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Despacho aduaneiro de exportação e 
importação
Apresentação
O comércio exterior compreende todo o processo de compra e venda de mercadorias envolvendo 
negócios realizados com outros países. Parte importante desse processo é o despacho aduaneiro, 
que consiste na regularização das mercadorias ou dos serviços que entram ou saem do país.
Desse modo, o procedimento fiscal que processa o desembaraço aduaneiro de mercadorias 
consiste na verificação da exatidão dos dados declarados pelo importador ou pelo exportador. Isso 
é feito por meio das informações inseridas no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e 
dos documentos apresentados, com base no regulamento e na legislação aduaneira.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre o procedimento de despacho nos 
processos tanto de importação quanto de exportação. Você também vai compreender a 
importância dos documentos usados nesse procedimento. Por fim, você vai estudar os 
procedimentos adotados pela Receita Federal do Brasil (RFB) para analisar a veracidade das 
informações apresentadas pelos declarantes.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o despacho aduaneiro na exportação e importação.•
Apresentar os documentos usados no despacho aduaneiro de exportação e importação.•
Descrever os procedimentos de análise de documentos e os principais pontos de atenção no 
processo.
•
Desafio
A importação consiste na compra de bens ou serviços provenientes do exterior. Após a negociação 
junto ao fornecedor do exterior, é necessário dar início ao processo de regularização da compra 
junto ao órgão regulador no Brasil: a RFB. Esse procedimento é denominado despacho.
Analise o caso a seguir: 
A empresa Bruder Ltda. está inserida no mercado de comércio de bebidas há muitos anos, mas, em 
virtude de uma proposta muito boa de fornecedores alemães, passou recentemente a também 
comercializar bebidas importadas. Seus primeiros processos foram realizados por intermédio de 
uma trading company, já que a Bruder não dispunha de conhecimento sobre os trâmites de 
comércio exterior. Mas, tendo em vista o grande diferencial que as bebidas alemãs levam ao 
negócio, e sendo instruída pelo próprio fornecedor, a Bruder decidiu contratar um profissional da 
área de comércio exterior para dar início ao procedimento de importação de forma direta pela 
empresa.
Você, com sua vasta experiência na área, foi o contratado e terá como principal função estruturar 
os primeiros passos para fazer a importação de forma direta.
Infográfico
Os documentos no comércio exterior são de fundamental importância. São eles que informam às 
partes envolvidas no processo o que está sendo comercializado. Além disso, eles têm a função de 
informar à RFB e a todos os órgãos anuentes e intervenientes do processo o conteúdo que será 
despachado, os seus valores, os seus pesos, a origem e o destino, a classificação fiscal, a descrição e 
demais informações comerciais que forem julgadas necessárias.
Usados no despacho aduaneiro de exportação e importação, os documentos, além de formalizarem, 
por escrito, o conteúdo da carga que está entrando ou deixando o país, também informam aos 
órgãos anuentes e intervenientes no processo sobre cuidados necessários, como nos casos de 
produtos perigosos, frágeis ou perecíveis. Informam também sobre exigências ou regulamentações 
pertinentes, bem como sobre o tratamento mais apropriado para aquele processo.
A conferência cautelosa desses documentos se faz necessária para que o despacho da mercadoria 
ocorra de forma rápida e eficiente. Pode-se afirmar que é a parte que mais inspira cuidado e 
atenção durante o processo de despacho, já que, frequentemente, é causa de multas tanto na 
importação quanto na exportação.
No Infográfico a seguir, você vai conhecer cada um desses documentos e as suas funções.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/faea8ae1-51ce-46bc-a352-721131bc0609/8b192158-0d60-42e7-9c63-1b8a4d477a7c.jpg
Conteúdo do livro
O despacho aduaneiro, tanto de exportação quanto de importação, é entendido como sendo o 
procedimento fiscal de verificação das informações prestadas em relação à mercadoria ou ao 
serviço que está entrando ou saindo do país. Isso tudo é feito por meio do Siscomex.
A conferência aduaneira desse processo é validada pela RFB e tem a finalidade de identificar a 
empresa importadora e/ou exportadora, comparar os documentos apresentados à legislação 
vigente e constatar o cumprimento de todas as obrigações fiscais e aduaneiras. Todo esse processo 
exige muita cautela em sua condução, já que ele é composto de diferentes etapas e tem 
procedimentos específicos para a importação e para a exportação.
No capítulo Despacho aduaneiro de exportação e importação, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai conhecer de forma detalhada como conduzir esse processo todo da melhor 
forma possível. Você vai compreender os pontos de atenção em cada processo e vai verificar quais 
são os documentos usados no despacho de exportação e importação.
Boa leitura.
GESTÃO DO 
DESPACHO 
ADUANEIRO 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Definir o despacho aduaneiro na exportação e importação.
 > Apresentar os documentos usados no despacho aduaneiro de exportação 
e importação.
 > Descrever os procedimentos de análise de documentos e os principais pontos 
de atenção no processo.
Introdução
O processo de entrada ou saída de mercadorias ou serviços do território brasileiro 
requer alguns procedimentos aduaneiros para sua posterior apresentação aos 
órgãos de controle aduaneiro. Exercido pela Receita Federal do Brasil (RFB), esse 
processo prevê a verificação e a posterior autorização para importar ou exportar. 
Esse procedimento fiscal é chamado de despacho aduaneiro, no qual, em síntese, 
é verificada a exatidão dos dados apresentados pelo exportador ou importador.
Neste capítulo, você vai conhecer o despacho aduaneiro de exportação e impor-
tação. Além disso, vai ver os documentos usados em seus respectivos despachos 
aduaneiros. Por fim, vai estudar os procedimentos de análise de documentos e 
os principais pontos de atenção no processo.
Despacho aduaneiro 
de exportação 
e importação
Deisi Diel Weber
O que é despacho aduaneiro de exportação 
e importação
O processo de aquisição de mercadorias e/ou serviços do exterior ou a venda 
de mercadorias brasileiras para outros países sempre cruzará nossas frontei-
ras. Nesse momento, será apresentada a fiscalização aduaneira, que verifica a 
conformidade dos dados apresentados pelas empresas importadoras ou ex-
portadoras à Receita Federal, de acordo com a legislação aduaneira brasileira.
Procedimentos aduaneiros existem em todos os países. Cada nação, de 
alguma forma, protege suas fronteiras da entrada e saída de bens e controla 
para fins fiscais, tributários, estatísticos e de segurança. Essas práticas 
têm como uma das principais finalidades a verificação da mercadoria em 
relação à sua compatibilidade com o ordenamento jurídico daquele território 
(CAPARROZ, 2018). No Brasil, os procedimentos aduaneiros são detalhados 
no Regulamento Aduaneiro nº 6.759 de 5 de fevereiro de 2009 (BRASIL, 2009), 
que dispõe sobre as regras e leis que regem os procedimentos adotados nas 
alfândegas.
A boa gestão aduaneira interfere diretamente no fortalecimento do comér-
cio exterior e na competitividade das empresas exportadoras e importadoras. 
Parte do controle exercido nessas aduanas pode acontecer no âmbito fiscal, 
tributário e cambial (CAPARROZ, 2018).
As mercadorias que entram no país costumam sofrer um controle mais 
rígido do que as que saem (VAZQUEZ, 2015), pois considera-se que o que 
está deixando o país está regular, portanto confere-se apenas seu correto 
enquadramento. Desse modo, as mercadorias importadas por empresas 
brasileiras precisam cumprir exigências administrativase aduaneiras um 
pouco mais rígidas, necessárias para a sua eficaz identificação e para a análise 
de sua capacidade econômica (CAPARROZ, 2018). O despacho aduaneiro de 
importação está disciplinado nas instruções normativa(IN) SRF nº 680/2006 
(BRASIL, 2006a) e nº 611/2006 (BRASIL, 2006b).
O importador, quando pessoa física e importando bens não considerados 
para destinação comercial, tem um procedimento mais brando de controle 
aduaneiro e não necessita de registro prévio, como importadores regulares 
e/ou exportadores. Entretanto, sendo pessoa jurídica, precisará cumprir 
previamente alguns requisitos definidos pela Receita Federal, conforme 
descreve Caparroz (2018, p. 940):
Despacho aduaneiro de exportação e importação2
• Inscrição, pelo responsável legal da pessoa jurídica, no Sistema RADAR da 
Receita Federal, que tem por objetivo controlar as atividades relacionadas ao 
despacho aduaneiro, a fim de se evitar a interposição fraudulenta de terceiros;
• Inscrição no Registro de Importadores e Exportadores (REI), que permite 
acesso direto ao SISCOMEX;
• Outorga de poderes no próprio Sistema, para que outras pessoas físicas, que 
não o responsável legal da empresa, possam efetuar operações de comércio 
exterior (normalmente despachantes aduaneiros, empregados, prepostos ou 
representantes);
• Obtenção da licença de importação, no caso de licenciamento não automá-
tico; fechamento da operação de câmbio (se a operação for efetuada com 
cobertura cambial, vale dizer, com remessa de moeda ao exterior) num banco 
autorizado, por intermédio de um contrato específico.
O Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) é um instrumento 
administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento e 
controle das operações de comércio exterior. Ele foi instituído pelo Decreto 
nº 660 de 25 de setembro de 1992 (BRASIL, 1992) e, inicialmente, foi utilizado 
para as exportações. A partir de 1997, passou a ser usado também para as 
importações. Em sua implantação, foi considerado pioneiro ao informatizar 
os controles existentes que eram realizados com declarações em papel, já 
que muitos países não tinham controle informatizado total de suas operações 
de comércio exterior (SISCOMEX, 2021).
O Siscomex conectou todos os intervenientes em uma única pla-
taforma, com o intuito de facilitar um fluxo único de informações, 
eliminando controles paralelos e diminuindo significativamente o volume de 
documentos envolvidos nas operações. As operações registradas no Portal 
Siscomex têm o controle dos órgãos gestores e anuentes (SISCOMEX, 2021).
Dentro do Siscomex, foi criado o Portal Único de Comércio Exterior, uma 
iniciativa do governo centrada no aumento da transparência e da eficiência 
nos processos e com objetivo de reduzir a burocracia, o tempo e os custos nas 
operações de exportação e importação brasileiras. Foi lançado em 2014 para 
atender com mais eficiência às demandas do comércio exterior, mantendo o 
Siscomex como ferramenta efetiva (SISCOMEX, 2021).
Todos os sistemas do Siscomex e os demais sistemas governamentais des-
tinados à obtenção de autorizações, certificações e licenças para exportar 
ou importar estão presentes no Portal Siscomex. Assim, as informações e os 
documentos enviados são distribuídos eletronicamente, de maneira padroni-
zada e harmonizada, aos órgãos e entidades da administração pública que os 
demandem (SISCOMEX, 2021).
Despacho aduaneiro de exportação e importação 3
Com a redução do tempo das operações por meio da simplificação e do 
aumento de eficiência e da celeridade processual é possível reduzir custos 
do processo e tornar o produto exportado mais competitivo, além de facilitar 
o processo de importação de insumos e mercadorias diversas para o Brasil. 
Reduz-se, assim, o manuseio de papel, com maior centralização de autorizações 
e licenças, e passa-se a atuar com foco maior na gestão de risco dos processos 
e na formação de estatísticas e índices de desempenho, redesenhando alguns 
processos e integrando várias etapas.
Com base no Decreto nº 8.229 de 2014, 22 órgãos de governo integram a iniciativa do 
Programa Portal Único, coordenada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e a 
Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), ambas do Ministério da Econo-
mia. O compartilhamento de informações sobre os processos entre os intervenientes 
permitiu identificar as necessidades mútuas das partes envolvidas trazendo maior 
economia e previsibilidade aos operadores (SISCOMEX, 2021, documento on-line).
A redução dos prazos se mostrou, já no início de sua implantação, um dos 
grandes ganhos proporcionados pelo Portal Único de Comércio Exterior, pois tem 
como potencial melhorar o ambiente de negócios, transformar as empresas e 
seus custos e torná-las mais competitivas globalmente, atraindo investimentos. 
O despacho de importação tinha como meta a redução de prazos de 17 para 10 
dias para liberação da carga. Para a exportação, a meta era de 13 para 8 dias 
em média, já que além da eliminação de documentação, algumas etapas foram 
eliminadas ao se aproveitar dados comuns, como os da nota fiscal eletrônica 
(NF-e). Essas metas foram superadas rapidamente após a implantação no módulo 
de exportação. Com a conclusão da implantação do módulo de importação, 
espera-se alcançar resultados igualmente otimistas (SISCOMEX, 2021).
Feita a prévia habilitação da empresa nos termos e condições estabelecidos 
pela Receita Federal, o importador poderá dar início aos trâmites de compra de 
bens ou serviços junto a seus fornecedores no exterior e autorizar seu embar-
que. Para o Brasil, o embarque pode ocorrer via aérea, rodoviária ou marítima. 
Dependendo da condição comercial acordada entre as partes, a organização do 
embarque pode ser de responsabilidade do importador ou do exportador. Quando 
o responsável é o importador, recomenda-se a contratação um agente de cargas 
internacional capaz de intermediar o procedimento entre o embarcador (marítimo, 
aéreo ou rodoviário) e o importador, buscando datas e prazos que atendam a 
todas as necessidades. Por sua vez, quando é responsabilidade do exportador, 
o próprio fornecedor organiza na origem os trâmites necessários ao embarque.
Nos casos de embarques marítimos, alguns procedimentos aduaneiros 
poderão ser feitos durante o trânsito da mercadoria. Todavia, quando o trans-
porte ocorrer via área ou rodoviária, em que o prazo para chegada na estação 
aduaneira de fronteira é mais curto, é prudente que todos os documentos e 
procedimentos referentes à importação estejam corretos já no embarque. 
Dentre os procedimentos, destaca-se os seguintes.
Despacho aduaneiro de exportação e importação4
 � Contratação de um despachante aduaneiro para proceder com os 
trâmites aduaneiros na chegada da carga. O despachante aduaneiro é o 
profissional que representa exportadores perante os órgãos governa-
mentais, além de assessorar a empresa nos procedimentos aduaneiros, 
como apresentação e envio de documentos, recebimento de intimações 
e notificações, acompanhamento da verificação da mercadoria na 
conferência aduaneira e acompanhamento das vistorias. Ele também 
se envolve em questões logísticas, fiscais, tributárias e comerciais 
(VAZQUEZ, 2015). Esse despachante passa a ser um representante legal, 
capaz de responder em nome da empresa nas questões pertinentes 
ao despacho da mercadoria, e atua como um intermediário entre im-
portador/exportador e a Receita Federal.
 � Classificação fiscal das mercadorias importadas e correto enquadra-
mento. A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é, segundo Werneck 
(2012), uma lista hierárquica de mercadorias dividida em capítulos e 
subcapítulos, seções e posições e composta de oito dígitos, dos quais 
seis são comuns ao HS Code Internacional (Harmonized System, ou 
Sistema Harmonizado, em português) e dois são adicionados pelos 
países membros do Mercosul. Por meio da NCM, é possível saber se 
os produtos em questão têm alguma restrição de entrada no país e 
se possuemalguma medida de proteção, como dumping (que visa a 
compensar o dano causado a uma empresa ou país em decorrência da 
prática de preços abusivos na importação), salvaguarda (busca com-
pensar um setor que vem sofrendo consequências por um alto volume 
de importações) ou medida compensatória (compensam a indústria 
doméstica de produtos importados com subsídios). Além disso, graças 
à NCM, é possível saber os impostos atribuídos que serão pagos pelo 
importador para nacionalizar a carga (REBONO, 2018).
 � Licenciamento prévio das mercadorias, quando exigidos pela NCM (que 
estabelece a necessidade de um exame documental prévio para ver se 
atendem às necessidades do destino). No Brasil, todas as importações 
de mercadorias estão sujeitas a licenciamento: algumas com licencia-
mento automático (dentre elas, as amparadas por drawback, um regime 
aduaneiro especial que prevê a isenção ou suspensão de impostos na 
compra ou importação de insumos utilizados na produção de um bem 
a ser exportado), outras com licenciamento não automático (necessário 
fazer solicitação e anuência antes do embarque). Há, ainda, as dispen-
sadas de licenciamento. A solicitação da licença é feita no Siscomex, e 
sua liberação ou anuência também é registrada nesse sistema. Após 
Despacho aduaneiro de exportação e importação 5
expedida, terá validade de 90 dias, para que o importador solicite o 
embarque das mercadorias no exterior. É possível fazer a prorrogação 
do prazo de validade antes do vencimento da licença (CAPARROZ, 2019).
 � Emissão dos documentos originais de transporte que acompanham a 
carga e/ou sua conferência quanto às exigências aduaneiras brasileiras.
 � Envio dos documentos originais para o importador. Quando o embar-
que é aéreo ou rodoviário, é comum que eles venham acompanhando 
a carga. No transporte marítimo, costuma-se enviá-los via courier 
(modalidade expressa de envio aéreo com entrega porta a porta) 
diretamente aos cuidados do importador.
O processo de liberação e autorização para nacionalização da mercadoria 
ocorre, comumente, após sua chegada em solo brasileiro. Isso acontece 
sempre no primeiro ponto de desembarque da mercadoria, mesmo que ela 
não esteja ainda em seu destino final. Por exemplo, mercadorias destinadas 
a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, quando transportadas por via aérea, 
comumente têm seu primeiro ponto de entrada em São Paulo, onde os car-
gueiros costumam descarregar para posteriormente seguir em aviões menores 
ou por via rodoviária até seu destino final. Nesses casos, é necessário que o 
desembaraço e todo o procedimento de despacho aduaneiro da importação 
ocorram no aeroporto de São Paulo.
Alternativamente, existe a possibilidade de registrar uma Declaração 
de Trânsito Aduaneiro (DTA), um regime especial de controle aduaneiro que 
possibilita a remoção de cargas provenientes de importação para a liberação 
em recinto alfandegado ou, no caso de exportação, a liberação prévia nesses 
recintos para então haver a remoção para o porto, aeroporto ou estação de 
fronteira. Com a DTA, é possível solicitar a remoção da carga até outra estação 
aduaneira primária, como o aeroporto de Porto Alegre, ou até secundária, 
como um porto seco da região.
O trânsito aduaneiro é considerado um regime aduaneiro especial, 
ou seja, foge à regra do despacho aduaneiro tradicional. Ele é regu-
lamentado nos artigos 315 a 352 do Regulamento Aduaneiro (RA), no Decreto nº 
6.759/2009 (BRASIL, 2009) e na IN-SRF 248 de 25 de novembro de 2002 (BRASIL, 
2002). Consiste na autorização para remover a carga de um ponto ao outro do 
território aduaneiro sem pagamento dos impostos (VAZQUEZ, 2015).
Despacho aduaneiro de exportação e importação6
É possível conduzir o despacho em diferentes recintos:
 � recintos alfandegados de zona primária (portos, aeroportos, pontos de fron-
teira alfandegados e portos secos de zona primária) e áreas de livre comércio 
como zonas de processamento de exportação;
 � recintos alfandegados de zona secundária (portos secos e armazéns de enco-
mendas postais internacionais), que recebem, sob controle fiscal, mercadorias 
importadas ou a exportar, podendo executar todos os serviços aduaneiros;
 � recintos não alfandegados (recinto especial para despacho aduaneiro de 
exportação).
O ponto de origem é o ponto inicial do itinerário de trânsito, e o local de 
destino é o ponto final do itinerário. Podem ser beneficiários desse regime: 
o importador, o exportador, o depositário, o representante do importador/
exportador no país e o operador de transporte (DAMIAN, 2018).
A DTA é registrada no Siscomex e restringe-se às cargas amparadas com 
conhecimento de transporte internacional, podendo conter mais de um conhe-
cimento em uma mesma DTA (VAZQUEZ, 2015).
Nos casos de importação, é possível remover a mercadoria de um recinto 
alfandegado primário (portos, aeroportos e pontos de fronteira) até um se-
cundário (entrepostos, depósitos, terminais, armazéns, entre outras unidades 
destinadas ao armazenamento de mercadorias fora dos locais de zona primária, 
sendo recinto alfandegado o ambiente que tem a presença e atuação da Receita 
Federal), sem sua nacionalização, ou seja, por opção do importador, passa-se 
a registrar a declaração de importação em outro local. Essa decisão de usar 
uma zona secundária com uso do trânsito aduaneiro é justificada muitas vezes 
por custos diferenciados com armazenagem e serviços de operação nos portos 
secos. Outro motivo é a menor demanda dos fiscais da Receita Federal, que têm 
condições de dar mais celeridade ao desembaraço em comparação aos fiscais de 
portos, aeroportos e estações de fronteira, que apresentam excesso de demanda.
Quando a mercadoria estiver no recinto alfandegado apropriado para 
seu desembaraço e após sua efetiva confirmação de presença de carga, 
é possível, após apresentação de cópias digitais de todos os documentos 
comerciais originais, como fatura comercial (commercial invoice), packing list 
e conhecimento de transporte, iniciar o registro da Declaração de Importação 
(DI) ou a Declaração Única de Importação (DUIMP) no Siscomex (CAPARROZ, 
2018). Esses documentos são responsáveis por oficializar as informações 
relativas à mercadoria para a Receita Federal do Brasil. A Figura 1 mostra o 
fluxograma de uma importação.
Despacho aduaneiro de exportação e importação 7
Figura 1. Fluxograma de uma importação.
A Figura 1 mostra que, após a disponibilidade da carga, é possível registrar 
a DUIMP. Vale destacar que a LPCO averbada apenas se torna necessária para 
liberação da carga nos casos de LI não averbada. Alguns importadores, no 
entanto, preferem manter por mais tempo suas mercadorias nos armazéns, 
primários ou secundários, antes de sua nacionalização. Existe um prazo para 
o registro da DI/DUIMP, que deve ser respeitado (CAPARROZ, 2018, p. 970):
• Até 90 dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de 
 zona primária; 
• Até 45 dias após esgotar-se o prazo de permanência da mercadoria em recinto 
 alfandegado de zona secundária; 
• Até 90 dias, contados do recebimento do aviso de chegada da remessa postal.
Desse modo é possível classificar o despacho de importação em normal 
e antecipado. Normal é quando a DI/DUIMP é registrada após a chegada da 
mercadoria em recinto alfandegado, processando-se o despacho. Antecipado 
é quando a DI/DUIMP pode ser processada antes da chegada da mercadoria na 
unidade da Receita Federal de despacho, como nos casos de empresas certifica-
das como Operador Econômico Autorizado (OEA) nível 2 (operador devidamente 
reconhecido como confiável nas operações de comércio exterior pela Receita 
Federal com base em seu histórico e cumprimento de vários requisitos), bem 
como algumas cargas perigosas, como as inflamáveis, corrosivas, radioativas, 
cargas granéis que sejam desovadas diretamente em silos, oleodutos ou veículos 
apropriados, plantas e animais vivos, frutas e outras consideradas perecíveis, 
papel para impressão de livros, revistase jornais, entre outros. Mesmo com 
registro antecipado, em sua confirmação de presença de carga a DI/DUIMP é 
ratificada, informando dados da chegada (BRASIL, 2021a).
Despacho aduaneiro de exportação e importação8
O processo de formalização das informações para a Receita Federal está 
sendo reestruturado, modernizado e desburocratizado por meio dos acordos 
de facilitação da Organização Mundial das Aduanas (OMA). Hoje, parte do 
processo ainda requer o registro da DI e parte já permite o registro da DUIMP. 
Essa última é realizada no Portal Único de Comércio Exterior. Esse novo 
processo de importação se propõe a unir todas as informações solicitadas 
aos importadores em um único documento, com ligação ao Portal Único, para 
evitar redundâncias. Ele é composto por seis módulos: DUIMP, Catálogo de 
Produtos, Operador Estrangeiro, Pagamento Centralizado, Licenças, Permis-
sões, Certificados e Outros Documentos à Exportação (LPCO) e Controle de 
Carga e Trânsito (CCT).
O DUIMP, documento eletrônico que reúne todas as informações de natu-
reza aduaneiras, administrativa, comercial, financeira, tributária e fiscal da 
importação, está sendo liberado de forma gradual para uso dos importadores. 
Ele é utilizado em conjunto com a DI.
Nesse registro, serão informados todos os dados da carga, como:
 � dados do importador, do exportador e fabricante;
 � valor da mercadoria na moeda comercializada, do frete e do seguro;
 � descrição da mercadoria;
 � NCM, seu descritivo e seus impostos;
 � alíquotas e valores já calculados considerando o valor aduaneiro e 
com base na taxa de câmbio utilizada.
O valor aduaneiro é calculado tomando por base o valor da mercado-
ria + frete internacional + seguro + capatazia (em casos de processo 
por via marítima). O último ponto vem sendo questionado pelos importadores 
e deve ser eliminado da base de cálculo de forma definitiva em breve. Algumas 
empresas já estão desconsiderando seu valor da base (WERNECK, 2012).
No momento do registro da DUIMP/DI, também se dá o débito dos impos-
tos federais, como o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produto 
Industrializado (IPI), a contribuição do Programa de Integração Social (PIS) e 
a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Seus per-
centuais variam de acordo com a classificação fiscal dos bens importados, 
ou seja, em um mesmo documento com diferentes produtos pode haver 
diferentes alíquotas de II, IPI, PIS e Cofins.
Despacho aduaneiro de exportação e importação 9
Depois do registro, o despacho aduaneiro terá andamento mediante a 
atribuição de canal de conferência, atribuído por amostragem a partir de 
critérios aleatórios e/ou determinados pela Receita Federal (CAPARROZ, 
2019). Essa informação também é disponibilizada no Siscomex. No intuito de 
definir quão profunda será a conferência aduaneira realizada pela Receita 
Federal, foram criados diferentes canais de parametrização. A IN-SRF nº 
680/2006 (BRASIL, 2006) dá as diretrizes no 1º parágrafo do artigo 21. Veja a 
seguir (BRASIL, 2006).
 � Canal verde: determina o desembaraço imediato da mercadoria.
 � Canal amarelo: determina a conferência documental do processo. 
Não sendo constatado irregularidade, é efetuado o desembaraço da 
mercadoria.
 � Canal vermelho: exige a conferência física e documental da mercadoria 
para posterior liberação.
 � Canal cinza: além do exame documental e físico e da aplicação de 
procedimento especial de controle de fraudes, obriga o preenchimento 
da declaração do valor aduaneiro, para verificar a validade do valor 
declarado da mercadoria.
Os órgãos relacionados ao despacho aduaneiro, especialmente a Receita 
Federal, têm trabalhado, nos últimos anos, para conferir inteligência ao sis-
tema de parametrização, a fim de direcionar a seleção de acordo com o perfil 
e o histórico do importador, seguindo critérios definidos pela denominada 
análise de risco. Veja a seguir exemplos de critérios para análise de risco, 
conforme Caparroz (2019):
 � a regularidade fiscal do importador;
 � a habitualidade do importador;
 � a natureza, o volume ou o valor da importação;
 � o valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação;
 � a origem, a procedência e a destinação da mercadoria;
 � o tratamento tributário aplicável;
 � as características da mercadoria;
 � a capacidade operacional e econômico-financeira do importador;
 � eventuais ocorrências verificadas em outras operações anteriores 
realizadas pelo importador.
Despacho aduaneiro de exportação e importação10
É possível que um canal inicialmente verde seja agravado para vermelho ou 
cinza em razão de indícios de fraude ou similares. Entretanto, jamais haverá 
redução de vermelho para amarelo ou verde (CAPARROZ, 2019).
Em caso de parametrização diferente de verde, o curso da liberação da 
carga é interrompido. Então, aguarda-se a conferência, por parte do auditor 
fiscal da Receita Federal, e o registro de eventuais exigências no Siscomex. 
Tais exigências podem ser ajustes na DI/DUIMP, alteração na documentação 
comercial apresentada, indicação de classificação fiscal distinta da utilizada 
e, consequentemente, possível cobrança de diferentes alíquotas de impostos. 
Essas correções podem vir seguidas de cobrança de multas ou não.
Quando identificadas informações incorretas nos documentos apresen-
tados, adulteração nas características da mercadoria, importação proibida, 
ocultação do real vendedor ou do estabelecimento do exportador ou impor-
tador e falsa declaração de conteúdo, poderá haver retenção da mercadoria 
para verificação. Se confirmado, ocorrerá aplicação de multa ou incorrência 
de perdimento do bem em referência.
O procedimento de controle na mercadoria importada ou a exportar é 
instaurado pelo auditor fiscal após comunicação à pessoa fiscalizada. Ou 
seja, antes de dar início à conferência e à verificação do bem, é necessário 
que as partes envolvidas sejam devidamente comunicadas, para que, cientes, 
tenham condições de tomar as providências necessárias, acompanhar o 
procedimento de vistoria e responder às inquisições da RFB. Nesse intervalo, 
a mercadoria ficará retida até a conclusão do procedimento de fiscalização. 
Enquanto a carga permanece sob posse da Receita Federal, estará ocupando 
espaço alfandegado e, portanto, poderá incorrer da cobrança de armazena-
gem, bem como de demurrage (quando a carga marítima em container tem 
seu prazo de tempo livre de permanência excedido). Diante do exposto, é de 
total interesse que o importador agilize o atendimento aos requerimentos 
feitos pela Receita Federal do Brasil, para remover a carga o quanto antes 
desse terminal e levá-la para sua empresa ou armazém.
Quando não identificada nenhuma divergência, ou quando elas tiverem 
sido sanadas, o fiscal insere no Siscomex a autorização para liberação da 
carga e a consequente remoção do recinto alfandegado. Para movimentar 
a carga do recinto para a empresa ou armazém é necessário apresentar 
a NF-e de importação. Nesse momento, é necessário recolher o Imposto 
sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), que tem alíquotas específicas em 
cada estado da federação (CAPARROZ, 2019). O desembaraço aduaneiro é 
considerado o ato final do despacho, pelo qual registra-se a conclusão da 
conferência aduaneira (CAPARROZ, 2019). A Figura 2 fornece uma síntese da 
sequência das etapas do despacho aduaneiro de importação.
Despacho aduaneiro de exportação e importação 11
Figura 2. Etapas do despacho de importação.
Fonte: Brasil (2021b, documento on-line).
No despacho de exportação, hoje implementado em um novo formato mais 
dinâmico e com processos mais interconectados, após a emissão da NF-e, é 
possível registrar a Declaração Única de Exportação (DU-E) e obter o canal 
de verificação, o desembaraço e sua averbação (Figura 3).
Figura 3. Fluxograma de uma exportação.
Despacho aduaneiro de exportação e importação12
No processo de exportação, também é requerida a habilitação da empresa 
a operar no comércio exterior, com seu cadastrono Siscomex, e o credencia-
mento de representante legal/despachante.
Feita a habilitação prévia, inicia-se a prospecção de clientes no exterior. 
Após a concretização da venda, é solicitado o envio da mercadoria ao seu 
local de embarque ou ao recinto alfandegado autorizado, para dar início ao 
processo de despacho aduaneiro de exportação. Também é possível utilizar 
o regime especial de trânsito aduaneiro para remoção da carga já desemba-
raçada ao seu local de embarque.
A Figura 4 apresenta o fluxo completo do registro da DU-E, que prevê, com 
base na NF-e de exportação, as informações sobre licenças e permissões (mó-
dulo LPCO), a existência ou não de drawback, o acompanhamento da gestão de 
riscos pelos órgãos anuentes e pela Receita Federal, a conferência aduaneira 
realizada pela RFB, o controle de carga e trânsito (módulo CCT), o pagamento 
centralizado das despesas do processos (módulo Pagamento Centralizado do 
Comércio Exterior — PCCE) e o tratamento tributário (módulo TT).
Figura 4. Fluxograma completo do registro da DU-E.
Fonte: Siscomex (2021, documento on-line).
Despacho aduaneiro de exportação e importação 13
Esse despacho, que pode ser conduzido em recintos alfandegados de 
zona primária ou secundária, inclui a conferência documental e/ou física da 
mercadoria a ser exportada por parte do fiscal da RFB e é processado no 
Siscomex em diversas etapas (WERNECK, 2012).
Toda mercadoria destinada ao exterior, inclusive a reexportada, está sujeita 
a despacho de exportação, com exceção de mala diplomática ou consular 
que contenha somente documentos diplomáticos e objetos destinados a uso 
oficial, segundo a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, art. 27, 
promulgada pelo Decreto nº 56.435 de 8 de junho de 1965 (BRASIL, 1965) e 
pela IN nº 338 de 7 de julho de 2003 (BRASIL, 2003).
O despacho aduaneiro de exportação poderá ser processado com base em De-
claração Única de Exportação (DU-E), formulada, por meio do Portal Único de 
Comércio Exterior, no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Portal Siscomex), 
nos termos, limites e condições estabelecidos nesta Instrução Normativa (art. 1º) 
(BRASIL, 2017, documento on-line).
A DU-E vem sendo utilizada desde 2017 e surgiu como atendimento a uma 
crescente demanda dos operadores de comércio exterior em desburocratizar 
o processo, trazendo como consequência um melhor atendimento ao cliente 
externo. Desse modo, unificou-se em um único documento todas as informa-
ções referentes à mercadoria a ser exportada. A DU-E substituiu os antigos 
Registro de Exportação (RE), Declaração de Exportação (DE), Declaração de 
Despacho de Exportação (DDE), Declaração Simplificada de Exportação (DSE) 
e Comprovante de Exportação.
A DU-E usa como base para o seu registro a chave de acesso da NF-e, que 
ampara a operação de exportação. São migrados de forma automática os dados 
básicos da NF-e, como a identificação do seu emitente e destinatário e dos 
bens por ela amparados, por meio de integração entre o Siscomex e o Sistema 
Público de Escrituração Digital. Após o registro da DU-E, o depositário informa 
no CCT, assim que receber fisicamente a mercadoria, a recepção da carga. Com 
sua totalidade entregue, automaticamente ela é apresentada para despacho 
(BRASIL, 2021b).
Com base nas informações da DU-E, será indicado, no Portal Único, com 
base na legislação vigente, o tratamento a ser aplicado à exportação e a 
necessidade de intervenção. Os controles administrativos exercidos por 
órgãos anuentes poderão ocorrer paralelamente ao despacho aduaneiro, 
não sendo mais requisito para início do despacho aduaneiro.
Despacho aduaneiro de exportação e importação14
No processo de despacho aduaneiro, a apresentação da documentação 
para prosseguimento é feita de forma digital, mediante anexação de dossiê 
documental no Portal Único do Siscomex. Os documentos necessários são: 
fatura comercial, romaneio de carga, conhecimento de embarque, certifi-
cado de origem e, dependendo do tipo de produto, certificados de análise e 
declaração de lote, entre outros documentos que podem ser solicitados no 
decorrer da análise (CAPARROZ, 2019).
A conferência da mercadoria sob despacho pode ocorrer de diferentes 
formas, dependendo dos canais de parametrização indicados. A IN da RFB 
nº 680 de 2 de outubro de 2006 dá as diretrizes no § 1º do art. 21, conforme 
descrito a seguir (BRASIL, 2006).
 � Canal verde: determina o desembaraço imediato do processo.
 � Canal amarelo ou laranja: determina a conferência documental do 
processo. Não sendo constatada irregularidade, é efetuado o desem-
baraço da mercadoria.
 � Canal vermelho: exige a conferência física e documental da mercadoria 
para posterior liberação.
Caso o processo de exportação seja indicado a uma conferência distinta 
da verde, haverá a indicação de um auditor fiscal da Receita Federal para 
verificação. Essa indicação, bem como todos os passos seguintes, será inse-
rida dentro do Siscomex. Esse fiscal poderá fazer algumas exigências, seja 
para detalhamento de alguma informação contida no processo, seja para 
alteração de documentos ou da DU-E. Somente após o atendimento a essas 
exigências é que o processo de exportação poderá ser liberado para seguir 
viagem ao exterior.
Após o desembaraço da carga, sua entrega ao transportador internacional 
é registrada pelo depositário também no CCT. Esse transportador internacio-
nal, por sua vez, tem a obrigação de registrar se toda a carga foi carregada e 
os dados do embarque. Assim, dá-se a DU-E como averbada (BRASIL, 2021b). 
A Figura 5 apresenta as etapas do despacho de exportação.
Despacho aduaneiro de exportação e importação 15
Figura 5. Etapas do despacho de exportação.
Fonte: Aprendendo a Exportar (2021, documento on-line).
Despacho aduaneiro de exportação e importação16
Documentos usados no despacho aduaneiro 
de exportação e importação
Os documentos usados no despacho aduaneiro de exportação e importa-
ção têm a função de formalizar, por escrito, o conteúdo da carga que está 
entrando ou deixando o país. Eles informam aos intervenientes no processo 
sobre cuidados necessários, como nos casos de produtos perigosos, frágeis 
ou perecíveis, exigências ou regulamentações pertinentes e o tratamento 
mais apropriado para aquele processo.
Existem documentos comerciais comuns aos processos de importação e 
exportação, mas os aduaneiros podem ter alguns diferenciais. Veja a seguir 
alguns documentos comerciais exigidos em âmbito internacional comuns a 
todos os atuantes no comércio internacional.
Fatura proforma: considerada como um orçamento fornecido pelo vendedor 
com a intenção de formalizar a intenção de compra por parte do importador. 
Nela, são inseridas informações sobre o produto, como valores, quantidades, 
pesos e NCM. Contudo, após o embarque da mercadoria, é substituída pela 
commercial invoice, sendo este o documento que acompanhará a carga até 
seu destino final.
Commercial invoice (fatura comercial): também emitida pelo exportador, 
assemelha-se à nota fiscal utilizada em território nacional, formalizando as 
condições da venda realizada. Contém basicamente as mesmas informações 
da fatura proforma, se restringindo aos dados do produto ou serviço efeti-
vamente embarcado, além da classificação fiscal, dos países de origem, da 
procedência e da aquisição da mercadoria (KEEDI, 2010).
Packing list (lista de embarque): assemelha-se ao romaneio utilizado em ter-
ritório nacional, contendo informações sobre as embalagens das mercadorias, 
o tipo, o material, as dimensões e a forma como foram acondicionadas para 
o envio (em quantos volumes a mercadoria foi agrupada, as dimensões e os 
pesos dessas embalagens). A finalidade desse documento é permitir a rápida 
identificação das mercadorias tanto em caso de conferência aduaneira pela 
RFB quanto em sua desova ao chegar ao destino. Na packing list, omite-se 
qualquer informação de valores.
Despacho aduaneiro de exportação e importação 17
Conhecimento de transporte: formalizao contrato de transporte realizado entre 
transportador e embarcador. Serve como recibo de carga entregue ao trans-
portador e contém dados do embarcador, consignatário, notificador, origem, 
destino, descritivo da carga (quantidade, volume, peso, cubagem e classificação 
fiscal), valor do frete e pagador responsável, além da assinatura do emitente. 
Em muitos casos, o importador não pode iniciar qualquer procedimento de 
desembaraço sem a posse desse documento original. Ele tem denominações 
distintas de acordo com as diferentes vias de transporte utilizadas:
 � BL (bill of lading), para transporte marítimo;
 � AWB (air waybill), para transporte aéreo;
 � CRT (conhecimento rodoviário de transporte), para transporte 
rodoviário.
Certificado de origem: é um documento providenciado pelo exportador para 
comprovar a origem da mercadoria exportada. Permite ao exportador e ao 
importador a isenção ou a redução tributária decorrente de acordos (VAZ-
QUEZ, 2015).
Os documentos a seguir são exigidos de forma exclusiva pela aduana 
brasileira. Por isso, eles têm descrições, requisitos e informações específicas 
para atender à legislação brasileira.
DUIMP: documento eletrônico que reúne todas as informações de natureza 
aduaneiras, administrativa, comercial, financeira, tributária e fiscal pertinentes 
ao controle das importações pelos órgãos competentes. Substituirá a DI e a 
declaração simplificada de importação (DSI) no Siscomex. Esse documento 
informa para a Receita Federal o que está sendo importado. Ele deve estar 
alinhado aos documentos que acompanharam a carga (commercial invoice, 
packing list e conhecimento de transporte) e com o conteúdo físico da carga, 
para que, em caso de conferência por parte dos fiscais da Receita Federal, 
todas as informações estejam alinhadas. A DUIMP é abastecida por um catá-
logo de produtos e fornecedores, inseridos dentro do Portal Único. Também 
possui um módulo de pagamentos centralizados, de licenças, permissões e 
certificados, além de um módulo de controle de carga.
NF-e: documento digital que registra as operações de circulação de merca-
dorias ou serviço entre duas partes dentro do território nacional. Para os 
processos de importação, essa NF-e será emitida de acordo com a DUIMP e 
somente após a liberação da carga pela Receita Federal, para acompanhar 
Despacho aduaneiro de exportação e importação18
a carga em sua circulação entre o recinto alfandegado e seu destino final. 
Nos processos de exportação, a NF-e servirá de base para o registro da DU-E 
(mais de uma NF-e poderá ser utilizada em uma mesma DU-E, desde que 
todas se refiram ao mesmo importador). Uma NF-e só poderá ser utilizada 
em uma única DU-E. Somente serão aceitas NF-e que tenham código fiscal 
de operações e prestação de entrada e saída de mercadorias iniciados em 7, 
que indica saída de mercadorias para o exterior.
DU-E: documento registrado no Portal Único de Comércio Exterior contendo as 
informações de exportação e de natureza comercial, administrativa, aduaneira, 
fiscal e logística. Ele caracteriza a operação de exportação das mercadorias 
nela contidas. Serve como documento base para o despacho aduaneiro de 
exportação e deverá, portanto, abranger todas as mercadorias contidas em 
uma remessa de exportação sujeita a esse procedimento. Somente será 
possível iniciar o registro das informações junto à RFB após a emissão da 
NF-e correspondente à exportação, atrelando a necessidade do carregamento 
prévio da mercadoria e assegurando informações como peso e volume da 
carga a ser embarcada.
Todos esses documentos precisam ser emitidos com rigor à legislação e às 
normas brasileiras, independentemente do país de origem ou do destino das 
mercadorias importadas ou a exportar. O despacho aduaneiro realizado no 
Brasil respeitará as leis do país. Por isso, cabe à empresa brasileira observá-
-las atentamente.
Pontos de atenção nos procedimentos 
aduaneiros
Nos processos de importações e exportações, a conferência aduaneira tem 
a finalidade de identificar a empresa, verificar a mercadoria e a correção das 
informações relativas à sua natureza, fazer a classificação fiscal, de quanti-
ficação e preço e confirmar o cumprimento de todas as obrigações fiscais e 
outras (CAPARROZ, 2019).
A análise dos documentos é parte fundamental para que ocorra o de-
sembaraço ou liberação da mercadoria sob fiscalização. É possível afirmar 
que essa é a parte que mais inspira cuidado e atenção durante o processo 
de despacho, pois, frequentemente, é causa de multas tanto na importação 
quanto na exportação, além de interromper o fluxo normal do despacho. Ela 
ainda pode, inclusive, incorrer em retenção sob fiscalização da RFB.
Despacho aduaneiro de exportação e importação 19
Como já visto, o nível de análise dependerá da parametrização do pro-
cesso, na qual verde é dispensada a conferência, amarelo analisa-se apenas 
documentos, vermelho há a comparação entre informações declaradas nos 
documentos e o conteúdo físico e no cinza há uma conferência ainda mais 
detalhada, com olhares para identificar possíveis fraudes.
A emissão dos documentos de exportação é feita pela empresa expor-
tadora brasileira, comumente pelo despachante da empresa, em sistema 
apropriado que segue as normas e legislações aduaneiras vigentes no Brasil. 
Entretanto, nos processos de importação, como os documentos são emitidos 
pelo fornecedor em sua origem, geralmente respeita-se regras e legislações 
próprias de seus países, então pode haver omissão de informações considera-
das estratégicas no Brasil ou importantes para atendimento e enquadramento 
nos trâmites nacionais. Cabe solicitar ao fornecedor o envio de uma cópia 
prévia dos documentos comerciais por e-mail, para que o importador possa 
verificar. Nesse momento, é necessário que o comprador brasileiro indique 
os ajustes necessários para atender às regras brasileiras antes da emissão 
das vias originais.
Vale ressaltar a importância do conhecimento de transporte. Isso cos-
tuma representar maior dificuldade para alterações após seu embarque e é 
extremamente custoso e moroso em casos de a carga já estar em território 
brasileiro. Informações como NCM, dados do importador, destino, pesos e 
cubagem precisam estar 100% em conformidade com os demais documentos.
Na commercial invoice, a falta de informações também pode acarretar 
penalidades. Por isso, deve-se ter NCM, valores, país de origem, procedência 
e aquisição e dados do importador com CNPJ. A packing list em alguns casos 
pode nem ser exigida. Contudo, principalmente quando precisa ser feita a 
conferência física da mercadoria, ela é necessária para a correta identificação 
dos volumes dentro da embalagem. Sua falta ou erros nela também podem 
geral multas.
Na DI/DUIMP, além da correta classificação fiscal já mencionada, há desta-
que para a completa descrição dos bens importados, já que é esse documento 
que indicará ao auditor fiscal da RFB o que está sendo importado e se a NCM 
utilizada condiz com o bem verificado na carga física. Os pesos líquidos 
são importantes, pois costumam representar o rateio de despesas fixas 
da DI, como frete, seguro, capatazia, Adicional de Frete para Renovação da 
Marinha Mercante (AFRMM) e taxa Siscomex. Na DU-E, é necessário observar 
informações como a correta classificação fiscal, a descrição da mercadoria 
a ser exportada, os pesos e a cubagem.
Despacho aduaneiro de exportação e importação20
Dentre os pontos citados, é recomendado o olhar crítico de importadores 
e exportadores quanto à correta classificação fiscal da mercadoria, pois ela 
indicará os tratamentos administrativos necessários, as eventuais restri-
ções de entrada no país (se há alguma medida de proteção, como dumping, 
salvaguarda ou medida compensatória) e os impostos atribuídos que serão 
pagos pelo importador para nacionalizar a carga.
Referências
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Normativa SRF n. 338, de 07 de julho de 2003. Dispõe sobre o controle aduaneiro de 
mala diplomática ou consular e sobre o despacho aduaneiro de bens importados ou 
exportados por Missões diplomáticas, Repartições consulares e Representações de 
Despacho aduaneiro de exportação e importação 21
Organismos Internacionais... Diário Oficial da União: seção 1, p. 10, 9 jul. 2003. Disponível 
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CAPARROZ, R. Comércio internacional e legislação aduaneira esquematizado. 5. ed. 
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CAPARROZ, R. Comércio internacional e legislação aduaneira esquematizado. 6. ed. 
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VAZQUEZ, J. L. Comércio exterior brasileiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
WERNECK, P. Comércio exterior & despacho aduaneiro. 4. ed. Curitiba: Juruá, 2012.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores 
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Despacho aduaneiro de exportação e importação22
Dica do professor
Dentro da prática de despacho aduaneiro, está previsto o despacho antecipado de mercadorias, 
que visa a declarar os bens à autoridade fiscal de forma antecipada. Dessa forma, pode-se agilizar 
os trâmites burocráticos e a conferência de documentos, para que, assim que a mercadoria chegar 
em território brasileiro, ela já possa ser removida para o terminal indicado ou para as instalações da 
empresa importadora.
Mesmo antecipando-se o registro da Declaração de Importação (DI) ou da Declaração Única de 
Importação (DUIMP), em alguns casos, faz-se necessário informar a presença de carga e realizar 
algumas retificações complementares, para que então o desembaraço seja consolidado. A 
conferência da mercadoria importada, quando necessária, poderá ser realizada no momento da 
descarga.
Nesta Dica do Professor, você vai aprender um pouco mais sobre o funcionamento do 
desembaraço antecipado e em que casos ele é autorizado.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/de050a66d7d1be249db6c44fe4ab3660
Exercícios
1) O despacho aduaneiro de importação e exportação só pode ser realizado em locais que 
contem com a presença da Receita Federal — ou seja, em que a autoridade aduaneira esteja 
presente. 
Sobre a natureza e o papel das alfândegas no comércio internacional, assinale a alternativa 
correta:
A) São autarquias que zelam pela observância das leis e dos regulamentos, no que concerne ao 
recolhimento de tributos federais de importação ou exportação.
B) Estão vinculadas aos governos e são responsáveis pela criação de leis e regulamentos 
relativos à importação e à exportação.
C) São instituições governamentais responsáveis pelo recolhimento dos tributos que incidem 
sobre a circulação de mercadorias.
D) São repartições vinculadas aos órgãos governamentais que atuam na segurança física dos 
portos e das áreas de passo fronteiriço.
E) São secretarias que respondem ao Exército e à Marinha do Brasil e controlam toda e qualquer 
movimentação portuária.
2) Para que uma mercadoria proveniente do exterior seja regularmente autorizada a adentrar 
as fronteiras brasileiras, é necessária a realização do despacho de importação. 
Assinale a alternativa que traz a definição correta de despacho de importação:
A) É o procedimento que tem por finalidade verificar mercadorias e determinar seus valores e 
classificações fiscais, cobrando obrigações fiscais e não fiscais.
B) É o procedimento fiscal mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de mercadoria 
procedente do exterior, importada a título definitivo ou não.
C) É o procedimento fiscal instruído com a Declaração de Importação, que pode ser substituído 
pelo conhecimento de carga original aéreo, marítimo ou rodoviário.
D) É o procedimento dispensado na reentrada de mercadorias que comprovarem retorno ao país 
por defeito ou devolução para reparoou substituição.
E) É o procedimento fiscal efetuado com base na Declaração de Importação e instruído pela 
commercial invoice ou pelo conhecimento de carga original.
3) Para a regularização junto à RFB, é exigida a emissão da DI ou da DUIMP (novo processo, 
ainda em implementação), em que são informados dados da mercadoria proveniente do 
exterior. Esses dados são baseados em um conjunto de documentos que instrui a emissão da 
DI e da DUIMP.
Assinale a alternativa que indica corretamente esses documentos: 
A) Conhecimento de carga, romaneio, packing list e manifesto de carga.
B) Fatura comercial, certificado de origem e folha de carregamento de veículo.
C) Laudo de vistoria aduaneiro, fatura Proforma e certificado de origem.
D) Packing list, romaneio e descritivo de embalagens.
E) Fatura comercial, conhecimento de carga, certificado de origem, se necessário, e packing list.
4) Há um procedimento destinado a verificar a exatidão de informações apresentadas pelo 
importador/exportador e a ocorrência de avaria ou falta de mercadoria estrangeira.
Assinale a alternativa que indica corretamente esse procedimento:
A) Lançamento tributário.
B) Auditoria fiscal.
C) Vistoria aduaneira.
D) Conferência fiscal.
E) Revisão de despacho.
Uma empresa do segmento de decoração participou de uma feira técnica na cidade de São Paulo e 
lá prospectou diversos fornecedores do exterior que comercializam produtos interessantes para o 
seu negócio. Logo após o término da feira, o comprador dessa empresa recebeu vários orçamentos 
com preços bem competitivos. Dado que a empresa ainda não participa do comércio exterior, 
desconhece a sistemática que envolve a importação de produtos. Em suas pesquisas, esse futuro 
importador se deparou com o fluxo da DI no site da RFB, reproduzido parcialmente na figura a 
seguir:
5) 
A partir dessa situação e do fluxo mostrado na figura, avalie as afirmações a seguir acerca dos 
procedimentos-padrão que deverão ser do conhecimento do comprador:
I — Se o processo de importação ou exportação parametrizar em canal amarelo, será realizada uma 
análise documental e uma avaliação física da mercadoria, por indícios de fraude tributária.
II — Na parametrização em canal vermelho, a mercadoria será verificada fisicamente por um 
auditor fiscal da RFB, e os documentos serão analisados à luz da legislação pertinente.
III — Se o processo de importação for parametrizado em canal verde, sinaliza-se que a mercadoria 
passará por análise documental do auditor fiscal da RFB, e será dispensada a sua verificação física.
IV — A parametrização de canal cinza se refere a situações que ocorrem, comumente, em caso de 
denúncias e representam uma conferência ainda mais criteriosa e com direcionamento especial 
para a verificação dos valores.
É correto apenas o que se afirma em:
A) II.
B) III.
C) IV.
D) I e II.
E) II e IV.
Na prática
Alguns produtos considerados perecíveis, como os alimentos, têm autorização para que seu registro 
de importação no Siscomex seja realizado de forma antecipada. Esse é o caso da importação de 
frutas. 
As frutas necessitam de um cuidado adicional, por serem perecíveis e dependerem de um serviço 
logístico eficiente e de um despacho aduaneiro ágil. Isso porque elas precisam chegar ao ponto de 
venda frescas e em bom estado de conservação. Isso envolve decisões importantes, como a escolha 
do tipo de transporte e dos tipos de embalagem e o cumprimento de exigências sanitárias e 
obrigações aduaneiras.
Confira neste Na Prática o exemplo da importadora de Verônica e o benefício que esse tipo de 
despacho proporciona à sua empresa.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Manuais aduaneiros
A Receita Federal mantém em seu acervo uma série de manuais que têm o propósito de auxiliar e 
informar seus usuários sobre o funcionamento das operações de comércio exterior. Tais manuais 
auxiliam muito nos casos de dúvidas ou quando se busca verificar formas alternativas de 
desempenhar algumas ações do dia a dia do profissional da área.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Despacho aduaneiro
O despacho aduaneiro é tema de vários blogs e sites relacionados ao comércio exterior. O descritivo 
apresentado no site Faz Comex proporciona uma visão completa de como acontece essa prática.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Despacho antecipado
O despacho antecipado representa a possibilidade de registrar a DI antes da chegada física da 
mercadoria em território brasileiro. Para saber mais sobre o assunto, acesse o link a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais
https://www.fazcomex.com.br/blog/etapas-despacho-aduaneiro/
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/servicos/aduana/importacao/registro-antecipado-di
Instrução Normativa
A Instrução Normativa RFB no 1974, de 2 de setembro de 2020, foi atualizada recentemente e 
discorre sobre as condições e os requisitos para se beneficiar dos recursos de descarga direta e 
despacho aduaneiro de importação de mercadoria transportada a granel. Acesse o link a seguir e 
confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=112098#:~:text=IN%20RFB%20N%C2%BA%201974%20%2D%202020&text=Altera%20a%20Instru%C3%A7%C3%A3o%20Normativa%20RFB,de%20mercadoria%20transportada%20a%20granel

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