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Filosofia do Direito Moderna II

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A U T O R D O T E X T O : A L Y S O N L E A N D R O 
M A S C A R O 
Filosofia do Direito Moderna II 
Teórico do Absolutismo 
Thomas Hobbes – 1588-
1679 
 Viveu em tempos de turbulência 
da realeza inglesa. 
 Suas obras abordam a teoria do 
conhecimento, a filosofia e a 
política. 
 Leviatã ou a matéria, forma e 
poder de um Eclesiástico e Civil 
(1651) 
 Hobbes é um defensor do 
empirismo, toma partido do 
legado de Francis Bacon. Busca 
compreender a razão a partir de 
uma mecânica de movimento dos 
corpos. O espaço e o movimento 
são bases da sua filosofia. 
Hobbes 
O contrato Social em Hobbes 
 Se opõe à tradição filosófica política aristotélica, 
afirmando que o homem não é um ser originalmente 
social. 
 O indivíduo é a base de seu pensamento e somente 
um contrato ensejaria que os homens que vivem em 
função de seus interesses, passem a viver em 
sociedade. 
 O ânimo que leva os homens a viver em sociedade 
em viver em sociedade é a sua própria satisfação. 
O contrato Social em Hobbes 
 “ Devemos portanto 
concluir que a origem de 
todas as grandes e 
duradouras sociedades 
não provém da boa 
vontade recíproca que os 
homens tivessem uns 
com os outros, mas do 
medo recíproco que uns 
tinham uns dos outros”. 
Hobbes, Do Cidadão, op. 
Cit p 28 
O contrato Social em Hobbes 
 A igualdade humana se 
revela na condição de medo 
recíproco por conta da 
fragilidade de todos. Daí 
resulta o primeiro direito: 
direito à preservação. 
 O estado de natureza é um 
estado bélico. 
 A associação dos homens 
representa uma forma de 
resguardar a vida e os 
direitos de cada um. 
 “não haverá como negar 
que o estado natural dos 
homens, antes de 
ingressarem na vida social, 
não passava de guerra, e 
esta não ser uma guerra 
qualquer, mas a guerra de 
todos contra todos”. 
O contrato social em Hobbes 
 Um pacto social, apenas 
resguardando na vontade 
comuns dos contratantes , 
não teria condições de 
unificar as vontade e nem 
de garantir a paz e a 
segurança. 
 A postura hobbesiana é 
muito peculiar e original. 
 O Soberano é a vontade 
única acima da sociedade, 
mas a origem do poder 
absoluto não é divina. 
 O PODER ABSOLUTO É 
EXTRAÍDO DE UM 
CONTRATO SOCIAL. 
 Os indivíduos que vivem 
em natureza, submetem-se 
voluntariamente ao poder 
do estado. 
 O contrato social é um 
instrumento teórico típico 
dos iluministas que buscam 
fundar uma ordem 
burguesa contra o poder 
ilimitado dos reis. 
O direito natural hobesiano 
 A lei da natureza é a reta 
RAZÃO , no tocante às 
coisas que devemos fazer 
para assegurar a vida e das 
partes do nosso corpo. 
 Para Hobbes a leis naturais 
são imutáveis e eternas. Pg 
168 
 As leis do direito está no 
eixo da autopreservação 
(caráter individualista do 
liberalismo) 
 Hobbes define o direito de 
natureza como a liberdade 
que os homens possuem de 
fazer tudo o que julgarem 
necessário para a 
preservação própria da 
vida. Note-se que o direito 
de natureza é um fato da 
natureza: é tendência 
humana e natural persistir 
na vida, e os homens agem 
naturalmente para 
preservá-la e evitar a 
morte. 
O Estado 
 Em Hobbes há uma 
limitação quanto ao 
direito do soberano: o 
direito de se valer dos 
meios necessários para 
preservar a própria vida. 
O direito de autodefesa 
constitui a possibilidade 
de desobediência civil no 
pensamento hobbesiano 
 Ao alienar o seu poder 
individual ao soberano, 
no contrato social, o 
indivíduo jamais 
renuncia ao direito de 
autodefesa. Um pacto 
que queira alienar este 
direito é nulo. 
 Essa impossibilidade de 
renunciar ao direito 
natural acarreta uma 
liberdade inalienável em 
face ao soberano. 
Âmbito Político O contrato social 
 Esteve envolvido de modo 
próximo com a Revolução 
Gloriosa, de 1688, que pôs fim ao 
absolutismo. 
 Obras Principais: O primeiro e o 
segundo tratado sobre o governo 
civil. 
 É um dos mais destacados 
pensadores do Empirismo. 
Acreditava que as ideias inatas 
não se encontram das mesma 
forma em todos os indivíduos, 
por isso o conhecimento se faz no 
indivíduo, a experiência sensível 
leva ao conhecimento. 
 O poder político é uma 
construção humana e 
não um construto 
político fundamentado 
no poder divino 
 Refutação das teses 
absolutistas de Robert 
Filmer que sustentava 
que o poder do monarca 
vinha por sucessão desde 
Adão. 
Locke 1632 - 1704 
O contrato social em Locke 
 Para Locke o poder político 
não pode ser mensurado 
como se fosse passado de 
pai para filho. 
 Critica a tradição político 
aristotélica que 
considerava o Estado como 
uma família ampliada, sem 
fazer distinção de natureza 
entre o poder do rei e o 
poder do governante. 
 Para Locke o poder político 
advém do contrato que dá 
base ao poder ao poder 
político 
 A sociedade civil é o 
resultado do pacto entre os 
indivíduos que antes 
viviam no estado de 
natureza, mas não pelo 
mesmo motivo que 
mencionava Hobbes. 
 Para Locke, os homens no 
estado de natureza são 
iguais, livres e desfrutam 
de liberdade, mas não são 
IRREFREÁVEIS no uso de 
suas liberdades, mas isso 
não impede que os 
indivíduos vivam com 
respeito. 
 
O contrato social em Locke 
 A liberdade é possível por causa 
da lei natural que advém da 
natureza. 
 Para que os homens evitem que o 
desrespeito à lei natural possa 
acontecer é que eles decidem 
viver num estado de sociedade, 
para que haja uma estabilidade 
no governo de seus interesses. 
 O estado de guerra é 
preocupação que se repete em 
Locke como também era uma 
preocupação em Hobbes. 
 
 Nas palavras de Locke: 
 “ Eis aí a clara diferença entre o 
estado de natureza e o estado de 
guerra, os quais, por mais que 
alguns homens o tenham 
confundido, estão distante tão 
um do outro quanto um estado 
de paz, boa vontade, assistência 
mútua e preservação está de um 
estado de inimizade, 
malignidade, violência e 
destruição mútua. Quando os 
homens vivem juntos segundo a 
razão e sem um superior comum 
sobre a Terra com autoridade 
para julgar entre eles, manifesta-
se propriamente o estado de 
natureza” Dois Tradados sobre o 
Governo 
O contrato social 
 Em Locke, o contrato social dá 
origem a um corpo político que 
legisla, julga e sustenta, por meio 
da força, a comunidade. 
 O Estado é o continuador dos 
direitos naturais, garantidor 
destes. 
 A renúncia, na passagem do 
estado de natureza para a 
sociedade civil, só se dá no que 
tange ao direito à preservação de 
SI por CONTA PRÓPRIA, que se 
acompanha também da renúncia 
ao poder de castigar. 
 O estado civil não é um estado de 
submissão, pois mantém a 
liberdade natural, agora 
sustentada num grau político e 
não individual. 
 A sociedade política será uma 
escolha da comunidade, a forma 
de governo que seja mais 
adequada à conservação da 
propriedade privada. Neste 
sentido a Monarquia Absoluta 
não se coaduna com os 
propósitos da sociedade civil. 
 Há também uma distinção de 
poderes na sociedade política: 
legislativo, executivo e federativo 
(um poder encarregado da 
relações exteriores). 
O Direito Natural em Locke 
 Para Locke, a lei da natureza não 
está inscrita na mentes dos 
homens, alcançado somente por 
meio da experiência dos sentidos. 
 A lei natural busca a preservação 
de si mesmo e da humanidade e, 
no estado de natureza, todos os 
indivíduos são executores da lei 
natural, na medida em que ainda 
não há um Estado que possa 
fazê-lo. 
 O grande direito do estado de 
natureza é o DIREITO DE 
PROPRIEDADE. 
 Direito de garantia da 
propriedade individual. 
 A noção de propriedade agrada 
muito à burguesia e à visão de 
mundo liberal. 
 A propriedade privada é a razão 
de ser do contrato social e é eixo 
central e problemático da 
filosofia de Locke. 
 O fruto colhido por meio do 
trabalho faz com que haja a 
propriedade do trabalhador 
sobre ele. 
O direito natural em Locke 
 Embora a terra seja 
coletiva, dada por Deus, 
pelo trabalho cada um se 
apropriada quantidade 
de terra de acordo com 
seu trabalho. 
 A propriedade 
acumulada advinda da 
acumulação do dinheiro 
também é justa e pode 
ser ilimitada 
 A propriedade permitida 
a partir da instituição do 
dinheiro leva è 
necessidade do Estado, 
para que haja juízes e 
regras fixas para resolver 
conflitos sobre a 
propriedade privada. 
 O desrespeito à 
propriedade privada 
torna o governo tirânico, 
enseja o estado de guerra 
Rousseau – 1712-1778 
 Teve suas ideias como bandeira 
da Revolução Francesa, mas ao 
mesmo tempo, a burguesia, a 
igreja e o pensamento 
conservador o têm como um dos 
seus grandes incômodos. 
 Na obra Confissões, o filósofo 
escreve sua biografia, relatando 
fatos como a morte de sua mae 
no parto e o abandono pelo pai. 
 Obteve o primeiro lugar no 
concurso promovido pela 
Academia de Dijon. 
 O pensamento de Rousseau é 
original pois não toma parte de 
um extremo racionalismo como 
era comum para os modernos. 
 Para Rousseau, a civilização não 
poderia ser considerado o apogeu 
da vida moderna, ao contrário, 
ela é culpada da degeneração 
moral dos homens. Segundo ele, 
as regras sociais, próprias da 
civilização escondem os 
interesses pessoais por detrás da 
relação com os outros. 
Linhas Gerais do Pensamento de Rousseau 
 Não era ideia do filósofo fazer 
com que os homens voltassem ao 
estado de natureza, mas sim 
corrigir as mazelas sociais, 
forjando uma outra civilização. 
 A educação foi um dos pontos 
altos da filosofia de Rousseau. 
Este projeto está focado na 
formação geral do homem para a 
sua transformação. 
 Seu objetivo está em buscar o 
homem na sua totalidade, na sua 
verdadeira inteiração com a 
natureza. 
 O excepcional do método de 
Rousseau é reivindicar um papel 
fundamental aos sentimentos, 
não se limitando à razão. 
 “A constatação de Rousseau de 
que o homem, ganhando em 
inteligência e em sociabilidade, 
não necessariamente melhora- a 
civilização, pelo contrário, 
dissimula e torna o homem 
egoísta-, leva-o a pensar nas 
causas da vida em civilização e do 
seu perecimento. [...]Antes o seu 
projeto é de entender a natureza 
humana para saber se ainda há 
solução, para conseguir a própria 
civilização, dado o grau de 
degeneração a que ela e os 
homens chegaram”. Pg 188 
 
O estado de natureza de Rousseau 
 Rousseau critica os 
contratualistas anteriores, 
por não conseguirem 
chegar aos estágios 
naturais ainda mais 
primitivos. Segundo ele, os 
atributos do homem, 
mesmo em estafo de 
natureza, são apresentados 
por outros pensadores com 
traços civilizatórios. Os 
vícios da civilização são 
atribuídos ao homem 
mesmo no estado de 
natureza. 
 
 Rousseau fará uma 
antropologia do estado de 
natureza. 
 O estado de natureza é 
definido sem os vícios da 
civilização. Segundo o 
autor, o homem no estado 
de natureza não se vale dos 
engenhos, não se vale de 
ferramentas técnicas, nem 
da palavra , nem da 
residência etc. 
 Há dois tipos de 
desigualdades:naturais/ 
físicas e morais/políticas. 
O estado de natureza de Rousseau 
 A total liberdade é umas das 
características do estado 
natural. 
 A segunda, seria a capacidade 
de ser aperfeiçoar. 
 O amor próprio conduziria o 
homem à sua conservação; 
piedade inata. 
 O homem selvagem não se 
projeta para além das suas 
necessidades. 
 O homem então é um bom 
selvagem. 
 Mas a condição de bom 
selvagem não é estática e com 
o tempo os interesses 
individualistas despontam e o 
estado natural pacífico passa 
a ser um estado natural 
pautado pelas paixões, o 
homem se degrada. 
 O surgimento da propriedade 
privada cessa com o projeto 
de felicidade do homem 
natural, passando a impor 
sofrimentos sociais. 
O estado de natureza em Rousseau 
 “O primeiro que, tendo 
cercado um terreno, 
atreveu-se a dizer: Isto é 
meu, e encontrou pessoas 
simples o suficiente para 
acreditar nele, foi o 
verdadeiro fundador da 
sociedade civil.” pag 192 
 Não foi uma mera 
deliberação da vontade de 
todos que fundou a vida 
social, mas uma série de 
fatores como: associação 
técnica e a divisão do 
trabalho criou 
desigualdades entre os 
homens. Segundo o 
filósofo, quando os bens da 
natureza passam a ser 
propriedade dos homens 
começa a escravidão e a 
miséria. 
O contrato social em Rousseau 
 É o resultado da associação 
dos homens em face à miséria 
social que atinge a própria 
conservação do homem. 
 “Encontrar uma forma de 
associação que defenda e 
proteja com toda a força 
comum a pessoa e os bens de 
cada associado, e pela qual 
cada um, unindo-se a todos, 
só obedeça, contudo, a si 
mesmo e permaneça tão livre 
quanto antes.” O Contrato 
Social - Rousseau 
 O contrato social permitirá 
que todos os homens 
constituam um corpo no qual 
sua força individual passa a 
ser força dessa coletividade. 
 Mesmo com a coletividade 
fundada, a liberdade 
individual continua mantida, 
porque sua vontade será 
dentro desse todo. 
 O BEM COMUM é a diretriz 
da coletividade que se institui, 
e ela é o bem do indivíduo que 
se associou. 
O contrato social 
 Para que a liberdade e a 
obediência sejam 
convergente faz necessário 
que o indivíduo se aliene na 
comunidade. 
 O indivíduo é tratado como 
um membro do todo. No 
contrato social, o homem 
dá todos os seus direitos à 
comunidade. 
 A teoria de Rousseau não 
delega os direitos à 
terceiros, mas é 
radicalmente democrático. 
 O indivíduo é membro 
ativo da comunidade: 
cidadania ativa. 
 “Via de regra, há muita 
diferença entre a vontade 
de todos e a vontade geral; 
esta se refere somente ao 
interesse comum, enquanto 
a outra diz respeito ao 
interesse privado, nada 
mais sendo que uma soma 
de vontades particulares”. 
O direito natural em Rousseau 
 Rousseau é contratualista 
jusnaturalista (sui generis), 
no limite de dizer que não é 
jusnaturalista, mas 
permeado de elementos do 
jusnaturalismo. 
 Discorda dos modernos 
quando afirma que a razão 
é o produto absoluto do 
direito natural e que os 
sentimentos e afecções 
participam desta 
construção. 
 Rousseau é um 
jusnaturalista não porque 
queira a plena volta ao 
entendimento da vida 
natural um dia havida, mas 
apenas na medida em que 
aposta que é possível outra 
natureza futura aos 
homens, da razão e do 
sentimento, e, portanto, 
outro guia natural que não 
os já deturpados. Pg 206

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