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Atividade Avaliativa CRISTIANE PAVÃO

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Atividade Avaliativa
Aluno: Cristiani Pavão Gomes 
Curso: Pós-Graduação Lato Sensu em Instrumentalidade do Serviço Social 
Disciplina: A Política Social Brasileira - Programas de Transferência de Renda
Os impactos dos programas de transferência de renda no Brasil.
A partir da leitura dos textos sugeridos, foi possível observar que o contexto histórico dos Programas de Transferência Direta de Renda no Brasil demonstra que anteriormente à Constituição Federal de 1988, o modelo de Proteção Social se relacionava estritamente ao trabalho formal e se consolidava pela via contributiva. 
A primeira discussão sobre Programas de Transferência de Renda no Brasil, como proposta de erradicação da pobreza no país, foi datada de 1975, o qual era baseada no Imposto de Renda Negativo e deveria ter implantação progressiva, começando pelos mais idosos. Outra proposta fora apresentada em 1978, também baseada no Imposto de Renda Negativo, e objetivava a redistribuição de renda.
A transferência de renda para as famílias mais pobres, são consideradas como políticas focalizadas ou universais, voltadas para a população que se encontra em privação econômica, a transferência de renda é um caminho para garantir acesso aos cidadãos aos mínimos sociais.
Foi no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso que ocorreu a maior expansão dos programas federais de transferência de renda, com os seguintes programa: Benefício de Prestação Continuada (BPC); Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI); Programa Bolsa Escola; Bolsa Alimentação; Bolsa Renda (destinado a agricultores e familiares vítimas de calamidade pública); Vale Gás.
Apesar disso, os avanços conseguidos pelos Programas de Transferência estabelecidos na década de 1990 não foram suficientes como estratégia ao combate à fome e a pobreza, porque as ações foram marcadas pela fragmentação. Desta forma, para solucionar a problemática da fragmentação, ocorreu a unificação de todos os programas dessa categoria com a instituição de um Programa de Transferência de Renda Federal Bolsa Família (PBF), estabelecido no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que prosseguiu e no governo da presidenta Dilma Rousseff para o enfrentamento da fome e da pobreza.
O Programa Bolsa Família (PBF) foi criado pelo Governo Federal em 2004 através da Lei nº. 10.836, e regulamentado pelo Decreto nº. 5.209/04 é um programa de transferência direta de renda às famílias através do atendimento de condicionalidades. Sua criação se deu como parte do Plano Fome Zero (hoje Plano Brasil Sem Miséria), com a finalidade de enfrentamento à pobreza e melhoria da qualidade de vida de famílias em situação de pobreza e/ou extrema pobreza. 
O PBF incorporou e unificou outros programas de transferência de renda que existiam até então, tais como: Programa Nacional de Renda Mínima, vinculado a Educação - Bolsa Escola (Lei nº. 10.219, de 11 de abril de 2001); Programa Nacional de Acesso à Alimentação - PNAA (Lei nº. 10.689, de 13 de junho de 2003); Programa Nacional de Renda Mínima, vinculado à Saúde - Bolsa Alimentação (Medida Provisória nº. 2.206-1, de 06 de setembro de 2001); Programa Auxílio Gás (Decreto nº. 4.102, de 24 de janeiro de 2002); Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, o que é disciplinado através da Portaria GM/MDS nº 666/05 (BRASIL, 2013).
O Bolsa Família tem como base a garantia de renda, inclusão produtiva e acesso aos serviços públicos e possui três eixos estruturantes: Transferência de renda; Condicionalidades; Desenvolvimento de ações e programas complementares de forma articulada com demais programas de caráter estruturante, principalmente da saúde, educação e trabalho (BRASIL, 2013).
Com o objetivo principal de promover através da transferência de renda o alívio imediato da pobreza. As condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social. Já as ações e programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade (BRASIL, 2013).
Desta forma, o programa busca promover a melhoria da qualidade de vida das gerações futuras, através da Educação e Saúde, e por isso, a gestão do PBF deve ocorrer de forma articulada entre as políticas sociais e descentralizada e compartilhada entre os três níveis de governo. 
A família considerada elegível para inserção no Programa Bolsa Família inicialmente deve ser cadastrada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CADÚNICO). A triagem das famílias é feita de forma automatizada, com base nos dados armazenados no CADÚNICO, sendo o critério básico a renda per capta. Não existindo, nenhuma intervenção direta do assistente social no processo de inclusão das famílias. O PBF está ligado à Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
A literatura demonstra a existência de um consenso entre os estudiosos de que os programas de transferência de renda são importantes Políticas Públicas para a diminuição da pobreza no Brasil. Consideraram que nestes últimos anos o governo brasileiro vem adotando políticas de transferência de renda para os mais pobres com a finalidade de combatê-la. 
Considerando o papel do Estado de assegurar o bem-estar social e cumprir o direito estabelecido constitucionalmente que é a garantia de saúde, educação, trabalho e alimentação para todo indivíduo a criação de políticas sociais que garantam a sobrevivência para os que vivem em situação de extrema pobreza através de programas de transferência de renda que são considerados como eixo do atual sistema brasileiro de proteção social.
Em 2007, o BPC integrou-se ao Sistema Único de Assistência Social - SUAS - e em 2008, por meio de decreto, passou a seguir os seguintes critérios para sua obtenção: Ter 65 anos de idade, no mínimo ou com deficiência incapacitante; em ambos os casos, ser carente, isto é, não ter renda pessoal ou familiar, superior a 25% do salário mínimo. Assim sendo, a miséria é o requisito básico para a inclusão. 
Observou-se na literatura a existência de muitas controvérsias quanto à eficácia dessas políticas, onde, alguns autores defendem, que as transferências de renda governamentais podem desmotivar os beneficiários a procurar emprego ou buscar uma qualificação profissional, mantendo-os dependentes dessas transferências, onde famílias inteiras estariam acomodadas na situação de pobreza para continuar a receber os benefícios sociais.
A existência de condicionalidades no PBF visa certificar o compromisso e a responsabilidade das famílias atendidas e representam o exercício de direitos para que as famílias possam alcançar sua autonomia e a inclusão social sustentável. Assim, as famílias beneficiárias devem cumprir com condicionalidades estabelecidas pelo Programa como compromissos assumidos por ela. São condições estabelecidas pelo PBF ações vinculadas a educação, saúde e acompanhamento social.
No caso de descumprimento de tais condicionalidades estabelecidas sofrem sanções, que podem ser: Advertência - Bloqueio do benefício - Segunda suspensão – Cancelamento do benefício.
O PBF brasileiro foi considerado como um dos maiores programas em transferência de renda do mundo. Assim sendo, dentre os programas de transferência de renda o PBF passou a ser considerado um importante mecanismos para o enfrentamento da pobreza e como possibilidade de dinamização da economia, principalmente em pequenos municípios encontrados em todo o Brasil. 
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou que o Bolsa Família é a transferência pública que mais alcança a população pobre no Brasil, uma vez que cerca de 70% dos recursos alcançaram os 20% mais pobres, reduzindo a pobreza em 15% e a extrema pobreza em 25%. De acordo com o referido levantamento, a quantidade de beneficiários do Bolsa Família passou de 6 milhões de famílias em 2004 para 13,3 milhões de famílias em 2017, ano no qual o programa permitiu que 3,4 milhões de pessoas deixassem a situação depobreza extrema e outras 3,2 milhões superassem a pobreza (IPEA, 2019).
Conforme os estudos, essa transferência de renda gera um grande impacto para a família miserável, principalmente se a inflação estiver controlada, visto que ocorre uma redução nos preços dos alimentos, onde a família passa a ter acesso a alimentação em quantidade adequada. A literatura assinalou que a transferência de renda não retira totalmente as famílias da pobreza, porém, ainda assim, elas representam a maior parte da renda obtida por estas famílias. O valor depositado depende do número de integrante da família, da idade dos seus membros e da sua renda. Há benefícios específicos para famílias com crianças, jovens, gestantes e mães que amamentam.
O Programa Bolsa Família possui três dimensões essenciais para superação da fome e da pobreza conforme o MDS: Promoção do alivio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à família; Reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de saúde e educação, por meio do cumprimento das condicionalidades; Coordenação de programas complementares, que têm por objetivo o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários do Bolsa Família consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza. 
Diante do exposto, observou-se que os programas de transferência de renda são tidos como estratégia do governo no enfrentamento à vulnerabilidade sócio familiar. A partir da análise do levantamento bibliográfico foi possível evidenciar que o Programa é uma Transferência de Renda que garante uma renda as famílias que se encontram em situação de pobreza, ou extrema pobreza.
Nota-se que o Bolsa Família unificou os diversos programas de transferência de renda, que foram instituídos de forma fragmentada, passando a oferecer através de um único Programa. O recurso financeiro dá a possibilidade de uma condição de vida mais digna, apresentando uma perspectiva de superação da condição de vulnerabilidade, posteriormente inserindo o usuário no mercado de trabalho, para que este consiga garantir sua própria subsistência e de seus familiares.
Levando-se em conta a complexidade do fenômeno desigualdade social e econômicas vigentes o PBF foi considerado uma importante estratégia de enfrentamento dos problemas relacionados à fome e à pobreza. A transferência de renda articulada ao desenvolvimento econômico e desenvolvimento social, contemplando a pobreza em seu caráter multidimensional através das condicionalidades do programa o PBF promove o aumento da frequência escolar e cumprimento da agenda de acompanhamento da saúde, consequentemente melhorando a situação das famílias empobrecidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, IPEA. Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania / organizadores: Tereza Campello, Marcelo Côrtes Neri. – Brasília: Ipea, 2013. 494 p. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/livro_bolsafamilia_10anos.pdf. Acesso em: 20 jan. 2020.
BRASIL. IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Bolsa Família reduz pobreza e desigualdade em 15 anos. 06/08/2019 17:49. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34949&catid=10&Itemid=9. Acesso em: Acesso em: 20 jan. 2020.
BRASIL. IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Desafios para a política social brasileira. Ricardo Paes de Barros; Mirela de Carvalho. Texto para discussão nº 985. Rio de Janeiro, outubro de 2003. Disponível em: http://lms.unimestre.com/lms/aluno/sala/450339/104895/7061. Acesso em: 10 jan. 2020.
SILVA, Maria Ozanira da Silva e. O Bolsa Família: problematizando questões centrais na política de transferência de renda no Brasil. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 6, p. 1429-1439, Dec. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232007000600006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 28 jan. 2020.
Atividade Avaliativa
 
 
Aluno:
 
Cristiani Pavão Gomes 
 
Curso:
 
Pós
-
Graduação Lato Sensu em Instrumentalidade do Serviço Social 
 
Disciplina:
 
A Política Social Brasileira 
-
 
Programas de Transferência de Renda
 
 
O
s impactos dos programas de transferência de renda
 
no Brasil.
 
 
A partir da
 
leitura dos textos sugeridos, foi
 
possível 
observar
 
que 
o contexto 
histórico dos Programas de Transferência Direta de Renda no Brasil 
demonstra
 
que 
anteriormente à Constituiçã
o Federal de 1988, o modelo de Proteção S
ocial se 
relacionava estritamente ao trabalho formal e se consolidava pela via contributiva. 
 
A
 
primeira discussão sobre
 
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de Transferência de Renda no Brasil, 
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o país
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datada
 
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1975, 
o qual 
era 
baseada 
no Imposto de Renda Negativo e deveria ter implantação progressiva, 
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entada em 1978
, também 
baseada no Imposto de Renda Negativo, e objeti
vava a redistribuição de renda.
 
A transferência de renda para as 
famílias mais pobres, são consideradas como 
políticas focalizadas ou universais, voltadas para a população que se encontra em 
privação econômica, a transferência de renda é um caminho para garantir acesso aos 
cidadãos aos mínimos soci
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Foi n
o governo do
 
presidente
 
Fernando Henrique Cardoso
 
que 
ocorreu a
 
maior
 
expansão dos programas federais de transferência de renda, com os seguintes 
programa: Benefício de Prestação Continuada (BPC); Programa de Erradicação do 
Trabalho Infantil (PETI); Programa Bolsa Esc
ola; Bolsa Alimentação; Bolsa Renda 
(destinado a agricultores e familiares vítimas de calamidade pública); Vale Gás.
 
Apesar disso, os avanços conseguidos pelos Programas de Transferência 
estabelecidos na década de 1990 não foram suficientes como estratégia
 
ao combate 
à fome e a pobreza, porque as ações foram marcadas pela fragmentação. Desta 
forma, 
para solucionar a problemática da fragmentação, 
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correu a unificação de 
todos 
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Bolsa Família (PBF), estabelecido no governo do presidente Luiz 
Atividade Avaliativa 
 
Aluno: Cristiani Pavão Gomes 
Curso: Pós-Graduação Lato Sensu em Instrumentalidade do Serviço Social 
Disciplina: A Política Social Brasileira - Programas de Transferência de Renda 
 
Os impactos dos programas de transferência de renda no Brasil. 
 
A partir da leitura dos textos sugeridos, foi possível observar que o contexto 
histórico dos Programas de Transferência Direta de Renda no Brasil demonstra que 
anteriormente à Constituição Federal de 1988, o modelo de Proteção Social se 
relacionava estritamente ao trabalho formal e se consolidava pela via contributiva. 
A primeira discussão sobre Programas de Transferência de Renda no Brasil, 
como proposta de erradicação da pobreza no país, foi datada de 1975, o qual era 
baseada no Imposto de Renda Negativo e deveria ter implantação progressiva, 
começando pelos mais idosos. Outra proposta fora apresentada em 1978, também 
baseada no Imposto de Renda Negativo, e objetivava a redistribuição de renda. 
A transferência de renda para as famílias mais pobres, são consideradas como 
políticas focalizadas ou universais, voltadas para a população que se encontra em 
privação econômica, a transferência de renda é um caminho para garantir acesso aos 
cidadãos aos mínimos sociais. 
Foi no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso que ocorreu a maior 
expansão dos programas federais de transferência de renda, com os seguintes 
programa: Benefício de Prestação Continuada (BPC); Programa de Erradicação do 
Trabalho Infantil (PETI); Programa Bolsa Escola; Bolsa Alimentação; Bolsa Renda 
(destinado a agricultores e familiares vítimas de calamidade pública); Vale Gás. 
Apesar disso, os avanços conseguidos pelos Programas de Transferência 
estabelecidos na década de 1990 não foram suficientescomo estratégia ao combate 
à fome e a pobreza, porque as ações foram marcadas pela fragmentação. Desta 
forma, para solucionar a problemática da fragmentação, ocorreu a unificação de todos 
os programas dessa categoria com a instituição de um Programa de Transferência de 
Renda Federal Bolsa Família (PBF), estabelecido no governo do presidente Luiz

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