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1000 Tributação do trabalho assalariado

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RENDIMENTOS DO TRABALHO ASSALARIADO
Forma de Tributação
1. INTRODUÇÃO
Com o advento da Lei nº 7.713, de 22.12.88, a incidência do Imposto de Renda na Fonte passou a ser genérica, ou seja, todo e qualquer rendimento que caracterize acréscimo patrimonial estará sujeito à tributação do Imposto de Renda . O imposto só não incidirá quando a isenção ou a não-incidência estiverem expressamente previstas em lei.
2. CONTRIBUINTES
São contribuintes do Imposto de Renda as pessoas físicas domiciliadas ou residentes no Brasil ou no Exterior, que receberem rendimentos do trabalho assalariado pagos por pessoa física ou jurídica, sem distinção de nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou profissão.
3. RENDIMENTOS ALCANÇADOS
Além das importâncias recebidas em dinheiro, compõem o salário para fins de tributação (art. 8º da IN SRF nº 25/96):
a) os valores diversos pagos ou ressarcidos pela empresa, tais como auxílio creche, complementação de benefícios, salário-educação e adiantamento de benefício pecuniário do INSS;
b) o valor do reembolso de quilometragem;
c) o valor das bolsas de estudo, inclusive de pesquisas que não atendam ao disposto no inciso XVII do art. 5º da IN SRF nº 25/96;
Nota: O inciso XVII do artigo 5º da IN SRF nº 25/96, dispõe que estão isentas do Imposto de Renda , as bolsas de estudo e pesquisa caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação por serviços prestados pelo beneficiário do rendimento.
d) os valores adicionais pagos em virtude de dissídio coletivo por motivo de rescisão contratual;
e) a indenização adicional paga pela empresa em virtude de acidente de trabalho;
f) os pagamentos a estagiários;
g) os prêmios distribuídos a título de incentivo à produtividade;
h) o reembolso de despesas pessoais dos empregados;
i) as vantagens com uso de cartões de crédito pelos empregados;
j) os salários indiretos;
l) as passagens de cortesia em troca de serviços;
m) os valores dos pagamentos de aluguéis de imóveis destinados à residência de sócios, diretores ou administradores da pessoa jurídica;
n) as gratificações e as remunerações por serviços extraordinários;
o) as despesas ou encargos, cujo ônus seja do empregado, pagos pelos empregadores em favor daquele, tais como aluguel, contribuição previdenciária, Imposto de Renda , seguro de vida;
p) 25% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em moeda estrangeira, por servidores de autarquias ou repartições do Governo Brasileiro no Exterior.
4. RENDIMENTOS ISENTOS
Não entrarão no cômputo do rendimento bruto (art. 5º da IN SRF nº 25/96):
a) a ajuda de custo destinada a atender às despesas com transporte, frete e locomoção do beneficiado e seus familiares, em caso de remoção de um município para outro;
b) a alimentação, o transporte e os uniformes ou vestimentas especiais de trabalho, fornecidos gratuitamente pelo empregador a seus empregados, ou a diferença entre o preço cobrado e o valor de mercado;
c) as bolsas de estudo e pesquisa caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços;
d) as diárias destinadas, exclusivamente, ao pagamento de despesas de alimentação e pousada, por serviço eventual realizado em município diferente do da sede de trabalho, inclusive no Exterior;
e) as indenizações por acidentes de trabalho;
f) a indenização e o aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de contrato de trabalho, até o limite garantido pela lei trabalhista ou por dissídio coletivo e convenções trabalhistas;
g) o montante dos depósitos, juros e correção monetária e quotas -partes creditadas em conta individual pelo PIS/Pasep;
h) os vencimentos percebidos pelas pessoas físicas decorrentes de seguro-desemprego, auxílio-natalidade, auxílio-doença, auxílio-funeral e auxílio-acidente, quando pagos pela previdência oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e pelas entidades de previdência privada;
i) o valor dos serviços médicos, hospitalares e dentários mantidos, ressarcidos ou pagos pelo empregador em benefício de seus empregados;
j) os Programas de Alimentação do Trabalhador (PAT), previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho, a parcela paga "in natura" pela empresa não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos, e nem se configura como rendimento tributável do trabalhador;
l) as contribuições pagas pelos empregadores relativas a programas de previdência privada em favor de seus empregados e dirigentes;
m) as contribuições empresariais a Plano de Poupança e Investimento - PAIT;
n) salário família;
o) 75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em moeda estrangeira, por servidores de autarquias ou repartições do Governo Brasileiro no Exterior;
p) o valor do reembolso total ou parcial, efetuado pela fonte pagadora em folha de salários, de parcelas mensais pagas por pessoas físicas a título de participação em planos de saúde que assegurem direito de atendimento de serviços de natureza médica, odontológica ou hospitalar, prestados por empresas autorizadas a funcionar no País.
5. DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO
Na determinação da base de cálculo do imposto poderão ser feitas as seguintes deduções:
5.1 - Pensão Alimentícia
Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência do Imposto de Renda , poderão ser deduzidas as importâncias pagas a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão ou acordo judicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais, observando-se o seguinte (art. 47 da IN SRF nº 25/96):
a) é vedada a dedução cumulativa dos valores correspondentes a pensão alimentícia e de dependente, quando se referirem à mesma pessoa, exceto na hipótese de mudança na relação de dependência no decorrer do ano calendário (§ único do art. 47 da IN SRF nº 25/96);
b) quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto da pensão, o valor mensal pago poderá ser considerado para fins de determinação da base de cálculo sujeita ao Imposto na Fonte, desde que o prestador lhe forneça o comprovante do pagamento (art. 48 da IN SRF nº 25/96);
c) o valor da pensão alimentícia não utilizado como dedução, no próprio mês de seu pagamento, poderá ser deduzido nos meses subseqüentes (§ 1º, do art. 48 da IN SRF nº 25/96).
5.2 - Dependentes
Poderá ser deduzida a quantia de R$ 90,00 (noventa reais) por dependente (art. 37 da IN SRF nº 25/96).
Podem ser considerados como dependentes, para efeito do Imposto de Renda , de acordo com o art. 35 da Lei nº 9.250/95:
a) o cônjuge;
b) o companheiro ou a companheira, desde que haja vida em comum por mais de cinco anos ou por período menor se da união resultou filho;
c) a filha, o filho, a enteada ou o enteado:
- até 21 anos; 
- de qualquer idade quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; ou 
- maior, até 24 anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau; 
d) o irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais:
- até 21 anos; 
- de qualquer idade quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; ou 
- maior, até 24 anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau; 
e) o menor pobre, até 21 anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha a guarda judicial;
f) os pais, avós ou os bisavós, desde que os rendimentos tributáveis ou não, auferidos no ano base pelos mesmos não ultrapassem a R$ 900,00;
g) o absolutamente incapaz (louco, surdo-mudo e pródigo, assim declarado judicialmente), do qual o contribuinte seja tutor ou curador.
No caso de pais separados, o contribuinte poderá considerar, como dependentes, os que ficarem sob sua guarda em cumprimento de decisão judicial ou acordohomologado judicialmente, sendo vedada a dedução concomitante de um mesmo dependente na determinação da base de cálculo de mais de um contribuinte.
5.3 - Contribuição Previdenciária
Serão admitidas como deduções as contribuições, cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que destinadas a seu próprio benefício (art. 36 da IN SRF nº 25/97):
a) para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
b) para as entidades de previdência privada domiciliadas no País, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados ao da Previdência Social;
A dedução mensal das contribuições para as entidades de previdência privada aplica-se exclusivamente, à base de cálculo relativa a rendimentos do trabalho com vínculo empregatício, bem assim de administradores, de aposentados, de pensionistas, quando a fonte pagadora for responsável pelo desconto e respectivo pagamento das contribuições previdenciárias.
Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto da contribuição previdenciária, o valor pago a esse título poderá ser considerado para fins de dedução da base de cálculo sujeita ao imposto mensal, desde que haja anuência da empresa e que o beneficiário lhe forneça o original do comprovante de pagamento.
5.4 - Parcela Isenta dos Rendimentos Provenientes de Aposentadoria e Pensão
Poderá ser deduzida a quantia de R$ 900,00 (novecentos reais), correspondente à parcela isenta dos rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno, ou por entidade de previdência privada a partir do mês em que o contribuinte completar sessenta e cinco anos de idade.
Todavia, salientamos que a isenção de que trata este item é exclusiva para proventos de aposentadorias e pensões pagos pela Previdência Social ou por entidade de previdência privada. Isto quer dizer que, se o aposentado auferir rendimentos de outra espécie, sujeitos à tabela progressiva, o cálculo do imposto sobre esses outros rendimentos efetuar-se-á utilizando-se exclusivamente o limite de isenção da tabela progressiva, ou seja, aplicando-se simplesmente a tabela, sem considerar a parcela extra de isenção.
No caso de recebimento de mais de uma aposentadoria e/ou pensão da Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de qualquer pessoa jurídica de direito público interno, ou de entidade de previdência privada, a parcela isenta fica limitada a R$ 900,00 (ADN CST nº 26/94).
6. DETERMINAÇÃO DO IMPOSTO
A partir de 1º de janeiro de 1998, a Lei nº 9.532/97, determinou que o Imposto de Renda deve ser calculado, aplicando-se sobre a base de cálculo a seguinte tabela progressiva:
	BASE DE CÁLCULO MENSAL EM R$
	ALÍQUOTA
	PARCELA A DEDUZIR DO IMPOSTO EM R$
	Até 900,00
	isento
	-
	Acima de 900,00 até 1.800,00
	15
	135,00
	Acima de 1.800,00
	27,5
	360,00
Supondo-se que um empregado tenha trabalhado durante o mês de janeiro/98, recebendo o salário no quinto dia útil de fevereiro/98. Supondo-se, ainda, que o salário bruto desse empregado seja de R$ 1.900,00 e que o mesmo tenha três dependentes, o cálculo do Imposto de Renda na Fonte será efetuado da seguinte forma:
	Rendimento mensal
	R$ 1.900,00
Deduções:
	3 dependentes X R$ 90,00
INSS: 11% de R$ 1.031,87
Base de cálculo do imposto
Imposto: 15% de R$ 1.516,50
Parcela a deduzir
Imposto de Renda Retido na Fonte
	R$ 270,00 
R$ 113,50 
R$ 1.516,50
R$ 227,48
R$ 135,00
R$ 92,48
7. ADIANTAMENTO DE RENDIMENTOS
O adiantamento de rendimentos ou vales correspondentes a determinado mês não estarão sujeitos à retenção do Imposto de Renda na Fonte, desde que os rendimentos sejam integralmente pagos no próprio mês a que se referirem, momento em que serão efetuados o cálculo e a retenção do imposto sobre o total dos rendimentos pagos no mês.
Se o adiantamento referir-se a rendimentos que não sejam integralmente pagos no próprio mês, o imposto será calculado de imediato sobre esse adiantamento. A única exceção à regra refere-se ao adiantamento correspondente ao 13º salário, que será oferecido à tributação somente por ocasião de sua quitação integral.
A tributação incidirá sobre quaisquer valores ou adiantamentos fornecidos ao beneficiário, mesmo a título de empréstimo, quando não haja previsão cumulativa de cobrança de encargos financeiros, forma e prazo de pagamento.
Desta forma, se o empregador faz adiantamentos ou vales no decorrer do mês, e quita o salário dentro do próprio mês trabalhado, não haverá tributação por ocasião dos adiantamentos.
Por outro lado, se o empregador efetua adiantamentos no mês trabalhado e quita a folha de pagamento somente no mês seguinte, o Imposto de Renda na Fonte incidirá sobre o somatório dos valores dos adiantamentos e dos demais pagamentos efetuados dentro do mês.
Exemplo:
	Dia 05 - pagamento da folha do mês anterior
Dia 20 - adiantamento de 30% do mês corrente
	R$ 1.620,00
R$ 700,00
No dia 20 (vinte), por ocasião da entrega do adiantamento, para fins de retenção, a fonte pagadora deverá considerar o somatório dos valores de R$ 1.620,00 e de R$ 700,00 para a aplicação da tabela progressiva. O Imposto de Renda retido sobre o pagamento do dia 5 (cinco) será compensado com o imposto apurado no dia 20 (vinte), e o saldo deverá ser recolhido até o terceiro dia útil da semana subseqüente ao do fato gerador.
8. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS
As participações nos lucros ou resultados da empresa convencionadas com seus empregados por meio de comissão por eles escolhida são tributadas pelo Imposto de Renda na Fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês, como antecipação do Imposto de Renda devido na declaração de rendimentos da pessoa física. A responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto é da fonte pagadora dos rendimentos.
9. RENDIMENTOS RECEBIDOS EM MOEDA ESTRANGEIRA
Os rendimentos do trabalho assalariado recebidos, em moeda estrangeira, por residentes ou domiciliados no Brasil, de autarquias ou repartições do Governo Brasileiro situadas no Exterior, estão sujeitos ao Imposto de Renda na Fonte, mediante a utilização da tabela progressiva (Lei nº 9.250/95, art. 5º).
Os rendimentos em moeda estrangeira serão convertidos em reais, mediante utilização da taxa do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para compra pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do recebimento do rendimento (Lei nº 9.250/95, art. 5º, § 1º)
As deduções referentes ao pagamento de pensão alimentícia e contribuições para a previdência social oficial e para entidades de previdência privada serão convertidas em reais, mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América fixado para venda pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao pagamento do rendimento (Lei nº 9.250/95, art.5º, § 2º).
Serão computados na determinação da base de cálculo do Imposto na Fonte e na declaração, 25% do total dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos nas condições mencionadas acima. 
10. RECOLHIMENTO DO IMPOSTO
O Imposto Retido na Fonte deverá ser pago até o terceiro dia útil da semana subseqüente a do pagamento dos rendimentos.
11. DISPENSA DE RETENÇÃO DE VALOR IGUAL OU INFERIOR A R$ 10,00
De acordo com art. 67 da Lei nº 9.430/96 e a IN SRF nº 85/96, a partir de 01.01.97 está dispensada a retenção de Imposto de Renda na Fonte de valor igual ou inferior a R$ 10,00, incidente sobre rendimentos que devam integrar a base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste anual do beneficiário.

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