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A motivação à exportação decorre de uma multiplicidade de fatores e pode ser agrupada em duas categorias: • proativas – refletem estímulos que levam os empresários a perseguir determinados objetivos de forma racional para atingir certa estratégia (internacionalização); • reativas – levam os empresários a responder às mudanças de ambiente, adaptando suas atividades ao longo do tempo e procurando assim garantir maiores proventos imediatos ou a sobrevivência de suas empresas As empresas de maior sucesso nos mercados externos são em regra aquelas que sofreram fatores de motivação proativa. Exportação TIPOS DE EXPORTAÇÃO Em processos de internacionalização empresarial é comum as empresas seguirem de estágios com menor risco, menor controle de mercado, menor investimento para outros em que seu envolvimento é maior e em consequência a sustentabilidade do seu desenvolvimento ficará mais protegida. Decreto n.º 6.759/09 - Regulamento Aduaneiro Portaria Secex n.º 25/08 – Tratamento Administrativo da Exportação Poderemos dividir os tipos de acesso a mercados internacionais da seguinte maneira: • Acesso indireto – as empresas procuram intermediários que executem o processo de exportação. • Acesso direto – o exportador controla em maior ou menor grau os seu clientes estrangeiros. • Acesso concentrado – reflete uma colaboração entre várias empresas interessadas no processo de internacionalização para determinado mercado. O PROCESSO ADMINISTRATIVO DE EXPORTAÇÃO O tratamento administrativo das exportações estabelece normas e controles para determinados produtos exportados sujeitos a procedimentos especiais, ao pagamento de imposto de exportação ou a normas específicas de padronização e classificação, ou que tenham a exportação contingenciada ou suspensa em virtude da legislação ou em decorrência de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. Exportações sem cobertura cambial Operações sem destinação comercial, como retorno de animais com fins de reprodução ou exposição, ou saída de bens destinados a competições esportivas. Exportação para uso e consumo a bordo Embarcações ou aeronaves, exclusivamente de tráfego internacional, é entendido como exportação. Dispensadas de RE. Exportação em consignação Venda posterior. Alguns produtos não podem ser consignados. Ex: soja, álcool etílico, fumo e seus sucedâneos. No prazo de 90 ou 180 dias (NCM/SH do produto) contados da data do embarque, deve comprovar o ingresso da moeda estrangeira correspondente a venda (de acordo com legislação aplicável, ou o retorno da mercadoria ao país. Exportação destinadas a feiras, exposições e certames semelhantes Após 180 dias comprovar o retorno ao país, contados da data de embarque, ou promover o ingresso da moeda estrangeira. Exportação amparada em crédito back to back Compra e venda de um produto no exterior, sem envolver seu ingresso no país. Autorização prévia do BACEN. Ex: Turbinas de usinas hidrelétricas. Exportação com descontos Formular pleito junto a DECEX apresentando os motivos do desconto, justificando-o. Deve conter o número de RE, os valores originais, os descontos pretendidos e os valores finais a serem considerados. O PROCESSO ADMINISTRATIVO DE EXPORTAÇÃO O despacho aduaneiro de exportação é processado por meio da Declaração do Despacho de Exportação (DDE) registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), tendo a si vinculado um ou mais Registros de Exportação (RE). Sujeita-se a despacho aduaneiro de exportação toda mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior, a título definitivo ou não, e ainda as mercadorias que devem ser objeto de reexportação. O início do despacho O despacho inicia-se com o registro da Declaração do Despacho de Exportação (DDE) no Siscomex, em que o exportador informa quais mercadorias pretende exportar e os registros de Exportação (RE) já efetivados. A declaração será instruída pelos seguintes documentos: • primeira via da nota fiscal; • via original do Conhecimento e do Manifesto Internacional de Carga, nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre; • outros indicados em legislação específica. O despacho de exportação poderá ser realizado nas zonas primária ou secundária e eventualmente no estabelecimento do exportador, devendo no local indicado existir um terminal de computador ligado ao Siscomex. Seleção parametrizada Após registro da DDE e entrega à unidade da Secretaria da Receita Federal da documentação que a instrui, a Declaração de Exportação é submetida à análise fiscal e selecionada para um dos canais de conferência, conforme os critérios estabelecidos pela administração aduaneira. Tal procedimento de seleção recebe o nome de parametrização. Os canais de conferência (procedimentos de verificação) na exportação são quatro: verde, amarelo, vermelho e cinza. Desembaraço aduaneiro Após a verificação da mercadoria, procede-se ao desembaraço aduaneiro na exportação – ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira e autorizado o trânsito aduaneiro, o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria. Ao final do procedimento, a Receita Federal, por meio do Siscomex, registra a confirmação do embarque da mercadoria ou sua transposição da fronteira, o que é designado como “averbação”, constituindo o ato final do despacho aduaneiro de exportação. Concluída a operação de exportação será fornecido ao exportador, quando solicitado, o documento comprobatório da exportação – Comprovante de Exportação – emitido pelo Siscomex. Interrupção e cancelamento do despacho O despacho de exportação será interrompido em caráter definitivo quando se tratar de tentativa de exportação de mercadoria cuja saída do país esteja proibida, vedada ou suspensa, nos termos da legislação vigente e até o cumprimento das exigências legais, quando as divergências apuradas caracterizarem, de forma inequívoca, fraude relativa a preço, peso, medida, classificação e qualidade da mercadoria (art. 30 do RA). O despacho será cancelado (art. 31 da IN SRF n. 28/94) automaticamente se, decorrido o prazo de 15 dias após o seu início, não tenha sido registrada, no sistema, a recepção dos documentos pela unidade da SRF de despacho. DESPACHO SIMPLIFICADO DE EXPORTAÇÃO A Declaração Simplificada de Exportação (DSE) será formulada pelo exportador ou seu representante em terminal conectado ao Siscomex (art. 29 da IN SRF n. 611, de 18/1/2006). Exportações que não ultrapassem a US$ 50.000,00. Ingresso de divisas mediante utilização de cartão de crédito internacional emitido no exterior. Registro da DSE A DSE será registrada por solicitação do exportador ou seu representante, mediante sua numeração automática única, sequencial e nacional, reiniciada a cada ano, pelo Siscomex (art. 33 da IN SRF n. 611, de 18/1/2006). Conferência aduaneira e averbação Após o registro no Siscomex, as DSEs serão submetidas ao módulo de seleção parametrizada do Siscomex, para fins de identificação daquelas a serem objeto de conferência aduaneira que deverá ser concluída no prazo máximo de seis horas, contado do dia seguinte ao da entrega dos documentos que a instruem. Comprovante de Exportação Após a averbação do embarque e por solicitação do interessado, será emitido pelo Siscomex o Comprovante da Exportação. EXPORTA FÁCIL Tem como finalidade agilizar os processos de exportação via postal e os procedimentos alfandegários. Pelo Exporta Fácil é possível efetuar exportações no valor de até US$ 50.000,00 por pacote, podendo ser utilizadas várias modalidades de acordo com os tempos de trânsito, sendo: • Sedex Mundi; • Expressa (EMS). SITUAÇÕES ESPECIAIS NA EXPORTAÇÃO Algumas exportações obedecem a procedimentos específicos. O Anexo “L” da Portaria Secex n. 25, de 27/11/2008, relaciona as exportações dispensadas de registro de Exportação (RE). O Anexo “P” da referida portaria lista os produtos sujeitos a procedimentos especiais na exportação: • contingentação na exportação; • padronização; • pagamento de imposto de exportação. O Anexo “Q” relaciona os produtos que não podem ser vendidos em consignação. O Anexo “R” relaciona as mercadorias e percentuais máximos de retenção de margem não sacada de câmbio. DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE EXPORTAÇÃO De forma geral, poderemos referir que a formação do preço de venda depende principalmente do Incoterm negociado e para isso é necessário: 1 Conhecer os preços no mercado selecionado. 2 Escolher um preço entre os custos totais e o limite superior que o segmento do mercado objetivo está disposto a pagar. Existem várias metodologias para a determinação do preço dos produtos ou serviços a serem exportados. A principal regra a seguir é que as exportações são imunes, isentas ou têm os impostos federais e estaduais suspensos até comprovação da efetiva exportação. Documentos exigidos na exportação Documentos referente ao exportador: inscrição no REI (Registro de Exportadores e Importadores da SECEX/MDIC) Empresas, a inscrição é automática no ato da primeira operação de exportação no SISCOMEX. O registro é realizado automaticamente pelo sistema, não havendo formulário específico para o preenchimento Pessoa física – quantidade que não revele prática de comércio e desde que não se configure habitualidade. • Excetuam-se a estas restrições, desde que o interessado comprove junto ao DECEX/SECEX, tratar-se de: • agricultor ou pecuarista (INCRA); • artesão, artista ou assemelhado (autônomo). Documentos exigidos na exportação Documentos referentes ao Contrato de exportação: • Fatura Pro-Forma: se refere as condições de venda da mercadoria (descrição, quantidade, tipo de embalagem, INCOTERMS, data e local de entrega, locais de embarque e desembarque, prazo de validade da proposta, nomes importador e exportador, assinaturas, etc.) • Carta de Crédito: após a Fatura Pro-Forma ao importador, o exportador receberá os documentos que confirmam a aquisição da mercadoria • Letra de câmbio: semelhante a duplicata, representa um título de crédito emitido pelo exportador e sacado contra o importador • Contrato de câmbio: instrumento para troca de moedas, entre o exportador e um banco autorizado pelo BC Documentos exigidos na exportação Registro de exportação (RE): informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operação de exportação de uma mercadoria e seu enquadramento legal Validade de 60 dias a partir da data de efetivação do RE Status do RE • Em digitação; • Pendente de efetivação; Em análise; • Com exigência; Rejeitado; Efetivado; • Vencido; Cancelado; • Solicitação de despacho; Averbado; • Proposta de alteração. Documentos exigidos na exportação Registro de Operações de Crédito (RC): informações cambiais e financeira referente a exportação com prazo de pagamento superior a 180 dias, contados a partir do embarque Registro de venda (RV): produtos negociados em bolsa internacional de mercadorias ou de produtos primários (commodities) Nota Fiscal (NF): documento que acompanha a mercadoria desde a saída até o destino final Documentos exigidos na exportação Despacho aduaneiro é uma declaração formulada pelo exportador por intermédio do SISCOMEX Procedimento fiscal de desembaraço da mercadoria destinada ao exterior, com base nas informações contidas no RE, NF e dados da mercadoria para verificação das autoridades aduaneiras Conhecimento ou certificado de embarque: a empresa de transporte emite o Conhecimento de Embarque que comprova ter a mercadoria sido colocada a bordo do meio de transporte Documentos exigidos na exportação Solicitação de Despacho (SD): declaração que deverá ser apresentada na Receita Federal por meio do SISCOMEX, na qual consiste na confirmação do embarque da mercadoria • Apólice de seguro: contém todas as características e condições do seguro de transporte internacional dos produtos a serem exportados • Fatura consular: atende as formalidades alfandegárias, por ocasião do respectivo despacho aduaneiro de importação Documentos exigidos na exportação Romaneio: documento preenchido pelo exportador com objetivo de facilitar a fiscalização aduaneira (deve conter todas as informações da mercadoria) tanto no embarque quanto no desembarque Outros: Certificado de Origem, Legislação Consular, Certificado ou Apólice de Seguro, Borderô ou Carta de Entrega Certificado de Origem tem como objetivo atestar que o produto é originário do país exportador e que atende todos os requisitos exigidos pelo pais importador. Certificados fornecidos por entidades credenciadas Formação de Preço de Exportação Item • Preço de mercado interno sem o IPI • (Para efeito de cálculo das deduções) R$ 5.000,00 • Preço de mercado interno (inclusive IPI de 14%) R$ 5.700,00 Formação de Preço de Exportação Deduções • IPI (14% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 700,00 • ICMS (18% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 900,00 • COFINS (7,6% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 380,00 • PIS (1,65% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 82,50 • Lucro no mercado interno (10% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 500,00 • Embalagem de mercado interno R$ 40,00 Total das deduções R$ 2.602,50 Formação de Preço de Exportação Primeiro subtotal. • Diferença entre o preço com o IPI (R$ 5.700,00) e o total de deduções (R$ 2.602,50) R$ 3.097,50 Inclusões • Embalagem de exportação R$ 55,00 • Frete e seguro da fábrica ao local de embarque R$ 100,00 Total das inclusões R$ 155,00 Formação de Preço de Exportação Segundo subtotal. • Soma do primeiro subtotal (R$ 3.097,50) com o total das inclusões (R$ 155,00) R$ 3.252,50 • Margem de lucro pretendida - Exportação (10% calculado sobre o preço FOB) R$ 325,25 • Preço FOB (R$ 3.252,50 mais R$ 325,25) R$ 3.577,75 • Tomando-se uma taxa de câmbio hipotética de US$ 1,00 = R$ 1,90 • Tem-se o preço FOB de US$ 1,883.02 MODELO FATURA PRÓ-FORMA MODELO CARTA DE CRÉDITO MODELO BORDERÔ MODELO APÓLICE DE SEGURO MODELO CONTRATO DE CÂMBIO MODELO ROMANEIO DE EMBARQUE (PACKING LIST) MODELO CONHECIMENTO DE EMBARQUE MARÍTIMO (BILL OF LADING - B/L) MODELO CONHECIMENTO DE EMBARQUE AÉREO (AIRWAY BILL - AWB) MODELO CONHECIMENTO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO (CRT) MODELO CONHECIMENTO DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO (TIF/DTA)
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