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ANÁLISE DO RE 878.694 – MINAS GERAIS – SOBRE A INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 1.790 CC/2002 RECORRENTE : MARIA DE FÁTIMA VENTURA RECORRIDO: RUBENS COIMBRA PEREIRA E OUTROS 1) RESUMO DO CASO Refere- se ao Recurso Extraordinário, interposto por Maria de Fátima Ventura, pleiteando os mesmos direitos sucessórios de cônjuges e companheiros, com embasamento no Artigo 1.829 do CC/2002, por entender que ambos têm o mesmo direito. Discutiu a inconstitucionalidade da lei 8.971/94 e 9.278/96 Discute a inconstitucionalidade do artigo 1.790 do Código Civil, pois o mesmo artigo revoga as leis 8.971/94 e 9.278/96, discriminando a companheira (ou companheiro) trazendo diferenças entre cônjuge e companheiro quanto a herança. Não podendo desequiparar os cônjuges e os companheiros, ou seja, a família formada pelo casamento e a família formada pela união estável. No sistema constitucional vigente, é inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no art. 1.829 do CC/2002. Após o Ministro Barroso(relator) ter votado, deu-se provimento ao recurso, onde foi acompanhado pelos Ministros Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz fux, Celso de Mello e Cármen lúcia, onde o Ministro Dias Toffoli pediu vista os autos.Ausente mas justificadamente, o Ministro Gilmar Mendes e assentado o Ministro Ricardo Lewandowiski (presidente), falaram pelo IBDFAM e pelo Instituto de Advogados Brasileiros. 2) DECISÃO Na decisão, foi dado provimento ao recurso, por maioria, para reconhecer de forma incidental a inconstitucionalidade do Artigo 1.790 do CC/2002 e declarar o direito estabelecido no Artigo 1.829 do CC/2002, os Ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio e Ricardo que votaram negando provimento a esse recurso. Em seguida, o Tribunal vencido, o Ministro Marco Aurélio fixou os seguintes termos: “É inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros previsto no Artigo 1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado tanto no casamento quanto na união estável, o regime do Artigo 1.829 do CC/2002”. Não votou o Ministro Alexandre de Moraes. Presidiu o julgamento, a ministra Cármen Lúcia
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