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Goias republicano

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Goiás
Republicano
Apresentação
Olá, eu chamo Mateus Tiago, tenho dezessete anos, morador da cidade de Aparecida de Goiânia desde que eu nasci, estou cursando o terceiro ano do Ensino Médio no Colégio da Polícia Militar Sargento Nader Alves dos Santos. 
Este trabalho foi realizado nos meses de Julho de 2019 á Janeiro de 2020. São listados os Governadores do início da República Brasileira ao presente momento.
São listadas obras importantes, fatos ocorridos no seu governo, eleições de Governadores, criações de empresas públicas.
A intenção desta obra é de mostrar a história do nosso estado, que é esquecido por nós Goianos. Esta obra vai resgastrar a história política do nosso Estado.
Sumario
· Apresentação --------------------------------------------------------------------------------------------11
· Primeira República Brasileira----------------------------------------------------------------------12
· Joaquim Xavier Guimarães Natal-----------------------------------------------------------------12
· Rodolfo Gustavo da Paixão -----------------------------------------------------------------------13
· Bernardo Albernaz------------------------------------------------------------------------------------14
· João Bonifácio Gomes de Siqueira -----------------------------------------------------------17
· Constâncio Ribeiro da Maia---------------------------------------------------------------------18
· Brás Abrantes----------------------------------------------------------------------------------------20
· Antônio Ramos Caiado---------------------------------------------------------------------------21
· José Inácio Xavier de Brito---------------------------------------------------------------------23
· Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim-----------------------------------------------------25
· Urbano Coelho de Gouveia-------------------------------------------------------------------26
· José Xavier de Almeida----------------------------------------------------------------------28
· Miguel da Rocha Lima-----------------------------------------------------------------------31
· Francisco Bertoldo de Sousa-------------------------------------------------------------35
· José da Silva Batista----------------------------------------------------------------------35
· Joaquim Rufino di Ramos Jubé------------------------------------------------------37
· Herculano de Sousa Lobo----------------------------------------------------------------39
· Olegário Herculano da Silva Pinto-------------------------------------------------------------40
· Salatiel Simões de Lima---------------------------------------------------------------------------40
· Aprígio José de Sousa----------------------------------------------------------------------------41
· João Alves de Castro-----------------------------------------------------------------------------42
· Eugênio Rodrigues Jardim ---------------------------------------------------------------------44
· Brasil Caiado----------------------------------------------------------------------------------------46
· Alfredo Lopes de Morais---------------------------------------------------------------------48
· Humberto Martins Ribeiro---------------------------------------------------------------------49
· Carlos Pinheiro Chagas--------------------------------------------------------------------------50
· República Nova em Goiás---------------------------------------------------------------------54
· Pedro Ludovico Teixeira -------------------------------------------------------------------------55
· Mário Alencastro Caiado------------------------------------------------------------------------58
· José Carvalho dos Santos Azevedo-------------------------------------------------------60
· Inácio Bento de Loyola-------------------------------------------------------------------------62
· Vasco dos Reis Gonçalves-------------------------------------------------------------------62
· Heitor Morais Fleury---------------------------------------------------------------------------69
· Taciano Gomes de Mello--------------------------------------------------------------------70
· Pedro Ludovico Teixeira--------------------------------------------------------------------71
· Eládio de Amorim----------------------------------------------------------------------------74
· Eleições de 1945--------------------------------------------------------------------------74
· Felipe Antônio Xavier de Barros------------------------------------------------------78
· Paulo Fleury Silva e Sousa---------------------------------------------------------------80
· Belomino Cruvinel-----------------------------------------------------------------------------82
· Joaquim Machado de Araújo---------------------------------------------------------------82
· Jerônimo Coimbra Bueno-------------------------------------------------------------------83
· Eleições de 1947--------------------------------------------------------------------------------86
· Hosanah Guimarães---------------------------------------------------------------------------89
· Eleições de 1950--------------------------------------------------------------------------------90
· Pedro Ludovico Teixeira---------------------------------------------------------------------95
· Eleições de 1954------------------------------------------------------------------------------97
· Bernado Sayão------------------------------------------------------------------------------102
· José Ludovico de Almeida--------------------------------------------------------------104
· Eleições de 1958-----------------------------------------------------------------------------106
· José Feliciano Ferreira--------------------------------------------------------------------110
· Eleições de 1960------------------------------------------------------------------------------113
· Mauro Borges----------------------------------------------------------------------------------117
· Eleição Parlamentar de 1962
· Regime Militar-----------------------------------------------------------------------------------130
· Carlos de Meira Matos------------------------------------------------------------------------131
· Emílio Rodrigues Ribas JR.------------------------------------------------------------------135
· Eleições de 1965-------------------------------------------------------------------------------------139
· Otávio Lage Siqueira------------------------------------------------------------------------------144
· Eleições 1966---------------------------------------------------------------------------------------146
· Eleições de 1970----------------------------------------------------------------------------------150
· Leonino Di Ramos Caiado-----------------------------------------------------------------------156
· Eleições de 1974----------------------------------------------------------------------------------158
· Irapuan Costa JR-----------------------------------------------------------------------------------163
· Eleições de 1978-----------------------------------------------------------------------------------169
· Ary Valadão-----------------------------------------------------------------------------------------175
· Era Iris Rezende Machado--------------------------------------------------------------------180
· Eleições de 1982----------------------------------------------------------------------------------182
· Iris Rezende Machado--------------------------------------------------------------------------188
· Onofre Quinan------------------------------------------------------------------------------------198
· Eleições 1986-------------------------------------------------------------------------------------201
· Henrique Santillo--------------------------------------------------------------------------------211
· Eleições de 1990-----------------------------------------------------------------------------------220· Iris Rezende Machado---------------------------------------------------------------------------226
· Agenor Rodrigues Resende------------------------------------------------------------------232
· Eleições 1994------------------------------------------------------------------------------------234
· Maguito Vilela------------------------------------------------------------------------------------243
· Naphatali Alves de Sousa---------------------------------------------------------------------248
· Eleições 1998-------------------------------------------------------------------------------------251
· Helenês Cândido--------------------------------------------------------------------------------268
· O Tempo Novo------------------------------------------------------------------------------------270
· Marconi Perillo Ferreira Júnior-------------------------------------------------------------272
· Eleições de 2002----------------------------------------------------------------------------------275
· Marconi Perillo Ferreira Júnior---------------------------------------------------------------289
· Alcides Rodrigues Filho-----------------------------------------------------------------------292
· Eleições de 2006---------------------------------------------------------------------------------293
· Alcides Rodrigues Filho------------------------------------------------------------------------306
· Eleições de 2010------------------------------------------------------------------------------------309
· Marconi Perillo Ferreira Júnior --------------------------------------------------------------324
· Eleições de 2014----------------------------------------------------------------------------------331
· Marconi Perillo Ferreira Júnior----------------------------------------------------------------342
· José Eliton ------------------------------------------------------------------------------------------349
· Eleições de 2018----------------------------------------------------------------------------------354
· Ronaldo Caiado------------------------------------------------------------------------------------374
Esta é uma lista de governantes de Goiás. Até 1721, o território que hoje é Goiás fazia parte da Capitania de São Paulo. Até 1749, o território chamou-se "Minas de Goiás" e de 1749 até a independência do Brasil, Capitania de Goiás.
Após a independência, tornou-se "Província de Goiás", nome que perdurou até a Proclamação da República.
Com a vitória de Hermes da Fonseca a família de maior poder em Goiás, os Bulhões, isso por terem colocado o primeiro Presidente de Estado e terem tido apoio do Presidente da República, começam a cair. Assim é o começo e o desenrolar da história política governamental de Goiás, pois depois da oligarquia Bulhões e Caiado, vem a Revolução de 1930, a mudança da capital feita por Pedro Ludovico Teixeira, o qual mandou no estado durante 15 anos, os mesmos 15 anos de mandato de Getúlio Vargas na Presidência do Brasil, veio também o período militar e os governadores militares, a volta dos Caiados, a oligarquia de Iris Rezende, o Tempo Novo e A Mudança é agora. 
Goiás é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e outros tribunais e juízes. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos. 
Goiânia é o município com o maior número de eleitores, com 958,4 mil destes. Em seguida aparecem Aparecida de Goiânia, com 277,6 mil eleitores, Anápolis, com 260,2 mil eleitores, Luziânia (117,7 mil eleitores), Rio Verde (114,8 mil eleitores) e Águas Lindas de Goiás, Trindade e Itumbiara, com 85,9 mil, 77,2 mil e 65,1 mil eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é Anhanguera, com 1,1 mil. 
Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação no estado. Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em dados de abril de 2016, o partido político com maior número de filiados em Goiás é o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 140 310 membros, seguido do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com 79 305 membros e do Partido Progressista (PP), com 56 604 filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido dos Trabalhadores (PT), com 47 173 membros; e o Democratas (DEM), com 45 643 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo (NOVO) e o Partido da Causa Operária (PCO) são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 27 e 59 membros, respectivamente.
Primeira República Brasileira (1889-1930)
A  Junta governativa goianense de 1889 foi um triunvirato, formado por
· Joaquim Xavier Guimarães Natal
· José Joaquim de Sousa
· Eugênio Augusto de Melo.
A junta assumiu o governo do estado em 7 de dezembro de 1889, permanecendo no cargo até 24 de fevereiro de 1890.
Joaquim Xavier Guimarães Natal
Início do mandato: 7 de Dezembro de 1889 e Fim de Mandato: 24 de Fevereiro de 1890
Joaquim Xavier Guimarães Natal, cunhado dos Bulhões, assumiu o poder junto com Deodoro da Fonseca na Proclamação da República, fazia parte da oligarquia dos Bulhões.
Assumir o poder implicava lutas entre as elites. Goiás teve duas Constituições: a dos Bulhões e a dos Fleury. Após a renuncia de Deodoro da Fonseca prevaleceu a constituição de 1 de Julho de 1891, que era a Constituição dos Bulhões, apoiado por Floriano Peixoto.
Leopoldo de Bulhões parece ter apoio á candidatura de Rui Barbosa a Presidente do Brasil, já Pinheiro Machado Fleury o coronel dos coronéis manteve apoio a Hermes da Fonseca. Vence Hermes da Fonseca.
Rodolfo Gustavo da Paixão
Militar
1°Mandato:
Início do mandato: 24 de Fevereiro de 1890
Fim de mandato: 20 de Janeiro de 1891
2°Mandato:
Início do Mandato: 18 de Julho de 1891
Fim de Mandato: 7 de Dezembro de 1891
Observações: Presidente de Estado nomeado pelo Governo Federal
 
Rodolfo Gustavo da Paixão (São Brás do Suaçuí, então distrito de Entre Rios de Minas, 13 de julho de 1853 — Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1925) foi um militar, político e poeta brasileiro, reformado em 1913 no posto de general de brigada, atingindo o posto de marechal ao passar para a reserva.
Serviu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, onde casou, em 1883, com Josephina Annes Dias da Paixão, filha do Coronel Diniz Dias, Barão de São Jacob.
Era primo de Antônio Jacó da Paixão, um dos signatários da Constituição brasileira de 1891. 
Depois de proclamada a República, foi nomeado presidente do estado de Goiás pelo governo provisório do marechal Deodoro da Fonseca, em 24 de dezembro de 1889. Tomou posse em 24 de fevereiro de 1890. Em 20 de janeiro de 1891 deixou a presidência do estado de Goiás, reassumindo em18 de julho de 1891.
Leopoldo de Bulhões e seus aliados promulgaram a Constituição do Estado de Goiás em 1º de junho de 1891. Rodolpho Paixão, em decreto de 10 de julho de 1891, cassou o mandato dos vinte e quatro parlamentares que assinaram a ata de abertura da Constituinte e os processou pelos crimes de desobediência, sedição e usurpação de funções.Com a renúncia do presidente da República marechal Deodoro da Fonseca e a posse do vice-presidente marechal Floriano Peixoto, foi destituído da presidência do estado de Goiás em 7 de dezembro de 1891.
Durante a Revolta da Armada de 1893, foi comandante da guarnição de Minas Gerais.
Rodolfo Paixão foi diretor da Colônia Militar do Alto Uruguai,chefe de obras militares nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e interventor no estado do Maranhão no governo de Nilo Peçanha.
Bernardo AlbernazPartido:PMR(Partido Moderado Republicano)
1°Mandato:
Início do Mandato: 21 de Janeiro de 1891
Fim de Mandato: 30 de Março de 1891
2°Mandato:
Início do Mandato: 9 de julho de 1898
Fim de Mandato: 1° de novembro de 1898
3° Mandato:
Início do Mandato: 10 de junho de 1901
Fim de Mandato: 12 de agosto de 1901
Observações:Presidente de Estado nomeado pelo Governo Federal.
2° e 3° Mandato: Presidente da Assembléia no cargo de titular.
Bernardo Antônio de Faria Albernaz nasceu em Jaraguá (GO) no dia 22 de setembro de 1847. Ainda durante o Império foi juiz de paz, de 1880 a 1882, e deputado provincial em Goiás, de 1883 a 1885. Após a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, o então presidente da província, Eduardo Augusto Montandon, foi substituído por uma junta governativa provisória que tomou posse em 7 de dezembro. A junta governou até 24 de fevereiro de 1890, quando cedeu o lugar a Rodolfo Gustavo da Paixão, nomeado presidente de Goiás pelo governo provisório da União chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca. 
Por decreto do governo provisório de agosto de 1890, Bernardo Albernaz foi nomeado segundo vice-presidente do estado. De 1890 a 1891, foi também presidente da intendência municipal da capital, Goiás Velho. Desde os primeiros tempos do novo regime, os políticos goianos, numa tentativa de superar as divergências políticas, organizaram-se em torno do Centro Republicano, liderado pelas famílias Bulhões e Caiado, ao qual Bernardo Albernaz se filiou. Entretanto, as antigas disputas logo afloraram e resultaram na formação de dois outros partidos, o Partido Católico, liderado pelo cônego Inácio Xavier da Silva, e o Partido Republicano Federal, resultante de uma cisão no Centro Republicano. 
O rompimento determinou o modo como os grupos políticos locais se alinharam, uns aos militares que estavam no poder, outros às oligarquias cafeeiras que lhes faziam oposição. O Centro Republicano constituiu a principal expressão dos defensores da autonomia estadual e, por esse motivo, se opôs a Rodolfo Gustavo da Paixão, cuja nomeação significou a derrota momentânea do poder político local perante o poder central. Em 20 de janeiro de 1891, Rodolfo Gustavo da Paixão teve que deixar o governo de Goiás em vista de um telegrama do Ministério do Interior que lhe concedia exoneração para que realizasse uma missão externa. 
Durante sua ausência, foi substituído por Bernardo Albernaz no período de 21 de janeiro a 27 de março. Sucederam a Albernaz como governadores interinos João Bonifácio Gomes de Siqueira e Constâncio Ribeiro da Maia, até que Rodolfo Gustavo da Paixão reassumisse a presidência do estado em 18 de julho de 1891. Por outro lado, concluídos os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte e promulgada a Constituição federal em 24 de fevereiro de 1891, teve início o processo de elaboração das constituições estaduais. Em Goiás, diante dos sucessivos adiamentos do início dos trabalhos da Assembléia Constituinte estadual, uma maioria de 24 deputados se reuniu clandestinamente para votar e promulgar, a 1º de junho de 1891, a Constituição do estado. Integrante desse grupo, Albernaz foi signatário da Constituição. 
Ao retomar a presidência em 18 de julho, Rodolfo Gustavo da Paixão tentou sem êxito um acordo e acabou por baixar um decreto pelo qual cassou o mandato dos 24 constituintes dissidentes e os processou pelos crimes de desobediência, sedição e usurpação de funções. No mesmo ato, convocou eleições para o dia 15 de setembro a fim de preencher as vagas dos deputados cassados e manteve a data de 15 de novembro para o início dos trabalhos constituintes. Na ocasião foi eleito presidente constitucional de Goiás, e assim continuou no governo.
 Entretanto, em virtude da renúncia do marechal Deodoro da Fonseca e da posse do vice presidente Floriano Peixoto em 23 de novembro, foi destituído em 7 de dezembro. No governo de Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim, de 1895 a 1898, Albernaz voltou a ocupar o cargo de segundo vice-presidente de Goiás. De dezembro de 1896 a setembro de 1899, foi também secretário da Instrução, Indústria, Terras e Obras Públicas. 
Em 9 julho de 1898 assumiu mais uma vez o governo em virtude do afastamento do titular e nele permaneceu até 1º de novembro. Nessa data tomou posse o novo presidente do estado, Urbano Coelho de Gouveia, que havia sido eleito no pleito de 20 de maio, enquanto Albernaz era eleito primeiro vice-presidente. Em 10 de junho de 1901, tendo Urbano Coelho de Gouveia se ausentado, Bernardo Albernaz assumiu pela terceira vez o governo do estado até 12 de agosto, quando tomou posse o novo presidente eleito, José Xavier de Almeida. Foi novamente primeiro vice presidente durante o governo de Xavier de Almeida (1901-1905), mas renunciou em 1903, quando foi eleito deputado federal pelo estado de Goiás, para a legislatura 1903-1905. Foi também coronel da Guarda Nacional. 
João Bonifácio Gomes de Siqueira
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
Início do Mandato: 30 de Março de 1891
Fim de Mandato: 20 de Maio de 1891
Observações: Presidente de Estado nomeado pelo Governo Federal
João Bonifácio Gomes de Siqueira (Jaraguá, 15 de maio de 1816 —Goiás, 17 de julho de 1901) foi um político brasileiro.
Filho do tenente-coronel Joaquim Gomes de Siqueira e dona Maria Raimunda Rodrigues de Morais, nasceu na cidade de Jaraguá no dia 13 de maio de 1816. Formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, e foi o primeiro goiano, filho de pais goianos, formado em Direito, e o segundo a freqüentar um curso de nível superior. Depois da formatura voltou para Jaraguá onde se casou com Ana Lina da Fonseca, que era sua prima, e filha de Francisco Augusto de Faria Albernaz e Emerenciana Rodrigues de Morais. Na antiga capital do Estado, cidade de Goiás, exerceu diversos cargos, como o de Chefe Geral da Polícia, Vice-Presidência da Província de Goiás, Juiz. Em várias ocasiões assumiu a presidência da Província. Foi ainda Deputado Provincial, e com a proclamação da República em 1889, foi nomeado Governador do Estado de Goiás, cargo que ocupou até 1891. Eleito deputado na Constituinte do Estado, presidiu a Assembléia que promulgou a Constituição política. Viúvo, casou-se uma segunda vez com Luíza Maria Rodrigues de Morais, com quem teve dois filhos: Dr. João Bonifácio Gomes de Siqueira Filho (Juiz de Direito, formado na Universidade de Direito em São Paulo; Procurador da República em Goyaz) e, por outro lado, o grande poeta e intelectual goiano Joaquim Bonifácio Gomes de Siqueira (membro da Academia Goiana de Letras). 
Foi presidente da província de Goiás, de 1 de agosto a 8 de outubro de1857, de 5 de novembro de 1862 a 8 de janeiro de 1863, de 5 de abril de1864 a 27 de abril de 1865, e de 30 de março a 20 de maio de 1891.
Faleceu na cidade de Goiás, no dia 17 de julho de 1901, aos 85 anos de idade.
Constâncio Ribeiro da Maia
MILITAR
1° Mandato:
Início do Mandato: 20 de Maio de 1891
Fim de Mandato: 18 de Julho de 1891
2° Mandato:
Início do Mandato: 7 de Dezembro de 1891
Fim do Mandato: 19 de Fevereiro de 1892
Observações: Presidente de Estado interino
Constâncio Ribeiro da Maia nasceu em Goiás no dia 30 de novembro de 1831, filho de Vítor Ribeiro da Maia e de Ana Joana de Artiaga. Militar, iniciou sua vida política durante o Império como deputado provincial em Goiás de 1884 a 1885, representando o Partido Liberal. Em 1886 tornou-se juiz de paz e em 1889 foi mais uma vez eleito deputado provincial. Já na República, exerceu o governo de Goiás de 20 de maio a 18 de julho de 1891. Assim como seus antecessores Bernardo Antônio de Faria Albernaz (janeiro a março de 1891) e desembargador João Bonifácio Gomes de Siqueira (março a maio de 1891), substituiu o presidente do estado Rodolfo Gustavo da Paixão, que por determinação do Ministério do Interior se afastara para realizar uma missão externa e em 18 de julho de 1891 reassumiu suas funções. 
Durante o afastamento de Rodolfo da Paixão, diante dos sucessivos adiamentos do início dos trabalhos da Assembléia Constituinte estadual, uma maioria de 24 deputadosse reuniu clandestinamente para votar e promulgar, a 1º de junho de 1891, a Constituição do estado. Ao retomar a presidência, e tentar sem êxito um acordo com os constituintes rebeldes, Rodolfo da Paixão baixou um decreto pelo qual cassou o mandato dos 24 constituintes dissidentes e os processou pelos crimes de desobediência, sedição e usurpação de funções. No mesmo ato, convocou eleições para o dia 15 de setembro a fim de preencher as vagas dos deputados cassados e manteve a data de 15 de novembro para o início dos trabalhos constituintes. 
Na ocasião foi eleito presidente constitucional de Goiás. Entretanto, em virtude da renúncia do presidente da República marechal Deodoro da Fonseca e da posse do vice-presidente marechal Floriano Peixoto em 23 de novembro, foi destituído em 7 de dezembro, e seu lugar foi mais uma vez ocupado pelo vice-presidente coronel Constâncio Ribeiro da Maia. Naquele momento, multiplicavam-se em Goiás os conflitos entre grupos políticos divergentes, especialmente entre os seguidores do Centro Republicano de Goiás, liderado pelas famílias Bulhões e Caiado, e do Partido Republicano Federal, resultante de uma cisão no Centro Republicano, que apoiava Deodoro da Fonseca. 
Receosa de que a renúncia do marechal Deodoro, associada à provocação de grupos políticos locais que apoiavam o novo presidente Floriano Peixoto, precipitasse uma cisão na guarnição militar do estado, a Assembléia Legislativa pressionou o coronel Constâncio Ribeiro Maia a renunciar e, no dia 19 de fevereiro de 1892, aclamou Brás Abrantes presidente do estado de Goiás. 
Ainda em 1892 Constâncio Ribeiro Maia foi eleito deputado estadual. Exerceu o mandato até 1894. Faleceu no estado de Goiás no dia 4 de setembro de 1898. Casado com Maria Rodrigues do Nascimento, teve duas filhas.
Brás Abrantes
Militar
Início do Mandato: 19 de Fevereiro de 1892
Fim de Mandato: 17 de Julho de 1892
Observações: Presidente de Estado nomeado pelo Governo Federal
Braz Benjamin da Silva Abrantes (Silvânia, 3 de fevereiro de 1841 —Goiás Velho, 27 de maio de 1923) foi um militar, professor e político brasileiro. Sobrinho do exímio orador sacro e cavaleiro da ordem de Cristo, padre Antonio Luiz Braz Prego, que foi vigário da freguesia de Santa Cruz de Goiás. 
Fez curso superior na Escola Militar em 1872. Foi professor e militar.Florianista, participou do movimento de dezembro de 1891. Como tenente-coronel fez parte da Junta Governativa de Goiás de 19 de fevereiro de1892 a 17 de julho de 1892. Afastou-se do grupo oligárquico dos Bulhões em 1899. Ficou ao lado do senador Glicério, na cisão do Partido Republicano Federalista (PRF). Quando capitão, foi professor-interino da cadeira de aritmética e geografia no seminário de Santa Cruz.
Foi oficial do exército, reformando-se como general de divisão, com graduação de marechal em 5 de setembro de 1906. Participou da Guerra do Paraguai. Foi um dos fundadores do Clube Militar. Foi condecorado com as medalhas de mérito militar nas campanhas do Paraguai, Argentina e Uruguai.
Foi interventor de Goiás por ordem de Floriano Peixoto de 1891 a 1892 e vice-presidente de 1917 a 1921. Foi senador pelo estado de Goiás de 29 de maio de 1906 a 31 de janeiro de 1915. No Senado Federal do Brasil foi membro da Comissão de Obras Públicas e Empresas Privilegiadas e de Agricultura, da Comissão de Comércio e Indústria e Artes. O ex interventor Pedro Ludovico Teixeira devotava-lhe terna afeição. Bem no princípio das "Memórias", auto-biografia de Ludovico, 1973, editada pela Livraria Editora Cultura Goiana, de Goiânia, consta o seguinte: "impõe-se-me prestar homenagem na primeira página a três pessoas: minha mãe, Josefina Ludovico de Almeida, ao meu protetor Marechal Braz Abrantes e à minha esposa, Gercina Borges Teixeira, que me ajudaram a enfrentar as dificuldades da vida".
Antônio Ramos Caiado
Militar
Partido: PMR( Partido Moderado Republicano)
1° Mandato:
Início do Mandato: 17 de Julho de 1892
Fim do Mandato: 1° de Julho de 1893
2° Mandato:
Início do Mandato: 16 de Julho de 1895
Fim do Mandato: 18 de Julho de 1895
Observações: Presidente de Estado por eleições Indiretas
Antônio José Caiado nasceu na cidade de Goiás, capital da província de Goiás, em 1825, filho de José Caiado de Sousa e de Maria Gertrudes de Sousa. Sua família fixou-se em Goiás no século XVII e destacou-se no exercício de atividades agropastoris e na política. Ingressou na política ainda jovem, quando participou da fundação do Partido Liberal do Império em Goiás. 
Como vice-presidente da província, assumiu o governo no período de 25 de outubro de 1883 a 6 de fevereiro de fevereiro de 1884, e novamente entre 3 de setembro e 1º de novembro de 1884. Abolicionista, em 1885 fundou, juntamente com Félix de Bulhões, irmão de Leopoldo Bulhões, o Centro Libertador de Goiás e o jornal O Libertador. Desde os primeiros tempos da República, os políticos goianos, numa tentativa de superar as disputas do período imperial, organizaram-se em torno do Centro Republicano, do qual Antônio Caiado foi um dos fundadores em 1890, junto com Leopoldo Bulhões. Entretanto, logo os desentendimentos afloraram e outros partidos se formaram, como o Partido Católico, liderado pelo cônego Inácio Xavier da Silva, e o Partido Republicano de Goiás, resultante de uma cisão no Centro Republicano. 
De toda forma, na eleição para a Constituinte estadual realizada em 1891, o Centro Republicano elegeu a maioria dos deputados constituintes, entre eles Antônio José Caiado, que participou ativamente dos trabalhos que culminaram na aprovação da Constituição do estado de Goiás, da qual foi signatário. Em 30 de abril de 1892, Leopoldo Bulhões foi eleito presidente do estado de Goiás e Antônio Caiado primeiro vice-presidente. No entanto, por estar comprometido com várias comissões no Congresso, onde ocupava uma cadeira de deputado federal, Leopoldo Bulhões renunciou à presidência do estado. Assim, em 17 de julho de 1892, Antônio Caiado assumiu a presidência de Goiás, sucedendo ao presidente provisório Brás Abrantes. Exerceu o governo até 1º de julho de 1893, quando foi substituído pelo segundo vice presidente, José Inácio Xavier de Brito. 
Este governou até 16 de julho de 1895, quando Antônio Caiado reassumiu para, dois dias depois, concluir o mandato e transmitir o governo a Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim. Durante sua gestão tomou importantes medidas, entre as quais se destacaram a reforma administrativa e a reorganização da estrutura do Poder Judiciário do estado e dos municípios, de acordo com a nova ordem constitucional instaurada pela Constituição de 1891. Em 1896, Antônio Caiado foi eleito senador por Goiás para preencher a vaga aberta com a morte do coronel Antônio Amaro da Silva Canedo. 
Permaneceu no Senado até 1899, ano em que faleceu, no dia 8 de agosto, na cidade de Goiás. Além de atuar na política, fez fortuna através da comercialização de produtos entre Goiás e Minas Gerais e do investimento de seu capital na agropecuária. Foi também comandante da Guarda Nacional de Goiás. Casou-se três vezes, mas seus filhos foram todos provenientes do primeiro matrimônio, com Teresa Maria da Conceição. 
Entre eles, destacou-se Torquato Ramos Caiado, que foi senador estadual de 1905 a 1908. Entre seus netos, destacaram-se quatro dos filhos de Torquato Caiado: Antônio Ramos Caiado, deputado federal de 1909 a 1920 e senador de 1921 a 1930; Brasil Ramos Caiado, presidente de Goiás de 1925 a 1929; Leão Di Ramos Caiado, senador estadual de 1925 a 1928 e novamente de 1929 a 1930; e Arnulfo Ramos Caiado, deputado estadual de 1912 a 1924. Entre seus bisnetos, filhos de Antônio Ramos Caiado, Emival Caiado foi deputado federal de 1955 a 1971 e senador de 1971 a 1974; Ecival Caiado foi deputado federal de 1975 a 1979, e Edenval Caiado, embora jamais tenha disputado uma eleição, também teve atuação política de relevo em Goiás. Por fim, Ronaldo Caiado, filho de Edenval Caiado, foi deputado federal de 1991 a 1995 e novamente a partir de 1999 á 2015, em sucessivas legislaturas.
José Inácio Xavier de BritoPartido: PMR (Partido Moderado Republicano)
Início do Mandato: 1° de Julho de 1893
Fim do Mandato: 16 de Julho de 1895
Observações: Presidente de Estado eleito em Comícios populares
José Inácio Xavier de Brito, militar, foi eleito segundo vice-presidente de Goiás no pleito realizado em 30 de abril de 1892, em que Leopoldo Bulhões foi eleito presidente do estado. Por estar comprometido com várias comissões na Câmara dos Deputados, onde ocupava uma cadeira, Leopoldo Bulhões renunciou à presidência, e em 17 de julho de 1892 assumiu seu lugar o primeiro vice-presidente Antônio José Caiado. Caiado exerceu o governo até 1º de julho de 1893, quando se afastou e foi substituído por Xavier de Brito. 
Em 16 de julho de 1895, Xavier de Brito devolveu o governo a Antônio Caiado, que dois dias depois encerrou o mandato, transmitindo o governo de Goiás ao presidente eleito Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim.
No período de seu governo, foram regulamentadas diversas leis, sancionadas na administração passada e que não havia entrado em vigor.
Fez-se ainda a classificação das comarcas do Estado, a construção de pontes (três sobre o rio Paranaíba), e concedeu-se, ainda, privilégio ao Banco União para explorar uma via férrea, ligando Rio Verde à colônia Macedina.
Regulamentou-se pela primeira vez o montepio dos servidores do Estado, que a princípio, não foi bem compreendida pelos funcionários públicos e familiares.
Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
Início do Mandato: 18 de Julho de 1895
Fim do Mandato: 9 de Julho de 1898
Observações: Presidente de Estado eleito em comícios populares
Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim nasceu na cidade de São Paulo no dia 27 de agosto de 1847, filho de José Rodrigues Jardim e de Maria Francisca Pureza Jardim. Seu pai foi militar, presidente da província de Goiás de 1831 a 1837, senador de 1837 a 1841 e novamente presidente da província em 1841. 
Seu irmão Eugênio Rodrigues Jardim foi presidente de Goiás de 1921 a 1922 e senador de 1924 a 1926. Seu primo e cunhado Leopoldo Bulhões – irmão de sua mulher Maria Nazaré de Bulhões Jardim – foi constituinte de 1891, várias vezes senador entre 1894 e 1918, e ministro da Fazenda de 1902 a 1906 e de 1909 a 1910. Seu concunhado Urbano Coelho de Gouveia – casado com sua cunhada Leonor de Bulhões Jardim – foi deputado federal por Goiás de 1892 a 1898, seu sucessor na presidência do estado de 1898 a 1901, novamente deputado federal de 1901 a 1902, senador de 1903 a 1909 e mais uma vez presidente de Goiás de 1909-1912. Tendo chegado a Goiás com dez anos de idade, Francisco Leopoldo aí fez fortuna como comerciante e ainda jovem filiou-se ao Partido Liberal. Aliado fiel dos Bulhões, família que liderava os políticos liberais de Goiás, elegeu-se deputado provincial para a legislatura 1884-1885. Em 1886 foi eleito membro do Conselho Municipal. Proclamada a República, participou da Assembléia Constituinte de Goiás e foi signatário da Constituição estadual promulgada em 1891. Foi novamente eleito deputado estadual para a legislatura 1895-1897, tendo presidido a Assembléia no primeiro ano de mandato. Ainda em 1895 deixou a Assembléia ao ser eleito presidente do estado de Goiás, sucedendo a Antônio José Caiado.
 Empossado em 18 de julho do mesmo ano, notabilizou-se em sua administração por investir no desenvolvimento da infraestrutura viária e de comunicação e por procurar melhorar a situação econômica de Goiás através do controle das contas públicas e do desenvolvimento da produção e do comércio. Em 9 de julho de 1898 passou o governo ao segundo vice-presidente Bernardo Albernaz. Em 19 de fevereiro de 1899 foi eleito deputado a fim de completar o mandato de Urbano Coelho de Gouveia, que renunciou à sua vaga na Câmara após ter sido eleito presidente do estado de Goiás no pleito de 1898. Em 31 de dezembro de 1899, por ocasião do falecimento do senador Antônio José Caiado, Urbano Coelho de Gouveia expediu as ordens necessárias para que fossem realizadas eleições a fim de preencher a vaga deixada no Senado. Rodrigues Jardim foi eleito e exerceu o mandato até 1905.
 Em 1909 foi reeleito senador pelo estado de Goiás, mas renunciou ao mandato no ano seguinte. Para preencher sua vaga, foi eleito seu aliado Leopoldo Bulhões. Por mérito, foi agraciado com a patente de coronel da Guarda Nacional. Faleceu na Cidade de Goiás no dia 3 de março de 1920. De seu casamento com Maria Nazaré de Bulhões Jardim não teve filhos.
Urbano Coelho de Gouveia
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
1° Mandato:
Início de Mandato:1° de Novembro de 1898
Fim de Mandato: 10 de Junho de 1901
2° Mandato:
Início do Mandato: 24 de Junho de 1909
Fim de Mandato: 30 de Março de 1912
Observações: 1° Mandato: Presidente de Estado por eleições indiretas
2° Mandato: Presidente de Estado eleito em comícios populares
Urbano Coelho de Gouveia nasceu em Cantagalo (RJ) no dia 8 de julho de 1852. Seu cunhado Leopoldo Bulhões – irmão de sua mulher Leonor de Bulhões Jardim – foi constituinte de 1891, várias vezes senador por Goiás entre 1894 e 1918, e ministro da Fazenda de 1902 a 1906 e de 1909 a 1910. 
Seu concunhado Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim, casado com sua cunhada Maria Nazaré de Bulhões Jardim, foi seu antecessor no governo de Goiás, de 1895 a 1898, deputado federal em 1899 e senador de 1899 a 1905 e de 1909 a 1910. Cursou a Escola Militar do Rio de Janeiro e formou-se em engenharia. Após a promulgação da Constituição federal de fevereiro de 1891, foi eleito deputado federal por Goiás em 6 de junho do mesmo ano, por ter sido aumentada a representação federal do estado na Câmara dos Deputados. 
Empossado em 15 de julho de 1892, foi reeleito em 1° de março de 1894 e de 1897, com mandato até 1899. Em 20 de maio de 1898 foi eleito presidente do estado de Goiás e por esse motivo renunciou à sua cadeira na Câmara antes do final da legislatura. Tomou posse no governo do estado em 1° de novembro de 1898, sucedendo a Bernardo Albernaz, que completava o mandato de Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim. Em março de 1901, último ano de seu mandato, foi eleito como seu sucessor José Xavier de Almeida, que havia sido secretário do Interior e Justiça de seu governo e do governo de Francisco Leopoldo Jardim. Em junho seguinte, quando se afastou para ir ao Rio de Janeiro, então capital federal, mais uma vez assumiu o governo do estado o primeiro vice-presidente, Bernardo Albernaz, que nele se manteve até a posse Xavier de Almeida em 12 de agosto. Em 20 de outubro de 1901 foi eleito deputado federal por Goiás em eleição realizada a fim de que fosse preenchida a vaga deixada na Câmara por Xavier de Almeida. 
Exerceu o mandato até dezembro de 1902, e em 18 de fevereiro de 1903 foi eleito senador por Goiás para um mandato de nove anos. Deixou porém o Senado em 1909, antes do final da legislatura, ao ser nomeado presidente de Goiás após a Revolução de 1909, movimento político liderado por Leopoldo Bulhões, que, com o apoio das lideranças pecuaristas do estado, liquidou o domínio político do grupo de Xavier de Almeida. Empossado na presidência de Goiás em 24 de julho de 1909, teve sua administração marcada por uma série de desentendimentos com o poder central, pois o presidente Hermes da Fonseca (1910-1914) queria quebrar a hegemonia regional dos Bulhões, dos quais era aliado. As pressões federais foram tão fortes que renunciou à presidência do estado em março de 1912, e a partir de então afastou-se da vida política. 
Foi substituído interinamente por Joaquim Rufino Ramos Jubé, que em maio passou o governo ao segundo vice presidente Herculano de Sousa Lobo. Em 1º de abril de 1913, reformou-se na carreira militar como marechal graduado. Faleceu em 17 de fevereiro de 1925.
José Xavier de Almeida
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
Início do Mandato: 12 de Agosto de 1901
Fim do Mandato: 14 de Julho de 1905
Observações: Presidente de Estado eleito em comícios populares
José Xavier de Almeida nasceu na cidade de Goiás, então capital da província de Goiás, em23 de janeiro de 1871, filho de Francisco Xavier de Almeida e de Luísa Isolina da Silva Almeida. Bacharel pela Faculdade de Direito de São Paulo, iniciou sua carreira política em Goiás como secretário de Interior e Justiça do governo de Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim (1895-1898), membro e aliado da família Bulhões, que liderava então a política local.
 Eleito deputado estadual, tomou posse em 1897 e durante seu mandato novamente ocupou o cargo de secretário de Interior e Justiça no governo de Urbano Coelho de Gouveia (1898-1901), também ligado aos Bulhões. Em março de 1900 foi eleito deputado federal por Goiás e em maio seguinte ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Renunciou, porém, antes do final do mandato, quando foi eleito, em março de 1901, com o apoio dos Bulhões, presidente do estado de Goiás. Tomou posse em 12 de agosto e, como na ocasião contava apenas 30 anos de idade, tornou se o mais jovem presidente daquele estado até os dias de hoje. 
Ao iniciar sua gestão procurou mostrar-se leal aos Bulhões, mas poucos meses após ter sido empossado começou a decepcioná-los. Os Bulhões esperavam consolidar sua aliança política através da realização de seu casamento com uma descendente da família, mas não tiveram êxito, pois em 5 de junho de 1902 Xavier de Almeida casou-se com Amélia Lopes de Morais, filha do coronel Hermenegildo Lopes de Morais, considerado um dos homens de maior fortuna de Goiás e dono de grande prestígio político na região. 
Em seu governo, Xavier de Almeida manteve o secretariado de seu antecessor Urbano de Gouveia, mas aos poucos implementou práticas que colidiam com os interesses dos Bulhões, tais como uma severa política fiscal, que implicou a renovação dos funcionários do fisco, com a demissão de pessoas da confiança da família; além disso, adotou uma diretriz política por ele denominada “congraçamento”, que consistiu na conciliação e aproximação com antigos adversários políticos. 
Tais medidas culminaram na ruptura com os Bulhões em fins de 1903 e início de 1904. Entre as principais realizações de seu governo destaca-se a instalação da Academia de Direito de Goiás, instituição criada em 1898 que inaugurou o ensino superior no estado. Além disso, criou dois jornais que viriam a ser os principais porta-vozes de seu grupo e de seu governo, O Semanário Oficial e A Imprensa, em contraposição ao jornal O Goiás, que pertencia à família Bulhões. Nas eleições para o Legislativo estadual, em 1904, e para o Executivo, em 1905, o grupo ligado ao “xavierismo” saiu vencedor e passou a controlar a política do estado. Assim, em 2 de março de 1905, Miguel da Rocha Lima, candidato do Partido Republicano Federal à sucessão de Xavier de Almeida, obteve 23.404 votos, enquanto o candidato apoiado pelos Bulhões, o senador Joaquim José de Sousa, recebeu apenas 8.937. 
Os Bulhões não aceitaram o resultado e homologaram a eleição de seu candidato. Findo o mandato de Xavier de Almeida, o estado de Goiás ficou assim sob o comando de dois chefes do Executivo. A questão foi encaminhada ao Congresso Nacional, onde se formou uma comissão julgadora que teve como relator o deputado Estevão Lobo. Os Bulhões pediam que o governo federal interviesse no estado, mas o relator da comissão concluiu contrariamente à intervenção e deu ganho de causa a Miguel da Rocha Lima, que assumiu o governo no dia 14 de julho de 1905. Por não possuir a idade mínima legal de 35 anos para concorrer a uma vaga no Senado Federal, em janeiro de 1906 Xavier de Almeida candidatou-se novamente a deputado federal pelo estado de Goiás e foi eleito. 
Empossado em maio, durante seu mandato conseguiu apoio do governo federal para a construção da ponte Afonso Pena sobre o rio Parnaíba, importante obra de ligação entre os estados de Goiás e Minas Gerais. Após ter sido derrotado no pleito de 1906 para o Senado Federal por Brás Abrantes, aliado de Xavier de Almeida, o líder da família Bulhões, Leopoldo Bulhões, passou a aguardar no Rio de Janeiro, então capital federal, uma oportunidade para investir contra o grupo adversário. A ocasião que almejava para retornar à cena política goiana veio em 1908, quando tiveram início as articulações relativas às eleições para o governo do estado e para o Senado Federal. 
Xavier de Almeida apoiou a candidatura ao governo de seu sogro, Hermenegildo Lopes de Morais. Hermenegildo foi eleito em 2 de março de 1909, mas teve sua eleição repelida pela oposição, que se aglutinou fortemente em virtude da decisão da comissão executiva do Partido Republicano Federal de homologar a eleição para o Senado de Xavier de Almeida, em desfavor de Luís Gonzaga Jaime. Em abril, alguns integrantes da composição política situacionista deixaram o governo, aliaram-se aos Bulhões e formaram o Partido Democrata. 
A insatisfação com a eleição de Hermenegildo Lopes de Morais para o governo do estado e de Xavier de Almeida para o Senado cresceu a ponto de transformar-se em um movimento armado para depor Miguel da Rocha Lima, do grupo xavierista. Os adversários de Xavier de Almeida arregimentaram homens, compraram armas e formaram um contingente diante do qual a força policial do estado se viu impotente. 
Miguel da Rocha Lima renunciou à presidência do estado em 11 de março, e assumiu seu lugar o primeiro vice-presidente Francisco Bertoldo de Sousa. No dia 1º de maio, sob o comando de Eugênio Jardim, os revolucionários percorreram a cavalo a cidade de Goiás, na chamada Revolução de 1909. 
O movimento, liderado por Leopoldo Bulhões com o apoio das lideranças pecuaristas do estado, tomou assim o governo e liquidou o domínio político do grupo de Xavier de Almeida, que teve anulada sua eleição para senador. Francisco Bertoldo de Sousa entregou a presidência de Goiás ao segundo vice-presidente José da Silva Batista, e este governou até 24 de julho, quando foi empossado o presidente nomeado pelos revolucionários, Urbano de Gouveia.
 O sucesso do movimento proporcionou o retorno do grupo bulhonista ao poder e uma reorganização das forças políticas estaduais. Com isso, a Academia de Direito de Goiás, símbolo do prestígio e poder de Xavier de Almeida, foi fechada sob a alegação de falta de verbas e de alunos matriculados. 
Após esses acontecimentos Xavier de Almeida e sua esposa deixaram o estado de Goiás. Em 1913 retornaram e passaram a viver na cidade de Morrinhos (GO), mas Xavier de Almeida não voltou a se candidatar a cargos políticos. Ficou viúvo em 23 de agosto de 1943 e faleceu 13 anos depois, em 1956, também na cidade de Morrinhos.
Miguel da Rocha Lima
Partido: PMR (Partido moderado Republicano)
1° Mandato:
Início do Mandato: 14 de Julho de 1905
Fim de Mandato: 11 de Março de 1909
2° Mandato:
Início do Mandato: 27 de Julho de 1923
Fim de Mandato: 31 de Março de 1924
3°Mandato:
Início do Mandato: 25 de Abril de 1924
Fim do Mandato: 14 de Julho de 1925
Observações: Presidente de Estado eleito em comícios populares
Miguel da Rocha Lima nasceu em Goiás Velho (GO) no dia 12 de agosto de 1868, filho de Franklin da Rocha Lima e de Adelaide Augusta Carneiro da Rocha Lima. Fez os estudos secundários no Seminário Episcopal, em Goiás, e ingressou na Faculdade Direito, mas não concluiu o curso. Iniciou-se na política como deputado estadual em Goiás na legislatura 1895-1897. Reelegeu-se para a legislatura seguinte, 1898-1900, e durante todo o período foi vice-presidente da mesa diretora da Assembléia Legislativa. 
Elegeu-se em seguida senador estadual para a legislatura 1901-1904, e foi escolhido presidente do Senado Estadual. Em 1905 foi reeleito e reconduzido à presidência da casa. Entre 1901 e 1905 governou o estado de Goiás José Xavier de Almeida. A princípio apoiado por Leopoldo Bulhões, poderoso chefe político que praticamente controlou com seus aliados a política estadual entre 1891 e 1900, Xavier de Almeida começou a decepcionar o grupo bulhonista poucos meses após ter sido empossado e chegou à ruptura em fins de 1903 e início de 1904. Com o apoio de Xavier de Almeida, Miguel da Rocha Lima disputou em 2 de março de 1905 a eleiçãopara presidente do estado. 
Obteve 23.404 votos, enquanto o candidato apoiado pelos Bulhões, o senador Joaquim José de Sousa, obteve apenas 8.937. Os Bulhões não aceitaram o resultado, homologaram seu candidato, e dessa forma o estado de Goiás ficou sob o governo de dois chefes do Executivo. A questão foi encaminhada ao Congresso Nacional, onde se formou uma comissão julgadora que teve como relator o deputado Estevão Lobo. Os Bulhões pediam que o governo federal interviesse no estado, mas o relator da comissão deu ganho de causa a Miguel da Rocha Lima. Após renunciar ao mandato de senador estadual, Miguel da Rocha Lima assumiu o governo do estado no dia 14 de julho de 1905. 
Em sua gestão, manteve as linhas mestras do governo de Xavier de Almeida, inclusive a política fiscal que desagradava aos “coronéis” ligados ao próprio grupo “xavierista”. Enquanto isso, Leopoldo Bulhões, derrotado em 1906 na eleição para o Senado Federal, passou a aguardar no Rio de Janeiro, então capital federal, a oportunidade de investir contra o grupo que se encontrava no poder em Goiás. A ocasião que almejava para retornar à cena política goiana ocorreu em 1908, quando tiveram início as articulações relativas às eleições para o governo do estado e para o Senado. Xavier de Almeida, então deputado federal, apoiou a candidatura ao governo de seu sogro Hermenegildo Lopes de Morais. Este foi eleito em 2 de março de 1909, mas teve sua eleição repelida pela oposição, que se aglutinou fortemente em virtude da decisão da comissão executiva do Partido Republicano Federal de homologar a eleição para o Senado de Xavier de Almeida, em desfavor de Luís Gonzaga Jaime.
 A insatisfação diante da vitória de Hermenegildo Lopes de Morais para o governo do estado, e de Xavier de Almeida para o Senado, cresceu a ponto de atingir proporções de um movimento armado para depor Miguel da Rocha Lima. Os adversários de Xavier de Almeida arregimentaram homens, compraram armas e formaram um contingente diante do qual a força policial do estado se viu impotente. Miguel da Rocha Lima renunciou no dia 11 de março, e em seu lugar assumiu o vice-presidente Francisco Bertoldo de Sousa. 
Em abril, alguns integrantes da composição política situacionista deixaram o governo, aliaram-se aos Bulhões e formaram o Partido Democrata. No dia 1º de maio, os revolucionários, sob o comando de Eugênio Jardim, percorreram a cavalo a cidade de Goiás, consumando a chamada Revolução de 1909, movimento liderado por Leopoldo Bulhões que, com o apoio das lideranças pecuaristas, tomou o governo e liquidou o domínio político do grupo de Xavier de Almeida. Francisco Bertoldo de Sousa entregou então a presidência de Goiás ao segundo vice-presidente José da Silva Batista, que governou até a posse do presidente nomeado pelos revolucionários, Urbano de Gouveia, em 24 de julho de 1909. Em 1913, Miguel da Rocha Lima foi eleito senador estadual para a legislatura 1913-1916. Reelegeu-se para a legislatura seguinte, de 1917-1920, durante a qual foi vice-presidente da mesa diretora. Nesse mesmo período, verificou-se a consolidação do Partido Democrata, então dirigido pela família Caiado, e do qual Rocha Lima se tornou dirigente em 1917. 
Em 1920, o Partido Republicano Federal de Goiás desapareceu e o Partido Democrata tornou se o único partido expressivo na região. Em setembro desse ano, Rocha Lima reelegeu-se senador estadual para a legislatura 1921-1924. 
O critério adotado nessas eleições, tanto para a Assembléia Legislativa como para o Senado Estadual, foi o da reeleição dos congressistas, pois, segundo informou o então presidente do estado, João Alves de Castro (1917-1921) em seu relatório anual enviado ao Congresso Legislativo do estado, tal medida faria “desaparecer as paixões facciosas”, além de estabelecer “uma sólida garantia de continuidade administrativa”. Ao tomar posse, Rocha Lima foi reconduzido à vice-presidência da mesa diretora do Senado Estadual. No dia 2 de março de 1921, realizaram-se eleições para a presidência do estado. 
Enquanto Eugênio Jardim foi eleito presidente, Francisco Aires da Silva, Miguel da Rocha Lima e Pedro Nunes da Silva foram eleitos, respectivamente, primeiro, segundo e terceiro vice-presidentes. Após um ano e meio de governo, Eugênio Jardim apresentou sua renúncia, no dia 27 de julho e 1923. Francisco Aires, por motivos desconhecidos, não assumiu o cargo, e Miguel da Rocha Lima, após ter renunciado ao mandato de senador estadual, tomou posse em seguida. Procurou dar seguimento ao trabalho de seu antecessor, destacando-se por ter empreendido a manutenção das estradas oficiais, fomentado o plantio de algodão e criado a Escola Prática de Agricultura. Afastou-se da presidência do estado entre 31 de março e 25 de abril de 1924, e nesse período foi substituído pelo vice-presidente Joaquim Rufino Ramos Jubé. 
De volta ao comando do estado, nele permaneceu até o fim do mandato, em 14 de julho de 1925, quando tomou posse o novo governador eleito, Brasil Ramos Caiado. Foi novamente eleito senador estadual, mas renunciou ao mandato logo em seguida, em março de 1926, após ter sido eleito para o Senado Federal, na legenda do Partido Democrata. Nas eleições de outubro de 1929 reelegeu-se senador da República pelo estado de Goiás, mas não pôde exercer o mandato em virtude da Revolução de 1930, que fechou todos os órgãos legislativos do país. Faleceu no estado de Goiás no dia 14 de julho de 1935. Era casado com Rosa Alves de Amorim Godinho da Rocha Lima, com quem teve sete filhos.
Francisco Bertoldo de Sousa
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
Início do Mandato: 11 de Março de 1909
Fim do Mandato: 1° de Maio de 1909
Observações: Presidente da Assembléia no cargo de titular
Francisco Bertoldo de Sousa nasceu em 1863.
 Em 1905 foi eleito primeiro vice-presidente do estado de Goiás, enquanto Miguel da Rocha Lima era eleito presidente do estado. Aliado do ex-presidente José Xavier de Almeida, Rocha Lima entrou em choque com o poderoso político Leopoldo Bulhões, que, no Rio de Janeiro, então capital federal, passou a aguardar uma oportunidade para investir contra o grupo que se encontrava no poder em Goiás.
 A ocasião se apresentou em 1908, quando tiveram início as articulações relativas às eleições para o governo do estado e para o Senado Federal. A insatisfação diante da vitória do grupo de Xavier de Almeida nas eleições de 1909 cresceu a ponto de atingir as proporções de um movimento armado para depor Rocha Lima. 
Os adversários de Xavier de Almeida arregimentaram homens, compraram armas e formaram um contingente diante do qual a força policial do estado se viu impotente. Miguel da Rocha Lima renunciou à presidência do estado no dia 11 de março, e em seu lugar assumiu Francisco Bertoldo de Sousa. No dia 1º de maio, sob o comando de Eugênio Jardim, os revolucionários percorreram a cavalo a cidade de Goiás no que ficou conhecido como a Revolução de 1909, movimento liderado por Leopoldo de Bulhões, que, com o apoio das lideranças pecuaristas do estado, tomou o governo e liquidou o domínio político do grupo de Xavier de Almeida.
 Francisco Bertoldo de Sousa entregou então a presidência de Goiás ao segundo vice-presidente José da Silva Batista, que governou até a posse do presidente nomeado pelos revolucionários, Urbano de Gouveia, em 24 de julho de 1909. Faleceu em 16 de julho de 1941.
José da Silva Batista
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
Início do Mandato: 1° de Maio de 1909
Fim de Mandato: 24 de Julho de 1909
Observações: Vice- Presidente de Estado no cargo de titular
José da Silva Batista nasceu em Meia Ponte, hoje Pirenópolis (GO), no dia 1º de setembro de 1855, filho de Teodoro da Silva Batista e de Efigênia de Siqueira Batista. Em fevereiro de 1882, mudou-se para a freguesia de Santana de Antas, hoje Anápolis (GO), como professor do ensino primário e dono de casa comercial. Além disso, à falta de médicos e farmacêuticos na localidade, exerceu também essas atividades, o que lhe conferiu notoriedade entre a população. Ali, Zeca Batista, como ficouconhecido, em pouco tempo tornou-se líder político, destacando-se por seus esforços para elevar a freguesia de Santana de Antas à categoria de vila, o que ocorreu mediante a Lei 811, de 15 de dezembro de 1887. 
Entretanto, a instalação definitiva da vila somente se concretizaria alguns anos depois, em 10 de março de 1892. José da Silva Batista foi então nomeado presidente da junta administrativa nomeada para governá-la até 1893, quando se realizaram as primeiras eleições para presidente da intendência. Em dezembro de 1897, foi eleito deputado estadual. Filiado ao Partido Republicano Federal de Goiás, do grupo liderado por José Xavier de Almeida, adversário da facção dos Bulhões, em 1905 foi eleito segundo vice-presidente do estado, enquanto Miguel da Rocha Lima era eleito presidente, e Francisco Bertoldo de Sousa, primeiro vice-presidente. Miguel da Rocha Lima entrou em choque com Leopoldo Bulhões, que passou a aguardar uma oportunidade para investir contra o grupo que se encontrava no poder em Goiás. 
A ocasião se apresentou em 1908, quando tiveram início as articulações relativas às eleições para o governo do estado e para o Senado Federal. A insatisfação diante da vitória do grupo de Xavier de Almeida nas eleições de 1909 atingiu as proporções de um movimento armado. Os adversários de Xavier de Almeida arregimentaram homens, compraram armas e formaram um contingente diante do qual a força policial do estado se viu impotente. Miguel da Rocha Lima renunciou à presidência do estado no dia 11 de março, e em seu lugar assumiu Francisco Bertoldo de Sousa. No dia 1º de maio, sob o comando de Eugênio Jardim, os revolucionários percorreram a cavalo a cidade de Goiás no que ficou conhecido como a Revolução de 1909, movimento liderado por Leopoldo de Bulhões, que, com o apoio das lideranças pecuaristas do estado, tomou o governo e liquidou o domínio político do grupo de Xavier de Almeida. 
Francisco Bertoldo de Sousa entregou então a presidência de Goiás ao segundo vice-presidente José da Silva Batista, que governou até a posse do presidente nomeado pelos revolucionários, Urbano de Gouveia, em 24 de julho de 1909. Faleceu em Anápolis em 7 de dezembro de 1910. Casou-se com Francisca de Siqueira, com quem teve dez filhos.
Joaquim Rufino de Ramos Jubé
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano) e no 6° Mandato: PD (Partido Democrático)
1° Mandato:
Início do Mandato: 30 de Março de 1912
Fim de Mandato: 10 de Junho de 1913
2° Mandato:
Início do Mandato: 10 de Junho de 1913
Fim do Mandato: 31 de Julho de 1913
3° Mandato:
Início do Mandato: 30 de Junho de 1915
Fim do Mandato: 6 de Maio de 1916
4° Mandato:
Início de Mandato: 21 de Dezembro de 1918
Fim do Mandato: 24 de Abril de 1919
5° Mandato:
Início do Mandato: 31 de Março de 1924
Fim do Mandato: 25 de Abril de 1925
6° Mandato:
Início do Mandato: 13 de Julho de 1929
Fim do Mandato: 14 de Julho de 1929
Observações: 1°,2°, 4°,5°, 6° Mandato :Vice-Presidente de Estado no cargo de titular e 3° Mandato: 3° Vice-Presidente de Estado no cargo de titular
Joaquim Rufino Ramos Jubé (Ouro Fino, 6 de agosto de 1859 ,12 de setembro de 1933) foi um político brasileiro. 
Filho de Antônio Pereira Ramos Jubé e de Ivana Cordeiro. Em 1895 filiou-se ao Centro Republicano e nessa legenda foi eleito deputado estadual em Goiás para as legislaturas de 1895 a 1897, de 1898 a 1900 e de 1901 a1903. Em 1897, 1900 e 1901 fez parte da mesa diretora da Assembléia Legislativa de Goiás.
Em 1905 filiou-se ao Partido Republicano Federal de Goiás e elegeu-se senador estadual para a legislatura de 1905 a 1908. Foi também primeiro-secretário da mesa diretora do Senado estadual, em 1905 e 1907. Em 1909mudou mais uma vez de partido, filiando-se ao então criado Partido Democrático, e reelegeu-se senador estadual para sucessivas legislaturas. Só deixaria o Senado em 1930, quando, com a vitória da Revolução de 1930, foram extintos todos os órgãos legislativos do país.
Ao longo desse período presidiu o Senado estadual, posição que o habilitava a assumir a presidência do estado em caso de afastamento do presidente e da ausência de um dos três vice-presidentes eleitos. Por essa razão assumiu a presidência de Goiás nas seguintes ocasiões: de março de 1912, após Urbano Coelho de Gouveia ter renunciado, a maio do mesmo ano, quando foi substituído por Herculano de Sousa Lobo; de junho de 1913, após a renúncia de Herculano de Sousa Lobo, a julho do mesmo ano, quando foi substituído por Olegário Herculano da Silva Pinto; de junho de 1915 a maio de 1916, período em que Salatiel Simões de Lima esteve afastado; de dezembro de 1918 a abril de 1919, durante o afastamento de João Alves de Castro; de março a abril de 1924, durante o afastamento de Miguel da Rocha Lima; e ainda por um dia em julho de 1929, após a renúncia de Brasil Ramos Caiado. De 1914 a 1930, pertenceu à comissão executiva do Partido Democrático.
Faleceu em 12 de setembro de 1933 aos 74 anos de idade. Era casado com Maria Carlota d’Ascenção Silveira Ramos Jubé e foi pai de seis filhos.
Recebeu o título de comendador do Papa Pio X. 
Herculano de Sousa Lobo
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
1°Mandato:
Início do Mandato: 25 de Maio de 1912
Fim do Mandato: 10 de Junho de 1913
Observações: Presidente de Estado eleito em comícios populares
Herculano de Sousa Lobo foi nomeado segundo vice-presidente de Goiás pelo mesmo ato que nomeou Urbano Coelho de Gouveia presidente do estado após a Revolução de 1909, movimento político liderado por Leopoldo Bulhões, que, com o apoio das lideranças pecuaristas do estado, liquidou o domínio político do grupo de José Xavier de Almeida. Urbano de Gouveia tomou pose em 24 de julho de 1909, mas sua administração foi marcada por uma série de desentendimentos com o poder central, pois o presidente Hermes da Fonseca (1910-1914) queria quebrar a hegemonia regional dos Bulhões, dos quais Gouveia era aliado. 
As pressões foram tão fortes que Urbano de Gouveia renunciou à presidência em março de 1912. Foi substituído interinamente pelo presidente do Senado estadual Joaquim Rufino Ramos Jubé, a quem logo sucederia o segundo vice-presidente Herculano de Sousa Lobo. Herculano assumiu o governo de Goiás no dia 25 de maio de 1912 e o exerceu até 10 de junho de 1913, quando mais uma vez tomou posse Joaquim Rufino Ramos Jubé. 
Em 31 de julho, o novo presidente eleito, Olegário Herculano da Silveira Pinto, assumiu o comando do estado. Em 7 de setembro de 1916, Herculano foi eleito senador estadual Exerceu o primeiro mandato de 1917 a 1920 e foi reeleito em 1920 e 1924. Foi também fazendeiro na região de Goiás.
 Faleceu em Formosa (GO) no dia 20 de junho de 1928.
Olegário Herculano da Silva Pinto
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
1° Mandato:
Início do Mandato: 31 de Junho de 1913
Fim de Mandato: 6 de Julho de 1914
Observações: Presidente de Estado eleito em comícios populares
Salatiel Simões de Lima
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
1° Mandato:
Início do Mandato: 6 de Junho de 1914
Fim do Mandato: 30 deJunho de 1915
2° Mandato:
Início do Mandato: 6 de Maio de 1916
Fim do Mandato: 13 de Outubro de 1916
3° Mandato:
Início do Mandato: 9 de Maio de 1917
Fim do Mandato: 14 de Junho de 1917
Observações: 1° Mandato: Presidente de Estado eleito em comícios populares; 2° e 3° Mandato: 1° Vice-Presidente de Estado no cargo de titular
Salatiel Simões de Lima foi eleito primeiro vice-presidente de Goiás nas eleições de março de 1913, quando Olegário Herculano da Silveira Pinto foi eleito presidente do estado. Assumiu o governo em virtude do afastamento do titular, de 6 de julho de 1914 a 30 de junho de 1915.
 Foi então substituído pelo presidente do Senado estadual, Joaquim Rufino Ramos Jubé, que exerceu o cargo até 6 de maio de 1916. Nessa data, voltou a assumir a presidência do estado, até 13 de outubro seguinte, quando foi substituído pelo segundo vice-presidente, Aprígio José de Sousa. 
Voltou ainda uma vez ao governo, de 9 de maio a 14 de julho de 1917, quando tomou posse o novo presidente eleito, João Alves de Castro.Aprígio José de Sousa
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
1° Mandato:
Início do Mandato: 13 de Outubro de 1916
Fim do Mandato: 14 de Julho de 1917
Observações: 1° Vice-Presidente de Estado no cargo de titular
Aprígio José de Sousa foi eleito segundo vice-presidente do estado de Goiás nas eleições de março de 1913, quando Olegário Herculano da Silveira Pinto foi eleito presidente do estado.
 Assumiu o governo em 13 de outubro de 1916, sucedendo ao primeiro vice-presidente Salatiel Simões Lima e ao presidente do Senado estadual Joaquim Rufino Ramos Jubé, que por sua vez substituíram o titular a partir do afastamento deste em 6 de julho de 1914. 
Conforme relatório apresentado à Assembléia Legislativa de Goiás em 13 de maio de 1917, Aprígio José de Sousa desapareceu e foi dado como morto quatro dias antes, no dia 9 de maio.
 Assumiu então novamente a presidência do estado Salatiel Simões de Lima, até 14 de julho, quando tomou posse o novo presidente eleito, João Alves de Castro.
João Alves de Castro
Partido: PL (Partido Liberal)
1° Mandato:
Início do Mandato: 14 de Julho de 1917
Fim do Mandato: 21 de Dezembro de 1918
2° Mandato:
Início do Mandato: 24 de Abril de 1919
Fim do Mandato: 14 de Abril de 1921
Observações: 1° Mandato: Presidente da Assembléia no cargo de titular; 2° Mandato: Presidente de Estado eleito em comícios populares.
João Alves de Castro nasceu em Goiás, filho de Manuel Alves de Castro e de Maria José Leite de Castro. Seu irmão Joviano Alves de Castro foi deputado federal por Goiás de 1922 a 1930.
 Formou-se em direito e chegou a desembargador. Foi eleito deputado federal pelo estado de Goiás em 1892, a fim de preencher a vaga deixada na Câmara dos Deputados por Joaquim Xavier Guimarães Natal, que renunciou ao mandato após ter sido nomeado juiz federal. 
Foi reeleito para as legislaturas 1894-1896 e 1897-1899. Em Goiás, foi secretário da Instrução Pública durante o governo do presidente estadual Miguel da Rocha Lima (1905-1909). 
Na eleição de 2 de março de 1917 foi eleito presidente do estado de Goiás. Seu êxito foi resultado de um acordo entre o poder central e os grupos oligárquicos locais, que lutavam entre si pelo controle político do estado desde 1912. Naquele ano, Urbano de Gouveia renunciou à presidência estadual em virtude de desentendimentos com o presidente Hermes da Fonseca (1910-1914), que almejava quebrar a hegemonia regional dos Bulhões, dos quais Gouveia era aliado. 
A partir de então teve início um período de grande instabilidade, até que em 1917 os grupos políticos goianos aceitaram uma conciliação. Pelo acordo proposto pelo presidente da República Venceslau Brás (1914-1918) aos líderes do Centro Republicano (controlado pela família Bulhões) e do Partido Democrata (controlado pela família Caiado), os dois lados comprometeram-se a apoiar, para presidente do estado, o desembargador João Alves de Castro, e ainda, para primeiro vice-presidente, um candidato indicado pelo Partido Democrata, e para segundo e terceiro vice-presidentes, candidatos indicados pelo Centro Republicano. Obrigaram-se também a reconhecer e empossar os candidatos escolhidos, bem como a reconhecer 18 deputados democratas e cinco republicanos para a Assembléia Estadual. 
João Alves de Castro tomou posse no governo de Goiás em 14 de julho de 1917, sucedendo ao presidente interino Salatiel Simões de Lima. Afastou-se em 31 de dezembro de 1918, para gozar quatro meses de licença, e foi substituído pelo presidente do Senado estadual, Joaquim Rufino Ramos Jubé. Reassumiu a presidência do estado no dia 24 de abril de 1919 e exerceu o mandato até completá-lo, no dia 14 de julho de 1921, quando tomou posse o novo presidente eleito, Eugênio Rodrigues Jardim. 
Elegeu-se deputado federal pelo estado de Goiás no pleito de 17 de fevereiro de 1924 e exerceu seu mandato até o fim da legislatura, em 1926. 
Foi ainda chefe de polícia em Goiás e juiz de direito no Acre.
Eugênio Rodrigues Jardim 
Partido: PMR (Partido Moderado Republicano)
1° Mandato:
Início do Mandato: 14 de Julho de 1921
Fim do Mandato: 27 de Julho de 1923
Observações: Presidente de Estado eleito em comícios populares
Eugênio Rodrigues Jardim nasceu na cidade de Goiás, capital da província de Goiás, em 6 de outubro de 1858, filho de José Rodrigues Jardim e de Maria Francisca Pureza Jardim. Seu pai foi militar, presidente da província de Goiás de 1831 a 1837, senador de 1837 a 1841 e novamente presidente da província em 1841. 
Seu irmão Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim foi presidente do estado de Goiás de 1895 a 1898, deputado federal em 1899 e senador de 1899 a 1905 e de 1909 a 1910. Seu primo e cunhado Leopoldo Bulhões foi constituinte de 1891, várias vezes senador entre 1894 e 1918, e ministro da Fazenda de 1902 a 1906 e de 1909 a 1910. Estudou no Liceu de Goiás. 
Em 1875 ingressou no 20º Batalhão de Infantaria da cidade de Goiás e posteriormente seguiu para o Rio de Janeiro, então capital do Império, onde prosseguiu a carreira militar. Quando chegou ao posto de major, pediu baixa do Exército para assumir o cargo de inspetor geral do Corpo de Bombeiros. Exerceu-o até 1905, quando se reformou como coronel. 
Em seguida voltou para Goiás e adquiriu uma fazenda localizada a três léguas da capital, onde se dedicou à criação de gado. Ingressou na política no ano de 1908, quando se iniciaram as articulações para a sucessão do presidente do estado Miguel da Rocha Lima, aliado do ex-presidente estadual José Xavier de Almeida, que por sua vez era adversário político de Leopoldo Bulhões. 
Xavier de Almeida, que então exercia o mandato de deputado federal, apoiou a candidatura de seu sogro, Hermenegildo Lopes de Morais, ao governo do estado. Este foi eleito em 2 de março de 1909, mas teve sua eleição repelida pela oposição, que se aglutinou fortemente em virtude da decisão da comissão executiva do Partido Republicano de homologar a candidatura de Xavier de Almeida ao Senado em lugar de Luís Gonzaga Jaime. 
Em 11 de março, Miguel da Rocha Lima renunciou e passou o governo a primeiro vice-presidente Francisco Bertoldo de Sousa. Em abril, alguns integrantes da composição política situacionista deixaram o governo, aliaram-se aos Bulhões e formaram o Partido Democrata. 
Eugênio Jardim filiou-se ao partido e, posteriormente, tornou-se presidente de sua comissão executiva. A insatisfação diante da eleição de Hermenegildo Lopes de Morais para o governo do estado e de Xavier de Almeida para o Senado cresceu a ponto de se transformar em um movimento armado. 
Os adversários de Xavier de Almeida arregimentaram homens, compraram armas e formaram um contingente diante do qual a força policial do estado se viu impotente. Em 1º de maio, eclodiu a Revolução de 1909, movimento político liderado por Leopoldo Bulhões, que, com o apoio das lideranças pecuaristas do estado, tomou o governo e liquidou o domínio político do grupo de Xavier de Almeida. Eugênio Jardim comandou as forças revolucionárias que em 1º de maio entraram vitoriosas na capital de Goiás. Na mesma data, Francisco Bertoldo de Sousa passou o governo ao segundo vice-presidente José da Silva Batista, que governou até a posse do presidente nomeado pelos revolucionários, Urbano de Gouveia, em 24 de julho de 1909. 
Urbano de Gouveia, assim como Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim, era cunhado de Leopoldo Bulhões, e já havia governado o estado anteriormente, de 1898 a 1901. O sucesso do movimento proporcionou, assim, o retorno ao poder do grupo ligado à família Bulhões e a reorganização das forças políticas estaduais, além de possibilitar o surgimento de duas fortes lideranças locais: Antônio Ramos Caiado e Eugênio Rodrigues Jardim. Ainda antes da posse de Urbano de Gouveia, no dia 8 de maio de 1909 Eugênio Jardim foi encarregado de organizar o corpo policial de Goiás. 
Em 10 de maio, tornou-se delegado de polícia do estado, cargo que ocupou até outubro seguinte. Em novembro, foi nomeado pelo presidente da República Nilo Peçanha (1909-1910) inspetor agrícola do 11º Distrito de Goiás. Nesse mesmo ano, casou-secom Diva Fagundes Caiado, irmã de Antônio Ramos Caiado. A vitória de Hermes da Fonseca nas eleições para a presidência da República em 1910 teve grande repercussão nos rumos da política goiana. Diante do fiel apoio que recebeu de Eugênio Jardim e de Antônio Ramos Caiado, e da posição vacilante de Leopoldo Bulhões, que no Senado Federal fazia críticas à administração federal, Hermes da Fonseca passou a apoiar Eugênio Jardim na política regional. 
Assim, em 13 de junho de 1912 Eugênio Jardim foi nomeado por Hermes da Fonseca comandante superior da Guarda Nacional do estado de Goiás e, nas eleições de 30 de janeiro de 1915, foi eleito senador da República. Preferiu, contudo, não assumir o mandato. 
Em 1921, foi eleito presidente do estado de Goiás, sucedendo a João Alves de Castro. Tomou posse em 14 de julho do mesmo ano e logo promoveu a reabertura da antiga Faculdade de Direito, que foi instalada no edifício do Senado estadual sob a nova designação de Faculdade Livre de Direito. 
Durante sua gestão estruturou a indústria têxtil no estado, ampliou o sistema viário, ligando a cidade de Goiás às cidades goianas localizadas na fronteira de Minas Gerais, e promoveu ainda a expansão da infraestrutura educacional através da criação de diversos grupos escolares em todo o estado. 
Deixou o governo em 27 de julho de 1923, quando foi substituído pelo segundo vice-presidente Miguel da Rocha Lima. Nas eleições de fevereiro de 1924, foi novamente eleito senador pelo estado de Goiás, e dessa vez ocupou uma cadeira no Senado. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 25 de julho 1926, após ter sido atropelado por um carro quando descia de um bonde. De seu casamento com Diva Caiado nasceram oito filhos.
Brasil Caiado
Partido: PL (Partido Liberal)
1°Mandato:
Início do Mandato: 14 de Julho de 1925
Fim do Mandato: 13 de Julho de 1929
Observações: Presidente de Estado eleito em comícios em comícios populares
Brasil Ramos Caiado nasceu na cidade de Goiás, então capital do estado de Goiás, no dia 17 de maio de 1893, filho de Torquato Ramos Caiado e de Claudina Azevedo Fagundes. Sua família paterna fixou-se em Goiás no século XVII e destacou-se no exercício de atividades agropastoris e na política. 
Seu avô, Antônio José Caiado, foi presidente de Goiás de 1892 a 1893 e em 1895, e senador de 1896 a 1899. Seu pai foi senador estadual de 1905 a 1908. Entre seus irmãos, destacaram-se na vida política Antônio Ramos Caiado, deputado federal de 1909 a 1920 e senador de 1921 a 1930; Leão Di Ramos Caiado, senador estadual de 1925 a 1928 e novamente de 1929 a 1930; e Arnulfo Ramos Caiado, deputado estadual de 1909 a 1924. Sua irmã Diva Fagundes Caiado casou-se com Eugênio Jardim, presidente de Goiás de 1921 a 1923 e senador de 1924 a 1926. 
Graduou-se pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo em setembro de 1920, e no início da carreira de médico clinicou no interior de Goiás. Ingressou na vida pública em fevereiro de 1923, quando foi nomeado secretário de Obras Públicas no governo de seu cunhado Eugênio Jardim. Ocupou o cargo até 1924, já no governo de Miguel da Rocha Lima, que como vice-presidente do estado substituiu Eugênio Jardim. Em março de 1925, foi eleito presidente do estado de Goiás. Tomou posse em 14 de julho e afastou-se da presidência entre 12 de março e 9 de abril de 1927, sendo substituído pelo segundo vice-presidente, Diógenes de Castro Ribeiro. 
Deixou a presidência em 13 de julho de 1929, um dia antes do final de seu mandato, que foi completado pelo presidente do Senado estadual, Joaquim Ramos Jubé. Seu sucessor foi Alfredo Lopes de Morais. Em outubro de 1929 foi eleito senador por Goiás. Tomou posse em maio de 1930, mas teve o mandato interrompido pela Revolução de 1930, depois da qual passou a sofrer forte perseguição política por ser representante de uma das oligarquias dominantes na Primeira República. 
Em virtude disso, isolou-se em sua fazenda e só retornou à vida pública em 1954, quando foi eleito prefeito da cidade de Goiás, que havia deixado de ser a capital do estado em 1937, quando a sede do governo foi transferida para a recém-construída Goiânia. Seu mandato na prefeitura se encerrou em 1958, mesmo ano em que faleceu, no dia 28 de agosto. Casou-se com Noêmia Rodrigues Caiado, com quem teve 11 filhos. 
Alfredo Lopes de Morais
Partido: PL (Partido Liberal)
Início do Mandato: 14 de Julho de 1929
Fim do Mandato: 11 de Agosto de 1930
Observações: Presidente de Estado por eleições indiretas
Alfredo Lopes de Morais nasceu em Morrinhos (GO) no dia 23 de novembro de 1880, filho de Hermenegildo Lopes de Morais e de Francisca Carolina Nazaré Morais. Seu pai, dono de uma das maiores fortunas de Goiás, foi deputado federal de 1894 a 1899, de 1906 a 1911 e de 1915 a 1917. 
Sua irmã, Amélia Lopes de Morais, casou-se com José Xavier de Almeida, deputado federal de 1900 a 1901 e presidente de Goiás de 1901 a 1905. Seu irmão, Hermenegildo Lopes de Morais Filho, foi Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo. 
Advogado e fazendeiro, iniciou sua vida pública em julho de 1917, como secretário do Interior e Justiça do governo de João Alves de Castro (1917-1921). Deixou o cargo em março de 1918 para assumir a intendência de sua cidade natal. Eleito em 1923 para a vaga no Senado estadual aberta com o falecimento do senador Possidônio Rabelo, deixou a intendência de Morrinhos e assumiu o mandato de senador. Foi reeleito em 7 de setembro de 1924, para a legislatura 1925-1929. 
Em 2 de março de 1925, quando Brasil Ramos Caiado foi eleito presidente de Goiás, elegeu-se primeiro vice-presidente do estado. Ainda em 1925, participou de uma resistência organizada por Antônio Ramos Caiado para deter o avanço da Coluna Prestes (1924-1927) dentro do estado de Goiás. A chamada Coluna Caiado, “batalhão patriótico” composto de voluntários, concentrou-se na Serra Dourada e afugentou a Coluna Prestes. 
Esta, por sua vez, mudou de rota e seguiu em direção a Anápolis (GO), onde travou violenta batalha com as forças legalistas. Em 1926, renunciou ao mandato de senador estadual para candidatar-se a deputado federal na legenda do Partido Democrata no pleito de fevereiro de 1927. Eleito, assumiu o mandato em maio de 1927, mas renunciou antes de completar a legislatura para candidatar-se a presidente do estado de Goiás na eleição 2 de março de 1929. Mais uma vez bem-sucedido, tomou posse em 14 de julho de 1929. 
Um ano depois, em 11 de agosto de 1930, afastou-se da presidência do estado, sendo substituído pelo primeiro vice-presidente Humberto Martins Ribeiro, e não mais retornou, em virtude da instalação, em outubro, do governo revolucionário resultante da Revolução de 1930. Em 1945, filiou-se à União Democrática Nacional (UDN). 
Faleceu em Morrinhos em 16 de junho de 1954. Era casado com Maria Marques Otero.
Humberto Martins Ribeiro
Partido: PD (Partido Democrático)
Início do Mandato: 11 de Agosto de 1930
Fim do Mandato: 27 de Outubro de 1930
Observações: Presidente de Estado por eleições indiretas
Humberto Martins Ribeiro nasceu no estado de Alagoas em 1898, filho de Francisco Ferreira Martins Ribeiro e de Maroquinha Martins Ribeiro.
 Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e, transferindo-se para Goiás, aí se elegeu deputado estadual na legenda do Partido Democrata, para a legislatura de 1917 a 1920. 
Sempre pelo Partido Democrata, em 2 de março de 1929, enquanto Alfredo Lopes de Morais era eleito presidente do estado, foi eleito primeiro vice-presidente.
 Em dezembro de 1929, assumiu o governo em virtude do afastamento do titular, até março de 1930, quando este retomou suas funções. Em agosto de 1930, diante de novo afastamento de Alfredo de Morais, assumiu novamente a presidência do estado e permaneceu no cargo até outubro, quando, com a vitória da Revolução de 1930, todos os governantes estaduais foram substituídos por interventores. 
Em 1934 candidatou-se a deputado federal pelo estado de Goiás, na Coligação Libertadora, mas não teve êxito. Em 1936 formou-se pela Faculdade de Direito de Goiás. 
Faleceu em Goiás no dia 27

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