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211 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Unidade III 7 POSIÇÃO RELATIVA, DISTÂNCIA E ÂNGULOS Na geometria analítica, é útil compararmos a posição de pontos, retas e planos. Para tal, dividiremos nosso estudo em três partes: reta‑reta, reta‑plano e plano‑plano. 7.1 Posição relativa 7.1.1 Reta‑reta Consideremos duas retas r e s. Para facilitar nosso estudo, vamos representar os vetores diretores das retas como ur �� e us �� . Sejam rr : X A u= + α e ss : X B u= + b as equações vetoriais das retas r e s. Para estudar a posição entre essas retas, vamos comparar os vetores diretores quanto à dependência linear, isto é, se são LI ou LD. 1) r su , u LI Se os vetores são LI, isto é, não são paralelos, podemos ter retas concorrentes ou retas reversas. a) r e s concorrentes (têm ponto comum) Representando graficamente, temos: P B s A r p ur �� us �� Figura 100 Observando a figura, notamos que os vetores ur �� , us �� e AB � �� são coplanares, e, como já sabemos, o determinante formado pelas coordenadas dos três vetores será igual a zero. Assim: 212 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III B A B A B A x y z r e s concorrentes l m n 0 x ‑ x y ‑ y z ‑ z ⇔ = Como as retas têm um ponto comum, vamos querer saber esse ponto. Para isso, podemos igualar as equações paramétricas e resolver o sistema. b) r e s reversas (não coplanares) Observe a representação a seguir: B A s r p2 p1 ur �� us �� Figura 101 Notamos que não existe um plano que contenha os vetores, ur �� , us �� e AB � �� , logo, eles não são coplanares. Assim, o determinante formado pelas coordenadas dos vetores será diferente de zero. B A B A B A x y z r e s reversas l m n 0 x ‑ x y ‑ y z ‑ z ⇔ ≠ Lembrete Vetores diretores LI – desenvolver o determinante formado pelas coordenadas dos vetores ur �� , us �� e AB � �� . Se for igual a zero, as retas serão concorrentes, senão, serão reversas. c) retas ortogonais e retas perpendiculares Se os vetores diretores são ortogonais, isto é, ur �� . us �� = 0, teremos: 213 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR c1) Se r ∩ s ≠ ∅, então r e s são perpendiculares: s r ur �� us �� Figura 102 c2) Se r ∩ s ≠ ∅, então r e s são ortogonais: s r ur �� us �� Figura 103 Observação Dois seguimentos de reta que formam ângulo reto entre si serão sempre ortogonais. No entanto, só serão ditos perpendiculares se os seguimentos de reta se tocarem em um ponto. 2) ur �� . us �� LD Se os vetores são LD, isto é, são paralelos, podemos ter retas paralelas ou retas coincidentes. a) r e s paralelas (r // s) Nesse caso, os vetores diretores são paralelos e não existe ponto comum entre as retas, isto é, r ∩ s = ∅: 214 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III B s A r ur �� us �� Figura 104 Escolhendo um ponto de r e um ponto de s, teremos que o vetor AB � �� não é paralelo a ur �� e a us �� , assim: r sr e s paralelas AB não é paralelo a u ( e au )⇔ b) r e s coincidentes (r ≡ s) Os vetores diretores são paralelos e existem infinitos pontos em comum. B A r≡s ur �� us �� Figura 105 Nesse caso, o vetor AB � �� é paralelo a ur �� e a us �� , assim: r sr e s coincidentes AB é paralelo a u ( e au )⇔ Lembrete Vetores diretores LD – verificar se o vetor formado por um ponto de cada reta é paralelo a eles. Se for, as retas são coincidentes, caso contrário, são paralelas. Exemplos: Estude a posição relativa da reta r : X = (2, 1, 1) + α (0, 1, 1) em relação a reta s: a) s : X = (1, 0, 0) + b (3, 1, 2) Para estudar a posição relativa de duas retas, devemos inicialmente verificar se os vetores diretores das retas são LI ou LD. 215 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Para cada reta, temos um vetor diretor e um ponto base. Assim, obtém‑se: r : R (2,1,1) u 0,1,1) s : S ( r � � � � � �� � � �� ( 11,0,0) u 3,1,2)s � �� � � � � �� ( Comparando os vetores diretores de r e s, notamos que são LI, logo, as retas podem ser concorrentes ou reversas. Para decidir se são concorrentes ou reversas, vamos calcular o determinante formado pelas coordenadas de r su , u e RS . Se for nulo, os vetores são coplanares, portanto, as retas são concorrentes; caso contrário, serão reversas. Assim, temos: S R S R S R x y z 0 1 1 0 1 1 l m n 3 1 2 3 1 2 ‑1 0 x ‑ x y ‑ y z ‑ z 1‑2 0 ‑1 0 ‑1 ‑1 ‑1 ‑1 = = = ≠ Os vetores não são coplanares, logo, as retas são reversas. b) s : X = (2, 1, 1) + b (0, 0, 1) Para cada reta, temos um vetor diretor e um ponto base. Vejamos: r : R (2,1,1) u 0,1,1) s : S (2 r � � � � � �� � � �� ( ,,1,1) u 0,1,1) s � �� � � � � �� ( Comparando os vetores diretores de r e s, notamos que são LI, logo, as retas podem ser concorrentes ou reversas. Para decidir se são concorrentes ou reversas, vamos calcular o determinante formado pelas coordenadas de r su , u e RS . Se for nulo, os vetores são coplanares, portanto, as retas são concorrentes, caso contrário, serão reversas. Assim, temos: S R S R S R x y z 0 1 1 0 1 1 l m n 0 0 1 0 0 1 0 x ‑ x y ‑ y z ‑ z 2 ‑2 1‑1 1‑1 0 0 0 = = = 216 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Os vetores são coplanares, logo, as retas são concorrentes. Nesse caso, você pode estudar também se as retas são ortogonais ou não. c) s : X = (3, 1, ‑1) + b (0, 1, 1) Para cada reta, temos um vetor diretor e um ponto base. Então, obtém‑se: sr S (3,1,‑1)R (2,1,1) r : s : u (0,1,1)u (0,1,1) == == Comparando os vetores diretores de r e s, notamos que são LD, logo, as retas podem ser paralelas ou coincidentes. Para decidir se são paralelas ou coincidentes, devemos verificar se o vetor formado por um ponto de r e um ponto de s é ou não paralelo aos vetores diretores. Se for paralelo, as retas são coincidentes, caso contrário, são paralelas. Tomemos o vetor RS S ‑R (3,1,‑1) ‑(2,1,1) (1, 0, ‑ 2)= = = . Devemos verificar se é paralelo a um dos vetores diretores, por exemplo, ru (0,1,1)= . Comparando os vetores, notamos que são LI, isto é, RS ��� e ur �� não têm coordenadas proporcionais. Logo, as retas são paralelas. d) s : X = (2, 2, 2) + b (0, 1, 1) Para cada reta, temos um vetor diretor e um ponto base. Vejamos: r : R (2,1,1) u 0,1,1) s : S (2 r � � � � � �� � � �� ( ,, 2, 2) u 0,1,1) s � �� � � � � �� ( Comparando os vetores diretores de r e s, notamos que são LD, logo, as retas podem ser paralelas ou coincidentes. Para decidir se são paralelas ou coincidentes, devemos verificar se o vetor formado por um ponto de r e um ponto de s é ou não paralelo aos vetores diretores. Se for paralelo, as retas são coincidentes, caso contrário, são paralelas. O vetor RS ��� = S – R = (2, 2, 2) – (2, 1, 1) = (0, 1, 1) é paralelo ao vetor diretor. Logo, as retas são coincidentes. 217 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR 7.1.2 Reta‑plano Quando estudamos a posição relativa de retas e planos, temos três resultados possíveis: a reta pode estar contida no plano, pode furar o plano ou ser paralela a ele. Consideremos a reta com equação r : X = A + α ur �� , o plano com equação geral p {ax + by + cz + d = 0 e vetor normal n = (a, b, c). Para determinarmos a posiçãoentre a reta e o plano, devemos verificar se o vetor diretor da reta é ou não ortogonal ao vetor normal ao plano. 1) u n r ⊥ ur �� p n n Figura 106 Quando o vetor diretor da reta e o vetor normal ao plano são ortogonais, temos dois casos possíveis: a reta está contida no plano ou a reta é paralela ao plano. a) r ⊂ p (todo ponto da reta é ponto do plano) pur �� n r A Figura 107 Nesse caso, teremos infinitos pontos em comum. Para definir se a reta está contida no plano, basta que você encontre um ponto comum, por exemplo, verificar se o ponto base da nossa reta é também ponto do plano. Como verificar isso? Um ponto pertence ao plano se suas coordenadas satisfazem a equação do plano, isto é, se a substituição das coordenadas torna a equação verdadeira. 218 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III b) r / / p (r ∩ p = ∅) p ur �� ur �� n r A Figura 108 Nesse caso, não existem pontos em comum. Para determinar se a reta é paralela ao plano, basta que você encontre um ponto da reta que não pertença ao plano, por exemplo, verificar se o ponto base da nossa reta não é ponto do plano. 2) ur �� , n não ortogonais Nesse caso, a reta fura o plano, isto é, existe um ponto comum entre a reta e o plano. p ur �� n r P Figura 109 Assim, r ∩ p ={P}. Como determinar o ponto P? O ponto P é comum ao plano e à reta. Então, se você escrever as equações paramétricas da reta e substituir na equação do plano, vai determinar as coordenadas do ponto P. No caso de rn / / u , temos que a reta é perpendicular ao plano, isto é, r ⊥ p: 219 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR p ur �� n r P Figura 110 Lembrete Posição relativa reta‑plano – comparar o vetor diretor da reta com o vetor normal. Se são ortogonais, a reta é paralela ao plano ou está contida no plano, caso contrário, a reta fura o plano. Exemplos: 1) Verifique se o ponto P(2, 1, 5) pertence ao plano p {3x + y + z – 12 = 0 Resolução: Um ponto pertence a um plano se suas coordenadas satisfazem a equação do plano. Substituindo as coordenadas do ponto P na equação do plano, temos: 3x + y + z – 12 = 0 3. 2 + 1 + 5 – 12 = 0 12 – 12 = 0 0 = 0 Logo, o ponto pertence ao plano, isto é, P ∈ p. 2) Verifique se o ponto P(3, 1, 2) pertence ao plano p {2x + y ‑ 4z – 2 = 0. Resolução: Um ponto pertence a um plano se suas coordenadas satisfazem a equação do plano. 220 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Substituindo as coordenadas do ponto P na equação do plano, temos: 2x + y ‑ 4z – 2 = 0 2 . 3 + 1 – 4 . 2 – 2 = 0 6 + 1 – 8 – 2 = 0 –3 ≠ 0 Logo, o ponto não pertence ao plano, isto é, P ∉ p. 3) Verifique a posição relativa entre o plano p {–x + 2y – 4z — 7 = 0 e a reta: a) r: X = (0, 1, –1) + α (2, –1, 1) Para avaliar a posição relativa entre planos e retas, devemos inicialmente verificar se o vetor diretor da reta e o vetor normal ao plano são ortogonais. Para a reta e o plano dados, temos: r R (0,1,‑1) r : vetor normal n (‑1, 2, ‑ 4) u (2,‑1,1) = = = Para verificar se são ortogonais, devemos calcular o produto escalar entre os vetores, assim: ru . n (2,‑1,1) . (‑1, 2, ‑ 4)= ru . n 2 . ( 1) ( 1) . 2 1. ( 4)= − + − + − ru . n 2 2 4= − − − ru . n 8 0= − ≠ Logo, os vetores não são ortogonais. Nesse caso, a reta fura o plano, isto é, r ∩ p = {P}. Sempre que existe um ponto em comum, determinamos as coordenadas desse ponto. Para definir o ponto P, substituímos as coordenadas de um ponto qualquer da reta na equação do plano. As coordenadas do ponto P são dadas pelas equações paramétricas da reta. Vamos escrever as equações paramétricas de r: 221 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR r: X = (0, 1, –1) + α (2, –1, 1) x 2 r : y 1‑ z ‑1 = α = α = + α Assim, as coordenadas do ponto serão P = (2α, 1–α, –1+α). Agora vamos substituir na equação do plano e determinar o valor de α. Substituindo em p: { x 2 y 4 z 7 0 2 2 (1 ) 4 ( 1 ) 7 0 2 2 2 4 4 7 0 8 1 0 1 8 Substituindo em P, temos: 1 1 1 P 2 ,1 , 1 8 8 8 = − + − − 1 9 9 P , , 4 8 8 = − − b) r: X = (1, 1, 0) + α (–2, 3, 2) Para avaliar a posição relativa entre planos e retas, devemos inicialmente verificar se o vetor diretor da reta e o vetor normal ao plano são ortogonais. Para a reta e o plano dados, temos: r : R (1,1,0) u 2, 3, 2) vetor r � � � � � � �� � �� ( nnormal n (‑1, 2, ‑4) � � Para verificar se são ortogonais, devemos calcular o produto escalar entre os vetores, assim: ur �� . n = (–2, 3, 2) . (–1, 2, –4) 222 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III ur �� . n = (–2) . (–1) + 3 . 2 + 2 . (—4) ur �� . n = 2 + 6 —8 ur �� . n = 0 Logo, os vetores são ortogonais. Nesse caso, a reta está contida no plano ou é paralela ao plano. Para decidir qual dos casos acontece, devemos verificar se existe ponto comum. Substituindo o ponto base da reta no plano, teremos duas possibilidades: o ponto pertence ao plano e então a reta está contida no plano, ou o ponto não pertence ao plano e então a reta é paralela ao plano. Substituindo o ponto R = (1, 1, 0) na equação do plano, obtém‑se: { x 2y 4z 7 0p − + − − = 1 2 .1 4 . 0 7 0− + − − = 1 2 7 0− + − = – 6 ≠ 0 Logo, o ponto não está no plano, isto é, P ∉ p. Assim, a reta é paralela ao plano. c) r: X = (–1, 1, –1) + α (2, 1, 0) Para verificar a posição relativa entre planos e retas, devemos inicialmente avaliar se o vetor diretor da reta e o vetor normal ao plano são ortogonais. Para a reta e o plano dados, temos: r R (‑1,1,‑1) r : vetor normal n (‑1, 2, ‑ 4) u (2 , 1, 0) = = = Para avaliar se são ortogonais, devemos calcular o produto escalar entre os vetores, assim: ur �� . n = (2, 1, 0) . (–1, 2, —4) ur �� . n = 2 . (–1) + 1 . 2 + 0 . (–4) 223 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR ur �� . n = –2 + 2 + 0 ur �� . n = 0 Logo, os vetores são ortogonais. Nesse caso, a reta está contida no plano ou é paralela ao plano. Para decidir qual dos casos acontece, devemos verificar se existe ponto comum. Substituindo o ponto base da reta no plano, teremos duas possibilidades: o ponto pertence ao plano e então a reta está contida no plano, ou o ponto não pertence ao plano e então a reta é paralela ao plano. Substituindo o ponto R = ( ‑1, 1,‑1) na equação do plano, obtém‑se: p{–x + 2y – 4z –7 = 0 –1 . (–1) + 2 . 1 –4 . (–1) –7 = 0 1 + 2 + 4 – 7 = 0 0 = 0 Logo, o ponto pertence ao plano, isto é, P ∈ p. Assim, a reta está contida no plano. 7.1.3 Plano‑plano Quando estudamos a posição relativa de dois planos, podemos ter planos paralelos, coincidentes ou transversais. Consideremos os planos p1 e p2 com equação geral: 1 { a x b y c z d 0 { a x b y c z 1 1 1 1 2 2 2 2 d 0 2 Para saber a posição dos planos, devemos verificar se os vetores n1 �� e n2 ��� são paralelos ou não. 1) n1 �� // n2 ��� (paralelos) Nesse caso, os planos podem ser paralelos ou coincidentes. a) p1 ≡ p2 (coincidentes) 224 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III p1 ≡ p2 1 2n n Figura 111 Devemos ter todos os coeficientes proporcionais, isto é: 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 a b c da b c d p ≡ p ⇔ = = = b) p1 // p2 (paralelos) p2 2n p1 1n Figura 112 Devemos ter todos os coeficientes dos vetores normais proporcionais, mas a proporção dos termos d1 e d2 será diferente, isto é: 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 a b c d / / a b c d p p ⇔ = = ≠ 2) n1 �� , n2 ��� não paralelos Nesse caso, os planos são transversais, isto é, têm em comum uma reta: 225 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR 1n p1 p2 r 2n Figura 113 Assim, 1 2 rp ∩ p = . Você está curioso para saber como determinar essa reta? Como encontrar a equação da reta r? Para responder a essas questões, vamos observar a figura anterior. A reta está nos dois planos, logo, pela definição de vetor normal ao plano, temos que r 1u n⊥ e r 2u n⊥ . Sabemos que um vetor que satisfaz essas duas condições é o produto vetorial, assim, vamos utilizar o vetor n1 �� ∧ n2 ��� como vetor diretor de r. Falta ainda determinar um ponto da reta. Para isso, vamos fixar o valor de uma das coordenadas do ponto, por exemplo, x = 0. Substituímos esse valor na equação dos dois planos e determinamos o valor das outras coordenadas. Se 1 2n n⊥ , os planos são perpendiculares, 1 2p ⊥ p : 2n 1n Figura 114 226 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III 1 2 1 2 1 2 n n n . n 0p ⊥ p ⇔ ⊥ ⇔ = Exemplos: Estude a posição relativa entre o plano 1 { ‑ x 2 y ‑ 3 z ‑ 5 0p + = e o plano: a) 2 { ‑ x 2 y ‑ 4 z ‑ 7 0p + = Para tal, devemos inicialmente comparar os vetores normais, verificando se são paralelos ou não. Para os planos dados, temos: { {1 1 1 2 2 2n ( 1, 2, 3) d 5 n ( 1, 2, 4) d 7p = − − = − p = − − = − Comparando n1 �� e n2 ��� : 1 1 1 2 2 2 a b c a b c = = 1 2 3 1 2 4 − − = ≠ − − Os vetores não são paralelos, logo, os planos são transversais, isto é, têm uma reta em comum, 1 2 rp ∩ p = . Devemos determinar a equação dessa reta. A reta está nos dois planos, logo, pela definição de vetor normal ao plano, temos que r 1u n⊥ e r 2u n⊥ . Sabemos que um vetor que satisfaz essas duas condições é o produto vetorial, assim, vamos utilizar o vetor nr �� ∧ n2 ��� como vetor diretor de r. Calculando o produto vetorial: n nr 2 i j k ‑1 2 ‑3 ‑1 2 ‑4 �� ��� � � � � � 227 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR n nr 2 8 i 3 j ‑ 2 k ‑ ( ‑ 2 k ‑ 6 i �� ��� � � � � � � � � � � 4 j ) i j , ‑1 , r 2 r 2 � �� ��� � � �� ��� n n n n � � � � � � � 2 2( 00 ) Assim, r 2n n �� � �� � � � �( , , )2 1 0 Falta ainda determinar um ponto da reta. Para isso, vamos definir o valor de uma das coordenadas do ponto, por exemplo, x = 0 e substituir no sistema formado pelas equações dos planos. ‑ x 2 y ‑ 3 z ‑ 5 0 ‑ x 2 y ‑ 4 z ‑ 7 0 + = + = Substituindo x = 0 0 2 y ‑ 3 z ‑ 5 0 0 2 y ‑ 4 z ‑ 7 0 + = + = Resolvendo o sistema, temos y � � � � 1 2 e z 2 Logo, 1 R 0, , 2 2 = − − . A equação da reta será 1 r : X (0, , 2) ( 2, 1, 0) 2 = − − + α − − . b) 2 { x 2 y 3 z 7 0p − + − − = Comparamos os vetores normais do mesmo modo do exemplo anterior. Para os planos dados, temos: { {1 1 1 2 2 2n ( 1, 2, 3) d 5 n ( 1, 2, 3) d 7p = − − = − p = − − = − Comparando n1 �� e n2 ��� : 1 1 1 2 2 2 a b c a b c = = 1 2 3 1 2 3 − − = = − − 228 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Os vetores são paralelos, logo, os planos são paralelos ou coincidentes. Para decidir, devemos comparar também os valores de d1 e d2. 1 1 1 1 2 2 2 2 a b c d a b c d = = = 1 2 3 5 1 2 3 7 − − − = = ≠ − − − Como d1 e d2 não estão na mesma proporção das outras frações, temos planos paralelos, isto é, p1 // p2. c) 2{2x 4y 6z 10 0p − + + = Para estudar a posição relativa de dois planos, novamente procedemos como no primeiro exemplo. Para os planos dados, temos: { {1 1 1 2 2 2n ( 1, 2, 3) d 5 n ( 2 , 4, 6) d 10p = − − = − p = − = Comparando n1 �� e n2 ��� : 1 1 1 2 2 2 a b c a b c = = 1 2 3 1 1 1 , isto é, 2 4 6 2 2 2 − − − − − = = = = − Os vetores são paralelos, logo, os planos são paralelos ou coincidentes. Para decidir, devemos comparar também os valores de d1 e d2: 1 1 1 1 2 2 2 2 a b c d a b c d = = = 1 1 1 5 2 2 2 10 − − − − = = = Como todas as frações são iguais, temos planos coincidentes, isto é, p1 ≡ p2. 229 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR 7.2 Ângulos Agora vamos estudar ângulo entre retas e planos. Para isso, vamos dividir em três casos: reta‑reta, reta‑plano e plano‑plano. 7.2.1 Reta‑reta Se as retas são concorrentes, definimos o ângulo θ como o menor dos ângulos formados por elas: us �� ur �� s r θ us �� ur �� s r θ A) B) Figura 115 – Ambas são retas concorrentes Se as retas são reversas, definimos o ângulo θ como o menor dos ângulos formados por uma delas e uma reta paralela à outra. Na representação a seguir, temos r e s reversas e o ângulo entre elas será dado pelo ângulo entre a reta r, e a reta s’, paralela à reta s. B A s s s’ r r θ p2 p1 ur �� ur �� us �� us �� A) B) Figura 116 – Retas reversas Conforme a definição, o ângulo será sempre agudo, isto é, 0º ≤ θ ≤ 90º ou 0 rad 2 rad� �� � . Observe que para as retas concorrentes (a) e para as reversas temos que o ângulo entre as retas é igual ao ângulo entre os vetores diretores, porém, no caso das retas concorrentes (b), o ângulo θ entre elas será dado pela relação r s180º‑ âng (u , u )θ = , isto é, r s180º âng (u , u )θ = − . 230 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Para definir o ângulo θ, vamos utilizar o que já sabemos do produto escalar e, como 0º ≤ θ ≤ 90º, teremos que cos θ ≥ 0, então podemos escrever: r s r su u u u cos ⋅ = ⋅ θ r s r s |u u | cos u u ⋅ θ = ⋅ Exemplo: Determinar o ângulo entre as retas: a) r: X = (1, 0, 0) + α (1, 2, 0) e s: X = (0, 1, 0) + α (–2, 1, 0) O ângulo entre as retas é dado por: r s r s |u u | cos u u ⋅ θ = ⋅ Pelo enunciado, temos: r : R (1,0,0) u , 2, 0) r � � � � � �� � �� ( 1 s : S (0,1,0) u 2, 1, 0) s � � � � � � �� � �� ( Inicialmente, vamos calcular o produto escalar e o módulo dos vetores diretores: r s r s 2 2 2 r 2 2 2 s u u ( 1, 2, 0) ( 2 ,1, 0) ‑ 2 2 0 0 |u u | 0 0 u (1, 2,0) 1 2 0 5 u ( 2,1,0) ( 2) 1 0 5 ⋅ = ⋅ − = + + = ⋅ = = = = + + = = − = − + + = Substituindo na expressão: r s r s |u u | cos u u ⋅ θ = ⋅ 231 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR 0 cos 0 5 5 θ = = ⋅ cos � � � � � � � �0 90 2 o ou Observação Nesse caso, as retas são ortogonais ou perpendiculares. Para isso, você precisa verificar se as retas são reversas ou concorrentes. b) r: X = (1, —1, 0) + α (2, 3, 0) e s: X = (0, 1, 2) + α (1, 1, 0) O ângulo entre as retas é dado por: r s r s |u u | cos u u ⋅ θ = ⋅ Pelo enunciado, temos: sr S (0,1,2)R (1,‑1,0) r : s : u (1,1, 0)u ( 2 , 3, 0) == == Inicialmente, vamos calcular o produto escalar e o módulo dos vetores diretores: r su u ( 2, 3, 0) . (1,1, 0) 2 3 0 5⋅ = = + + = r s|u u | 5 5⋅ = = 2 2 2 ru (2, 3,0) 2 3 0 13= = + + = 2 2 2 su (1,1,0) 1 1 0 2= = + + = Substituindo na expressão: r s r s |u u | cos u u ⋅ θ = ⋅ 232 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III 5 cos 0,9806 13 . 2 θ = = cos θ = 0,9806 ⇒ θ = 11,30º 7.2.2 Reta‑plano Para estudar o ângulo entre uma reta e um plano, precisamos inicialmente saber a posição da reta em relação ao plano. a) r / / ou rp ⊂ p r // p r ⊂ p r r p p n n ur �� ur �� A) B) Figura 117 Nesse caso, o ângulo entre r e p é igual a 0º ou 0 rad. r / / ou r âng (r, ) 0º ou 0 radp ⊂ p ⇔ θ = p = b) r ⊥ p r ⊥ p p n ur �� r Figura 118 r âng (r, ) 90º ou rad 2 p ⊥ p ⇔ θ = p = 233 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR c) r fura p e r não é perpendicular a p r ∩ p ={P} P r’ r p θ 90º ‑ θ n Figura 119 O ângulo θ entre o plano e a reta é o complemento do ângulo entre a reta r e o vetor normal n . Da geometria elementar, sabemos que cos (90º – θ) = sen θ, então: r r |u n| sen u n ⋅ θ = ⋅ Exemplos: Determinar o ângulo entre o plano { 3x 2y z 6 0p − − + + = e a reta: a) r: X = (2, 1, –1) + α (0, 1, 1) Para saber o ângulo entre um plano e uma reta, devemos saber qual a posição dela em relação ao plano. Devemos definir o produto escalar entre o vetor diretor e o vetor normal. Para a reta e o plano dados, temos: r R (2,1, 1) r : vetor normal n ( 3, 2,1) u ( 0,1,1) = − = − − = Calculando o produto escalar: ru . n (0,1,1) . ( 3, 2,1)= − − ru . n 0 . ( 3) 1 . ( 2) 1.1= − + − + 234 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III ru . n 0 2 1= − + ru n 1 0⋅ = − ≠ Logo, a reta fura o plano. O ângulo entre a reta e o plano será dado por: r r |u n| sen u n ⋅ θ = ⋅ Inicialmente, vamos calcular o produto escalar e o módulo dos vetores: ru n 1⋅ = − r|u n | 1 1⋅ = − = 2 2 2 ru (0,1,1) 0 1 1 2= = + + = 2 2 2n ( 3, 2,1) ( 3) ( 2) (1) 14= − − = − + − + = Substituindo na expressão: r r |u n| sen u n ⋅ θ = ⋅ 1 sen 0,1890 2 14 θ = = ⋅ sen 0,1890 âng (r, ) 10,89ºθ = ⇒ θ = p = b) r: X = (1, 1, 1) + α (–1, 1, –1) Para saber o ângulo entre um plano e uma reta, devemos saber qual a posição dela em relação ao plano. Devemos fixar o produto escalar entre o vetor diretor e o vetor normal. 235 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Para a reta e o plano dados, temos: r R (1,1,1) r : vetor normal n ( 3, 2,1) u ( 1,1, 1) = = − − = − − Calculando o produto escalar: ru n (‑1,1, 1) . ( 3, 2,1)⋅ = − − − ru n ( 1) ( 3) 1 ( 2) ( 1) 1⋅ = − ⋅ − + ⋅ − + − ⋅ ru n 3 2 1⋅ = − − ru n 0⋅ = Logo, a reta está contida no plano ou é paralela ao plano e, nesse caso, θ = âng(r, p) = 0º ou 0 rad. c) r : X (1,1,1) ( 3 , 2,1)= + α − − Para saber o ângulo entre um plano e uma reta, devemos saber qual a posição dela em relação ao plano. Para a reta e o plano dados, temos: r R (1,1,1) r : vetor normal n ( 3, 2,1) u ( 3, 2,1) = = − − = − − Calculando o produto escalar: ru n ( 3, 2,1) ( 3, 2,1)⋅ = − − ⋅ − − ru n ( 3) ( 3) ( 2) ( 2) 1 1⋅ = − ⋅ − + − ⋅ − + ⋅ ru n 9 4 1⋅ = + + ru n 14 0⋅ = ≠ 236 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Logo, a reta fura o plano. O ângulo entre a reta e o plano será dado por: r r |u n| sen u n ⋅ θ = ⋅ Inicialmente, vamos calcular o produto escalar e o módulo dos vetores: ru n 14⋅ = r|u n | 14 14⋅ = = 2 2 2 ru ( 3, 2,1) ( 3) ( 2) (1) 14= − − = − + − + = 2 2 2n ( 3, 2,1) ( 3) ( 2) (1) 14= − − = − + − + = Substituindo na expressão: r r |u n| sen u n ⋅ θ = ⋅ 14 14 sen 1 1414 14 θ = = = ⋅ sen ng r ou rad � � � �� � � � � �1 90 2 â , º Observação Nesse exemplo, nota‑se que ur �� e n são paralelos, logo, a reta é perpendicular ao plano. 237 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR 7.2.3 Plano‑plano a) p1 // p2 O ângulo θ entre os planos é zero: p1 // p2 ⇔ θ = âng(p1, p2) = 0º ou 0 rad b) p1 ∩ p2 = r O ângulo θ entre os planos é igual ao ângulo formado pelas retas s1 e s2, paralelas aos vetores normais que passam por um ponto comum aos planos. P r S2 p2 p1 S1 θ θ n2 ��� n2 ��� n1 �� n1 �� Figura 120 Assim, para calcular o ângulo θ entre os planos p1 e p2, deve‑se determinar o ângulo entre as retas concorrentes s1 e s2. Logo: 1 2 1 2 1 2 |n n | cos cos (âng( , )) n n ⋅ θ = p p = ⋅ Lembrete Para determinar o ângulo entre planos, verifique inicialmente se os vetores normais são paralelos, se forem, os planos são paralelos. Exemplos: Dê o ângulo entre o plano p1{2x + 3y + z – 8 = 0 e o plano: 238 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III a) p2{2x + 3y + z +10 = 0 Inicialmente, vamos verificar se os vetores normais são paralelos ou não. Para os planos dados, temos 1 2n ( 2, 3,1) e n ( 2, 3,1)= = , logo, os vetores são paralelos, então, os planos também são paralelos. Portanto: 1 2âng ( , ) 0 º ou 0 radθ = p p = b) p2{1x + 2y + z +4 = 0 Vamos verificar se os vetores normais são paralelos ou não. Para os planos dados, temos 1 2n ( 2, 3,1) e n ( 1, 2,1)= = . Comparando as coordenadas: 2 3 1 1 2 1 ≠ ≠ Os vetores não são paralelos, logo, os planos são concorrentes, isto é, p1 ∩ p2 = r. Nesse caso, o ângulo entre os planos é dado por: 1 2 1 2 1 2 |n n | cos cos(âng( , )) n n ⋅ θ = p p = ⋅ Calculando o produto escalar e os módulos: 1 2n n (2, 3,1) (1, 2,1) 2 6 1 9⋅ = ⋅ = + + = r|u n | 9 9⋅ = = 2 2 2 1n (2, 3,1) 2 3 1 14= = + + = 2 2 2 2n (1, 2,1) 1 2 1 6= = + + = 239 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Substituindo na expressão: 1 2 1 2 |n n | cos n n ⋅ θ = ⋅ 9 cos 0,9820 14 6 θ = = ⋅ cos θ = 0,9820 ⇒ θ = âng (p1, p2) ⇒ θ = 10,88º 7.3 Distâncias 7.3.1 Distância entre dois pontos Dados dois pontos A = (x1, y1, z1) e B = (x2, y2, z2), a distância entre eles é igual ao módulo do vetor AB � �� . 2 2 2 2 1 2 1 2 1d (A, B) (x x ) (y y ) (z z )= − + − + − Exemplo: Calcule a distância entre os pontos A = (2, 1, 5) e B = (3, ‑1, 4). Resolução: Para calcular a distância de A até B, vamos usar a expressão: d x x y y z z d A, B) A, B) 2 2 2( ( ) ( ) ( ) ( ( � � � � � � � � 2 1 2 1 2 1 3 2)) ( ) ( ) ( ( ) ( ) A, B) 2 2 2 2 2 � � � � � � � � � � 1 1 4 5 1 2 1d A, B) A, B) 2 d d ( ( � � � � 1 4 1 6 240 Re vi sã o: V ito r - Dia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III 7.3.2 Distância entre ponto e reta Por definição, é a menor distância entre o ponto A e os pontos da reta r. Você obtém essa distância através da perpendicular à reta r, baixada do ponto A. A r d(A, r) Figura 121 Já sabemos a definição de distância entre ponto e reta. Mas como determinar o valor de d(A, r)? Inicialmente, vamos representar na figura o vetor diretor de r e um ponto P da reta. A seguir, montamos o paralelogramo formado pelos pontos A e P e pelo vetor diretor da reta r. A rP d(A, r) ur �� Figura 122 Observa‑se que a área do paralelogramo é dada pelo produto vetorial dos vetores: paralelogramo r rA | PA u | | (A ‑ P ) u |= ∧ = ∧ Da geometria elementar, sendo d = d(A, r), sabemos que: paralelogramo rA base x altura |u | d= = ⋅ Igualando as duas expressões, temos: d d A r) |(A ‑ P ) u | |u | r r ( , �� �� 241 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Exemplo: Calcular a distância entre a reta r : x y z � � � � � � � � � � 0 1 2 � � e o ponto A = (1, 4, 3). Resolução: Do enunciado, temos: r P (0,1, 2) r : u (1,1, 0) = = Calculando o produto vetorial de rPA e u e do módulo do vetor diretor da reta, obtemos: PA A P ur ��� �� � � � � � � � � ( , , ) ( , , ) ( , , )1 4 3 0 1 2 1 3 1 1 1 02 2 2 �� 2 r i j k PA u 1 3 1 ( 1,1, 2) 1 1 0 ∧ = = − − 2 2 2 rPA u ( 1,1, 2) ( 1) 1 ( 2) 6∧ = − − = − + + − = Substituindo na expressão: d d A d d A � � � � r) | (A ‑ P ) u | | u | r r ( , ( , � �� � �� rr) 6 2 � � � � 6 2 3 1732, 242 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III 7.3.3 Distância entre retas paralelas A distância entre retas paralelas é a menor distância entre os pontos das duas retas: Ps Pr r s d(r, s) Figura 123 Observando a figura, notamos que para determinar a distância entre as retas paralelas r e s, basta definir a distância entre um ponto qualquer de uma delas e a outra reta. Assim: r s s r s |P P u | d (r, s) d(P , s) | u | ∧ = = ou s r r S r |P P u | d (r, s) d(P , r) | u | ∧ = = Exemplo: Calcule a distância entre as retas paralelas: x 1 r : y 2 z 2 = − α = + α = α e s : X (0,1, 1) ( 1,1, 2)= − + α − Resolução: Como as retas são paralelas, vamos calcular a distância entre elas, determinando a distância entre Pr e a reta s. Do enunciado, temos: sr r s P (0,1, 1)P (1, 2, 0) r : s : u ( 1,1, 2) u ( 1,1, 2) = −= = − = − 243 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Vamos adotar a expressão: r s s r s |P P u | d (r, s) d(P , s) | u | ∧ = = Você precisará calcular o produto vetorial de r s sP P e u e o módulo do vetor diretor de r. Assim: r s s rP P P P (0,1, 1) ‑ (1, 2, 0) ( 1, 1, 1)= − = − = − − − 2 2 2 su ( 1) 1 2 6= − + + = r s s i j k P P u 1 1 1 ( 1, 3, 2) 1 1 2 ∧ = − − − = − − − 2 2 2 r s sP P u ( 1, 3, 2) ( 1) 3 ( 2) 14∧ = − − = − + + − = Substituindo na expressão: r s s r s |P P u | d (r, s) d(P , s) | u | ∧ = = r 14 14 7 d d (P , s) 1,527 6 36 = = = = = 7.3.4 Distância entre um ponto e um plano A distância entre A (x0, y0, z0) e o plano p {ax + by + cz + d = 0 é dada pela expressão: 0 0 0| a x by c z d |d(A, ) | n | + + + p = Exemplo: Determine a distância do ponto A (4, 2, 1) ao plano {2x 1y 2z 5 0p + − + = . 244 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Resolução: Vamos utilizar a expressão: 0 0 0| ax by cz d |d(A, ) | n | + + + p = Segundo o enunciado, temos: 0 0 0A (x , y , z ) (4, 2,1)= = {2x 1y 2z 5 0p + − + = , e daí: a = 2, b = 1, c = ‑2 e d = 5. n ( 2,1, 2 )= − Substituindo os dados na expressão: | 2 4 1 2 ( 2) 1 5 | d(A, ) | (2,1, 2) | ⋅ + ⋅ + − ⋅ + p = − 2 2 2 | 8 2 2 5 | d(A, ) 2 1 ( 2) + − + p = + + − 13 13 d(A, ) 4,333 39 p = = = 7.3.5 Distância entre reta e plano (paralelos) É a menor das distâncias entre os pontos da reta e os pontos do plano. Essa distância é igual a distância de um ponto qualquer da reta até o plano. Para determinar a distância entre a reta e o plano, podemos usar a fórmula anterior: r // p r p n ur �� Figura 124 245 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Assim, sendo R= (x0, y0, z0) um ponto qualquer da reta r e p {ax + by + cz + d = 0 a equação do plano, teremos: 0 0 0| ax by cz d |d(r, ) d(R, ) | n | + + + p = p = Observação Todos os pontos da reta, paralela ao plano, equidistam do plano. Exemplo: Dê a distância da reta x 4 ‑ r : y 2 2 z 1 = α = + α = e o plano {2x y 2 z 7 0p + − + = Resolução: Segundo os dados do enunciado, temos: 0 0 0 r R (x , y , z ) (4, 2,1) r u ( 1, 2, 0) = = = − {2x y 2z 7 0 , a 2, b 1, c ‑2 e d 7 n ( 2,1, 2 ) p + − + = = = = = = − Substituindo os dados na expressão: 0 0 0| ax by cz d |d(r, ) d(R, ) | n | + + + p = p = | 2 4 1 2 ( 2) 1 7 | d(r, ) d(R, ) | (2,1, 2) | ⋅ + ⋅ + − ⋅ + p = p = − 2 2 2 | 8 2 2 7 | d(r, ) d(R, ) 2 1 ( 2) + − + p = p = + + − 15 15 d(r, ) d(R, ) 5 39 p = p = = = 246 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III 7.3.6 Distância entre planos paralelos Da mesma forma que a distância entre uma reta e um plano, para fixar a distância entre planos paralelos, basta determinar a distância entre um ponto qualquer de um dos planos em relação ao outro. Assim, sendo A (x0, y0, z0) um ponto qualquer do plano p1 e p2{ax + by + cz + d = 0 a equação do outro plano, teremos: p p p 0 0 0 1 2 2 | a x +b y + c z + d |d( , ) = d(A , ) = | n | Observação Você também pode calcular a distância entre os dois planos paralelos usando um ponto do plano p2 e o plano p1. O resultado será o mesmo. Exemplo: Calcule a distância entre os planos p1{3x + 5y + z + 8 = 0 e p2{3x + 5y + z – 2 = 0 . Resolução: Para esse cálculo, vamos escolher um ponto de um dos planos e calcular a distância dele até o outro plano. Adotemos um ponto do plano p1. Para isso, deve‑se fixar o valor de duas das coordenadas do ponto e substituir na equação do plano para determinar a outra coordenada. Considerando x = 0 e y = 0, substituindo na equação de p1 temos: p1{3x + 5y + z + 8 = 0 3.0 + 5.0 + z + 8 = 0 0 + 0 + z + 8 = 0 z + 8 = 0 z = – 8 Logo, o ponto de p1 é A = (0, 0, – 8). 247 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Calculando a distância de A ao plano p2, temos: 0 0 0 1 2 2 2 | a x b y c z d | d( , ) d(A, ) | n | + + + p p = p = 1 2 2 | 3.0 5.0 ( 8).1 ( 2) | d( , ) d(A, ) | (3, 5,1) | + + − + − p p = p = 1 2 2 2 2 2 | 0 0 8 2 | d( , ) d(A, ) 3 5 1 + − − p p = p = + + | 10 | d(r, ) d(A, ) 9 25 1 − p = p = + + 10 d(r, ) d(A, ) 1,690 35 p = p = = 8 SEÇÕES CÔNICAS Agora vamos estudar cônicas. Para entender um pouco sobre o assunto, faça a seguinte experiência. Pegue umalanterna ou uma luminária e acenda‑a. Aponte para uma parede e se aproxime. O que você vê? Incline um pouco a lanterna ou a luminária. O que você vê agora? Mudou a forma da imagem na parede? O que você está vendo na parede é uma forma cônica. O feixe de luz tem o formato de um cone, e a parede funciona como um plano que corta esse cone. Dependendo da inclinação do feixe de luz, você verá formas diferentes. Essas formas serão o nosso objeto de estudo nesta unidade: circunferência, elipse, parábola e hipérbole. Algumas luminárias são projetadas para, quando utilizadas, terem um efeito específico. Observando a figura a seguir, notamos que os focos de luz iluminam o chão, criando uma elipse. Há vários exemplos de formas cônicas. Na astronomia, temos as órbitas elípticas dos planetas do sistema solar. Na física, destacam‑se as trajetórias parabólicas dos projéteis. Devido às propriedades de reflexão e de refração das cônicas, suas formas são usadas, por exemplo, na construção de radares, antenas, lanternas, óculos e microscópios. 248 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Para estudarmos as cônicas em geral, usamos um cone duplo e fazemos cortes com um plano. Dependendo da inclinação do plano, teremos uma cônica diferente. O primeiro indivíduo que mostrou que com um único cone podemos obter as cônicas (elipse, hipérbole e parábola) foi Apolônio de Perga, apenas variando a inclinação do plano de secção. Imagine um cone duplo e um plano cortando este cone. Conforme você inclina o plano, o corte feito no cone é diferente. Observe as várias possibilidades e as cônicas resultantes: A) B) C) Figura 125 – A) Elipse; B) Hipérbole; C) Parábola Saiba mais Para saber mais sobre Apolônio de Perga e sua contribuição para a geometria, veja o capitulo 9 de: BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 1996. A seguir estudaremos um pouco cada uma dessas cônicas, iniciando com as parábolas. 8.1 Parábola Seja F um ponto fixo e uma reta d que não contém o ponto F. Chamamos o ponto F de foco e a reta d de diretriz. O conjunto dos pontos que equidistam de F e de d é dito parábola, isto é, P é ponto da parábola se, e somente se: d(P, F) = d(P, d) 249 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Representando o foco F e a diretriz d, temos: d M F x Figura 126 O ponto médio de MF será o vértice da parábola. Representando o vértice e os pontos P1 e P2 da parábola no sistema anterior, temos: d M 0 a a P1 (x, y) P2 F x Figura 127 Se o vértice 0 está na origem do sistema Oxy, podemos escrever a equação da diretriz d, d: x = – a, e as coordenadas do foco F, F = (a,0). Unindo os pontos da parábola, obtém‑se: d M 0 a a P1 (x, y) P2 F x Figura 128 250 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Observação O eixo x divide a parábola em dois ramos simétricos. Você já sabe como é a aparência de uma parábola, falta agora determinar a sua equação. Para tal, vamos lembrar a condição para que um ponto P seja da parábola, isto é, P ∈ parábola ⇔ d(P, d) = d (P, F). Observando a figura anterior, notamos que a distância do ponto P1 à reta d é igual à distância de P2 a d e P2 = (–a, y). Usando a definição de distância de ponto a ponto e de ponto a reta, temos: d (P, d) d (P, F)= 2 2 2 2(x ‑ a) (y ‑ 0) (x a) (y ‑ y)+ = + + 2 2 2(x ‑ a) y (x a)+ = + Observação Nessa demonstração, utilizamos a letra d para nos referirmos à reta diretriz. Caso você se sinta mais confortável, pode chamá‑la de r e, assim, passará a ler a definição como d (P, r) = d(P, F). No entanto, observe que isso não altera a definição. Prosseguindo, elevamos os dois lados ao quadrado: ( ) ( )2 22 2 2(x ‑ a) y (x a)+ = + 2 2 2(x ‑ a) y (x a)+ = + Simplificando: y2 = 4ax Para traçar o gráfico da parábola, utilize o valor de P, as coordenadas do foco F e a e equação da diretriz d. 251 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Quando alteramos a localização do foco F em relação aos eixos coordenados, temos outras possibilidades de posição e outras equações para as parábolas. a a a a a a x x d d y yy F F F0 00 y a F a d = = = 4 0 x y ‑a 2 ( , ) : y a F a d 2 4 0 x x a ( , ) : y a F a d 4 0 x y a 2 ( , ) : Figura 129 Observação Diferente do nosso texto, alguns autores indicam a distância do foco à diretriz como p. Nesse caso, as equações deveriam ser escritas de forma diferente, por exemplo, a equação: y2 = 4ax passaria a ser escrita y2 = 2px. Você deve ficar atento à teoria. Exemplos: 1) Dadas as equações das parábolas, determine o valor de a, as coordenadas do foco F e a equação da diretriz d: a) y2 = 8x Inicialmente, você deve comparar a expressão dada com as quatro opções possíveis. Assim, vemos que a forma dada é do tipo y2 = 4ax. 252 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Comparando as expressões y2 = 8x e y2 = 4ax, notamos que 4a = 8, logo, a = 2. Nesse caso, o foco tem coordenadas (a, 0), assim, F = (2, 0). A diretriz da parábola tem equação d: x = – a, logo, d: x = – 2. b) y2 = – 8x A princípio, deve‑se comparar a expressão dada com as quatro opções possíveis. Assim, vemos que a forma dada é do tipo y2 = – 4ax. Comparando as expressões, y2 = – 8x e y2 = – 4ax, notamos que – 4a = – 8, logo, a = 2. Nesse caso, o foco tem coordenadas (‑ a, 0). Assim, F = (‑ 2, 0). Assim, a diretriz da parábola tem equação d: x = a. Logo, d: x = 2. c) y = – x2 ou x2 = – y Deve‑se, inicialmente, comparar a expressão dada com as quatro opções possíveis. Assim, vemos que a forma dada é do tipo 2 a y x 4 = − . Comparando as expressões, y = –x2 e 2 a y x 4 = − , notamos que 2 2a x x 4 − = − , logo, a = 4. Nesse caso, o foco tem coordenadas (0, ‑a), assim F = (0, –4). A diretriz da parábola, nesse caso, tem equação d:y = 4. d) y = 4x2 ou 2 y x 4 = A princípio, deve‑se comparar a expressão dada com as quatro opções possíveis. Assim, vemos que a forma dada é do tipo 2ay x 4 = . Comparando as expressões, y = 4x2 e 2 a y x 4 = , notamos que 2 2 a x 4x 4 = , logo, a = 16. Nesse caso, o foco tem coordenadas (0, a), assim F = (0, 16). A diretriz da parábola tem equação d: y = – 16. 2) Vamos esboçar o gráfico das parábolas do exercício anterior: 253 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR a) y2 = 8x Já sabemos que: a = 2 F = (2, 0) d : x = – 2 Representando graficamente, temos: aa x d y F 0‑2 2 Figura 130 b) y2 = – 8x Assim: a = 2 F = (‑ 2, 0) d : x = 2 Representando graficamente, temos: 254 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III aa x y F d 0‑2 2 Figura 131 c) y = – x2 ou x2 = – y Então: a = 4 F = (0, – 4) d : y = 4 Representando graficamente, temos: a a d x 4 –4 y F 0 Figura 132 255 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR d) y = 4x2 ou x2 = 4y Sabe‑se que: a = 16 F = (0, 16) d : y = – 16 Representando graficamente, temos: a a d 16 ‑16 x y 0 Figura 133 8.2 Elipse Para definir uma elipse, precisamos de dois pontos fixos, F1 e F2, que chamamos de focos, e de uma constante a, duas vezes maior que a distância entre os focos, d (F1, F2) = c. Assim, a > c. Denominamos elipse o conjunto dos pontos P do plano que satisfazem: d (P, F1) + d (P, F2) = 2a Os focos da elipse podem ser pontos do eixo x, do eixo y ou, de forma mais geral, podem estar em qualquer reta paralela aos eixos. Para simplificar nosso estudo, adotemos os focos no eixox. Assim, teremos: 256 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III F2 F1 x c c y 0 Figura 134 Os focos têm coordenadas F1 = (c, 0) e F2 = (‑c, 0). A medida 2c é chamada de distância focal, e o centro da elipse é o ponto médio do segmento F1 F2 . Para determinar a equação da elipse, usamos a definição: P ∈ elipse ⇔ d (P, F1) + d (P, F2) = 2a Substituindo as coordenadas dos focos e tomando P = (x, y), temos: ( ) ( )2 22 2x c y x c y 2a− + + + + = ( ) ( )2 2 2 2x c y 2a x c y− + = − + + Quadrando e simplificando, temos: (a2 – c2) x2 + a2 y2 = a2 (a2 – c2) Como a2 (a2 – c2) > 0, podemos escrever: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 22 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 a c x a a ca y a a c a a c a a c − − + = − − − Simplificando: ( ) 2 2 2 2 2 x y 1 a a c + = − Chamando b2 = a2 – c2, temos a equação reduzida da elipse: x a y 2 2 2 � � b2 1 257 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Vejamos a representação geométrica da elipse: F2 F1 x a y 0c b c Figura 135 Nesse caso, o eixo maior a está em x, e o eixo menor b está em y. Os focos ficam sempre no eixo maior. Se o eixo maior está em y e eixo menor em x, teremos alteração na equação e os focos estarão no eixo y. A nova equação será: x b y 2 2 2 � � a2 1 A representação, nesse caso, passará a ser: F1 F2 x a y 0 c c b Figura 136 258 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Lembrete A letra a indica sempre o eixo maior, e a letra b indica o eixo menor. Exemplos: Esboce graficamente as elipses: a) 2 2x y 1 4 9 + = Resolução: A princípio, devemos destacar os valores de a e b para, em seguida, verificar quem é o eixo maior e o menor e em quais eixos estão. Em nosso exemplo, o eixo maior está em y e o eixo menor em x. Assim, a = 3 e b = 2. Falta ainda determinar o valor de c, ou seja, a distância do foco até o centro. Na elipse, temos a2 = b2 + c2, logo: c a b c 3 2 c 9 4 c 2 2 2 2 � � � � � � � 5 As coordenadas dos focos serão F1 0 5� � �, e F2 0 5� �� �, Representando a elipse: 259 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR F1 F2 x a y 0 c c b 2 3 ‑2 ‑3 Figura 137 b) 2 2x y 1 25 4 + = Resolução: Inicialmente, devemos fixar os valores de a e b para, em seguida, verificar quem é o eixo maior e o menor e em quais eixos estão. Em nosso exemplo, o eixo maior está em x e o eixo menor em y. Assim, a = 5 e b = 2. Falta ainda determinar o valor de c, ou seja, a distância do foco até o centro. Na elipse, temos a2 = b2 + c2, logo: c a b c 5 2 c 2 4 c 2 2 2 2 � � � � � � � 5 21 260 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III As coordenadas dos focos serão F1 21 0� � �, e F2 21 0� �� �, Representando a elipse: F1F2 x a y 0c‑5 b c 5 ‑2 2 Figura 138 8.3 Circunferência É o conjunto de pontos que equidistam de um ponto fixo. Chamamos essa distância de raio r, e o ponto fixo de centro C. A equação reduzida da circunferência de centro C (0, 0), é dada por x2 + y2 = r2 x y 0 r Figura 139 Exemplo: Esboce a circunferência de equação x2 + y2 = 49 261 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Resolução: A circunferência tem centro (0,0) e raio r = =49 7 x y 0 7 Figura 140 8.4 Hipérbole Para definir a hipérbole, precisamos de dois pontos fixos, F1 e F2, que chamamos de focos, e de uma constante a, tal que 0 < a < c. Chamamos de hipérbole o conjunto dos pontos P do plano que satisfazem |d(P, F1) – d(P, F2)| = 2a Os focos da hipérbole podem ser pontos do eixo x, do eixo y ou, de forma mais geral, podem estar em qualquer reta paralela aos eixos. Para simplificar nosso estudo, vamos tomar os focos no eixo x. Assim, teremos: F2 F1 x c c y 0 Figura 141 Os focos têm coordenadas F1 = (c, 0) e F2 = (‑ c, 0). A medida 2c é chamada de distância focal, e o centro da hipérbole é o ponto médio do segmento F1 F2. 262 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III A equação da hipérbole de centro (0, 0), é dada por 2 2 2 2 x y 1 a b − = Representação geométrica da hipérbole: F2 F1 x a b y 0 Figura 142 Se os focos estão no eixo y, a equação passa a ser: 2 2 2 2 x y 1 a b − + = Assim, a representação geométrica da hipérbole será: F2 F1 xa b y 0 Figura 143 263 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Exemplo: Represente a hipérbole de equação: a) 2 2x y 1 4 9 − = Resolução: A hipérbole tem foco no eixo x. Observando a equação, os focos ficam no eixo que tem sinal positivo. Conforme o enunciado temos, a = 2 b = 3 c2 = a2 + b2 c2 = 22 + 32 c2 = 4 + 9 = 13 c = 13 A partir disso, os focos terão coordenadas iguais a: 1F ( 13, 0)= e 2F ( 13, 0)= − Representando graficamente: F2 F1 x 2 3 y 0 Figura 144 264 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III b) 2 2x y 1 4 9 − + = Resolução: A hipérbole tem foco no eixo y. Observando a equação, os focos ficam no eixo que tem sinal positivo. Conforme o enunciado, temos: a = 2 b = 3 c2 = a2 + b2 c2 = 22 + 32 c2 = 4 + 9 = 13 c = 13 A partir disso, os focos terão coordenadas iguais a: F1 13 0� � �, e F2 13 0� �� �, Representando graficamente: F2 F1 F1 xa 3‑3 ‑2 2 b y 0 Figura 145 265 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Saiba mais Você pode estudar mais sobre cônicas com centro fora da origem nos capítulos 22 e 23 de: BOULOS, P.; OLIVEIRA, I. C. Geometria analítica: um tratamento vetorial. São Paulo: Prentice Hall, 2005. 8.5 Ampliando seu leque de exemplos 1) Estude a posição relativa das retas: a) r: X = (1, 0, 0) + α (0, 1, –2) e s: X = (1, 3, 0) + b (1, 2, 1) Resolução: Vamos verificar se os vetores diretores são LI ou LD. Para cada reta, temos um vetor diretor e um ponto base. Dessa forma: r R u s S r : ( , , ) ( , , ) : � � � � � � �� �1 0 0 0 1 2 � �� ( , , ) ( , , ) 1 3 0 1 2 1u s � �� � � � � �� Comparando os vetores diretores de r e s, notamos que são LI. Logo, as retas podem ser concorrentes ou reversas. Para decidir se são concorrentes ou reversas, vamos calcular o determinante formado pelas coordenadas de ur �� , us �� e RS ��� . Se for nulo, os vetores são coplanares, portanto, as retas são concorrentes, caso contrário, serão reversas. Assim, temos: x y z 0 1 2 0 1 2 l m n 1 2 1 1 2 1 6 0 x x y y z z 1 1 3 0 0 0 0 3 0R R RS S S − − = = = − ≠ − − − − − − Os vetores não são coplanares, logo, as retas são reversas. Vamos aproveitar e verificar se as retas são ortogonais. Para isso, devemos fazer o produto escalar dos vetores diretores. 266 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Calculando o produto escalar, temos: ur �� . us �� = (0, 1, –2) . (1, 2, 1) ur �� . us �� = 0.1 + 1 . 2 +(–2) . 1 ur �� . us �� = 0 s r ur �� us �� Figura 146 Os vetores são ortogonais, logo, as retas são ortogonais. b) r x y z s x : : ( , , ) ( � � � � � � � � � � � � � � � � 2 1 3 4 1 0 1 � � � � 11 3 1, , ) � Resolução: Para cada reta temos um vetor diretor e um ponto base. Assim, temos: r R u s S r : ( , , ) ( , , ) : (� � � � � � � � �� � 2 1 4 1 3 1 1 �� ,, , ) ( ,, ) 0 1 1 3 1 � � � � � � � �� us �� Comparando os vetores diretores de r e s, notamos que são LD. Logo, as retas podem ser paralelas ou coincidentes. Para decidir se são paralelas ou coincidentes, devemos verificar se o vetor formado por um ponto de r e um ponto de s é ou não paralelo aos vetores diretores. Se for paralelo, as retas são coincidentes, caso contrário, são paralelas. ur �� us �� S s R r Figura 147 267 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Tomemos o vetor RS S R (1, 0, 1) (2, 1, 4) ( 1,1, 5)= − = − − − = − − . Devemos verificar se é paralelo a um dos vetores diretores, ru ( 1,3, 1)= − − . Comparando os vetores, notamos que são LI, isto é, RS ��� e ur �� não têm coordenadas proporcionais. Logo, as retas são paralelas. 2) Estude a posição relativa da reta r : X = (0, 1, –2) + α(1, –1, 4) e do plano p{4x + y – 2z – 3 = 0. Para avaliar a posição relativa entre planos e retas, devemos inicialmente verificar se o vetor diretor da reta e o vetor normal ao plano são ortogonais. Para a reta e o plano dados, temos: r R (0,1, 2) r : vetor normal n (4,1, 2) u (1, 1,4) = − = − = − Para verificar se são ortogonais, devemos calcular o produto escalar entre os vetores, assim: ru n (1, 1, 4) (4,1, 2)⋅ = − ⋅ − ru n 1 4 ( 1) 1 4 ( 2)⋅ = ⋅ + − ⋅ + ⋅ − ru n 4 1 8⋅ = − − ru n 5 0⋅ = − ≠ Logo, os vetores não são ortogonais. Nesse caso, a reta fura o plano, isto é, r ∩ p = {P}. p n ur �� P r Figura 148 268 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Sempre que existir um ponto em comum, vamos determinar as coordenadas desse ponto. Para definir o ponto P, substituímos as coordenadas de um ponto qualquer da reta na equação do plano. As coordenadas do ponto P são dadas pelas equações paramétricas da reta. Vamos escrever as equações paramétricas de r: r : X = (0, 1, –2) + α(1, –1, 4) x r : y 1 z ‑2 4 = α = − α = + α Assim, as coordenadas do ponto serão P = (α, 1–α, –2 + 4α). Então, substituímos na equação do plano e determinamos o valor de α. Substituindo em p: p{4x + y – 2z – 3 = 0 4α + (1–α) –2 (–2 + 4α) – 3 = 0 4α + 1 – α + 4 – 8α – 3 = 0 –5α + 2 = 0 � � 2 5 Substituindo em P: 2 2 2 P ,1 , 2 4 . 5 5 5 = − − + 2 3 8 P , , 2 5 5 5 = − + 2 3 2 P , , 5 5 5 = − 3) Estude a posição relativa da reta r : X = (1, –1, –2) + α (1, 0, 5) e do plano p {–5x + y + z + 6 = 0. Para verificar a posição relativa entre planos e retas, devemos inicialmente avaliar se o vetor diretor da reta e o vetor normal ao plano são ortogonais. 269 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Para a reta e o plano dados, temos: r R (1, 1, 2) r : vetor normal n ( 5,1,1) u (1, 0, 5) = − − = − = Para verificar se são ortogonais, devemos calcular o produto escalar entre os vetores, assim: ru n (1, 0, 5) ( 5,1,1)⋅ = ⋅ − ru n 1 ( 5) 0 1 5 1⋅ = ⋅ − + ⋅ + ⋅ ru n 5 0 5⋅ = − + + ru n 0⋅ = Logo, os vetores são ortogonais. Nesse caso, a reta está contida no plano ou é paralela ao plano. Para decidir qual dos casos acontece, devemos avaliar se existe ponto comum. Substituindo o ponto base da reta no plano, teremos duas possibilidades: o ponto pertence ao plano e, nesse caso, a reta está contida no plano; ou o ponto não pertence ao plano e, então, a reta é paralela ao plano. Então, substituímos o ponto R = (1, – 1, – 2) na equação do plano: { 5 x y z 6 0p − + + + = –5 . 1 + 1 . (–1) + 1 . (–2) + 6 = 0 –5 –1 –2 + 6 = 0 –2 = 0 (F) Logo, o ponto não pertence ao plano, isto é, P ∉ p. Assim, a reta é paralela ao plano: p n ur �� ur ��R r Figura 149 270 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III 4) Estude a posição relativa entre os planos p1{2x + 2y – 3z –7 = 0 e p2{–x + 2y – 3z –8 = 0. Resolução: Para estudar a posição relativa de dois planos, devemos comparar os vetores normais, verificando se são paralelos ou não. Para os planos dados, temos: { {1 1 1 2 2 2n ( 2 , 2, 3) d 7 n ( 1, 2, 3) d 8p = − = − p = − − = − Comparando 1 2n e n : 1 1 1 2 2 2 a b c a b c = = 2 2 3 1 2 3 − ≠ = − − Os vetores não são paralelos, logo, os planos são transversais, ou seja, têm uma reta em comum, p1 ∩ p2 = r. Devemos determinar a equação dessa reta. A reta está nos dois planos, logo, pela definição de vetor normal ao plano, temos que ur �� ⊥ n1 �� e ur �� ⊥ n2 ��� . Sabemos que um vetor que satisfaz essas duas condições é o produto vetorial. Assim, vamos utilizar o vetor nr �� ∧ n2 ��� como vetor diretor de r. Calculando o produto vetorial: n n i j k r �� ��� � � � � � � � � 2 2 2 3 1 2 3 n n i j k k i jr �� ��� � � � � � � � � � � � � � � �2 6 3 4 2 6 6( ) n n j kr �� ��� � � � � �2 9 6 n nr �� ��� � �2 0 9 6( , , ) 271 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Desse modo, nr �� ∧ n2 ��� = (0, 9, 6). Falta ainda determinar um ponto da reta. Para isso, vamos fixar o valor de uma das coordenadas do ponto (por exemplo, x = 0) e substituir no sistema formado pelas equações dos planos. 2 2 3 7 0 2 3 8 0 x y z x y z � � � � � � � � � � � � Substituindo x = 0: 0 2y 3z 7 0 2y 3z 8 0 � � � � � � � � � � � 0 O sistema obtido é incompatível, isto é, não tem solução. Precisamos fazer outra tentativa, vamos agora fixar y = 0 e substituir na equação dos planos. Assim: 2 x 2y 3z 7 0 x 2y 3z 8 0 + − − = − + − − = Substituindo y = 0: 2x 2 . 0 3z 7 0 x 2 . 0 3z 8 0 + − − = − + − − = 2 x 3z 7 0 x 3z 8 0 − − = − − − = Resolvendo o sistema, temos 1 23 x e z 3 9 = − = − . Logo, R � � �� � � � � � 1 3 , 0, 23 9 . A equação da reta será r X: , , , ,� � �� � � � � � � � � 1 3 0 23 9 0 9 6 � . 272 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III 5) Estude a posição relativa dos planos 1 {3 x 6y 9z 15 0p − + + = e 2{1x 2y 3z 5 0p − + + = . Para estudar a posição relativa de dois planos, devemos inicialmente comparar os vetores normais, verificando se são paralelos ou não. Para os planos dados, temos: { {1 1 1 2 2 2n (3, 6, 9) d 15 n ( 1, 2, 3) d 5p = − = p = − = Comparando n1 �� e n2 ��� 1 1 1 2 2 2 a b c a b c = = 3 6 9 1 2 3 − = = − , isto é, 3 = 3 = 3 Os vetores são paralelos, logo, os planos são paralelos ou coincidentes. Para decidir, devemos comparar também os valores de d1 e d2: 1 1 1 1 2 2 2 2 a b c d a b c d = = = 3 6 9 15 1 2 3 5 − = = = − 3 = 3 = 3 = 3 Como todas as frações são iguais, temos planos coincidentes, isto é, p1 ≡ p2. 6) Determine o ângulo entre as retas r : X = (3, –2, 0) + α (–2, 3, 1) e s : X = (0, 0, 2) + α (1, 2, 2) . O ângulo entre as retas é dado por: r s r s |u u | cos u u ⋅ θ = ⋅ 273 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Pelo enunciado, temos: sr S (0,0,2)R (3, 2,0) r : s : u (1, 2, 2)u ( 2 , 3,1) == − == − Inicialmente, vamos calcular o produto escalar e o módulo dos vetores diretores: r su u ( 2, 3,1) (1, 2, 2) 2 6 2 6⋅ = − ⋅ = − + + = r s|u u | 6 6⋅ = = ( ) ( )2 2 2ru 2, 3,1 2 3 1 14= − = − + + = ( ) 2 2 2su 1, 2,2 1 2 2 9 3= = + + = = Substituindo na expressão: cos | | cos , co � � � � � � � � u u u u r s r s ��� �� ��� �� 6 14 3 0 5345 ss , , � �� � �0 5345 57 63o 7) Dê o ângulo entre a reta r: X = (1, 3, 1) + α (–3, 1, –3) e o plano p{–x –3y + 6 = 0. Para saber o ângulo entre um plano e uma reta, devemos saber qual a posição dela em relação ao plano. Devemos determinar o produto escalar entre o vetor diretor e o vetor normal. Para a reta e o plano dados, temos: ( ) ( ) ( ) r R 1,3,1 r : vetor normal n 1, 3, 0 u 3,1, 3 = = − − = − − 274 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Calculando o produto escalar: ( ) ( )ru n 3,1, 3 1, 3, 0⋅ = − − ⋅ − − ( ) ( ) ( )ru n 3 1 1 3 3 0⋅ = − ⋅ − + ⋅ − + ⋅ ur �� . u = 3 – 3 + 0 ur �� . u = 0 Logo, a reta está contida no plano ou é paralela ao plano e, nesse caso, θ = âng(r, p) = 0º ou 0 rad. 8) Defina o ângulo entre o plano p1{5x + 2y + z –10 = 0 e o plano p2{10x + 4y – z ‑ 20 = 0. Vamos verificar se os vetores normais são paralelos ou não. Para os planos dados, temos n1 �� = (5, 2, 1) e n2 ��� = (10, 4, –1). Comparando as coordenadas: 5 10 2 4 1 1 � � � Os vetores não são paralelos, logo, os planos são concorrentes, isto é, p1 ∩ p2 = r. Nesse caso, o ângulo entre os planos é dado por cos cos , | | � � �� � �� � � � � âng n n n n 1 2 1 2 1 2 �� ��� ��� ��� Calculando o produto escalar e os módulos: 1 2n n (5, 2,1) (10, 4, 1) 50 8 1 57⋅ = ⋅ − = + − = r|u n | 57 57⋅ = = 2 2 2 1n ( 5, 2,1) 5 2 1 30= = + + = ( ) ( )22 22n 10 , 4, 1 10 4 1 117= − = + + − = 275 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Substituindo na expressão, obtém‑se: cos cos 7 30 . 117 � � � � � � � | |n n n n 1 2 1 2 5 0 �� ��� �� ��� ,, , 9621 0 15 822cos ,9620 ng , 1� � � �� � � � � �â o 9) Calcule a distância entre as retas paralelas: x 2 ‑ 3 r : y 2 z = α = + α = α e s: X = (0, 0, –1) + α(–3, 1, 1) Resolução: Como as retas são paralelas, vamos calcular a distância entre elas determinando a distância entre Pr e a reta s. Do enunciado, temos: ( ) ( ) ( ) ( ) r s r s P 2, 2, 0 P 0, 0, 1 r : s : u 3,1,1 u 3,1,1 = = − = − = − Ps Pr r s d(r, s) Figura 150 Adotemos a seguinte expressão: ( ) ( ) r s sr s |P P u | d r, s d P , s | u | ∧ = = 276 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Você precisará calcular o produto vetorial de r s sP P e u e o módulo do vetor diretor de s. Assim: P P P P u r s s r s � ��� �� � � � �� � � � � � � � �� �0 0 1 2 2 0 2 2 1, , , , , , � �� � � � � � � � � � � 3 1 1 11 2 2 1 3 1 1 2 2 2 P P u i j k r s s � ��� �� � � � � � �� � � � �� � � �� � � � 1 5 8 1 5 8 1 52 2 , , ‑ , ,P P ur s s � ��� �� ��� � � �8 90 3 102 Substituindo na expressão: ( ) ( ) r s sr s |P P u | d r, s d P , s | u | ∧ = = ( ) 3 10d d r, s 2,860 11 = = = 10) Determine a distância da reta x 3 r : y 2 2 z 1 = − α = + α = + α ao plano {x y z 3 0p + − + = . Resolução: Segundo os dados do enunciado, temos: ( ) ( ) ( ) 0 0 0 r A x , y , z 3, 2,1 r u 1, 2,1 = = = − e ( ) { x y z 3 0 a 1, b 1, c 1 e d 3 n 1,1, 1 p + − + = = = = − = = − 277 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR p n ur �� r // p r Figura 151 Substituindo os dados na expressão: ( ) ( ) 0 0 0| ax by cz d |d r , d R , | n | + + + p = p = |1 3 1 2 1 1 3 | d(r, ) d(R, ) | (1,1, 1) | ⋅ + ⋅ − ⋅ + p = p = − ( ) ( )22 2 | 3 2 1 3 | d(r, ) d R, 1 1 1 + − + p = p = + + − ( ) ( ) 7d r, d R, 3 p = p = ( ) ( )d r, d R, 4,041p = p = Resumo Nesta unidade, estudamos posição relativa de retas e planos, distância e seções planas. Destacaremos a seguir os principais itens abordados. Posição relativa Reta/reta: • ur �� , us �� LI: retas concorrentes ou reversas; • ur �� , us �� LD: retas paralelas ou coincidentes. 278 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Unidade III Reta/plano: • ur �� ⊥ n : reta contida no plano ou reta paralela ao plano; • ur �� , n não ortogonais: reta fura o plano. Plano/plano: • n1 �� // n2 ��� : planos paralelos ou coincidentes; • n1 �� , n2 ��� não paralelos: planos transversais (p1 ∩ p2 = r). Ângulos Reta/reta: (retas concorrentes). r s r s |u u | cos u u ⋅ θ = ⋅ Reta/plano: • r // p ou r ⊂ p– θ = âng(r, p) = 0º • r fura o plano sen u n u n r r � � � � �� � �� � Plano/plano: • p1 // p2 ⇔ θ = âng(p1, p2) = 0º ou 0 rad • p1 ∩ p2 = r, cos cos ng , 1 2� � �� � �� � � � � â | |n n n n 1 2 1 2 �� ��� �� ��� Distância Ponto/ponto: d x x y y z z A, B) 2 2 2( ( ) ( ) ( ) 2 1 2 1 2 1 Ponto/reta: d d A r) | (A ‑ P ) u | | u | r r ( , � �� � �� 279 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA LINEAR Reta/reta: d r s) d(P , s) |P P u | |u | r r s s s ( , � ���� �� �� Ponto/plano: d(A, ) | x b y c z d | | n | o o o a Reta/plano: d(r , ) d(R , ) | x b y + c z d | | n | o o o a Plano/plano: d( , ) d(A , ) | x b y c z + d | | n | 1 o o o 2 2 a Seções cônicas: cônicas com centro na origem. Parábola: d(P, F) = d(P, d) Elipse: d(P, F1) + d(P, F2) = 2a Equação reduzida: 2 2 2 2 x y 1 a b + = ou 2 2 2 2 x y 1 b a + = Circunferência: x2 + y2 = r2 Hipérbole: |d (P, F1) – d(P, F2) | = 2a Equação reduzida: • 2 2 2 2 x y 1 a b − = , focos no eixo x; • 2 2 2 2 x y 1 a b − + = , focos no eixo y. 280 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 REFERÊNCIAS Textuais ANTON, H.; RORRES, C. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001. BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. 3. ed. São Paulo: Harbra, 1986. BOULOS, P.; OLIVEIRA, I. C. Geometria analítica: um tratamento vetorial. São Paulo: Prentice Hall, 2005. BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 1996. GIRALDE, E. et al. Curso de álgebra linear e geometria analítica. Lisboa: McGrawHill, 1995. KOLMAN, B. Introdução à álgebra linear: com aplicações. São Paulo: LTC, 2006. MACHADO, A. S. Álgebra linear e geometria analítica. São Paulo: Atual, 1982. STEINBRUCH, A. Álgebra linear e geometria analítica. São Paulo: Mcgraw‑hill do Brasil, 1987. WINTERLE, P. Introdução à álgebra linear. São Paulo: Makron Books, 1990. ___. Vetores e geometria analítica. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2000. 281 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 282 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 283 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 284 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 285 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 286 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 287 Re vi sã o:V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 288 Re vi sã o: V ito r - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 20 /1 2/ 20 18 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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