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1 Cristais Líquidos 1.1 Definição O primeiro relatório sistemático sobre o que se pode chamar de cristal líquido, foi elaborado em 1888, por um botânico austríaco chamado Frederick Reinitzer, quando este estudava as propriedades do composto orgânico “benzoato de colesterila” – derivado do colesterol. Os cristais líquidos são substâncias que quando aquecidas apresentam uma fase intermediária entre o estado sólido cristalino e o líquido isotrópico. A fase intermediária conhecida como, líquida cristalina, tem parte da estrutura dos sólidos e parte do movimento que os líquidos possuem. Essas propriedades aparecem em temperaturas de transição nítidas. O ordenamento das moléculas é um dos conceitos fundamentais para entendimento do cristal líquido. Por possuírem forças intermoleculares fracas, facilmente afetadas por variações na temperatura, pressão e campo magnético, atualmente os cristais líquidos são usados em larga escala na fabricação de sensores de temperatura, pressão e visores. 1.2 Fases Líquidas Cristalinas Conforme a natureza da organização de suas moléculas, os cristais líquidos podem ser classificados como: • Nemáticos – são aqueles cuja fase cristalina apresenta as moléculas alinhadas ao longo de seus eixos, porém não de forma paralela. • Esméticos – são aqueles cuja fase cristalina apresenta as moléculas alinhadas ao longo de seus eixos e alinhamento paralelo entre elas. Esta fase pode ser classificada em outras três fases designadas pelas letras A, B e C. Ligações químicas na fase esmética: normalmente são C=N ou N=N e anéis de benzeno. Características: estruturas planas que não permitem rotação de suas moléculas, que apresentam rigidez e dureza, sendo esta devida principalmente pela presença de anéis de benzeno. As moléculas são longas em forma de tubo. • Colestéricos – são aqueles cuja fase cristalina apresenta as moléculas alinhadas ao longo de seus eixos, contudo as moléculas de uma camada apresentam leve torção em relação às camadas superior e inferior formando uma estrutura helicoidal. A fase colestérica possui esse nome, pois muitos derivados do colesterol adotam essa estrutura. O passo da hélice é bastante sensível à temperatura do material, sendo uma de suas propriedades ópticas a reflexão seletiva da luz. Por causa disso, os cristais líquidos na fase colestérica são muito utilizados em dispositivos de medição de temperatura, como os termômetros encapsulados em filmes finos além de serem os tipos mais empregados nos dispositivos eletrônicos como nas telas de calculadoras, relógios digitais, monitores de TV e computadores. Características: moléculas longas achatadas, em forma de tubo com uma cauda flexível. moléculas arranjadas em camadas. As camadas possuem um entrelaçamento devido a cauda flexível. 2 Os Sais 2.1 Definição: São compostos de ligação iônica, cuja formação contém pelo menos um cátion que não seja o hidrogênio (H+) e um ânion que não seja um hidroxila (OH-). Ainda, podem-se definir os Sais como os compostos resultantes de uma reação química entre um ácido e uma base (Sal de Arrhenius). Segundo esta definição, um ácido constitui-se em todo composto que em uma solução aquosa libera íons positivos de H+, enquanto que uma base constitui-se em todo composto que em solução aquosa libera íons negativos OH-. Exemplo de ácido de Arrhenius, o ácido clorídrico (HCl) em solução aquosa libera o H+: HClaq –> H+ + Cl Exemplo de base de Arrhenius, o hidróxido de sódio (NaOH), ou soda cáustica, em solução aquosa libera o OH-: NaOHaq –> Na+ + OH- Dessa forma, a reação em meio aquoso entre o ácido e a base de Arrhenius HCl e NaOH, formando o sal cloreto de sódio (sal de cozinha) e água é chamada de neutralização: HCL + NaOH –> NaCl + H2O 2.2 Classificação Os sais podem ser classificados de três formas • Sal normal (nomenclatura antiga – sal neutro); • Hidrogênio sal (nomenclatura antiga – sal ácido); • Hidroxi sal (nomenclatura antiga – sal base); 2.3 Reações de Salificação • Com neutralização total do ácido e da base Todos os H ionizáveis do ácido e todos os OH- da base são neutralizados. Nessa reação, forma-se um sal normal. Esse sal não tem H ionizável nem OH-. • Com neutralização parcial do ácido Nessa reação, forma-se um hidrogênio sal, cujo ânion contém H ionizável. • Com neutralização parcial da base Nessa reação, forma-se um hidróxi sal, que apresenta o ânion OH- ao lado do ânion do ácido. 2.4 Propriedades: • Em solução aquosa conduzem corrente elétrica; • Podem reagir com outros sais, metais, hidróxidos e com ácidos; • A reação de um ácido com um sal pode originar um outro sal e um outro ácido se este apresentar um maior volatilidade que o empregado na reação; • A reação de um hidróxido com um sal pode originar um outro sal e um outro hidróxido se este apresentar menor solubilidade que o empregado na reação; • A reação entre dois Sais dá origem a dois novos sais diferentes se um destes apresentar menor solubilidade que um dos Sais reagentes; • A reação de um metal com um sal pode originar um outro sal e um outro metal se este for menos reativo que o empregado na reação. 2.5 Exemplos de sais • Sais Naturais CaCO3, Ca3(PO4)2, NaCl, NaNO3, CaSO4, CaF2, Silicatos, Sulfetos metálicos (FeS2, PbS, ZnS, HgS). • Sais de nosso cotidiano: Cloreto de Sódio (NaCl): utilizado na alimentação; Nitrato de sódio (NaNO3): conhecido como salitre do Chile. É utilizado em fertilizantes, fabricação de vidro e explosivos como a dinamite; Carbonato de sódio (Na2CO3): utilizado na fabricação de vidro, sabão, detergente, celulose, papel e na limpeza em geral; Bicarbonato de sódio (NaHCO3): utilizado no combate à acidez estomacal, fabricação de pães como fermento e na composição de extintores de incêndio. Suflito de sódio (Na2SO3): utilizado na conservação de alimentos, refinação de açúcar e no clareamento do papel sulfite. Carbonato de cálcio (CaCO3): utilizado na fabricação de cal virgem ou cal viva, cimento, vidro e na agricultura para a correção de acidez do solo. Sob forma de mármore é usado em pias, pisos, escadarias, etc. Fluoreto de Sódio (NaF): é um sal usado na fluoretação da água potável e como produto anticárie, na confecção de pasta de dente.
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