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Leitura e Interpretação Desenho

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1 
Leitura e Interpretação de Desenho Mecânico 
 
INTRODUÇÃO 
 
Na indústria, para a execução de uma determinada peça, as informações podem ser apresentadas 
de diversas maneiras: 
 
A PALAVRA - Dificilmente transmite a idéia da forma de uma peça 
 
A PEÇA – Nem sempre pode servir de modelo. 
 
A FOTOGRAFIA – Não esclarece os detalhes internos da peça. 
 
O DESENHO – Transmite todas as idéias de forma e dimensões de uma peça, e ainda fornece 
uma série de informações, como: 
 
- O material de que é feita a peça 
- O acabamento das superfícies 
- A tolerância de suas medidas, etc. 
 
O desenho mecânico, como linguagem técnica, tem necessidade fundamental do estabelecimento de 
regras e normas. É evidente que o desenho mecânico de uma determinada peça possibilita a todos 
que intervenham na sua construção, mesmo que em tempos e lugares diferentes, interpretar e 
produzir peças tecnicamente iguais. 
Isso, naturalmente, só é possível quando se têm estabelecidas, de forma fixa e imutável, todas as 
regras necessárias para que o desenho seja uma linguagem técnica própria e autêntica, e que possa 
cumprir a função de transmitir ao executor da peça as idéias do desenhista. 
Por essa razão, é fundamental e necessário que o desenhista conheça com segurança todas as 
normas do desenho técnico mecânico. 
Como em outros países, existe no Brasil uma Associação (ABNT) que estabelece, fundamenta e 
recomenda as normas do desenho técnico mecânico, as quais serão expostas gradativamente no 
desenvolvimento deste curso, como também as normas DIN. 
 
NORMAS ABNT 
Editadas e distribuídas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
 
NORMAS ISO 
Editadas e distribuídas pela ISO – International Organization for Standardization. 
 
NORMAS DIN 
DIN – Deutsche Normen (antigamente Deutsche Industrie Normen) 
Editada pelo DIN – Deutsche Institut fur Normung (Instituto Alemão para Normatização) 
 
Representante no Brasil: ABNT – que possui na sua sede no Rio de Janeiro e na Delegacia de São 
Paulo coleções completas e em dia de todas as normas DIN. 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
Formatos de papel – NBR – 5984/1980 (DIN 476) 
 
O formato básico do papel, designado por A0 ( A zero), é o retângulo cujos lados medem 841 mm e 
1,189mm, tendo a área de 1m2. Do formato básico, derivam os demais formatos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
Legenda 
 
A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3, A2, A1 ou ao longo da largura da 
folha de desenho no formato A4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A legenda consiste de: 
1 – Título do Desenho 
2 – Código 
3 – Escala 
4 – Firma 
5 – Data e nomes 
6 – Descrição dos componentes: - posição( peça); 
 denominação; 
 quantidade ; 
 material. 
 
Escala NBR 8196/1983 (DIN 823) 
 
Escala é a proporção definida existente entre as dimensões de uma peça e as do seu respectivo 
desenho. 
O desenho de um elemento de máquina pode estar em: 
 
Escala natural 1 : 1 
Escala de redução 1 : 5 
Escala de ampliação 2 : 1 
 
 
 
 
1 
2 
3 
4 
5 6 
(TÍTULO) 
 SENAI 
 4 
MEDIDA DO DESENHO 
 
1 : 5 
 
MEDIDA REAL DA PEÇA 
 
Na representação através de desenhos executados em escala natural ( 1 : 1) , as dimensões da 
peça correspondem em igual valor às apresentadas no desenho. 
Na representação através de desenhos executados em escala de redução, as dimensões do 
desenho se reduzem numa proporção definida em relação às dimensões reais das peças. 
 
1:2 1:5 1:10 1:20 1:50 1:100 
 
Escala 1 : 2, significa que 1mm no desenho corresponde a 2mm na peça real. 
 
 
 
Na representação através de desenhos executados em escala de ampliação, as dimensões do 
desenho aumentam numa proporção definida em relação às dimensões reais das peças. 
 
2 : 1 5 : 1 10 : 1 
 
Na escala 5 : 1, significa dizer que 5mm no desenho correspondem a 1mm na peça real. 
 
 5 
 
 
 
Dimensão do 
desenho 
Escala 
Dimensão da peça 
 
 
 _______________ 
 
 
 1 : 1 
 
 300 
 
 340 
 
 
 _______________ 
 
 
 170 
 
 65 
 
 
 5 : 1 
 
 _______________ 
 
 
 50 
 
 
 _______________ 
 
 
 300 
 
 32 
 
 
 1 : 2 
 
 _______________ 
 
 
 125 
 
 
 _______________ 
 
 
 25 
 
 _______________ 
 
 
 10 : 1 
 
 1220 
 6 
Linhas 
 
 As linhas de qualquer desenho devem ser feitas todas a lápis, ou a nanquim, uniformemente 
pretas, densas e nítidas. 
São necessariamente três espessuras de linhas: grossa, média de metade da espessura da grossa e 
a fina com metade da espessura da média. A NB-8 de 1950 recomenda que, quando a linha 
grossa tiver menos de 0,4mm de espessura, utiliza a linha fina com um terço da grossa ou igual 
à média. Todos os requisitos do desenho de engenharia podem ser obedecidos utilizando-se 
essas espessuras de linhas. A tabela A1 mostra os vários tipos de linhas aprovados pela BS308 
com suas aplicações, enquanto que a tabela A2 mostra as linhas conforme reza a NB-8. 
 
 
 
 7 
 
 
Tipos e Emprego 
 
Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas de tipos e espessuras diferentes. O 
conhecimento destas linhas é indispensável para a interpretação dos desenhos. 
 
Quanto à espessura, as linhas devem ser: 
 
Grossas 
Médias 
Finas 
 
A espessura da linha média deve ser a metade da linha grossa e a espessura da linha fina, metade da 
linha média. 
 
 8 
 
 
 9 
 
 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
Linha de centro, de simetria, arestas e contornos não-visíveis. 
 
A aparência de um desenho perfeito pode ser prejudicada por linhas de centro e de simetria 
descuidadamente produzidas. Tente observar as seguintes regras simples: 
 
1. Certifique-se de que os traços e os espaços de uma linha tracejada tenham o mesmo 
comprimento por toda ela. Um traço de cerca de 3mm seguido por um espaço de 2mm 
produzirão uma linha tracejada de boa proporção. 
 
LINHA DE BOA PROPORÇÃO 
EVITE ESPAÇAMENTOS IRREGULARES 
 
2. Onde são definidos centros, então as linhas (de centro) deverão cruzar-se em trechos 
contínuos e não nos espaços. 
 
 
 
3. As linhas de centro não devem estender-se para os espaços entre as vistas e também não 
devem terminar em outra linha do desenho. 
 
 
4. Quando um ângulo é formado por linhas de simetria, traços longos devem-se interceptar e 
definir o ângulo. 
 
 
 
 
5. Geralmente, as linhas tracejadas que representam um detalhe não-visível devem tocar uma 
linha externa sem interrupção, como mostrada abaixo. As tracejadas também se encontram e se 
cruzam, e a junção deve ser arranjada como um “T” ou um “X”. 
 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
EXERCÍCIOS 
 
1 Coloque dentro dos círculos dos desenhos, os números correspondentes aos tipos de linhas 
indicadas na tabela A2: 
 
 
 
 
 
 
 
2 Escreva os nomes e tipos de linhas assinaladas por letras no desenho abaixo: 
 
 
 
 
 
 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
Complete os exercícios abaixo, obedecendo, no traçado, à orientação dada elas setas. Use o lápis 
nº 2 ou HB. Conserve o mesmo afastamento entre as linhas. 
 
 
Complete os quadros abaixo, traçando as linhas já iniciadas. Observe o tipo e espessura de cada 
linha, de acordo com as linhas convencionais já estudadas. 
 
 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
 COTAGEM 
 
- Todas as cotas necessárias à caracterização da forma e da grandeza do objeto devem ser 
indicadas diretamente sobre o desenho de modo a não exigirposteriormente, o cálculo ou a 
estimativa de medidas. 
- A cotagem deve ser executada considerando a função, fabricação e a inspeção do objeto. 
- As cotas devem ser indicadas com a máxima clareza de modo a admitir uma única 
interpretação. 
- Deve ser evitada a repetição de cotas. 
- Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a forma do elemento 
cotado. 
- Nos desenhos de máquinas e estruturas metálicas as cotas serão expressas em milímetros 
excepcionalmente no caso de ser conveniente empregar outra unidade, o símbolo deve ser 
escrito ao lado da cota ou indicado junto à legenda. 
 
 
 
 
 
As cotas maiores são colocadas por fora das menores, a fim de evitar cruzamentos. 
a) a distância mínima entre a linha de cota e a linha de contorno da peça deve ser de 8 a 10 
mm. 
b) as linhas de chamada devem passar da linha de cota em torno de 5 mm além da ponta de 
seta. 
c) a ponta de seta deve seguir a forma de uma flecha pontiaguda a fim de determinar uma 
uniformidade no desenho técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
 
 
 
Detalhe da ponta de seta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 mm x 15° 
 19 
Exemplo de cotagem mais adequada a cada caso. Espaço limitado. 
 
 
 
 
 
 
Cotagem utilizando faces de referência em linha, e face de referência em paralelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Face de referência em linha Face de referência em paralelo 
 20 
A cotagem de cantos chanfrados é feita conforme indicação nos exemplos abaixo: 
 
 
 
 
 
 A indicação de medidas angulares deve ser feita como nos exemplos abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
Antecede-se a cota com um “r” minúsculo, quando o centro não está indicado (raios muito 
pequenos ou excessivamente grandes). 
 
 
Obs: No caso de raios muito grandes, a linha de cota deverá ser indicada sempre em direção ao 
seu centro. 
 
 Raios de grandes dimensões, cujos centros estejam fora da simetria da peça e dos limites do 
desenho, devem ser indicados com uma linha de cota “quebrada”. Nestes casos suprime-se a 
letra “r”. 
 
 Poderão deixar de ser cotadas certas partes de menor importância (arredondamentos de 
cantos vivos e outras concordâncias) sujeitas a variações que, todavia, deverão acompanhar o 
mais possível a forma indicada no desenho. 
 
 
 
 
 
 
 22 
 PEÇAS PLANAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As peças planas, como placas, juntas, guarnições, desde que não apresentem elementos 
que forcem a representação de uma segunda vista, podem ser desenhadas em uma só vista, sendo 
a espessura anotada, de preferência, dentro do desenho, quando para isso houver espaço 
suficiente. 
 
Exemplos: 
 23 
 PERSPECTIVAS 
 
 O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do observador. Dá 
idéia clara de sua forma por apresentar diversas faces do objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A perspectiva isométrica ( medidas iguais ) é 
das mais simples e eficientes. Parte de três 
eixos a 120°, denominados eixos isométricos 
sobre os quais se marcam as medidas da 
peça, sem redução, como ilustrado ao lado. 
 24 
Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas e coloque o nome em cada uma das 
vistas: 
 
 25 
 
 
 
 
 
 26 
 
 
 
 
 27 
Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada em 
perspectiva: 
 
 
 
 28 
 
 
 
 
 
 
 29 
Desenhe, à mão livre, as perspectivas isométricas das peças abaixo: 
 
 
 
 
 
 30 
Escreva na resposta a letra correspondente à perspectiva correta. 
Observação 
Para cada projeção há 4 perspectivas, porém só uma é correta. 
 
 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
Complete à mão livre, os desenhos abaixo, conforme modelos em tamanho menor. 
 
 
Desenhe, à mão livre, a perspectiva isométrica da peça apresentada. 
 
 
 
 
 
 33 
CORTES 
 
 Os cortes são utilizados para representar de modo claro, os detalhes internos das peças ou de 
conjuntos. Em desenhos de conjunto ressaltam a posição das peças que o constituem. 
 Além de indicarem o material de que é feita a peça ou peças, facilitam a colocação de cotas 
internas. 
 
 
 
 
CORTE TOTAL 
 
 
Observação: Normalmente não se representam arestas invisíveis nas regiões cortadas. 
 
- Os cortes podem ser representados em qualquer das vistas do desenho técnico. 
- Conforme for necessário pode ser aplicado mais de um corte em qualquer vista do desenho 
técnico. 
 
 
 
 
 
 
 34 
Indicação de Corte 
 
 
Observação: 
- Quando necessitamos representar a verdadeira localização do corte, o mesmo é indicado 
com linha traço-ponto estreita e traço-ponto larga nos extremos. Para mostrar a direção de 
observação do corte colocam-se setas como no exemplo acima. 
- Note-se que o corte é sempre indicado em uma vista e representado em outra. 
 
MEIO CORTE 
 
 É o corte que se emprega, às vezes, no desenho de peças simétricas, onde somente meia 
vista aparece em corte. Na metade da vista não cortada, não são representadas arestas ou contornos 
invisíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
OMISSÃO DE CORTE 
 
Pinos, rebites, parafusos, porcas, arruelas, chavetas, nervuras, eixos, braços de polias, não devem 
ser desenhado em corte no sentido longitudinal, mesmo quando situados na linha de corte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
CORTES COMPOSTOS 
Cortes Compostos por Planos Paralelos (Corte em Desvio) 
 
 A direção do corte, normalmente, passa pelo eixo principal da peça, mas pode também, 
quando isso se fizer necessário, mudar de direção (corte em desvio), para passar por detalhes 
situados fora do eixo e que devem ser mostrados em corte. A mudança de direção do corte é feita 
mediante dois traços grossos em ângulo. 
 
 
 
Corte Composto por Planos Sucessivos ( Corte Rebatido ) FIG. A 
 
Corte Composto por Planos Concorrentes ( Corte Rebatido ) FIG. B 
 
Peças com partes ou detalhes não na vertical, ou na horizontal, tem sua representação em corte, 
facilitada com deslocamento em rotação dessas partes, sobre o eixo principal, evitando assim a 
projeção deformada desses elementos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORTE PARCIAL 
 
Figura A 
Figura B 
 
 
 
 
 
 37 
 É o corte que se representa sobre parte de uma vista, para mostrar algum detalhe interno da 
peça, evitando com isso o corte total. 
 
 
 
 - A linha utilizada para representação do corte parcial é a contínua estreita a mão livre. 
 - É o único corte que permite a utilização de linhas tracejadas na vista onde se encontra o 
corte. 
 
 
OBS: Tipos de hachuras de acordo com os materiais empregados, conforme ABNT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RUPTURAS (ENCURTAMENTO) 
 
 Peças simples, porém longas (como chapas, aço em barras, tubos para fins diversos), não 
precisam ser desenhadas em folhas de papel de dimensões exageradas e nem em escala muito 
reduzida para caber em papel de formato habitual. 
 
Superfícies Finas em Corte: Vistas, em 
corte, de peças finas, tais como juntas, molas 
com fios delgados, perfilados, estruturas 
metálicas, em vez de hachuradas serão 
enegrecidas por completo. 
 38 
 Economiza-se espaço e tempo, empregando rupturas. 
 Quebra-se imaginariamente a peça nos dois extremos e remove-se a parte quebrada, 
aproximando as extremidades partidas. O comprimento será dado pela cota real. 
 
 
 
 
 39 
SEÇÃO FORA DA VISTA 
 
 Peças cilíndricas na maioria das vezes podem ser representadas por uma única vista. Os 
detalhes como: rasgos de chavetas, rebaixos excêntricos, furos com roscas, etc... São representados 
através de seções desenhadas fora das vistas com linhas continuas largas e devemser identificadas 
conforme exemplo abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
SEÇÕES 
 
SEÇÃO SOBRE A VISTA 
 
 São executadas diretamente sobre a vista, com linha média traço-ponto, permitindo o recurso 
prático e satisfatório de se representar o perfil de certas partes de uma mesma peça, tais como: 
nervuras, braços de volante, perfilados, etc. 
 Evitam-se, assim, vistas que nem sempre identificam com clareza a forma da peça. 
 O eixo da seção é sempre perpendicular ao eixo principal da peça ou da parte seccionada. 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 41 
SEÇÃO INTERROMPENDO A VISTA 
 
 Quando as linhas de contorno da peça interferem na clareza da seção, a vista pode ser 
interrompida, por linhas de rupturas, deixando espaço suficiente para representação da seção, que 
neste caso será desenhada com linha grossa cheia. 
 
 
 
 
 
 
 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
SINAIS CONVENCIONAIS 
 
Estes sinais são empregados sempre antes da designação de bitola dos materiais perfilados: 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
SUPRESSÃO DE VISTAS 
 
 
 
Observações: 
 
 - Em superfícies planas não identificáveis na vista, devem ser traçadas duas diagonais com 
linha estreita contínua. 
 
 
 
 
Chato 
Redondo 
Quadrado 
Cantoneira 
“T” 
Duplo “T” 
“U” 
“Z” 
Número de bitolas 
em chapas e fios 
½” x 100 mm 
¼” x 1” x 120 mm 
 44 
ROSCAS E PARAFUSOS 
 
 As roscas têm a função de assegurar a união entre duas ou mais peças e ao mesmo tempo 
permitir que seja essa união desfeita com facilidade sem causar danos às partes unidas. 
 As roscas podem ser externas e internas. 
 Nos desenhos, a representação deve ser como segue: 
 
 
 
Roscas Externas 
 
 
 
 
Roscas Internas (Simplificada) 
 
d = diâmetro nominal 
d1 = diâmetro do núcleo 
p = passo 
Normal Simplificada 
Em Corte 
Quadrada Normal Quadrada Simplificada Trapezoidal Simplificada 
Em Vista 
Em Vista 
Em Corte 
Montagem em Corte 
 45 
 
 
PARAFUSO COM SEXTAVADO INTERNO 
Com cabeça cilíndrica – DIN 912 
 
 
 
 
Porca Pesada h = d 
Porca Normal h = 0,8d 
Porca Leve h = 0,4...0,6d 
d1 = Ø do furo da 
Arruela (d1 = 1,1d) 
 46 
COTAGEM DE ROSCAS 
 
 Na cotagem de roscas com passos nominais ou normais, não se faz necessária a indicação 
do passo da rosca. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
A diferenciação de uma rosca métrica para uma rosca Whitworth é de fácil identificação, e 
a cotagem da rosca Whitworth segue os mesmos princípios da métrica. 
 
Observe o exemplo abaixo: 
 
 
 
 
 
TOLERÂNCIA 
 
OBS: A letra M, que precede o número, indica que a rosca é do tipo métrica, cujo diâmetro, tem 
dimensão de 10mm. 
a b 
 No exemplo “a”, nota-se que não foi indicado o passo da rosca, então, entende-se como 
sendo uma rosca M10 com passo normal, ou seja, 1,5mm. 
 No exemplo “b”, nota-se a indicação do passo da rosca, que deve sempre ser indicado 
após a indicação do diâmetro da mesma. 
a b 
 No exemplo “a”, temos a indicação de uma rosca tipo Whitworth com diâmetro de ½” e 
passo normal, ou seja, 12 fios por polegada. 
 No exemplo “b”, nota-se a indicação de um passo especial após a cotagem do diâmetro 
da rosca, no caso, um passo de 16 fios por polegada. 
OBS: A letra W, que precede o número, indica que a rosca do exemplo acima é do 
tipo Whitworth, cujo diâmetro tem dimensão de ½”. 
 47 
 Entende-se por tolerância, a variação permitida na medida de uma peça durante sua 
usinagem. Essa variação é permitida por existir sempre um erro que não pode se evitar, motivado 
pela imperfeição dos instrumentos de medição, das máquinas e do operador. 
 Intercambiabilidade – Para que não surjam dificuldades durante a montagem de peças é 
preciso que as mesmas se ajustem perfeitamente bem nos seus lugares, sem retoque; elas precisam, 
portanto, ser intercambiáveis. 
 Intercambiabilidade é então a propriedade que as peças produzidas em série ou em cadeia 
têm de poder ser montadas sem retoque e ser substituídas entre si sem prejuízo do seu 
funcionamento. 
 
Sistema Internacional de Tolerância (Sistema ISO) 
 
 Esse sistema é constituído de uma serie de princípios, regras e tabelas que permitem a 
escolha racional de tolerâncias para a produção econômica de peças mecânicas intercambiáveis. 
 Para tornar mais fácil o entendimento desse sistema, seus principais pontos serão a seguir 
estudados em detalhes. 
 
Tolerância (T) 
 
 É a variação permitida na dimensão da peça, dada pela diferença entre as dimensões 
máxima e mínima. 
 A unidade de tolerância adotada é o mícron (milésimo de milímetro). 
 
 
 
Dimensão Máxima (D. Max.). 
 
É o valor máximo permitido na dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite superior da tolerância. 
 
Dimensão Mínima (D. min.) 
 
É o valor mínimo permitido na dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite inferior da tolerância. 
 
Dimensão Efetiva (D. ef.). 
 
Dimensão efetiva ou real é o valor que se obtém medindo a peça. 
 
 
 
Dimensão Nominal (D. nom.) 
 
É apenas uma dimensão de base, pois, a medida efetiva da peça depende da tolerância. É aquela que 
vem marcada no desenho, isto é, a cota da peça. 
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 T
 
D
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D
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áx
. 
 48 
 
Afastamentos – (As e Ai): 
 
Superior – é a diferença entre as dimensões máxima e nominal. 
Inferior – é a diferença entre as dimensões mínima e a nominal. 
 
Convencionou-se considerar positivos os valores dos afastamentos que se encontram sobre a linha 
zero e negativos aqueles situados abaixo da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Linha zero 
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Desenho Mecânico 
 
 49 
 
 
 
AJUSTES RECOMENDADOS 
 
Desenho Mecânico 
 
 50 
INDICAÇÃO DE RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIES 
 
Dentro dos setores de fabricação mecânica, precisamos cada vez mais da qualidade do 
produto, para isso usamos alguns tipos de rugosidade superficial, essa deverá ser adequada a cada 
situação. Essa rugosidade é medida em parâmetros de leitura (Ra, Rz, Rt, etc.) os quais medem a 
variação de alturas e profundidades, com um aparelho denominado rugosímetro. 
 Em desenho técnico devemos indicá-la na forma de símbolos sobre a superfície da peça a 
qual queremos o seu acabamento específico. Veremos a maneira antiga de representação e a forma 
atualizada que determina o grau de rugosidade superficial que quer dar a sua superfície. 
 
 
 
 Quando a maioria das superfícies da peça apresentarem o mesmo grau de acabamento, o 
mesmo será considerado como geral e deverá ser indicado fora dos parênteses e não deverá ser 
indicado em nenhuma superfície da peça, exemplo atualizado, figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Mecânico 
 
 51 
SINAIS ANTIGOS DE ACABAMENTO 
 
 De acordo com a NBR – 6402, a especificação de acabamento nos desenhos por meio de 
sinais antigos é feita conforme a relação abaixo. 
 
 
 
 
Nota: o sinal de usinagem atualizado deve ser desenhado com linhas estreitas, a um ângulo de 
60° e altura de 5mm. 
 
 
 
Superfícies em bruto, forjada, laminada, estampada e de 
peças fundidas, porém com eliminação de rebarbas. 
Superfície desbastada, os riscos da ferramenta são bastante 
visíveis. Profundidade dos sulcos 6,3 a 50 microns. 
Superfície alisada, os riscos da ferramenta são pouco visíveis. 
Rugosidade 0,8 a 6,3 microns 
Superfície polida, os riscos da ferramenta não são visíveis. 
Rugosidade 0,1 a 0,8 microns 
Superfície lapidada. Rugosidade máxima 0,1 microns 
Para qualquer grau de acabamento, pode ser indicado o 
modo de obtê-lo. 
Superfície sujeita a tratamento especial indicada 
sobre a linha horizontal. 
 
Desenho Mecânico 
 
 52 
INDICAÇÃO DE ACABAMENTO EM SUPERFÍCIESO valor ou os valores definindo a característica principal de rugosidade deve ser colocado 
sobre os símbolos como nos indicados nas figuras a seguir: 
 
 
 
Um estado de superfície que está indicado: 
 
a) Como na figura “a”, significa que pode ser obtido por um processo de fabricação qualquer. 
b) Como na figura “b”, deve ser obtido por remoção de material. 
 
Nota: Se somente um valor de rugosidade for indicado, este representa o valor máximo permitido, 
se for necessário estabelecer os limites máximos e mínimos da rugosidade, estes valores devem ser 
colocados um sobre o outro, sendo o limite máximo “a1” acima. 
 
 
 Se um processo específico de fabricação é exigido para o resultado final da superfície, este 
deve ser indicado em linguagem não abreviada sobre o traço horizontal complementar ao símbolo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Símbolo básico, 
isoladamente este 
símbolo não tem 
finalidade. 
Quando a remoção do 
material é exigida 
Quando a remoção do material não é permitida, ou para 
mostrar quando uma superfície foi obtida no estágio de 
fabricação independente do fato de esta tenha sido por 
remoção de material ou não. 
a) 
b) 
 
Desenho Mecânico 
 
 53 
Disposições das indicações do estado de superfície no símbolo. Cada uma das indicações do estado 
de superfície dispõe-se em relação ao símbolo conforme a figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
INDICAÇÃO NO DESENHO 
 
 Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser lidos tanto com 
desenho na posição normal, como pelo lado direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a – Valor da rugosidade Ra, em microns, classe de 
rugosidade N1 até N12. 
b – Método de fabricação, tratamento ou revestimento. 
c – Comprimento de amostra em milímetros. 
d – Direção das estrias. 
e – Sobremetal para usinagem em mm. 
f – Outros parâmetros de rugosidade (entre parênteses). 
 
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 55 
RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIES 
 
 
 
 
Desenho Mecânico 
 
 56 
CONJUNTOS 
 
 
Emprega-se o desenho de conjuntos quando se deseja mostrar um equipamento ou uma ferramenta 
montada com todas as suas partes. O conjunto é representado seguindo as normas de padronização. 
 
 
 
Desenho Mecânico 
 
 57 
Estude cuidadosamente o desenho do conjunto abaixo e responda o questionário da folha seguinte. 
 
 
 
 
 
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 59 
Estude o desenho de conjunto da “Polia Tensora” abaixo e responda o questionário apresentado a 
seguir: 
 
 
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 61 
Estude os desenhos de conjunto e detalhes do “Porta Escala” e responda ao questionário da folha 
seguinte: 
 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
 
 
 
 
 
Desenho Mecânico 
 
 65 
Desenhar a peça representada em perspectiva, em três vistas e utilizar corte conforme necessidade. 
 
 
DADOS: Material: Polipropileno Acabamento Superficial: Polido 
 Escala: 1:1 Tolerância Geral: +- 0,05 Nome: Base 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VF 
 
Desenho Mecânico 
 
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PINO FLANGEADO 
 
 
 
1. Dê o nome da vista representada no desenho: ____________________________________ 
 
2. Qual é a forma da peça? : ____________________________________________________ 
 
3. Quantos diâmetros externos aparecem na peça? : __________________________________ 
 
4. Qual é o maior diâmetro? : ____________________________________________________ 
 
 
Desenho Mecânico 
 
 67 
5. Qual é o diâmetro do furo menor? : _____________________________________________ 
 
6. Qual é o comprimento total: __________________________________________________ 
 
7. Qual é a profundidade do furo de  15 mm? : 
___________________________________________________________________ 
 
8. Qual é a largura da parte da peça cujo diâmetro é de 35 mm?: 
___________________________________________________________________ 
 
9. Quais as letras que indicam linhas de contornos visível? : 
___________________________________________________________________ 
 
10. Que tipo de linha é indicado pelas letras B e D? : 
___________________________________________________________________ 
 
11. Qual é a letra que indica a linha de centro? : 
___________________________________________________________________ 
 
12. O que indica a linha de centro? : 
___________________________________________________________________ 
 
13. Dê a largura da parte da peça que tem 45 mm de diâmetro? : 
___________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 70 
 
 
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 71 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. AGOSTINHO, Oswaldo Luiz; RODRIGUES, Antonio Carlos dos Santos & LIRANI, João. 
Tolerâncias, ajustes, desvios e análise de dimensões. Editora Edgard Blücher Ltda. 
 
2. MANFÉ, Giovanni; POZZA, Rino & SCARATO, Giovanni. Desenho Técnico Mecânico. 
Volume 1. Editora Hemus. 
 
3. MAGUIRE & SIMMONS. Desenho Técnico, Problemas e Soluções Gerais de Desenho. Editora 
Hemus. 
 
4. MICELI, Maria Teresa & FERREIRA, Patrícia. Desenho Técnico Básico. 2ª Edição. Editora Ao 
Livro Técnico.

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