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Teoria da Empresa e Empresário Individual

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Carina Ramos

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T E O R I A D A E M P R E S A
3271-0272
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Empresário é definido na lei como o profissional exercente de “atividade econômica organizada” para a produção e circulação de bens ou de serviços” (art. 966, CC).
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
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O expressão “PROFISSIONALMENTE" nos remete a 3 (três) considerações:
Diz respeito à habitualidade: não se considera profissional quem realiza tarefas de modo esporádico.
2) Diz respeito à pessoalidade. O empresário, no exercício da atividade empresarial, mesmo contratando empregados, ainda assim permanece titular do profissionalismo, pois seus empregados exercem a atividade de empresa em seu nome.
3) Diz respeito ao monopólio das informações que o empresário detém sobre o produto ou serviço de sua empresa. Essas informações devem ser de inteiro conhecimento do empresário.
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Quanto à definição da expressão “ATIVIDADE” descrita na lei, diz respeito à própria empresa, que por si só é uma atividade, a de produção ou circulação de bens ou serviços. 
Então não se deve dizer que “a empresa importou mercadorias”, pois quem importa é o empresário.
Já dizer que “essa empresa é de muito risco”, aí está correto a terminologia, pois um empreendimento pode de fato enfrentar os riscos do insucesso.
Quanto à definição da expressão “ECONÔMICA”, diz respeito à busca da empresa em gerar lucro.
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Quanto à definição da expressão “ORGANIZADA”, diz respeito à articulação, pelo empresário, no sentido de que se efetive os quatro fatores de produção: capital, mão de obra, insumos e tecnologia.
 
Relativamente à definição da expressão “PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS”, diz respeito à fabricação de bens (atividade de indústria) e ainda à prestação de serviços em geral.
 
Já quanto à expressão “CIRCULAÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS, diz respeito ao comércio mercantil (compra e venda), ao comércio em geral.
 
Por fim, quanto à expressão “BENS OU SERVIÇOS”, tem-se que bens são corpóreos, enquanto os serviços não tem materialidade em si. Os bens e serviços virtuais se enquadram no conceito de prestação de serviços que geram obrigação de fazer.
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 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
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O empresário individual é a pessoa física/natural que deseja empreender profissionalmente, por meio de atividade econômica organizada para produzir ou circular bens ou serviços.
Código Civil
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
O empresário individual é aquele que de forma singular, pratica profissionalmente atividade negocial, com o objetivo do lucro. 
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 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
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Como pessoa física/natural, o empresário exerce a empresa em seu próprio nome, assumindo ou não o risco da atividade. 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
Como empresário como pessoa física/natural, ao mesmo lhe será atribuído um CNPJ, distinto do seu CPF.
O empresário individual também é conhecido como empresário unipessoal.
 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
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DESTAQUES: 
I - Caso duas ou mais pessoas resolvam se organizar como sociedade, os sócios dessa sociedade não serão considerados empresários, mas sim empreendedores ou investidores.
 II – A EIRELI é também conhecida como sociedade unipessoal limitada.
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Para organizar se empreendimento, o empresário individual ou societário deve contratar mão de obra, que é um dos fatores para fomentar a organização ou circulação de bens ou serviços.
Seja como funcionário regido pela CLT, seja como autônomo ou terceirizado, vários trabalhadores serão utilizados pelo empresário para desempenhar as tarefas inerentes ao negócio, mas todos sob a coordenação do proprietário do negócio.
Independentemente da natureza do vínculo contratual, esses trabalhadores serão chamados por lei de PREPOSTOS.
 P R E P O S T O S
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Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.
Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.
Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação.
(...)
Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor.
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DESTAQUES:
Se um cliente adentra numa loja e se dirige a um funcionário uniformizado, e com esse inicia tratativas negociais, o empresário dono do negócio está automaticamente sendo responsabilizado pelo negócio feito.
Assim também será com empregados terceirizados ou autônomos.
Se o preposto agir além dos poderes dados pelo preponente, serão responsabilizados por tais atos ilegais.
O preposto está proibido de concorrer com o seu preponente. Caso o faça configurará concorrência desleal. (art. 195 da Lei 9.279/96).
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 P R E P O S T O S
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Dois prepostos têm sua atuação referida especificamente no Código Civil: o Gerente e o Contabilista.
O GERENTE:
Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência.
Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.
Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes.
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Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente.
Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis.
Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele.
Art. 1.176. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função.
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 P R E P O S T O S
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O CONTADOR:
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele.
Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelosatos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor.
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DESTAQUES:
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O Gerente é funcionário com cargo de chefia, e é o encarregado da organização do negócio.
O empresário pode limitar os poderes do gerente.
O Contabilista é o responsável pela escrituração dos livros do empresário.
A função de Gerente é facultativa.
A função do Contabilista é obrigatória, salvo se não houver um contador na localidade (art. 1.182, CC).
Qualquer pessoa pode ser Gerente, mas Contador apenas os inscritos nos Conselhos Regionais de Contabilidade.
MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006
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A Constituição Federal, no art. 179, estabelece que o poder público dispensará tratamento diferenciado aos pequenos empresários.
Em cumprimento à prescrição constitucional, editou-se a Lei Complementar nº. 123/2006.
O art. 3º da lei dispões que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).      
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MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006
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Entende-se por receita bruta anual o FATURAMENTO da empresa, ou seja a soma de todos os ingressos derivados do exercício da atividade econômica.
Podem figurar como Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte: os empresários individuais, a EIRELI, as sociedades empresárias e a sociedade simples.
A LC 123/2006 crio o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições, cuja sigla é SIMPLES NACIONAL.
Trata-se de um regime tributário simplificado ao qual as ME e EPP podem aderir, momento em que passarão a pagar diversos tributos (IR, PIS, IPI, contribuições, ICMS e ISS) mediante um único recolhimento mensal, proporcional ao seu faturamento.
MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006
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As Me e EPP tem ainda alguns outros privilégios:
_ Relacionados à legislação do trabalho – art. 51 e seguintes
_ Relacionados às questões de licitações públicas – art. 42 e seguintes
_ Relacionadas às obrigações fiscais acessórias – art. 25 e seguintes
_ Relacionados à aquisições públicas / licitações – art. 42 e seguintes
_ Relacionados com o acesso ao mercado externo – art. 49-A e seguintes
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MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006
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_ Relacionados à Sociedade de Propósito Específico – art. 56
_ Relacionados com o estímulo ao crédito – art. 57 e seguintes
_ Relacionados com o estímulo à inovação / startups – art. 64
_ Relacionados à certificação de produtos – art. 67-A
_ Relacionados com o acesso ao juizado especial – art. 74 e seguintes
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LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006
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A LC 123/2006 dá vida ainda à Micro Empresa Individual, a famosa MEI. Em seu art. 18-A.
A MEI veio para simplificar ainda mais os procedimentos de registro do comércio e cadastros fiscais. 
A MEI está dispensada de escriturações fiscais, e pode recolher seus tributos através do Simples Nacional, por meio de pagamento de valores fixos mensais.

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