa ser comprida integralmente dentro do exercício, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para cobrí-las. As despesas contraídas (as que forem empenhadas em dotações próprias) que não possam ser cumpridas integralmente dentro do exercício, ou que tenham parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de caixa, deverão ser consideradas como Restos a Pagar e irão para a Dívida Flutuante. Essa vedação está restrita ao último ano do mandato legislativo, os três primeirosanos e o primeiro quadrimestre do último exercício do mandato não estão abrangidos por esse dispositivo. Pessoal, existe uma situação que “cai bastante” em provas de concursos públicos. É o que está escrito no parágrafo único do art. 103 da Lei 4.320/64, qual seja: “Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária”. Visualizemos isso no Balanço Financeiro: CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 6 BALANÇO FINANCEIRO RECEITA DESPESA ORÇAMENTÁRIA EXTRAORÇAMENTÁRIA - Restos a Pagar (inscrito) SALDO DO DISPONÍVEL EXERCÍCIO ANTERIOR 88.000 10.000 2.000 ORÇAMENTÁRIA EXTRAORÇAMENTÁRIA - Restos a Pagar (pago) SALDO DO DISPONÍVEL EXERCÍCIO SEGUINTE 77.000 13.000 10.000 TOTAL 100.000 TOTAL 100.000 O que podemos concluir da análise dos dados deste balanço, conforme o parágrafo único do artigo 103 da Lei 4.320/64, é que das despesas orçamentárias de R$ 77.000, R$ 10.000 foram inscritos em Restos a Pagar (receita extraorçamentária), para compensar o valor considerado despesa, regime de competência, todavia não houve desembolso financeiro. Ou seja, R$ 77.000 foram empenhados, mas somente R$ 67.000 foram pagos. Os R$ 13.000 de Restos a Pagar (pago) refere-se aos Restos a Pagar inscritos no exercício anterior. Pessoal, por enquanto grave essa informação, pois vocês terão uma melhor visão desse conceito quando estudar o Balanço Financeiro (Aula 05). CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 7 01. (FCC – Agente de Fiscalização – TCE – SP – 2012-Adaptada) Em relação à dívida pública, julgue o item: A dívida pública consolidada inclui as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento. COMENTÁRIOS: A dívida fundada/consolidada compreende todos os compromissos com exigibilidade superior a 12 meses, contraídos para atender desequilíbrios orçamentários ou ao financiamento de obras ou serviços. Sempre é necessária a autorização legislativa para a sua realização e resgate. A dívida fundada é desdobrada no balanço patrimonial em interna, em títulos ou em contratos; e externa em títulos ou em contratos. Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. IMPORTANTE! Os serviços da dívida são considerados também como restos a pagar. Também integram a dívida pública consolidada, por força da LRF, as operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado da Lei Orçamentária Anual – LOA. A dívida flutuante integra o passivo financeiro do balanço patrimonial e a dívida fundada integra o passivo permanente do balanço patrimonial. As receitas de operações de crédito geram a dívida fundada. Gabarito: Certo. 02. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) Será inscrito como restos a pagar a diferença entre despesa (A) empenhada e despesa paga. (B) prevista e despesa empenhada. (C) empenhada e despesa liquidada. (D) fixada e despesa empenhada. Veja como cai em prova!!! CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 8 (E) fixada e despesa paga. COMENTÁRIOS: De acordo com Lei 4.320/64, art. 36 e o Decreto 93.872/86, art. 67, “consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas”. Gabarito: A 03. (FCC – Analista Administrativo – TRE – TO – 2011) Restos a pagar processados são despesas ainda não pagas, mas que foram, no exercício corrente (A) empenhadas e ainda não liquidadas. (B) programadas e empenhadas. (C) programadas, mas ainda não empenhadas. (D) empenhadas e liquidadas. (E) programadas e ainda não liquidadas. COMENTÁRIOS: Questão idêntica à anterior. As bancas costumam repetir muito determinado tipo de assunto, como este. Gabarito: D 04. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) De acordo com a sua natureza, os restos a pagar podem ser classificados como (A) ordinários e extraordinários. (B) orçamentários e extra-orçamentários. (C) processados e não processados. (D) correntes e de capital. (E) ativos e passivos COMENTÁRIOS: Ainda de acordo com Lei 4.320/64, art. 36 e o Decreto 93.872/86, art. 67, “consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas”. Gabarito: C CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 9 05. (FCC- Auditor-TCE-AL-2008-Adaptada) Analise o item abaixo: As despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de julho, consideram- se Restos a Pagar. COMENTÁRIOS: Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até 31 de dezembro. Gabarito: Errado. 06. (FCC – Analista Administrativo – TRT 9ª região – 2010) Restos a pagar de despesas não processadas são aqueles cujo empenho: a) Não foi emitido e o objeto adquirido foi entregue. b) Foi emitido e o objeto adquirido foi entregue. c) Não foi emitido e o objeto adquirido não foi entregue. d) Foi emitido e o objeto adquirido não foi entregue. e) Foi parcialmente emitido e o objeto adquirido foi entregue. COMENTÁRIOS: A despesa não processada é aquela cujo serviço encontra-se em execução, não existindo ainda o direito líquido e certo do credor. Trata- se de despesa empenhada, não liquidada e não paga Gabarito: D 07. (FCC – Analista Contadoria – TRF 4ª região – 2010) São computados como receita extraorçamentária no Balanço Financeiro de um ente público: (A) alienações de bens. (B) operações de crédito. (C) receitas industriais. (D) restos a pagar inscritos no exercício. (E) receitas patrimoniais. COMENTÁRIOS: Conforme art. 103 da Lei 4.320/64: CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 10 “O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte”. “Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária”. Gabarito: D 08. (CESPE-Analista Jud-Contabilidade-TRT 17ª Reg-2009) Com relação à aplicação prática de conceitos de Contabilidade Pública, julgue o item a seguir: No balanço orçamentário, os restos a pagar são computados como despesa orçamentária, mas, no balanço financeiro, são incluídos como receita extraorçamentária. COMENTÁRIOS: Conforme parágrafo único do art. 103, os restos a pagar do exercício, computados como despesas orçamentárias(Balanço Orçamentário), serão incluídos (inscritos), para compensar estas despesas, como receita extraorçamentária (Balanço Financeiro). Ao estudarmos o Balanço Financeiro e Orçamentário vocês visualização melhor essa informação. Gabarito: Certo. 09. (CESPE-Analista-Contabilidade-TCE-AC-2009-Adaptada) A respeito da dívida pública, julgue o item: Os restos a pagar são classificados como dívida fundada. COMENTÁRIOS: Os restos a pagar são classificados como dívida flutuante. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 11 10. (FCC-Técnico Judiciário-TRF-4ª Reg-2010) É exemplo de despesa extraorçamentária: (A) juro da dívida pública. (B) aquisição de equipamentos e instalações. (C) pagamento de restos a pagar. (D) amortização da dívida pública. (E) concessão de empréstimos pelo ente público. COMENTÁRIOS: Os restos a pagar inscritos num determinado exercício, pagos no exercício seguinte, serão considerados despesa extraorçamentária. É o caso dos R$ 13.000 demonstrados no balanço financeiro da página 06 desta aula. Gabarito: C 11. (FCC – Auditor – TCE – AL – 2008) É um exemplo de despesa extra-orçamentária o pagamento de (A) amortização da dívida pública. (B) restos a pagar de exercícios anteriores. (C) subvenções econômicas. (D) subvenções sociais. (E) de imóvel ou de bem de capital já em utilização pelo órgão público. COMENTÁRIOS: Outra vez temos duas questões idênticas. Gabarito: B 12. (FCC - Analista – Contabilidade - TRT 24ª Região - 2006) Os Restos a pagar (A) não processados referem-se a valores devidos em decorrência de empenhamentos sem a devida cobertura do crédito orçamentário e financeiro. (B) processados referem-se a empenhamentos não liquidados, porém com a devida cobertura financeira. (C) não processados referem-se a empenhamentos liquidados e não pagos até 31/12 sem a devida cobertura financeira. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 12 (D) processados referem-se a empenhamentos liquidados e não pagos até 31/12 independentemente da sua cobertura financeira. (E) processados referem-se a empenhamentos não liquidados, porém com cobertura orçamentária e financeira. COMENTÁRIOS: Mais uma vez a cobrança do conceito de restos a pagar da Lei 4.320/64, art. 36 e o Decreto 93.872/86, art. 67, “consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas”. A despesa processada é aquela que ainda não foi paga, mas já transcorreu o estágio da liquidação. É a despesa realizada. Trata-se de uma despesa empenhada, liquidada e não paga. Uma despesa é considerada realizada, relativa à compra de material, quando este for recebido, relativa a serviço, quando este for prestado, e relativa a obras, quando medidas ou verificadas. A despesa não processada é aquela cujo serviço encontra-se em execução, não existindo ainda o direito líquido e certo do credor. Trata- se de despesa empenhada, não liquidada e não paga. Ressaltamos, porém que somente poderá ser lançado em Restos a Pagar a despesa que tenha alcançado a fase de emissão de empenho, ou seja, aquela que já se encontre legalmente empenhada. Portanto, a inscrição em restos a pagar independe da sua cobertura financeira. Gabarito: D 13. (FCC – Analista Contabilidade – TRT 24ª Região – 2011) Considere: I. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas dentro do exercício financeiro. II. A despesa empenhada no exercício anterior e paga no exercício seguinte será considerada extraorçamentária no momento do pagamento. III. A despesa empenhada no exercício anterior e paga no exercício seguinte será considerada orçamentária no momento do pagamento. Em relação aos Restos a Pagar, está correto o que consta APENAS em (A) III. (B) II e III. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 13 (C) I e III. (D) I e II. (E) I COMENTÁRIOS: I – Correto. “Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas”. Quando a lei diz despesa empenhada e não paga até 31 de dezembro significa despesa empenhada e não paga dentro do exercício financeiro. II – Correto. Os restos a pagar inscritos num determinado exercício, pagos no exercício seguinte, serão considerados despesa extraorçamentária. É o caso dos R$ 13.000 demonstrados no balanço financeiro da página 07 desta aula. III – Incorreto. Os restos a pagar inscritos num determinado exercício, pagos no exercício seguinte, serão considerados despesa extraorçamentária e não orçamentária. Gabarito: D CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 14 Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado. Um exemplo clássico de despesa de exercício anterior é o caso do salário família devido ao servidor público mensalmente a partir do nascimento de seu filho (suposição: outubro de X1), cujo pedido ao órgão foi formulado em exercício posterior ao do nascimento (maio de X2). O valor devido ao funcionário pelos meses de outubro, novembro e dezembro de X1 deverá ser contabilizado à conta de elemento de despesa de exercício anterior. O valor referente ao ano de X2 deverá correr normalmente a conta de dotação específica. Entretanto em ambos os casos (despesa de X1 reconhecida em X2 e despesa de X2 apropriada em X2), um único orçamento foi onerado: o de X2. Não se pode alterar o orçamento do ano de X1, após o encerramento do exercício. OCORRÊNCIA Em conformidade com o art. 22, do Decreto 93.872/86, poderão ser pagas como despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria: As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria; assim entendidas aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação; Os restos a pagar com prescrição interrompida; assim considerada a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor; e Os compromissos decorrentes de obrigação de pagamento criada em virtude de lei e reconhecidas após o encerramento do exercício. DESPESAS COM EXERCÍCIOS ANTERIORES CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 15 FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO São elementos próprios e imprescindíveis à instrução do processo relativo às despesas de exercícios anteriores, para fins de autorização de pagamento: nome do credor, CNPJ/CPF e endereço; importância a pagar; data do vencimento do compromisso; causa da inobservância do empenho prévio da despesa; indicação do nome do ordenador da despesaà época do fato gerador do compromisso; e reconhecimento expresso do atual ordenador de despesa. ATENÇÃO! O pagamento de despesas de exercícios anteriores ocorre à custa do orçamento vigente, portanto, são despesas orçamentárias. PRESCRIÇÃO As dívidas de exercícios anteriores, que dependem de requerimento do favorecido, prescrevem em 05 (cinco) anos, contados a partir da data do ato ou fato que tiver dado origem ao respectivo crédito. O início do período da dívida corresponde à data constante do fato gerador do direito, não sendo considerado, para fins de prescrição qüinqüenal, o tempo de tramitação burocrática e o de providências administrativas a que estiver sujeito o processo. Lembrando que os restos a pagar referentes ao FGTS e ao INSS tem prescrição diferenciada do geral. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 16 14. (FCC – Técnico em Contabilidade – TRF 4ª Região – 2010) Em relação às Despesas de Exercícios Anteriores, é correto afirmar: (A) São despesas de caráter extraorçamentário. (B) Significam a mesma coisa que Restos a Pagar decorrentes do exercício anterior. (C) São despesas liquidadas, mas não pagas no exercício correspondente. (D) São aquelas em que a obrigação de pagamento é criada em virtude de lei, reconhecido o direito do reclamante no encerramento do exercício correspondente. (E) São despesas em que a obrigação foi cumprida pelo credor no prazo estabelecido, embora não tenham sido processadas na época própria. COMENTÁRIOS: “A” – Incorreto. Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado. O valor referente às despesas de exercícios anteriores deverá correr normalmente a conta de dotação específica. Portanto é uma despesa orçamentária. “B” – Incorreto. Não se confundem despesas de exercícios anteriores com restos a pagar, pois as despesas de exercícios anteriores, ao contrário dos restos a pagar, não foram empenhadas ou tiveram seu empenho cancelado. “C” e “D – Incorretos. Conceito de Despesas de exercícios anteriores: são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado. “E” – Correto. Gabarito: E Veja como cai em prova!!! CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 17 15. (FCC – Analista Administrativo – TRE – TO – 2011) As Despesas de Exercícios Anteriores são: (A) Restos a pagar processados e pagos no exercício subsequente ao do empenho. (B) Despesas correspondentes a períodos anteriores e pagas no presente exercício com dotação orçamentária específica para tal fim. (C) Restos a pagar cuja prescrição não tenha sido interrompida. (D) Despesas pagas em exercícios anteriores correspondentes a serviços prestados no corrente exercício. (E) Despesas correspondentes a serviços prestados no corrente exercício mas cujo empenho foi feito em exercícios anteriores. COMENTÁRIOS: Essa, como a anterior é uma questão conceitual. Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado. O valor referente às despesas de exercícios anteriores deverá correr normalmente a conta de dotação específica. Gabarito: B 16. (FCC – Analista Ministerial – Ciências Contábeis – MPE – PE – 2012) Está correto afirmar: (A) Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar, sendo que esse prazo não é interrompido pelo cancelamento da inscrição da despesa nessa rubrica. (B) A concessão de suprimento de fundos poderá ser feita a servidor declarado em alcance. (C) Os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente deverão ser pagos como despesas de exercícios anteriores. (D) São classificadas como restos a pagar processados as despesas legalmente empenhadas e que não tenham sido liquidadas no exercício financeiro. (E) A concessão de suprimento de fundos independe de prévio empenho da despesa correspondente. COMENTÁRIOS: CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 18 Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado. Os compromissos do exercício são assumidos no exercício seguinte. Gabarito: C CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 19 Variação Patrimonial é a alteração de valor de qualquer elemento do patrimônio público, por alienação, aquisição, dívida contraída, dívida liquidada, depreciação ou valorização, amortização, superveniência, insubsistência, efeitos da execução orçamentária e resultado do exercício financeiro. As alterações do patrimônio são efetuadas por incorporações e desincorporações ou baixa. INCORPORAÇÃO é a agregação de novos elementos ao patrimônio público e podem originar-se de forma ativa ou passiva A Incorporação Ativa ocorre quando a agregação de novos elementos causam aumento do patrimônio público. Tomemos como exemplo a aquisição de um bem (um veículo): a entrada é feita pela incorporação desse bem adquirido aumentando o valor da conta de Bens Móveis e em contrapartida a conta Variações Ativas correspondente, pelo aumento patrimonial. A Incorporação Passiva ocorre quando a agregação de novos elementos causam diminuição do patrimônio público. Como, por exemplo, a obtenção de empréstimo ou financiamento. A incorporação dessa dívida aumenta o valor da conta Divida Fundada e, em contrapartida, a conta Variações Passivas correspondentes, pela diminuição que essa passividade causa no patrimônio. DESINCORPORAÇÃO ou baixa é a expressão usada para excluir ou desagregar elementos constantes do patrimônio público, e também pode originar-se de forma ativa ou passiva. A desincorporação ou baixa de elementos será ativa quando causarem o aumento do patrimônio público, como por exemplo a amortização de uma dívida, quando a sua desincorporação ou baixa diminui VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ATIVAS E PASSIVAS INDEPENDENTE DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 20 o valor da conta Dívida Fundada, e em contrapartida com a conta Variação Ativa corresponde, pelo aumento causado no patrimônio. A desincorporação ou baixa de elementos será passiva quando causarem a diminuição do patrimônio público, como por exemplo a quebra de um bem móvel, sem condições de uso, quando de sua desincorporação ou baixa diminui o valor da conta Bens Móveis e, em contrapartida com a conta Variação Passiva correspondente, pela diminuição causada no patrimônio. Em suma, as variações patrimoniaispodem ser classificadas em Variações Ativas ou Passivas, quer sejam provenientes de incorporações de novos elementos ao patrimônio, quer sejam causadas por desincorporações ou baixas de elementos do patrimônio. VARIAÇÕES ATIVAS São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas, quer por insubsistências passivas. Qualquer aumento de valor nos elementos dos bens e direitos do ativo permanente, ou qualquer diminuição de valor nos elementos das obrigações do passivo permanente consideram-se variações ativas, pois contribuem para que o patrimônio seja aumentado. Essas variações decorrem da execução orçamentária ou não. Classificamos as variações ativas em: Resultantes da Execução Orçamentária, Mutações Patrimoniais e Independentes da execução orçamentária. Variações Ativas Resultantes da Execução Orçamentária – são feitas no final do exercício, quando se der o encerramento dos balanços com base na Receita Orçamentária arrecadada no exercício financeiro. A interpretação é que o recebimento de receita orçamentária, resultante da execução orçamentária, provoca a entrada de dinheiro (numerário) e, como consequência, um aumento dos bens patrimoniais, que é refletido pela Variação Ativa correspondente. Ela é transferida do Sistema Financeiro, que é onde ocorre o recebimento da receita, por isso, no final do exercício encerram-se as contas CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 21 da receita orçamentária (contas de resultado positivo), transferindo os seus saldos, para comporem variações patrimoniais no Sistema Patrimonial e, por aumentarem o patrimônio, classificam-se como variações ativas resultantes da execução orçamentária. Essas receitas, como já vistas na aula anterior, são as receitas efetivas. Variações Ativas – Mutações Patrimoniais – são as decorrentes de uma troca de bens, permutados entre elementos do ativo (dinheiro – caixa), por bens ou valores de caráter permanente (móveis, imóveis, títulos e valores) e, originam-se, sempre, da execução orçamentária. Mutação, portanto, significa troca, modificação, mudança e, por se tratar de bens pertencentes ao patrimônio, podemos concluir que a mutação patrimonial é a troca, modificação e mudança que ocorre entre os bens, direitos e obrigações do patrimônio público. Essas receitas, como já vistas na aula anterior, são as receitas não efetivas. Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária – as que provocam modificações no patrimônio, aumentando-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Ativas ou de Insubsistências Passivas. a) Superveniências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio. b) Insubsistências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos que não mais podem subsistir, isto é, não podem mais existir, deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação ativa, provocada pela baixa ou desincorporação de uma obrigação passiva. Uma obrigação passiva que deixa de existir causa consequentemente um aumento na situação patrimonial e, portanto, uma variação ativa. VARIAÇÕES PASSIVAS São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público, diminuindo a situação patrimonial, por incorporação e desincorporação ou baixa, consequente da alienação, depreciação e desvalorização de bens, CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 22 constituição de dívidas passivas, recebimento de créditos, cobrança da dívida ativa, insubsistências ativas ou superveniências passivas. Qualquer diminuição de valor nos elementos dos bens e direitos do ativo permanente, ou qualquer aumento no valor dos elementos das obrigações do passivo permanente consideram-se variações passivas, pois concorrem para que o patrimônio seja diminuído. Essas variações podem ser decorrentes da execução orçamentária oi independentes dela. As variações passivas também são classificadas em Resultantes da Execução Orçamentária, mutações Patrimoniais e Independentes da Execução Orçamentária. Variações Passivas Resultantes da Execução Orçamentária – são feitas no final do exercício, quando se der o encerramento dos balanços com base na Despesa Orçamentária realizada no exercício financeiro. A liquidação da despesa orçamentária, resultante da execução orçamentária, provoca a saída de dinheiro (numerário) e, como conseqüência, uma diminuição de bens patrimoniais, que é refletida pela Variação Passiva correspondente. Ela é transferida do Sistema Financeiro, que é onde ocorre a movimentação financeira da despesa, por isso, no final do exercício encerram-se as contas da despesa orçamentária (contas de resultado negativo), transferindo os seus saldos, para comporem as variações patrimoniais no Sistema Patrimonial e, por diminuírem o patrimônio, classificam-se como variações passivas resultantes da execução orçamentária. Essas despesas, como já vistas na aula anterior, são as despesas efetivas. Variações Passivas – Mutações Patrimoniais – são as decorrentes de uma troca de bens permutantes, através de alienação (venda) ou constituição de dívidas passivas por um bem numerário (dinheiro) e originam-se, sempre, da execução orçamentária. Mutação, portanto, significa troca, permuta, modificação, mudança e por se tratar de bens, direitos e obrigações que compõem o patrimônio, podemos concluir que a mutação patrimonial é a troca, modificação, mudança ou permuta que ocorre entre os elementos patrimoniais. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 23 Essas despesas, como já vistas na aula anterior, são as despesas não efetivas. Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária – são as que provocam modificações no patrimônio, diminuindo-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Passivas ou de Insubsistências Ativas. a) Superveniências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre diminuindo o patrimônio. Serão sempre fatos que aumentam as obrigações (passividade), porém não provêm da execução do orçamento; são incorporações de obrigações passivas que surgem de maneira imprevista. b) Insubsistências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos que não mais podem subsistir, isto é, fatos que deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação passiva, provocada pela baixa ou desincorporação de um bem ou direito ativo. Isso nos parece inevitável, pois um bem ou direito que deixa de existir, consequentemente, causa uma diminuição da situação patrimonial e, portanto, uma variação passiva. Atenção!!! O entendimento desses conceitos é muito importante, pois eles serão utilizados adiante quando estudarmos a Demonstração das Variações Patrimoniais (aula 06). CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 24 17. (CESPE – Auditor do Estado – Contabilidade – ES – 2009) As superveniências e as insubsistências, ativas e passivas,compõem os valores independentes da execução orçamentária, e provocam alterações na situação patrimonial líquida da entidade. COMENTÁRIOS: As superveniências ativas e passivas e as insubsistências ativas e passivas fazem parte das variações independente da execução orçamentária influenciando no resultado patrimonial do exercício e consequentemente alterando a situação patrimonial líquida da entidade. Gabarito: Certo. 18. (FCC – Analista Administrativo – TRT 9ª região – 2010) As alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, advindas de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas ou insubsistências passivas são denominadas (A) variações ativas. (B) variações passivas. (C) bens e direitos. (D) incorporações passivas. (E) alienações ativas. COMENTÁRIOS: VARIAÇÕES ATIVAS - São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas, quer por insubsistências passivas. Gabarito: A 19. (FCC – Analista Jud. TRT 23ª Região – 2011) É um exemplo de uma variação patrimonial ativa A) o cancelamento de dívida ativa. B) o repasse concedido. C) a receita de operações de crédito. Veja como cai em prova!!! CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 25 D) a baixa de bens imóveis em virtude de sua alienação. E) a amortização de dívida interna. COMENTÁRIOS: VARIAÇÕES ATIVAS - São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas, quer por insubsistências passivas. Gabarito: C 20. (CESGRANRIO – Analista – Ciências Contábeis – ANP – 2008) Na contabilidade pública, as variações quantitativas quando aumentam o saldo patrimonial são denominadas Variações (A) Ativas (B) Mistas (C) Aditivas (D) Passivas (E) Aumentativas COMENTÁRIOS: Questão idêntica à anterior. VARIAÇÕES ATIVAS - São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas, quer por insubsistências passivas. Gabarito: A 21. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009) Uma despesa extraorçamentária caracteriza-se por (A) provocar uma redução efetiva na situação líquida patrimonial. (B) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do passivo permanente. (C) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do ativo permanente. (D) provocar uma redução do superávit financeiro. (E) não precisar de autorização legislativa para a sua ocorrência. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 26 COMENTÁRIOS: Apesar de não estar explícito no edital, acreditamos ser necessário o conhecimento do tema despesa extraorçamentária, pois além desta questão (nº 18), a FCC vem cobrando muito conceitos que envolvem este assunto. Temos como exemplo o conhecimento da Antecipação de Receita Orçamentária (ARO). DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA – é aquela que não está consignada na lei orçamentária ou em créditos adicionais, portanto não necessita de autorização legislativa. É paga à margem da lei do orçamento. Compreende saída de numerários resultante de valores que ingressaram nos cofres públicos como receita extraorçamentária, ou seja, de forma transitória. As despesas extraorçamentárias são aqueles decorrentes de: 1. Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro – representam desembolsos de recursos de terceiros em poder do ente público, tais como: a) Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos) – a caução em dinheiro constitui uma garantia fornecida pelo contratado e tem como objetivo assegurar a execução do contrato celebrado com o poder público. Ao término do contrato, se o contratado cumpriu com todas as obrigações, o valor será devolvido pela administração pública. Caso haja execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração pelos valores das multas e indenizações a ela devidos, será registrada a baixa do passivo financeiro em contrapartida à receita orçamentária. b) Recolhimento de Consignações (retenções) – são recolhimentos de valores anteriormente retidos na folha de salários de pessoal ou nos pagamentos de serviços de terceiros; c) Pagamento das operações de crédito por antecipação de receita (ARO) – conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, as antecipações de receitas orçamentárias para atender insuficiência de caixa no exercício financeiro deverão ser quitadas até o dia dez de dezembro de cada ano. Tais pagamentos não necessitam de autorização orçamentária para que sejam efetuados; d) Pagamentos de Salário-Família, Salário-Maternidade e Auxílio-Natalidade – os benefícios da Previdência Social adiantados pelo CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 27 empregador, por força de lei, têm natureza extraorçamentária e, posteriormente, serão objeto de compensação ou restituição. 2. Pagamento de Restos a Pagar – são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores e não pagas. Essas despesas são inscritas em Restos a Pagar que constituirão a Dívida Flutuante. Se o desembolso é extraorçamentário, não há registro de despesa orçamentária, mas uma desincorporação de passivo ou uma apropriação de ativo. Gabarito: E 22. (FCC – Analista – Contadoria – TRF 4ª Região – 2010) É uma variação patrimonial ativa independente da execução orçamentária: (A) pagamento de um débito tributário inscrito na dívida ativa. (B) aquisição de bens imóveis. (C) recebimento de multas por atraso de pagamento de tributos. (D) receita de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público. (E) cancelamento de dívida contraída pelo ente público. COMENTÁRIOS: Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária – as que provocam modificações no patrimônio, aumentando-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Ativas ou de Insubsistências Passivas. c) Superveniências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio. d) Insubsistências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos que não mais podem subsistir, isto é, não podem mais existir, deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação ativa, provocada pela baixa ou desincorporação de uma obrigação passiva. Uma obrigação passiva que deixa de existir causa consequentemente um aumento na situação patrimonial e, portanto, uma variação ativa. Cancelamento de dívida pelo ente público é um exemplo de uma obrigação que deixa de existir. Gabarito: E CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 28 23. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009) A amortização do principal referente a operações de créditos por antecipação de receita orçamentária corresponde a uma (A) receita extraorçamentária. (B) despesa extraorçamentária.(C) despesa orçamentária de capital. (D) despesa orçamentária de juros e encargos da dívida. (E) despesa orçamentária de amortização de dívida. COMENTÁRIOS: Pagamento das operações de crédito por antecipação de receita (ARO) – conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, as antecipações de receitas orçamentárias para atender insuficiência de caixa no exercício financeiro deverão ser quitadas até o dia dez de dezembro de cada ano. Tais pagamentos não necessitam de autorização orçamentária para que sejam efetuados, portanto está no rol de despesas extraorçamentárias. Gabarito: B 24. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) A operação de crédito por antecipação de receita deverá ser registrada como (A) transações orçamentárias. (B) transações extra-orçamentárias. (C) receita de capital. (D) receita patrimonial. (E) receita corrente. COMENTÁRIOS: Como já visto na questão anterior, a operação de crédito por antecipação de receita deverá ser registrada como transações extraorçamentárias. Gabarito: B 25. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009) De acordo com a Lei nº 4.320/64, um evento independente da execução orçamentária que provoca uma redução da situação líquida patrimonial é (A) a inscrição de dívida ativa. (B) o pagamento de serviços de terceiros – pessoa jurídica. (C) a baixa de bem por sinistro. (D) o pagamento de consignações sobre a folha de pagamentos. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 29 (E) o pagamento de serviços da dívida fundada. COMENTÁRIOS: Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária – são as que provocam modificações no patrimônio, diminuindo-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Passivas ou de Insubsistências Ativas. a) Superveniências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre diminuindo o patrimônio. Serão sempre fatos que aumentam as obrigações (passividade), porém não provêm da execução do orçamento; são incorporações de obrigações passivas que surgem de maneira imprevista. b) Insubsistências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos que não mais podem subsistir, isto é, fatos que deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação passiva, provocada pela baixa ou desincorporação de um bem ou direito ativo. Isso nos parece inevitável, pois um bem ou direito que deixa de existir, consequentemente, causa uma diminuição da situação patrimonial e, portanto, uma variação passiva. A baixa de bem por sinistro é um exemplo de uma variação passiva, provocada pela baixa ou desincorporação de um bem ou direito ativo. Gabarito: C 26. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) É uma despesa extra-orçamentária o pagamento de (A) juros da dívida. (B) pessoal. (C) contribuição patronal ao RPPS. (D) devolução de caução. (E) serviços de terceiros. COMENTÁRIOS: DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA – é aquela que não está consignada na lei orçamentária ou em créditos adicionais, portanto não necessita de autorização legislativa. É paga à margem da lei do orçamento. Compreende saída de numerários resultante de valores que ingressaram nos CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 30 cofres públicos como receita extraorçamentária, ou seja, de forma transitória. Caução é uma receita transitória, portanto a sua devolução é uma despesa extraorçamentária. Gabarito: D 27. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009) Pela execução do orçamento, um evento que provoca um aumento efetivo na situação líquida patrimonial de uma entidade pública é (A) o recebimento de dívida ativa. (B) a variação cambial negativa de dívida fundada. (C) o recebimento de taxas. (D) a obtenção de operação de crédito. (E) a venda de bens móveis. COMENTÁRIOS: Essa questão trata de assunto estudado na aula anterior (aula 01). As RECEITAS EFETIVAS – são aqueles ingressos de recursos financeiros de natureza orçamentária que provocam um aumento no Patrimônio Líquido, porque se originam de fatos modificativos aumentativos, ou seja, a elas não correspondem desincorporação de bens ou direitos, nem incorporação de dívidas, ou seja, entrando dinheiro nos cofres públicos não haverá saída de bens e nem assunção de dívidas. Exemplos: • Tributos arrecadados; • Aluguéis recebidos; • Recebimento de juros; • Receitas decorrentes de multas; • Receitas decorrentes de serviços prestados; Portanto como taxa é tributo, o seu recebimento constitui uma receita efetiva. Gabarito: C CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 31 28. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012) São exemplos, respectivamente, de fatos que geram mutação ativa e passiva resultantes da execução orçamentária (A) a alienação de bens e o reconhecimento de despesa com pessoal. (B) o recebimento de um bem em doação e a baixa de um bem por sinistro. (C) a atualização monetária da dívida flutuante e a assinatura de um convênio. (D) a amortização da dívida fundada e a aquisição de material de consumo. (E) a aquisição de um bem imóvel e a contratação de operações de crédito de longo prazo. COMENTÁRIOS: Variações Ativas – Mutações Patrimoniais – são as decorrentes de uma troca de bens, permutados entre elementos do ativo (dinheiro – caixa), por bens ou valores de caráter permanente (móveis, imóveis, títulos e valores) e, originam-se, sempre, da execução orçamentária. Mutação, portanto, significa troca, modificação, mudança e, por se tratar de bens pertencentes ao patrimônio, podemos concluir que a mutação patrimonial é a troca, modificação e mudança que ocorre entre os bens, direitos e obrigações do patrimônio público. Variações Passivas – Mutações Patrimoniais – são as decorrentes de uma troca de bens permutantes, através de alienação (venda) ou constituição de dívidas passivas por um bem numerário (dinheiro) e originam-se, sempre, da execução orçamentária. Mutação, portanto, significa troca, permuta, modificação, mudança e por se tratar de bens, direitos e obrigações que compõem o patrimônio, podemos concluir que a mutação patrimonial é a troca, modificação, mudança ou permuta que ocorre entre os elementos patrimoniais. Diante do exposto, concluímos que a aquisição de um bem imóvel e a contratação de operações de crédito de longo prazo geram, respectivamente, mutação ativa e passiva resultantes da execução orçamentária. Gabarito: E CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 32 29. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012) Um fato independente da execução orçamentária e que provoca alteração na situação líquida patrimonial é (A) a alienação de bens móveis. (B) a reavaliação de bens imóveis. (C) o recolhimento de contribuições previdenciárias. (D) a assinatura de um convênio. (E) a arrecadação de contribuições. COMENTÁRIOS: Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária – as que provocam modificações no patrimônio, aumentando-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Ativas ou de Insubsistências Passivas. Superveniências Ativas – são movimentaçõesque ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio, ou seja, a situação líquida patrimonial. A única alternativa que se enquadra nesse conceito é a reavaliação de bens imóveis. Gabarito: B 30. (FCC – Agente de Fiscalização – TCE – SP – 2012) A variação cambial da dívida fundada externa quando há a desvalorização da moeda brasileira, o real, representa uma (A) superveniência ativa. (B) superveniência passiva. (C) insubsistência ativa. (D) despesa efetiva. (E) insubsistência passiva. COMENTÁRIOS: Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária – são as que provocam modificações no patrimônio, diminuindo-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Passivas ou de Insubsistências Ativas. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 33 Superveniências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre diminuindo o patrimônio. Serão sempre fatos que aumentam as obrigações (passividade), porém não provêm da execução do orçamento; são incorporações de obrigações passivas que surgem de maneira imprevista. Gabarito: B Por hoje é só, pessoal! Até o próximo encontro! Coloco-me à disposição para eventuais dúvidas e sugestões por meio do fórum ou pelo email: otavio@pontodosconcursos.com.br Um grande abraço a todos e bons estudos!!! Otávio Souza. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 34 LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 01. (FCC – Agente de Fiscalização – TCE – SP – 2012 - Adaptada) Em relação à dívida pública, julgue o item: A dívida pública consolidada inclui as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento. 02. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) Será inscrito como restos a pagar a diferença entre despesa (A) empenhada e despesa paga. (B) prevista e despesa empenhada. (C) empenhada e despesa liquidada. (D) fixada e despesa empenhada. (E) fixada e despesa paga. 03. (FCC – Analista Administrativo – TRE – TO – 2011) Restos a pagar processados são despesas ainda não pagas, mas que foram, no exercício corrente (A) empenhadas e ainda não liquidadas. (B) programadas e empenhadas. (C) programadas, mas ainda não empenhadas. (D) empenhadas e liquidadas. (E) programadas e ainda não liquidadas. 04. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) De acordo com a sua natureza, os restos a pagar podem ser classificados como (A) ordinários e extraordinários. (B) orçamentários e extra-orçamentários. (C) processados e não processados. (D) correntes e de capital. (E) ativos e passivos CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 35 05. (FCC- Auditor-TCE-AL-2008-Adaptada) Analise o item abaixo: As despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de julho, consideram- se Restos a Pagar. 06. (FCC – Analista Administrativo – TRT 9ª região – 2010) Restos a pagar de despesas não processadas são aqueles cujo empenho: a) Não foi emitido e o objeto adquirido foi entregue. b) Foi emitido e o objeto adquirido foi entregue. c) Não foi emitido e o objeto adquirido não foi entregue. d) Foi emitido e o objeto adquirido não foi entregue. e) Foi parcialmente emitido e o objeto adquirido foi entregue. 07. (FCC – Analista Contadoria – TRF 4ª região – 2010) São computados como receita extraorçamentária no Balanço Financeiro de um ente público: (A) alienações de bens. (B) operações de crédito. (C) receitas industriais. (D) restos a pagar inscritos no exercício. (E) receitas patrimoniais. 08. (CESPE-Analista Jud-Contabilidade-TRT 17ª Reg-2009) Com relação à aplicação prática de conceitos de Contabilidade Pública, julgue o item a seguir: No balanço orçamentário, os restos a pagar são computados como despesa orçamentária, mas, no balanço financeiro, são incluídos como receita extraorçamentária. 09. (CESPE-Analista-Contabilidade-TCE-AC-2009-Adaptada) A respeito da dívida pública, julgue o item: Os restos a pagar são classificados como dívida fundada. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 36 10. (FCC-Técnico Judiciário-TRF-4ª Reg-2010) É exemplo de despesa extraorçamentária: (A) juro da dívida pública. (B) aquisição de equipamentos e instalações. (C) pagamento de restos a pagar. (D) amortização da dívida pública. (E) concessão de empréstimos pelo ente público. 11. (FCC – Auditor – TCE – AL – 2008) É um exemplo de despesa extra-orçamentária o pagamento de (A) amortização da dívida pública. (B) restos a pagar de exercícios anteriores. (C) subvenções econômicas. (D) subvenções sociais. (E) de imóvel ou de bem de capital já em utilização pelo órgão público. 12. (FCC - Analista – Contabilidade - TRT 24ª Região - 2006) Os Restos a pagar (A) não processados referem-se a valores devidos em decorrência de empenhamentos sem a devida cobertura do crédito orçamentário e financeiro. (B) processados referem-se a empenhamentos não liquidados, porém com a devida cobertura financeira. (C) não processados referem-se a empenhamentos liquidados e não-pagos até 31/12 sem a devida cobertura financeira. (D)) processados referem-se a empenhamentos liquidados e não pagos até 31/12 independentemente da sua cobertura financeira. (E) processados referem-se a empenhamentos não liquidados, porém com cobertura orçamentária e financeira. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 37 13. (FCC – Analista Contabilidade – TRT 24ª Região – 2011) Considere: IV. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas dentro do exercício financeiro. V. A despesa empenhada no exercício anterior e paga no exercício seguinte será considerada extraorçamentária no momento do pagamento. VI. A despesa empenhada no exercício anterior e paga no exercício seguinte será considerada orçamentária no momento do pagamento. Em relação aos Restos a Pagar, está correto o que consta APENAS em (A) III. (B) II e III. (C) I e III. (D) I e II. (E) I 14. (FCC – Técnico Contabilidade – TRF 4ª Região – 2010) Em relação às Despesas de Exercícios Anteriores, é correto afirmar: (A) São despesas de caráter extraorçamentário. (B) Significam a mesma coisa que Restos a Pagar decorrentes do exercício anterior. (C) São despesas liquidadas, mas não pagas no exercício correspondente. (D) São aquelas em que a obrigação de pagamento é criada em virtude de lei, reconhecido o direito do reclamante no encerramento do exercício correspondente. (E) São despesas em que a obrigação foi cumprida pelo credor no prazo estabelecido, embora não tenham sido processadas na época própria. 15. (FCC – Analista Administrativo – TRE – TO – 2011) As Despesas de Exercícios Anteriores são: (A) Restos a pagar processados e pagos no exercício subsequente ao do empenho. (B) Despesas correspondentes a períodos anteriores e pagas no presente exercício com dotação orçamentária específicapara tal fim. (C) Restos a pagar cuja prescrição não tenha sido interrompida. (D) Despesas pagas em exercícios anteriores correspondentes a serviços prestados no corrente exercício. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 38 (E) Despesas correspondentes a serviços prestados no corrente exercício mas cujo empenho foi feito em exercícios anteriores. 16. (FCC – Analista Ministerial – Ciências Contábeis – MPE – PE – 2012) Está correto afirmar: (A) Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar, sendo que esse prazo não é interrompido pelo cancelamento da inscrição da despesa nessa rubrica. (B) A concessão de suprimento de fundos poderá ser feita a servidor declarado em alcance. (C) Os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente deverão ser pagos como despesas de exercícios anteriores. (D) São classificadas como restos a pagar processados as despesas legalmente empenhadas e que não tenham sido liquidadas no exercício financeiro. (E) A concessão de suprimento de fundos independe de prévio empenho da despesa correspondente. 17. (CESPE – Auditor do Estado – Contabilidade – ES – 2009) As superveniências e as insubsistências, ativas e passivas, compõem os valores independentes da execução orçamentária, e provocam alterações na situação patrimonial líquida da entidade. 18. (FCC – Analista Administrativo – TRT 9ª região – 2010) As alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, advindas de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas ou insubsistências passivas são denominadas (A) variações ativas. (B) variações passivas. (C) bens e direitos. (D) incorporações passivas. (E) alienações ativas. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 39 19. (FCC – Analista Jud. TRT 23ª Região – 2011) É um exemplo de uma variação patrimonial ativa A) o cancelamento de dívida ativa. B) o repasse concedido. C) a receita de operações de crédito. D) a baixa de bens imóveis em virtude de sua alienação. E) a amortização de dívida interna. 20. (CESGRANRIO–Analista–Ciências Contábeis – ANP – 2008) Na contabilidade pública, as variações quantitativas quando aumentam o saldo patrimonial são denominadas Variações (A) Ativas (B) Mistas (C) Aditivas (D) Passivas (E) Aumentativas 21. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009) Uma despesa extraorçamentária caracteriza-se por (A) provocar uma redução efetiva na situação líquida patrimonial. (B) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do passivo permanente. (C) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do ativo permanente. (D) provocar uma redução do superávit financeiro. (E) não precisar de autorização legislativa para a sua ocorrência. 22. (FCC – Analista – Contadoria – TRF 4ª Região – 2010) É uma variação patrimonial ativa independente da execução orçamentária: (A) pagamento de um débito tributário inscrito na dívida ativa. (B) aquisição de bens imóveis. (C) recebimento de multas por atraso de pagamento de tributos. (D) receita de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público. (E) cancelamento de dívida contraída pelo ente público. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 40 23. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009) A amortização do principal referente a operações de créditos por antecipação de receita orçamentária corresponde a uma (A) receita extraorçamentária. (B) despesa extraorçamentária. (C) despesa orçamentária de capital. (D) despesa orçamentária de juros e encargos da dívida. (E) despesa orçamentária de amortização de dívida. 24. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) A operação de crédito por antecipação de receita deverá ser registrada como (A) transações orçamentárias. (B) transações extra-orçamentárias. (C) receita de capital. (D) receita patrimonial. (E) receita corrente. 25. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009) De acordo com a Lei nº 4.320/64, um evento independente da execução orçamentária que provoca uma redução da situação líquida patrimonial é (A) a inscrição de dívida ativa. (B) o pagamento de serviços de terceiros – pessoa jurídica. (C) a baixa de bem por sinistro. (D) o pagamento de consignações sobre a folha de pagamentos. (E) o pagamento de serviços da dívida fundada. 26. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) É uma despesa extra-orçamentária o pagamento de (A) juros da dívida. (B) pessoal. (C) contribuição patronal ao RPPS. (D) devolução de caução. (E) serviços de terceiros. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 41 27. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009) Pela execução do orçamento, um evento que provoca um aumento efetivo na situação líquida patrimonial de uma entidade pública é (A) o recebimento de dívida ativa. (B) a variação cambial negativa de dívida fundada. (C) o recebimento de taxas. (D) a obtenção de operação de crédito. (E) a venda de bens móveis. 28. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012) São exemplos, respectivamente, de fatos que geram mutação ativa e passiva resultantes da execução orçamentária (A) a alienação de bens e o reconhecimento de despesa com pessoal. (B) o recebimento de um bem em doação e a baixa de um bem por sinistro. (C) a atualização monetária da dívida flutuante e a assinatura de um convênio. (D) a amortização da dívida fundada e a aquisição de material de consumo. (E) a aquisição de um bem imóvel e a contratação de operações de crédito de longo prazo. 29. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012) Um fato independente da execução orçamentária e que provoca alteração na situação líquida patrimonial é (A) a alienação de bens móveis. (B) a reavaliação de bens imóveis. (C) o recolhimento de contribuições previdenciárias. (D) a assinatura de um convênio. (E) a arrecadação de contribuições. CURSO ON-LINE – NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA TEORIA E EXERCÍCIOS – TRT 9ª REGIÃO ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 42 30. (FCC – Agente de Fiscalização – TCE – SP – 2012) A variação cambial da dívida fundada externa quando há a desvalorização da moeda brasileira, o real, representa uma (A) superveniência ativa. (B) superveniência passiva. (C) insubsistência ativa. (D) despesa efetiva. (E) insubsistência passiva. GABARITO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 Certo A D C Errado D D Certo Errado C 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 B D D E B C Certo A C A 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 E E B B C D C E B B